O Palmeiras até pode fazer mal a ele mesmo, mas as arbitragens NÃO!

A MÁFIA DO APITO NUNCA ESTEVE TÃO ATUANTE… e, ao que parece, com as bençãos (influência?) da CBF, do tribunal e de uma boa parte da imprensa. A primeira, não faz nada contra isso; o segundo, não pune árbitro algum; a terceira, por sua vez, omite ou legitima os “erros” dos árbitros – de acordo com a conveniência – através dos comentários e observações dos seus profissionais, e faz desaparecer uma boa parte das imagens que denunciam e comprovam esses verdadeiros assaltos. Um “sistema” que tem funcionado há muito tempo, e que passou a ser descarado desde 2005, quando o campeonato brasileiro foi comprado e escutas telefônicas, reveladas pela polícia federal, comprovaram o fato. Mas, ainda assim, nada aconteceu, e o título continuou com o seu comprador.

O que temos visto desde então é uma patifaria sem tamanho.

E é assim, com essa influência ilícita e maligna, que campeões são forjados, títulos são perdidos, clubes são rebaixados, outros são salvos do rebaixamento (taí o SP ganhando com a ajuda do apito, que não me deixa mentir)… Nós vimos muito bem como o Palmeiras perdeu o título de 2009, vimos também como foram determinantes para o seu rebaixamento os 12 pontos (no mínimo) que ele perdeu no apito em 2012.

Mas é imoral que ele esteja sendo assaltado, de novo, e em plena série B! Quem é que está por trás dessa perseguição toda ao Palmeiras? 

Ano passado, vimos um gol de mão do Barcos ser anulado pelo delegado da CBF, que foi olhar as imagens dos repórteres, avisou ao 4º árbitro, que avisou ao juiz e o gol foi anulado. Fatos muito mais ilegais do que o próprio gol de mão em si. A imprensa chamou o jogador e o Palmeiras de imorais, a repórter-testemunha foi impedida de depor e o tribunal legitimou a ilegalidade da anulação do gol. Mas quando Nunes fez um gol usando a mão, e isso deu a vitória ao Sport diante do Palmeiras, ninguém foi olhar as imagens dos repórteres de campo para anular o gol, a imprensa não chamou ninguém de imoral, o tribunal fez de conta que nem ficou sabendo… Essa diferença de atitude, que depende do time envolvido, pra mim, é descaradamente canalha.

O Palmeiras é líder da Série B, mas nem por isso vamos deixar pra lá os quase 10 pontos que já nos tiraram no apito, os pênaltis todos que sofremos em 90% das partidas e que foram ignorados pelas arbitragens, as agressões sofridas pelos nossos jogadores que ficaram impunes em campo e no tribunal também.

No sábado, pela enésima vez, o Palmeiras foi vítima de um árbitro a serviço sei lá de quem, do futebol é que não era. Foi um sábado desastroso, até mesmo antes do jogo começar. A CBF e seus “apitadores” fizeram de tudo para mandar o Palmeiras pra série B, mas esqueceram que esse gigante não cabe em qualquer lugar. Tinha gente que não acabava mais para ver o ABC jogar contra o Campeão do Século. E aí, já viu…

Graças à desorganização e superlotação do estádio Frasqueirão, o jogo demorou 35 minutos para começar – deveria ter sido cancelado. A cidade inteira queria ver o seu time jogar contra o Palmeiras. Um alvoroço de gente querendo entrar no estádio. Muitas pessoas pulavam o alambrado que separa a arquibancada do campo para não serem esmagadas. Tenso. Por sorte, as pessoas eram ordeiras, caso contrário, teria acontecido uma tragédia.

Os dirigentes locais, muito mais preocupados em não perder os mandos de jogos do que em manter as pessoas seguras, fizeram de tudo para que a partida não fosse cancelada e, depois do jogo, alegaram que não houve superlotação, que não venderam ingressos a mais. Se precisaram acomodar nas numeradas (único setor onde havia uns poucos lugares vagos) pessoas que tinham comprado arquibancada, é sinal de que na arquibancada não havia lugar pra elas, não é mesmo?

Antes do jogo começar, os lugares já estavam todos tomados:

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E havia ainda um monte de gente entrando. Se não venderam ingressos a mais, essas pessoas apareceram como? Caíram de paraquedas lá? Que desrespeito com o torcedor.

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E o “Ximit” devia estar dormindo enquanto essa vergonha e desrespeito acontecia…

Quando o jogo começou, até parecia que ele ia seguir seu curso normal, apesar do gramado muito ruim e dos muitos desfalques do Verdão.

Com 8′, nossa zaga vacilou e o ABC abriu o placar. O Palmeiras foi pra cima e, com um chute de fora da área, quase que o Charles empatou no minuto seguinte. Eu estava tranquila. Sabia que o Palmeiras ia virar. E virou mesmo! Em 7 minutos (24′ e 31′) o Verdão mudou o placar para 2 x 1. Depois de bela jogada de Wendel pela direita, a bola foi alçada na área e “Lã” Kardec, naquele seu jeito Kardec de cabecear,  guardou o primeiro. Sete minutos depois, Wesley cobrou uma falta, o goleiro saiu para socar, mas Vilson chegou primeiro e cabeceou pro gol. Coisa linda! Era a virada palestrina.

E então… o agente da Polícia Federal do ES e juiz da partida, Marcos André Gomes da Penha, resolveu entrar em ação. Aos 40′, inventou um pênalti de Marcelo Oliveira em Junior Timbó. O palmeirense apenas tocou o jogador do ABC, que já estava caindo por conta própria (repare, o joelho esquerdo dele já tá quase tocando o chão, antes mesmo de Marcelo Oliveira chegar), e o juiz marcou pênalti. Deu o empate para o ABC.

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Mas  o árbitro, tão rigoroso,  não seria tão rigoroso com outras jogadas que aconteceriam na segunda etapa e que seriam muito mais relevantes e óbvias… O apito, em forma de garfo, do Sr. Marcos André Gomes da Penha, tomou conta do espetáculo no restante da partida. Ele garfou o Palmeiras em mais três oportunidades. Fizesse o mesmo com o time do governo ou com algum time do RJ, iria pra geladeira até o ano que vem.

O jogo estava amarrado na segunda etapa. Os times procuravam mais defender e desarmar do que propriamente atacar. Achei que o Palmeiras recuou, e o ABC, entusiasmado com o estádio lotado e com  gol que ganhara do juiz, começou a tentar mais. Aos 26′, depois de cobrança de falta, um leve desvio de cabeça fez a bola do ABC ir morrer nas redes de Fernando Prass. Toca o Palmeiras ir buscar a virada de novo…

E ele teria virado, não fosse a arbitragem, não fosse a garfada que o tal Marcos André Gomes Penha deu no Palmeiras. Foi indecente a sua atuação!

(Enquanto isso, o PCO estava apitando a segundona! E inventando pênalti para a Chapecoense, quando ela perdia o jogo para o Joinville. O Palmeiras, líder do campeonato, sendo roubado para perder, e a Chapecoense, vice-líder, sendo beneficiada para não perder. Basta a gente somar 2+2…

O Palmeiras tentava, tentava… aos 44′, Felipe Menezes mandou para Alan Kardec, que cabeceou pra rede, mas o bandeira marcou a saída da bola enquanto ela estava no ar e o gol foi anulado. Só que a bola não saiu coisa nenhuma. Confira:

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Aos 47′, em mais um cruzamento, Vilson desviou para o meio da área e a bola passou por todo mundo. Só que ela passou por todo mundo, sem ser tocada, porque o Caio sofreu pênalti escandaloso na jogada.  O “apitador”, tão rigoroso na marcação/invenção do pênalti para o ABC, mesmo tendo ampla visão do lance a favor do Palmeiras, não marcou nada nesse ipon que o Flávio Boaventura deu no Caio (o jogador chega a tirar os dois pés do chão, pendurado que estava no jogador do Palmeiras). NÃO MARCOU PORQUE NÃO QUIS, OU PORQUE NÃO PODIA… Vendo ele estava.

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Dois minutos depois da garfada, Caio levou uma solada do zagueiro adversário dentro da área e o árbitro, que acompanhou o lance todo, direitinho, meteu a mão de novo e marcou jogo perigoso (o teste é com o Palmeiras. Se o juiz o roubar na cara dura, tá aprovado para apitar a série A na rodada seguinte). Acontece, que jogo perigoso é quando não houve contato, não é mesmo? E solada é o quê, seu juiz? É FALTA NA ÁREA, NÉ? É PÊNALTI, INDISCUTÍVEL!

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4 lances capitais… um pênalti inexistente assinalado, um gol anulado, e dois pênaltis, escandalosos, não marcados… e todos eles em prejuízo do Palmeiras! Se o juiz ‘achou’ que era pênalti aquela jogada do Marcelo Oliveira, como é que não achou que essas outras duas fossem também? Hummmmm…

O que vimos acontecer no sábado, e temos visto há muito tempo, nunca vimos acontecer beneficiando o Palmeiras. Tem gato grande nesse balaio…

Vamos pra cima, diretoria! Viveremos de amistosos se preciso for. Com esse “gato” no balaio, ano que vem será muito pior. E pode por o Papa Francisco de técnico, o Messi, CR7, Santo Expedito e San Genaro no time, com um monte de anjos cantando na bancada… Com esse esquema CBF, nada adiantará.

A HORA É AGORA,  PALMEIRAS! DEPOIS, INÊS É MORTA!

Segunda parte – E SE FOSSE O CONTRÁRIO, “SEO XIMIT”?

 

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Você já imaginou, leitor, um jogador levar duas cotoveladas do Mago numa partida, sair de campo de cara inchada, olho roxo e lábio cortado, e o Mago não ser expulso, não ser dedurado, – by phone -, pelos “jornaleiros” da TV, não ter as imagens mostradas até no Fantástico, não ser denunciado pelo Paulo Schmitt, e nem ser punido pelas imagens depois? Impossível, né? Era capaz de o mandarem para o paredão de fuzilamento, pra guilhotina, cadeira-elétrica, andar na prancha… Não temos nada disso aqui? Mas, se o infrator fosse um jogador do Palmeiras, certamente passaríamos a ter. Em 2007 Valdivia foi expulso e, com a análise das imagens,  pegou 5 jogos depois, por revidar um puxão de cabelos com um empurrão, um quase soco. Mas Valdivia foi agredido trocentas vezes antes e depois disso, e de maneira bem mais desleal – levou um “coice” do William, do Coritiba, na final da Copa do Brasil, lembra? -, sem que seus agressores fossem punidos…

Já tentou imaginar, leitor, um jogador do Palmeiras, seja ele quem for, cuspindo no rosto de um adversário, sem ser expulso, sem a mídia fazendo um escarcéu e mostrando a imagem duzentos milhões de vezes ao dia, sem o STJD dando um gancho pesado pra ele, como aconteceu com  Willians, do América, que cuspiu no rosto de Alan Kardec? Você consegue imaginar um jogador do Palmeiras pisando as mãos de um adversário, de propósito, dentro da área, e o juiz não o expulsar, não marcar o pênalti e o STJD não o denunciar e punir?

