NADA COMO UM JULGAMENTO ATRÁS DO OUTRO…

“Os homens que não se rendem às verdades mais evidentes, não são homens, são pedras” – Voltaire

Ganhar ou perder um jogo, um campeonato, faz parte da disputa. O que não faz parte mesmo é a sacanagem, a mutreta, a armação, o “direcionar um título” para um determinado “colo”… e nada como o tempo, e um novo acontecimento,  para dar novas luzes à uma sujeira que está fazendo aniversário, não é mesmo?

Você lembra da final do Paulistão 2018, certo? Lembra da primeira final, lá no Esmolão. Lembra que o Palmeiras vencia por 1 x 0, quando num ataque palmeirense, Willian e Borja sairiam na cara do Cássio, e  a arbitragem inventou um impedimento e parou a jogada, impedindo o Palmeiras de, muito provavelmente, fazer 2 x 0.

Lembra – claro que lembra – que na segunda partida, no Allianz,  um pênalti de Ralf em Borja foi ignorado pela arbitragem, que um toque de mão de Henrique, na área, também foi ignorado, e que a marcação de um pênalti, muito pênalti, em Dudu, que o árbitro marcou com toda a convicção, foi desmarcada depois de 8 minutos de paralisação, de muita reclamação por parte dos jogadores adversários, de muita conversa suspeita – de gente que nem poderia estar no campo conversando com quem quer que fosse -,  e de muita interferência externa (com uso de celular também), até mesmo por pessoas da Federação Paulista, não é mesmo?

O Palmeiras  tinha muitas provas de que ocorrera muita interferência externa para convencer/induzir o árbitro a desmarcar o pênalti – o árbitro tinha certeza do pênalti quando o marcou e afirmou isso até mesmo no tribunal depois (tinha certeza e mudou mansamente de ideia?).  E o que aconteceu? Nada. Vilanizaram o Palmeiras, a vítima da armação (ele ficou meses reclamando da interferência externa – proibida pela FIFA), ironizaram as suas reclamações; a Federação Paulista e o TJD ignoraram as suas muitas e inquestionáveis provas (a imprensinha os ajudou nisso como pôde)…  o presidente do tribunal disse que “aqui ninguém vai ganhar no grito”… a imprensinha dizia que era “chororô”, que “não dava para saber o que eles conversavam”… enfim, foi uma maracutaia tamanho gigante…  e muito escandalosa, sem que fosse tomada providência alguma por parte dos responsáveis pelo futebol. (https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2018/04/paulistao-2018-o-mecanismo/)

E não é que, agora, quase um ano depois da final do Paulistão, no jogo entre Aparecidense e Ponte Preta, pela primeira fase da Copa do Brasil, um gol da Ponte Preta (que perdia por 1 x 0) foi anulado graças à interferência externa (a questão não é se o gol foi legal ou não, e sim como foi feita a anulação do mesmo). Um delegado foi conversar com o quarto árbitro, as imagens mostraram isso, a Ponte reclamou, recorreu, nenhum representante da Justiça Desportiva disse que “ela queria ganhar no grito”, a imprensinha não chamou a reclamação do clube de “chororô”, nenhum jornalista  disse que “não seria possível saber o que o delegado conversava com a pessoa da arbitragem”… “era direito da Ponte”, diziam todos, e, em questão de dez dias, fizeram o que tinha que ser feito num caso como esse, aconteceu um julgamento no STJD e o jogo entre Ponte e Aparecidense foi anulado.

…………………….

Agora, ficou claro, ficou desenhado que a mutreta na final do Paulistão era mesmo uma armação e de interesse da Federação Paulista de Futebol e do TJD (se, mesmo sendo proibida a interferência externa, eles não tomaram providência alguma a esse respeito, e fizeram exatamente o contrário do que deveriam ter feito, devem ter gostado do que aconteceu)… não é?

O Palmeiras tinha muito mais provas da interferência externa, tinha as imagens das câmeras do Allianz, contratou até a Kroll para ajudá-lo a provar. Mas, pela reação e (falta de) atitude da Federação Paulista de Futebol e do TJD, pelo jeito q ficaram tão bravinhos com o Palmeiras por ele “ousar” se indignar e se posicionar publicamente contra a tramoia que sofreu, por terem ignorado as provas que ele apresentou e terem feito-as parecerem menos substanciais do que realmente eram, por terem ignorado as contradições todas, as mentiras ditas (as imagens mostravam a verdade), pelo julgamento mandrake que o Tribunal de Justiça (?) Desportiva levou a cabo, ficou claro que o resultado fabricado ali, na final do Paulistão 2018, era de interesse deles todos.

E, agora, enquanto a imprensinha comemora a correta e justa anulação do jogo Aparecidense x Ponte, enquanto ela valoriza o “antes tarde do que nunca” de se fazer valer as regras, de se respeitar a proibição da FIFA à interferência externa, é preciso que nos perguntemos: Por que SÓ AGORA resolveram fazer justiça, ou seja, cumprir as regras? Por que insistiram tanto (até mesmo a imprensa insistiu) em ignorar as provas todas em outra ocasião muito mais importante – uma final de campeonato?

O tempo acabou  revelando o que já sabíamos, e o que alguns tanto quiseram esconder, afinal, o “antes tarde do que nunca” do tribunal só veio mostrar que o Palmeiras sempre esteve certo, que ele foi sacaneado na final do Paulistão 2018, que ignorarem as provas todas do Palmeiras fez parte de daquela picaretagem (filmada e fotografada)… o “antes tarde do que nunca” veio nos dar a certeza que federação e tribunal fecharam os olhos à determinação da Fifa porque quiseram. Afinal, a Justiça Desportiva não pode agir/julgar de maneira seletiva e fazer com que a proibição da FIFA seja respeitada só quando ela, a justiça, bem entender… a interferência externa é proibida em todos os campeonatos e não só na Copa do Brasil.

Nada como um julgamento atrás do outro…

 

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