“Quanto mais difícil é a subida mais bonita vai ficando a paisagem e a vista que se tem dela…” 

De técnico novo, o Palmeiras teria uma sequência de partidas pela frente pra se recuperar, ou para se complicar, no campeonato… SPFW, Chapecoense, Ponte Preta e Avaí. Uma sequência teoricamente fácil, mas, como ela começaria com um clássico, um mau resultado poderia trazer pressão suficiente para que tivéssemos problemas nas outras partidas.

A torcida estabeleceu que teríamos que fazer 12 pontos em 4 jogos, ou, no mínimo 10. Mas teve quem achasse que não passaríamos pelos leonores  e perderíamos muitos pontos pelo caminho (né, Jumento-Falante?)…

Era o primeiro jogo do técnico Marcelo Oliveira, o MO, em casa. O dia em que ele seria apresentado à torcida, à nova família. Quase 30 mil parmeras estavam no Allianz para lhe dar as boas-vindas.

Imaginávamos que o Palmeiras ganharia, mas, ao mesmo tempo, temíamos que o adversário, depois da surra e da aula de futebol no último confronto, viesse querendo revanche, e isso nos dificultasse as coisas. O falastrão Luís Fabiano, que jura que, “sozinho, faz mais gols que o ataque do Palmeiras” – aham -, cujo custo x benefício a imprensa nunca calcula, tinha dito que o placar de 3 x 0 não se repetiria nunca mais.

Ele até que tinha razão, mas não do jeito que imaginara… O Palmeiras atropelou o SPFW. E não fez 3 mesmo, fez 4 x 0… e ficou barato.

Antes do jogo, na press, era um tal de “adversário do G4 pra cá”… “SP candidato ao título” pra lá… e, pela segunda vez seguida, o Palmeiras massacrou o São Paulo e os seus rótulos todos – nenhum adversário joga tranquilo no Allianz Parque mais.

Os primeiros vinte minutos foram de algumas tentativas sem muito perigo, de alguns escanteios. O adversário tentava com algumas ligações diretas (depois do jogo, Rogério Ceni esqueceria completamente esse “detalhe”), mas não levava grandes perigos ao Verdão. Teve até mais posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela. Se o Palmeiras tivesse ficado mais com a bola, tinha enfiado uns 8 na sacola do “inaposentável” goleiro.

Enquanto o Palmeiras se mostrava compacto, organizado, bem postado em campo, o time adversário era uma desorganização só, errando muitos passes, sem criar nada (como alguém tem coragem de chamar o Ganso de “maestro”?), sem conseguir marcar os velozes jogadores do Palmeiras e, nas poucas chances que teve, finalizou pessimamente. Pato, Ganso, Luís Fabiano… em campo, eram um nada de benefício para tanto custo – sem falar no “empolgadíssimo” Wesley, que agora “dorme” no banco de reservas (se ferrou nessa também, né Vaidar?)

E,  assim, se valendo de acerto nos passes e contra-ataques decisivos, o Palmeiras foi construindo a sua vitória com bastante facilidade.  4 x 0, para nossa imensa alegria.

Leandro Pereira e Victor Ramos, marcaram no primeiro tempo, Rafael Marques – o Senhor dos Clássicos – e Cristaldo – o iluminado -, na segunda etapa. Egídio, jogou demais e deu três assistências a gol.  E teve Leandro puxado na área e o juiz fazendo de conta que não viu… teve Victor Ramos metendo uma bola na trave, e cabeceando uma outra, de longe, que encobriu Rogério e quase entrou… teve um chute cruzado de Dudu, que por muito pouco Leandro Pereira não pega e guarda no gol de Rogério “a falha nunca é minha” Ceni…

Teve a torcida do Palmeiras, divertidíssima, pedindo a entrada de Wesley… teve olé do Verdão pra cima das vizinhas… e teve 3 pontinhos deliciosos na conta do Palmeiras. Foi uma festa! A parmerada saiu do Allianz Parque cantando, feliz da vida.

E então, no meio da semana, enfrentaríamos a Chapecoense em nossa casa.

MO já tinha nos mostrado resultados do seu trabalho no time mais ajustado que tínhamos visto no clássico. Certamente tinha o toque dele na melhora de rendimento do Dudu, na partidaça do Egídio, no Arouca conseguindo jogar tudo o que sabe (que dupla e tanto ele faz com Gabriel), na defesa melhor posicionada. Mas a Chapecoense viria jogando atrás, sabíamos bem disso, e sabíamos também que isso costuma nos dar mais trabalho.

