VII – OLHA O MUNDIAL DE CLUBES AÍ, GENTE

A dignidade não consiste em possuir honrarias, mas em merecê-las”- Aristóteles
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O Mundial ia começar… a hora finalmente chegara… a maior disputa entre clubes do mundo, entre campeões de vários países da América do Sul e Europa. Os brasileiros ansiavam por ela, e ansiavam também por ver os craques estrangeiros em campo. E os participantes estavam prontos.

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Na Itália, o Torneio dos Campeões era notícia também… No dia da rodada de abertura do torneio, o jornal “Corriere dello Sport” falava da “grande manifestazione calcistica” del “TORNEIO DEI CAMPIONI”.

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A estreia do Palmeiras, campeão paulista de 1950, campeão do Rio-São Paulo de 1951, seria contra o Olympique Nice (FRA), no Pacaembu, pela rodada de abertura do Torneio Mundial de Clubes Campeões. No Maracanã, jogariam Áustria (AUS) e Nacional (URU). E o jornal falava da “sensacional abertura do Torneio dos Campeões”.

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Era 30 de Junho, um sábado. Maracanã e Pacaembu seriam os palcos por onde desfilariam os artistas da bola do mundial interclubes. Os jogos da primeira rodada seriam às 15h00… e quase 40 mil pessoas (28.700 pagantes – não pagantes sempre eram milhares e, na maioria das vezes, ultrapassavam a casa de dez mil pessoas) foram ao Pacaembu naquela tarde  para assistir Palmeiras (BRA) x Nice (FRA).

O Nice, como o campeão francês era chamado, era apresentado pelo jornalista Tomaz Mazzoni como “[…] um conjunto dos mais harmoniosos, com uma sólida defesa e uma vanguarda bem ajustada, requisitos indispensáveis a uma boa equipe” – MAZZONI, Tomaz. Apresenta-se o Palmeiras na “Copa Rio”. Jornal dos Sports, 30 de junho de 1951, pág. 3.

E, uns dias antes, na chegada do Nice, o presidente da comitiva, Sr. Sattegna, já tinha declarado: “Viemos, acima de tudo, estreitar os laços de amizade que unem brasileiros e franceses. Não temos grandes pretensões. O nosso principal objetivo é competir e fazer aquilo que nos for possível dentro das nossas condições técnicas. Na França, e no mundo inteiro, ninguém tem dúvidas da alta categoria do football brasileiro. E por isso mesmo que, pra mim, o Palmeiras e o Vasco são os favoritos desse desfile de quadros mundiais. […] Não quero dizer que vamos ser facilmente esmagados. Também não há de ser fácil. Mas de qualquer maneira, as nossas possibilidades com Palmeiras e Vasco são reduzidas”. Jornal dos Sports, 26 de Junho, de 1951, p.6 – Desfilam impressões os franceses.

O Nice tinha uma sólida defesa… O presidente da comitiva francesa deixava claro que Palmeiras e Vasco eram por eles considerados favoritos… Deve ter sido por essas duas coisas, e pelo nervosismo também (disputar o primeiro mundial de clubes era uma responsabilidade enorme), que o primeiro tempo ficou no 0 x 0 (para o Palmeiras ainda tinha o adicional de o torneio mundial ser um ano após o “Maracanazzo”). O técnico francês, temendo o bom futebol dos brasileiros, preferiu armar uma retranca daquelas, que o Palmeiras só conseguiu furar na segunda etapa.

E naquela tarde de “Brasil x França”, no Grupo B, chave de São Paulo, tarde de estreia brasileira no Mundial de Clubes, exatamente aos 8 min do segundo tempo, o Palmeiras quebrava o ferrolho francês… Aquiles sofreu pênalti de Firoud, ele mesmo cobrou e colocou o Palmeiras à frente no placar. Três minutinhos depois, aos 11′, o craque Jair da Rosa Pinto fez uma jogada espetacular e tocou para Ponce de Leon completar e aumentar a vantagem do Palmeiras. Os palestrinos faziam o Pacaembu vibrar. E, aos 30′, Richard, dando números finais à partida, marcou o terceiro do Palmeiras. A bola ainda tocou em Gonzales antes de entrar.

Fatura liquidada. Para alegria dos palmeirenses, e dos demais torcedores do país, era a primeira vitória brasileira no Mundial de Clubes Campeões… a primeira vitória do time do Verdão. Très bien, Palmeiras! E o sangue, que um dia correria em minhas veias, já começava a receber as primeiras colorações de uma alegria do tamanho do mundo…

PALMEIRAS 3 x 0 NICE (FRA)
Palmeiras
: Oberdan; Salvador e Juvenal; Waldemar Fiume, Luiz Villa e Dema; Lima, Aquiles (Richard), Ponce de León, Jair Rosa Pinto (Rodrigues) e Canhotinho. Técnico: Ventura Cambon.
Nice-FRA: Robert Germani; Serge Pedin e Mohamed Firoud; Jean Belver, Cesar Gonzalez e Rossi Leon; Bonifaci Antoine,  Bengtsson Per, Yeso Amalfi, Désir Carrè e Hjalmars Ake. Técnico: Numa Andoire
Estádio do Pacaembu – São Paulo-SP
Árbitro: 
Franz Grill (Áustria)
Gols:  Aquiles (8′, 2ºT), Ponce de Leon (11′, 2ºT), Richard (30′, 2ºT)
Nenhuma ocorrência com cartão vermelho (ainda não existiam os cartões amarelos)
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No Maracanã, pelo Grupo A, na chave do Rio de Janeiro, diante de um público de 27.463 (18.429 pagantes – Renda CR$ 552.220,00), o Áustria Viena (AUS), numa partida primorosa goleou o Nacional (URU) por 4 x 0.

ÁUSTRIA VIENA(AUS) 4 X 0 NACIONAL (URU)
Áustria:
 Sweis, Melchior II, e Kowanz, Fischer, Ocwirk e Sukach, Melchior I, Koller, Huber (Higgers), Stojaspal e Aurednik.  Técnico: Heinrich “Wudi” Müller.
Nacional:  Penalva, Santamaría e Duran, Suarez (Cruz), Washington e Cajiga, Sovelio (Rutelli), Javier Ambrois, Tiger, J. Garcia (Julio Perez) e Orlandi. Técnico: Henrique Fernandez
Estádio Municipal do Rio de Janeiro, Maracanã – RJ
Árbitro
: Powers (Inglaterra)
Gols: Lukas Aurednik (22′, 1º T e 27′, 1º T), Ernst Stojaspal (8′, 2º T e 40′, 2º T)

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No domingo, na continuação da primeira rodada, o Vasco, base da seleção brasileira de 50 e um grande favorito ao título, estrearia na competição enfrentando o Sporting (POR) no Maracanã; no Pacaembu, o confronto seria entre Estrela Vermelha (IUG) e Juventus (ITA).

E foi nesse mesmo domingo, 1º de Julho, que o presidente em exercício da CBD, Mario Pollo, enviou uma nota de agradecimento ao jornalista Mario Filho, o idealizador do torneio:

Ilmo Sr. Mario Rodrigues Filho – No momento em que se inicia o Torneio Internacional de Clubes Campeões, a Confederação Brasileira de Desportos presta ao grande jornalista-esportista a homenagem merecida por ter sido o inspirado idealizador do certame, cujas proporções atingirão o prestígio e o renome do football brasileiro, no concerto mundial das nações. Em futura oportunidade esta Confederação se sentirá muito feliz em reafirmar o justo preito que agora lhe leva. Manifestando, pois, os sentimentos da instituição representativa do football brasileiro, agradeço também a colaboração constante, eficiente, ampla e entusiasta que o jornal sob sua direção vem dando ao êxito do Torneio. Com os protestos de minha particular estima e do meu elevado apreço. Dr. Mario Pollo – Presidente em exercício

A C.B.D. agradece a Mario Filho o idealizador do “Torneio dos Campeões”. Jornal dos Sports, 1 de julho de 1951, pág. 3.

À tarde,  o Vasco fez, então, a sua tão esperada estreia no Maracanã… cheio de gente.  Diante de 91.438 pessoas (79.712 pagantes – renda: CR$ 2.964.000,00) o outro representante do Brasil goleou o Sporting (POR),  por 5 x 1. Friaça, aos 9′ do primeiro tempo, abriu o placar para o Vasco, Tesourinha, aos 41′, fez o segundo. Na segunda etapa, no primeiro minuto, Ipojucan marcou o terceiro do Vasco;  Patalino, aos 33′, diminuiu para o Sporting; Ipojucan, aos 38′, e Dejayr, aos 45 deram números finais à partida. Uma grande vitória do Vasco diante dos campeões portugueses. E essa vitória, com goleada, deixou os brasileiros mais confiantes ainda nas possibilidades do time brasileiro.

VASCO DA GAMA 5 X 1 SPORTING (POR)
Vasco da Gama
: Barbosa, Augusto (Laerte), Clarel, Ely, Danilo, Alfredo II, Tesourinha, Ipojucan, Friaça, Maneca e Dejayr. Técnico: Oto Glória.
Sporting: Azevedo, Serafim (Belenenses), Passos, Juvenal, Canário, Juca (Veríssimo), Jesus Correia (Patalino, “o Elvas), Vasques, Ben David (Atlético), Travassos e Albano. Técnico: Randolph Galloway
Estádio Municipal do Rio de Janeiro-RJ
Árbitro
: Gabriel Tordjan (França)
GOLS – Friaça (9′, 1ºT), Tesourinha (41′, 1ºT), Ipojucan (1′,  2ºT), Ipojucan (38′ 2ºT) e Dejayr (45′ 2ºT) marcaram para o Vasco;  Patalino, “O Elvas” (33′, 2º T) marcou para o Sporting.
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Pelo Grupo de São Paulo, nesse mesmo domingo, jogaram Juventus (ITA) e  Estrela Vermelha (IUG) – não há a informação sobre o público, a renda foi de CR$ 874.965,00. Com tantos jogadores da seleção italiana no Juventus e da seleção iugoslava no Estrela Vermelha, a partida foi quase um ITA x IUG,  e o time italiano venceu os iugoslavos por 3 x 2. Tomazevich abriu o placar, aos 17′, para o Estrela Vermelha, Boniperti marcou duas vezes, empatando aos 25′ e virando o jogo aos 42′. Na segunda etapa, Mitic deixou tudo igual, em 2 x 2. Aos 40′, Praest fez o terceiro e deu a vitória ao Juventus.

JUVENTUS (ITA) 3 x 2 ESTRELA VERMELHA (IUG)
Juventus: Viola, Bertucelli, Marente, Mari, Parola, Piccinini, Muccinelli, John Hansen, Bonipert, Karl Hansen e Praest. Técnico: Jesse Craver
Estrela Vermelha: Lovric, Stankovich, Ditich, Palbi, Djurjevich, Djajich, Ogujanov, Mitic, Tomazevich, Ilakovitch (Zlatkovich), Vukosaljevich (Jezervich). Técnico: Lubisa Brocci
Estádio do Pacaembu – São Paulo-SP
Árbitro: Alberto da Gama Malcher (Brasil)
Gols
: Boniperti (25′, 1ºT), Boniperti (42′, 1ºT) e Karl Hansen (40′, 2ºT) marcaram para o Juventus
……….Tomazevich (17′, 1ºT) e   Mitic (15′, 2ºT) marcaram para o Estrela Vermelha

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A segunda rodada teve duas partidas no dia 3 de Julho. Pelo Grupo A, o grupo do Rio de Janeiro, Sporting (POR) e Nacional (URU) jogaram no Maracanã, às 21h00. Aproximadamente 30 mil pessoas (21.642 pagantes – renda de CR$ 387.840,00)  assistiram à vitória do Nacional sobre o Sporting, por 3 x 2. Com essa vitória, conseguida no finalzinho de jogo, os uruguaios entravam na briga pela classificação.

