Parece que a providência Divina está dando uma mãozinha na escalação do Palmeiras para a partida de volta diante do Grêmio…

Não gosto que nenhum dos nossos jogadores se lesione – estranho que tenhamos tantos problemas com lesões –  e, no caso do Luan, que ficará fora do time por algumas semanas, preferiria que ele ficasse no banco. Mas, como nosso técnico não o tiraria do time de nenhuma outra maneira, nem mesmo com as belas partidas que Mazinho vem fazendo, parece que a vida se encarregou de acertar o nosso ataque. E vamos de Mazinho! Pelo menos,  é o que eu espero…

Essa é a notícia que me foi passada pela Assessoria:

O atacante Luan e o volante Marcos Assunção realizaram exames de ressonância magnética na tarde desta terça-feira (19); Luan teve um estiramento no músculo posterior da coxa direita e vai desfalcar a equipe entre seis e oito semanas. Já Marcos Assunção sofreu uma forte pancada na coxa direita, mas terá condições para o jogo de quinta-feira (21), contra o Grêmio, na Arena Barueri.

“O Assunção teve uma lesão no músculo da parte de trás interna da coxa direita e está com um edema em razão da forte pancada que levou na região. Ele tem algumas limitações quando bate na bola, mas melhorou muito de domingo para cá e vai continuar em tratamento intensivo até o dia do jogo. Pelo o que estamos sentindo, terá condições de ser relacionado”, explicou o médico Rubens Sampaio, que também esclareceu sobre a lesão de Luan.

“A lesão dele foi mais grave, de grau 2. Teve uma ruptura de um músculo importante, o posterior da coxa direita, e o tempo de recuperação nesse caso é maior. Inicialmente, ele vai ficar de duas a três semanas descansando esse músculo até retomar as atividades de fortalecimento.”

Agência Palmeiras
Fábio Finelli

 

“… Tive febres de todas as cores,
me arderam todos os amores,
rasguei seda, comi flores,
fiz das tripas, coração,
quase que aperto o botão 
do juízo final…” (Alice Ruiz e Itamar Assunção)

 

Andamos amargando tempos tão difíceis… achamos que o fim do mundo seria em 2011 ou que, no máximo, ele chegaria em 2012. Que escuridão! De repente, um pouquinho de luz aqui, outro pouquinho ali… Será que o nosso mundo vai se iluminar de vez? Será que ainda vamos achar que valeu a pena ter sofrido tanto? Quem é que pode saber? O que sei é que um pequeno raio de luz, daqueles que fazem as coisas ficarem mais bonitas, mais coloridas, que chamam a esperança de volta, tomou conta do meu peito ontem, lá no Pacaembu.

Pra começar, achei que Felipão escalou o time direito. Entramos em campo sem Luan, com dois meias, com Maikon Leite e Hernán Barcos (eu tava doida para ver El Pirata jogando com um meia. Que festa fez a torcida quando seu nome foi anunciado). Melhor que isso, só quando pudermos contar também com Valdivia e, quem sabe, Wesley. E quando isso acontecer, penso que não vamos ficar devendo nada a ninguém, muito pelo contrário.

Tava uma chuva danada quando o juiz apitou o início da partida e, aos 7′, Maikon Leite (que vai ser firmando a cada dia), com velocidade, chegou pela direita e cruzou buscando Barcos; o goleiro desviou pra frente e, Patrik, espertíssimo, viu a bola que sobrava e mandou de cabeça pras redes. GOOOOL!! Que maravilha! Os torcedores pulavam na chuva e espalhavam a água das capas para todos os lados!

Quanta diferença quando temos em campo jogadores mais inteligentes… Começamos o jogo  mostrando qualidade na criação, no entrosamento de Maikon Leite e Daniel Carvalho (gosto dele); na bela partida que Assunção já dava mostras que iria fazer, nas laterais muito bem guarnecidas por Cicinho e Juninho (importantíssimos), e na presença de um centroavante, de verdade que, conforme Barcos nos mostrou no decorrer da partida, sabe se colocar, sabe passar, chutar, segurar a bola e que, diferente de um outro aí, conhece muito bem todos os fundamentos.

O Ituano dava umas arriscadas de longe, mas Deola estava seguro, Henrique também. O Palmeiras, com boa movimentação em campo, tinha a posse de bola e o domínio da partida. Com vários jogadores perigosos a serem marcados no Verdão, o Ituano não tinha muita coragem de vir pra cima. Assunção cobrou falta com perigo, Rodrigo Costa afastou da área; Assunção fez um lançamento lindo para Maikon Leite, que cruzou na área, Barcos não conseguiu pegar de jeito e mandou por cima! Eu queria tanto um gol do Pirata…

O jogo era tranquilo e a chuva caía… Aos 22′, hora de saquear o gol do Ituano!! Assunção cobrou falta na área e quem apareceu para cabecear e marcar o segundo gol do Palmeiras? BARCOS, EL PIRATA! NOSSO 29, MAIS 9 DO QUE NUNCA! Foi uma alegria só nas arquibancadas! Todo mundo estava esperando por aquele gol! Todo mundo estava esperando por um centroavante.

O Ituano então, vendo a vaca ir pro brejo, ensaiou vir pra cima do Palmeiras. Fazia cada falta feia, mas o maledeto do juiz nem fazia menção de tirar o cartão do bolso. Foi tão ‘homenageado’ por isso… Assunção levava perigo a cada cobrança de falta e a cada levantada de bola na área. Aos 32′, quase que o Pirata guardou mais um. Depois de ter suportado a miséria de futebol apresentada por Bueno, Dinei e Cia, eu me encantava com Barcos…

E as oportunidades iam aparecendo, com Maikon Leite, Assunção, Daniel Carvalho, Barcos… O Ituano defendia do jeito que dava, e o juiz, nada de amarelar os adversários botinudos. Mas, nos minutos finais da primeira etapa,  amarelou o Cicinho numa falta idêntica à que o jogador do Ituano já tinha feito, sem levar cartão. Que filho da mãe!