Impossível imaginar, né? Para o Palmeiras todos os rigores da lei – e mais um pouco -… e o mais rápido possível. Os promotores, tão logo são questionados, já ressaltam a gravidade da infração, o artigo em que ela se encaixa, e já desfiam a quantidade de jogos máximos que o jogador do Palmeiras pode pegar, mas, para os clubes que têm  “trancinhas nas cores adequadas” – e não são só as rubro-negras as favoritas -, para os jogadores com “trancinhas nas cores mais agradáveis” aos promotores do tribunal, o discurso tem outro tom,  “há que se analisar se o jogador teve mesmo a intenção, há que se confirmar se o ano é bissexto, se o juiz relatou na súmula, se ele escreveu com caneta azul, se o vento mudou a trajetória do cuspe, se não foi o olho que se jogou de encontro ao cotovelo do adversário, se o jogador riu, se piscou, se coçou as bolas…” enrolation, embromation… para fazer o de sempre, não punir quem eles não querem punir.

Quem assistiu à partida do Palmeiras contra o América-MG no último sábado, viu o absurdo que foi aquilo. Uma arbitragem péssima, que foi responsável pelo resultado do jogo,  não assinalando lances capitais para o Palmeiras (três penalidades, só para exemplificar), e violência rolando solta, com a conivência da arbitragem, que permitiu que os atletas palestrinos fossem agredidos, cuspidos, que tomassem botinadas e cotoveladas de todos os jeitos e estilos, sem nem mesmo assinalar as principais e mais graves infrações. Valdivia apanhou mais do que Judas em sábado de Aleluia e sofreu agressão em duas vezes, pelo menos; Kardec foi agredido 3 vezes (foi pisado, cuspido e,  quando pegaram o joelho dele, apenas por maldade, também foi agressão).  Leandro, Wendel e o time todo levaram um monte de sarrafadas desleais. E nenhum jogador do América foi expulso por isso, nenhum foi pego pelo tribunal…

O assalto no apito e a violência em doses cavalares por parte dos mineiros, deveriam ser um prato cheio para a imprensa e para o implacável STJD, né? Que nada… nos vídeos por aí, você mal encontra as imagens dessas agressões e, pelo visto, o STJD não está muito interessado em buscá-las. A Press, por sua vez, só mostrou as imagens dos ferimentos palestrinos porque os próprios jogadores, que saíram de campo como se tivessem participado de uma luta de UFC, as divulgaram. Veja as imagens.  Valdivia, com o rosto inchado, ferido, e Kardec, com as mãos feridas, depois de ter sido pisado pelo goleiro do América, que, segundos antes, tentara quebrar as pernas do atacante.

Kardec-mão-pisada(Imagens Globoesporte.com)

A regra para agressão existe, mas é mais uma coisa que o STJD não tem muito bem resolvida, muito bem compreendida na cabeça dos seus torced…, ooops, promotores. Pra uns, ela é aplicada; pra outros, não… É inadmissível que jogadores saiam de campo assim machucados, sem que seus agressores sejam punidos por isso.

As câmeras de TV são inúmeras no estádios, em em todos os ângulos, sendo assim, podemos pensar que o STJD só não pegaria essas imagens e puniria os agressores de Valdivia e Kardec se não quisesse, não é mesmo?

Mas, para  o STJD, o peso e as medidas podem ser dois, mesmo numa mesma partida e numa mesma confusão em campo…

Lembra do jogo do Palmeiras contra o Paysandu, leitor? Lembra dos jogadores sentando a botina nos palmeirenses, fazendo uma cera absurda, se jogando no chão a todo momento para simular contusão (isso também é atitude antidesportiva, né “seo Ximit”? E o senhor não denunciou nenhum). Lembra de como eles tentaram segurar a reação do Palmeiras, né? Lembra da falta violenta sofrida por Wesley, que gerou revolta dos palmeirenses e fez o time do Paysandu ir pra cima do jogador?

Então… Há duas semanas, a Capitania Hereditária da Justiça Desportiva, se valendo de imagens, resolveu punir os jogadores que brigaram na partida entre Palmeiras e Paysandu. Até aí… tudo bem. Brigas não devem acontecer mesmo. Só que, baseado nas imagens, o tribunal levou a julgamento o jogador Wesley – que já tinha sido punido pelo árbitro – e Mendieta, que não recebeu punição alguma na partida. MAS NÃO LEVOU A JULGAMENTO NENHUM JOGADOR DO PAYSANDU!!  O Palmeiras, segundo o STJD, brigou sozinho! Que coisa, não? Wesley pegou mais um jogo de gancho e Mendieta pegou 4!!??!!O jogo foi no dia 17/08 e, no dia 05/09, Wesley e Mendieta já tinham sido tirados da lista dos relacionados para a próxima partida do Palmeiras, porque seriam julgados pelo STJD. Rapidinho, né? O Palmeiras conseguiu efeito suspensivo para Wesley e a pena de Mendieta foi reduzida para 2 jogos.

O goleiro do Paysandu que foi até o banco do Palmeiras engrossar a confusão, que partiu pra cima do Prass, xingando ele de tudo quanto é nome, na cara da bandeirinha, não foi visto pelo STJD… Nem o Vanderson, que fez a falta violenta em Wesley, e deveria ter sido expulso (aí não teria briga alguma) e que depois foi lá brigar… O STJD só viu o Wesley dar um empurrão nele quando ele chegou querendo briga (mas esse detalhe o tribunal também não viu).  O STJD SÓ VIU PALMEIRENSES BRIGANDO, E SÓ PUNIU PALMEIRENSES! Tá na hora desses promotores vestirem a camisa dos seus clubes e irem pra arquibancada;   lugar de torcedor é lá.

Olha aí o Palmeiras brigando “sozinho” em seu próprio banco:

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Mas, como somos lunáticos, e o STJD é muito “justo”, podemos esperar  que, além de dar 2 jogos de gancho pro Elias do Flamengo, PELO CARTÃO AMARELO FORÇADO (não esqueci disso), usando a mesma regra que usou para Valdivia,  o tribunal irá usar a regra  que prevê punição para agressão e, assim como já puniu o Mago uma vez, assim como puniu Mendieta agora,  ele vai pegar os agressores de Valdivia (quando o Mago agrediu, pegou 5 jogos de gancho) e Kardec e dar um belo gancho pra eles.

Se o STJD não fizer nada disso, a gente vai poder pensar e também dizer, que os torcedores, ooops, promotores do STJD estão sacaneando o Palmeiras. Porque, para punir palmeirenses, a justiça deles é cega, mas dependendo do clube, a gente fica com a impressão que ela abre bem o olho para enxergar as cores das “trancinhas”…

Os nossos olhos estão bem abertos, viu STJD?? Estamos de olho…

A TV mostrava o jogo da seleção brasileira com a Austrália, mas eu estava preocupada com o jogo do Palmeiras, a minha única seleção, que ia jogar lá em Goiás contra o Atlético local. Estava quase na hora da partida começar.

ÊÊÊ… PALMEIRAS, MINHA VIDA É VOCÊ!

E, para “variar”, minha mãe me ligou pra avisar que ia passar o Palmeiras na TV. Não tem jeito, ela faz isso desde 1914.

Depois de ter feito 50% do caminho de volta à série A, o Palmeiras ia começar a trilhar a outra metade do caminho. E tinha que começar com o pé direito! Valdivia, na seleção chilena, e Henrique, na seleção brasileira, desfalcavam o time titular. Sem Juninho e Fernandinho, lesionados, íamos de Wendel na lateral esquerda. Mendieta, graças à mais uma das punições de dois-pesos-e-duas-medidas do STJD, também estava fora. Por outro lado, Vilson, que não acertara a sua transferência para o Sttutgart – graças a Deus – estava de volta ao time. Vinícius, Leandro e Kardec formavam a linha atacante de raça. Tudo tranquilo…

Mas, para a imprensinha, o Palmeiras está em crise. Publicam as nossas notícias sempre associadas à alguma crise. Foi assim a semana inteira. Só se estivermos em crise por causa das nossas vizinhas que estão na zona de rebaixamento… Crise de risos!

É muito estranho que tentem conturbar o nosso ambiente, mas da situação caótica dos bambis, do time horroroso, jogando nada; do goleiro em declínio total, das broncas de alguns jogadores com esse goleiro; dos três pênaltis seguidos que o presunçoso jogou fora, do “Fabuloso” que não ajuda em nada… a Press não falar nada, não noticiar. Nem da “Operação Lady Gaga”, que tenta salvar o SPFW do descenso, e que já andou operando a Lusa, sem anestesia.

O Palmeiras é líder da competição que o levará de volta à série A, tem o melhor ataque, a segunda melhor defesa e 75% de aproveitamento. Crise o escambau! Mas como a Chapecoense jogara um dia antes do Palmeiras e vencera a sua partida, por uma noite ela nos tomara a liderança da competição. E foi o bastante para a imprensinha quase morrer de satisfação e repetir “trocentas” vezes que o time do sul era líder do campeonato. Que “meda”! Devia ter “jornaleiro” torcendo pro Atlético-GO desde criancinha. Bobagem…

O início de jogo do Palmeiras foi arrasador!  Aos 12′, numa das jogadas de ataque, a bola foi colocada pra fora em escanteio; Wesley cobrou pela direita, e o “Lã” Kardec, naquele seu jeitinho Kardec fulminante de ser, subiu mais que a zaga inimiga, cabeceou forte e guardou! Que maravilha! Eu que andava meio mau-humorada desde o dia anterior, e que antes do jogo, tinha tomado até remédio pra dor-de-cabeça, começava a experimentar os efeitos do mais poderoso remédio que conheço: ver o Palmeiras ganhando. Que sensação boa!

Três minutinhos depois, Luís Felipe mandou uma bomba de fora da área e o goleiro rebateu, “bateu roupa”. Alan Kardec estava no rebote, mas foi derrubado dentro da área… PÊNALTI!! E ele mesmo, o nosso centroavante bom de gol é quem foi para a cobrança. Tranquilo, percebeu o lado em que o goleiro ia cair e tocou no outro. 2 x 0! Essa, tava no papo! Meu “remédio” favorito aquecia meu sangue, relaxava o meu corpo e me dava uma sensação maravilhosa.

Como o mundo fica lindo quando o Palmeiras está vencendo, né? A boca da gente ri por conta própria, o tempo todo. A sensação é inexplicável! Qualquer problema que possamos ter, fica minúsculo diante do tamanho da felicidade que o Palmeiras nos proporciona. Eu não conseguiria parar de sorrir nem se eu quisesse.

E eu só tinha uma certeza: a de ser louca por esse time.

