Cá estamos nós, na final da Copa do Brasil!!!

Copa que, coincidentemente, já conquistamos uma vez, sob o comando do Bigode! Copa, que nos matou de emoção e alegria, no jogo diante do Grêmio, com um gol de um outro bigode… o bigode mágico e cheio de garra de Valdivia!

Nossa história já foi escrita por muitos outros “bigodes”…

POIS ENTÃO, VAMOS ESCREVER MAIS UM CAPÍTULO NO LIVRO MARAVILHOSO DAS GLÓRIAS PALESTRINAS, A CARÁTER!!

Torcedor palestrino, leve o seu bigode hoje à Arena Barueri! Bigode de verdade, ou de fantasia, pintado no rosto, não importa… A MODA NO VERDÃO AGORA É BIGODE! O meu já está preparado, e o seu?

Forza, palestra!! #forzabigode!!

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Dizem que o nosso coração está no lugar pra onde vão os nossos pensamentos, quando estamos distraídos, divagando…

Hoje é terça feira… Estamos a 2 dias de uma final… a um punhado de horas de realizarmos um sonho… Já não conseguimos mais comer direito, nem dormir; com os batimentos do coração totalmente acelerados, não conseguimos deixar de pensar no jogo, de imaginar lances, jogadas, dribles e gols… não conseguimos deixar de sonhar com Valdivia, Barcos, Mazinho, Maikon Leite, Cicinho, Juninho e Cia comemorando o balançar das redes inimigas… com Henrique, Thiago Heleno, Maurício Ramos, Román e Bruno e todo o resto do time, concretando a parede palestrina… Pra mim, tem momentos em que até respirar fica meio difícil… e o coração mal pode esperar, louco para espiar aqui do lado de fora… louco para ganhar os ares e voar!

Vamos jogar em Barueri a primeira partida da decisão da Copa do Brasil.  Em tempos em que a nossa casa está em reforma, nossos atletas optaram por jogar onde eles se sentem melhor.  Acho que está certo assim, e me parece que Tirone agiu corretamente ao ouvir os jogadores. O que importa é que estamos perto de chegar onde tanto sonhamos…

E só Deus sabe como nos foi difícil chegar até aqui… Só Ele sabe os tortuosos caminhos que nos trouxeram até a última batalha dessa guerra…

A gente tem sofrido um bocado! Famintos que estamos por tempos melhores, depois de tantas invertidas acabamos nos embrutecendo, perseguindo uns aos outros, nos atacando… Torcida que brigou com jogador, com técnico; técnico que brigou com a torcida, que brigou com jogador; torcida, técnico e jogador que brigaram com dirigentes; torcedor que brigou com torcedor… Que difícil! Quase perdemos a força de acreditar; escarnecemos alguns, humilhamos outros, acertamos nas críticas algumas vezes, fomos injustos e desleais em outras tantas… Quase jogamos fora o que temos de melhor, quase destruímos a nossa família de sangue esmeralda (que ainda se vê dividida pelo preconceito dos que se imaginam mais torcedores do que os outros)…

E agora, quando nos vemos diante da última batalha, quando nos deparamos com os dois últimos obstáculos, olhamos à nossa volta e vemos que só sobramos nós. Nós mesmos, os que tanto brigaram entre si. Agora compreendemos, que perseguidos e perseguidores, que time e torcida, estão juntos; que nós sempre estivemos juntos, o tempo todo, e nem nos demos conta disso enquanto nos degladiávamos. Agora, percebemos que nada e nem ninguém vai nos segurar; que vamos enfrentar o último adversário unidos e mais fortes.

Se me perguntarem se eu acho que o Palmeiras vai conquistar o título, vou responder que EU TENHO CERTEZA QUE O PALMEIRAS VAI CONQUISTAR O TÍTULO! E sabem por quê? Porque nós merecemos isso! Porque nós lutamos contra tudo e contra todos para estarmos aqui! Lutamos contra nós mesmos! Contra as intrigas dentro da nossa própria casa, contra as notícias vazadas, contra a mentalidade atrasada que nos comanda, contra gente manipulada, interesseira e vendida, infiltrada em todos os cantos do Palestra. Nossos inimigos foram – e têm sido – tantos. Nos desgastamos com boa parte da imprensa que não se cansou de arranjar motivos para nos desmerecer, para tumultuar o ambiente palestrino… nos aborrecemos com as críticas de uns; outros, se aborreceram com as nossas críticas… nos desapontamos com entrevistas impensadas e desastrosas de nossos dirigentes…

Lutamos contra a frustração e contra o fato de não sabermos lidar com ela; lutamos contra os gols desperdiçados, contra a anulação de gols legítimos que marcamos; sofremos com os passes que eram pra ter sido certeiros e saíram totalmente contrários ao planejado, com os pênaltis que sofremos e não foram marcados; travamos batalhas imensas contra a revolta de alguns momentos, contra o orgulho ferido de tantas oportunidades; lutamos contra as lesões,  contra as críticas mais ferinas, contra as gozações, contra as dores do corpo e da alma, contra a decepção, contra o apito que tantas vezes nos prejudicou, e ainda prejudica… Precisamos fazer verdadeiras maratonas para estar em jogos cujo horário só favorecia à televisão, deixando muitos torcedores sem transporte para voltar pra suas casas…

Alguns de nós, precisaram enfrentar o receio de jogar num time grande; outros, precisaram vencer as barreiras e pressões de trabalhar e ter de “vingar” num país estrangeiro; e teve ainda quem precisasse vencer o horror de uma grande violência vivida… Mas todos nós, sem distinção, nadamos contra a correnteza, buscamos a superação e lutamos contra o medo de acreditar, contra o medo de sonhar… chegamos até aqui bastante fortalecidos e, agora mais do que nunca, nós podemos, sim, sonhar… acreditar…

Não foi nada fácil, mas olha a gente aqui! Nós sobrevivemos! Machucados sim, marcados sim, mas inteiros! Palestrinos que somos, nos ferimos, nos machucamos, nos dobramos inúmeras vezes, mas continuamos de pé!

Cada um de nós… torcedores, jogadores, integrantes da comissão técnica, gerente de futebol, dirigentes… sabe os desafios e os “monstros” que teve que enfrentar; sabe as dores e as pedras que carregou por todo esse caminho. E elas nos fizeram mais fortes e mais sábios, e hão de nos fazer invencíveis nas duas partidas que faltam! FORÇA PALMEIRAS! Depois de tudo o que passamos, não vamos deixar ninguém nos tomar esse título, esse sonho. NEM A PAU, como diria  – e tenho certeza dirá – São Marcos ao grupo!