NACIONAL (URU) 3 X 2 SPORTING (POR)
Nacional
: Penalva, Santamaria e Duran (Holley), Suarez, Washington Gomez, Vargin, Rosselo, Julio Perez (Javier Ambrois), Gimenez, Bermudez e Ramires. Técnico: Henrique Fernandez
Sporting: Azevedo, Serafim e Juvenal, Canário, Passos e Juca (Veríssimo), Jesus Correia, Vasquez, Patalino (Bem David), Travassos e Albano. Técnico: Randolph Galloway
Estádio Municipal do Rio de Janeiro – RJ
Árbitro: 
Galvatti (ITA)
Gols: Bermudez (12′,1ºT), Ramirez (30′, 2ºT), Javier Ambrois (43′, 2ºT) marcaram para o Nacional
……….Patalino (10′,1ºT), Jesus Correia (15′, 1ºT) marcaram para o Sporting

Disse a imprensa da época que foi um grande jogo. Jogo nervoso, extremamente viril, com expulsões, mas de muita luta e entusiasmo, e que o Sporting merecia ter empatado (depois da final da Copa, a torcida brasileira, claro, era praticamente toda para os portugueses, e muitos torcedores vaiaram os uruguaios durante a partida). Para se ter uma ideia, Julio Perez, jogador do Nacional, precisou ser substituído por causa do nervosismo excessivo. Nervosismo, que o próprio técnico afirmou ser o retrato do time em campo.

No dia seguinte, no jornal, além das informações sobre a tristeza que se abateu sobre a equipe do Sporting (POR) com a derrota para os uruguaios, no finalzinho de jogo (também, no final da partida, o português Bem David perdeu duas chances, na cara do gol), e sobre a declaração do jogador Azevedo, de que “nunca sentira tanto uma derrota”, havia também um relato emocionante sobre os vestiários uruguaios pós jogo. Relato que mostrava bem a importância do torneio mundial para clubes e jogadores:

“A entrada dos uruguaios no vestiário ofereceu uma nota emocionante. Lá se encontrava Julio Perez, que havia se retirado de campo devido ao seu intenso nervosismo, num momento, aliás, crítico para o seu bando. Isolado entre as paredes do vestiário, Julio Perez, o bravo e incansável artífice dos ataques do Nacional não soube exatamente o instante em que findara o “match”. Súbito, abrem-se bruscamente as portas e entram os companheiros, em tremenda algazarra, anunciando a vitória! Vitória em que Perez, a rigor, já descria… Encontramos o crack uruguaio em tremenda crise de nervos, que a emoção do triunfo e a festa dos companheiros lhe causaram:

– Julito! Julito!

Perez, no auge do entusiasmo, chorava de tanto contentamento. Tinha os olhos congestionados e o rosto umedecido de lágrimas. Os rapazes do Nacional, para evitar a insistência dos fotógrafos, cobriram Julio Perez com uma grande toalha. E lá, coberto e rodeado sempre pelos “players”, ficou sentado no banco, refugiou-se por fim nos chuveiros, até que desaparecessem os derradeiros vestígios, nos olhos vermelhos e na voz rouca,  das suas lágrimas e dos seus soluços… Refeito da violenta crise, Julio Perez, cordialmente, falou aos repórteres. Fôra uma partida duríssima, onde prevalecera mais a fibra. Confessou que jamais experimentara emoção como aquela: a vitória e as circunstâncias em que a conheceu…”
Jornal “Última Hora”, de 04 de Julho, de 1951, p.9. “Sob forte emoção, que o pôs fóra de jogo, Julio Perez chorou com a vitória.

A emoção e a vontade de vencer eram muito grandes no primeiro Torneio Mundial de Clubes Campeões…
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Pelo Grupo B, o grupo de São Paulo, no Pacaembu, também às 21h00, jogaram Juventus (ITA) x Nice (FRA).  Não há registro do número de pessoas que assistiram à partida, só o da renda que foi de CR$ 200.995,00. O Juventus venceu o Nice por 3 x 2. Pasquale Vivolo abriu o placar para os italianos aos 11′ do primeiro tempo. Jean Courteaux empatou para os franceses aos 20′. Karl Praest colocou o Juventus em vantagem aos 35′. Na segunda etapa, Courteaux empatou de novo para o Nice, aos 15′. Aos 32′, Muccinelli marcou o terceiro e deu a vitória ao Juventus. Mas o Nice jogou bem e perdeu duas grandes chances com Ieso e uma com Ben Tifour, que, sozinho diante do gol, chutou por cima e muito alto. O Nice também reclamou da arbitragem. O auxiliar marcara “off-side” na jogada que resultou no primeiro gol do Juventus, mas o árbitro, confiando em sua própria percepção, validou o gol. Com duas vitórias, o time italiano ficava com uma das duas vagas do Grupo de São Paulo para as semifinais.

JUV (ITA) 3 x 2 NICE (FRA)
Juventus
: Viola, Bertucelli, Manente, Mari, Parola, Piccinini, Mucinelli, Karl Hansen, Pasquale Vivole, John Hansen e Karl Aage Praest. Técnico: Jesse Craver
Nice: Robert Germani; Serge Pedin e Mohamed Firoud; Jean Belver, Cesar Gonzalez e Rossi Leon; Jean Courteaux, Bonifaci Antoine (Ieso),  Désir Carre, Hjalmars Ake e Bentifur. Técnico: Numa Andoire
Estádio do Pacaembu – São Paulo-SP
Árbitro: Franz Grill (Áustria)
Gols: Pasquale Vivole (11′, 1ºT), Praest (35 ‘, 1ºT), Muccinelli (32’, 2ºT) marcaram para o Juventus
………Jean Courteaux (20′, 1ºT e aos 15′, 2ºT) marcou para o Nice.

 

Ainda pela segunda rodada, no dia 4 de Julho, o Vasco enfrentaria o Áustria, mas devido ao frio e mau tempo, a partida foi remarcada para o dia seguinte. E se já havia grande interesse no jogo por parte dos torcedores, as 24 horas extras de espera aumentaram esse interesse ainda mais.

As duas equipes vinham de goleadas aplicadas em seus adversários anteriores. Mais de 100 mil pessoas  (93.833 pagantes – renda: CR$ 2.615.000,00) assistiram à partida. E o Vasco, sem Ademir (ele não se recuperaria a tempo de disputar o torneio mundial) venceu o Áustria por 5 x 1. Mas foi o austríaco Melchior I, cobrindo o goleiro Barbosa, quem abriu o placar no Maracanã, aos 10′. Aos 15′, Friaça empatou a partida, aos 21′, o mesmo Friaça virou o jogo, colocando o Vasco à frente no marcador. Ainda no primeiro tempo, Tesourinha fez o terceiro dos brasileiros. Na segunda etapa, Friaça aos 18′ e aos 39′ assinou a goleada brasileira e colocou o Vasco na semifinal.

VASCO 5 X 1 ÁUSTRIA (AUS)
Vasco:
 Barbosa; Laerte e Clarel; Eli, Danilo e Alfredo; Tesoura (Noca), Ipojucan, Friaça, Maneca (Tesoura) e Djair. Técnico: Oto Glória
Áustria: Schweda (Plovs); Melchior II e Kowanz; Fischer, Ocwirck e Jocksen; Melchior I, Koller (Kominac), Huber, Stoyassat e Aurednick. Técnico: Heinrich “Wudi” Müller.
Estádio Municipal do Rio de Janeiro – Maracanã
Árbitro: Mr. Power (ING)
Gols: Melchior I (10′, 1ºT) ; Friaça (15′  e 21′, 1ºT); Tesourinha (1ºT),  Friaça  (18′  e 39′, 2ºT)
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Completando a segunda rodada, com jogo remarcado para o dia 5 também, o Pacaembu recebeu Palmeiras x Estrela Vermelha (IUG). A previsão era a de uma noite muito fria em terras paulistanas. Liminha e Rodrigues estavam escalados.

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O Alviverde Imponente ia em busca da sua segunda vitória e da classificação no grupo. E o Palmeiras venceu os iugoslavos por 2 x 1, mas levou um susto quando Ongjanov abriu o placar para o Estrela Vermelha, aos 8′ do primeiro tempo. Aquiles empatou o jogo aos 30′. Na segunda etapa, aos 35′, Liminha, que tivera problemas de gastrite e se recuperara para a partida, marcou o  segundo e selou a classificação do Palmeiras. A nota preocupante foi Jair, machucado, ter que ser substituído antes do término do jogo. E justo ele, que vinha ganhando destaque no campeonato.

PALMEIRAS 2 X 1 ESTRELA VERMELHA (IUG)
Palmeiras
: Oberdan; Salvador e Juvenal; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Canhotinho (Rodrigues). Técnico: Ventura Cambon.
Estrela Vermelha: Krivokuca Srboljuc; Tadic e Stankovi Branko; Palfi Bena, Duratinec e M. Disuic; Ognjanov, Mitic Raiko, Tomasevic Kosta, Djajic Predrag e Vukosavljevic Bane. Técnico: Lubisa Brocci.
Estádio do Pacaembu – São Paulo-SP
Árbitro: Gabriel Tordjan (França)
Gols: Ongjanov (8’ do 1ºT), Aquiles (30’ do 1ºT) e Liminha (35’ do 2ºT)

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A terceira e última rodada da fase de grupos seria disputada nos dias 07 e 08 daquele Julho de tantas e imensas emoções…
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No Maracanã, no dia 07, se enfrentaram Sporting (POR) x Áustria (AUS). Não há registro do número de pessoas que assistiram à partida, só o da renda que foi de CR$ 339.895,00. A segunda vaga no grupo ainda estava disponível. Áustria, Nacional e até mesmo o Sporting, dependendo de uma combinação de resultados, tinham chances de ir para a semifinal. Por isso as partidas eram importantes. E o Áustria venceu o Sporting por 2 x 1.