Mas não tínhamos nem 30 segundos de jogo e, por pouco, Leandro Pereira não abriu o placar. Chutou forte, o goleiro espalmou, Robinho ficou com a sobra, mas errou o chute.

Ainda que não tivesse a mesma  intensidade do jogo anterior, e não apresentasse o bom futebol do clássico, o Palmeiras não teve dificuldades para conduzir a partida, e fez valer estar em seus domínios. Deu muitos espaços para a Chapecoense, é verdade, mas as conclusões das jogadas adversárias não nos assustou pra valer e, salvo alguns raros ataques com perigo, Prass foi um mero espectador. O nosso único senão foi a dificuldade  de penetração, de criação de jogadas (Fica, Mago), que  costuma aparecer sempre que um adversário nosso vem na retranca, dificuldade que se acentua pela falta de um jogador para encontrar espaços onde eles “não existem” (sim, Valdivia faz falta para completar esse time).

E como faltava sempre alguma coisa para chegarmos efetivamente ao gol, o jeito foi chutar de longe – o Palmeiras de Marcelo Oliveira chuta bem mais a gol agora -. Egídio (tá numa fase e tanto), aos 27′, recebeu de Dudu e, de fora da área, chutou forte para marcar o primeiro  do Palmeiras. A bola desviou no jogador adversário antes de entrar. Festa no Allianz, nosso Palmeiras buscando mais três pontinhos…

Mesmo com algumas dificuldades para criar chances mais claras de gol, para entrar pelo meio, eu achava que o Palmeiras tinha a partida na mão, estava sossegada e, depois do gol então, fiquei ainda mais tranquila.

No segundo tempo, o Palmeiras  passou a ter total controle do jogo, criou algumas oportunidades, e as chances de contra ataque do adversário sumiram, sobraram só as botinadas, que os adversários distribuíam sem cerimônia. Tudo sob controle… mas a torcida queria mais um golzinho…

MO então, sacou Dudu (ele estava jogando bem) e Leandro Pereira,  colocando Zé Roberto e Cristaldo. E o “Churry”, com uma luz brilhando em cima da cabeça dele, com um minuto em campo, desceu pela direita e passou para o Egídio lá do outro lado. Egídio cruzou, Robinho, no primeiro pau, deu uma desviada, e quem é que apareceu pra guardar? Ele mesmo, “Churry” Cristaldo, nosso talismã. Palmeiras 2 x 0 e… “Festa no chiqueirooooo…”.

O Palmeiras ganhava mais uma, fazia 15 pontos, e subia para a 12ª posição na tabela. Segura o  porco!!

E lá foi o Verdão, em busca de mais três pontos, jogar com a Ponte Preta em… Cuiabá, a Arena Pantanal. A parmerada de lá (quanta gente) fez a maior festa já no desembarque do Verdão.

Coisa linda essa torcida! Uma demonstração explícita de amor, sem censura, permitida para todas as idades. De arrepiar!

E na hora do jogo não foi diferente… Time e torcida em perfeita harmonia. E o Palmeiras  correspondeu ao amor recebido, à festa, às lágrimas de alegria de muitos, que desde 2008 não tinham a chance de ver o Palmeiras jogar.

Rafael Marques e Dudu então, abusaram! Nosso “Edmundo”, na versão ‘Duende’, e Benzemarques comandaram o Verdão em mais uma  vitória. Mas Gabriel, Arouca, ‘Mito’ Hugo, Victor Ramos e Prass decidiram que não tomam mais gol. Terceira vitória seguida, 8 gols feitos e nenhum (eu disse nenhum) tomado. Tá bom pra você? Pra mim, está  ótimo!

Marcelo Oliveira vai mesmo acertando o time, fazendo com que ele produza mais, ajudando os jogadores a mostrar o seu melhor futebol. A reação do Palmeiras não acontece por acaso…

E diante da Ponte – que deu um sustinho na gente logo no comecinho – foram necessários apenas oito minutos para que o Palmeiras abrisse o placar. Gilson afastou mal de cabeça, e a bola sobrou para Rafael Marques, que colocou a bola na cabeça de Dudu, e ele guardou. Gol de cabeça do nosso  duende, pode? Pode sim! E que festa fez a parmerada em Cuiabá; que festa eu fiz em casa porque o gol era do Dudu. Saiu a zica! Tchuuuupem, “recalcados pelo chapéu tomado”!

Não assisti direito ao primeiro tempo – só depois -, mas sei que só deu Palmeiras. A Ponte, voltaria a aparecer com perigo aos 37′,  no entanto, o seu jogador mandou a bola por cima do gol.