Porque pode nos faltar tudo, mas que não nos falte luta, não nos falte empenho e vontade de vencer; não nos falte alegria, amor e respeito ao manto que vestimos com orgulho; e que não nos falte gols, muitos deles, nas redes adversárias.

Estamos juntos e agora é a hora, Palmeiras! Cada um de nós, sem exceção, de alguma maneira contribuiu com uma pecinha desse grande quebra-cabeças que está prestes a ser concluído… Com um grito de incentivo, com um desarme, uma falta, um aplauso… com um gol, uma defesa, uma instrução bem dada, com um passe milimétrico, com uma botinada levada, com outra botinada dada, um tratamento adequado, com uma oração, um ensinamento, um pensamento positivo; com a vontade de aprender, de acertar, com a paciência de tentar mais uma vez… com suor, com chuva, frio, com muita dedicação e lágrimas…

Estamos juntos, e sabemos bem o que vem pela frente, sabemos que a dureza do prélio não tarda… Faltam dois dias…

É hora de jogar com mais raça do que nunca! E, no ardor da partida, entregar a alma e o coração! É hora de jogar com a responsabilidade de quem carrega vinte milhões de corações na ponta da chuteira e, por isso mesmo, se sente mais forte! Temos time e torcida para transformar a lealdade em padrão e tornar o nosso sonho real!

SOMOS PALMEIRAS! E O PALMEIRAS, CAMPEÃO DO SÉCULO, SABE SEMPRE LEVAR DE VENCIDA E MOSTRAR QUE DE FATO É CAMPEÃO!

BOA SORTE, VERDÃO! PRA CIMA DELES, E SEM MEDO DE SER FELIZ!!!

Faltam 90 minutos… uma partida, para estarmos na final da Copa do Brasil… Uma partida que começa com o Palmeiras vencendo por 2 x 0…
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Ninguém aguenta a ansiedade para que chegue a quinta feira. O coração do torcedor se agita, cresce tanto dentro do peito, que tem momentos em que parece que lá, ele não cabe mais. Mal podemos acreditar que estamos tão perto de chegar…
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E nessa hora, é preciso que estejamos todos unidos, é preciso que a gente torça como nunca e acredite mais ainda. O Palmeiras pode jogar onde for, que nosso coração sempre baterá no ritmo das arquibancadas do Palestra Itália. Levamos o Palestra e o Palmeiras dentro do peito; e não importa onde cada um de nós esteja, não importa se vamos ao jogo, se ficamos em casa, se estamos trabalhando… Nosso coração vai atrás do Verdão sempre!
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O amor do palestrino não tem nacionalidade, não tem cor, não tem raça, não tem fronteiras… é amor! Imenso e incondicional!
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Em todos os “cantos” do planeta existe um coração pulsando em verde e branco,  e eu fico imaginando como deve ser difícil para quem está, fisicamente, longe do Palmeiras.  Cada um de nós sabe os sacrifícios que faz por amor a esse time. Como a minha amiga Gladis Mari Modernel, por exemplo, que está na Espanha, que sofre com a distância e a saudade, e que tem que passar as madrugadas acordada para acompanhar os jogos do time tão amado. Segue o relato que ela me enviou há algum tempo atrás…
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Querida Tânia,
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Relato aqui a minha epopéia pra ficar conectada com meu amor… PALMEIRAS DI PALESTRA ITÁLIA!
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Estou em Madrid desde novembro do ano passado, e claro busco ávidamente notícias do Palmeiras o que é uma dificuldade inigualável.
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Necessito dizer que odeio o Real Madrid, que é o Cúrinthians daqui e detesto o Barça. 
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Por um curto período nossos fusos horários são de 4 horas, mas agora entramos no horário de verão, em plena primavera, então cinco horas me distanciam do tempo real do meu Verdão.
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Logo, os jogos das 22h00 começam pra mim às 3h00 da madruga, e fico driblando meu sono, às vezes cochilo no sofá e coloco o celular pra me despertar, quando estou muito cansada, outras vezes invento, dou uma de culinarista e faço todos os tipos de quitutes possíveis…
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Perder o jogo? NUNCA… JAMAIS, EM TEMPO ALGUM!
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Assisto os jogos ao vivo, pela internet, na Justin TV, mas brigo muito com a conexão que às vezes me tira do ar… às vezes trava e eu fico, como diz meu filho, com sangue nos olhos, às vezes sou obrigada a só escutar pela Web Rádio Verdão e, de um jeito ou de outro, vou levando…
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Muitas vezes fico sem conseguir acessar nada, ainda com a net funcionando, então, entro no Face pra implorar que alguém me dê notícias, mas todos estão com as atenções no jogo e infelizmente não respondem.
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Mas continuo, no Face tentam achar alguma coisa, um outro link… e como Deus é Pai sempre consigo. E quando às cinco da manhã o jogo acaba, parece que levei uma surra de tamanco… Meu corpo dói, tenho sono, e quando perde ou empata jogos fáceis, com foi aquele com o Comercial, por exemplo, tenho uma mistura de tristeza e muita raiva… fere a minha alma.
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E é no Face que posso trocar ideias e desabafar a minha indignação com meus amigos palestrinos.
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Em contrapartida quando sai o gol, quando vejo, ouço, ou sei do apito final, em uma vitória nossa… ÊXTASE TOTAL!
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EU ME TRANSFORMO NUMA BAILARINA LOUCA… DANÇO COREOGRAFIAS INVENTADAS E SEM NEXO… PULO NO SOFÁ , CANTO O HINO, AGRADEÇO A DEUS, A PAZ E A ALEGRIA INUNDAM A MINHA ALMA DE UM JEITO QUE NEM SEI DESCREVER…. E VOU PRO FACE DE NOVO PRA DIVIDIR MINHA ALEGRIA!!!
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É  ASSIM AMIGA !
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MEU AMOR PELO PALMEIRAS VAI ALÉM DOS LIMITES DA RAZÃO, EU SEI , MAS
O AMOR É VERDE , BRANCA A RAZÃO.. EU PLANTEI PALMEIRAS NO CORAÇÃO… “
AMO ALÉM DAS MINHAS FORÇAS,
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EU APENAS AMO.
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EU CHORO, DE FELICIDADE DE RAIVA , MAS MEU AMOR EU NÃO ABANDONO NUNCA….. MEU AMOR É ÚNICO E MUITO , MUITO ESPECIAL
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AMIGA AMADA ! ASSIM SÃO OS MEUS DIAS COM O PALMEIRAS AQUI , ESPERO QUE TENHA SIDO SATISFATÓRIO O MEU RELATO E SEGUEM POR ANEXO FOTOS MINHAS NO LIXO DO SANTIAGO BERNABÉU E CLARO COM O MANTO SAGRADO , PRA ME PROTEGER DE TODO MAL, AMÉM !!!!
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OBRIGADA AMIGA PELA OPORTUNIDADE..
BJS
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Estamos juntas Gladis! Ou melhor, estamos juntos! Você, eu e mais 20 milhões de palestrinos!
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Tá chegando a hora! BOOORA BUSCAR A VAGA NA FINAL!!!

