“Pega na mentira… pega na mentira… corta o rabo dela, pisa em cima, bate nela, pega na mentira…” ♪ ♫

Significado de “encolher”:
v.t. Retrair, encurtar, diminuir, contrair, restringir, apertar, estreitar.

Sinônimo de “encolher”: baixar, decrescer, diminuir, minguar e subtrair

Talvez o dicionário esteja enganado quanto ao significado da palavra “encolher” e seus sinônimos, ou talvez, quem sabe, na imprensinha, dos estagiários “meia-boca”, não exista dicionário…

Não foi uma vez, e nem duas, que você leu e ouviu sobre a torcida do Palmeiras estar encolhendo, não é mesmo? Ouviu e leu também, sobre a torcida do Palmeiras ser a quarta força do estado de SP. Teve um monte de palmeirense bobinho que acreditou e saiu repetindo isso – há os que continuam bobinhos, que não conseguem observar e comparar situações e informações, e continuam repetindo essa baboseira inventada por alguns.

Se a torcida do Palmeiras está encolhendo, é sinal de que ela não está fazendo novos torcedores, não é mesmo? Sinal de que as novas gerações – as crianças – estão preferindo outros times ao invés do Palmeiras…

E eu fico me perguntando aqui, como é que pode um clube, “que está sendo preterido pelas novas gerações”, ser o que mais vende camisas infantis no país, perdendo apenas para o Barcelona?? A “press” sabe explicar isso? Será que os palmeirenses adultos estão usando camisas infantis?

Já falei sobre isso aqui no blog:
https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2014/11/01/era-uma-vez-uma-torcida-que-encolhia/

CamisasInfantis1

E se a torcida do Palmeiras encolhe, se ela é a quarta força do estado, como insistem em dizer alguns, alguém me explica, “faiz favô”, como é que o número de inscrições da TV Palmeiras no Youtube (279 mil inscrições) passou a perna em todos os times brasileiros, e em alguns europeus também (somando as inscrições dos dois clubes tidos como “clubes de maior torcida do Brasil” as inscrições chegam a apenas 176 mil)?

Alguém explica também como é que o Palmeiras é o clube paulista que mais dá audiência na TV aberta, mesmo num ano em que seu futebol desejou muitíssimo a desejar?

17, 1 pontos na Globo – que adora empurrar o time “itakera” goela abaixo dos telespectadores -, 22, 4 pontos somando a audiência de Globo e da Band.

Já falei sobre isso aqui no blog também:
https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2014/12/15/quem-e-que-da-mais-audiencia-mesmo-dona-platinada/

E essa família de sangue-esmeralda, que está encolhendo, não sossega…

No ano em que brigou para não cair, o número de sócios-torcedores do Palmeiras, ultrapassou o número de sócios-torcedores  daquele outro clube, que a Globo e a mídia empurram, aquele, que dizem ter a segunda maior torcida do país (me engana que eu gosto), o time dos “itakeras”. Essa era a atualização do “Torcedômetro”, às 14h00, de hoje (22/12) – não demora muito vamos ultrapassar o Cruzeiro também.

Torcedômetro2

A mentira tem perna curta, né? E chega de mentira! Chega de nos enganarem! Estão aí os números da audiência, as camisas vendidas, as inscrições na TV Palmeiras e o Palmeiras Avanti – Programa de Sócio-Torcedor do Verdão – para mostrarem o que é mesmo verdade nessa história toda. A realidade é essa.

I’m so sorry, sociedade… mas a torcida do Palmeiras é f%#@oda!! Tchuuupe essa manga e conviva com esse fato!

E se a nossa diretoria resolver arregaçar as mangas para dar um time melhor, competitivo – de verdade -, pra essa sua gente tão apaixonada (já passou da hora, né?), aí é que todos verão o quanto mais essa torcida é capaz de fazer.

Como diria o grande “filósofo contemporâneo”, Buzzlightyear, ela levará o seu amado Verdão “ao infinito… e além”!

Por causa de alguns probleminhas no blog, e mais alguns, de ordem pessoal, só hoje consegui postar o que escrevi sobre o último jogo do Palmeiras no campeonato Brasileiro. Mas, antes tarde do que nunca… ESTAMOS SALVOS! 

Acho que nenhum palmeirense dormiu tranquilo de sábado para domingo… se é que teve palmeirense que conseguiu dormir.

Não era mais um jogo… era “O” jogo para o Palmeiras e para os palmeirenses.

Os erros cometidos pelo Departamento de Futebol, o time fraco, as entregadas de alguns dos nossos goleiros, gols desperdiçados, escalações e substituições horrendas, as muitas garfadas no apito (imagina se podemos esquecê-las?) nos levaram a ter que decidir a nossa sorte – a permanência na série A – na última partida… Pobre torcedor palmeirense…

Tocada por essa apreensão, essa ansiedade, eu já tinha chorado a manhã inteira. Estava confiante que nos salvaríamos, entendia que éramos o time mais provável a escapar, no entanto, a situação de brigar pra não cair era mais do que incômoda, era desesperadora, e fazia doer um bocado. Mas nem adiantava muito tentar ser racional, porque, na hora do jogo, na hora do “vamo vê”, quando a sorte está lançada no apito inicial, a gente nem sabe onde vai parar a razão.

E apesar de toda a nossa aflição, quando cheguei na Turiaçu, o clima parecia de festa. Embora os torcedores estivessem meio ressabiados e inquietos, nem parecia que o jogo significava o que ele significava… como se fosse um sinal (e como eu buscava algum sinal dos céus nesse dia), as expressões pareciam apenas felizes.

Na entrada do Allianz, fui barrada por uma policial arrogante, que não me permitia entrar com “Cristaldo”, a minha touca de porco. Como entro sempre no estádio com a tal touca – a usei também na estreia do Allianz Parque -, não entendi a proibição “nova”. A alegação era a de que eu – e qualquer outra pessoa – poderia esconder o rosto com o meu chapéu de porco, que poderia usá-lo como uma máscara. Perguntei porque permitiam a entrada de bandeiras, bonés, chapéus diversos (lhe apontei alguns, que entravam impunemente) se todos eles poderiam servir para esconder o rosto, caso um torcedor assim desejasse. E ela me respondia: Você entendeu? Com isso, você não entra.

Meus amigos entraram e fiquei do lado de fora. Já não bastava o stress da partida, e agora eu não podia entrar no estádio. Falei com uma pessoa da federação, e ela me sugeriu que pedisse para algum torcedor organizado, porque talvez eles tivessem permissão para entrar com esse tipo de material, veja só, me sugeriu também deixar no carro – meus amigos e eu tínhamos ido até lá de metrô e trem.

Falei com dois policiais, com mais um monte de pessoas e as respostas eram as mesmas: máscaras são proibidas! Meu chapéu tinha virado “máscara” – mais tarde, no telão, eu veria algumas verdadeiras máscaras de porco no rosto de alguns torcedores. Mas não eram proibidas? Quis falar com o ouvidor, mas ninguém sabia onde ele estava. “Cada hora ele está num portão diferente”, diziam. E eu que me virasse e fosse caçar o ouvidor, ou jogasse fora a minha touca, ou  então, que ficasse do lado de fora.

Arbitrariedade pura e simples. Falta de flexibilidade e de percepção, pura e simples. Descaso com o torcedor, puro e simples. O que foi permitido em “n” jogos, passou a ser proibido em uma única ocasião.

Consegui alguém para guardar o “Cristaldo” pra mim e, muito mais nervosa ainda, entrei no estádio quando o hino nacional já estava sendo tocado – quase uma hora depois de ter sido barrada pela prepotente policial (prepotência é despreparo).

Mago no jogo… Graças a Deus! Eu sabia o sacrifício que ele vinha fazendo para poder estar na partida, eu sabia que ele queria muito estar na partida. Tomara desse tudo certo com ele, porque, Valdivia em campo significava esperança. E cadê os argentinos?? Ah, esse DoRIVOTRIL… não aprende mesmo!

Quando o juiz apitou o início do jogo, o restinho de razão e tranquilidade que eu ainda tinha, saíram correndo. Muitos torcedores se benziam, rezavam. A ansiedade reinava absoluta em nossa arena.

O Allianz Parque, tão lindo… a torcida cantando forte, espantando seus medos… a energia existente ali pulsava em nossas veias. Eu olhava à minha volta, olhava o Allianz cheio de gente, o céu quase sem nuvens, e diante daquela beleza toda, dizia comigo mesma: “Não tem como dar errado”. Minha emoção aumentava um bocado e eu ajeitava o terço, benzido pelo Papa Francisco, que estava no meu braço… “Deus, protege o Valdivia” (minha maior esperança vinha dele).