Na volta do intervalo, Felipão trouxe Artur, que tinha ido bem na estreia, em lugar de Cicinho, que levara o terceiro amarelo. O Palmeiras, apesar da vantagem, e contrariando o que estamos vendo há mais de um ano, continuava levando perigo ao Ituano. Aos 4′, na bela trama de Barcos, Maikon Leite e Daniel Carvalho, a bola foi na rede pelo lado de fora. Uhhhh! E o Palmeiras ia assustando a zaga adversária, ora com Barcos, ora com Maikon Leite, Assunção, Daniel Carvalho… O Ituano não conseguia chegar. A zaga e Deola estavam espertos, e todas as tentativas inimigas davam em nada. Achei que Henrique esteve soberbo!

Aos 17′, Felipão tirou Daniel Carvalho e colocou João Vítor. Fiquei meio ressabiada por não ter sido Carmona a entrar. Mas o time estava bem e, apesar de ainda desperdiçarmos algumas finalizações, muitas jogadas me agradavam bastante. Aos 21′, Maikon Leite recebeu de João Vítor pela direita e finalizou pro gol. A bola foi desviada em escanteio. Assunção cobrou no primeiro pau e Artur, iluminado, de cabeça, marcou o terceiro. Que alegria! Finalmente uma vitória construída com o time jogando bem, com a participação dos melhores jogadores que temos (faltou o Mago, lesionado). Os que ficaram no banco, ficaram no lugar certo!

Felipão ainda faria mais uma alteração aos 32′, Carmona em lugar do, merecidamente aplaudido, Marcos Assunção, que fez bela partida e esbanjou categoria! E foi Carmona quem tocou para colocar o nosso centroavante (graças a Deus ele chegou) na cara do gol; El Pirata tentou encobrir o goleiro, mas ele conseguiu fazer a defesa. A torcida, sem acreditar que, finalmente, temos um centroavante, aplaudiu a tentativa do argentino. Tivemos outras oportunidades com Barcos, Artur e um chute de longe de Maikon Leite, mas o jogo acabou mesmo 3 x 0 . Sem sustos, sem sufoco, sem torcida desapontada, sem reclamações… Com o Palmeiras líder do campeonato, com bom futebol em campo, com o técnico acertando na escalação e nas substituições, com boas jogadas, com dribles, com um belo centroavante no time, com alegria no elenco, com risos e aplausos da torcida, com uma luz a brilhar no fim do túnel…

Nosso Palmeiras está voltando… Nossos gols estão voltando… E, por falar em gols, dos 27 que Barcos nos prometeu, um já foi!

PROTEJAM AS SUAS “PRAIAS”! O PALMEIRAS, AGORA, TEM UM PIRATA NO COMANDO DO ATAQUE!!

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Já perdi a conta de quantas vezes o Palmeiras teve chances de se aproximar dos líderes do campeonato e vacilou; de quantas vezes, por sua própria inoperância, jogou fora uma boa chance de vencer.

Ontem, foi para matar o torcedor de desgosto…

Jogamos melhor a partida toda, tivemos domínio do jogo e, por medo de atacar, quando em vantagem, e por inoperância no lance que decidiria a partida, perdemos dois preciosos pontos.

Felipão alega que o elenco é limitado. Eu concordo, faltam jogadores ao elenco. Mas o nosso presidente, torcedor do Chelsea que é, preocupado apenas em economizar, parece não estar nem aí para ganhar títulos. Mas já fala em reeleição…  Neste ponto Felipão tem razão, mas acho que nosso técnico se esquece que nesse limitado elenco,  muitas das pedras, das quais dizem que ele tira leite, foram bancadas por ele mesmo. Acho também que o cérebro de muitos jogadores nossos também é limitado. As táticas do nosso treinador também me parecem ser limitadas. Suas escolhas são limitadas. Nos desfizemos de Lincoln, mas seguramos Tinga; despachamos Pierre (que teve nota 7 atuando pelo Galo) e seguramos Rivaldo, João Vítor; não demos chances a W.Paulista e ficamos com Dinei… Não temos jogadas ensaiadas (eu não as reconheço), a não ser nas bolas paradas. E elas são tão iguais que raramente funcionam…

O Palmeiras abriu o placar com um belo gol de Fernandão, que a arbitragem anulou. Confesso que na hora não vi nadinha errado no lance e xinguei um bocado. Embora não jogássemos mal, a coisa não fluía, alguns jogadores não se achavam… Íamos bem até chegar na área adversária, ali a coisa complicava. Difícil para alguns jogadores nossos perceberem que, de azul, era o time adversário que jogava. Quantos passes errados, quantas tentativas de se chegar ao gol de Rafael, destruídas pela falta de raciocínio… O jogo feio, com poucos lances criados, não tinha emoção alguma, mas continuávamos confiantes, achando que nem que fosse por uma bola parada, sairíamos com a vitória. Pobre coração torcedor…

Eu seria injusta se não dissesse que Cicinho joga muito! Que se estivesse jogando num time daqueles que a imprensinha puxa o saco,  já estaria até na seleção; que o acho o melhor lateral direito do futebol brasileiro.  Se não dissesse que Henrique também é muito bom jogador; que Fernandão, que ainda está “chegando”, se entrosando, me agrada bastante.