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz… Cantar e cantar e cantar…”♫

É bem a cara do Palmeiras isso… quando a gente fica morrendo de medo de perder um jogo, quando a gente nem espera muito dele, ele vai na casa do adversário, leva o Santo de talismã, faz uma bagunça danada, esculhamba a ‘cozinha’ dos caras e muda até o nome da cidade…

A cidade do Grêmio agora é Porco Alegre!! E bota alegre nisso! A parmerada saiu feliz da vida! E, diga-se passagem, aplaudida pelos torcedores do Grêmio. Lindo isso! Saber perder é uma virtude!

Mas aqui em Sampa eu quase morri do coração… Me lembrei até daquela semifinal de 2008 contra os bambis. Como foi difícil esperar chegar a hora do jogo. Tava acreditando muito na vitória. Que ansiedade! Apesar de saber que não era fácil chegar lá no Olímpico e beliscar uma vantagem, eu tentava ser racional e pensar que, ainda que o nosso time não ande muito bem, o Grêmio, por sua vez, não é lá essas coisas. Mas quem explicava isso pro meu coração? Faltando quinze minutos pro início do jogo, ele já não cabia mais no peito.

Quando liguei a TV, o Palmeiras ia entrar em campo. Na tela, os jogadores já fora dos vestiários se preparando para ir pro campo. Vi o Bruno e o Thiago Heleno… o nervoso do dia inteiro e a apreensão de muitos dias, viraram um nó imenso na garganta e muitas lágrimas. Como eu amo esse time! E o amor aumenta sempre! Acho isso fantástico!

Achei que o Palmeiras começou meio nervoso. Mas não era pra menos. Mais de 45 mil pessoas no estádio pressionando desde o primeiro minuto. Pedreira! Nossa torcida era pequenina, diminuta… mas só em número. Porque eles ajudaram a fazer a diferença. Cantaram, torceram, empurraram o time, entregaram a alma… A gente, aqui, de longe, mas com o coração lá, também entregou a alma… E, daquele nosso jeitinho, de alguma maneira, estávamos todos juntos. Vinte milhões de corações palestrinos, onde cabiam uns dois mil.

Eu tinha pedido tanto a Deus que abençoasse os nossos jogadores, para que eles pudessem usar a suas potencialidades, tinha pedido a Deus que abençoasse e iluminasse Felipão. E Felipão, pasmem, veio meio iluminado do vestiário e enganou Luxemburgo. Deu uma mudada no esquema que usara no último confronto; tirou Márcio Araújo do time (falta tirar mais um…) e colocou 3 zagueiros. Henrique, Thiago Heleno e Maurício Ramos. Henrique ocupou a vaga de Márcio Araújo – às vezes ajudava lá atrás também – e jogou muito! Monstro! Ponto pro Felipão que percebeu que Henrique poderia jogar assim. O Pofexô escalou o Kleber, que tentou apitar o jogo, xingou juiz, meteu a mão na bola sem levar cartão, mas futebol que é bom… nada!

Apesar do jogo pegado, cheio de faltas, com exceção de poucos lances, os dois times, muito bem fechados do meio pra trás, não conseguiram chegar à área adversária. O Verdão não tinha saída de bola.  A prioridade de Palmeiras e Grêmio era mesmo não tomar gols. E o primeiro tempo terminou sem abertura de placar.

Quando começou a segunda etapa me pareceu que Felipão tinha adiantado a marcação, porque o Grêmio tinha mais dificuldades pra chegar. A minha cabeça formigava de tanto nervoso. Em pleno dia de Santo Antonio, eu já tinha rezado tanto pra ele, que ele devia estar até torcendo pro Palmeiras. De alguma maneira eu tinha certeza que sairíamos de lá com um bom resultado, mas nem por isso eu parava de tremer. Ainda bem que existem os juízes! O Heber, que apitava o nosso jogo, é figurinha manjada e, xingando ele, eu conseguia aliviar um pouco o nervoso.

Desde o começo de do segundo tempo, o Palmeiras me parecia mais certinho. E, por estar mais certinho, o time ganhava mais corpo. Valdivia fazia falta. Apesar de Daniel Carvalho ser um jogador inteligente, de toque mais refinado, ele não se saía muito bem. Artur e Luan também não me agradavam. Mas todos eles lutavam muito em campo; cada pedacinho do gramado era disputadíssimo. Aquela disposição do Palmeiras deixava a gente mais ansioso ainda.  O Pofexô, preocupado, tirou Kleber e Miralles, aos 15′; entraram  André Lima e Marcelo Moreno.

Já me sentia feliz da vida com um empate, mas sonhava com um golzinho do Barcos… Mas Felipão precisava trocar umas peças ali. Acompanhada pelos amigos no Twitter, jogávamos junto com o time. A torcida em Porco Alegre, jogava também. Fazia tanto tempo que eu não via a torcida tão parceira do time, fazia tanto tempo que eu não via o time tão parceiro da torcida, tão bem posicionado na defesa… Ver o Palmeiras bem em campo, entusiasmava a torcida e a fazia acreditar ainda mais.

O tempo ia passando e tinha momentos em que era difícil até respirar… As oportunidades de ataque começavam a surgir… O clima era quente. Luan discutia com Werley… Os desarmes ditavam o andamento da partida. Artur sentiu uma pegada mais dura e deu lugar a Cicinho.

O Palmeiras jogava melhor que o Grêmio (Luan jogava melhor também), mas a jogada de gol não vinha, finalizávamos quase nada. Já tava quase na metade do segundo tempo quando, em jogada de velocidade, Juninho recebeu na esquerda, desceu até a linha de fundo e cruzou na área. Por pouco o Pirata não pega… Meeeu Deeeus! E era isso que a gente tinha que fazer mesmo, meter bola no Barcos! Uma hora ia dar certo. Eu queria tanto que ele marcasse…

E o Felipão nada de mudar. Tinha ido lá buscar o empate e ia sair com ele. Tava bom, aqui a gente resolvia.

Mas, aos 40′, Santo Antonio, que já devia estar de saco cheio de ouvir os meus pedidos e do pessoal do Twitter e do Facebook, deve ter falado lá pro Felipão: Ô bigode, muda aí, que eu não aguento mais! Põe o Mazinho! E Felipão atendeu, sacando Daniel Carvalho. Não sei porque Mazinho é banco e Maikon Leite também.