O nervosismo era palpável, dentro e fora de campo. Só o  time adversário, sem pressão alguma, podia jogar tranquilo. Nós, torcedores,  olhávamos uns para os outros e nossos olhos pareciam de posse do mesmo segredo: o medo do improvável, do qual não queríamos tomar nenhum conhecimento. Era difícil até respirar normalmente. Por algum desígnio divino, os palmeirenses seriam colocados à prova mais uma vez… e quão dura era essa prova.

Não tínhamos bons volantes em campo, e a bola acabava indo para a defesa com mais facilidade, o que fazia com que Lúcio tivesse que correr atrás dos atacantes, e todos antevíamos que isso não ia dar certo.

Eu mal conseguia “ver” o jogo… o coração se agitava a cada lance… Wesley pra João Pedro, mas o goleiro chegou primeiro… Cobrança de falta, a bola passa na área, e Lúcio, do lado esquerdo, erra o chute… Valdivia, com “uma perna só”, impressionantemente, corria, se movimentava, e começava a ter alguma liberdade pra receber… Vaaaaaai, Palmeiras!!

Mas o Atlético chegava… chegou na cara de Prass, que fez a defesa, a bola ficou pipocando na área, o adversário chutou, e Gabriel Dias tirou em cima da linha. O Allianz Parque gelou…

Na jogada seguinte, numa cobrança de escanteio, aconteceu o que ninguém queria que acontecesse… e o Allianz Parque se calou…  Olhos arregalados olhavam uns para os outros, e a dor que eles mostravam era a mesma. Eu acreditava, de verdade, que empataríamos, mas, como saber o que o futuro nos reservaria nos próximos 80 minutos? A torcida voltava a cantar forte.

Para piorar, alguém nos avisou que o Bahia abrira o placar no Couto Pereira… nem em nossos piores pesadelos teríamos imaginado uma situação tão pavorosa, e com apenas 13 minutos de jogo. O coração do torcedor ia se rasgando…. e, por isso, ele cantava ainda mais forte.

João Pedro chutou forte pra dentro da área, mas o goleiro espalmou… Gabriel Dias dominou, entrou na área e chutou, e o zagueiro do Atlético desviou a bola com o braço… PÊNALTI!!!! O Allianz Parque explodiu na marcação… e o palmeirense, tão machucado, chorava lágrimas mistas de alegria e nervosismo.

Não consegui ver a cobrança. De costas para o campo, ajoelhada na escada, terço apertado na mão, de olhos fechados, fiquei só esperando pelo grito da torcida… e ele não vinha (Henrique resolveu dar duas paradinhas antes da cobrança, e eu não sabia)… E então, o Allianz Parque explodiu de felicidade!

Que alegria, meu Deus! Um gol catártico! Gritamos todos os nossos sofrimentos naquele gol, expulsamos o monstro que quase nos matou no gol do Atlético… O Allianz se encheu de luz! Os torcedores choravam… Só depois, ao chegar em casa, eu veria a cobrança de Henrique. Frio, olhar glacial, cobrou lindamente, com categoria, e guardou no cantinho. Obrigada, Henrique!

Eu já não conseguia prestar atenção direito em nada. O Atlético, tranquilão com qualquer resultado, foi pro ataque. Prass, seguro, fazendo uma partidaça, mandou pra escanteio uma bola difícil. Obrigada, Prass!

Lúcio, apesar de toda a garra, fazia uma partida bem ruim; Wesley, que nem garra demonstrava, não jogava nada.  Mas o time lutava… Valdivia, mesmo machucado, corria mais que o time inteiro. Ia marcar saída de bola inimiga, e eu me desesperava de medo que ele se machucasse mais. Ele ganhou três divididas, seguidas, no meio campo e a torcida, reconhecendo o seu esforço e superação, e o quanto ele honrava a camisa, gritava “Valdivia, Valdivia” no meio do jogo. Obrigada, Mago!

A tensão nos consumia. São Marcos, lá no camarote, torcia e sofria como nunca (isso eu também veria só depois). Meu terço arrebentara sozinho – a energia era muito grande. À essa altura, o Bahia vencia o Coritiba por 2 x 1 (vamos, Alex!). O Vitória empatava com o Santos, enfraquecido sem Robinho e Arouca. Não precisávamos de mais nada, só que a rodada acabasse assim.

Renato acertou um chute lindo, mas o goleiro espalmou… Honrando como nunca as traves que canonizaram São Marcos, Prass, abençoado, fazia mais uma defesa difícil. A torcida era um coração só, que pulsava forte.

E o primeiro tempo acabou…

Na volta do intervalo, susto geral, Valdivia não voltara! Como assim, Deus? Meu coração quase parou, mas contei os jogadores em campo e só tínhamos dez, faltava um… Milhares de olhos grudados na saída do túnel, viram o “um” que faltava entrar em campo. E o Allianz Parque comemorou a aparição de Valdivia como se fosse um gol – ele ficara fazendo tratamento no vestiário para poder continuar no segundo tempo. E, lá dentro, seria aplaudido por seus companheiros mais tarde.

Vitória e Santos prolongaram o intervalo do seu jogo por mais 7 minutos. Convenientemente para o Vitória, o jogo do Palmeiras terminaria antes.

Mal o segundo tempo começou e quase o Palmeiras faz o segundo com Mazinho. E, com vários jogos de atraso, Dorival sacou Wesley do time. Cristaldo entrou em seu lugar. Nossos zagueiros deram mole e quase o Atlético fez o segundo. Que susto imenso! A cabeça rodava, a visão era meio embaçada, o suor parecia grudar na pele. E os motivos para aumentar a tensão surgiam do nada, Nathan, contundido, ia sair. Victorino foi pro jogo

Não me lembro de tudo que aconteceu dali pra frente. Só tinha olhos e coração… lembro de Prass, driblando o atacante do Atlético… lembro do Mago dando um passe lindo para o Cristaldo, e o goleiro desviando o chute dele… lembro que o Palmeiras ia pra cima, e eu só conseguia torcer e rezar…. lembro que Mouche entrou no jogo… lembro que ele fez uma jogada com João Pedro, que cruzou pro meio da área, e Renato desperdiçou, tentando de letra, enquanto Henrique estava sozinho na cara do gol… lembro que parava de respirar em alguns momentos… E via o jogo em flashes…

Era difícil suportar aquilo… estávamos com os nervos em frangalhos… as pessoas tinham olhos injetados; alguns, com rostos vermelhos demais; outros, com rostos pálidos, sem sangue… arrasados psicologicamente… um torcedor passou mal e desmaiou (teve um infarto) a menos de dois metros de onde eu estava… Como puderam nos deixar passar por isso de novo?

As chances do Palmeiras se sucediam, ele era o melhor em campo, mas na hora de finalizar, a pressão e o nervosismo decidiam para o Verdão… Deus do céu! Ao mesmo tempo que parecia que não ia acabar nunca, o relógio voava… “Vai dar certo” era o mantra que ecoava na minha cabeça, “Vai dar certo”… O Coritiba empatava com o Bahia, estava tudo favorável ao Palmeiras, mas o medo… ah, o medo… que estrago fazia com a gente.

Os quatro minutos de acréscimo foram de loucura total… Valdivia – que guerreiro. O melhor em campo – dominou a bola na área, livrinho, mas Vuaden marcou falta de Cristaldo…

As pessoas pareciam ilhas, perdidas dentro do seu próprio inferno particular. Sim, aquela tensão era um inferno. O juiz encerrou a partida. O Palmeiras estaria salvo se o jogo do Vitória terminasse empatado.

Dois minutos mais… dois minutos que não acabavam nunca. Voltei pra escada e me ajoelhei novamente, sem olhar pra ninguém, sem olhar o celular… só esperando que se concretizasse aquele bendito empate… e então, ganhamos um extra, o Santos fez um gol no Vitória… e as pesadas correntes que tínhamos arrastado durante as últimas semanas se romperam, e nos sentimos livres novo. Alívio… Felicidade… Ninguém conseguia conter o choro… E choramos tudo que não tínhamos chorado, rimos todos os risos que tínhamos guardado… demos todos os abraços que tínhamos sonhado… era tão bom respirar normalmente.

Saímos rapidamente dali, para ganhar as ruas e nos dirigirmos à Turiaçu… E, lá fora, ainda na Matarazzo, a realização de um deja vu maravilhoso… o momento com o qual eu tanto sonhara acordada nos últimos dias, que antevira, pressentira… a saída do Allianz com o coração em paz, com o Palmeiras a salvo. Impossível traduzir o que eu sentia…

Ainda tinha um nó na garganta quando fui buscar o “Cristaldo”… sorri pra ele e lhe disse: Vamos pra casa. O pesadelo acabou e essa noite dormiremos em paz!!