Mas o Palmeiras, não criava quase nada – Continuo sem saber porquê Felipão não arrisca dar uma chance para Patrick Vieira. – Vivemos o primeiro tempo, de alguns pequenos momentos de entusiasmo. Um drible aqui, um toque mais bonitinho ali, um cruzamento mais perigoso acolá, um “quase”, não muito “quase”… E levamos um baita susto também, quando Anselmo Ramon, recebeu de Montillo, se antecipou à zaga e bateu. Juro que achei que foi San Genaro quem fez alguma coisa para aquela bola não entrar…

Veio a segunda etapa e o Palmeiras me pareceu ter voltado mais decidido. Assunção arriscou de longe, o goleiro rebateu; minutos depois, a bola sobrou para Luan, na área, chutar pro gol. Ela tocou num jogador do Cruzeiro e foi na rede pelo lado de fora. Aos 14′, cabeçada linda, cheia de estilo de Fernandão, que o goleiro espalmou. O time se acertava. A torcida, pequena, começava a se inflamar.

Aos 17′, Felipão trocou o sumido Patrik, pelo sempre “desaparecido” Tinga. O Palmeiras estava embalado em busca do seu gol. A torcida cantava, tentava empurrar. Parece que a gente pressente quando um gol está chegando. E ele veio! Depois de belo passe de Fernandão, Luan chutou, o goleiro espalmou e a bola sobrou, de novo, para Luan chutar forte e abrir o marcador. Festa nas arquibancadas. “Agora vai”, pensávamos todos nós.

Não demorou nadinha e Felipão tirou Fernandão (diria depois que ele pediu para sair) para a entrada de Ricardo Bueno. Não gostei nem um pouco. Quase sem criação, a não ser pelas belas jogadas de Cicinho na direita, o time vivia de bolas alçadas na área e, justo o alto Fernandão, é quem saía de campo, para entrar um baixinho? Tirasse então o Vinícius!

Mas o Palmeiras continuava buscando. Assunção quase fez de falta… Nós já contávamos com a vitória e sabíamos que alguns de nossos rivais perdiam seus jogos. Naquela tarde ensolarada, uma vitória serviria de bálsamo para o coração palestrino, tão machucado depois da derrota da partida anterior. Mas…

Nesse filme que assistimos há um bom tempo, sempre tem um mas… Felipão tirou o atacante Vinícius e colocou o volante João Vítor. (Mais tarde ele diria que Vinícius ‘não tinha mais pernas’. Estranho que um rapaz com 18/19 anos não tenha pernas para jogar 90 minutos). Fiquei me perguntando, qual a utilidade de se trocar um atacante por mais um volante quando temos uma vantagem tão magrinha? Qual o benefício de fazer com o que o time, que manda no jogo, perca ofensividade, facilitando a vida do adversário? Sei que lhe faltam peças, mas será que Felipão não se dá conta que é melhor perder uma partida, com um pouco de ousadia, tentando ganhá-la a qualquer custo, do que apenas fazer o meio termo e ficar no meio termo quanto às pretensões no campeonato? Que até os nossos jogadores parecem pensar pequeno e se conformam diante de resultados que deveriam ser inadmissíveis?

Eu quero, pelo menos, poder sonhar com títulos… Mas não porque sou uma sonhadora incorrigível; quero sonhos fundamentados em possibilidades reais.

E, no jogo, menos ofensivos, tendo convertido uma vez dentre inúmeras chances, deixamos que o Cruzeiro aproveitasse uma das poucas oportunidades que teve. Aos 40′, Montillo, após o vacilo de dois marcadores, empatou a partida. Que frustrante! Os torcedores olhavam uns para os outros sem entender como o time que jogou mais, deixava a vitória escapar…

Quando tudo parecia perdido, quando muitos torcedores já saíam do Pacaembu, João Vítor foi derrubado na área e o juiz apontou a marca da cal. Nós que sempre reclamamos a não marcação de muitos dos pênaltis que sofremos, comemorávamos felizes. Assunção seria o batedor. Eu achei bom. Afinal, se ele é quem tem mais habilidade para cobrar as faltas, não teria dificuldades em guardar de pênalti, sem barreira, só ele e o goleiro.

Mas que nada… Assunção que está no time pela habilidade com as bolas paradas, simplesmente desperdiçou a chance. Percebeu o goleiro pulando antes e bateu no meio. Rafael defendeu sem querer. Nunca mais vou me esquecer da fisionomia dos torcedores; daquele “não acredito no que vi” estampado nos olhos de cada um… Senti pena deles; senti pena de mim mesma, por ter que digerir mais uma frustração e não me conformei com o que vi, ou melhor, não vi…

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Ao descer as escadas, em direção à saída, eu tinha uma certeza, o Palmeiras não faz por merecer estar onde nós gostaríamos que ele estivesse…

Mas, como diz o ditado, enquanto há vida, há esperança… Muitos pontos estão em disputa e, teoricamente estamos há 2 vitórias e um empate do líder. Podemos consertar o que está errado. Teremos a volta do Mago (tomara que não seja grave a sua lesão), Thiago Heleno melhora bem da amigdalite, Kleber talvez jogue na próxima, Maikon Leite se recupera…

Muita água ainda vai passar embaixo dessa ponte, e queira Deus ela seja verde esmeralda…

FORÇA, PALMEIRAS! Não adianta pedir para o torcedor acreditar. Ele acredita até mesmo quando não têm motivos! Quem tem que acreditar são os que entram em campo!

Sábado à noite, e a ‘balada’ era no Canindé… Só a CBF mesmo para marcar um jogo no sábado, às 21h00, quando não existe nenhum motivo, além do interesse da televisão, para que a partida não seja mais cedo.

Chuva fina, que molhava demais, e a torcida chegando… Nosso time bipolar, que alterna partidas muito boas, com outras em que parece que algum fio se solta e o time inteiro fica de bobeira,vinha a campo com algumas ausências importantes: Márcio Araújo e Kleber. Sem contar W.Paulista que, de última hora, disseram estar se transferindo para o Grêmio.

