“MALA-BRANCA”? O PERIGO É A “MALA-PRETA”

“Pra quem é especialista em mala-preta, mala-branca é fichinha”. – Napoleão Bonaparte

No dia seguinte à partida entre Palmeiras e Cruzeiro, a pauta da maioria das notícias esportivas era mala-branca que o Lava Jato teria enviado para as marias antes do jogo. Se o Cruzeiro, que tomou três gols e cometeu dois pênaltis, recebeu um “in$entivo”, é impossível não ficarmos imaginando… o que será que recebeu o Heber, que anulou gol legal de Borja, deixou de marcar duas penalidades, tirou dois pontos do Palmeiras e fez o resultado do jogo?

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Então… Cinco agentes, ou assessores, diferentes, de cinco jogadores diferentes, confirmando que houve mala-branca e que o valor foi de R$ 500 mil… Com tanta gente confirmando, como acreditar nos desmentidos que vieram depois?

E que medo é esse que o Lava Jato tá sentindo do Palmeiras? Mesmo com muitos pontos à frente, e todas as chances de ser campeão, mesmo na pindaíba, sem pagar as “prestassaum” da impressora, sem pagar salários para alguns atletas, acharam que precisavam de uma ajuda extra e deram um jeito de pagar mala-branca. Ah, esse “Esquema Crefisa”… de emprestar dinheiro para negativados…

E, com mala-branca ou sem ela, o diferencial no empate do Palmeiras com o Cruzeiro não foi o Cruzeiro, foi o… árbitro. Ele interferiu diretamente no resultado da partida – será que era o Heber que estava dentro da tal “mala”?

Ainnn, mas o Palmeiras perdeu gol feito… Ainnn, o zagueiro fez gol contra…

Todos os times têm jogadores mais talentosos, jogadores menos talentosos, jogadores sem talento algum, e todos eles – uns mais, outros menos -, perdem gols feitos e fazem bobagens em campo uma vez ou outra…. isso faz parte do curriculum de qualquer jogador e de qualquer time do mundo. O que não faz parte do futebol, ou melhor, não deveria fazer de jeito nenhum – se a CBF fosse séria, não seria essa baderna aqui -, o que é totalmente contra as regras, é um juiz decidir o resultado de uma partida, decidir campeonatos e isso ficar na conta do “erro” – Marcelo de Lima Henrique, em 2014, decidiu um campeonato para o Flamengo, o seu time de coração, validando um gol absurdamente impedido de Márcio Araújo, e ninguém tomou providência alguma. Ao que parece, a CBF não presta atenção a isso, ou, quem sabe, é isso mesmo que ela quer que aconteça. Heber, o mais recente exemplo, fez o resultado do jogo no Allianz,  surrupiou dois pontos de um time que disputa o título do brasileirão, e, mesmo assim, já foi “sorteado” para um jogo na rodada seguinte.

E aí a gente lembra do juiz, que expulsou o Gabriel(Cor) por engano,  chorando na TV, se lamentando e se desculpando pelo erro cometido (ele sabia que ia se complicar errando naquele jogo e para aquele time, não é?), a gente lembra dele sendo punido também… lembramos do erro do árbitro, contrariando o que diz a regra, sendo consertado pelo tribunal no dia seguinte…

Colocar tantos holofotes na tal mala-branca agora, deu a impressão de ser apenas uma tentativa de se tirar o foco do que houve no jogo do Allianz, mas não adianta, todo mundo sabe… a “mala-branca” lava jato era/é mala-Fifa, de couro careca, modelo “manipulação de resultados 2005”, e já vem com apito.

Mas eu não acho que seja o fim do mundo a tal mala-branca. Pra mim, ela apenas significa que o time que está pagando não se garante muito na bola. Entrar em campo para ganhar, é, ou deveria ser, o objetivo de todos os times e  jogadores. A mala-preta é muito pior, é criminosa, e tem time que “viaja” com ela pelos campeonatos todos… e leva até na “mão”.

No entanto, agora, não podemos deixar de observar algumas outras coisas também…

Lembra quando Prass, já defendendo o Palmeiras, afirmou que, há alguns anos, quando defendia um outro clube, os jogadores desse clube – ele também – receberam mala-branca? Lembra da repercussão que teve? E do tanto que a imprensinha martelou o assunto? Lembra que, na época (há uns dois anos apenas) era totalmente ilegal receber um incentivo para ganhar um jogo? Prass passou a ser o ‘bandido’ da vez… O procurador rapidinho avisou que ia denunciar Prass, e as notícias falavam em até 720 dias de suspensão pra ele… falavam em eliminação, em caso de reincidência.

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Então,  receber incentivo para vencer é passível de punição (pagar o incentivo pode?), mas parece que agora não é mais… Você viu alguém do tribunal querendo denunciar jogadores do Cruzeiro? Ouviu falar sobre alguém querendo investigar as informações de cruzeirenses comemorando a mala-branca?  Viu algum portal afirmar que a mala-branca não é ilegal, como o UOL fez agora? Não, né?

Na época em que a coisa era com o Prass, tinha um artigo do CBJD para enquadrá-lo… Será que esse artigo deixou de existir?