E, com um sorriso enorme naquela sua cara de porco, ele me respondeu: SEGUNDONA O ESCAMBAU!! AQUI É PALMEIRAS, P%#@RRA!!

“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á.”

 

HOJE É NA FÉ, PARMERADA! E NA FORÇA DO NOSSO AMOR!!

Com o coração apertado, sentindo uma aflição enorme, querendo que o dia termine logo para sabermos se nosso coração estará em paz ao cair da noite…
Uns(eu), choram o dia inteiro; outros, rezam, há os que procuram se distrair, não pensar… uns, apoiam incondicionalmente; outros, reclamam e xingam… uns, “enchem a cara”; outros, se entopem de chás para acalmar… uns, se sentem tranquilos; outros, se desesperam… uns, vão ao shopping; outros vão à igreja, há os que ficam quietinhos em casa… uns, tiveram o sono agitado; outros, nem dormiram…

Cada um sente de um jeito, cada um se resolve de um jeito…

Brigamos uns com os outros o ano inteiro, porque um gosta de “A” e o outro gosta de “B”, porque um faz “isso”, outro faz “aquilo”; porque um queria “assim”, o outro queria “assado”… Mas nossos corações são irmãos, e sofrem e se alegram juntos.

Não quero fazer contas… não quero combinar resultados… só quero o Allianz Parque explodindo em energia positiva, em alegria… só quero a torcida cantando sem parar, até o último minuto, e depois dele também… só quero Valdivia em campo… só quero o time com raça… só quero acreditar!

Chegamos ao final do caminho de 2014… e mesmo com todas as nossas diferenças, queremos todos chegar ao mesmo lugar, queremos todos abrir a mesma porta…

POIS ENTÃO, VAMOS NOS DAR AS MÃOS E ABRI-LA!!
AQUI É PALMEIRAS, PORRA!!

Que o dia de hoje seja maravilhoso para todos aqueles que têm um coração verde e branco dentro peito!

MUITO BOM DIA, PARMERADA!! E VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

Depois de ter vetado a primeira partida do Palmeiras no Allianz Parque, o que fez com que a estreia da nossa arena fosse adiada para 19 de Novembro, quando o Palmeiras enfrentará o Sport, a nossa “querida” PM – a mesma PM que liberou o Esmolão, ainda EM OBRAS -, tirou 4 mil lugares do Allianz Parque. Lugares dos torcedores palestrinos.

Eu explico… Embora o Allianz Parque tenha conseguido um alvará para 43 mil lugares, depois da última vistoria em nossa arena, ele perdeu quatro mil desses lugares. Sim, 4 mil cadeiras serão inutilizadas, e a  lotação máxima do Allianz passará de 43 mil para 39 mil pessoas, por causa de uma determinação da Polícia Militar (só para o Palmeiras é essa encheção de saco. Cada hora inventam alguma coisa. Faça as contas de 4 mil lugares a menos em cada partida, e calcule o prejuízo e transtorno que isso trará). 

De acordo com a WTorre, construtora do estádio, a decisão tem a ver com a preocupação da PM com a segurança da torcida visitante. Na avaliação feita para liberar a arena para a inauguração, os órgãos de segurança pública chegaram à conclusão de que deveria haver um maior distanciamento entre os assentos e determinaram que fossem colocadas barreiras físicas, além de determinarem a inutilização de quatro mil assentos nas proximidades dessas barreiras.

A WTorre já providenciou grades para o local, o que provavelmente fará com apareçam alguns “pontos cegos” na arena. No entanto, o Allianz Parque foi projetado para não ter separação física, como determina o Caderno de Especificações da Fifa, e também para que a visibilidade seja total de qualquer de um dos seus 43 mil assentos. Portanto, não há pontos cegos em nossa arena, ou melhor, não havia, até a PM interferir e determinar a colocação das barreiras físicas.

Aí, eu fico pensando… de que adianta fazer um estádio padrão Fifa, sem dinheiro público, diga-se de passagem,  se a PM exige que as normas da Fifa não sejam respeitadas, que a arena “padrão Fifa” seja apenas padrão tupiniquim? E porque não temos uma justiça que funcione, de verdade, com os briguentos, com os violentos dos estádios,  que não representam nem 15% da capacidade total de público, todos os outros torcedores acabarão sendo punidos? 

Pega-se uma arena como o Allianz Parque, considerada a mais bonita e moderna do mundo, e faz-se com que ela funcione como se fosse o Brinco de Ouro? Não faz sentido algum, não há bom-senso algum nisso.

Até quando vamos ser tão atrasados no Brasil? Até quando as medidas todas serão tomadas em função desse atraso de mentalidade, desse atraso de educação? Até quando a violência entre torcidas será apenas evitada ao invés de ser efetivamente combatida?

E cá entre nós, quando é que as exigências serão igualmente rigorosas para todos os clubes?

Na semana passada, o Palmeiras não conseguiu permissão para inaugurar o Allianz Parque (lindo o nome dele, né imprensinha? ALLIANZ PARQUE!! Decora aí, para parar de falar “arena do Palmeiras”, tá?), agora, não pode dispor de todos os lugares – quatro mil cadeiras é muita coisa pra se perder, né?

E foram os mesmos órgãos de segurança pública que permitiram que um estádio fosse inaugurado assim, em obras,  sem ter todas as arquibancadas…

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Mas proibiram o Allianz Parque de ser inaugurado assim:

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Vai entender os “critérios” dessa gente, não é mesmo?

E se fosse só isso… Na verdade, uma tonelada de exigências têm sido feitas ao Palmeiras desde que ele apresentou o projeto de reforma do Palestra. Pra se iniciar a construção do Allianz foi um parto, à fórceps, enquanto que o “istádio dos 4 Tobogãs”,  por exemplo, pôde começar a ser construído mesmo sem ter um projeto. E, enquanto os órgãos de segurança pública e as autoridades faziam vistas grossas para um estádio construído em área de dutos da Petrobras, para o Palmeiras,  até um laudo sobre os efeitos das buzinas, na região do entorno da arena, era necessário para que as obras tivessem continuidade.

Não dá para entender essa má vontade/implicância com um e a tão boa vontade com outro…

E aí, fica a pergunta:

A PM, que tirou 4 mil lugares do Allianz Parque, para o “perigosíssimo” jogo de estreia do Palmeiras diante do Sport, é a mesma PM que aceitou essa divisão de torcidas mandrake, feita “nas coxas”, e sem segurança alguma,  para o confronto de maior rivalidade do país, o  primeiro dérbi do Itaquerão?

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Que coisa, não?

O Allianz Parque, a arena mais moderna e bonita do planeta, é padrão Fifa, mas o “dois-pesos-e-duas-medidas” utilizados pela PM é padrão “Desafio ao Galo”, né?

E pensar que, em 2012, houve até um projeto que objetivava fortalecer o futebol nacional e fazer do Brasileirão 2015, o melhor campeonato do mundo…

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2012/05/29/por-um-futebol-melhor-um-projeto-de-responsa/

E pensar que, naquela ocasião, se falava em “um momento importantíssimo na construção de um futuro do nosso futebol”…

Parece que não vai dar, né?

A cada nova pesquisa, sumiam milhões de torcedores do Reino de Palestra Italia… a cada nova pesquisa, era dito que as crianças não queriam mais fazer parte do reino…

Ninguém sabia o que acontecia… Ninguém sabia se a Bruxa Má os tinha envenenado, se os mandara para a Floresta Sem Saída, ou se ela tinha colocado algum feitiço nas pesquisas…

Mas o fato é que eles desapareciam a cada dia… e não havia mais crianças entre eles…

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Sábado à noite… quase 30 mil pessoas no Pacaembu… Palmeiras x Grêmio  – o time grande, do técnico “isso” “aquilo” (ultrapassado?); do mimimi “Barcos vendido” pra lá, mimimi “Barcos vendido” pra cá… um time do G4…

Uma festa linda, em verde-e-branco… Uma balada de sábado à noite só para palestrinos…

Fiquei pasma ao ouvir a torcida gritar: “Não é mole não, o Felipão afundou a Seleção”. Gritei também; virou adversário é assim mesmo.

O jogo mal tinha começado, e vimos João Pedro descer pela direita e cruzar pra área, o Mago fazer um corta-luz sensacional (nem a Eletropaulo corta luz tão bem quanto ele), e Cristaldo, na cara do gol, chutar por cima. Deus do céu! levantou a bancada toda! Era Dia de Palmeiras mesmo!