SPORTING (POR) 1 X 2 ÁUSTRIA (AUS)
Áustria
: Paul Schweda; Oto Melchior e Karl Kowanz; Fischer, Ernst Ocwirk e Joksch; Karl Melchior, Koller (Koelin), Adolf Huber, Ernst Stojaspal e Lukas Aurednick. Técnico: Heinrich “Wudi” Müller.
Sporting: Azevedo; Serafim e Juvenal; Canário, Passos e Barros; Jesus Correia, Vasquez (Vieira), Patalino, Travassos e Albano. Técnico: Randolph Galloway
Estádio Municipal do Rio de Janeiro-RJ (Maracanã)
Árbitro: Mika Popovic (Iugoslávia)
Gols: Auredinick abriu o placar para os austríacos no primeiro tempo; na segunda etapa, Albano empatou para o Sporting; Huber fez 2 x 1 e praticamente colocou o Áustria na semifinal.
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Pela chave de São Paulo, no Grupo B, a partida foi Nice x Estrela Vermelha. As duas equipes já não tinham mais chances de classificação. O Nice venceu a partida por 2 x 1. Não há registro do número de pessoas que assistiram à partida, só o da renda do jogo que foi de CR$ 198.800,00

ESTRELA VERMELHA (IUG) 1 X 2 NICE (FRA)
Estrela Vermelha
: Krivokuca; Tadic  e Djakic (Nesovich); Palfi, Djurdjevic e Djajic; Tihomir, Ognjanov, Rajko Mitic, Zlatkovic, Knstic e Jezerka. Técnico: Lubisa Brocci
Nice: Germain; Rossi e Firoud; Bonifaci, Gonzalez e Beiver (Pedine); Corteaux, Ieso, Pär Bengtsson, Carrè (Cartidia) e Abdelaziz Ben Tifour – Técnico: Numa Andoire
Estádio do Pacaembu – São Paulo-SP
Árbitro: Mario Viana (Brasil)
Gols: Rajko Mitic (1′, 2ºT) marcou para os iugoslavos,  Ben Tifour (4′, 2ºT) e Pär Bengtsson, de pênalti (2º T), marcaram para o Nice.

Nesse jogo em que as duas equipes, já eliminadas, se despediam do Torneio Mundial de Clubes Campeões, houve uma ocorrência: O goleiro Krivokuca, do Estrela Vermelha, empurrou o juiz  juiz brasileiro, Mario Viana, e cuspiu em seu rosto, porém, ele não foi expulso de campo.
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Completando a terceira e última rodada da fase de grupos, no dia 08 de Julho, Vasco e Palmeiras, já classificados, enfrentariam os representantes de dois países bicampeões mundiais: Uruguai e Itália. O Uruguai tinha conquistado a Jules Rimet em 1930 e 1950, e a Itália se sagrara campeã em 1934 e 1938. Estaria em disputa também a primeira colocação nos grupos. Era Brasil x Uruguai, no Rio; Brasil x Itália, em São Paulo…

A partida do Grupo do Rio de Janeiro era muito aguardada. O Vasco, a base da seleção vice-campeã do mundo de 50, enfrentaria o Nacional, campeão uruguaio, e representante do país que tomara do Brasil a Taça Jules Rimet, há menos de um ano… O público pagante foi de 61.766, para uma renda de CR$ 1.532.120,00. O Nacional tinha esperanças de vencer o Vasco (dizia-se na época, que seus dirigentes, confiantes em uma vitória, e em uma possível classificação, haviam até reservado um  hotel para o restante do torneio). Mas quem venceu o jogo, por 2 x 1, foi o Vasco, acabando com as pretensões dos uruguaios, consolidando a sua classificação e ficando em primeiro em seu grupo.

VASCO DA GAMA 2 X 1 NACIONAL
Vasco: 
Barbosa; Augusto e Clarel; Eli, Danilo Alvim e Alfredo; Tesourinha, Ipojucan (Amorim), Friaça, Maneca e Dejair. Técnico: Oto Glória.
Nacional: Penalva; Santamaria e Holdoway; Duran, Washington Gomez e Varela; Rosselo (Ramiro), Julio Perez (Ambrois), Gimenez, Bermudez e Orlandi. Técnico: Henrique Fernandez.
Estádio Municipal do Rio de Janeiro – RJ (Maracanã)
Árbitro
: Power (Inglaterra)
Assistente 1: Franz Grill (Áustria)
Assistente 2: Gabriel Tordjan (França)
Gols: Djair (36′, 1ºT), Ipojucan (23′, 2ºT), não há registro sobre o autor do gol do Nacional.
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Da mesma maneira, era grande o interesse na partida do Grupo de São Paulo entre Palmeiras e Juventus (ITA). Muito embora as duas equipes já estivessem classificadas, estava em jogo a liderança do grupo, uma vez que o líder enfrentaria o segundo colocado do Grupo do Rio de Janeiro nas semifinais, e o segundo colocado enfrentaria o Vasco.

O Pacaembu estava lotado. 37.639 eram os pagantes – Renda: Cr$ 1.120.905,00. O Palmeiras foi a campo com uma formação diferente, sem três titulares – Jair, um desfalque e tanto, tinha saído machucado no jogo anterior, foi banco naquela partida e atuou só em parte da segunda etapa, o zagueiro Salvador e o atacante Luiz Villa  não jogaram -,  e deu tudo errado para o Palmeiras. O Juventus, que tinha uma defesa muito boa, sólida, mas também tinha atacantes perigosos, venceu por 4 x 0. Boniperti, aos 10′ e aos 18′ do primeiro tempo, deixou o Juventus com 2 x 0 no placar.  Na segunda etapa, os 3′, Karl Hansen marcou o terceiro, Praest, aos 35′, deu números finais ao placar fazendo o quarto gol. Pra desgosto dos brasileiros, que esperavam que Palmeiras e Vasco pudessem ser os dois finalistas, os representantes do Brasil no mundial de clubes iriam se enfrentar na semifinal e só um seguiria em frente – as glórias palestrinas sempre parecem preferir percorrer os caminhos mais difíceis… Juventus e Áustria decidiriam a outra vaga na final.

PALMEIRAS 0 X 4 JUVENTUS (ITA)
Palmeiras
: Oberdan; Sarno e Juvenal; Waldemar Fiúme, Túlio e Dema; Lima, Aquiles (Ponce de Leon), Liminha, Canhotinho (Jair Rosa Pinto) e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
Juventus: Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Piccinini; Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen (Vivole) e Praest. Técnico: Jesse Carver.
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Edward Graigh (Inglaterra)
Assistente 1: Gardeli (Itália)
Assistente 2: Mika Popovic (Iugoslávia)
Gols: Boniperti (10’ do 1ºT), Boniperti (18’ do 1ºT), Karl Hansen (3’ do 2ºT) e Praest (35’ do 2ºT)

Fim da fase de Grupos… Os clubes classificados já estavam definidos… Palmeiras e Juventus, do grupo de São Paulo, enfrentariam Vasco e Áustria,  do grupo do Rio de Janeiro.

A sorte estava lançada, uma equipe brasileira estaria na final… Palmeiras ou Vasco representariam o Brasil na decisão do primeiro Torneio Mundial de Clubes Campeões. Palmeiras ou Vasco iriam em busca do título que faltava ao Brasil… Uma felicidade, inédita, novinha em folha, daquelas de estremecer e emocionar um país inteiro, já espreitava os torcedores brasileiros…

“Vou te mostrar que é de chocolate, de chocolate que o amor é feito…” ♫

Sinto muito pelos “torcedores profissionais de imprensa”, pelos “rivaus”, e pelos predadores da oposição, eles devem estar inconsoláveis, mas o fato é que… O PALMEIRAS ESTÁ NO G4.

E não é um “estar no G4” assim, sem merecer, de um chegar desenxabido, meio se sentindo um peixe fora d’água… nada disso! O Palmeiras chegou chegando! Goleou o Vasco, tomou todas as atenções para si, escancarou as portas do seleto salão do G4, colocou os bambis pra fora (eles também tomaram um chocolate verde), e, a passos largos, tomou lugar entre os quatro melhores colocados do campeonato brasileiro.

Desde que o MO começou a treinar o time, a fase tem sido ótima. Foram seis vitórias e um empate, (4 x 0 no SPFW, 2 x 0 na Chapecó, 2 x 0 na Ponte, 3 x 0 no Avaí, 2 x 2 com o Sport, 1 x 0 no Santos, 4 x 1 no Vasco)18 gols marcados e 3 sofridos, 19 pontos conquistados. Show de bola a campanha do Verdão, não é mesmo? A troca de técnicos foi providencial. O MO(zão) entende mesmo das coisas.

E o que temos agora é o PALMEIRAS no G4, em terceiro lugar, pertinho do líder (os dois primeiros na tabela têm um jogo a mais), com um timaço, jogando um bolão, acertadinho, fazendo muitos gols, tomando bem poucos… e com salários em dia.  É candidato ao título sim.

O jogo era no RJ, contra o Vasco. A parmerada, com uma semana de saudade do time, estava animada, todo mundo alegre, se preparando pra assistir e torcer…

Não há vida sem Palmeiras!! É ele quem dita o ritmo do “nosso” jogo. E não importa se o adversário é fraco, se é forte; se vai passar na TV, se não vai; se o nosso time é ruim, ou se é um baita time (como o que temos agora); se tá frio ou calor; se chove ou faz sol; se é jogo de campeonato, amistoso ou rachão… SE TEM PALMEIRAS, NADA MAIS IMPORTA!

E quando ele entrou em campo… que coisa linda! Uns 4 mil palestrinos estavam lá pra receber o Verdão. A torcida “cappuccino” – como um certo ‘jornaleiro’ costuma nos chamar, tentando desmerecer o amor que nos faz lotar o Allianz Parque em todos os jogos -, foi “tomar café” e “fazer selfies” lá no RJ também. Que gente abusada.

Assim que o juiz apitou o início da partida, o Palmeiras ligou o turbo… Não deu nem tempo da gente se ajeitar no sofá, e, no primeiro ataque verde, saiu uma troca de bola linda, BenzeMarques pra Arouca, que tocou pra Robinho, que devolveu meio de calcanhar pra Arouca, que matou no peito com categoria e tocou pra Leandro Pereira, que ajeitou, chutou de longe, rasteiro e guardou na rede. Que golaço! Alviverde Imponente em São Januário. Festa na bancada e nos corações palestrinos.

Na transmissão do SporTV disseram que, no jogo, eram oito títulos brasileiros em campo. Imaginei que tivessem contado só os títulos do Palmeiras…

Depois, ‘consertaram’ a informação leviana e explicaram que são quatro títulos conquistados pelo Palmeiras nesse formato de campeonato atual e quatro no antigo, blá, blá, blá… Mas, alguma vez você já ouviu algum ‘jornaleiro’ dizer que o Brasil ganhou duas Copas, e só depois explicar que ele ganhou outras três quando a competição tinha outro nome e outro troféu?   Ah, esses “Torcedores Profissionais de Imprensa”…

Mas, em campo, o octacampeão brasileiro não estava pra brincadeira e parecia disposto a passar o carro  no adversário. Ainda comemorávamos o nosso gol, quando Robinho fez boa jogada pela direita e cruzou na área para Leandro Pereira. Ele cabeceou pro gol, mas a bola explodiu na trave. Quase…

O Palmeiras jogava tranquilo, e o Vasco, atordoado, não passava do meio de campo e nem via a cor da bola.

Aos 17′, Egídio recebeu de Dudu na esquerda, cruzou na área buscando Leandro Pereira, o goleiro saiu em cima do atacante palestrino socando a bola lá pra frente, Dudu, que anda jogando um bolão, pegou a sobra e, de primeira, mandou um balaço pro gol e guardou o segundo do Verdão. E que gol lindo! Maravilhados com esse Palmeiras atual, sorríamos sorrisos imensos… com os olhos e a boca, com o  coração e a alma. O Palmeiras  que a gente tanto queria, estava ali, bem diante dos nossos olhos.

Eu ficava impressionada com o futebol do Verdão e me perguntava: “O que foi que o MO fez com esse time?”. Sim, Marcelo Oliveira transformou o time. Os jogadores são os mesmos, mas estão mais confiantes, rendendo mais… e davam um show em São Januário,  que maravilha.