Em seguida, Benzemarques, “garçonzérrimo” da noite, mandou a bola  pro meio da área, Dudu apareceu pra chutar de primeira e guardar (de novo) na rede da Ponte. DÁ-LHE, DUDU!

No segundo tempo, achei que o jogo ficou mais morno, com poucas chances para os dois times. Mas o Palmeiras se mantinha no controle da partida, seguro na defesa, seguro na boa partida de Gabriel (ele joga muito) e Arouca.

E, lá na frente, já nos últimos cinco minutos, por pouco Dudu não faz o terceiro. Zé Roberto deu um belo passe para Dudu, ele driblou o goleiro, mas chutou pra fora. Aí, foi a vez de Cristaldo quase fazer o terceiro aos 44′, mas impediu.

E assim, o Palmeiras conquistou mais 3 pontos, subiu para o º lugar com 18 pontos…

E hoje tem mais… No Allianz Parque, para um público de 36 mil parmeras (até a hora em que escrevi), o Verdão, já de olho no G4, receberá o Avai.

O CALDEIRÃO DO PORCO VAI FERVER! VAMOS GANHAR, PORCOOOO!

 

 

 

‘…Tão faminta da alegria
Hoje é porto de partida.
Ah, vira, virou, meu coração navegador…”

O pesadelo está chegando ao fim…

Eu tinha tido um aborrecimento, daqueles bem aborrecidos, quando me preparava para assistir à partida do Palmeiras diante do Avaí. Pra piorar, meu PC tinha dado os seus últimos suspiros. De tão contrariada e fora do ar minutos antes, eu agora parecia estar anestesiada, petrificada, e achei que não iria conseguir prestar atenção em nada, mas, mesmo assim,  fui assistir ao jogo. E como não ir?

Com todas as emoções em stand by me sentei diante da TV quase sem enxergá-la, enquanto conversava com um amigo, via Whatsapp. Aos poucos, fui percebendo que não havia como ficar blindada do que acontecia na TV… não havia como ficar imune aos sons do jogo.

O Avaí, por estar em casa, começou a partida indo pra cima do Palmeiras; eu vi os seus jogadores levar algum perigo ao nosso gol, algumas vezes, e vi depois o gol do Avaí… Ainda em estado “pétreo” eu só consegui pensar: Que saco!

Mas aquele “bichinho” que mora no nosso sangue, e que basta o Palmeiras estar em desvantagem, ou sendo prejudicado, já se manifesta, acordando todos os nossos sentidos, começou a me trazer de volta. Lentamente…

Vinícius chutou no canto do goleiro e, mesmo com dificuldades ele pegou. Filho-da-mãe! Meu botão torcedora começava a ser acionado… Minutos depois, Valdivia fez fila na entrada da área, tabelou com Mendieta e recebeu a bola na cara do gol. Livrinho! A bandeirinha,  Edina Alves Batista, que já tinha deixado de marcar um escanteio inquestionável pro Palmeiras (eu só vi quando assisti o replay do jogo), levantou o garfo e garfou o nosso empate, apontando impedimento, inexistente, de  Valdivia. V$%@ca!! As emoções pareciam continuar em stand by, engavetadas. Mas as gavetas começavam a se abrir…

Mendieta cobrou falta, e eu nem vi que Vilson quase conseguiu desviar; só quando passaram o replay é que percebi. O ‘bichinho’ no sangue dava sinais de vida, revoltado com aquele impedimento mandrake, inventado, querendo um gol do Palmeiras. E então, Leandro foi derrubado na área, e o juiz, Felipe Gomes da Silva (a arbitragem era toda do PR) não marcou o pênalti – e já são inúmeros sem marcar nesse campeonato, no campeonato passado também. Leandro e o zagueiro se desentenderam, e o Eduardo Costa, do Avaí, agrediu o Leandro pelas costas (cadê o Gambazek pra ligar pro tribunal?). O juiz viu e deu… AMARELO!!! (E aí, “seo Ximit”? Vai pegar a imagem da agressão e punir o jogador? D-U-V-I-D-O). A sacanagem habitual, que já tinha sido absurda diante do América-MG,  e nesse jogo tomara corpo na marcação do impedimento mandrake do Mago, crescia descaradamente… um pênalti a favor do Palmeiras  e uma agressão sofrida por um palmeirense passavam batido…

Não é interessante que só as agressões que os jogadores do Palmeiras sofrem não têm suas imagens caçadas, nem jogadores denunciados e punidos, não têm torcedor profissional de imprensa telefonando pro STJD. O sangue começava a esquentar nas veias da “pedra”…