UM MINUTO DEPOIS, o jogador do Grêmio deu uma furada e facilitou o contra ataque do esquadrão de Santo Antonio (desculpa aí San Genaro). Cicinho recebeu o passe na direita, quase lá no meio de campo, desceu com muita velocidade, Mazinho correu pro meio, Cicinho deu um passe lindo que Mazinho chutou tão logo a bola chegou à sua frente.  Eu mal podia acreditar no que estava vendo!  A bola balançou a rede e eu quase morri do coração. Que felicidade! Daquelas da gente chorar de alegria! Os reservas pularam do banco e foram para a beira do campo comemorar! Fomos buscar um empate e íamos sair com a vantagem!

Mas, na noite de ontem, “imponderável” se escrevia em verde…  A felicidade tinha endereço nas Perdizes…  e “Porto Alegre” conhecia outra grafia…

O relógio marcava 45′, e eu tava rezando, mas era pro juiz terminar, quando Juninho desceu pela esquerda, e cruzou para Barcos; o Pirata subiu e cabeceou pro gol, buscando o canto oposto do goleiro. Cabeceou de um jeito que a bola passou entre o goleiro e o zagueiro, e eles nada puderam fazer… GOOOOOOOOL DO PALMEIRAS! E GOL DE BARCOS! Saqueamos Porco Alegre! Santo Antonio, seu lindo, você caprichou!

Eu nem vi mais nada depois disso. Enlouquecida de alegria, chorando de emoção, tive que sair correndo atrás do meu coração que pulou do peito…

VITÓRIA SENSACIONAL DO VERDÃO EM PORCO ALEGRE! PALMEIRAS MUITO, MAS MUITO PERTO MESMO, DA FINAL DA COPA DO BRASIL!

PARA NOSSA ALEGRIA!

Ah… antes que eu me esqueça… TCHUUUPA, LUXA! TCHUUUPA, KLEBER!

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“… andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá…” ♫♪♫

É HORA DE MAIS UMA BATALHA PALMEIRAS!

E que não nos falte garra, vontade de vencer, muita luta e muita bola enfiada na rede dos gaúchos!

A nossa fé e o nosso amor, vocês já sabem, esses não faltam nunca!

Tamo junto! ÔÔÔ VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!!


Desde a hora em que acordei eu já estava na pilha… Não que eu tivesse medo dos poodles (Atl-PR), mas, sempre que se decide algo, é impossível ficar imune àquela ansiedade, àquele friozinho na barriga, àquelas coisas todas que o torcedor conhece muito bem. E estava valendo vaga na semifinal da Copa do Brasil.

Jogo na Arena Barueri… o estádio até que é legalzinho, mas como pode o Palmeiras decidir vaga num estádio onde só cabem 18 mil torcedores, onde é complicado para o torcedor chegar e, ainda por cima, no horário das 19h30? Só a nossa diretoria mesmo para dar uma dessa.

O dia custou a passar… se arrastou, longa e ansiosamente…

Alguns amigos e eu, tínhamos comprado cadeiras numeradas no setor C1 S4 -(inferior) bem pertinho do campo. Não queríamos perder nenhum detalhe… A caminho do estádio íamos  acompanhando a escalação do time. Felipão escalara Betinho!! Se ele não tinha gostado nada da contratação, me parecia estranho que escalasse o cara num jogo decisivo. Por que então, não testou o sujeito na primeira partida do Brasileiro? Vai saber… Mas, quem sabe, Betinho não se sairia bem e marcaria o gol, ou os gols (a gente sonha mesmo) que selariam o Palmeiras nas semis?

O trânsito era caótico e já nos deixava em cima da hora. No mesmo horário em que milhares de carros estão levando seus donos de volta pra casa, outros milhares de carros estão tentando acompanhar o time de coração… são os palestrinos na estrada… e que aventura!

Quando saímos da Castelo e pegamos o acesso para Barueri, já tivemos certeza que não ouviríamos o Hino Nacional. Uma baderna! A rua, cheia de caminhões estacionados por todo o seu lado esquerdo, estava parada! O Palmeiras ia entrar em campo e o desespero começava a tomar conta dos torcedores, que iam deixando seus carros na rua mesmo, e saíam correndo… Homens, mulheres, crianças, gente de todas as idades, uma correria só! O apaixonado torcedor correndo atrás do seu amor.

E os carros andavam à velocidade de conta gotas… Se antes estávamos ansiosos pelo confronto, agora já estávamos nervosos com o Palmeiras em campo e a gente ali, andando “meio metro” a cada 5 minutos e sem poder fazer nada. Não havia mais vagas para estacionar na rua. Quando chegamos na avenida do estádio (o Verdão já estava jogando, claro), havia uma fila de carros estacionados à direita e, à esquerda, barracas de comida, o que fazia com que o espaço destinado à passagem dos veículos, se afunilasse bastante.  A falta de preparo do pessoal que cuidava do trânsito era total. As luzes do estádio, logo ali à nossa frente, e não podíamos estar lá dentro. O jeito era ouvir no rádio (Betinho estava sendo acionado algumas vezes, e nada!). Que desespero!! Será que alguém vai ressarcir o torcedor, que paga por um espetáculo e não tem o direito de assisti-lo na íntegra, mesmo tendo saído de casa ou do trabalho com tempo suficiente para chegar?

Alguém nos avisou que o estacionamento do estádio estava cheio mas tinham aberto um outro naquele momento. Conseguimos estacionar e saímos correndo! Agora, de língua de fora, era só entrar e sentar nos lugares que tínhamos comprado. Setor C1 – S-4 – Fila G, assentos 195, 196…

Mas foi aí que o caos, que começara no trânsito, tomou forma! Filas imensas para entrar e funcionários perdidos, desinformados, uma confusão só! A torcida gritava lá dentro e a gente lá fora, sem saber porquê…  Nossa entrada era outra e corremos pra lá (já tínhamos nos sentado no mesmo setor antes), mas A ENTRADA ESTAVA FECHADA PARA AQUELE JOGO, nos disse um funcionário que parecia ter acabado de descer de um disco voador, tão perdido estava. Para o jogo em que teriam mais público, eles fecharam uma das entradas!

Indignados e revoltados, ouvimos ele nos dizer também, que o nosso setor, C1, já estava cheio! Como assim, cheio? Os lugares não são marcados? Uma discussão desgraçada, pessoas exaltadas, muito descaso, algum deboche e bastante má vontade dos funcionários com os torcedores, um stress FDP para quem pagou para se divertir! Os policiais diziam que nada podiam fazer. Perguntamos pelo ouvidor e nos disseram para entrar e procurar um “tal Davi”. Pegamos (furamos) a fila absurda, passamos pelas catracas e revista, mas não nos deixaram nem mesmo entrar no setor para o qual compramos ingressos. Nos mandaram para o Setor C – Superior, que nem tinha sido disponibilizado quando as vendas começaram pelo Futebol Card.