E já que só um time jogava… Aos 34′, Egídio cobrou falta, Victor Ramos foi pra bola, o goleiro saiu todo atrapalhado e não achou nada, a bola bateu no pé  de um jogador vascaíno e sobrou para Victor Ramos, que só teve que girar o corpo e tocar pro gol vazio.

Palmeiras avassalador, ganhando lugar no G4. Difícil era a gente segurar o coração passarinho dentro do peito. Com 34 minutos de jogo, o Palmeiras vencia o Vasco por 3 x 0 e já tinha mandado uma na trave. Torcedores adversários, sabendo que “Inês era morta”, deixavam o estádio ainda no primeiro tempo.

A parmerada  parecia até que estava em casa, e cantava sem parar, feliz da vida.

Aos 40′, meio que por acidente, Herrera, na ‘banheira’, acabou recebendo uma bola de maneira legal (foi tocada por um palmeirense antes), e quase o Vasco descontou. Herrera, fazendo jus ao nome, driblou o Prass e “herrou”, lindamente.

A segunda etapa começou com uma tentativa do Vasco, que Prass defendeu, e com um ataque veloz do Palmeiras, que só não foi fatal porque o goleiro saiu muito bem – o Vasco tinha trocado três jogadores, inclusive o goleiro.

Aos 9, cobrando falta, Egídio lançou Rafael Marques, que avançou para a linha de fundo e tocou para o meio da área, a zaga rebateu e Robinho pegou a sobra, saiu de Guiñazu, e, num belíssimo cruzamento, girou e cruzou por cima da zaga, buscando Leandro Pereira. Nosso Matador cabeceou com perfeição e guardou o seu segundo gol na partida, o quarto do Verdão pra cima do Vasco. Que gol lindo – gols do Palmeiras são sempre lindos! Chocolate Verde no RJ – não demora muito, o tal ‘jornaleiro’ vai ter que trocar o ‘cappuccino’ pelo ‘chocolate’ para se referir à nossa torcida.

https://www.youtube.com/watch?v=Yg_qtInkk14

O Palmeiras dava as cartas em campo, o Vasco não oferecia resistência.

MO sacou Rafael Marques e  colocou Cristaldo; logo depois, Leandro Pereira (super aplaudido pelos torcedores) deu lugar a Barrios.

Aos 23′, num vacilo da nossa zaga, e só por isso, Riascos recebeu na cara de Prass e descontou para os cariocas. Mas o Vasco já estava batido, desde a hora em que o Palmeiras entrara em campo.

E o dono do jogo, quase fez mais um com Egídio. E seria um gol de placa. Ele arrancou do nosso campo de defesa, passou por todo mundo, entrou na área, mas, na hora de concluir, o jogador do Vasco conseguiu tocar a bola em escanteio.

Já perto dos 40′, Cristaldo avançou sozinho pela esquerda e deu um presente para Barrios invadir a área, totalmente livre. Só que o árbitro viu um impedimento… que não existiu.

O Verdão tocava a bola esperando o jogo acabar, a torcida fazia a festa e comemorava mais uma vitória… e juiz encerrou a partida. O Palmeiras fez uma partida brilhante, venceu, convenceu, sobrou em campo, nos encantou e entrou para o G4, finalmente. Para não sair mais.

E agora, ele vai em busca do título do brasileirão. E nós vamos com ele.

Domingo tem mais… Palmeiras x Atlético-PR, no Allianz Parque.

VAMOS GANHAR (MAIS UMA), PORCOOOO!!

Depois de ter sentido na pele o que as arbitragens fizeram com o Palmeiras nos “mata-matas” do Paulistão, depois de ter visto o Bragantino arrebentar nossos jogadores – com a conivência do juiz, que não puniu ninguém – e tirar o Mago, o nosso mais talentoso jogador, da semifinal; depois de ter visto Alan Kardec ser agredido por duas vezes na semifinal contra o Ituano, e, por isso, ter saído de campo lesionado ainda no primeiro tempo, sem que seu agressor tivesse sido expulso; depois desse “enfraquecimento forçado” do Verdão, fator determinante para tirá-lo da final do campeonato, eu não poderia deixar de escrever sobre o futebol do último final de semana.

No País da Copa do Mundo, dos estádios superfaturados e não-acabados, construídos com dinheiro público; no país do Fluminense, que é rebaixado, e volta à série A na mutreta armada para rebaixar a Lusa; no país em que o torcedor (do Ituano), num programa de rádio, agradece ao seu zagueiro, por ele ter quebrado o jogador adversário (Kardec) e “ter conquistado o campeonato nesse lance”; num país como esse, o futebol não poderia ser uma maravilha mesmo. Mas o que se viu na reta de chegada de alguns estaduais, é para deixar o Cristo Redentor, no RJ, e a estátua do Borba Gato, em SP, querendo comprar passagem, só de ida, pra Argentina.

Nesse último domingo, nas finais dos campeonatos paulista e carioca, as arbitragens nos mostraram que não sabemos nada sobre o futebol e suas regras disciplinares.

Ao acompanhar as decisões do final de semana, me senti como aquelas mulheres que não manjam niente de futebol, que desconhecem a regra de impedimento, que nem desconfiam porque aquele homem de calção preto, que usa uma camisa igualzinha à do Corinthians, sopra o apito quando alguém cai naquele lugar do campo com uns retângulos pintados na grama, e que fica perto do jogador que pode por a mão na bola. Na verdade, sem conseguir associar o que via acontecer em campo ao que sabia de futebol, fiquei com a impressão que as regras todas mudaram.

NO RJ…

Partida final entre Vasco e Flamengo pelo campeonato carioca; nos últimos minutos da partida, o placar apontava 1 x 0 para o Vasco, resultado que faria o time de São Januário campeão. O Flamengo precisava do empate para ficar com o título, mas, com o relógio caminhando para a última volta do ponteiro, a situação dos rubros-negros parecia muito difícil e a fatura praticamente liquidada…

Só que, aos 45′, num ataque do Flamengo, a bola bateu na trave, Márcio Araújo (o Caramujinho) ficou com o rebote, empatou a partida, e o título do campeonato mudou de mãos.

Que sorte do Flamengo! SORTE???? Sorte de ter um árbitro, por acaso torcedor, que ‘não viu’ o lance, não é? Sorte os auxiliares também ‘não terem visto nada’ (não é o que mostram as imagens).

O Sr. Marcelo de Lima Henrique, da foto acima, validou o gol de Márcio Araújo, que só chegou na bola em condições de mandá-la pra rede, porque se beneficiou de uma posição irregular. Estava “impedidaço”! Pelo menos, eu costumava achar que esse tipo de lance era impedimento, mas já não sei mais se é, uma vez que a arbitragem, mesmo tendo visto claramente a posição do jogador, nada assinalou.

E, assim, com um “erro grosseiro”, o título foi tomado do Vasco e dado de bandeja ao Flamengo. Nessa batida, o Vasco vai ser vice “ad eternum”.

Dá uma olhada no tamanho do impedimento que os auxiliares viram muito bem:

 Impedimento-Flamengo1

Num país com tantos “erros” de arbitragem, como pode a FERJ escalar um árbitro – que já cometeu outros grandes erros -, para apitar a decisão do time… dele?

E para completar a lambança, e aguçar ainda mais a desconfiança sobre esse título que caiu no colo do Flamengo, a gente volta no tempo e lê  o que a esposa, vascaína, do árbitro flamenguista, escreveu numa rede social, dias antes da partida: “Quanto ao Vice isso já é certo”… “qualquer coisa a gente comemora o campeonato como vice de novo, mesmo. kkkkkkkk”. E não é que, graças ao marido dela, ela acertou na profecia? Que coisa, não? Só eu achei estranhíssimo uma torcedora fazer piada com o que seria (mais) um possível vice campeonato (mais uma desgraça) do seu próprio time?

Que horror, não? Só por isso, para evitar qualquer problema, o árbitro da partida jamais deveria ser o marido dessa senhora, não é mesmo? É muita coincidência para ser só coincidência… Tudo tão suspeito… E valendo título… Tão fácil colocar a culpa num “erro” e pronto.

E para fechar com chave de (des)honra essa lambança (mais uma) do futebol carioca, ao final da partida, o goleiro flamenguista, Felipe, esquecendo os valores morais e o profissionalismo no vestiário,  zombou e tripudiou dos adversários e do próprio futebol, dizendo que “ganhar roubado é mais gostoso” (então, até ele confirma que foi roubado?). Nossa! Como ele é “esperto”, não? “Profissionalíssimo o cara”! Perdeu uma grande oportunidade para ficar de boca fechada.

E pensar que a Justiça Desportiva puniu Valdivia, com uma pena inédita no futebol brasileiro, por um “sorrisinho” que incomodou o promotor… Tenho quase certeza que a tal Justiça Desportiva será omissa agora. Quer apostar que não vai acontecer nada com o goleiro das “trancinhas” com as cores favoritas dos promotores? Quer apostar como não vai aparecer nenhum promotor para enquadrá-lo em nenhum artigo? Quer apostar como a imprensa toda vai publicar um monte de notícias dizendo que foi… piada?

E depois não sabem porque o público é cada vez menor nos estádios do RJ e do Brasil. O futebol brasileiro, com seus campeonatos de cartas marcadas, vai enchendo o saco de todo mundo e perdendo o brilho dia após dia.

EM SP…

E se no RJ, foi vergonhoso ver o título ser tirado do Vasco e dado ao Flamengo, graças a um “erro” de arbitragem, em SP, só não aconteceu o mesmo porque o Ituano levou a melhor nas cobranças de pênaltis e evitou que o título fosse parar nas mãos do Santos. Mas os dois times só chegaram a esse tipo de decisão, porque o árbitro da partida, Raphael Claus, deu uma mãozinha para o time da Vila, quando marcou uma penalidade em Cícero. Com o gol marcado, o Santos conseguiu tirar a vantagem do empate do Ituano e levar a decisão para a loteria dos pênaltis.

Acontece que a penalidade assinalada pelo árbitro não existiu, e, ainda que tivesse existido, na jogada que originaria o lance houve uma irregularidade. O jogador Cícero, que sofreria o tal pênalti, estava em completo impedimento  antes de  ir em direção à bola e cair/ser derrubado na área. Confira:

 Impedimento-Santos1

Mais uma partida em que a arbitragem interferiu no resultado. E o título do paulistão só não mudou de endereço de novo (já tinham mudado o seu endereço na semifinal do Pacaembu), porque o Santos foi incompetente. Afinal, o time da Vila pôde decidir em duas partidas contra o Ituano, com o estádio cheio de santistas nas duas ocasiões, com time completo, com juiz ajudando a levar a decisão para os pênaltis, lhe dando uma sobrevida e, nem assim, conseguiu superar o adversário. Mas, como disse a imprensa, isso foi zebra, foi raça do Ituano. ‘Vexame’, ‘vergonha’, ‘tropeço’, é só com o Palmeiras, que, graças ao regulamento mal-feito da FPF, jogou uma partida só com o time de Itu, foi garfado pela arbitragem e perdeu jogadores importantes, antes e durante a partida semifinal.

Como vai mal o futebol brasileiro, não é mesmo? Cada vez mais afundado em armações e situações que não enganam ninguém. Os torcedores reclamam, reclamam e nada acontece. São sempre os mesmos clubes a serem favorecidos, assim como são sempre os mesmos os prejudicados. A impressão que se tem é que os demais servem apenas de instrumento para que os favorecimentos ou desfavorecimentos possam ser colocados em prática.