O primeiro tempo se encaminhava para o final quando Juninho recebeu pela esquerda e cruzou para Valdivia. O Mago, com uma categoria enorme, mesmo tendo um zagueiro colado à ele, e também por isso, só deu um toquinho, meio em diagonal, e ela foi morrer no cantinho do goleiro. Que gol lindo!!! O gol e a comemoração do Mago romperam a blindagem das minhas emoções e as lágrimas escorreram pelo meu rosto. O Palmeiras tinha empatado. Não tem como ficar em estado letárgico diante  da grandeza de um gol do Palmeiras, diante de um gol do meu ídolo. Não há pedra alguma que resista à essa alegria. Eu sabia que o Verdão iria buscar a vitória.

Estava acabando o primeiro tempo, Leandro tabelou com Mendieta e chutou forte. O goleiro defendeu, à queima roupa, e o rebote foi para Wesley dentro da área. Ele finalizou e eu pensei que seria o segundo, a virada, mas o maledeto do goleiro, sei lá como, defendeu. Antes do apito final, Prass fez uma bela defesa, de carrinho.

No segundo tempo, Kleina deve ter acertado algumas coisas, orientado os jogadores, porque o Palmeiras voltou mais acertadinho, com fome de gol. E quase fez, logo de cara. Wesley enfiou uma bola linda pro Wendel, que cruzou lá na cabeça do Leandro, e ele cabeceou por cima da trave. Quase!

Em seguida, duas jogadas de perigo com Valdivia e Mendieta. Na primeira, o Mago, de olho roxo pela violência, IMPUNE, do jogo anterior, e apanhando um bocado nesse também, achou o Mendieta lá na área – com que facilidade ele faz isso -, mas Mendieta demorou pra chutar e deu tempo do adversário desarmá-lo; na segunda, Valdivia tocou pelo meio, para Mendieta chutar e ela passar pertinho do gol. A bola e o Mago estavam querendo um gol paraguaio… A “pedra” também…

Uns dez minutos depois, foi a vez de Prass fazer uma defesa no canto; nem demorou muito, nossa zaga vacilou e o Avaí conseguiu fazer o segundo.  Por essa a gente não esperava. As últimas camadas da minha blindagem se dissolviam de vez… O Palmeiras perdendo, arbitragem roubando… A pedra ia ganhando calor, voltava a ser de carne…  Vamos ganhar dos adversários de “preto” também, Verdão!

Graças a Deus, não levou muito tempo. Valdivia arrancou pela direita, viu Mendieta na área e rolou pra ele, que só teve o trabalho e a competência de guardar. O gol paraguaio tava na rede!! E a parmerada em festa! Emoção em stand by o escambau! O coração da “pedra”, batendo mais forte, quase morria de alegria pelo empate. Vamos virar! Força, Palmeiras!

O Palmeiras queria vencer! Vinícius chutou, mas o goleiro desviou… Valdivia deu um passe lindo pro Juninho (esse Mago joga muito) e ele foi derrubado dentro da área. Mais um pênalti que a arbitragem “não viu”. Malditos árbitros, que nos roubam desde 1914!

Deve ter alguma ordem superior para que pênaltis a favor do Palmeiras não sejam marcados, porque não dá para acreditar que vários árbitros, habilitados a apitar partidas de futebol, achem normais as faltas escabrosas que nossos jogadores têm sofrido dentro da área, em quase todos os jogos, e as deixem sem marcação, ou que sejam tão incompetentes. E que as achem infrações quando elas são a favor de outros times… Depois, as imagens somem e fica tudo “certo”. Tá bem estranho isso aí, viu Dona CBF e Dona Comissão de Arbitragem? Será que aqueles telefonemas, denunciados pelo Gutemberg, que pressionam árbitros a favorecerem o time do governo, têm a sua versão Apito Inimigo, pressionando árbitros a desfavorecerem o Palmeiras? Hummmm…

Mas o Vinícius, que, assim como seus companheiros, devia estar de saco cheio com a roubalheira da arbitragem, com pênaltis não marcados, agressões impunes, faltas invertidas, outras não assinaladas, resolveu que o Palmeiras tinha que ganhar dos 14 adversários que estavam em campo. Perto dos 40′, ele carregou a bola pelo meio, se livrou dos marcadores e meteu a bomba lá da intermediária. A bola até tentou nos enganar, batendo na trave, mas, seduzida pelo belo chute de Vinícius, pela vontade de vencer do time do Verdão, ela se entregou e foi morrer no fundo da rede.  Coisa linda! Era a virada do Palmeiras. Tchuuupa, juiz! A “pedra” não conseguia parar de sorrir…

E para completar a deliciosa virada pra cima da arbitragem e do Avaí, aos 43′, Wesley cobrou falta na trave e, no rebote, Eguren, que havia entrado três minutinhos antes, no lugar do aplaudido Valdivia,  (que coisa, viu Kleina? Eguren tem que jogar mais tempo), guardou o quarto gol do time que a arbitragem prejudicara a partida inteira.