E eu não conseguia entender como um local que vende um número “X” de ingressos, pode estar lotado, se pessoas que compraram cadeiras ali, ainda estão do lado de fora. Os quatro lugares que compramos (um outro amigo, tinha comprado mais dois) tinham que estar sobrando! Perguntei para duas funcionárias, como fazer para conseguir entrar e sentar no bendito C1. Uma delas me respondeu: “iiiiiiii, fia… não vai dar não”. Xinguei, reclamei e elas me disseram que não podiam fazer nada. Perguntei pelo “tal Davi” e me disseram que “não sabiam, não”, “não conheciam”…

Naquela baderna chamada Arena Barueri, era mais fácil encontrar o Rei David reencarnado, vestindo a camisa do Parmera, do que o “tal Davi” que nos mandaram procurar. Como a prioridade era ver o Palmeiras, saímos correndo pelos corredores, subimos as escadas e chegamos na boca do túnel de acesso. E ela estava entupida!

 

Que dificuldade para atravessarmos a parede de gente! Quando nós “achamos” uns lugares (Fila C-060 – SetorC) e olhamos pro campo, o juiz apitou o final do primeiro tempo. “Taqueo…”

E o Setor C1 – Inferior, onde nos vetaram a entrada, estava cheio de lugares vagos…

Essa é a visão lá de cima, do local lá embaixo, que nos disseram que estava lotado. Filhadaputice e falta de respeito no mais alto grau com o torcedor, não é mesmo? Com que direito nos fazem isso? QUERO MEU DINHEIRO DE VOLTA!

Graças a Deus veio o segundo tempo! Estava nervosa, envenenada por toda raiva que tinha sentido até ali, mas o Palmeiras me faz um bem danado… E, torcendo, cantando, vendo o meu bem amado Palmeiras, de camisa nova (linda), em campo, aquela revolta começou a se diluir… O f@*#da era ouvir três torcedores ao meu lado (que queriam o Patrik no lugar do Mago rsrs), cantando o hino: “Torcida que ninguém passa”… “quem sabe ser brasileiro…” Tava explicado porque preferiam o Patrik…

Em campo, já nos primeiros minutos tivemos três chances. Uma com Betinho que, dentro da área, não conseguiu dominar; outra, num chute forte de Assunção, e mais uma, com o Mago lançando a bola dentro da área, mas que Leandro Amaro cabeceou pra fora. Barcos fazia muita falta. Betinho não me agradava! Intimidade zero com a bola! Não entendia porque continuava no time e o Maikon Leite no banco. Vai ver, Felipão queria ver se ele sabia marcar…  Mas o Palmeiras estava melhor na partida.

Valdivia metia umas bolas boas e nada do pessoal aproveitar. Eu não tava gostando muito do juiz, não. Fazia que não via umas faltas a nosso favor, deixou de marcar até um pênalti em Juninho. Tudo bem que ele enfeitou, mas que foi puxado, foi!

Felipão tirou Betinho e colocou Luan. Passamos, então, a ter 11 jogadores. Logo depois, Mazinho (não gostei que fosse ele a sair) deu lugar a Maikon Leite! Aí sim!  O garoto é abusado e já deu outra dinâmica à partida. Com dois minutos em campo, Maikon Leite fez uma jogada linda pela direita, deu uma meia lua e achou o Mago de frente pro gol. Quando todo mundo pensou que Valdivia fosse estufar as redes, ele tocou para Luan, na esquerda, só completar. A Arena Barueri explodiu de alegria! FESTA DA QUE CANTA E VIBRA!

(Mago, me emocionei um bocado vendo você renunciar àquele gol para servir o seu companheiro… Chorei, vendo você nos “desenhar” a Família Palmeiras… Você tem vivido tempos tão difíceis, tem sido tão cobrado que, qualquer outro em seu lugar, teria escolhido fazer o gol. Grande, Mago! Você é o cara!)

Com 1 x 0 no placar a gente tava sossegado. Aí, eu vi Felipão chamar Patrik… Me lembrei do jogo contra o Goiás e deu um medão. Mas o segundo gol saiu antes mesmo dele entrar. Depois de um chute de Luan, que o goleiro espalmou, Maikon Leite cobrou escanteio, Valdivia deu uma casquinha pra perto da primeira trave e Henrique guardou de cabeça!! GOOOOOOOOOOL DO PALMEIRAS!! Gol do time que se classificava para a semifinal da Copa do Brasil DEPOIS DE 13 ANOS!!!

E aí, para desespero de Felipão, que tirou João Vítor (aleluia) para entrar Patrik (fazer o quê?), a galera começou a gritar “Olé”, “Olé”…… E o nosso técnico ficou bravo. Eu até entendo o ponto de vista dele, mas com a torcida o papo é outro. Deixa a gente ser feliz, Scolari! Temos tido tão raras oportunidades…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sLuUjM8WPFw[/youtube]

O jogo acabou… Saímos, sorrindo, leves, felizes demais! O “bigode mágico” do Mago continuou invicto, a confiança, aninhada em nosso coração, repousava tranquila, as imagens em nossos sonhos começaram a SE TORNAR mais nítidas, palpáveis…   Só o “tal Davi”, o time do Atlético e o respeito ao torcedor é que devem ter ficado invisíveis, pois ninguém conseguiu achá-los na Arena Barueri…

E QUE VENHA O PRÓXIMO!! O VERDÃO ESTARÁ PRONTO PARA MAIS UMA BATALHA!

” Podrán cortar todas las flores pero no podrán detener la primavera” Pablo Neruda

Fomos a Barueri, buscar a classificação diante do Paraná…

Eu tinha uma única expectativa: a de ver o Palmeiras ganhar e se classificar, fosse como fosse. Jogando bonito ou feio, com Felipão fazendo a coisa certa ou não… Ultimamente, ando até abdicando de ver um bom futebol, quero ver meu time ganhar, se classificar, do jeito que der.

Quando o Palmeiras entrou em campo, tive a primeira emoção da noite: a torcida gritando os nomes dos jogadores. Senti tanto quando ela parou de fazer isso que, agora, me emociono a cada vez que ouço.

Público bom, num estádio até adequado para aquele confronto, mas jamais um estádio para o Palmeiras mandar clássicos como decidiram os nossos dirigentes que andam tendo uma dificuldade absurda para usar os neurônios (será que eles têm algum em bom estado?). Parecem uns mendigos, só ficam choramigando a falta de dinheiro, mas permitem que o Palmeiras jogue num estádio pequeno e numa quarta feira às 10h00. E querem ganhar dinheiro? Ah, tá…

O Mazinho, fazia a sua segunda partida e eu estava gostando muito dele em campo. Tinha boa movimentação e, às vezes pelo meio, às vezes pela esquerda, levava perigo ao adversário. Achei que a camisa caiu bem nele e ficou levinha.