Foi lamentável acompanhar o que aconteceu no RJ e em SP na semifinal e final, é revoltante saber que alguns campeonatos e finalistas possam ser decididos no apito; dá nojo imaginar que esses “erros”, que acontecem cada vez mais, possam não ser apenas “erros” …   e que tem sempre alguém da imprensa para tentar fazê-los parecer legítimos (será que as arbitragens da Copa terão esse mesmo nível?).

O futebol perde a credibilidade, o público vai perdendo o interesse e diminuindo nos estádios, o espetáculo vai ficando mais pobre de futebol-arte… Nem mesmo a seleção brasileira é unanimidade entre os torcedores do país, descontentes com as convocações mandrakes, com os amistosos caça níqueis, com os escândalos envolvendo a CBF, com o balcão de negócios que virou a seleção nacional.  Se a coisa não mudar, chegará a hora em que vai ficar ruim pra todo mundo… até mesmo para quem acha que está levando vantagem hoje.

Quem viver verá…

*”juiz ladrão” é a forma com que as torcidas se referem aos  árbitros que cometem erros grosseiros demais.

 

Enquanto se discutia de quem (MP ou PM) era a responsabilidade pela segurança do estádio em Joinville, e deixavam em segundo plano a prisão dos animais, – erroneamente chamados de torcedores -, que protagonizaram uma selvageria no jogo entre o Atl-PR e Vasco, deixando 3 torcedores gravemente feridos, o futebol brasileiro, já tão esculhambado e descredibilizado, às vésperas da Copa do Mundo, ganhou as páginas do planeta. Da pior maneira possível…

A BOLA, Portugal: ‘Violenta batalha entre torcedores no Atlético-PR x Vasco’

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DAYLY MAIL, Inglaterra: ‘Torcedor é levado de helicóptero após  violência irromper no Brasil, apenas 2 dias após o sorteio da Copa… mas o confronto é então REINICIADO’

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EL PAÍS, Espanha: ‘Vários torcedores em estado grave após os confrontos durante a partida entre Atlético-PR e Vasco da Gama, quando faltam seis meses para começar o Mundial

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LA  GAZZETTA DELLO SPORT, Itália: ‘Brasil, Atlético Paranaense-Vasco: Rixa muito grande e disparos da polícia, três torcedores em estado grave’ 

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THE GUARDIAN, Inglaterra: ‘Torcedor gravemente ferido após violência interromper partida do campeonato brasileiro’

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L’EQUIPE, França: ‘Violência sem precedentes em Joinville’

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MARCA, Espanha: ‘Violência brutal no Atlético Paranaense-Vasco’

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RECORD, Portugal: ‘Graves confrontos entre torcedores no Atlético Paranaense-Vasco. Imagens arrepiantes no país do Mundial 2014’

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OLÉ, Argentina – ‘Selvageria Mundial’ (em referência à proximidade da Copa do Mundo)

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Se você tiver estômago (eu não tive pra mais que 20 segundos), acompanhe as imagens desses bandidos, COVARDES, no vídeo abaixo. As imagens são muito fortes, difíceis de se  acompanhar.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Tu-Xp7IyUWw[/youtube]

Horrível, né? Fico aqui pensando… o que passa na cabeça de uma mãe, ao ver que o filho que ela trouxe ao mundo, e amamentou, cuidou, deu carinho… em quem ela pensa o tempo todo, até mesmo antes de pensar em si mesma, se transformou num animal, excessivamente covarde, que, em grupo, chuta a cabeça de uma pessoa que está caída no chão, e continua chutando quando ela já está desacordada, que a ataca com um pedaço de pau, só porque ela torce pra outro time (isso não inocenta os outros que, se não estivessem apanhando, estariam batendo).

Não foi a primeira vez que vimos isso acontecer, já vimos muitos torcedores serem assassinados por torcedores rivais; algumas vezes, até mesmo sem ter havido um confronto. E, lamentavelmente, na maioria das vezes, eles ficaram impunes. E a mesma impunidade que vai matando o Brasil, é a que vai matando o futebol…

Não faz muito tempo, vimos um torcedor boliviano ser assassinado, sem que tivesse havido briga ou qualquer hostilidade. O garotinho estava na arquibancada, torcendo pro time dele, e foi atingido por um sinalizador, disparado, de propósito, por torcedores rivais, em direção da sua torcida. Vimos também os envolvidos (fizeram até cabaninha pra esconder o lançamento do sinalizador), que acabaram presos depois, serem “pintados” de mártires aqui no Brasil; vimos uma grande emissora de televisão levar ao ar programas que dariam consistência à imagem de vítimas, presas injustamente, que fora criada para os infratores; vimos políticos viajarem para a Bolívia, na tentativa de libertá-los; vimos um ex-presidente da república usar a sua influência com a mesma intenção… vimos arranjarem um “di menor” para assumir a culpa pelo assassinato; vimos o “di menor” receber dinheiro, bolsa de estudo, como se fosse uma recompensa… Foi uma vergonha!

Tempos depois, vimos alguns desses mesmos “inocentes” (já libertados, e até festejados na TV) se envolverem em novos episódios de violência em estádio, de roubos…

Já vimos de tudo! Os casos são inúmeros, e já houve mortos e feridos de todas as torcidas, agredidos por gente (gente?) de todas as torcidas, inclusive, a nossa. E tanto agredidos quanto agressores, integrantes das chamadas ‘organizadas’ (nem todos os organizados são bandidos, mas boa parte é conivente), entram na briga com a mesma finalidade… agredir, agredir, agredir… e muitas vezes, matar…  Se a brutalidade e a crueldade são imensas, a covardia é maior ainda. E isso nada tem a ver com amor ao time, isso nada tem a ver com ser torcedor. Esses, que se comportam como animais (que me desculpem os verdadeiros animais) precisam ser banidos dos estádios, de uma vez por todas. É muito grave o que anda acontecendo.

E agora, vem a presidente da república, dizer que está chocada e quer a Delegacia do Torcedor. Ora, vá carpir um lote, minha filha! Como se isso fosse a solução pra violência, ou como se a falta de uma delegacia especial fosse a razão dessa violência toda.

O problema é a impunidade, nega! Essa infecção generalizada que toma conta do Brasil. A mesma que deixa em regime semi-aberto, os seus amigos condenados por corrupção. E você nunca quis a Delegacia do Deputado, do Senador, do Governador, Prefeito, Vereador… do Presidente.

Mas, agora, o que tá pegando é a repercussão das terríveis imagens pelo mundo, justo quando estamos às vésperas de 2014, não é mesmo? É por isso que a “politicaiada” está preocupada.

Tá ruim a imagem do Brasil lá fora, imagem do país que vai sediar a próxima Copa do Mundo. Já não bastam estádios caindo, atraso na entrega das arenas, superfaturamento, obras de mobilidade que não vão sair do papel, arrastões no entorno do estádio que será palco da abertura da Copa (um deles com SEIS MIL pessoas)… e ainda tem a violência das torcidas (um problema do país e não só do futebol).. tão comum no Brasil, tão permitida em nosso futebol,  e financiada pelas diretorias dos clubes, que dão dinheiro para organizadas que abrigam esses marginais. Ronaldo vai ter que melhorar bem as desculpas esfarrapadas que anda dando por aí…

E aí a gente se pergunta: Como alguém, em sã consciência, pôde pensar em realizar uma Copa do Mundo num país com tantos problemas sociais? Como alguém pôde pensar em torrar bilhões do dinheiro público, numa farra imensa de estádios superfaturados (alguns deles, virarão “elefantes brancos” depois da Copa), quando a população recebe quase nada de volta, do absurdo que paga em impostos? Como puderam ser tão gananciosos, sabendo que aqui falta tanta coisa?

Irresponsabilidade… impunidade… violência… não combinam com Copa do Mundo, nem com turistas, vindo dos mais diferentes cantos do Globo, apenas para se divertirem…

Mas eles virão, isso é certo. E que Deus tome conta deles! Que eles tragam terços, figas, água-benta, Bíblias, incensos, guia do santo, patuás, amuletos, Torás, ou o que quer que imaginem possa ajudá-los a se proteger… Tomara eu esteja enganada, mas, com esse descaso todo, o bicho vai pegar por aqui.

O Brasileirão 2013 acabou…  Ponte e Náutico já tinham sido rebaixados nas rodadas anteriores, hoje, “Vaixco” e “FuminenC”  completaram a tabela de times da série B 2014 (a série B tava morrendo de saudade do Flu. Em 2000, ele disse que ia só comprar cigarros, fugiu, e não voltou mais. Já o Vasco, como é de praxe, vai ser vice-campeão da série B).

E depois de tanto ouvir alguns palmeirenses reclamarem das vitórias do Verdão, de minimizá-las por causa do baixo nível da série B, resolvi prestar atenção em alguns detalhes do “fortíssimo” Brasileirão da série A-2013. Vejamos…

Com 114 pontos em disputa, só os 6 primeiros colocados conseguiram fazer mais do que a metade dos pontos (57). Os outros 14 clubes pontuaram de 57 pontos pra baixo.

Cruzeiro (76), Grêmio (65), Atlético-PR (64), Botafogo (61), Vitória e Goiás (59), já Santos e Atlético-MG, fizeram exatamente a metade dos pontos (57).

Os dois clubes com os piores ataques do campeonato foram o Náutico, com 22 gols marcados,  e o Corinthians, que mesmo tendo um ataque milionário – só o Pato custou 40 milhões – marcou apenas 27 gols , e ficou com a péssima média de 0,7 gols por partida.

O Náutico, diga-se de passagem, tinha a pior campanha da era dos pontos corridos, e só passou a ter a segunda pior campanha porque ganhou do Corinthians na última rodada (mas vergonha mesmo, segundo a imprensa, foi o Palmeiras ter sido desclassificado na Copa do Brasil pelo Atlético-PR, vice-campeão do torneio, e que terminou como terceiro colocado no Brasileirão 2013).

No saldo de gols, 5 clubes tiveram bons números: Cruzeiro, que esnobou nesse quesito (40 gols), Atlético-PR (16), Botafogo (14), Santos (13) e Atlético-MG (11). Os outros 15 clubes foram de ruim para lamentável: Grêmio (7), Vitória (6), Corinthians (5), Goiás e Portuguesa (4), São Paulo e Inter (-1), Famengo e Coritiba (-3), Fluminense (-4), Bahia (-8), Vasco (-11), Criciúma (-14), Ponte Preta (-18) e, pasmem, Náutico (-57) – como é que o time do Corinthians conseguiu não fazer gols num time, que tomou 79 gols? Como conseguiu empatar sem gols no primeiro turno e perder no segundo (Mas, segundo a imprensa, é o Palmeiras que não tem time para disputar a série A em 2014. E tem torcedor, que deixa o cérebro desligado e sai repetindo essa asneira)?

E é claro que, com esses números tão ruins, a média de aproveitamento dos clubes também não seria grande  coisa e só 6 deles ultrapassariam os 50%. Pra se ter uma ideia, o campeão Cruzeiro teve 66,7% e o Grêmio, que ficou em segundo, 57%. São Paulo, Corinthians e Flamengo, tão badaladinhos pela imprensa, ficaram na casa dos 43% (SPO e COR – 43,9 e FLA 43).