O Canindé, onde o Palmeiras vinha defender seu 100% de aproveitamento e a permanência no G-4, tinha um bom público. Fiquei na bancada de sempre, atrás do banco do Palmeiras. E ela estava infestada de corneteiros. Deus me livre!! Cada um cismava com um jogador. E deveriam ser “greemlins”. Porque, com a água da chuva, pareciam se multiplicar. Cada hora aparecia um diferente. Ao meu lado esquerdo, greemlin pai e greemlin filho, dois marmanjos descontrolados que não viam nenhum jogador em campo, à exceção de Valdivia. E ai dele se fosse desarmado alguma vez. Tinha um outro que gritava o tempo todo, incansavelmente: “Abre, Gerley!” e, nas vezes em que Gerley, em sua opinião, abria, ele mudava de ideia:”Não abre, Gerley!”. Pobre Gerley… e pobres de nós que éramos obrigados a ouvir xingamentos até para Márcio Araújo, que nem estava jogando.

15′ de jogo, nossos corações ainda estavam distraídos quando Dinei recebeu falta de Leonardo Silva. Assunção foi para a cobrança e fez um golaço! Nos portais alguns dizem que foi na sorte, na transmissão Muller diz que o goleiro é que falhou, por estar adiantado. UMA OVA! Seja de propósito ou intencional, foi um golaço! Semelhante ao que Ronaldinho Gaúcho fez na Inglaterra na Copa de 2002. Um cala boca àqueles poucos que vivem pedindo a saída de Assunção e que, em meio à torcida, comemoraram sem pudor algum, a beleza de gol e a vantagem do Palmeiras na partida.

Estávamos comemorando quando Luan voltou a bola para um companheiro, mas errou o passe. Os jogadores do Galo aproveitaram o vacilo de Luan e o da zaga, pega de surpresa, e Michel Bastos, girando à frente de Cicinho, empatou a partida. Que bobeada a nossa! Os “greemlins” foram à loucura!! E cada um deles xingava um jogador diferente… Luan porque errou o passe, Gerley porque não pegou o passe do Luan; Cicinho porque estava na frente do Michel Bastos, Valdivia porque olhou, Deola porque respirou… Só por Deus!

Eu me mantinha tranquila, apesar da vontade de desintegrar os greemlins pai e filho. As oportunidades iam surgindo. Numa delas, Valdivia recebeu de Luan e chutou de fora da área, o goleiro bateu roupa, mas não apareceu ninguém de verde… Maikon Leite se enroscou com o jogador do Atlético, ambos caíram, nosso garoto levantou e chutou pro gol. A bola entrou, mas o árbitro assinalou falta de Maikon Leite. Deola, por sua vez, parava as investidas do time mineiro. Numa cabeçada quase à queima-roupa, ele fez uma defesa perfeita! Digna de São Marcos, e da escola de goleiros que ele representa.

Já nem chovia mais quando o Mago “dançou” à frente de Richarlyson e quase guardou o dele. A bola desviou e, mesmo assim, passou pertinho. Os dribles e os passes de Valdivia começavam a aparecer… A magia já se deixava antever… Não tenho como ver o Mago em campo e deixar de lembrar que, em muito boa parte, foram por seus pés, que veio o único título que comemorei nos últimos 11 anos; não posso deixar de lembrar que vieram dele as comemorações mais felizes, mais divertidas, o meu peito inflado de orgulho; que foi por causa de seu empenho e talento que nossos rivais se curvaram, forçadamente, diante do Palmeiras. Algumas pessoas se esquecem; eu jamais me esquecerei…

No intervalo, Pierre, que é banco, passava em frente à torcida, e ela, com saudade, começou a gritar o seu nome. Tão bonito… Felipão fica bravo com as reclamações, mas deixar Pierre como terceira opção, perdendo até para Chico, não dá para entender.

Na segunda etapa, o Palmeiras continuava esbarrando nas finalizações. Luan, ora mandava a bola na Marginal, ora na Porky’s… Ele lutava, aparecia em quase todos os setores do campo, mas fazia cada coisa feia! Maikon Leite não repetia a atuação das suas duas primeiras partidas. Além disso, escorregava muitas vezes. Me parecia que estava precisando de “pneus de chuva”. Mas, aos 16′, Assunção (ele de novo) levantou na área, a zaga rebateu e sobrou para Luan fuzilar o goleiro do Galo. O Canindé explodiu! Que maravilha! Fiquei feliz por Luan poder se redimir com o gol. Não demorou nadinha e Felipão sacou Maikon Leite e colocou Patrik em campo, avançando Valdivia para jogar mais à frente com Dinei que, apesar não ter ido mal no jogo, parecia um clone de si mesmo. Meio robotizado, sem vibração e, às vezes, alheio ao ‘pega prá capar’ da partida.

O Galo tentava e levava perigo, o Verdão também. Valdivia chutou de fora da área e o goleiro espalmou. Aos 33′, em outra tentativa verde, a zaga tirou de chutão e a bola foi cair com Gerley que, de costas, num passe lindo, lançou Luan. Ele avançou, entrou na área e cruzou rasteiro, para trás, na direção do Mago que entrava pelo meio. Dois defensores impediram o domínio de Valdivia e a bola sobrou para Patrik, que chutou no cantinho e guardou! Que festa!

De novo, nem deu tempo de comemorar… No minuto seguinte, numa vacilada nossa, os mineiros diminuíram com um gol de cabeça de Wesley. Momentos depois, reclamando de falta cometida sobre Dinei, Felipão acabou sendo expulso pelo nosso “velho conhecido”, o assistente Roberto Braatz, que tá sempre prestando “serviço” contra o Palmeiras. O futebol ainda vai acabar morrendo com tanta viadagem…

A partir daí, as coisas ficaram tensas. Com o jogo terminando, o juiz acrescentou mais 4 minutos. Ficamos “comendo as unhas”, mas o Palmeiras defendeu, desarmou, atacou, foi na garra e na vontade de seus jogadores. Cicinho e Assunção, ambos com febre de 40 graus, Valdivia que ainda não está totalmente recuperado, a zaga, e todo o time (à exceção do apático Dinei), redobraram a garra e fizeram o Palmeiras sair do Canindé (cada vez mais ‘nosso’) com mais uma vitória, encostando um pouco mais nos líderes.