Na TV (eu vi depois), o comentarista (Mr. Magoo, é você?) nem viu que foi Cristaldo quem chutou, e meteu o pau no Henrique – ele só se daria conta do engano 15 minutos depois.

E então, a nossa festiva e alegre torcida começou a ver a partida tomar uns rumos estranhos… Felipão, com a sua tática ultrapassada, colocara o time em campo para quebrar os palmeirenses, Valdivia principalmente. E a arbitragem lhe concedia alvará.

E se tivesse dependido da arbitragem, o Grêmio teria vencido – isso é muito sério, e tem acontecido muitas vezes com o Palmeiras ao longo deste campeonato.

Sandro Meira Ricci deixou o Grêmio abusar da violência. Demorou para expulsar Barcos, deixou de expulsar o violento Fellipe Bastos, deixou de expulsar (por que não?) Pará, que agrediu Cristaldo, deixou de assinalar o braço na bola, dentro da área, de Geromel… e, no comecinho da segunda etapa inventou uma penalidade para o Grêmio. Jogou pouco o juiz, né? E ao final da partida, pasme, os jogadores do Grêmio e até a imprensinha, sairiam falando que o Palmeiras tinha sido beneficiado… só se foi pelos gols de Mouche e João Pedro.

Vejamos…

Com 8′, Fellipe Bastos atingiu Valdivia, por trás, na cara do juiz, e nada de cartão. E já era a segunda pegada desleal que ele dava no Mago. O juiz só advertiu o jogador (imagina se fosse o contrário?). Trinta segundos depois, o mesmo Fellipe Bastos faria uma outra falta, dura, dessa vez, em Victor Luís. E só então o juiz lhe deu amarelo. Graças a Sandro Meira Ricci, o jogador do Grêmio já estava no lucro, assim como o seu time. O narrador ria e dizia: “ele não perde a viagem”, “já gastou todas as fichas com o Sandro Meira Ricci”; o comentarista, de pronto, disse que “o cartão foi merecido”. E não tinha como não ser, né? Duas faltas desleais, no intervalo de 30 segundos…

A torcida via o Palmeiras buscar o gol, jogar melhor no meio campo, mas o Grêmio queria bater, e o juiz deixava. Jogada do Palmeiras  na entrada da área, Henrique foi obstruído por Pará, e Sandro Meira Ricci nada marcou; “Mr. Magoo”, o comentarista, disse que não foi nada. Vai vendo… e tínhamos só 10′ de jogo…

Lúcio e Barcos se estranham,  batem boca, e os dois levam cartão amarelo.

Jogo pegado, o Palmeiras melhor, a torcida fazendo um barulho danado, jogando com o time…

Cristaldo foi agredido por Pará, e o juizão… nada! Na TV diriam que foi enrosca-enrosca (toma vergonha, imprensinha!)… veja na imagem abaixo, como o Pará se esticou todo, pra “se enroscar” no Cristaldo. Poderia um palmeirense se “enroscar” assim com um adversário, sem ser expulso? No Pacaembu a torcida ia à loucura com a arbitragem tão favorável ao Grêmio.

Pará-agressão

Mas, se você ler as notícias, nem saberá que Pará agrediu Cristaldo.

Pará-erra-o-drible

Valdivia, caçado em campo, apanhava de tudo quanto era jeito, Outros palmeirenses também sofriam faltas duras. Felipão ainda não aprendeu que isso não funciona mais…

O Verdão fazia boas jogadas… Valdivia com Cristaldo; Wesley arriscando de longe e a bola passando pertinho… João Pedro cruzando com perfeição e Cristaldo quase guardando de cabeça… A torcida, apesar de furiosa com Sandro Meira Ricci, que liberara as pancadas gremistas, gostava do Palmeiras que via, e não parava de cantar. Lindo demais!

Fellipe Bastos continuava batendo impunemente. Deu uma pegada criminosa em Valdivia (chutou a canela direita do Mago e deu uma joelhada na coxa esquerda, tirando o jogador do chão) e o juiz só marcou a falta. Já era a quarta dele  no Mago. “Mr. Magoo” diria que o juiz não expulsou Fellipe Bastos nesse lance, porque ele exagerara no amarelo dado anteriormente ao jogador do Grêmio. Como assim, Mr. Magoo, você não tinha dito que o cartão foi merecido? Exagero é um jogador tão violento ficar em campo. A imprensinha sendo condescendente com a pancadaria do Grêmio, aliviando pro brucutu Fellipe Bastos, e legitimando a péssima arbitragem de Sandro Meira Ricci, que deixava o Fellipe Bastos bater à vontade, mas já tinha amarelado Valdivia por reclamar das botinadas.

Fellipe-Bastos-chuta-Valdivia

 

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Em meio à pancadaria, o Palmeiras jogava futebol. Victor Luís cobrou falta… e a bola tirou tinta da trave! O gol palestrino era questão de tempo…

Felipão, vendo que Fellipe Bastos exagerava na violência, e que talvez a cumplicidade do árbitro não durasse pra sempre, acabou tirando o “açougueiro” de campo aos 28’… do primeiro tempo!!! Até Felipão achava que ele estava merecendo ser expulso, menos a arbitragem, o narrador e o “Mr. Magoo”.

E se não tem tu, vai tu mesmo… Saiu o açougueiro, ficou o mecânico. Ramiro acertou Valdivia, por trás, pra estourar seu tornozelo (e o juizão vendo tudo e fazendo nada) – desse jeito, o Mago vai ter que trazer um fisioterapeuta de Júpiter, porque só o de Cuba não vai dar conta.

Ramiro-agride-Valdivia

É criminoso o que fazem com Valdivia em campo, e mais criminoso ainda é ter comentaristas que justificam às caçadas ao Mago, as agressões, dizendo que ele se joga, que provoca. Provoca como, com a beleza do seu futebol? Fosse hoje, diriam que Garrincha deveria entrar na porrada? Que era folgado, que provocava? Neymar merece ser quebrado em campo? O futebol arte de Valdivia, parado na botinada, e com o consentimento dos árbitros; o futebol arte indignando os “profissionais” de imprensa… Mas não é aqui o País do Futebol? E ter talento é crime agora? Se o talentoso jogar no Palmeiras, é crime sim. E inafiançável!

Barcos, que já tinha amarelo, fez uma falta feia em Tobio, e o juiz, que tinha que ter expulsado o milongueiro nesse lance, deixou passar – os árbitros nunca são “tolerantes ” assim com os palmeirenses. Por que será? Na transmissão da TV, sem criticar a deslealdade de Barcos, “Mr. Magoo” diria apenas que “era duelo de argentinos”. E, por isso, um dos argentinos pode quebrar o outro?

Barcos-entrada-desleal-em-Tobio

E a torcida, enfurecida, gritando “Ei, juiz, vai ….”, constatava que o “modus operandi” da arbitragem contribuía para o Palmeiras ser minado nas suas forças e para o adversário se encher de gás – essa dinâmica tem se repetido em quase todas as partidas do Verdão. A gente quase morria de raiva na bancada. Na TV, “Mr. Magoo”,  afirmou que Barcos deixou o pé, e depois disse que ele atingiu meio sem querer. Quem deixa o pé, deixa porque quer deixar, né?

Logo em seguida, num ataque do Palmeiras, Geromel deu um carrinho em Victor Luís, na linha de fundo, e a bola foi interceptada pelo seu braço. O juiz não marcou nada. O “poste” de linha de fundo nada viu (quando é para desmarcar penalidades do Palmeiras eles veem até o que não viram); O comentarista disse que não foi nada, que para dar carrinho o jogador tem que por a mão no chão mesmo (Mas parou a bola, né?).

Geromel-para-a-bola-no-braço1

No último minuto, Henrique, de cabeça achou o ângulo, mas o goleiro conseguiu espalmar.

No futebol, o Grêmio, do G4, não dava nem pro cheiro mas a arbitragem o ajudava demais. Nosso coração jogava com o Verdão e tentava ficar imune à raiva que o árbitro nos fazia sentir.