Mas teve algo que me chamou bastante a atenção, e do qual muita gente não se deu conta… algo que escancara o péssimo nível da competição.

Os “canpiaum mundiau” e os bambis, com seus elencos caríssimos, acabaram o campeonato a 4 pontos da série B.

O “Flameingo”, a 3 pontos.

O Internacional, Choritiba, Portuguesa e Bahia, a 2 pontos.

O Criciúma, terminou o campeonato com os mesmos 46 pontos que rebaixaram o Fluminense.

Moral da história: DO 9º AO 19º COLOCADO FICOU TODO MUNDO EMBOLADO (o Náutico, 20º colocado, fez só 20 pontos e nem conta)! DO 9º AO 17º (o primeiro dos 4 rebaixados)  EXISTIAM APENAS 4 PONTOS DE DIFERENÇA!! É mole?

Dos 20 clubes, 14 passaram em algum momento pela zona de rebaixamento.

E vale lembrar que alguns desses grandes, da “fortíssima” série A, que terminaram o campeonato meio embolados com os times rebaixados, precisaram receber ajuda pelo caminho… senão, muito provavelmente, estariam na série B em 2014.

Que “nível altíssimo” teve a série A, não é mesmo? Só o Palmeiras, segundo as bocas e teclados que adoram esculhambar o próprio time, e cujos cérebros se recusam a trabalhar, é que disputou um campeonato de m….  Nada como se observar os detalhes, o que dizem os números, não é mesmo?

Ah, e não vamos esquecer de observar mais uma coisa. Cair, o Flu caiu… vamos ver se vai virar o ano caído, ou se vão escancarar as portas dos fundos do Brasileirão pra ele (para o Vasco também), OUTRA VEZ.

Você se lembra que, no ano passado, antes do campeonato brasileiro (aquele, em que as arbitragens nos meteram a mão, na maior cara dura), quando os clubes acertavam os valores das cotas de transmissão das partidas, ficou decidido que, na TV aberta, seria transmitido apenas um (eu disse UM) jogo do Palmeiras? E isso, porque era um clássico, senão não teria nenhum. Eu escrevi sobre isso:  http://miud.in/1CY8

A “divisão” para o primeiro turno seria esta: COR (10 jogos com a possibilidade de ter 11), FLA (09 jogos), SPO (07 jogos), VAS e BOT (04 jogos), SAN e FLU (02 jogos) e o PAL (01 jogo). Vejam só! Vasco, Botafogo, Fluminense, Santos, São Paulo, e Flamengo à frente do Palmeiras (Botafogo e Vasco??)! Alguns, com uma infinidade de jogos a mais. Quantos torcedores palestrinos concordaram, alegando que o Palmeiras não dava audiência mesmo.

E você se lembra também que, na lista dos programas e eventos mais vistos do ano de 2012 na TV paga http://miud.in/1CY9 , os sete primeiros lugares do ranking eram do futebol? Que quatro deles eram de jogos do Palmeiras?

Que o evento mais visto de 2012,  foi um jogo de futebol, uma semifinal da Copa do Brasil entre Palmeiras e Grêmio?  Que a partida, no Sportv, atingiu quase 1,5 milhão de pessoas em uma projeção sobre os dados do Ibope? Lembra, né?
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Disseram também que a nossa torcida diminuiu. E eu mostrei pra vocês o que aconteceu quando o Palmeiras foi campeão da Copa do Brasil-2012. Você se lembra? https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/sociedade-esportiva-brasil/
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Então…
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Semanas atrás, a novidade foi uma pesquisa, mais uma; dessas, feitas por duendes, que aparecem não se sabe de onde, que calculam as torcidas mais numerosas mesmo sem que você e nem ninguém conheça um único torcedor que já tenha sido pesquisado (você já foi? Eu não!); pesquisa, que colocava o Vasco à frente do Palmeiras em números de torcedores, lembra disso também? E que a pesquisa se baseava no público dos times nos campeonatos? Nem a minha cachorra acreditou nisso, mas houve quem comprasse essa ideia… afinal, o Palmeiras foi pra segundona mesmo, a  torcida está diminuindo…
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Pois bem… (a falta de “s” em “maiores público”(sic) e “menores público”(sic) que você verá/lerá abaixo, é de responsabilidade do pessoal da Globo, viu? Não tenho nadinha com isso…)
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CAMPEONATO CARIOCA – 2013
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Público-Flamengo-Blog1

Olha só o “Flameingo”! Num estádio onde cabem 45.217 espectadores, o maior público do time de ‘657.897.965 milhões de torcedores’ foi 22.227 pagantes, e o segundo melhor foi numa semifinal de Taça Guanabara, 17.554 pagantes. Nem falo nada do jogo contra o Duque de Caxias, quando um dos favoritos times da Globo, empatou em 1 x 1 e teve apenas 929 testemunhas. E veja que, tirando os clássicos, os públicos dos jogos do “Flameingo” são sofríveis. A ocupação média é de 21%. Será que vão dizer que a sua torcida diminuiu por causa disso?

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Público-Botafogo-Blog1
Vejam que o Botafogo também não faz muito sucesso com a torcida. Estádio com capacidade para 45.217 espectadores, final da Taça Guanabara, contra o time que a tal pesquisa diz que passou até o Palmeiras em número de torcedores (os caras não enchem estádio nem numa final?), e o público foi de 32.770 mil pagantes (Palmeiras lotou o Pacaembu na fase de grupos da Libertadores)! Xiiii, Botafogo! Aposto que a tal pesquisa vai dizer que 30 mil desses torcedores, eram do “Vaixco”! Menção honrosa para o pior público do Bota: 870 torcedores. Nessa, ele passou o “Flameingo”.
Público-Fluminense-Blog1
E aí, vemos os números da audiência do último campeão brasileiro (aquele que teve uma ajuda e tanto do apito). O melhor público dos “pó-de-arroish cariocaish” foi numa semifinal de Taça Guanabara, 15.960 pagantes. Os outros maiores públicos do Fluminense são bem ruinzinhos, dois deles são menores que alguns dos piores públicos do Palmeiras); tem até um público de 4.600 pagantes nessa lista. Que coisa! O pior público então… 703 pipoqueiros, sorveteiros, vendedores de cachorro-quente! E tem um jogo contra o Bangu também, com 855 pagantes. E isso porque é o atual campeão brasileiro, e tem o Fred,  o Sóbis, o Cavalieri…
Público-Vasco-Blog1
E então, chegamos aos números do “Vaixco”, cuja torcida, segundo a pesquisa, ultrapassou os quase 20 milhões de torcedores do Palmeiras (esse povo bebe, né?)! Esses torcedores todos devem morar em Saturno – no Rio de Janeiro eles não estão -, e o futebol card não vende ingressos pra eles. O melhor público do “Vaixco”, que não enche estádio nem em final de campeonato (vai encher quando?) foi a partida de ida da final da Taça Guanabara. 32.770 pagantes, no Engenhão de 45.217 lugares disponíveis. E o pior, vejam só, foi diante do Friburguense, com público pagante de 546 pipoqueiros (nem os sorveteiros e os vendedores de cachorro-quente compareceram)! Vale ressaltar os 751 pagantes no jogo contra o Madureira, os 770 contra o Nova Iguaçu, os 871 contra Quissamã… Não tá fácil a vida do Vasco. Será que foi o Dinamite que encomendou essa pesquisa, ou quem a publicou é que estava fazendo um favorzinho?
Repare que esse papo de ocupação média é um tremendo me engana que eu gosto. A ocupação média do “Vaixco” é de 20%, mas ele manda seus jogos num estádio com capacidade de 24 mil torcedores. Como é que vai comparar essa porcentagem com a de um time que manda seus jogos num estádio que cabe quase o dobro de  pessoas?
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PAULISTÃO
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Público-Gambás-Blog
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O Corinthians costuma ter os melhores números de público. E em 2013, nem poderia ser diferente. Afinal, ano passado, ele ganhou os dois mais importantes títulos desde a sua fundação. O seu melhor público foi na partida diante do Palmeiras, que foi ao Pacaembu como visitante, 34.010 pagantes (A torcida deles tava doidinha pra ver o rebaixado Palmeiras ser triturado. Mas  o que se viu foi o “canpiaum mundiau” sair com o empate (e sofreu pra isso) graças ao BolsaApito).
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O curioso é que, como visitante, ele tenha a média de 13.160 pagantes. Ali, coladinha à média de 11.401, do time da torcida que diminuiu. Ou não tem muito gambá fora da capital, ou tem parmera pra caramba…
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O São Paulo, atravessa melhor fase, conquistou um campeonato recentemente, não foi rebaixado, e é natural que a frequência de sua torcida no estádio seja mais regular. Afinal, quando o time está mal ela some. Por isso, as torcidas adversárias os chamam de “modinha”. Mas seus melhores públicos não estão tão distantes assim do time da torcida que, segundo a pesquisa, diminuiu.
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E então, temos o Santos. O time do talentoso e mascarado Neymar, que a Nike patrocina, que o Barcelona quer, que a Globo empurra, que namora uma atriz global, que a cada jogo tem um cabelo diferente, com uma cor também diferente, que acha que os jogadores adversários têm que aplaudi-lo (mas que babaca!)… que dá uma visibilidade enorme ao seu time. E, ainda assim, o maior público do Santos no campeonato foi de 18.381 pagantes, MENOR QUE O MELHOR PÚBLICO DO TIME QUE COMEÇOU A JOGAR O PAULISTÃO LOGO APÓS TER SIDO REBAIXADO!
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E a ocupação média é a de um time que manda os seus jogos num estádio com capacidade para 20 mil pessoas, 40%. Se ele jogasse num estádio onde coubesse o dobro de torcedores, a sua média seria de 20%?
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E, por fim, temos o Palmeiras, que é o que interessa! O time que foi rebaixado à segunda divisão, que muitos dizem ter um elenco “medíocre” (eu não acho), que “isso”, que “aquilo”… que teria todos os motivos do mundo, segundo o conceito dos sacis e duendes que medem torcidas, de jogar com estádio completamente vazio. Que teve seu maior público no Paulistão, na partida contra o União Barbarense, 19.128 pagantes – pela Libertadores, numa fase de grupos, lotou o Pacaembu; que logo após ter sido goleado pelo Mirassol, meteu 5 mil pagantes no estádio no jogo seguinte – que time conseguiria isso? que outro torcedor,  iria ao estádio depois disso?
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Vai ver, cada torcedor está comprando dois ingressos, não é mesmo? Ou três, quem sabe quatro… porque nem mesmo entre os seus piores públicos (é plural viu Globo?) não há nada abaixo de 3.709 pagantes.
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E, repare! Como visitante, à exceção dos “canpiaum mundiau”, é o time que tem a maior média de público. SINAL DE QUEM TEM MUITO MAIS PALMEIRENSE PELO ESTADO, DO QUE BAMBIS E SARDINHAS, NÉ?
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Tem algo errado com essa pesquisa, você não acha? Tem algo errado com o incessante trabalho da imprensa de tentar diminuir o Palmeiras, de esconder o verdadeiro tamanho da sua torcida, de esconder do resto do Brasil os bons resultados do Verdão, diante de times que são empurrados pela mídia.
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E tem algo muito mais errado ainda quando o torcedor do Palmeiras acredita. Pense nisso…

 

♪ A Copa do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa!!♫♪

Imagina se há mutreta no digníssimo futebol brasileiro… Imagina suspeitarmos dos árbitros e das armações da CBF, e federações dos estados… Que gente lunática essa, que tem mania de perseguição, e se utiliza desses argumentos para mascarar as falhas dos times para os quais torcem.