O Palmeiras, apesar de errar lá na frente, pressionava o Paraná. Mazinho e Valdivia, que, supersticiosamente, usava bigode e cavanhaque, começavam a arriscar de longe, Barcos também tentava à cada oportunidade. E, de tão ansioso para voltar a marcar, acabava se atrapalhando algumas vezes.

A torcida estava feliz! Ficar longe do Palmeiras, por duas semanas, não fora nada agradável. E então, diante do seu amor, ela cantava, contente, esperando pelo momento maior… E ele chegou! Aos 25′, Assunção cobrou uma falta e colocou a bola quase na frente do goleiro do Paraná; Mazinho apareceu com velocidade, por trás do zagueiro (deve ter levado um baita susto com ele) e abriu o placar! Festa em Barueri! E com que alegria Mazinho comemorava!

Mas, minutos depois, após um empurrão de Douglas Tanque, Henrique foi tirar satisfações e simulou dar uma cabeçada no jogador paranista. O juiz, Péricles Bassols, que poderia muito bem  tê-los advertido ou amarelado, nem piscou e botou os dois na rua. Filho da mãe! Nossos jogadores reclamaram bastante. Fiquei preocupadíssima! Nosso melhor zagueiro estava fora.

Na mesma hora, Román foi chamado (ficou mais de 15 minutos se aquecendo). Era só tirar um volante pra por o zagueiro, que nem dava nada. Mas imagina se ele faria isso… entrou na do Assunção de que ele ficaria ‘quebrando o galho’ na posição até o intervalo. Tivemos sorte, porque Assunção, por mais boa vontade que possa ter, não dá para jogar de zagueiro.

Mas vou confessar, a vantagem por um gol, me fazia lembrar de um jogo perdido em 2010…

Na volta do intervalo, Barcos não estava mais no time. Felipão alegou que ele já tinha dois amarelos e ele não tem reservas para a posição. Ainda que eu não concorde em ver o técnico tirar um atacante para colocar um zagueiro , quando tem volantes em campo que não farão falta nenhuma (típico de Felipão fazer isso), a explicação que ele deu depois, me pareceu fazer sentido.

E nem deu muito tempo de eu ficar pensando a respeito, porque o Palmeiras voltou com o pé no acelerador. Numa jogada de velocidade, Mazinho recebeu a bola, driblou o adversário e, de fora da área, tocou rasteiro no cantinho direito do goleiro. Uffa! O medo que tava escondidinho no peito, bateu asas e voou!!! E viva o Messi Black! A camisa do Verdão vestiu muito bem nele, e lhe parece levíssima.

Aí o time ficou mais tranquilo; ainda que o futebol do Palmeiras não fosse brilhante, a classificação estava assegurada. Era só não vacilar. Mazinho estava iluminado! Aos 17′, numa outra jogada perigosa, ele errou o chute, mas a bola sobrou para o Mago que chegava lá na direita. E então, o que era alegria, explodiu em emoção… Valdivia mandou pra rede e marcou o terceiro gol. E enlouqueceu de alegria, nos deixando perplexos e emocionados. Saiu comemorando feito um louco, alucinado,  gritando palavrões, puxando a camisa e beijando o distintivo do Palmeiras… chorando de alegria e alívio de se ver livre das lesões madrastas que tanto têm atrapalhado a sua vida, que tanto o têm impedido de jogar o futebol que sabe. Foi o momento mais lindo do jogo…

Eu sei o quanto ele quer jogar bem e posso imaginar o que tem sido essa fase pra ele. Eu gritei muito, o estádio inteiro gritou muito. Todos nós queremos o Mago jogando o que sabe. Foi um sacrifício danado eu conseguir chorar disfarçadamente.

O gol nem era tão importante assim, uma vez que tínhamos a classificação assegurada. Mas, para Valdivia, ele foi importantíssimo. E foi tão sincera a sua comemoração, tão sentido o seu desabafo, foi com tanto carinho que ele beijou o escudo do Palmeiras, que a torcida se comoveu. Tenha força, Mago! Que momento lindo você nos deu…

A noite ainda me traria mais uma alegria… Felipão chamou Maikon Leite, mas fez a burrada de tirar o astro da noite, fez a burrada de sacar Mazinho. Com João Vítor, Márcio Araujo que poderiam sair sem fazer falta ao time, ele me tira o cara que decidiu a partida. Haja paciência… Mas, de novo, nem deu tempo de a gente reclamar.

Tão logo Maikon Leite entrou em campo (ele vinha correndo para se posicionar), ele achou uma sobra lá na intermediária, dominou, partiu em velocidade, entrou na área e fuzilou pro gol! Goleada do Verdão!

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É… o cavanhaque do Mago deu certo e, assim como o bigode mexicano, nos trouxe sorte. Quando o juiz apitou, saímos todos felizes, mais leves, classificados (uffa!)…

Todos nós, não. Felipão, na coletiva, nervoso, de saco cheio (?) chutou o pau da barraca, detonou a diretoria e as contratações que ela pensa em fazer e ofuscou o brilho da goleada verde. Ainda que ele tenha razão em detonar esses dirigentes bananas e incapazes, que administram o Campeão do Século como quem administra uma lanchonete; por toda a sua experiência e curriculum, Felipão deveria saber que aquele não era o momento, que estamos disputando o único campeonato que nos sobrou no semestre e que, atitudes como essa, não vão ajudar o time a engrenar, muito pelo contrário. Foi um tiro no pé…

E, por achar que ele sabe disso muito bem, eu me pergunto: Estaria ele querendo ser demitido, para poder sair do Palmeiras sem ter que pagar a multa rescisória? Sei, não… mas tá parecendo.

Além do mais, na mesma entrevista, Felipão afirmou que, mesmo com Mazinho se saindo tão bem, o lugar é do Luan. Se sentar o Mazinho, que tá batendo um bolão, para colocar o Luan,  não vai ter respaldo para reclamar das escolhas dos dirigentes, né Felipão?

E assim vamos nós… sem conseguir ter sossego; quando não é um, é outro!