No começo da segunda etapa, o Palmeiras veio pra cima, e o Grêmio tratava de se defender . Mas, aos 8′, o juiz, o mesmo que nada vira no toque de Geromel, achou uma bola no braço de Valdivia e marcou pênalti.

mão-na-bola-Grêmio

pênalti-inventado-Sandro-Meira-Rici

O comentarista disse que era pênalti claro, que “Valdivia foi imprudente”, “subiu com braços abertos, o que ele vai fazer com braços abertos?” (Será que o comentarista consegue saltar, pegar impulsão para sair do chão sem abrir os braços, sem usá-los para impulso e equilíbrio? Percebe a diferença do comentário que inocentou Geromel, e do que incrimina Valdivia?) Comentário venenosinho… Barcos, que nem deveria estar mais em campo, desde quando atingira Tobio, cobrou a penalidade e abriu o placar, e acho que só não foi comemorar com o juiz porque ficaria chato.

Em desvantagem, o Palmeiras, mesmo jogando mais que o Grêmio, teria que superar a violência do time do sul e a arbitragem, pra lá de tendenciosa, se não quisesse sair derrotado.

Juninho mandou a bola na área, mas o zagueiro mandou pela linha de fundo; escanteio cobrado por Victor Luís, e Valdivia quase faz de cabeça…

Barcos deu uma pegada desleal em Cristaldo (Cristaldo anda apanhando bastante também), na lateral do campo, e foi tardia e merecidamente expulso. O melhor de tudo foi vê-lo saindo de campo, sendo devidamente “homenageado” pela parmerada toda: Ei, Barcos, vai …..!!! Tchuuuuupa, Tamoxunto!

Barcos-pegada-Cristaldo

Barcos-expulso

 

Aos 20′, Dorival sacou Juninho para a entrada de Mouche…

Aos 22′, Mouche incendiava o Pacaembu… Na cobrança de falta, o Mago (que partida fazia El Capitán) levantou a bola na área, Henrique tocou, e o predestinado Mouche, encobrindo todo mundo, guardou!! Tchuuupa, juiz!

Que emoção, meu Deus! A torcida, enlouquecida de alegria, via o Mouche, mais enlouquecido ainda, sumir no abraço dos seus companheiros. Na bancada. todo mundo se abraçava também. Poucas coisas na vida são tão redentoras quanto gritar um gol do seu time. Eu não conseguia conter a emoção, as lágrimas, deliciosas, vinham comemorar o gol também.

O Pacaembu inteiro – até o Grêmio – sabia que o Palmeiras ia buscar a vitória, o Pacaembu inteiro sentia que, comandado por Valdivia, protegido por Prass, e no empenho do time todo, o Palmeiras que víamos ali, tinha a alma daquele nosso Palmeiras, tão amado e conhecido, e com o qual tanto sonhamos nesses tempos difíceis.

Seis minutos depois do gol, um passe “daqueles” do Mago, encontrou Mouche na área, e ele quase fez o segundo…

E se o Pacaembu ‘ardia em chamas’ desde os 22′, o garoto João Pedro faria o estádio explodir aos 29’… nossa criança, de 17 aninhos, e futebol de 27, pegou uma sobra fora da área, dominou, avançou com a bola, driblou o adversário e, ainda de fora da área, meteu a bola na rede do Grêmio, no cantinho do goleiro, e decidiu a partida. GOD BLESS THE CHILDREN!!

Pode acabar juiz, pode roubar (mais) também se quiser, hoje, ninguém tira esses três pontos do meu time!

O Palmeiras comandava a partida, tocava a bola…

Valdivia desceu pela esquerda, cruzou fechado, e o goleiro precisou de dois tempos pra defender… Valdivia dominou a bola na linha de fundo, parecia segurar o jogo, mas  entrou na área e encheu o pé, a bola desviou no zagueiro e quase sai o terceiro. Dá-lhe, Mago!!

O tal Ramiro (o cara-de-pau sairia reclamando do juiz ao final do jogo), que já tinha dado uma pegada desleal em Valdivia, levou um chute no vácuo e desceu o sarrafo nele, e só então, quando deveria estar recebendo o segundo amarelo, foi que levou o primeiro. O estádio (quase) inteiro gritava: Eô, Eô, o Valdivia é um terror!! E o Mago foi ovacionado, de novo, quando deu lugar à Bernardo.

E então, o juiz (desistiu) encerrou a partida. Uma partidaça do Palmeiras. Uma partida (mais uma) em que ele teve que vencer o time adversário e o time do apito e das bandeiras…

A torcida, com sorrisos enormes, aplaudia o Palmeiras, comemorava feliz, saía cantando. E o Imortal… ah, esse estava mortinho da Silva…

VALEU, PALMEIRAS!

“Oh, as long as I know how to love
I know I’ll stay alive!
And I’ve got all my life to live.
And I’ve got all my love to give.
And I’ll survive. I will survive!” 

Cristaldo, gol Palmeiras x Criciúma (Foto: Marcos Ribolli)

Era jogo de seis pontos!! Grazie Dio que ganhamos. 

Ah, mas o Criciúma é fraco”. É benhê, mas teve time “badalado”, eternamente beneficiado pelo Apito Amigo – nesta mesma rodada, por exemplo -, que não ganhou do Criciúma, né?”.

O Pacaembu não lotou, mas tinha um público considerável para uma partida realizada numa quarta-feira, às 19h30, e na cidade de São Paulo: quase 19 mil torcedores estavam lá – o terceiro melhor público de todos os jogos realizados na quarta.

Por causa do horário, havia grandes filas para entrar – até mesmo na entrada dos avantis -, e tinha tanta gente, que conseguimos chegar na bancada quando o jogo já tinha começado.

Até a lua, brilhante, maravilhosa, espiava o Palmeiras lá do alto…

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A torcida, plenamente consciente da importância do seu apoio neste momento do time, não parava de cantar… Linda!

E o Criciúma veio de João Victor (aquele), Paulo Baier, o “presente de Natal” que Palaia nos deu um dia, e Luís Felipe, o ‘moço do Benfica’ – fez tudo aquilo para ir parar, com todo o respeito, no Criciúma? Que coisa! E não tá jogando nada.

Muito embora os dois times disputassem bravamente os espaços, as jogadas, o jogo em si era mixuruca, muitos erros de passes, muitas jogadas que não davam em nada… a parte técnica era sofrível. Mas o Palmeiras fez uma jogada linda com Juninho e Diogo, que entrou na área e tocou no meio para Leandro, na cara do goleiro, chutar… fraquinho (precisamos encontrar uma forma de ajudar Leandro a reagir também, saber jogar ele sabe, já nos mostrou isso).

E cisca daqui, cisca dali (o Palmeiras sofre com a falta de um bom armador), e nada acontecia; o Criciúma, por sua vez, fazia cera, enrolava, esperando uma oportunidade de um contra ataque. E foi numa cobrança de falta que eles nos assustaram, mas o Fábio voou na bola e fez uma defesa espetacular.

E então…  com dores na coxa, Tobio deixou o jogo. Ô fase madrasta! Com Lúcio e Wellington no DM, Dorival mandou Marcelo Oliveira pra zaga e chamou Eguren para o seu lugar.

O Criciúma queria se defender, o Palmeiras queria ganhar, e até conseguia fazer algumas jogadas, mas faltava alguém acertar aquela última bola. Leandro, que não se saía nada bem na cara do gol, fazia uns cruzamentos interessantes, mas lá na área alguém sempre os desperdiçava.

A torcida não parava de cantar, mas estava impaciente com o jogo fraco, com tantos “quases” que não davam em nada, com tanta bola que ia pro ataque e que acabava voltando para a defesa,  com tanta vontade de ver o time vencer…

Eu não gostava nada do jogo, mas meu coração estava tranquilo… eu acreditava que iríamos vencer. Não sei porque, olhava o Dorival lá na frente do banco, de azul, e pensava: Ele vai sair com a vitória daqui.

Veio a segunda etapa, e tinha que ser naqueles 45 minutos ou nunca. Dorival sacou o contestado Leandro e colocou Felipe Menezes. Eu preferiria o Cristaldo, mas até entendi a intenção de Dorival de ter alguém que pudesse armar o jogo (pena que ele não fez isso em campo).

O Criciúma, vendo que o Palmeiras não chegava mesmo com grande perigo, começou a se atrever um pouco mais; o Palmeiras, por sua vez, parecendo pressionado pelo gol que não saía, e pelo adversário mais presente em seus domínios, errava ainda mais passes, perdia mais vezes a bola – temos que ter muita paciência, a fase é ingrata e, por mais que queiramos ver o time jogando bem, temos que “contar as nossas bençãos” e todo e qualquer pontinho que pudermos fazer.

No meio daquele nada que nos irritava, a boa atuação de Victorino não passava despercebida, nem a de Diogo, que quase fez um gol, nem as importantes defesas do Fábio… apesar de nossos maiores problemas esbarrarem na falta de criação, a finalização também nos incomoda muito e, talvez por isso, nós estávamos doidos para ver Cristaldo em campo. E Dorival atendeu as nossas preces, chamou o argentino para o lugar de Juninho.