Meu time anda apresentando um futebol bem pouco convincente mesmo, mas mutretas estão mais descaradas do que nunca. Ou vai ver, são as mesmas de sempre e, agora, vazam com mais facilidade…

Na noite de segunda-feira, o presidente da Comissão de Arbitragem do futebol carioca, Jorge Rabello, disse à Rádio Tupi que as expulsões não foram feitas da forma correta por Wagner dos Santos Rosa, árbitro de que expulsou 5 jogadores do Vasco, no clássico diante do Flamengo.

As expulsões foram apagadas (é mole?) da súmula que está disponível no site da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ). Que absurdo!

Na última segunda-feira, o juiz relatou a confusão depois da vitória do time rubro-negro sobre o arquirrival cruzmaltino por 2 a 1 e revelou ter expulsado o lateral Fágner, o zagueiro Rodolfo, os volantes Fellipe Bastos e Eduardo Costa além do meia Diego Souza.

Os “V” de cartão vermelho, estavam ao lado dos nomes dos atletas expulsos e foram apagados com corretivo, o famoso “branquinho”… vejam só:

Súmula do clássico divulgada na segunda-feira, com as expulsões dos cinco cruzmaltinos

Expulsões de jogadores do Vasco após clássico são apagadas da súmula com corretivo

 

Sendo assim, Rodolfo, Fellipe Bastos e Eduardo Costa poderão atuar normalmente diante do Nova Iguaçu, no estádio de Moça Bonita, no domingo que vem. Diego Souza e Fagner só não poderão jogar, pois tinham recebido antes o terceiro cartão amarelo e terão que cumprir a suspensão.

Das duas uma! Ou a mutreta aconteceu no ato de apagar as expulsões, ou ela se deu quando o juiz expulsou os jogadores… ainda que as expulsões não tenham sido feitas de forma correta (Oi?), elas aconteceram. Quem foi assistir ao jogo, viu os jogadores serem expulsos, eles deram entrevistas após a expulsão, a TV mostrou as imagens… Não dá para, simplesmente, fazer de conta que elas não aconteceram. É SACANAGEM E PILANTRAGEM DEMAIS!

Quantas outras vezes já deve ter acontecido o mesmo, sem que nenhuma providência tivesse sido tomada, sem que o caso fosse esclarecido de forma transparente e séria.

Aí eu fico pensando naquela expulsão do Tinga, do Inter, no Brasileiro de 2005. O cara levou uma voadora do goleiro do Corinthians e, ainda por cima, foi ele o expulso. Naquela ocasião não apareceu ninguém para dizer que a expulsão não foi feita da forma correta…

Fonte: msnEsportes

A vingança é um prato que se come frio, às vezes até um ano depois de começar  a ser preparado…

Pois é amigos, o nosso time pipocou no Brasileiro. A gente até que aceitou razoavelmente bem, porque tinha a Sulamericana. Mas nossos rapazes fizeram questão de perder a vaga na final da competição com  a proeza de  serem derrotados, em “casa”, de virada, para o rebaixado time do Goiás. Ao torcedor palestrino só sobrou tristeza e a falta de preparo de seus dirigentes…

E, nas voltas que o mundo dá, a penúltima rodada do campeonato seria entre Palmeiras e Fluminense…  E vejam só a ironia do destino. Agora era a vez do Palmeiras “decidir”, ainda que involuntariamente, o campeonato. O campeão do  Brasileiro,  praticamente sendo decidido pelo 10º colocado na tabela. Embora Corinthians e Fluminense tenham tido no passado algumas conquistas indignas,  na história do Palmeiras, o grande rival é o sujo time dos gambás, dos árbitros e campeonatos comprados. Uma derrota a mais, uma derrota a menos… faria muita diferença!

A torcida do Palmeiras se dividiu e entrou em rota de colisão. A maioria querendo a derrota para prejudicar o arqui-rival Corinthians e uma parte querendo que o time jogasse com toda a vontade do mundo.

Voltemos no tempo…

NOV/ 2009 – 37ª rodada do Campeonato Brasileiro; Palmeiras, São Paulo, Inter e Flamengo brigavam pelo título. Em campo, o “ético” time do Corinthians e o Flamengo. A imprensa não cobrou ética antes da partida, não pressionou o técnico e os jogadores dos gambás, não falou em dignidade…  Tampouco percebeu a farsa da contusão de Ronaldo, aos 15 minutos de jogo e nem o seu sorriso irônico ao deixar o campo…  A torcida  usou bandeiras do Flamengo… Foi uma felicidade só, poder prejudicar o Palmeiras e os bambis ao mesmo tempo. As imagens dizem tudo. Vejam a alegria de Felipe na marcação da penalidade, vejam sua vergonhosa ‘tentativa’ de defesa, na cobrança:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=G7sy4-M8Fg0[/youtube]

No dia seguinte, no jornaleco dos gambás (jornal esse, que faliu e cujos jornalistas estão sem receber até hoje) a manchete era uma ironia aos rivais…

A imprensa não se indignou, muito pelo contrário; não criticou jogadores, nem o técnico, tampouco a torcida. E não se indignou também, neste ano, quando o São Paulo,  na rodada anterior, nitidamente entregando o jogo (Rogério soltava as bolas todas nos pés dos tricolores cariocas), perdeu de 4 para o mesmo Fluminense…

Mas ao Palmeiras era preciso falar em dignidade. Esse time que é prejudicado tantas vezes pelas armações das arbitragens, tinha que ser pressionado. O caráter de seu técnico e jogadores tinha que ser colocado em dúvida. As provocações a Felipão eram inúmeras nas páginas de jornais e nos programinhas esportivos. Até mesmo Tite, esquecendo que em 2008, para prejudicar o Grêmio, colocara o Inter em campo com seu time reserva, exigia, publicamente, dignidade de Felipão.

E, contrariando a maioria dos torcedores, que queriam um time reserva, Felipão mandou a campo uma equipe com 9 titulares.  Nas manchetes de jornais só se falava  da “mala-branca” que os gambás teriam oferecido aos jogadores do Palmeiras. E o STJD, que em 2007, levou Caio Junior ao seu tribunal, por falar em mala-branca, agora se fingia de cego e surdo e permitia que o assunto fosse tratado livremente…

Em campo, o Palmeiras foi prá cima do Flu e abriu o placar com um golaço de Dinei. Deola fazia defesas magistrais e deixou o Brasil estupefato com tanto profissionalismo. Tanto é verdade que ele foi até mesmo hostilizado e agredido (com copos de água) por uma parte da torcida organizada, envenenada com as notícias da tal mala-branca. Por mais que quiséssemos o Palmeiras jogando sem vontade nenhuma, não iríamos querer que ele fizesse como Felipe em 2009.  E não dá para pensar em agredir  e ofender, alguém que joga no seu time, né? Querer que o time entregue (eu queria muito), que jogue sem vontade de ganhar, é polêmico e discutível, mas agressão e ofensa é imperdoável. A revolta desses  torcedores deixou bem claro que o Palmeiras não foi a campo para entregar. Mas é óbvio que, depois da derrota de quarta feira, e sem almejar mais nada no Brasileiro, esse time não tinha mais motivação alguma e, por isso,  correu menos, tocou mais pro lado. E o Fluminense virou o jogo , saiu com a vitória e, a não ser que vejamos um roubo histórico na próxima rodada, está perto de ser campeão.

A imprensinha ficou furiosa! Os gambás dos programas esportivos, caras-de-pau e desmemoriados que são, bradam absurdos!  E os jogadores? Roberto Carlos clama até por rebaixamento para o clube que, supostamente, entrega! MAS QUE CARA DE PAU! Essa persona non grata, que f…… o Brasil na Copa do Mundo, permitindo que tomássemos um gol, enquanto arrumava o meião; ESSE JOGADOR HIPÓCRITA E MERCENÁRIO, SE ESQUECE QUE SE AS REGRAS AQUI NO BRASIL FOSSEM IGUAIS ÀS EUROPÉIAS, ELE, MUITO PROVAVELMENTE, ESTARIA DISPUTANDO A SÉRIE C, PORQUE O SEU TIME, ALÉM DE ENTREGAR JOGO ANO PASSADO, LAVOU DINHEIRO DE MÁFIA RUSSA (as escutas telefônicas estão aí) E COMPROU UM CAMPEONATO EM 2005.  Isso também não é permitido na Europa!

E eu não estou vendo ninguém criticar o Felipe do Vasco que disse que não jogaria para ganhar. VAMOS LÁ, SEUS “IMPARCIAIS”, FALEM DISSO TAMBÉM!!!  POR QUE A IMPRENSINHA  “ÉTICA” E “PROFISSIONAL” NÃO FALA NADA DA ENTREGADA DO “VAIXCO”, da entregada dos bambis?

Os gambás, que neste campeonato já ganharam quase 20 pontos no apito, no cambalacho (imaginem onde estariam sem esses pontos); que venceram a partida diante do Vasco porque ele facilitou o quanto pode, para prejudicar o rival Fluminense; que comemoraram a entregada para o Flamengo em 2009, com desdém, escárnio; que usaram camisa do Boca e do Manchester em 1999 e 2000 e, pior que isso, fizeram camisas Boca Jrs/Pano de Chão, Manchester/Pano de Chão, agora vão falar em dignidade, profissionalismo? Compraram o campeonato e acham que não vão levar? CHAMEM O PROCON!

Que se contentem com todos os pontos conquistados no apito , com a vitória facilitada pelo time do Vasco, porque, como brincam os torcedores, foi a única vitória do ‘crime organizado’ no final de semana.

Ah, e aprendam de uma vez por todas, este é o ano do CENTENADA! hahahahhaha

26 pontos em 21 jogos… Esse é o meu Palmeiras.

Mas a gente não pode reclamar. Imagina! Quem reclama deve estar querendo PC Gusmão no time, ou Marcelo Villar… Temos que achar bom esse desempenho ridículo, porque o comandante é o Felipão! CAZZO! PORQUE É O FELIPÃO, É QUE EU NÃO ACEITO! Se fosse um Zé Mané qualquer, eu saberia que ele não poderia nos dar nada além disso. MAS FELIPÃO PODE FAZER MELHOR! E EU QUERO QUE ELE  FAÇA! Ele  assumiu o time na 9ª rodada, na derrota diante do Avaí. (na verdade, fomos derrotados duas vezes pelo time de SC. Além de nos tirarem os três pontos, nos venderam “Horrivaldo”). São 13 partidas sob o comando de Scolari, 3D, 8E, 2V; 39 pontos disputados e apenas 14 conquistados. Não dá para o torcedor sorrir e fazer de conta que nada está acontecendo, né? Não dá para ficarmos contentes com Valdivia entrando só no segundo tempo (e mesmo assim, ser um dos melhores da partida, diante do Vasco), com Rivaldo, horroroso, na lateral esquerda; com Patrik, Luan (onde acharam esse ‘primor’ de atacante?); com Márcio Araújo também improvisado na lateral; com o bom Fabrício no banco.