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Virada espetacular do Verdão, com goleada gringa. Pela primeira vez, o Palmeiras tinha 4 gols de atletas de nacionalidades diferentes; pela primeira vez, três estrangeiros, de nacionalidades diferentes, marcavam gols numa partida (pela primeira vez, uma “pedra” pulava de alegria e chorava de emoção).

Os gols de Valdivia (Chile), Mendieta (Paraguai), Vinícius (Brasil) e Eguren (Uruguai) guardados como fato inédito na nossa história. Tchuuupa, Tamoxunto!

O Palmeiras, decidido, caminha a passos largos pela estrada de retorno  à Série A. E a torcida, feliz, caminha com ele.

A arbitragem é que deve ter ficado “xatiada”…

Essa publicação precisou ser editada, para que pudesse ficar registrado aqui, que o juiz de Avaí x Palmeiras, Felipe Gomes da Silva,  que foi um desastre na partida, na rodada seguinte, foi ‘premiado’ e ‘promovido’ (passou no teste?) para apitar um clássico da série A entre Cruzeiro e Corinthians. E deixou de dar um pênalti escandaloso a favor do Cruzeiro, que briga pelo título, beneficiando o time do governo, que está em crise, que não briga por coisa alguma, a não ser pelo dinheiro dos cofres públicos.
Parece que o Gutemberg tinha mesmo razão…

Hoje tem Palmeiras x Avaí… Jogo que deveria ser favas contadas para o Palmeiras, mas, depois do que vimos no jogo passado…

O jogo passado… Tinha me decidido a não escrever sobre  Palmeiras x América-MG. Foi tão pouco o que vimos em campo, que seria até um desperdício de tempo e palavras. Mas, talvez, seja por isso mesmo, que eu tenha mudado de ideia… para desperdiçar as palavras que ficaram entaladas na minha garganta, as que quis usar e não pude…. e para falar sobre algo que me causou uma profunda impressão.

Quando chegamos em Itu, tinha carro que não acabava mais. Por mais próxima que a cidade seja de Sampa, não é tão simples para o torcedor se deslocar para acompanhar o Palmeiras lá. Você vai me dizer, mas é por culpa da sua própria torcida que o Palmeiras está tendo que mandar quatro jogos em Itu. Eu sei, mas isso não muda o fato de que não é fácil o torcedor ir até lá. E sei também que punição rigorosa é só para  o Palmeiras. Uma outra torcida jogou sinalizadores no campo, e o time dela pegou só uma partida de suspensão. E é a mesma torcida que, não faz muito tempo, matou um torcedor usando um…  sinalizador! Legal, né? Só que não… Não concordo com as besteiras que as torcidas fazem, mas ter um critério de julgamento para cada time, não dá. De uma “lisura” admirável esse pessoal do tribunal, não é mesmo?

Do jogo passado, nada de bom a comentar. Um dia lindo, um sol maravilhoso, mas, no campo… só as trevas do mau futebol praticado pelos dois times. Tomamos um gol besta, numa falha da zaga e do goleiro; erramos passes pra caramba; fizemos jogadas equivocadas inúmeras vezes; Kleina teve uma amnésia e pensou que ainda era técnico da Ponte (jogo sim, jogo não, ele tem esses surtos); Tiago Real não conseguia chamar para si a condução do jogo; Juninho fez uma partida muito ruim, Márcio Araújo também; Leandro, nosso melhor atacante, anda sendo desperdiçado pelo técnico, que insiste em dar umas “felipadas” de vez em quando, escalando e substituindo mal, utilizando jogadores fazendo outra função (até dou um descontinho pra ele, por causa do DM sempre cheio de gente, que é algo que a diretoria tem que investigar e resolver); teve o Maikon Leite que não se decide a sair da mesmice, teve o time todo abaixo do que se esperava dele… e teve o Caio, que perdeu três (eu disse três) gols feitos. Três chances… chances pelas quais, às vezes, um atacante passa 90 minutos esperando. Chances, que não podem ser desperdiçadas quando surgem. Chances, que nos teriam dado a vitória. Mas Caio teve  aproveitamento de 0% nessas oportunidades. Assim não dá, mesmo! Os jogadores até que se esforçaram, não concordo com os que falam que faltou empenho. Mas só empenho não basta. E, ora faltava talento, ora faltava neurônio ativo, faltava uma jogada diferente…