Eu saí duplamente feliz da “balada”! Pela bela vitória do meu Palmeiras e por ver o Mago, jogar os 90 minutos, como há muito eu não via. E feliz também, saiu aquele bigodudo teimoso, turrão, briguento, lindo, que a gente adora, e que assistiu aos minutos finais pela janelinha do vestiário…

PODE COMEMORAR, FELIPÃO! O NOSSO PALMEIRAS GANHOU!

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Dizia a notícia na quinta-feira: “Sentado no banco de reservas, Valdivia chorou”. Que aperto no peito ler isso. Um momento tão feliz de todos nós e tinha que ter algo para toldar a nossa felicidade. Como é difícil acompanharmos a tristeza de alguém que amamos. Como se não bastasse termos sofrido com todos os dramas de Marcos, agora temos que ver nosso ídolo, normalmente tão sorridente, chorando por não conseguir jogar… Juro, sinto o meu coração doer, de verdade…

Eu tinha acordado às 4 da matina, na quarta-feira. Saira de casa enquanto o mundo ainda dormia; nas ruas, totalmente desertas, eu parecia um  personagem de um filme de ficção sobre um mundo sem habitantes. Durante o trajeto, foram aparecendo as pessoas e os ônibus que, enfurecidos, avançavam em meio à escuridão, com seus letreiros acesos. Pareciam contrariados por carregar tanta gente quando ainda deveria ser hora de dormir.

Eu tinha tantas coisas para pensar, mas à toda hora me lembrava que à noite teria jogo do Palmeiras, valendo vaga na semifinal da Sulamericana. Não queria me sentir ansiosa mas, àquela hora da manhã, já tinha “borboletas no estômago”…E como foi difícil esperar o dia passar. Por ter me levantado tão cedo, o dia me pareceu ainda mais longo. Nem mesmo todas aquelas crianças e as provas que ajudariam a avaliar a qualidade do Ensino Fundamental nas escolas de São Paulo, me faziam esquecer que era dia de jogo entre Palmeiras e Galo; o jogo da volta. Mal podia esperar o momento de chegar ao Pacaembu e ver o Verdão em campo. Verdão que tinha o Mago entre os relacionados. Imaginem se eu iria perder… Uma terceira camisa, novinha em folha, dormia quietinha na minha bolsa, só esperando o momento de ser vestida.

As horas custavam a passar… Será que iríamos vencer? Será que o juiz não nos roubaria desta vez? Será que o Mago conseguiria jogar a partida toda? Quantas perguntas eu me fiz o dia todo.  Só que as horas, teimosas, como se fizessem de propósito, se arrastavam. Mas elas acabaram vencidas e o momento de ir ao Pacaembu chegou. Enquanto me dirigia ao estádio a tensão aumentava.  Felipão pedira 25 mil torcedores, mas a torcida, desobediente e apaixonada, resolveu que seria mais de 35 mil. Recorde de público do Verdão neste ano. Depois de um dia de muito sol, o frio tomava conta da cidade e, antes do jogo começar, uma chuva fina já descia do céu. Mas quem é que se importava? Os amigos iam se encontrando, se abraçavam e, sorrindo, faziam planos, arriscavam palpites, numa felicidade que antecipava o resultado do jogo.

Quando o Palmeiras entrou em campo foi recebido pela festa e euforia da Que Canta e Vibra.  Lindo! E o time esbanjou raça e vontade, correspondendo à energia que vinha das arquibancadas! E foi prá cima do Galo que, com seus três zagueiros, conseguia conter a ofensividade do Verdão. Em 20 minutos tivemos 10 finalizações e a cada uma delas o Pacaembu (com o coração doendo, desde os 9 minutos de jogo) se preparava para explodir. Os jogadores palestrinos vibravam a cada lance de bola roubada, de desarme. Ainda que a técnica deixasse a desejar algumas vezes, o time era raça pura! E o Palmeiras é quem buscava e ditava o ritmo da partida. E tanto buscou que, aos 26′, Marcos Assunção, “esnobe”, predestinado, cobrou escanteio fechado na primeira trave e fez olímpico!! O PACAEMBU EXPLODIU EM VERDE E BRANCO!! A semifinal estava mais perto. Os torcedores, molhados pela chuva, pulavam, se abraçavam… O Palmeiras chegando…E esse Assunção, hein? Já é uma sumidade nas cobranças de falta e agora tá fazendo até gol olímpico? E eu, lá nas cadeiras, pensando que o gol tinha sido do Luan…

No segundo tempo, o Galo resolveu tentar mais. Em alguns momentos o Palmeiras parecia se manter acuado. Mas quem é que não lembra daquele time campeão de Felipão? Quem é que não lembra da maneira dele jogar? Nosso técnico, não está preocupado com espetáculo, com goleada. Não! Ele é mestre em conseguir resultados!! A torcida, conhecedora do trabalho dele, mesmo com o coração entristecido e doendo desde os 9 minutos, fazia a sua parte! Empurrava o time, marcava em cima o juiz e o time adversário. O Galo, querendo o gol que levaria o jogo à decisão por pênaltis, veio prá cima, mas deu de cara com a consistente defesa que ninguém passa; deu de cara com Deola, Danilo, Maurício Ramos, Edinho (que cara chato! ainda bem que joga no meu time… rsrs); deu de cara com Luan, que pode não ser ainda o atacante dos nossos sonhos, mas já é imprescindível ao time. Ajuda Gabriel(como joga esse garoto!) na esquerda, ajuda a zaga, corre o campo inteiro, durante o jogo todo e ainda faz gol. Tá certo que o Galo nos assustou em duas bolas que passaram raspando, mas saiu do jogo sem conseguir vencer Deola e a parede verde. E ainda teve que se virar para conter os avanços de Lincoln, Kleber, Tinga, Luan, e até de Márcio Araújo, algumas vezes.