Com 15′ de jogo o Palmeiras tinha 2 x 0 no placar. E, pelo futebol que ele jogava, a gente sabia que eram mais três pontos na nossa conta. Era óbvio que ele iria administrar o resultado,  e o Atlético, por sua vez, mesmo cheio de ‘celebridades’ (Michael Jackson, John Lennon…) não fez grande coisa no primeiro tempo.

Na segunda etapa, eles até que quiseram nos assustar logo de cara. Adriano Michael Jackson (aquele) recebeu um cruzamento e mandou de carrinho pro gol. Prass, de maneira sensacional, defendeu com o pé esquerdo; no rebote, a bola sobrou pro Michael Jackson de novo (e pensar que eu já torci pra esse cara) e o ‘Van Der’ Prass defendeu, de novo! Coisa linda esse goleiro!

Wesley cobrou escanteio e o Vilson (graças a Deus que a negociação não deu certo), de cabeça, quase fez o terceiro. O Atlético foi pro ataque e o Prass defendeu de novo. Wesley cobrou falta e quase guardou no cantinho, o maledeto do goleiro foi buscar.

Leandro tava doidinho para fazer o dele e já tinha perdido algumas oportunidades. Mas, mesmo sem marcar, ele se doava em campo uma barbaridade. E acabou recompensado e nos recompensando também. Kardec lançou Charles, e ele, de cabeça, tocou para Leandro. A minha “cacatua” favorita recebeu dentro da área, chapelou o zagueiro e nos presenteou com um golaço! Daqueles de fazer a gente ficar de pé antes mesmo da conclusão!

E lá estávamos nós em plena crise… de alegria! Pode escrever aí, Press!

Mas o Atlético acabou descontando. E o ‘Van Der’ Prass só tomou o gol porque foi Jesus que marcou. Como é que a nossa defesa ia dar um chega pra lá em Jesus? Era capaz do “seo Ximit” mandar colocar nossos jogadores na cadeia…

No finalzinho, aos 43′, Márcio Araújo fez uma bela jogada e tocou pra Kardec chutar de primeira, o goleiro foi pra defesa e evitou o que seria o quarto gol do Verdão. Pecado! Uns minutinhos depois, Michael Jackson encheu o pé de fora da área, mas Prass fez outra bela defesa. E foi só.

E tão logo o juiz apitou, eu senti uma vontade enorme de chorar. E não entendia porque estava chorando, até que percebi que, mesmo faltando muitas partidas, o meu coração já sabe, ele já tem certeza…

E vamos voltar de cabeça erguida, sem atalhos, sem esquemas, sem ajuda e sem perder a dignidade. Como só o Palmeiras sabe fazer!

Espera só mais um pouquinho, viu série A? Seu campeão favorito está voltando!

“Defesa que ninguém passa,
linha atacante de raça,
torcida que canta e vibra…”♫♪

Na terça-feira, lá no Pacaembu, o hino palestrino se materializou nas ações do time e da torcida. A defesa defendeu tudo, o ataque atacou muito e a torcida cantou e vibrou a plenos pulmões. Teve mais coisa também…

Jogo fácil, adversário fraco e, por isso mesmo, o jogo era mais amarrado. Teve momentos em que o Icasa colocava os onze dentro da área, e só não chamava os do banco porque não podia. O jeito era arriscar de longe. Charles levou perigo por duas vezes, mas, num lance em que o jogador do Icasa se enroscou com Henrique, o árbitro marcou pênalti. E não foi pênalti, coisa nenhuma! O car de pau do Eduardo Valadão, juiz da partida, ainda deu amarelo pra Henrique. A torcida não se conformava com a marcação e com a possibilidade de o Palmeiras tomar um gol do Icasa. Mas eu me mantive tranquila. Olhava pro Prass e dizia pros meus amigos: Ele vai pegar! Ele vai pegar!

A torcida vaiava o jogador do Icasa, metia pressão… e o Prass defendeu!! Mas não foi uma defesa qualquer, ele pegou a bola e ficou com ela. O Pacaembu veio abaixo. “Defesa que ninguém passa”. Desde 2010, que não tínhamos um pênalti defendido (não conto aquele do Deola, porque acabou resultando em gol). Teria sido muito ruim se tivéssemos tomado um gol daqueles retranqueiros, e, por isso mesmo, a defesa do Prass foi tão importante. Retranca, o tempo todo, é a única arma dos que não têm qualidade.

E então, o Palmeiras tratou de ir fazer o resultado. Mendieta cobrou falta e… quase! Leandro, abusado, fez fila pela direita, entrou pelo meio e chutou, mas o goleiro defendeu. O time estava bem, mas todos nós sabíamos que estava faltando Valdivia ali. Dentro da programação que é feita para preservá-lo, já que ele apanha um bocado em todos os jogos, ele estava no banco.

Já estávamos com quase 40 minutos de jogo, quando Leandro avançou pela esquerda, entrou na área, e foi derrubado quando ia driblar o jogador adversário. O juiz apitou e apontou para o meio da área. Pênalti!! Alegria geral na bancada! Alegria geral no Pacaembu! Vinícius, que fazia muito boa partida, foi pra cobrança e guardou! E como os seus adversários no campeonato estavam perdendo os seus jogos, a liderança voltava para os braços do Verdão.

No último minuto, Mendieta fez uma jogada linda. Na entrada da área, num espacinho de nada, ele driblou três adversários e chutou, de bico, mas o maledeto do goleiro pegou o que seria um golaço do nosso gringo. Tem nada, não, Willi, não demora muito e você vai marcar vários gols.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou do mesmo jeito: senhor do jogo. Dominava as ações e se mantinha ofensivo. Ora com Luís Felipe, ora com Vinícius, Mendieta, Leandro… Com onze dentro da área pra defender, faltava algo ali. Faltava aquele toque de magia…

Gilson Kleina sabia disso e, aos 20′, chamou Alan Kardec para o lugar de Vinícius e substituiu Mendieta pelo Mago. Nossos olhos ficaram tão felizes quanto os nossos corações. Eles sabem que com Valdivia em campo, as jogadas ficam muito mais bonitas de se ver. E sabiam que Alan Kardec, que perdera dois gols na partida anterior, não perderia suas chances uma outra vez.

E não deu outra! Nosso gringo mágico, mesmo jogando um quarto da partida, meteu os seus companheiros na cara do gol cinco vezes! É o futebol do time inteiro que cresce com o Mago em campo.

Valdivia deu um passe lindo, que foi encontrar Kardec dentro da área, mas o goleiro conseguiu abafar. Um minuto depois, Juninho cobrou escanteio e Kardec, de cabeça, de centroavante, de posicionamento certo, meteu na rede!! Essa vitória era nossa! Mais uma! A torcida, feliz, cantava, aplaudia, se abraçava.

Aos 39′, o Mago (que futebol maravilhoso ele joga) roubou a bola, avançou pela esquerda, entrou na área e tocou mais atrás para Charles, que viu Wesley passando ao seu lado e tocou pra ele; Wesley deu um corte no marcador e meteu um canudo, no ângulo, acordando o quero-quero que lá dormia. Que golaço!! Merecido, porque ele fazia uma grande partida. “Linha atacante de raça”.

Aos 45′, Valdivia enfiou uma bola linda para Ananias (jogou pouco tempo, mas me agradou) e ele bateu cruzado. Quase!

Já estávamos esperando o juiz apitar, estávamos felizes pra caramba com o futebol do Palmeiras, que está na segunda divisão, mas joga um futebol de primeira, enquanto que, alguns grandes da primeira divisão, jogam um futebol de segunda…

E deve ter sido por isso que os deuses do futebol, que costumam se manifestar pelos pés dos craques, resolveram nos presentear… deve ter sido por isso que eles decidiram mostrar para todo mundo que o Palmeiras é o PALMEIRAS, não importando onde ele esteja… deve ter sido por isso que eles inspiraram Valdivia a nos encantar com mais um de seus sortilégios… e matar nossos corações e olhos de alegria…

Eram 46′ do segundo tempo… Valdivia começou a jogada no campo de defesa, foi avançando pelo campo de ataque, driblou quatro marcadores, foi passando por entre eles, e os deixou perdidos, sem saber o que fazer – e a gente sem entender como ele consegue fazer essas coisas -… invadiu a área e, quando todo mundo achou que ele queria marcar o seu, o Mago só rolou para Alan Kardec marcar o quarto gol do Verdão. UMA PINTURA, A JOGADA DO MAGO!

E como a gente não podia entrar em campo para abraçá-lo, como a torcida não podia cumprimentá-lo pela jogada, não podia apertar a sua mão, parecendo até combinado, todos começaram a gritar o seu nome: Valdivia, Valdivia… Que momento lindo! Que bonito de ver a alegria dos seus companheiros pela jogada linda que ele fizera e que proporcionara o quarto gol do Palmeiras.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=8hRDVc44NtM[/youtube]

Se continuar assim, vamos ter que acrescentar duas palavrinhas ao nosso hino…. “Sabe sempre levar de vencida, e com magia mostrar, que de fato é campeão”.

E hoje tem mais Palmeiras!

Tem mais do time com o melhor ataque das séries A e B, com a segunda melhor defesa e o melhor saldo de gols! Tem mais do time que abre quase 20 pontos dos últimos colocados da competição… Tem mais desse Palmeiras que, dentre todos os campeonatos e divisões, faz sempre maior e mais vibrante o campeonato e a divisão que ele disputar… que faz a nossa segunda-feira ter cara de sábado e a nosso final de semana ter três dias…

Tem mais dessa alegria que temos visto nos treinos, nas partidas… essa alegria que anda morando em nosso peito, que não conseguimos esconder em nossos rostos.

Que os deuses do futebol estejam em campo hoje, que Deus esteja conosco…SE O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!

Fica triste não, série A, espera só mais um pouquinho, o Gigante, seu maior campeão, está voltando!

“… Defesa que ninguém passa, linha atacante de raça, torcida que canta e vibra…” ♫♪♫

De novo, um juiz interferiu no resultado de um jogo do Palmeiras. Como se não bastasse todas as “interferências” em tudo quanto é campeonato, principalmente, no Brasileiro/2012, na série B a sacanagem continua.

Contra o Sport, tomamos um gol num lance em que o jogador deu um tapa na bola, para ajeitá-la antes de chutar, e a arbitragem validou o gol. Isso não é falha e tampouco erro de interpretação. Ou o cara é cegou ou validou um gol ilegal porque quis. E o Palmeiras perdeu o jogo por isso, por causa do juiz, que “não viu” – os assistentes também não – aquilo que estava sendo pago pra ver: as infrações ocorridas na partida.