E a torcida perdia o rumo, perdia a vontade de cantar, perdia até a vontade de brigar… Eu não esperava ver um Palmeiras maravilhoso na série B,  mas é o fim da picada vê-lo ser derrotado pelo lanterna da segundona. Por mais problemas que nosso time possa ter, os outros times são piores. Não há desculpas para essa derrota.

Nossos jogadores precisam se conscientizar que o Palmeiras está na série B, mas não é time de série B. Basta que eles comparem os seus salários com os dos jogadores dos outros times; basta que comparem a qualidade do material esportivo que têm à disposição, comparem a estrutura que o Palmeiras lhes oferece com a dos seus atuais adversários… basta que tenham consciência da quantidade de torcedores palmeirenses espalhada pelo mundo… basta que pensem grande, como é grande a camisa que vestem. Basta que se recordem do quanto sonharam estar num clube como o Palmeiras. Pois agora, que façam valer o sonho que realizaram, e nos ajudem a realizarmos os nossos.

Um time do Palmeiras, seja ele qual for, tem sempre que entrar em campo (você também, viu Kleina?) ciente da sua superioridade. Respeitar o adversário é necessário, é próprio de quem é grande, mas “agredi-lo” em campo é fundamental, ousar é fundamental, e também é próprio de um time grande, e não esperar/permitir que eles venham nos “agredir”. Fizemos tanto isso nos dois anos passados que, agora, qualquer timeco, qualquer jogadorzinho, se acha no direito de nos desrespeitar, para ganhar seus quinze minutos de fama nos noticiários esportivos, antes de voltarem para o lodo do ostracismo onde encerrarão a carreira.

Por tudo isso, foi muito dolorosa aquela derrota…

Na saída, eu ainda comentei com um amigo, que aquela “procissão” me lembrava as saídas no Palestra… Mas foi então que algo, ao qual não estou acostumada, me chamou a atenção. Eu ‘ouvi’ o impressionante silêncio que fazia a torcida… Ele era tão grande, que seria impossível não ‘ouvi-lo’… Era tão assustador que parecia nos comprimir, nos guiar para os portões de saída. Estraçalhou meu coração perceber que todos nós sentíamos medo… Mesmo sem admitirmos, o medo passava em nossos corações. E o palmeirense, caminhando em sua via-crucis, se mantinha calado, ou então conversava bem baixinho, cabisbaixo, olhos sem vida, com sorrisos de plástico, sem graça… Quanto mais essa gente vai ter que sofrer?

Sei que o Palmeiras se encontra arrasado, após sucessivas e péssimas administrações. Entendo perfeitamente a postura da diretoria, que, em muitos aspectos, age certinho na tentativa de tapar os buracos e salvar o Palmeiras do colapso total.  Sempre soube que a Libertadores e o Paulistão, que jogamos neste ano, tinham que ter sido planejados em 2012 e não a partir de Janeiro de 2013. Sei que Tirone deixou “bombas-relógio” prontas para explodirem no colo de quem o sucedesse. Deu aumento, retroativo, para o artilheiro do time – que já não queria ficar de jeito nenhum para jogar a série B – e não pagou os seus salários; comprou Wesley – que seria o seu “cabo eleitoral” na tentativa reeleição – por uma fortuna, e não pagou; recebeu em adiantamento 75% das receitas de 2013, deixando o seu sucessor sem ter de onde tirar dinheiro a curto prazo; fez um empréstimo vultuoso às vésperas de deixar o clube; dispensou 22 jogadores do elenco e trouxe dois… e, o mais importante, entregou ao seu sucessor um time rebaixado, de elenco reduzidíssimo, com dívidas; um time que ele permitiu que fosse desrespeitado, que fosse prejudicado pelas arbitragens, de todas as maneiras que elas foram capazes de fazê-lo… um clube humilhado, de “carteira vazia” e prontinho para um vexame inimaginável em 2013. E há os que ainda digam que eles não foram tão ruins assim.

E é por isso que, embora eu não goste nada do que acontece agora, eu procure entender algumas coisas. Paulo Nobre vai consertando as coisas; vai fechando as “rachaduras” por onde escoavam milhões de reais pertencentes ao futebol. Mas… e sempre tem um mas… penso ele que vai ter que se desviar um bocadinho do seu planejamento.