E para selar a partida; para “matar” o Galo, de vez, e conquistar a vaga à semifinal da Sulamericana, aos 33′, numa jogada rápida, Tinga puxou o contra-ataque pela direita e tocou para Lincoln, no meio. Ele tocou na esquerda para Luan, já dentro da área, chutar cruzado e guardar!! A TORCIDA ENLOUQUECEU! A FESTA NO CHIQUEIRO, EXPLODIU DE VEZ!!  O PALMEIRAS ESTAVA CLASSIFICADO! Ia esperar o confronto entre Goiás e Avaí para conhecer seu próximo adversário (será o Goiás). A torcida , rouca e molhada, já podia voltar para casa e dormir tranquila, feliz…

Teria sido tudo maravilhosamente perfeito se, no comecinho da partida, aos 9 minutos, numa jogada de velocidade, que quase resultou em gol do Palmeiras, Valdívia não tivesse sentido a coxa, outra vez… A terceira vez seguida! Foi por isso que o coração palestrino doeu o jogo todo. Aquele pequeno gesto de colocar a mão na perna, gelou o torcedor no Pacaembu. Eu não podia acreditar que o Mago, que treinara normalmente na terça, segundo disseram, não tivesse conseguido jogar nem 10 minutos. Rezei tanto, pedi tanto a Deus que lhe enviasse ajuda naquele momento e não consegui conter as lágrimas diante da tristeza do meu ídolo e das suas tentativas de se alongar e continuar jogando. Os torcedores, mudos, se entendiam apenas pelo olhar.  Uma névoa de  dúvida e receio pairou no Pacaembu. A dor e a tristeza do Mago eram de todos nós. Poucas vezes me senti tão triste… Ainda agora, ao escrever, não consigo conter as lágrimas, ao me lembrar dele saindo de campo, aos 15′, triste, cabisbaixo, se sentindo derrotado por uma lesão… Logo ele, que é a encarnação da alegria… E, como se fosse um afago, um carinho, a torcida gritava seu nome.  Que revolta me deu! Enquanto tem jogador badalado pela imprensinha, que joga uma partida, “descansa” trinta e ainda reclama do tédio da concentração, lá no banco do Palmeiras a magia chorava por não poder estar em campo…

Tenha paciência, Mago. A vida de um “parmera” nunca é fácil, e como você é palestrino de coração, não poderia ser diferente. Talvez os dois anos em que esteve fora e a preparação física lá dos Emirados sejam responsáveis por esse drama que você vive agora. Talvez nosso Depto Médico, tenha errado em alguma coisa. Não sei…  Só sei que vai dar tudo certo, acredite ! Nosso amor vai te curar, Valdivia! Você é um guerreiro e a sua volta por cima se dará em breve e SERÁ OLÍMPICA!! Valdivia, Felipão e Kleber, voltaram para ser campeões, e vão ser!! VAMOS CONQUISTAR ESSA PORRA E VOCÊ MAGO, VAI ESTAR EM CAMPO E FARÁ O GOL DO TÍTULO!

Estamos na subida final do ponteiro do relógio e na subida é mais difícil. FORZA VALDIVIA!! FORZA PALMEIRAS!! TEMOS UM TÍTULO  A CONQUISTAR!

Parece que as coisas começam a caminhar muito bem para o Palmeiras dentro das quatro linhas… Lá no Palestra a gente sabe a “confa” que está… Mas deixa prá lá, porque eu quero é falar de coisa boa. Quero falar da Arena Barueri em festa, para receber o Palmeiras, do meu time jogando bem,  fazendo gols, dando chapéu… Quero falar da torcida gritando “Olé” ao final do jogo… MARAVILHOSO!!

Não era um jogo qualquer, com um adversário qualquer… Quem veio à São Paulo foi o Internacional/RS,  Campeão da Libertadores. E só deu Palmeiras nos 90 minutos! Parece que, finalmente, Felipão achou o time! E o time parece que “achou” Felipão. O trabalho começa a dar resultados, já estamos errando menos, acertando mais passes, disputando mais a bola no campo do adversário… Hoje o Palmeiras é um time que sabe valorizar mais a posse de bola, tá mais com cara de “grupo”, e joga com uma vontade e disposição enormes. Claro que ainda temos alguns pontos a melhorar, mas eles virão a seu tempo. Tomara venha também um bom centroavante, né? O importante é que o time já está com o “jeitão Felipão” com o qual tanto sonhamos desde que a sua contratação foi anunciada.

Desde o começo da partida, o Palmeiras não deu chances para o ataque colorado, graças aos quatro volantes de origem que Felipão mandara a campo. A rigor, o time gaúcho teve apenas um grande momento, na primeira etapa, que o competente Deola, salvou. Mas, desde o início de jogo, as iniciativas eram do Palmeiras. Como Valdivia estava mais à frente, com Kleber, Tinga ganhava mais liberdade pelo meio e, por ser bastante habilidoso, criou vários lances perigosos. Sem contar que, driblou, lançou, tocou no meio das canetas, deu chapéu… Jogadas deliciosas de se ver!