Contra o Guaratinguetá, ganhávamos de 1 x 0, ainda no primeiro tempo, quando Valdivia sofreu pênalti, que o juiz, Vinícius Furlan, não marcou. O jogador do Guará puxou a camisa do Mago -, que só não rasgou porque é Adidas – um outro deu um chega pra lá nele; já caído, foi intimidado por vários jogadores do Guaratinguetá; Valdivia conversou com o juiz numa boa e, ainda assim, quem recebeu cartão amarelo foi ele! O árbitro, Vinícius Furlan, nos prejudicou duplamente no lance, ao nos tirar a chance de ampliar a vantagem e ao dar amarelo para Valdivia, que nada fez. Da mesma forma, o juiz favoreceu o infrator duas vezes; ao não marcar a penalidade cometida pelo Guaratinguetá, e ao não dar o cartão para o jogador que cometeu a penalidade em Valdivia, que era quem merecia cartão amarelo, ou até mesmo a expulsão. Repare nas imagens abaixo que o juiz viu tudo perfeitamente, que o bandeirinha tinha visão privilegiada na hora do pênalti. E por que não o marcaram?

Pênalti-no-Mago-Guará

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Assista ao vídeo com o lance, e veja se Valdivia reagiu em algum momento, como diz a página da Globo.

http://www.lancenet.com.br/palmeiras/Kleina-reclama-penalti-Valdivia-gramado_0_963503770.html

E teve comentarista que disse que o Valdivia pagava pelo seu passado… Que passado? O de ter a imprensinha inteira o qualificando de ”cai-cai”, enquanto Neymar era apenas o ”jogador caçado”? Que passado? O de ter levado uma paulada de Alex, dos bambis, e ter ficado 10 dias fora do time? O de ter levado um chute pelas costas de Jorge Wagner? Ou então, seria o passado de ter tido o seu nariz quebrado com um chute adversário e o juiz nem falta ter marcado no lance? Quem sabe foi o passado de ter levado um tapa no rosto de Rogério Ceni… ou então ter tido o seu joelho estourado por Paulo Miranda, num outro pênalti não marcado…

Talvez seja o passado da final em Barueri, contra o Coritiba, quando Valdivia foi agredido com um pontapé e o juiz nada fez e, minutos depois, ao fazer uma falta no jogador que o agredira, ter sido expulso. A falta cometida por Valdivia foi passível de cartão, mas o chute que o jogador do Coritiba deu nele, de propósito, para a arbitragem não foi nada. A imprensa escondeu os fatos e isso não foi nada honesto da parte dela. E ela ainda disse que o Coritiba tinha sido prejudicado na partida… Com dois jogadores que deveriam ter sido expulsos e não foram (o que fez pênalti em Betinho também deveria ter levado vermelho), com um adversário (Valdivia) que não deveria ter sido expulso e foi, o Coritiba é que foi prejudicado? Imagina se ele tivesse sido ajudado então…

E, seguindo a linha de pensamento desses “comentarishtaish”, de que um pênalti pode deixar de ser marcado por causa do “passado” de um atleta, podemos pensar que é lícito ao juiz aplicar as regras de maneira particular para cada jogador? É isso mesmo, Press?

“Ah, mas o Palmeiras jogou muito abaixo do esperado”, dirão alguns. Verdade, jogou mesmo! Mas isso não dava direito ao árbitro de prejudicá-lo mais do que o futebol ‘abaixo do esperado’ já o prejudicava.

“Ah, mas o Alan Kardec perdeu dois gols feitos”, dirão outros. Outra verdade, mas isso também não dá direito ao árbitro de fazer o Palmeiras perder mais um gol, ou a chance de tentar marcá-lo. Foram dois gols perdidos pelo jogador, e um outro, perdido por causa do árbitro. Como diria a minha avó: Vê se no céu tem festa.

Árbitros não são analistas de passado alheio, não devem ter a execução do seu trabalho atrelada ao bom ou mau futebol das equipes. Nada justifica que eles interfiram no resultado dos jogos, que decidam partida alguma. Árbitros e assistentes entram em campo para fazer com que as infrações sejam assinaladas e punidas, que a violência seja coibida, e que os resultados das partidas sejam os mais justos possíveis.

E não há outra interpretação que não seja “pênalti”, para o ato de se puxar, até esticar, a camisa de um adversário dentro da área. E não importa quem esteja dentro da camisa puxada, ou qual seja o escudo bordado nela. Puxar o jogador pela camisa é uma atitude faltosa. E falta dentro da área é pênalti e ponto final. Não existe muito pênalti ou pouco pênalti, ou é ou não é. Simples assim. Toda a retórica em cima disso é “picaretation”. Imagina se fossemos levar em conta o passado dos comentaristas? Tem uns que estariam perdidos…

E se o Palmeiras vive sendo sacaneado pelas arbitragens, como bem sabemos que é, o Valdivia é o “palmeirense alvo” favorito  dos juízes, para ser punido até quando não faz nada, e da imprensinha, para apontá-lo como “culpado” mesmo quando quem erra é o juiz. Quem os ouve, até pensa que o Mago morde adversários em campo – tem jogador que faz isso, acredite -, pensa que ele pisa o pescoço dos adversários, que ele cospe nos juízes, que vai fazer dancinha na torcida organizada adversária para provocar a violência dos torcedores…

E o que ninguém da imprensa fala também, é que Valdivia é caçado em campo, em todas as partidas. Os árbitros, em sua maioria, são coniventes, e a imprensinha, pra variar, é omissa e com a sua omissão ajuda a justificar a conivência dos árbitros. Ela nunca fala nada sobre o assunto. Mais ou menos como faz agora, com os bambis na zona de rebaixamento, e totalmente blindados das notícias negativas.

E só nós, palestrinos, lunáticos que somos, é que percebemos a sacanagem com o Palmeiras e seus jogadores; só nós reclamamos das “trocentas” faltas que Valdivia sofre em campo; que ficamos muito bravos com as inúmeras outras, cometidas em Valdivia e em vários jogadores nossos, que a juizada faz de conta que não vê; com os pênaltis não marcados, com os agressores de nossos jogadores que ficam impunes, com os prejuízos impostos ao Palmeiras;  nós é que sabemos que é por apanhar tanto, que o nosso mais talentoso jogador acaba se contundindo mais vezes, deixando o Palmeiras desfalcado do seu futebol tão necessário; somos os únicos a saber, e ver, o rodízio de faltas que Valdivia sofre a cada partida – o time adversário inteiro bate, cada hora com um jogador diferente, pra não dar na cara.

Mas o que a gente não sabia, ou melhor, sabia, mas não tinha certeza, é que Valdivia é o jogador que mais recebe faltas no Brasil, com total conivência da maioria dos árbitros. E isso a imprensinha não vem te dizer. As estatísticas estão por aí, é verdade, mas assim como quem não quer nada, meio despercebidas.

Eu não consegui as estatísticas de todos os clubes (algumas páginas davam erro, e não havia uma página de estatísticas para todos os clubes da série B), mas nem precisava. Porque, se somarmos as mais escandalosas faltas sofridas pelo jogador do Palmeiras, que não são assinaladas pelas arbitragens, a média de faltas recebidas por ele, aumenta consideravelmente e duvido que qualquer outra a ultrapasse. E vale lembrar que, ao contrário de muitos jogadores que estão entre os que mais recebem faltas, Valdivia não é um jogador que cometa muitas infrações, como acontece com Luan-CRU, Emerson-COR…, por exemplo. Confira:

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Como você pode ver, leitor, dentre os principais jogadores dos maiores clubes do Brasil, Valdivia é o que tem a maior média de faltas recebidas. Dentre os mais talentosos do país, ele é o que mais apanha, o que mais recebe faltas para ser parado. Empata em porcentagem com Kleber, do Grêmio, que sofreu o dobro de faltas, atuando no dobro de partidas.

Mas aí, mesmo sem citarmos as muitas outras faltas que fazem nele, nos lembramos do pênalti de sábado, cujas imagens você viu no início dessa postagem, nos lembramos que seria um lance determinante, que poderia ter mudado o resultado da partida e da tabela do campeonato… Uma falta pra ninguém botar defeito e que faz com que tenhamos certeza de que as faltas sofridas por Valdivia são em número bem maior do que nos contam as estatísticas (se uma tão importante como essa passou batida, imaginem quantas outras também passaram). Só essa aí, se marcada, já elevaria a sua média de faltas recebidas para 4.0. Uma média como essa é algo muito sério e é contra isso que devemos “brigar”.

E hoje, o Palmeiras e o jogador mais caçado do país estarão em campo. Eu sei e você também já sabe… OLHO VIVO NO HOMEM DO APITO!

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O Palmeiras está bem, o Mago está de volta – batendo um bolão e fazendo das suas em campo -; o futebol do time tá bonito, os jogadores estão fazendo boas partidas, o ataque tá funcionando, os dois últimos adversários foram goleados… Não tem mais notícia vazando, não tem mais encrenca nos vestiários, o ambiente está tranquilo… é um bom momento pra imprensinha nos deixar livre do seu veneno de cada dia, e falar dos problemas dos outros times, não é mesmo?

Mas, diante disso, o que você acha que ela faz?

1 – Fala da crise no São Paulo? O condena ao rebaixamento, faltando 30 rodadas, como fez com o Palmeiras em 2012?

2- Fala que nesse mesmo São Paulo o ambiente interno é péssimo? Que o time é limitado? Calcula o custo-benefício do Ganso, do Luís Fabiano? Vai fuçar e noticiar se tem alguém abusando das baladas lá?

3- Calcula o custo-benefício do Pato? Diz que ele foi vaiado? Investiga a sua vida particular (como fez e faz com jogadores do Palmeiras) e traz a público a notícia que ele tomou uma “bola nas costas” da italiana?

3- Aproveita a onda de insatisfação da população com o dinheiro público sendo torrado, nos superfaturados estádios da Copa, e traz à pauta todas as irregularidades do Esmolão?

4- Conta, finalmente, por quais motivos o Jorge Henrique foi mandado embora do time?

5- Fala sobre o jogador que tem problemas com a Polícia Federal por contrabando de carros, que tem documentos falsos, e continua tranquilinho por aí, “lindo, loiro e japonês”?

6 – Fala que a prefeitura está exigindo que o Palmeiras custeie o alargamento de uma avenida, no entorno do Palestra, quando ele é o único clube que constrói seu estádio sem o uso de dinheiro público? Ela diz que a prefeitura deveria custear isso com o dinheiro dos impostos com os quais “presenteou” o Esmolão?

NÃO! CLARO QUE NÃO! Isso, dessa forma, você não vai ler  por aí.  O Palmeiras é o favorito da GambambiPress, mas só em pautas que sirvam para depreciá-lo ou para fazer aparecer problemas onde eles não existem.

Por falar em depreciar, em duas notícias da Globo, que falam sobre o jogo-treino do Palmeiras realizado nesta semana, o nome do adversário, Atibaia, vem acompanhado da seguinte informação: “… time da Segunda Divisão Paulista (equivalente à quarta)”. Embora esteja correto, qual a importância de se ressaltar isso em duas notícias? Afinal, com todo respeito ao Atibaia, quem vende a notícia é o Palmeiras.