 

“Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar” – Chico Science

Três dias depois da desclassificação no Paulistão, íamos jogar contra o Paraná, na casa dele, com um fardo imenso de problemas. Com boa parte da torcida perdendo de vez a confiança no time, alguns torcedores fazendo protestos no desembarque da delegação, o goleiro sendo crucificado porque, a despeito dos erros do time, da comissão técnica e da diretoria, ao longo do campeonato todo, as suas três desastrosas falhas, diante do Guarani, acabaram sendo o motivo da nossa desclassificação! Só nos sobrou a Copa do Brasil e a desconfiança de que o semestre já está quase perdido…

Eu nunca deixo de acreditar no Palmeiras a cada nova partida, a cada novo campeonato. E isso é tão certo quanto o dia que nasce depois de uma noite. Mas tem hora em que o coração, cansado de sofrer, cansado de ser maltratado, reclama, se encolhe no peito, bate mais devagar, mais sem graça… Ontem, antes da partida, eu vivia um misto de sensações. Fé, medo, confiança, desconfiança… precisávamos reverter aquele astral tão pesado… E, tinha que ser nesse jogo, não dava para aguentarmos mais um insucesso. Por isso, na noite de ontem, pra mim, o resultado seria muito mais importante que o futebol que o Palmeiras apresentaria na partida.

E eis que o Palmeiras entrou em campo com surpresas! Bruno no gol, o atacante Mazinho fazendo a sua estreia e Valdivia… de bigode! Um baita bigodão latino, que talvez fosse uma maneira de mostrar que, com erros, ou sem eles, o grupo está, sim, fechado com Felipão! E, em minutos não se falava em outra coisa entre os torcedores. O assunto era o bigode do Valdivia! E o melhor de tudo, é que a torcida, que anda tão casmurra, começou a se divertir com aquilo. E vieram os apelidos, as comparações; Bandido mexicano, Fred Mercury, Dick Vigarista, Chris Cornell, Zorro, Amigo da Onça, Zé Bonitinho, cantor de bolero… Em minutos, sem que a gente mesmo se desse conta, estávamos todos mais leves; em minutos, sem que nem mesmo a imprensa se desse conta, ninguém mais falava dos problemas passados. Valdivia, brilhante, mais uma vez nos mostrando que é f*%#@! Tirou o foco da crise, fez todo mundo dar risada, trouxe um pouco de alegria ao elenco, à torcida e deixou o ambiente melhor.

Eu recebia tweets, e-mails, perguntas no Facebook, todos muito divertidos, sobre o que eu achava daquele bigode. Claro que eu achei lindo! E não tinha como não rir… não tinha como não brincar, ainda que, dentro de campo estivéssemos tendo problemas, ainda que não concordássemos com toda a escalação do técnico, ainda que soubéssemos que não íamos jogar melhor do que contra o Guarani. O astral tinha mudado, era outro…

O estádio estava lotado, os torcedores locais faziam dele um caldeirão infernal e, por conta disso, o Paraná começou o jogo com velocidade, com uma baita disposição e com a caixa de ferramentas aberta. Bateram um bocado! O Palmeiras, no estilão de sempre, procurava cadenciar o jogo, conter o ímpeto do Paraná; mas não jogava bem.  Eu me aborrecia um bocado com Felipão; ainda que ele tenha colocado dois atacantes em campo, tinha que ter escalado Daniel Carvalho com Valdivia (Mazinho estava em campo, mas para que a gente não perca o costume, ele não jogaria em sua verdadeira posição). Os adversários sabem que é só marcar muito bem o nosso homem de criação para dificultar que a bola chegue redondinha ao atacante. E, embora muito marcado, o Bigode, ooops, o Mago, fazia uma bela partida. Mazinho também, seguro, nos dava a impressão que já tinha jogado outras vezes com a nossa camisa. Gostei dele.

Chovia uma barbaridade e tava uma dureza de a gente fazer gol. Nossos jogadores, parecem meio “amestrados” pelo esquema de uma única jogada”, mas, mesmo assim, levaram perigo de outras maneiras. Mazinho fez uma jogada linda,  driblou o zagueiro, entrou na área e chutou, o goleiro fez uma bela defesa; Valdivia, pela direita, já na pequena área, achou Barcos na cara do gol, mas nosso Pirata não conseguiu marcar… E dá-lhe chuveirinho! Oxalá apareça uma falta! E ela apareceu, aos 21′. Assunção cobrou com perfeição e guardou o seu 23º gol de falta, nesses dois anos de clube. Uffa!!

Minutos depois, Assunção chutou de longe, por pouco o goleiro não foi parar dentro do gol com bola e tudo. Mas Assunção, com dores na costela, teve que sair e foi substituído por… Patrik! Poderia ter entrado Daniel Carvalho ou mais um atacante. Ah, Felipão… Dois minutinhos depois, o Paraná empatou. Não foi bola aérea, acredite! O atacante recebeu um cruzamento rasteiro e chutou pro gol, Bruno fez grande defesa mas, Luisinho, aproveitou o rebote e guardou. Na cabeça da gente aquele pensamento nebuloso, negro e cheio de apreensão… será que… de novo?

Levamos bola na trave, tivemos dificuldades para chegar na área no segundo tempo, sentimos uma boa dose de aflição, nos aborrecemos com as substituições do Felipão, que tirou Barcos para colocar Fernandão, ficamos irados porque Patrik não fazia nada em campo, nos decepcionamos porque o Palmeiras fazia de tudo para garantir esse resultado magrinho, ao invés de ir pra cima e matar o jogo lá mesmo…

Mas, por mais que algumas coisas nos irritassem, não podíamos deixar de ver que Mazinho fazia sua estreia que nem gente grande, e jogava muito bem; que o nosso Zorro/bandido mexicano/cantor de boleros, Valdivia (de quem precisamos tanto para conquistar o que queremos), voltando de contusão, ainda sem ritmo, naquele gramado encharcado, pesado, buscou jogo, se movimentou, correu, deu carrinho, foi muito importante em campo; não podíamos deixar de ver que Bruno, seguro, também fazia uma boa partida, fazia defesas importantes; que Henrique, o nosso xerife, joga muito, e que nem tudo era motivo de reclamações.

E não era mesmo! Aos 33′, o botinudo do Henrique Alemão, cometeu pênalti em Patrik (!?!). Na ausência de Assunção, Henrique é o cobrador oficial. E cheio de moral, o xerife cobrou, muito bem por sinal, e colocou o Palmeiras em vantagem. Que alegria eu senti! Andamos levando tantas cacetadas nos últimos jogos, que temos que comemorar as coisas boas, por menor que elas sejam, quando elas nos acontecem. Felipão ainda colocou Román em lugar de Cicinho (imagina se ele não ia colocar mais um zagueiro?) e o jogo terminou (o bigode do Mago deu sorte) com a vitória do verde mais lindo do mundo!