E é com você que eu falo agora, Paulo Nobre. Sabe presidente, sei que você tá “cortando um riscado” como dizem por aí, sei que você tem trabalhado, incansavelmente, quase 3/4 das horas do seu dia, para acertar as coisas no Palmeiras; sei que você chegou ao poder com um planejamento meticulosamente preparado; sei que você encontrou as coisas bem piores do que as informações que lhe foram passadas lhe permitiram saber; sei que você é um homem de bem, um palestrino apaixonado e um dirigente dedicado; sei que você sabe que é preciso que algumas “medicações” sejam doloridas para nos curarmos de algumas coisas, e  sei que você vai ministrá-las… Sei de tudo isso e tamoxunto!

Mas eu sei também que não vai ser suficiente montarmos um time com perfil de série B,  para ganharmos o campeonato e voltarmos à primeira divisão – ainda que a gente saiba que na série B a pegada é outra. E depois? O que acontecerá no ano do nosso centenário? Vamos montar um outro time? Veja bem, se montarmos um time de série B, estaremos nivelados com os demais da Série B, e quem nos garante que, nivelados aos demais, a gente consiga mesmo subir? Perder do América-MG tem que nos servir de alerta.

Temos que montar um time de Série A, presidente! Para ser consequência faturarmos o campeonato da B. Para entrarmos de cabeça erguida em 2014! 2014 será o ano mais importante que viveremos como palestrinos. Nenhum de nós estará aqui no bicentenário… Já pensou nisso? Somos privilegiados por estarmos aqui nesse momento. 2014, tem que ser uma das mais belas páginas da nossa história, e seremos nós que vamos escrevê-la. E é você, presidente, quem nos dará o papel e as tintas…

Não quero mais sentir medo, presidente. Quero só o meu Palmeiras de volta e confio em você para fazer isso.

Que Deus o conduza e o ilumine.

REAGE, PALMEIRAS! VOCÊ É GIGANTE!