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Parece que eles não sabem que isso não tem a menor importância, que jogo-treino é assim mesmo, contra times “carne-de-pescoço”, com dois tempos de 50 minutos, sem título em disputa, sem briga pela ponta da tabela; sem a obrigação de vencer, e sim de treinar, de observar jogadores, de testar formações táticas, de ensaiar algumas jogadas, de substituir um jogador no time, e colocá-lo de volta mais tarde, se o técnico assim desejar; de dar ritmo a quem está chegando, a quem volta de contusão, de poupar alguns outros; sem ninguém jogando por um “prato de comida”, saindo contundido… daí o nome “jogo-treino”.

E, ontem, véspera do jogo entre Figueirense e Palmeiras, mesmo o Palmeiras tendo vencido os últimos confrontos diante dos catarinenses, a notícia na Globo era sobre uma goleada que o Palmeiras sofreu num confronto entre os times, ocorrido há 10 anos atrás. Vê se pode! Se a notícia estivesse só na página do Figueirense seria compreensível.

E já que é assim que a GambambiPress raciocina, seria justo que a cada vez que o Palmeiras enfrentasse os gambás, a Globo lembrasse dos 4 x 0 (fora o baile) de 1993, não é mesmo? Ou então, lembrasse daqueles 4 gols palestrinos, em 99, marcados em 12 minutos.

Mas tem coisa pior… Essa mesma imprensa, que blinda o fraquíssimo time do São Paulo de seus inúmeros fracassos, e o chama de vice campeão da Recopa (quem foi o terceiro colocado, Press? E o último?); que não gasta uma letrinha para falar sobre o Esmolão; a imprensinha, que não se favorece mais de notícias vazadas pelas “rachaduras” do Palestra;  a imprensinha, que está sem pauta para esculhambar o Palmeiras, imaginou ter encontrado um “absurdo”. Mas de absurdo mesmo, o que a notícia tinha era a própria pauta.  Beirou o ridículo…

Preste atenção, leitor, o mundo nunca mais será o mesmo depois que você ler a notícia abaixo; a cotação do dólar vai cair vertiginosamente, a inflação vai desaparecer; a crase vai passar a ser bem usada pelos estagiários das redações; O Batman vai sair do armário e dar um beijo na boca do Robin; os mensaleiros condenados irão pra cadeia, o Luís Fabiano, o Ganso e o Pato vão passar a ser maravilhosos investimentos de seus respectivos clubes; Mustafá vai admitir que torce pros gambás; o Papa vai encampar o projeto de cura gay junto ao Feliciano; o Obama vai te cumprimentar a cada vez que você usar o telefone…

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Por essa você não esperava, né? ACABARAM AS VAGAS NO ESTACIONAMENTO DO PALMEIRAS (onde já se viu uma coisa dessa?) E OS ARMÁRIOS NOS SEUS VESTIÁRIOS; ACABOU A VAGA PARA A CONCORDÂNCIA VERBAL NA REDAÇÃO DO LANCE (“quem é da base… sofrem mais”. Que deselegante! Cadê a vaga para a concordância verbal? Em que armário ela foi guardada? Sujeito no singular e verbo no plural, não!).

E reparem,  a noticia traz chamadas “simpáticas”: “Alan Kardec… perde gol incrível em jogo-treino”  O gol, incrível, que o Alan Kardec perdeu no treino, (por estar sem ritmo), pareceu ter mais importância do que aquele que o Pato perdeu diante do Boca, na desclassificação do Corinthians na Libertadores…

O título da outra notícia: “André não quer ver o Palmeiras comparado a times da Série A”, (que pode deixar furioso qualquer palestrino que não leia a notícia toda) não resume o que o jogador realmente disse:

“O Palmeiras é time de Série B porque está disputando a Série B. Mas a maioria, para bem dizer todos, pode jogar a Série A, não vejo tanta diferença em nível de jogador. Mas não tem que fazer a comparação. Temos que chegar na Série A ficando entre os quatro primeiros da Série B”

A verdade é que, enquanto mascaram os reais problemas de alguns times e fazem a vida deles mais fácil, encontram problemas “imensos” no Palmeiras, na tentativa de fomentar a discórdia entre clube, jogadores e torcida. Onde já se viu o Palmeiras ter o elenco inchado? Não era essa mesma imprensa que, n começo do ano, batia na tecla que o Palmeiras não tinha elenco nem pra fazer um coletivo? Melhor ter gente sobrando, né? Ainda mais quando se sabe que isso é provisório.

Mas o Lance foi até ouvir um especialista em gestão…  De tão ‘especialista’ que o especialista é, não foi preciso nem citarem o seu nome. Como é que citam um especialista, sem dizer quem ele é? Credibilidade… nenhuma! Podemos arriscar que o consultado foi o…  Gasparzinho? (no dia de hoje, a notícia traz o nome do especialista. Mas, como você pode ver no printscreen abaixo, a notícia foi publicada sem ele)

E ele sabe tanto, que afirma que “está muito claro que houve, talvez…”. Decide, Gasparzinho, está muito claro ou é talvez?

E ele fala até sobre a questão da dificuldade para que muitos atletas façam as suas refeições. Mas ninguém o consultou quando os gambás, sem ter um refeitório, faziam as refeições no “Linguição” (acho que era esse o nome), não é mesmo?

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Nunca vamos ter certeza se pautas como essas são feitas por “torcedores profissionais”, por inexperientes estágiários, ou são pautas compradas, matérias pagas. Só podemos imaginar.

Mas é como eu sempre digo… Abre o olho, leitor, senão a GambambiPress engana você!

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“Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca

Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre” ♪♫ (Milton Nascimento)

Pareceu uma eternidade esse tempo de Copa das Confederações em que o Verdão ficou sem jogar… Custou tanto a passar.

Não há vida sem Palmeiras! A gente continua fazendo tudo como sempre, trabalha, estuda, passeia, dá risada, se alimenta, anda, respira… mas é tudo tão sem cor, sem calor, sem perfume… A sensação de que falta algo é permanente.

Contamos os dias até esse sábado (06), ficamos ansiosos como quem mal pudesse esperar pra rever um grande amor. E era isso mesmo, íamos rever o nosso grande amor.

As expectativas eram as melhores possíveis, time descansado, que treinou bastante durante a “férias”, o garoto Luís Felipe no time, Prass de volta, Valdivia de volta… O Mago… com ele em campo sempre podemos esperar um futebol mais bonito.

Pra não ficar na pilha, passei o dia batendo pernas na 25 de Março, e cheguei em casa quase na hora do jogo começar. E então… surpresa! Nenhuma emissora ia transmitir o jogo do Palmeiras. A Band, que acenara com a possibilidade, mudou de ideia (ou a Globo fez com que ela mudasse) e transmitiria o ‘badaladíssimo’, confronto entre os dois “grandes campeões brasileiros”, São Caetano e Avaí. Era compreensível… afinal esses times, que ‘conquistaram tantos títulos nacionais’, ‘possuem milhões de torcedores espalhados pelo país’, não é mesmo? Eles têm jogadores que já vestiram a camisa da seleção brasileira, da seleção chilena… são times que têm muito mais apelo. E, deve ter sido por esses motivos que ‘São Caetano x Avaí’ foi o jogo que os milhões de palmeirenses, espalhados pelo Brasil inteiro, tinham pra assistir.

As TVs ‘preferiram’ levar ao ar uma programação que lhes daria menos pontos no Ibope? Estranho… Deve ser a Dona Globo, detentora dos direitos de transmissão, querendo forçar o torcedor palmeirense a comprar os pacotes de PPV da série B. Eu não sei você, amigo leitor, mas eu não compro!

E lá fomos nós assistir via PC… Estava um calorão em Presidente Prudente e o Palmeiras, de Fernando Prass, Luis Felipe, André Luiz, Henrique, Juninho, Márcio Araújo, Charles, Wesley, Valdivia, Leandro e Vinícius,  estava lindo de branco. Nas camisas, uma mensagem de apoio ao grande Djalma Santos, ex-jogador do Palmeiras, que se encontra hospitalizado. No banco, o auxiliar técnico, Juninho, substituía Gilson Kleina. No gramado, antes do apito inicial, Valdivia se ajoelhava em oração – e eu rezei com ele, rezei por ele… muito mais do que nós, torcedores, o Mago sabia o quanto essa volta significava, sabia tudo o que estava em jogo…

Apesar do gramado ruim, esse time, lindo, que vestia branco, precisou de apenas 7 minutos para abrir o placar. Jogada linda do Mago – tão bom ter ele de volta -, que driblou dois marcadores, tabelou com Leandro e rolou pra Luís Felipe cruzar no meio. Charles tentou mandar pro gol, mas acabou sendo travado; a bola sobrou para Leandro, que encheu o pé e estufou as redes (Tchuuupa, Tamoxunto!). Que alegria eu senti! O Palmeiras, do jeito que a gente gosta, saía na frente.

O toque de bola do Verdão era outro, o time estava mais rápido. A qualidade do passe de Valdivia, a sua visão de jogo, que são indiscutíveis, faziam muita diferença.  O Palmeiras precisa tanto disso…

O Oeste até quis nos importunar, mas a zaga estava esperta. Aos 36′, eles deram um susto na gente com uma bola na trave. Mas nem deu tempo de ficarmos preocupados. Na sequência, Valdivia, – os adversários batem um bocado nele – com um passe preciso lançou Vinícius; ele cruzou e Leandro, “facinho, facinho”, fez o segundo do Palmeiras, segundo dele na partida (visibilidade é isso, Tamoxunto! Fazer gols, jogando por um grande time). Que maravilha!!

No finalzinho do primeiro tempo, o Mago deu um passe perfeito pro Charles e o deixou na cara do gol, mas ele foi derrubado na linha da área. Que gostoso ver o Palmeiras jogar um bom futebol! Que delícia ver o Valdivia em campo, fazendo das suas… Que alegria ver o garoto Luís Felipe se saindo tão bem, ver o Juninho fazendo bons cruzamentos, o Wesley jogando certinho, o Charles marcando dois gols no jogo… que bom ter o Henrique no time… que alívio constatar que, a despeito das reclamações da época, a diretoria acertou em cheio ao escolher Leandro, nosso artilheiro, entre os jogadores que lhe foram oferecidos pelo Grêmio.