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A vontade e disposição do tribunal de denunciar jogadores são seletivas, têm dois pesos e duas medidas… sempre. E a vontade da imprensa de dar luzes, ou tirar as luzes de um fato, também é seletiva, e depende muito da conveniência, do clube que ela vai ajudar ou prejudicar… Não vai dar nada para os jogadores do Cruzeiro, nem ameaçados de denúncia eles serão – e isso me parece correto. Todo aquele exagero na época da declaração do Prass, todo aquele terror pra cima do atleta, a vontade de enquadrá-lo no tal artigo, era só porque era o Prass, jogador do…  Palmeiras. Ficou claro isso agora, não é mesmo?

O “pulo do gato” nessa história toda  era distrair as pessoas, amenizar o dano que Heber Roberto Lopes causou ao Palmeiras… Enquanto todos falavam da mala-branca, enquanto comparavam a maneira de agir da imprensa em relação ao  que Prass declarou há dois ou três anos, com a maneira que ela age agora em relação aos jogadores do Cruzeiro, o Heber, o picareta que produziu o empate no jogo do Allianz, foi esquecido, não foi cobrado… saiu de foco… os “erros” cometidos por ele deixaram de ser mostrados, não foram mais comentados… e ficou parecendo que eles nem existiram… ficou parecendo que ninguém percebeu que ele garfou dois pontos do Palmeiras.

O Palmeiras que tome muito cuidado no Derby… O perigo é a “mala-preta”. Depois, não adiantará reclamar… e a imprensinha certamente tratará de escurecer todos os “erros”, tirá-los da visão do torcedor… se eles forem prejudiciais ao Palmeiras, claro.

 

 

 

5 comentários

  1. Infelizmente este texto já está desatualizado. Já aconteceu coisa pior.
    Dois jogos onde o Palmeiras poderia alcançar a liderança e foi operado. Teria sido coincidência ou determinação superior?

    1. Então, quem não sabia o que aconteceria no derby, Marco? Acho que só a nossa diretoria, mansinha, boboca, não sabia. Isso foi desenhado no jogo contra as Marias, quando o Palmeiras foi assaltado pelo Heber, o árbitro torcedor do rival (por que será que ele foi o “sorteado”?); foi desenhado no jogo do Lava Jato contra o Vasco, quando uma agressão no Rodrigo ficou impune…
      Só não entendeu quem não quis. Um gol impedido, um pênalti mandrake + dois jogadores que deveriam ter sido expulsos ()Jadson e Gabriel), e não foram, fizeram a diferença ontem. Com uma arbitragem séria, qual teria sido o placar?
      Teríamos que ser muito tolinhos para acreditarmos em coincidência. 😉

      Vou ver se consigo postar sobre o derby ainda hoje.

  2. Muitos palmeirenses ficaram enganados em relação ao Sr. Daronco por causa da Copa do Brasil de 2015, que vencemos, mas não se lembram do que aconteceu no segundo jogo contra o Fluminense.

    Penalidade marcada em cima do Gabriel Jesus
    Quem marcou foi o auxiliar e o Daronco teve que confirmar. O zagueiro do Fluminense deveria ter sido expulso pela infração em situação clara de gol e não foi.

    Penalidade não marcada sobre Lucas Barrios
    Outra infração cometida em situação clara de gol, dentro da pequena área.

    Temos que lembrar também que esses dois erros capitais poderiam tirar o Palmeiras da final da Copa do Brasil caso o Fernando Prass não tivesse feito uma defesa milagrosa nos últimos minutos de jogo.

    Essa segunda partida foi marcada por forte pressão sobre a arbitragem por parte do presidente do Fluminense e com ajuda da imprensa. Foram ajudados no primeiro jogo (não expulsão do lateral direito – agressão ao Prass – e gol mal anulado do Amaral) e reclamaram de uma penalidade onde o Zé Roberto foi deslocado no ar.

    Lembrando também que em 2014 esse árbitro foi alvo de uma reclamação oficial do Palmeiras devido a péssima arbitragem no jogo Palmeiras 2 x 2 Flamengo (Basta procurar na internet e ver os registros dessa partida e a reclamação palmeirense).

  3. Tânia, também tinha certeza que no clássico algo iria acontecer… é aconteceu… Até hj não escuto ninguém falar que o Palmeiras foi prejudicado contra as galinhas… Apenas que ele, Palmeiras, jogou mal… Pode???

    1. Marquinhos, depois de nos roubarem escancaradamente (um gol legítimo anulado, um pênalti não marcado) diante do Cruzeiro, em nossa própria casa, dava pra desconfiar, né? O mesmo árbitro que “não viu” o Fagner (em outra oportunidade e campeonato), quebrar o Ederson do Flamengo, “viu” uma irregularidade, QUE NÃO ACONTECEU, no gol de Borja e “não viu” ( o árbitro de linha de fundo, de frente pro lance, tb “não viu” ) o Keno sofrer pênalti, ter a camisa puxada? Aham… Me engana que eu gosto. Estava desenhado o que aconteceria. Mesmo porque, o próximo adversário seria aquele da muleta do apito, o que lava dinheiro de crimes para comprar campeonatos, o que ganhou do Vasco com um escandalosíssimo gol de mão…
      O Palmeiras não jogou mal e fez dois gols lindos e legítimos… já o adversário não pode dizer o mesmo dos dele.

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