O Criciúma enrolava como ele só… E eu queria só ver os seus jogadores começarem a correr feitos uns desesperados quando o Palmeiras marcasse. E ele ia marcar!

Eguren, parecendo atacante, chutou da entrada da área e a bola passou perto… pouco depois, Weldinho cruzou para a área e Eguren quase fez de cabeça… a bola passou perto de novo e Eguren  se desesperava em campo por não ter guardado…

Corríamos contra o tempo… o nervosismo do Palmeiras  era visível, a impaciência da torcida também. Mas, nem por isso ela deixava de cantar. O coração palestrino só em compasso de espera… o grito na garganta, só esperando para ganhar os ares… FORÇA, VERDÃO!

O Coritiba ganhava o seu jogo, o Palmeiras tinha que ganhar o dele de qualquer jeito para não ser ultrapassado na tabela. A angústia no peito do torcedor fazia “arder” o Pacaembu, que pegava fogo, de novo… “Porco, e dá-lhe, dá-lhe Porcoooo, e dá-lhe, dá-lhe Porcoooo, razão da minha vida”, a todo volume.  A torcida chamava o gol. Emocionante! A lua, como se torcesse também, brilhava ainda mais…

E então, aos 36′, a bola saiu da nossa defesa e encontrou Diogo; ele, de cabeça, mandou a bola pra frente para Henrique; ela pingou no chão, Henrique, vendo Cristaldo no lance, deu uma protegida… quase vinte mil pares de olhos grudados em campo, quase vinte milhões de corações batendo no peito de Cristaldo quando ele, rápido, ganhou a bola do zagueiro, girou para encontrá-la à sua frente, e, de pé direito,  fazê-la morrer nas redes do Criciúma. O Pacaembu explodiu no grito de gol, o gol argentino do Palmeiras!

E com que emoção CR9 comemorou! E que lindo foi ver o “racha” que há os entre brasileiros e estrangeiros do time…  eu chorava de emoção na bancada…

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Marcelo Oliveira, sem poder ser substituído, jogava machucado, o Palmeiras fechava todas as portas para o time que tanta cera fizera durante o jogo – depois do gol eles resolveram correr.  E, ainda assim, fechadinho, poderia ter marcado o segundo com Henrique, que recebeu cruzamento de Cristaldo, mas chutou por cima do gol escancarado, e com o próprio Cristaldo, que recebeu um passe na medida, mas mandou pra fora.

Mas nada mais importava… A vitória, tão importante neste momento, e tão desejada por nós, tinha chegado (esse sangue de Dudu tem poder). A torcida, que gritara o nome do nosso camisa 9, saía do estádio mais leve, mais feliz… e a lua, que agora era de “cristal… do” , estava ainda mais linda no céu…

Estamos vivos! Muchas Gracias, Cristaldo!

Na noite de sábado, o Palmeiras venceu o Coritiba por 1 x 0, saindo da indesejada posição em que se encontrava na tabela. Os alviverdes jogaram bem mais que o time de “mecânicos” do Coritiba. Leandro e Allione fizeram uma grande partida, Wesley também jogou um bom futebol, Marcelo Oliveira foi bem e deu uma de Messi na jogada que construiu o gol do Palmeiras, e o Juninho, que marcou o belo gol da vitória palestrina, fez uma partidaça. Sem contar o Lúcio, que é o “senhor” capitão!! Tem uma garra sem limites! Adoro ele (acho que a chacoalhada que ele deu no time foi providencial. Ninguém queria ser o “cara que não corre” do time).

Que noite! O Palmeiras voltando a apresentar um bom futebol, saindo do Z4, Leandro, Wesley e Juninho batendo um bolão, e o sinal da TIM… funcionando! Mal dava para acreditar.

E a torcida… ah, a torcida… quando ela quer ser apenas linda, ela consegue ser maravilhosa! Deixou as broncas em casa, entrou em campo e jogou com o time, e o time sentiu a força e a energia que vinha da bancada! Mesmo quando, no segundo tempo, o emocional da equipe a deixou meio insegura, a força que vinha da torcida lhe dava a segurança que faltava. Podíamos sentir isso.

Era a-r-r-e-p-i-a-n-t-e ouvir o Pacaembu cantar a plenos pulmões “EU SEMPRE TE AMAREI E TE APOIAREI, EU CANTO AO PALMEIRAS”… O nó na garganta era imenso, os olhos brilhando, o peito inchado de orgulho por sermos palestrinos, palmeirenses, alviverdes; por estarmos vivendo o centenário – que dádiva -, DO CAMPEÃO DO SÉCULO, DO TIME BRASILEIRO QUE MAIS TÍTULOS CONQUISTOU (tchuuupem essa manga) o time pelo qual a gente morre de paixão, e não importa a fase que ele atravesse, o orgulho e o amor permanecem intactos. Foi mágico… Saímos leves do Pacaembu, nos sentindo passarinhos com vontade de voar…

Mas nem por isso, vamos fazer de conta que não aconteceu nada errado na partida, porque aconteceu. Jogo contra o Coritiba é sempre a mesma coisa. O Palmeiras sendo prejudicado pela arbitragem, eles batendo um bocado e, depois, para justificar a derrota, vem um mané qualquer falar em “armação”… uma cara de pau do tamanho do mundo tem esses coxinhas. “Cê” concorda, Celso Roth?

A mesma coisa que aconteceu na final da Copa do Brasil 2012, e é sempre bom lembrar isso. Valdivia foi expulso por ter feito uma falta em Wiiliam, que o agredira com um chute no s#@%aco um minuto antes, sem que o juiz marcasse qualquer coisa (ele faz uma falta e é expulso, o jogador William, que o agride com um pontapé, continua em campo, e o “prejudicado” é o Coritiba. Ah, tá! – o STJD até hoje “não viu” essas imagens), pênalti em Valdivia no primeiro jogo, que o juiz não marcou; pênalti em Betinho, também na primeira partida, marcado pelo árbitro, mas sem a expulsão do infrator. O árbitro Wilton Pereira Sampaio, tirou Valdivia da segunda partida da final, mas não tirou o jogador do Coritiba, que agrediu o Mago, e tampouco o jogador Jonas, que cometeu o pênalti em Betinho quando ele ia marcar um gol, e que deveria ter sido expulso, sim! E o beneficiado foi quem mesmo?

Na segunda final, a arbitragem também fez que não viu a penalidade em Henrique… e o Coritiba, cara de pau que só ele, ajudado pela “press”, posou de prejudicado, falou em esquema, tentou desmerecer o título legítimo do Verdão, quando, na verdade, ele, Coritiba, foi pra lá de ajudado.

E não foi diferente no último sábado, o Palmeiras jogou bem mais que o time paranaense, e ficou com os três pontos na raça, mesmo apanhando um bocado dos botinudos adversários, mesmo o juiz deixando de amarelar muitas faltas violentas dos coxinhas, que mereciam cartão (Leandro levou entrada dura por trás, e quem tomou amarelo foi ele, a vítima. Para o infrator, nada), mesmo com o juiz deixando de marcar algumas faltas a favor do Palmeiras, mesmo com o juiz deixando de expulsar uns três jogadores do Coritiba que mereciam ter sido expulsos (só expulsou um)… e… mesmo tendo um pênalti em Lúcio, marcado pelo árbitro, e desmarcado (vê se pode) por sabe-se lá quem (o nosso terceiro pênalti desmarcado em dois anos). Vai ver, apareceu um “delegado Baluta” e “soprou” algo no ouvido do juiz, do bandeira…

Na hora, vendo que a penalidade tinha sido desmarcada – só com o Palmeiras acontece isso – eu, que estava no Pacaembu, não entendi nada, uma vez que tinha certeza  que o bandeira nada marcara.

Mas imagina se a “press” iria questionar isso?  Muito pelo contrário, ela só se preocupou em veicular a choradeira do técnico Celso Roth, dizendo que estava tudo armado para ajudar o Verdão – Roth deveria ser chamado a se explicar no STJD por isso, não é? Deola, por muito menos, foi chamado na “Capitania Hereditária da Justiça Desportiva”, Felipão também.  E se “estava armado” como Celso Roth dizia,  por que será que ele perdeu o emprego depois? Que pateta!