Na segunda etapa, aos 6′, Luís Felipe fez jogada pela direita, cortou para o meio e, de fora da área, arriscou de esquerda acertando a trave. Quase! Valdivia estava Valdivia, enlouquecendo os adversários e encantando a torcida! Aos 12′, depois da jogada de Wesley (na posição certa ele joga bem, né Kleina?) e Luís Felipe, o rebote ficou com o Mago, que mandou uma “bomba” e o filho-da-mãe do goleiro defendeu. Foi por pouco…

O terceiro gol tava amadurecendo. Charles invadiu a área e chutou forte; o maledeto do goleiro conseguiu tirar. A gente sabia que ia sair mais um gol, mas só não sabíamos que ele seria tão espetacular…

Valdivia entortava um aqui, outro ali; chapelava, metia cada bola linda pros companheiros… organizava e armava as jogadas de ataque, fazia o futebol do Palmeiras ter muito mais qualidade. Mas, Mago que é, ainda faltava um sortilégio. Faltava ele deixar a gente maravilhado, faltava deixar o Prudentão transbordando de magia.  De fora da área, desmontou a defesa inimiga, meteu a bola por entre vários adversários, e ela foi encontrar Leandro, sozinho na área (como ele faz isso?). O garoto, esperto, rolou pra Charles que aparecia na trave oposta, e ele, como se fosse um ‘Fio Maravilha’, só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol... Jogada maravilhosa! Genialidade explícita e descarada em campo. A arquibancada enlouquecia, a bancada virtual também. Nossos corações, inundados de felicidade. Quanta saudade sentíamos desse futebol…

O time todo se apresentava bem, nossa camisa parecia ainda mais linda… parecia refletir o sol que inundava o Prudentão e o nosso peito…

O técnico Juninho substituiu Valdivia, o melhor jogador da partida, pelo estreante Mendieta (quero ver esses dois juntos em campo), e foi emocionante. O torcedor, grato pelo futebol palestrino, que renasceu pelos pés do Mago, gritava o seu nome e o aplaudia de pé. Merecidíssimo! As lágrimas corriam no meu rosto.

(Tá vendo, Mago? É como diz a música: “… é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter sonhos, sempre…”. Você sabe o quanto tem trabalhado, e o resultado está aí; a receita também: trabalho, paciência, trabalho, paciência…)

E se estava bom, ficou melhor ainda. Aos 38′, depois da cobrança de escanteio, a defesa do Oeste aliviou pra fora da área, Charles ficou com a sobra e, de primeira, emendou uma paulada acertando o canto direito do goleiro. Que golaço! O segundo dele no jogo, o quarto da goleada do Palmeiras.

E por pouco o estreante da tarde não deixa o dele. Na jogada de Wesley, Juninho cruzou, e Mendieta cabeceou pro gol. O goleiro conseguiu defender com os pés – não fosse ele tinha sido uns 7 x 0.  Minutos depois, Caio foi lançado, tentou o chute e o goleiro defendeu. Ele não viu Mendieta livre na frente do gol. Que pecado! No minuto final, Caio, de cabeça, quase marcou o quinto gol; o goleiro fez uma grande defesa. E então, o juiz apitou. E a torcida saiu feliz, cantando, aplaudindo o time.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=NDCwBbu1h0w[/youtube]

E o final de semana foi uma maravilha!  Parmera goleou, Valdivia jogou muito, Leandrinho fez 2 gols (Tchupa, Tamoxunto), Charles também fez, o gambá idiota foi nocauteado, os bambis perderam… Uma beleza!

Quanto a nós, eu sei que foi só um jogo, que o caminho é longo, e que vai ser preciso manter a pegada, a regularidade, porque, certamente, as dificuldades aparecerão. Mas eu também sei que o time não jogou bem por acaso, que esse futebol bonito e vibrante poderá ser repetido muitas outras vezes. Sei que Alan Kardec, Felipe Menezes e Eguren ainda vão entrar no time… e, mais do que saber, tenho certeza, chegou a hora de podermos sonhar com um novo Palmeiras…

E como dizia aquele sábio barbudo e de óculos escuros: “Sonho que se sonha junto é realidade…”

Booora sonhar e fazer acontecer, parmerada! Sexta feira é no Pacaembu.

A gente se encontra lá!

 

Eu sempre me questionei se os motivos da perseguição da imprensa esportiva a Valdivia – desde 2007 – eram apenas ranço dos jornaleiros gambás e bambis pelos desgostos que ele já havia lhes proporcionado, balançando, ou ajudando a balançar as redes dos seus times; se era ranço por ele ter devolvido as provocações que lhe foram feitas, por ter sempre uma resposta pronta para as levianas perguntas que muitas vezes lhe são feitas; se era fruto da costumeira perseguição ao Palmeiras… ou se tinha algo mais…

Ultimamente, a impressão que tenho é que como ele é o jogador que faz o Palmeiras ter mais qualidade em campo – e isso é indiscutível -, como ele pode ser o diferencial para o Palmeiras sair dessa situação  (jogar num time cheio de craques é fácil, benhê, ser o único craque do time é outra história), os “torcedores adversários profissionais de imprensa”, desejosos de ver o Palmeiras mais fraco, não economizam nas “tintas” com que pintam o jogador de bandido…  e por qualquer motivo.

Isso, sem contar os interesses dos politiqueiros – e tem muita gente da imprensa que ajuda nisso – pois se o Palmeiras escapar, vai atrapalhar os planos de eleição de alguns… e se Valdivia pode ajudar o Palmeiras a escapar… pau nele!

Seja qual for o motivo oculto nisso (deve ser tudo junto e misturado),  tudo o que se faz contra um jogador do Palmeiras, seja ele quem for,  se faz contra o Palmeiras, não é mesmo? E deve ser por isso que, jogar a torcida palestrina contra o cara que pode ajudar o time a escapar, passou a ser o passatempo principal de alguns (a torcida cai como um patinho na artimanha dos “imprenseiros” torcedores de times rivais do Palmeiras)…

E a “press”, do alto dos seus “benjaminianos” e “norieguenses” comentários, com seus “jucas” todos, está tão ávida por ver o Palmeiras queimar a sua única esperançazinha, ávida por execrar e “demonizar” o craque do Palmeiras (sim, ele é o craque do time, o único), que esquece o que lhe é pertinente como imprensa esportiva, e passa a atacar o caráter do jogador (será que a imprensinha não tem vontade de questionar o caráter de alguns dos seus “profissionais”?), jogando definitivamente a ética e o profissionalismo no lixo – nem falo dos diplomas de Jornalismo, uma vez que nem todos os “jucas” os possuem.

E seja para elogios ou para críticas, há que se ter o mínimo de coerência. Senão, fica parecendo vigarice, como aqueles paspalhos torcedores, que se dizem promotores do STJD, andam fazendo parecer. Parabenizam um jogador que xinga a CBF na TV, em horário nobre, mas puniram Deola um dia, por ele, nas entrelinhas de um tweet, fazer uma crítica à FPF; punem o gandula do Palmeiras, mas a gandula, que chamaram de gostosa, e que fez o mesmo que o gandula do Palmeiras fez, não recebeu punição alguma; absolvem pisões de uns, punem o do Mago; dão dois jogos para o Airton, que pisou a cabeça de Pato; mas querem aumentar a pena de Valdivia… Quanto abuso de poder (tá na hora dos torcedores se unirem e reclamarem desse tribunal na Fifa. Tá na hora dos torcedores pararem de jogar o joguinho dos “imprenseiros”)!

Na última, e desastrosa, partida do Palmeiras, quando ele tomou 3 gols em 4 minutos, e foi derrotado pelo Figueirense, Valdivia, quando o Palmeiras vencia por 1 x 0, perdeu um gol (outros jogadores também perderam), por preferir passar a bola para o atacante ao invés de finalizar. A imprensinha tratou de eleger só o gol perdido por Valdivia como o motivo causador da derrota (ele foi um dos motivos, mas não “o” motivo). E esqueceu/isentou as vaciladas da nossa defesa e do nosso goleiro, que propiciaram três gols ao adversário.

“Culpa”, “culpado”, “erro” e “irresponsabilidade” era o que mais se lia nos portais…

 

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(O Corinthians não chuta… quem não chuta?)

 

No entanto, na derrota do São Paulo para o FluminenC, derrota que reduzia muito as chances de título do clube paulista, as manchetes não traziam culpado algum. Isenção total para os jogadores, mesmo com muitos erros cometidos. Mas, se formos seguir a lógica ridícula dos “imprenseiros”, esses culpados existiram sim…

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Três bolas foram no gol, e entraram… o goleiro aceitou as três… Imagina se esse goleiro fosse um certo chileno que conhecemos?

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A defesa tomou 11 gols em 4 jogos… “ah, mas pela proposta ofensiva do time é é normal tomar mais gols…” Bulllshit!! Enganation! Além disso, ninguém dessa defesa inoperante tem nome??

O Palmeiras perde, e a culpa é do Valdivia, que não fez um gol… o São Paulo perde e a pontaria é ruim… pontaria de quem? Onde estão os nomes? Se a torcida não ler nome algum, ela não fica brava com ninguém em especial, né?

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Uma partida horrorosa dos bambis – mais uma -, no título da notícia fica só parecendo um acidente. E primeiro vêm os “dribles bonitos” só depois a pontaria ruim e os vacilos (leia-se “erros”) na defesa…

A notícia diz: “Ganso e Pato trocaram dribles bonitos, mas na hora de colocar a bola na rede deixaram a desejar”… mas o Valdivia é irresponsável, bandido, criminoso, palestino, vai morar na Faixa de Gaza, só porque perdeu um gol, mas, os jogadores bambis, com seus dribles e erros na hora de finalizar, tudo bem?

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Imagina o meia do Palmeiras não criar absolutamente nada, e errar 11 passes num jogo em que seu time foi derrotado e vê a disputa do título acenando adeus? Imagina o “custo x benefício”?

Mas “Ganso é o principal maestro (!?1?) do time, é natural que esteja mais exposto ao erro” diz a notícia… Valdivia, que é o principal jogador do Palmeiras não está mais exposto ao erro por esse mesmo motivo? E olha que o Ganso tem a companhia de vários medalhões; Valdivia não tem!

Você percebe o joguinho de palavras para se “dourar a pílula de um”, e “desdourar a do outro”?

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Kaká, o cara de seleção, que jogava na Europa (ninguém queria mais ele lá), medalhão, saiu na cara do goleiro e perdeu um gol tentando dar passe de calcanhar? E quando o jogo estava 0 x 0. Quem perde gol quando pode dar uma vantagem ao seu time não é irresponsável, culpado?  Ele não é irresponsável e nem culpado, “press”? Por que ?

E o Pato, que preferiu tocar para Kardec?

 

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E eles não têm culpa alguma pela derrota dos seus times… como adjetivar essa imprensinha?

 

E nem no jogo dos “itakeras”, que se distanciou do G4,  teve culpado… a imprensa isentou/aliviou pra todo mundo…

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O time perde, por 1 x 0, por um pênalti infantil cometido por Elias, e ele só prejudicou… não foi “culpado”, “irresponsável”, não carregou a culpa pela derrota…

 

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O pênalti foi infantil, a tarde decepcionante… tadinho do Elias, né? Culpado mesmo é só o Valdivia…

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Nossa, o Malcom correu na partida, mas “faltou precisão”  (faltar precisão é o mesmo que “errar na hora do chute”)…  o Guerrero (ele perdeu um gol feito, você verá a seguir) foi uma vítima na derrota… tadinho x 2.