Eu poderia dizer aqui que Marcos Assunção foi quem decidiu a partida com seus dois golaços de falta, mas eu seria injusta com o que jogou o time todo para que essas oportunidades aparecessem. Gabriel, por exemplo, foi quem roubou a bola, avançou e sofreu a falta que, aos 11′ Marcos Assunção cobrou com aquela baita competência que já conhecemos. Da intermediária direto para o gol do Inter! Que maravilha! A torcida (12 mil pagantes) que nunca para de cantar, explodiu! A superioridade palestrina em campo recebia seu prêmio. UM GOLAÇO DE ASSUNÇÃO! Já perdi a conta de quantos ele fez, desde que aqui chegou… E foi sair o gol que a chuva desceu sobre Barueri. Mas qual foi o palestrino que se importou? A Que Canta e Vibra queria festejar!

Prá variar, Kleber apanhava o jogo todo, com a complacência do juiz. Como único atacante no time, ele recebe marcação maciça em todos as partidas. Haja vigor!!  E ele foi devidamente acompanhado nas botinadas por Valdivia. O chileno levou muita porrada fora do lance de bola. Como eu nunca deixo de acompanhar meu ídolo, pude ver todas elas. Que raiva! Mas o Mago jogou demais! E se doou ao extremo! Quantas vezes ele parava para amarrar as chuteiras apenas para dar uma respirada e logo a seguir sair entortanto meio mundo, desarmando do jeito que dava! (foram 11 desarmes) Tava com “sangue no zóio” o nosso camisa 10!  Já repararam que a cada jogo a gente diz: “Foi a melhor partida de Valdivia desde que chegou?” rsrs Isso se chama superação! A admiração e o respeito que tenho por ele, aumentaram ainda mais.  Mas o Palmeiras todo jogou muito bem! Deola, Vítor, Edinho, Danilo, Maurício Ramos, Assunção, Tinga, Gabriel, o motorzinho incansável Márcio Araújo, Kleber lutando os 90 minutos com os “delicados” jogadores gaúchos… Isso é coisa do Felipão que conseguiu encontrar a vontade de vencer dos nossos atletas.

Na segunda etapa o Palmeiras voltou com a postura do primeiro tempo, era o mais aguerrido, tinha mais posse de bola. E tinha o especialista Marcos Assunção!! Aos 13′, depois da falta sofrida por Kleber, ele cobrou outra falta da meia esquerda e, de novo guardou! Valdivia quase conseguiu tocar de cabeça. Mas a bola quicou e Renan levou mais um! Tava liquidada a fatura. O Inter sentiu os 2 x 0  e foi perdendo as forças. Uns minutos após o gol, Valdivia passou por SEIS jogadores do Inter e tocou para Kleber, sozinho, chutar por cima.  Que jogada do Mago!!! Ao Palmeiras cabia apenas manter o domínio da partida.  Tinga saiu machucado e deu lugar à Rivaldo. Senhor da partida, o Palmeiras foi diminuindo o ritmo, aos poucos, para esperar o apito do juiz. A torcida gritava “olé!”. Ô coisa boa!! Aos 40′, Kleber fez uma linda jogada individual, cortou prá cá, cortou prá lá, e quase marcou um gol de placa. Muito marcado, chutou em cima do goleiro Renan. Uma pena ele não ter visto Valdivia, sozinho e sem marcação, ao lado… Aos 42′,  Lincoln (muito pedido pela torcida), entrou em lugar de Márcio Araújo; aos 44′, foi a vez de Pierre entrar no lugar do Mago, que, para minha alegria e emoção, saiu aplaudidíssimo sob os gritos de: “EÔ EÔ, O VALDIVIA É UM TERROR!”  Meu coração nem cabia no peito de tanta alegria.

Enfim, foi uma noite perfeita! Belluzzo, mais uma vez, teve uma noite feliz. Nós saímos molhados, roucos, e absurdamente felizes. A torcida cantava pelas ruas… O Palmeiras que estamos vendo voltar, é aquele nosso velho conhecido, o Campeão da América de 1999…

Forza, Verdão! Agora vêm aí as foquinhas amestradas do Neymar F.C. É jogo fora de casa, outra vez… PRÁ CIMA DELAS, PALMEIRAS!!!

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Eu quis me poupar de escrever sobre o jogo diante do Atlético/Go e ao leitor de ter que ler sobre algo tão desagradável, mas agora, ao escrever sobre a partida diante do Galo, percebo que não dá para fazer de conta que aquela partida não aconteceu…

Era dia de festa no coração do palestrino; 96 anos de vida do nosso amado Palmeiras. Só esqueceram de avisar à maioria dos jogadores. Diante de um adversário fraco, na zona de rebaixamento, o Palmeiras conseguiu a proeza de ser mais fraco ainda. Sem Kleber e Marcos Assunção; com atuações fraquíssimas de Luan, Rivaldo, Patrick (que entrou no segundo tempo) e Tadeu,o Palmeiras nada pode fazer. Tinga e Valdivia (ainda sem ritmo) bem que tentaram; o Mago deu bons passes, um deles perfeito, que  Rivaldo (muuuito genérico) tratou de desperdiçar.

Nas arquibancadas o torcedor não acreditava ao ver os gols do Atlético serem marcados. O primeiro, de pênalti (achei que não foi); o segundo, num vacilo da zaga, e o terceiro (aos 37 do segundo tempo), para matar o jogo de vez, depois de uma troca de passes que, de novo, a defesa verde não soube evitar. E todos do mesmo jogador: Elias. Por pura deficiência do Palmeiras, a Atlético conseguiu dar um banho de bola e jogar água nas velinhas do bolo palmeirense. E o Verdão, inerte, apático, não esboçava reação alguma… Prá você ter uma ideia, o que de melhor aconteceu na partida, foi o Palmeiras mandar o fair play às favas e, por duas vezes, não devolver a posse de bola aos goianos. que caíam de “maduros”, próximos à linha lateral (o árbitro Evandro Rogério Roman permitia que, a vinte centímetros da linha, o jogador fosse atendido dentro de campo) e aí um companheiro vinha e chutava a bola pará fora, esperando que o Palmeiras a devolvesse em sinal de fair-play. FAIR-PLAY É A PQP!!!