E a “press” não só não questionou a desmarcação da penalidade que o Palmeiras iria cobrar, como a legitimou. Nas notícias que foram publicadas após a partida – nos comentários dos vídeos de melhores momentos também -, a informação que tínhamos era a de que o bandeira tinha visto e assinalado o impedimento…

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Mas será que o bandeira viu Lúcio em posição de impedimento mesmo, “Press”? Quem publicou isso, jura sobre a Bíblia que o bandeira viu e assinalou impedimento quando o lance ocorreu? Se jurar, vai jurar em falso…

No momento em que Lúcio é derrubado, a bandeira do bandeira está abaixada, como você pode observar na imagem abaixo:

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Quando Lúcio está se levantando, depois de ter sofrido pênalti, a bandeira do bandeira continua abaixada. A imagem não mente. Se ele viu algum impedimento, ele viu depois que o lance ocorreu, ou depois que o “além” o avisou?

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E quando o juiz, avisado pelo auxiliar de linha de fundo, marca a penalidade, a bandeira do bandeira continua abaixada… repare que, pela posição das pessoas em campo, levou um tempinho para marcação. Parece que O BANDEIRA NÃO VIU IMPEDIMENTO ALGUM…

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Que coisa, não? Tem sempre uma “força oculta” em linha direta com as arbitragens dos jogos do Palmeiras… e a imprensa sempre a reforçar isso.  A questão nem é se Lúcio estava ou não impedido. As imagens são claras, o juiz assinala a penalidade, e nem bandeira ou auxiliar de linha de fundo assinalam qualquer coisa que fosse contrária à essa marcação. Então, quem viu o impedimento? O bandeira é que não foi…

E é muito esquisito o bandeira “ter visto” irregularidade só depois que o Lúcio foi derrubado, levantou, deu alguns passos,  e depois que  o juiz assinalou o pênalti. O auxiliar não tem que levantar a bandeira tão logo veja a infração? Se não o fez, é  porque não tinha visto nada. E se não viu nada na hora, como viu depois?

Metem a mão no Palmeiras à vontade, sem medo de serem felizes. O pênalti não nos fez falta dessa vez, mas poderia ter feito… como fez falta a penalidade sofrida por Henrique, e não marcada pelo árbitro carioca no empate diante do Bahia (e o Flamengo, que precisava escapar do Z4 na ocasião, foi quem acabou se beneficiando com algumas arbitragens cariocas em jogos palestrinos – 3 seguidas).

O futebol brasileiro não toma vergonha na cara mesmo. De nada adiantou o vexame dos 7 x 1 que o Brasil sofreu diante da Alemanha. Essa mutreta toda, que rola por aqui, está do tamanho certo para os interessados na “espanholização do futebol brasileiro”, principalmente, quando um dos clubes “hispano tupiniquim”, e de trancinhas rubro-negras, está na zona de rebaixamento ou muito próximo dela.

E o Palmeiras é o time favorito para ser prejudicado… Abre o olho palmeirense, em campeonatos brasileiros todo cuidado é pouco!

100Anos-Brasão

#Palmeiras100Anos

Se-for-doença

“A vida fica sem sentido,
Segunda à tarde,
Terça de manhã.
Quarta ao anoitecer.
Quinta ao meio dia,
Sexta, Sábado e Domingo,
todo dia, toda hora,
Sem a luz verde brilhando…” – WB (a palavra “verde” foi incluída por mim)

Fui até o sótão, abri todas as caixas empoeiradas, procurei, até encontrar a que guardava os meus maiores pesadelos, aqueles, mais aterrorizantes; aqueles, tão sem propósito, que nem sei como povoavam o meu imaginário… e não encontrei nenhum tão inquietante, tão horripilante quanto ver o Palmeiras na última colocação do campeonato,  no ano do seu centenário, e quando faltam poucos dias para a festa…

Como administrar isso? O peito dói… no sentido literal da palavra…

A culpa desse pesadelo certamente não é minha, e tampouco sua, torcedor. Por mais que alguns de nós façam umas bobagens bem grandes, pra lá de condenáveis, e, na maioria do tempo, mais atrapalhem do que ajudem, já colocando o Palmeiras na segunda divisão, quando ainda faltam tantas partidas a serem disputadas, os responsáveis por isso se encontram dos portões do Palestra pra dentro, e não do lado de fora.

Não tem lugar mais fundo pra irmos agora, não é mesmo? Abaixo da lanterna não tem mais nada! Então, que tal alguém tomar uma providência? 

E não me perguntem qual providência deva ser tomada, porque a minha área é torcer e nada mais!  Mas alguém tem que fazer algo, e logo, enquanto ainda há tempo suficiente para se reverter essa situação.

Não dá para se terminar de ‘(re)construir um prédio’, por mais fantástica tenha sido a ideia que o concebeu, se antes de se (re)fazer os últimos andares o porão começar a inundar, os alicerces começarem a ceder, ameaçando ruir e colocar abaixo tudo o que foi (re)construído com tanta dificuldade.

Numa hora dessa, se larga tudo, se esquece a  (re)construção por um tempinho, e todo mundo se une (quando haverá união no Palmeiras, cazzo?), todo mundo corre para tirar a água, para, juntos, reforçar o alicerce que segura o prédio todo e não deixar que ele desabe. E só então, é que se retoma a (re)construção.

E QUANDO É QUE TODOS OS PALMEIRENSES FARÃO ISSO PELO PALMEIRAS? Sem futebol, tudo desaba! O Palmeiras há muito tempo é vítima dessa desunião toda. Está cheio de palmeirenses que só querem estar certos, ter razão,  mesmo que isso custe muito caro ao Palmeiras.

Quando é que vão entender, de uma vez por todas, que o futebol é a razão de existir do clube? Que sem futebol todo o resto perecerá?

Será que os tolos, que só se preocupam com o clube social, não sabem que se o futebol do Palmeiras naufragar de vez, muito provavelmente não haverá piscininha, parquinho, e nem quadrinhas de tênis por muito tempo? Que, por muito tempo, até a chegada da administração Paulo Nobre, os grandes prejuízos que o clube social dava eram cobertos com o dinheiro do futebol? Será que não sabem por quanto tempo o futebol sustentou o clube social (só deixou de ser sustentado agora)?

E quando será que os aproveitadores, que ficam brigando por poder, por inveja, por cargos, por ingressos, por benefícios; que ficam se aproveitando de resultados ruins do time, para vir a público jogar gasolina no que já está em chamas, serão palmeirenses de verdade e se unirão por amor ao Palmeiras? Quando é que irão servir ao Palmeiras e não SE servir dele?

Quando é todos remarão para o mesmo lado – é tão difícil fazer isso? Quando é que todas as inteligências, as habilidades e a boa vontade dos palmeirenses serão usadas, ao mesmo tempo, em proveito da SEP? União é isso! Se não somos capazes de fazer isso nem mesmo no centenário do Palmeiras, o clube que amamos, a poucos dias de 26 de Agosto, então somos todos uns merdas, e não amamos o Palmeiras coisíssima nenhuma!

De todos os nossos problemas, e o palestrino é PHD em criá-los, o mais nocivo é a desunião, e a vontade de alguns de ver tudo dar errado só para que seja prejudicado o seu rival político, o jogador que ele não quer, a pessoa que ele não gosta, a que atrapalha o recebimento de benefícios… Nunca tantos palmeirenses jogaram tão sujo contra o próprio clube como acontece agora.

Chega! Tem que haver uma trégua, principalmente neste ano, nesta semana.

Temos que ajudar o Palmeiras, temos que olhar nos olhos uns dos outros, nos darmos as mãos (ninguém precisa passar a gostar de quem não gosta) e entendermos, de uma vez por todas, que todas as nossas diferenças se acabam diante do amor que sentimos pelo clube.

É o nosso centenário e não estamos nos dando conta do privilégio que é estarmos vivendo esse momento, mesmo com todos os problemas,  mesmo com os ressentimentos que alguns de nós trazem no peito. Quantos palestrinos gostariam de estar aqui nesse Agosto de 2014, e já não estão mais? Quantos outros, que virão muito depois de nós, olharão para trás e contarão essa história, a história do centenário,  que nós estamos vivendo agora, que nós estamos ajudando a escrever? E não importa qual o nosso papel nesse grande e maravilhoso teatro palestrino, se grande ou minúsculo, a nossa importância é enorme! E 100 anos é uma vez só.