Culpa-gambá-Malcom

 

Olha só… o Malcom ao invés de chutar para o gol, tentou passar para o meio da área (!?) e, ainda por cima meteu a mão na bola, estragando a possibilidade de gol… mas irresponsável e culpado pela derrota é só o Valdivia mesmo…

 

 

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Os “itakeras” perdem, se afastam do G4 (na ocasião, tinham ido para 7º lugar), Guerrero fura na hora de chutar a gol, perde a melhor chance na partida, e tudo bem? Culpado mesmo é o Valdivia, aquele “bandido”, “irresponsável”…

Ah, mas o Palmeiras está numa situação pior, por isso falam só do Valdivia…

É???

2013, gambás e bambis, rondando a zona de rebaixamento durante o campeonato todo, se enfrentaram (acabariam a 4 pontos da degola, mesmo com algumas ajudas da arbitragem). Ceni perdeu uma penalidade, e Sheik perdeu um gol cara a cara com o goleiro, “pecou pela falta de pontaria”. Um resultado bem ruim na ocasião para as duas equipes.

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E aí, a gente lembra do goleiro Barbosa, da Copa do mundo perdida para o Uruguai em 1950, que virou e foi “bandido”, “culpado” até morrer, por causa de uma falha na final…

E aí, a gente lembra do Zico, ferrando o Brasil nas quartas-de-finais da Copa de 86, porque bateu mal uma penalidade, que colocaria o Brasil à frente do placar… lembra de  Sócrates e Júlio César, que fizeram o mesmo na disputa de pênaltis ocasionada pelo erro anterior de Zico… e não teve nenhum bandido, nenhum culpado… nenhum irresponsável…

É a imprensa esportiva (e não só a esportiva), fazendo você gostar e odiar quem ela quer que você goste ou odeie…Fazendo você achar o que ela quer que você ache…

Valdivia é cai-cai, Neymar é vítima das botinadas… Valdivia é irresponsável (Edmundo, Diego Souza, Vagner Love, até Alex(!!) também eram um monte de coisa); Luís Fabiano precisa de psicólogo, Sheik é admirável, Ganso é maestro… Henrique erra a finalização;  Pato perde o gol por causa do gramado (gramado feio, bobo e malvado)… O Palmeiras tem dívidas, não tem dinheiro,  mas os gambás sonegam impostos, há anos… por opção…

Cabe a nós se queremos concordar com isso ou se queremos pensar com a nossa própria cabeça.

Eu não concordo!

 

O Campeonato Brasileiro do ano de nosso centenário começou.

Depois de ser tirado da competição de 2013, graças aos 12 pontos (12 é só para ser boazinha) que as arbitragens garfaram dele em 2012, lá estava o Palmeiras, de volta à Série A, para enfrentar o Criciúma. Na chuvinha fina que caía em SC, o Palmeiras, lindo, vestindo a sua maravilhosa terceira camisa, realizaria o nosso maior anseio de Dez/2012, ou seja, renasceria na série A, e em pleno domingo de Páscoa.

Assim que acabou o minuto de silêncio, feito em memória de Luciano do Valle, o estádio inteiro homenageou, com muitos aplausos, o comentarista esportivo que tanto fez pelo esporte brasileiro. Tocante. Aplausos mais do que merecidos.

Vendo a escalação, não entendi o Wesley no banco e o Josimar em campo (mais tarde Kleina revelaria que o próprio Wesley teria dito não se sentir seguro para entrar jogando). Não entendi também o Thiago Alves.

O Palmeiras até começou se impondo na partida, fez algumas jogadas, arriscou uns chutes a gol, mas, aos 11′, numa falta cobrada por Paulo Baier, Kardec tentou ajudar a zaga a aliviar e acabou cabeceando pra trás, colocando a bola na rede do Prass. Que zica! E logo o “Lã” Kardec, que tantas alegrias nos dá,  foi dar um gol de presente para o time do Caio “Harry Potter” Junior. O jeito era buscar o empate e a virada.

Três minutos depois, a chance de empatar surgiu; Bruno César cobrou falta, Valdivia atrapalhou o goleiro, evitando que ele fizesse a defesa, e ela sobrou para Marcelo Oliveira, livre, chutar por cima do gol e desperdiçar uma ótima chance. Ai, meu Deus!

Aos 18′, Marcelo Oliveira recuou na fogueira pro Prass, e quase o Criciúma aproveitou o lance, mas Wendel chegou e disse “aqui, não!”, e chutou a bola pra fora. Ufa!

Não demoraria muito e uma situação “interessante” aconteceria na lateral, quando, Silvinho, do Criciúma, e Josimar, do Palmeiras, se estranhariam na disputa de bola. O Silvinho chutou a bola no Josimar, e veio todo mundo, inclusive o técnico Caio Junior,  dar uma dura no… Josimar! Pode isso, “seo” juiz? Cadê o cartão amarelo para o Silvinho e a bronca no Caio Junior?? (E eu me lembro que perdemos um jogador na final da Copa do Brasil, por ele receber dois amarelos, o primeiro, por ter simulado que jogaria a bola para o/no adversário)

Minutos depois, Valdivia levaria amarelo por reclamação… pra ele (para o Palmeiras), a regra é sempre infalível – no jogo da TV aberta, que foi transmitido antes da partida do Verdão, os jogadores se peitavam, se xingavam, reclamavam com o juiz e ninguém levava amarelo (nem mesmo o que cometeu o pênalti, na cobrança de falta de Ronaldinho, pênalti que o juiz não marcou, e que a imprensa, i-n-t-e-i-r-i-n-h-a fez que não viu, of course). Mas, segundo o comentarista do jogo do Palmeiras, jogador não pode reclamar, não pode chamar amarelo; mas só se o nome dele começar com “Val”, e terminar com “divia”, né Noriega? Na semifinal do Paulistão, você não disse que Alemão estava chamando o cartão vermelho, amarelo, ao agredir Kardec, e, no jogo em Criciúma, não disse que o João Vítor chamava cartão e prejudicaria o time mais à frente, pelo amarelo tomado na simulação de uma falta… Né?

Mas, voltando ao jogo, a performance do Palmeiras era meio confusa, as escolhas de Kleina na escalação do time, não pareciam ter sido as melhores. O Palmeiras não conseguia jogar solto, errava passes, e, muito marcado – Valdivia, principalmente -, acabava desarmado em várias oportunidades.

Empurradíssimo pela torcida, e com a vitória parcial, o time da casa se arriscava mais – batia mais também -, e, embora o Palmeiras estivesse com alguns ‘fios soltos’ e, por isso, o time não estivesse dando liga, ele ficava bastante tempo com a bola. Mas as finalizações, quando ocorriam, não eram boas.

E o primeiro tempo acabou sem conseguirmos empatar. Kleina ia ter que mexer no time querendo ou não. Kardec saiu falando em empatar e virar a partida. “Mi” gostei disso, eu também acreditava na virada.

Na segunda etapa, Kleina substituiu Marcelo Oliveira e Marquinhos Gabriel por Wesley e Leandro (por que não saiu jogando assim, Kleina?).

Aos 4′, Bruno César foi à linha de fundo e foi derrubado por Escudero; quando o palmeirense estava no chão, o jogador do Criciúma chutou a bola em cima dele – chutou a bola e ele – e o juiz não marcou niente. Comentarista e narrador disseram que foi uma jogada ‘deselegante, anti desportiva’, que não houve nada irregular na jogada. Se foi um comportamento anti desportivo, que costuma ser passível de punição, então houve irregularidade, não é mesmo?

Primeiro, Escudero deu uma entrada em Bruno César e o derrubou…

Escudero-BrunoCésar

Depois, chutou a bola e o jogador, tudo junto e misturado.

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Pensa no Lúcio fazendo algo parecido com o adversário… pensa no Valdivia, que não pode nem reclamar, fazendo o que fez o Escudero… Algum árbitro deixaria passar? Diriam os “comentarishtais” que foi deselegante? Pra mim, foi pênalti.

Com as alterações, o Palmeiras passou a jogar melhor, e o Criciúma a bater mais. Mas ainda faltava chegar com perigo ao gol adversário. Wendel levou uma entrada dura de Giovani, bem na frente do juiz, mas cartão mesmo era só para os palmeirenses (tomaríamos 5 na partida):

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O Palmeiras ficava mais tempo com a bola, mas não conseguia “morder o adversário”. O time parecia correr à toa. A zaga se mostrava intranquila (Thiago Alves, principalmente) e o Criciúma, quando conseguia chegar, assustava, mas parava na defesa e em Prass.

E só aos 11′ do segundo tempo, numa das suas faltas mais brandas, Escudero levaria seu cartão amarelo, que já deveria ser o segundo.

Num ataque do Criciúma, o desastrado do Thiago Alves meteu o pé em Silvinho e, ainda por cima, colocou a mão na bola. Penalidade clara, que a arbitragem não marcou porque não quis (nem preciso colocar as imagens aqui, porque, essas, aposto que você cansou de ver nos programas de TV).

Vou fazer um grande aparte aqui… Quando pedimos que o Palmeiras receba o mesmo tratamento que os demais clubes, isso não significa que queremos favorecimentos iguais aos que outros clubes recebem, em tantas partidas. Não precisamos e não queremos isso. Queremos arbitragens justas, que não nos assaltem, queremos uma imprensa imparcial, que não vista a camisa de clube algum.

O pênalti que cometemos recebeu os holofotes da imprensa, e com razão, afinal, uma penalidade, escandalosa, não marcada, deve ser motivo de reclamação sim. Mas, esse outro aqui, a imprensa não “iluminou”. Por quê?  

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E não importa se foi de mão, de voadora, de carrinho, de cotovelo, com chute, com tapa na cara… se impediu o jogador de chegar na bola, ou se desviou a bola de sua trajetória. Pênalti = pênalti. E pode se transformar em gol, ou não. E o juiz tem que assinalar. Simples assim (Espero que isso não sirva de justificativa para sermos assaltados contra o Fluminense, useiro e vezeiro nas ajudas do apito, do STJD e da CBF).

Mas, voltando à partida, o Palmeiras continuava tentando, mas os passes errados estragavam as tentativas.

Com 20′, Prass precisou trabalhar duas vezes seguidas. Quando o jogador do Criciúma, dentro da área,  mandou uma paulada, e ele teve que colocar pra escanteio, e na cobrança do escanteio, quando a bola foi cabeceada pro gol e Prass, maravilhoso, foi buscar. “Defesa que ninguém Prassa”.

Eu já estava meio desanimada, achando que a minha Páscoa tinha azedado, mas meu coração não queria me deixar acreditar que sairíamos derrotados…

37 minutos… Wesley tocou para Valdivia na área e correu à frente pra receber; o Mago segurou a bola um pouquinho e, ao contrário do que todo mundo esperava, achou o Leandro que vinha de trás. Leandro chutou, a bola bateu no cretino do Escudero e entrou! Que maravilha!!