E assim foi a nossa noite aniversário… E, nos perguntando onde estava aquele time valente que tínhamos visto enfrentar o Vitória, fomos dormir decepcionados, tristes e aborrecidos com a pior partida do Palmeiras no ano e aquele indigesto  resultado de 3 x 0…

Mas como sempre nasce o dia depois de uma noite escura, chegou o domingo e lá foi o Palmeiras enfrentar mais um Atlético; dessa vez, era o de Minas. E esse “bolo” tinha umas cerejas a mais… Luxemburgo e Diego Souza! Desafetos da torcida verde. Uma vitória teria um sabor especial para o torcedor palestrino.

O Galo, lutando contra o rebaixamento, e o Palmeiras, de verde-limão, querendo “esquecer” a péssima atuação da rodada anterior, entraram com esquemas bem distintos. Luxemburgo veio num 4-4-2 ofensivo, e Felipão, tendo a volta do Gladiador, de Marcos Assunção e de Pierre, colocou o time no 3-6-1, com cinco volantes de origem no meio de campo, numa clara demonstração de que o mais importante seria não tomar gols. A partida teve início e já nos primeiros minutos, Valdivia voltava a viver a mesma situação de sua passagem anterior, era caçado em campo, com as bençãos do juiz!! Os comentaristas (principalmente os do PFC), na mesma estupidez de sempre, diziam que ele… caía!! CAÍA, PORQUE ERA DERRUBADO!! O juiz não expulsou Rever (Mendez também), antes dos primeiros 10 minutos, porque não quis! Na falta desleal em cima do Mago, Marcelo de Lima Henrique, preferiu dar amarelo e ‘esquecer’ de dar o segundo, a cada falta cometida no restante da partida. Felipão, que anda sendo perseguido pelas arbitragens, nem podia reclamar com o rigor necessário.

Com 3 zagueiros, o Verdão (que já tinha levado uma bola na trave) fazia uma partida bem melhor, mas perdíamos muitos gols. Aos 24′, passe lindo do Mago para Kleber; ele invadiu a área, driblou Fábio Costa, mas tocou fraco pro gol, dando tempo para o zagueiro Rever salvar em cima da linha. Faltou pouco!! Aos 32′, numa jogada rápida de contra-ataque, Valdivia preparou o chute para o gol, mas foi desarmardo.  Aos 35′, Valdivia lançou Kleber na área, mas ele perdeu o ângulo,
e tocou no meio; Assunção chegou batendo, mas mandou prá fora! A dupla Kleber e Mago mostrando que vai dar trabalho…  Aos 42′, perdemos o gol mais “feito”, até então. Marcos Assunção (fazendo grande partida) cobrou escanteio com efeito; a bola sobrou para Fabrício, sem defesa e sem goleiro, fazer o mais difícil e mandar prá fora. Não se pode perder gols assim! Apesar de não jogar um futebol “daqueles”, o Palmeiras tinha um bom desempenho e, à essa altura da partida, Valdivia  sofria a sua 8.976.354.675ª falta. O Galo fazia rodízio em cima do Mago! Na TV deu para escutar LuxPoker gritando a um jogador seu: “Você pega o Valdivia!”

No segundo tempo, o Galo voltou com Serginho no lugar de Mendez. E foi ele que, aos 7′, enfiou a bola para Neto Berola tocar na saída de Marcos. Por essa, a gente não esperava… E nem com os momentos de instabilidade que o Palmeiras apresentou, após o gol sofrido. Quase tomamos o segundo, que susto! Prá piorar, o Mago sentiu a coxa. Felipão então fez duas substituições, Luan e
Tinga, nos lugares de Fabrício e Valdivia. Ai meu San Genaro, tava na hora das coisas começarem a dar certo para o Verdao.  Tínhamos que empatar e virar, pô!!

Aos 22′, Kleber dominou e tocou para Luan chutar forte, cruzado. Fábio Costa largou e Marcos Assunção, rápido, apareceu no rebote… GOOOOOOL DO PALMEIRAS!! Uffa! Que alívio! Estávamos vivos no jogo! Tínhamos que buscar a virada! Aos 27′, por pouco ela não veio no chute forte de Kleber, após belo lançamento de Marcos Assunção. Fábio Costa de joelho, mandou prá escanteio. Aos 28′, Diego Souza foi substituído por Luxpoker e só então eu percebi que ele estava no jogo rsrs. O Palmeiras queria o segundo gol. E se a dupla Kleber e Marcos Assunção estava fazendo a diferença, tinha ser ela quem decidiria a partida! Aos 31′, Kleber fez uma bela jogada, entrou na área e, marcado, tocou para trás para Assunção; ele devolveu pro Gladiador que meteu nas canetas de Fábio Costa!! Golaço!! VIRADA DO VERDÃO!!! Mais uma vez Luxemburgo seria derrotado por Felipão. TCHUUUPA, MALEDETO!!! ESSE “SORVETINHO” É DE LIMÃO!! hahaha A torcida palestrina aproveitava a ocasião para “alfinetar” Luxemburgo: “ÃO ÃO ÃO, SEGUNDA DIVISÃO”…

O Palmeiras subiu na tabela e agora vai enfrentar o Fluminense. Meu Verdão, que às vezes  vacila e facilita a vida dos pequenos, SABE BEM O QUE VEM PELA FRENTE quando tem que enfrentar um time grande e costuma jogar muito. Vê aí, Muricy, um time que tem Marcos, Valdivia, Kleber, Assunção, Danilo, Pierre, Tinga… e Felipão no comando, não pode ser subestimado jamais!

BOOOORA, PARMERA, VAMOS CAÇAR O LÍDER!!!

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