Em campo, o futebol afunda, ainda que tenhamos time e técnico para uma campanha, senão gloriosa, bem melhor do essa que fazemos. Coitado do Gareca… nada funciona, nada dá certo pra ele. E ainda tem o imponderável das entregadas, das bolas que batem nas costas e entram, dos gols do meio da rua, que o sujeito nunca fez antes na vida e nem tornará a fazer… Imagina o peso que ele está carregando? Imagina a pressão em cima dos que chegaram agora? O Kleina, que era bastante limitado, dava mais sorte do que ele, conseguia melhores resultados. E não adianta apoiarmos só  o nosso técnico… 

Mas nós  estamos sofrendo, eu bem sei. E não conseguimos entender o que acontece com um time que joga melhor do que seu adversário, como foi contra o São Paulo, e sai derrotado; que joga contra um time fraco, sem expressão, como foi contra o Sport, e sai derrotado…  que vai bem na partida, até tomar um gol… e então se desajusta e desequilibra. O que está acontecendo?  É só o emocional mesmo ou o time rachou? Será que alguém pode vir a público nos dizer o que se passa? Nos dizer o que está sendo feito para que o Palmeiras saia da trilha de insucessos e volte a vencer no campeonato? Onde estão os nossos dirigentes para virem nos dizer alguma coisa, para nos trazerem algum alento? A união de todos também passa pela aproximação de dirigentes e torcida. Não pode existir um fosso entre nós. Não pode existir esse silêncio…

Eu não sei ter raiva do Palmeiras, não sei achar que esse problema todo é “bem feito”, só porque eu talvez não goste de “A” ou “B”… não sei desistir do Palmeiras como tanta gente fala que vai fazer… não sei vender as camisas… não mandaria apagar tatuagens caso as tivesse… não sei e não vou jogar contra o meu time, jamais.

Eu não sei fazer outra coisa a não ser amar o Palmeiras, e torcer, torcer pelo seu sucesso, torcer pelo bom desempenho dos jogadores, dos jogadores que gosto, e, principalmente, dos jogadores que me desagradam. E com a melhor energia que eu tiver. E não é questão de defender o Palmeiras, é questão de ser, ou não, Palmeiras. Não dá pra ser Palmeiras só de vez em quando. Não dá para amar o Palmeiras só quando ele vence. Eu amo o Palmeiras o tempo todo, todos os dias. É doença? Pois que seja.

Durante o dia de ontem, e enquanto  escrevia o que você leu acima, eu “lambia as minhas feridas”, colocava curativos na alma… olhava de frente os meus medos. Hoje, já coloquei o pesadelo na caixa do sótão, botei os meus medos pra correr, escancarei as caixas da alegria, da confiança e da esperança – a do amor nunca se fecha -, e não vejo a hora de chegar amanhã, pra participar da festa do centenário, para ver o meu Palmeiras jogar…

O Palmeiras, eu , você, juntos, vamos mudar essa escrita. Porque tem sido assim desde sempre. As nossas piores batalhas, ao longo desses 100 anos, foram vencidas com a determinação, o amor e a união da Família Verde Esmeralda.

Amor , determinação e “estar com o Palmeiras” eu tenho de sobra, e não seria no ano do seu centenário, e quando ele tanto precisa de mim, que eu iria lhe faltar.

E eu tenho certeza… essa virada, que o Palmeiras dará na má sorte, vai estar um dia guardada lá sótão,  dentro da caixa das minhas grandes alegrias…

VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO, VERDÃO, ESSA BATALHA TAMBÉM É MINHA!!

‪#Palmeiras100Anos ‪#‎OrgulhoDeSerPalmeirense‬

100Anos-Brasão

No momento em que escrevo essa postagem, está a todo vapor o julgamento de Palmeiras e Corinthians no famigerado Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a nossa conhecida “Capitania Hereditária” (quando você me ler, por certo já existirá uma punição para o Palmeiras, e só pra ele), por conta das 258 cadeiras do Itaquerão que a torcida do Palmeiras danificou. Os clubes (os? Tem certeza, Ximit?), pasmem, correm o risco de perder até 10 mandos de campo (Oi?? Esperar o quê de um julgamento, quando o promotor já ameaça o time ao fazer a denúncia?) e ainda receber uma multa que pode chegar a R$ 100 mil.

Os dois clubes foram enquadrados no artigo 213 do CBJD, por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”. Porém, o primeiro parágrafo do mesmo artigo prevê que, preste atenção nisso, “caso a desordem seja feita pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato” (“enrolation”, para muito provavelmente punir só o Palmeiras, como sempre, e, como sempre também, por coisas que as torcidas de todos os outros times fazem, inclusive a do Corinthians, e que não servem de motivo de punição para os seus clubes).

Como não houve gravidade na ocorrência, e, segundo o promotor que adora encher o saco do Palmeiras, é provável que a punição seja apenas uma multa (o que não teria cabimento, uma vez que não houve contribuição alguma dos clubes, principalmente do clube visitante, para que as cadeiras fossem quebradas). Eu não questiono haver punição para o absurdo que é torcedores quebrarem cadeiras, depredarem arenas, sejam elas de adversários ou dos seus próprios clubes. No entanto, como não houve grande desordem, violência, e a depredação de algumas cadeiras não interferiu no andamento da partida, penso que a punição deveria ser para as torcidas responsáveis pela infração (a torcida do “dono” também danificou cadeiras no estádio).

Também não vou questionar a quantidade de cadeiras danificadas… as imagens mostram um número pequeno; logo após a partida disseram que eram 25 cadeiras danificadas, e, de repente, viraram 258. Imagino que o Palmeiras tenha ido lá conferir se foram 258 mesmo – eu teria ido -, que tenha visto as imagens das câmeras de segurança do Itaquerão mostrando o vandalismo…

Outra coisa que nem vou questionar também é a péssima qualidade das tais cadeiras. A arena, construída com 1, 2 bi de dinheiro público, foi inaugurada em Junho, e até hoje, menos de dois meses depois, já foram danificadas mais de 800 cadeiras por lá. A própria torcida do “dono” do Itaquerão danificou cadeiras na partida de estreia da arena, e também na partida diante do Palmeiras. Parecem cadeiras feitas de papelão ou isopor – um amigo que esteve lá, durante a Copa, me disse que elas são muito frágeis e de qualidade bem inferior.

Também não vou questionar o fato de que a torcida do “dono” do Itaquerão já danificou cadeiras de vários estádios, botou abaixo as grades do Pacaembu, fez arruaça e depredação em aeroporto, meteu fogo em carro alegórico de escola de samba… e eu nunca soube que o Corinthians tenha pagado coisa alguma, tenha ressarcido os muitos prejuízos causados por seus “fiéis”. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, não é mesmo?

Nem vou dar muito destaque ao fato de que o “Cara de Areia” cantou a bola sobre cadeiras quebradas durante toda a semana que antecedeu o Derby. Já falava em cobrar o prejuízo (que ele nunca pagou quando foi a sua torcida a depredar patrimônio alheio) antes mesmo dele existir, e, ainda assim, nossos “muy espertos” torcedores fizeram exatamente o que ele esperava (queria?) que fosse feito.

O que questiono aqui, e que precisa ser questionado sempre, é a maneira dúbia de se fazer justiça no STJD. O Palmeiras se encarregou de cobrir os prejuízos no Itaquerão e mesmo assim ainda vai ser julgado. Se há regras para se denunciar, julgar e punir os clubes, quando os seus torcedores brigam, depredam… como é que não me lembro de ver outros clubes ressarcindo prejuízos alheios? Também não me lembro de ver seus atos de vandalismo e violência serem denunciados multados e punidos pelo tribunal, por promoverem desordens, depredações e até mesmo incêndios como esses, mostrados nas imagens abaixo (existem muitos outros casos, inclusive com torcedores feridos gravemente)?

Para não cometer nenhuma injustiça, já que não me lembro muito bem se houve ou não denúncia e punição para alguns casos, vou passar a bola pra você, amigo leitor. Por favor, me ajude a lembrar, quais foram as punições para os clubes dessas torcidas cujo vandalismo e violência causaram o que as imagens mostram? Quanto eles pagaram de multa, quanto pagaram para ressarcir os clubes prejudicados, e quantos mandos perderam?

Depredação-gambazada-no-Morumbi

Depredação-MORUMBI ARQUIBANCADA VISITANTES VANDALISMO (3)

Depredação-Pacaembu-2006

Depredação-Pacaembu-20061

Depredação-Confronto-2006

Depredação-torcida-corinthians-incendio-morumbi-2005

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Tão logo fiz essa postagem, a “Capitania Hereditária” já tinha dado o seu veredito: Corinthians, o responsável pela segurança do/no estádio, absolvido, e multa no valor de R$ 50 mil para o Palmeiras. O Verdão concordou em pagar o prejuízo, e, ainda assim, foi multado?

Estou começando a achar que precisamos de uma Justiça Desportiva com promotores que venham da Alemanha… Afinal, lá, o futebol é conduzido com muito mais seriedade do que aqui.