Aí, o Palmeiras começou a tocar a bola bonito e foi pra cima! Aí, o Criciúma sentiu que o bicho ia pegar!

Faltava o gol do “Lã” Kardec! Tinha que sair um gol do “Lã”…

Valdivia dominou à frente de Serginho e foi derrubado com falta. O juiz não marcou nada. Para sorte nossa, o bandeirinha marcou (imagina se não tivesse marcado? Assim como pode sair um gol numa penalidade marcada, pode também sair numa cobrança de falta, não é mesmo?). Olha só a falta, e olha só o juiz (Noriega diria que foi erro de avaliação, mas que fanfarrão!):

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Wesley cobrou a falta, colocou a bola na cabeça do “Lã”, e bola na cabeça do artilheiro do Paulistão é gooooooool!!!

Virada sensacional do Palmeiras!! E não foi só a camisa que virou esse jogo, não. Foi o recheio também, foi o passe genial do Mago pro Leandro, foi a conclusão de Leandro, foi a cobrança perfeita do Wesley, foi a conclusão indefensável do nosso matador, QUE CLUBE NENHUM VAI LEVAR, NÉ PAULO NOBRE??

E não é que a minha Páscoa ficou maravilhosa? Vitória do Palmeiras é melhor do que ovo de Páscoa!

E sábado tem mais, lá no Pacaembu! Mas abre o olho, Verdão! Sábado é contra o time da CBF!!

Saí de casa a caminho do jogo, ansiosa, feliz pelo Palmeiras estar na briga pelo título, e, no trajeto, me deparei com um mendigo, dos muitos que dormem nas calçadas do meu caminho habitual.

Em todas as vezes que o vi, ele me chamou atenção. Tem uma certa boa aparência, está sempre usando roupas que parecem limpas, calçando tênis… mas o que me fez prestar atenção nele, mesmo, foram algumas camisas do Palmeiras (tem mais de uma) com as quais ele está quase sempre vestido.

Quando me viu passar, pela primeira vez falou alguma coisa comigo; parei, já mais à frente, me voltei pra ele e disse: Hã? E ele, que estava sentado no chão, levantou os braços pra cima, me deu um sorriso, levou as duas mãos ao peito e me disse:

Palmeiras, o meu amor! É hoje… Palmeiras!

Me deixou com um nó na garganta… só consegui sorrir e balbuciar: É Palmeiras!

Sinais…

Eu, que sabia que o Palmeiras não ia perder, e temia apenas o nosso grande inimigo de sempre, a arbitragem (e ela bem que tentou), tive então certeza da vitória.

Chegando ao Pacaembu, enquanto nos dirigíamos para o portão, caminhar não me parecia suficiente, a minha vontade era a de correr lá pra dentro.

Quando o jogo começou, o estádio estava cheio (mais de 25 mil pessoas), e o Palmeiras, estava do jeito que a gente queria: Valdivia, Bruno César, Leandro, “Lã” Kardec e Wesley… para desespero dos carniceiros jogadores do Bragantino.

E não deu outra, ou melhor, não deu “outro”, o Palmeiras foi o senhor da partida (teve 69% de posse de bola, pra você ter uma ideia). O Verdão atacava, controlava o jogo, e o Bragantino, na retranca, sem competência para praticar futebol, distribuía pancadas, abusava das faltas, muitas vezes violentas – time pequeno e covarde é assim mesmo – com bastante conivência do árbitro.

Com menos de 3 minutos de jogo, Valdivia – que foi deslealmente caçado durante toda a partida – como sempre acontece -, foi agredido com uma cotovelada, e o juiz  deixou passar e nem amarelo deu para o agressor. (Na final da Copa do Brasil, o Mago foi agredido com um pontapé por um jogador do Coritiba, e o juiz também deixou passar). Um absurdo um árbitro estar em campo para coibir a violência e deixar passar agressões, permitir que um jogador seja pisado, chutado, leve cotovelada. “Legal” o árbitro, Flávio Guerra, né? Depois que o colocaram na geladeira por ter assinalado 3 penalidades, LEGÍTIMAS, para o Palmeiras, diante dos bambis, em 2008, ele agora me dá a impressão de ter aprendido o jeito “certo” de apitar jogos do Verdão, sem ir parar no freezer outra vez. Olha a agressão, para expulsão, sofrida pelo Mago, que o juiz deixou sem punição:

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Será que Valdivia poderia fazer algo parecido e continuar em campo?

Ao final do jogo, o tornozelo do Mago, o jogador “desleal” (ele desleal??), “que deveria ter sido expulso” (por apanhar tanto??), segundo o pessoal do Bragantino,  ficaria assim:

Foto: Olha o tornozelo do Mago como ficou de tanta botinada que ele levou!!!!!!

Mas, mesmo com violência dos adversários, mesmo com agressão já no início do jogo, os primeiros 25 minutos do Palmeiras foram dentro da área do Bragantino, que não conseguia sair do seu campo de defesa, e já fazia cera em qualquer lance, tentando ganhar tempo.

Bruno César cobrou falta, a bola passou pertinho… Bruno César cruzou,  o “Lã” mandou na rede pelo lado de fora… Wesley mandou uma bola perigosa na área, o zagueiro afastou o perigo… Tava chegando!

O Pacaembu se inflamava, chamava o gol. A torcida cantava, jogando com o time, fazia barulho, reclamava muito das faltas violentas do Bragantino e da conivência do árbitro que parecia não vê-las… A tática do adversário (será que foi o técnico quem preparou essa estratégia?) era dar chutão lá pra frente e tentar cavar faltas, escanteios, laterais, tentar desestabilizar os nossos jogadores… qualquer coisa para ganhar tempo e, quem sabe, cavar a expulsão de algum palmeirense, quem sabe, levar o jogo para as penalidades,

A nossa ansiedade para ver a rede dos linguiceiros balançar era enorme. Aos 20′, Bruno César chutou de fora da área e o goleiro espalmou; na cobrança de escanteio, Wesley levantou na pequena área, o zagueiro se atrapalhou todo tentando tirar a bola, e ela sobrou… pro “Lã” Kardec lindo!!! E se sobra pra ele, é rede!  Linha atacante de raça!

O Pacaembu explodiu no gol do artilheiro do Paulistão! Era o Palmeiras mais pertinho da semifinal do campeonato. Que alegria, meu Deus! Faz cera agora, Bragantino!

O Bragantino não nos assustava, a não ser pela violência com que atingia nossos jogadores. Valdivia, que jogava um futebol maravilhoso, apanhava mais que Judas em Sábado de Aleluia (e depois não querem que ele reclame). E nenhum jogador  do Bragantino era expulso!! Nossos atletas apanhavam com bola, sem bola… O árbitro era péssimo, ignorava as faltas que sofríamos e deixava o jogo seguir. Só parava o jogo quando a falta era cometida por alguém de verde… numa oportunidade, deu cartão amarelo para o jogador palmeirense errado, o que nos levava a pensar que se não viu nem o jogador, como poderia ter visto a falta?A torcida ficava revoltada.

O Palmeiras continuou comandando as ações, mesmo tendo tirado um pouco o pé do acelerador.  Nas modestas tentativas do Bragantino a defesa verde, comandada por Lúcio, estava esperta, Prass atento…e a primeira etapa acabou com 1 x 0 mesmo.

No segundo tempo, o Bragantino pareceu colocar o time pra cima do Palmeiras, na tentativa de buscar o empate – resultado que era tudo o que ele queria desde o início  – mas a defesa esmeraldina não dava chance. E, pra falar a verdade, os adversários não levavam perigo.

Valdivia, que tomava sarrafada a cada vez que tentava um de seus mágicos dribles, fez uma falta normal e recebeu amarelo. Lembra que ele foi agredido no começo do jogo e nem amarelo seu agressor levou? Então… Um desaforo esse livro de regras inventado para o Palmeiras! O juiz parecia avaliar a gravidade da infração dependendo de quem fosse o  jogador infrator ou de qual fosse o time dele…

Mas não tinha jeito, o Palmeiras sobrava no jogo mesmo apanhando, mesmo com o juiz facilitando a vida do adversário… Wesley, Valdivia, Bruno César, Leandro e “Lã” Kardec estavam impossíveis, Juninho jogava um absurdo! Wendel era um guerreiro. A defesa estava como no hino… ninguém passava! Coisa linda esse ‘Parmera’!

Valdivia fez jogada individual, invadiu a área e chutou, mas o goleiro fez a defesa. No rebote, Kardec encheu o pé e, de novo, o goleiro salvou. O grito de gol parou na garganta…

O Verdão metia artilharia pesada pra cima do Bragantino; Marcelo Oliveira chutou de longe, o goleiro conseguiu espalmar… no rebote, Kardec mandou pra fora…

Faltava a pá de cal nos “açougueiros” …

17′, … a bola passou de pé em pé… Valdivia se livrou de uma falta, ficou com a bola, tocou pra Juninho, que mandou pra área; Leandro foi na bola, atrapalhou o goleiro, a bola sobrou pra Kardec, que tocou para Wesley mandar pro gooooooooooooool! ESTÁVAMOS NA SEMIFINAL!! Que festa da Que Canta e Vibra!

Enquanto enlouqueciámos na bancada, e o ‘Fred Flintstone’ na lateral do campo, uma cena linda se desenrolava à nossa frente. Depois do gol, Kardec e Wesley se abraçaram, e os outros jogadores foram chegando para aumentar o tamanho do abraço… e ficaram ali, comemorando abraçados, parceiros em campo e fora dele…

Abraço

Meu coração não aguentou a alegria do gol, a imagem dos jogadores, e minha razão se rendeu à emoção. A torcida cantava… “Eu sempre te amarei…”,  arrepiante! Eu não conseguia cantar e nem parar de chorar… Meu Palmeiras classificado, meu Palmeiras em paz (apesar de tanto fogo-amigo), a torcida feliz, meu Palmeiras a caminho do título…

Não consegui ver mais nada direito depois desse gol, meu coração se antecipava, e já sonhava com o próximo jogo… mas, mesmo com olhos no futuro, vi Leandro soltar a bomba e o goleiro espalmar… vi entrar Eguren, Patrick… vi o Mago fazer magias ao lado do “Lã”… ouvi a torcida homenagear Valdivia durante a partida… ouvi os gritos de “Olé… vi entrar o Vinícius… ouvi o juiz apitar o final de jogo… ouvi os aplausos da torcida, vi os jogadores comemorando, vi o Kleina feliz, vi meu Palmeiras, imponente, classificado… eu continuava antevendo um domingo futuro, num outro Pacaembu lotado, sonhando com um gol do Mago, outro do “Lã” Kardec, um do Juninho… com defesas precisas do Prass… com o Palmeiras na final…

E O DOMINGO FUTURO, COM O QUAL EU TANTO SONHAVA,  É HOJE!!!

AVANTI, PALMEIRAS,  SCOPPIA CHE LA VITTORIA È NOSTRA!!