Isso tudo é responsabilidade de quem? Eu sinto muito, mas é do responsável que temos que cobrar. Se Rivaldo, por exemplo, é muito ruim, quem o escala e mantém no time é o responsável. E isso nada tem a ver com ser favorável à saída do técnico. De jeito nenhum! Estou meio aborrecida com Felipão, mas confio em sua capacidade e quero que ele a use! Na sua outra passagem aqui, tivemos um começo meio conturbado também. Não são os resultados que me assustam, mas a insistência em manter e privilegiar o que não serve ao time. RIVALDO, por exemplo, NÃO DÁ, FELIPÃO! Pelo menos, por enquanto. Eu juro que sinto saudade do Armero, que podia ser atabalhoado, mas sempre tinha muita vontade em campo. A mosca morta do Rivaldo, nem isso…

Jogo 100 do Mago e ele estava no banco. No começo da partida o Palmeiras parecia ditar o ritmo de jogo, mas errando passes demais (quase 40%), deixamos que o time ridículo do Vasco criasse as melhores chances de gol e nos desse uns bons sustos.  Sorte que seus atacantes não são grande coisa. Mas os nossos também não são… Aos 33′, Vitor foi lançado na direita, invadiu a área e cruzou fechado; Luan apareceu pelo meio mas nem conseguiu chutar… Que coisa! A arbitragem era aquela porcaria de sempre, faltas em Kleber quase nunca são marcadas (deve ter essa recomendação no livro de regras).

Ainda na primeira etapa alguns torcedores pediam a entrada do Mago, e ele lá no banco. Mas quando começou o segundo tempo, Valdivia já tava em campo no lugar de Luan. Renovou o time,  botou fogo na partida, na arquibancada e, assim como já acontecia com Kleber, ele passou a receber botinadas também. Nós que antes quase ‘dormíamos’ na arquibancada, já nos levantamos quando os passes do craque chileno começaram a entrar. Aos 7′ minutos, numa jogada linda do nosso camisa 10, Ewerthon desperdiçou um gol feito! A torcida vibrava, finalmente sentindo a possibilidade de abrir o placar. PC Gusmão tratou de colocar Rômulo no time do Vasco e na cola do Mago. Mesmo assim, Valdivia ainda conseguia meter umas bolas lindas para os companheiros, tabelava com Kleber. As jogadas saíam mais fáceis, o Palmeiras parecia que ia marcar a qualquer momento, o Pacaembu se inflamava e nada de o gol sair. Felipão tirou Tinga e colocou Patrik, mais tarde tirou Ewerthon e colocou Tadeu (Rivaldo não saiu do time!?!?). E não conseguimos marcar um mísero gol… O Mago ainda escorregou na última jogada, perdendo mais uma chance… Chato demais para o torcedor…

No jogo 100 de Valdivia (cadê a camisa comemorativa?), o Palmeiras SEM lateral esquerdo; SEM um centroavante, que saiba meter a bola no gol… Felipão SEM dó da torcida, insistindo com Rivaldo, SEM futebol, que erra passes demais, vacila na marcação… Jogo 100 do Mago e o Palmeiras SEM gols, SEM conseguir vencer, mais uma vez… E a torcida, que apoiou o jogo todo, SEM paciência, vaiou o time ao apito final…

E enquanto Valdivia permanecia sentado em campo, com as mãos na cabeça, SEM acreditar no que anda acontecendo com o Palmeiras, a torcida engoliu as vaias e saiu… SEM alegria, SEM riso, SEM entender…

Hoje, temos um compromisso no Sul, diante do Grêmio, o aniversariante da vez. E o Palmeiras tá cheio de jogadores pendurados. É claro que eu acho que vai dar Verdão! Sempre vou acreditar no meu time. Mesmo sabendo que Rivaldo vai jogar, e a lateral esquerda (tomara eu esteja enganada) vai ser local de passeio para o time gaúcho. Dizem que a diretoria acertou uma parte dos direitos de imagem que estavam atrasados, então vamos ver se alguns jogadores ficam mais animadinhos, né? Com a raça e vontade de Valdivia, Kleber e Danilo e mais uns poucos eu sei que posso contar. Com Lincoln, ainda não, parece que o “convênio” dele ainda não foi pago… quem diria, hein?

Dois jogos importantes e difíceis é o que temos pela frente. É HORA DA REAÇÃO! FORÇA, PALMEIRAS! ACREDITA, PORRA!!! Estamos juntos nisso até o pescoço! Prá sempre!

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Disseram que seria futebol…
E até parecia que iria ser… Dois times, com 11 jogadores cada, estavam em campo; trio de arbitragem, bola de futebol, torcida… Os jogadores calçavam chuteiras, o gramado era daqueles que se costuma utilizar para a prática de futebol, os repórteres estavam todos ali… Não entendi nada. Será que eu tinha sintonizado o canal errado e o esporte ao qual eu assistia, era um outro qualquer, desconhecido por mim? Não, eu não estava enganada! Imagina! Lá estavam Palmeiras e Vasco! Os jogadores do meu time eu conheço bem! O Santo, único, melhor de todos, estava no gol… Tinha Cleiton Xavier, Pierre, Edinho, Armero… Diego não estava. Ah, mas eu me lembrei!! Diego Souza não vai mais jogar no Palmeiras! A torcida não o quer no time por ele ser o culpado pelo futebolzinho mixuruca que o Palmeiras vem apresentando. Mas, se ele é o culpado, e não está jogando, então porque o time consegue ser ainda pior?? Estranho né?

O time do Vasco é horroroso e só o Palmeiras, de Antonio Carlos, não se dá conta disso E CONSEGUE SER AINDA PIOR! Nosso técnico, covarde, bota o time numa retranca do c…….. até para enfrentar o Tabajara F.C., tá doido! E o Vasco, ‘horroroso’, vem prá cima do Verdão que está completamente desorientado dentro de campo. Que time mais sem ‘cara’, sem identidade… O jogo corre sem que o Palmeiras consiga dar um chute sequer ao gol… Eu, que adoro assistir às partidas do Verdão, não vejo a hora que acabe o primeiro tempo. Que jogo horrível, que castigo acompanhar dois times “assassinando” o futebol! O juiz apita o final da primeira etapa e as estatísticas apontam: o Palmeiras deu 1 (!!) chute a gol.

Em campo eu via um Palmeiras sem brilho, sem técnica, sem criatividade, sem calma, sem gana… Os erros sobravam…Mas essa não é a pior equipe do Verdão que já vi jogar. Não! Os jogadores, ainda que não mostrem, têm qualidade. MAS COM CERTEZA ESSE É O PIOR FUTEBOL (se é que se pode chamar essa desgraça de futebol) QUE EU JÁ VI O MEU VERDÃO PRATICAR!! SINTO VERGONHA DO QUE VEJO. Sinto uma tristeza imensa ao ver a minha camisa vestindo homens apáticos, que parecem não se importar nem um pouco com ela. Parecem não saber que essa camisa já vestiu craques do calibre de um Waldemar Fiume, o “Pai da Bola”, que jogava em todas as posições (exceto a de goleiro) com a mesma dedicação e competência. E será que não tem ninguém lá dentro do Palmeiras para dizer isso prá eles? A letargia é contagiante e vai estendendo as suas garras… Mas ainda há exceções: Marcos, é o coração verde pulsando em campo, Pierre, já um tanto “contaminado”, também não deixa de lutar, mas está confuso, ansioso; Armero, corre, se esforça, mas o futebol se atrapalha com ele, de vez em quando; Edinho, foi o que mais me agradou. E o Vítor? O cara é um dos melhores alas do Brasil, tivemos um trabalhão para trazer, mandamos um monte de jogadores em troca e, quando ele entra no time, não tem liberdade para passar do meio de campo?? Prá piorar, ainda tem que jogar de zagueiro e o Márcio Araújo é quem vem cuidar da lateral inúmeras vezes. O que é que a gente faz com um técnico desse??

Veio a segunda etapa e nada mudou. O PALMEIRAS PRECISOU DE QUASE 70 MINUTOS PARA SE DAR CONTA QUE O VASCO É UM TIME HORRÍVEL, E QUE DAVA PARA IR PRÁ CIMA! Mas o “ir prá cima” do Palmeiras é complicado. São tantos passes errados! Ninguém para criar (Lincoln lesionado estava fora), prá enfrentar os marcadores, driblar e, muito menos, para chutar. A pressão exagerada faz com que o medo seja o senhor das ações. A falta de coragem e confiança é visível na oportunidade desperdiçada em troca da  tentativa de se cavar um pênalti. Zago (acredito que ele tenha intenção de acertar, mas não é capaz!), por sua vez, não se toca que precisa substituir, mexer no que não está funcionando e tentar fazer a coisa  acontecer. Cleiton Xavier, não dá conta do recado, é volante, não é meia, e essa 10 não é prá ele. (A 10 tinha que estar com aquele cara genial,jogado fora pela diretoria anterior. O craque que atuou hoje contra o México e, mesmo sacrificado, fora da sua posição, mostrou que a arte é sua companheira inseparável.) Até eu sabia (só Zago não) que, sem criatividade, com um buraco entre a zaga e o normalmente inoperante ataque, não chegaríamos a lugar algum. Só muito tarde, aos 33′, ele resolveu mexer, mas trocou 6 por meia dúzia. Colocou Bruno Paulo (por que não Paulo Henrique??) no lugar de Ewerthon, que até agora não disse a que veio. Minutos depois, Zago fechou com “chave de ouro” as suas substituições: Marquinhos entrou no lugar de Robert e conseguiu perder todas as bolas que disputou  com… JUMAR!! Nosso técnico deve ser cego ou não tem autonomia porra nenhuma! O QUE DE BOM, ELE JÁ VIU O MARQUINHOS FAZER, PARA COLOCÁ-LO NO TIME QUANDO PRECISAMOS DE MAIS QUALIDADE? E o jogo terminou do jeito que começou, ruim de doer. E olha que o juiz, acho que para nos castigar, deu mais três de acréscimo.

Eu não sei qual é o problema e nem acho que seja só um. Deu “cupim” no Palmeiras, e ele vai corroendo tudo e as coisas só vão piorando. Salários atrasados (mesmo com patrocínios maiores), inércia, contratações equivocadas, dispensas idem, a base (mais uma vez) desprestigiada. Um não saber lidar com questões mais delicadas, pela falta de tarimba e ‘malandragem futebolística’ de nossos dirigentes;  um torpor que vai contaminando os atletas e até mesmo o torcedor… Como podemos muito bem ver agora,  não era Alex Mineiro, nem K9, nem VL, tampouco era  Armero, não é Diego Souza… Eles são apenas reflexos de tudo que está errado, corroído pelos ‘cupins’.  E ainda tem as ‘formigas’, com as suas patas sujas de um passado de desolação, que querem expulsar os ‘cupins’. A guerra entre eles é sem trégua. O rastro de destruição já é grande e  eles vão destruir o que ainda resta se não forem detidos nessa insana busca de poder. Precisamos urgentemente de um bom e alviverde “tamanduá”!!

QUE ALGUÉM SALVE E DEVOLVA O MEU PALMEIRAS!!! E QUE SANTO EXPEDITO FAÇA QUE NENHUM CLUBE EUROPEU CONTRATE FELIPÃO E NEM O MAGO!

Sim, o torcedor não tem ilusões mas ainda sonha…