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Deu um alívio imenso quando o juiz apitou o final; dá um alívio imenso quando o Palmeiras ganha. Mesmo que seja de um jogo feio, mesmo que tenhamos nos aborrecido com algumas coisas… Basta ele ganhar e a gente fica leve, ri mais fácil, se sente de bem com a vida, acha tudo mais bonito… E foi assim que fomos dormir, embalados pelos muitos risos que um ‘bigode latino’ nos trouxe; aliviados pela vitória que nos dá duas semanas de tranquilidade; um tanto esperançosos de que Felipão consiga enxergar um outro caminho; livres da aflição e do temor de mais um insucesso; um pouco mais relaxados para o jogo da volta … e com os nossos corações menos tristes, cantarolando um ritmo latino…

“…Solamente una vez, amé en la vida. Solamente una vez, y nada más…”

Na quarta feira, o Palmeiras foi ao Ceará enfrentar o Horizonte, pela Copa do Brasil. Venceu a partida por 3 x 1 e eliminou a partida de volta. Maravilha! Pelo resultado… e pelos parmeras todos de lá, que ficaram tão felizes de poder ver o time.

Eu poderia escrever sobre a dificuldade que tivemos em marcar o nosso primeiro  gol…

Poderia falar que não achei nada legal ver o Palmeiras entrar em campo com Barcos, sozinho no ataque, e um monte de gente lá no meio (4 volantes!).

Poderia reclamar do esquema de Felipão, que prejudicou o Pirata um bocado,  e ele tinha que ir até o meio campo buscar jogo…

Ah, eu poderia ficar muito brava porque foi o Horizonte quem abriu o placar, aos 17′ do primeiro tempo, num erro de Leandro Amaro…

Talvez eu pudesse perguntar porque cargas d’água a gente contrata jogador, para depois ficar inventando posição pra ele, como Felipão faz com Wesley, fazendo-o jogar na esquerda…

Também poderia criticar uma certa substituição… Wesley saiu para entrar Maikon Leite, e todo mundo imaginou que Barcos estava salvo, mas, cinco minutos depois, Felipão sacou Barcos e colocou Ricardo Bueno. Coitado do Pirata… Só na cabeça de Felipão, Barcos pode dar lugar a quem, há tantos jogos, tem sido tão inútil!

Apesar de que essas coisas não podem deixar de ser ditas, mesmo com a vitória alcançada, eu escolho esquecer que não fizemos um bom jogo… Escolho recordar que na “linha do Horizonte” apareceu um Palmeiras! Afinal, fomos buscar a classificação e voltamos com ela! Prefiro me lembrar só do que aconteceu de bom. Vou me lembrar dos dois gols de Leandro Amaro que, se redimindo do erro do primeiro tempo, aproveitou duas bolas que Assunção levantou na área, aos 34′ do primeiro tempo e aos 22′ da segunda etapa, empatando e virando a partida.

Quero me lembrar muito do golaço de Maikon Leite, que veio depois, aos 27′, numa jogada de contra ataque em que ele recebeu na entrada da área, tabelou com Ricardo Bueno (o poste) e bateu lindamente, sem chances pro goleiro, liquidando a fatura e mandando o Palmeiras à outra fase, sem o jogo de volta.

E vou me lembrar pra sempre, da alegria dos irmãos palestrinos, lá de longe, que têm tão poucas chances para ver o time do coração jogar, que têm tão poucas chances de estar mais pertinho dos seus ídolos… Às vezes, a gente aqui no Sudeste, imagina que o time vai estar sozinho, quando vai jogar fora de seus domínios. Mas que engano! Os palestrinos do mundo inteiro nunca deixam o Palmeiras sozinho! Eu faço questão de me lembrar do quanto os amigos do Nordeste torceram, cantaram, do quanto eles comemoraram os gols e a classificação.

E muitos deles nem puderam dormir direito à noite (sei bem o que falo), só porque o Palmeiras ia jogar lá. E muitos deles viajaram horas, vindo de outros estados, para encontrar o time amado, para ver o, agora embaixador palestrino, Marcos, o nosso Santo, que foi com o time e iria se encontrar com alguns torcedores, felizardos ganhadores de uma promoção promovida pelo Palmeiras.

Fiquei tão contente por eles… Fiquei tão feliz pelo Jean, meu amigo palestrino, que estava tão nervoso antes do jogo, tão ansioso, querendo ver o Palmeiras jogar, sonhando com a hora de encontrar Marcos… Me senti tão orgulhosa de ver os irmãos de sangue esmeralda, lá do Nordeste, tão parceiros, fazendo protesto e pedindo mais jogos do Palmeiras na TV…

E, para terminar, deixo aqui o relato do Jean…

“Talvez, daqui alguns anos, muitos irão esquecer desse jogo, mas, para mim, será inesquecível; um jogo que entrou na história pelo fato de o time ter trazido um Santo com ele. Não foi a primeira vez que vi o São Marcos de perto, mas foi a primeira vez que pude falar (mesmo nervoso e gaguejando) e bater uma foto com ele. São Marcos é ainda mais simpático pessoalmente e fazia questão de bater as fotos e atender a todos que estavam ali.

Mas, falando do jogo, Dia de Palmeiras é sempre um dia especial!! Só que dessa vez, me gerou mais ansiedade e adrenalina! Isso pelo fato de eu pensar: “O PALMEIRAS VAI JOGAR AQUI”!!! E juro que em todo jogo que vou é assim, as horas vão chegando, o jogo vai começar e eu ainda sem acreditar que estava no estádio, que ia ver o Palmeiras de perto mais uma vez, e realmente a “ficha” só caiu quando os jogadores entraram em campo para o aquecimento.

Nesse jogo contra o Horizonte, a torcida do Nordeste mostrou mais uma vez a grande força que tem. Sim, falo do Nordeste porque, no estádio, estavam torcedores que viajaram dos estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e de muitas cidades vizinhas. Viagens sacrificantes, por serem no meio de semana, mas que valem muito, pelo fato de ser uma chance de ver o Palmeiras de perto. Um amor que une pessoas de diferentes partes do Brasil.

Fizemos por onde honrar o time, cantando, gritando, empurrando, e saímos orgulhosos do time que obteve a classificação e de nossa torcida que faz o Palmeiras jogar em casa, em qualquer parte do Nordeste.

E por fim quero em nome de todos fazer um desabafo, podemos não ter o privilégio de sempre ter jogo do Palmeiras aqui, mas somos torcedores, amamos o Palmeiras e merecemos mais respeito da imprensa esportiva, por isso levamos esse desabafo ao estádio em forma de faixa. Não queremos muito, apenas queremos ver nosso time na TV aberta. O pouco que temos, eles querem nos tirar.

Obrigado a Tânia Clorofila pelo espaço. E um abraço a todos os Palmeirenses do Brasil, que também estão esperando uma oportunidade de demonstrar o seu amor em um estádio.”  – Jean Bruno Terto Montenegro

Obrigada pela colaboração, Jean! Receba o meu abraço também, e mande muitos outros aos amigos palestrinos do Nordeste.

E, não importa onde, SE O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!!