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“O Palmeiras merece a generosidade dos que o servem…” (Belluzzo)
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Eu poderia falar do Palmeiras que entrou em campo com Lincoln e W.Paulista, como a torcida tanto pediu…
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Poderia falar do carinho que a torcida tem por Felipão, e em como ele é aplaudido todas as vezes que faz a sua entrada no campo; em como isso já deixa nosso coração diferente a cada início de partida…
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Talvez eu devesse falar do belo futebol que o Palmeiras apresentou diante do fraco Avaí. E que, mesmo sendo um time fraco, tendo dois laterais ruins e um goleiro inexperiente, não foi a causa do belo futebol do Verdão e nem tirou o mérito e o brilho da apresentação do Palmeiras…
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Poderia falar que Luan, ontem, foi sensacional! Que, em minha opinião, ele foi o melhor jogador da partida. Que toda a luta e empenho, que ele tem apresentado em todas as partidas, foram premiadas com dois gols e lances muito bonitos. Que eu fiquei arrepiada quando o Canindé inteiro começou a gritar seu nome, em reconhecimento ao que ele fazia em campo. Que fiquei com os olhos cheios d’água quando percebi a alegria de Cicinho, vendo seu companheiro ovacionado. Poderia falar em como me pareceram desconfortáveis e negativas, aos atletas, as atitudes de uns poucos mentecaptos…
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Talvez fosse melhor que eu falasse que Cicinho joga prá caramba!! Que eu fico impressionada vendo aquele jogador, magrinho, raça pura, nos dando alegrias na lateral direita, como há muitos anos, mas muitos mesmo, a gente não tinha…
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Quem sabe eu devesse contar que o time todo  foi bem. Que Thiago Heleno é uma beleza de zagueiro; que nosso “Caramujo” joga muito; que o nosso lorde Assunção (sim, ele é um lorde), de futebol elegante, fez uma bela partida; que Lincoln correu e lutou muito, armou o jogo e saiu aplaudido quando foi substituído; que W.Paulista se movimentou muito bem; que Marcos fez defesas importantes…
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Talvez o leitor prefira que eu fale da bela performance e do golaço, maravilhoso, do nosso Gladiador… que,  equivocado e talvez mal orientado, ao final do jogo acabou dando uma declaração totalmente desnecessária…
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Talvez eu devesse falar daquele estádio que cantava sem parar, das inúmeras famílias presentes, e daquelas crianças de olhinhos brilhando com todos os lances de emoção e com os gols que o Palmeiras marcou…
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Tudo isso eu poderia ter dito ainda no primeiro tempo, até o momento em que o placar marcava 4 x 0 para o Palmeiras, quando Lincoln foi derrubado na área e o juiz assinalou o pênalti…
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O que aconteceu então, acho que eu não sei explicar. Foram alguns minutos, mas me pareceu ter sido um tempão. Começou como um pequeno rumor e foi ganhando força… “Marcos, Marcos!!”. Em poucos segundos o estádio inteiro pedia para Marcos bater o pênalti… Era eletrizante! O Santo, meio acanhado, lá do campo gesticulava que não. Ele não iria bater, e parecia irredutível. E a torcida insistia: “Marcos, Marcos, Marcos…”.
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Eu ficava pensando que, caso Marcos concordasse em bater o pênalti,  aquele seria um momento histórico, que uma página maravilhosa da história de Marcos e do Palmeiras seria escrita ali, diante dos meus olhos e de milhares de outros que, com certeza, estariam em lágrimas… Que aquele era o momento certo, porque o Palmeiras vencia por 4 x 0 e, caso Marcos não convertesse o pênalti em gol, não teria problema algum. Eu pensava que mais do que por nós mesmos, queríamos aquele momento para Marcos, nosso goleiro absurdamente amado. Queríamos uma homenagem à maravilhosa carreira que ele construiu vestindo o nosso manto. Como se fosse um presente nosso prá ele. Nós que jamais poderemos retribuir tudo o que ele nos deu e ainda nos dá…
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Não tinha como não imaginar o que seria termos um gol de Marcos ali. Imaginar o orgulho que isso traria ao torcedor; imaginar quantas camisas do goleiro seriam vendidas no dia seguinte; a exposição maravilhosa da marca Palmeiras e do nome do nosso Santo, que seria a atração dos programas esportivos, que mostrariam o seu gol à exaustão.  Um feito inédito, que seria o assunto de muito tempo nas rodas palestrinas, e em outras também; que seria manchete no resto do mundo…
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Era impossível não desejar, do fundo do meu coração que Marcos caminhasse até o gol, com o estádio a gritar seu nome, que colocasse a bola na marca da cal e que nós, juntos, marcássemos aquele gol histórico. Juntos sim, porque estaríamos ali dentro de campo com ele, de alguma forma. Seríamos milhões a cobrar o pênalti. Marcos, os milhares de palestrinos presentes e os milhões de outros espalhados pelo mundo, diante das suas TVs ou mesmo os que ouviam pelo rádio… Marcos, marcando o gol, comemorando ajoelhado tendo seus companheiros à sua volta o abraçando… O Canindé vindo abaixo, sem que se pudesse saber, naquele momento, dentre os torcedores quais  eram os adultos e quais eram as crianças. Ah, eu sonhei tantas coisas em alguns segundos; eu senti tantas coisas diferentes naqueles breves momentos…
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Os gritos de “Marcos, Marcos…” se faziam mais fortes. A torcida tentava convencer o ídolo. O Santo já hesitava…
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O Canindé estava ensurdecedor! Os jogadores pararam em campo e começaram a chamar Marcos para ir bater o pênalti. A torcida enlouquecida não parava de gritar. Acho que até os anjos no céu vieram dar uma espiada para ver o que estava acontecendo ali. Foi quando Marcos deu alguns passos à frente e nos pareceu que ele iria em direção ao gol. Um jogador, nem me lembro quem foi, veio buscá-lo. A expectativa da torcida, que não parava de gritar seu nome, era tocante. Poucas vezes na vida senti uma emoção tão forte. Senti como se tivesse um sol dentro do peito. Um calor que começou no coração e invadiu meu corpo. O estádio era energia pura! Sentia a pele toda arrepiada… Mas, Marcos, mesmo sendo puxado pelo companheiro, mesmo vendo os outros jogadores o chamando, tomou a decisão final e voltou para o gol dizendo que não iria bater.
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Confesso que fiquei frustrada, acho que ficamos todos nós… Não poderíamos perder um momento como aquele. Momento em que o livro da história estava aberto, com uma página em branco, só esperando para ser escrita…
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Caímos do sonho e voltamos ao estádio… Nosso Gladiador foi lá e marcou o quinto gol do Palmeiras, colocando números finais na goleada. Coroando com mais um gol a belíssima partida que o Palmeiras de Felipão e, por causa de Felipão, fizera. Um resultado importante, que colocava o Palmeiras na vice liderança do campeonato e trazia de volta o futebol que o torcedor gosta de ver.
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Na saída, os comentários eram todos sobre o gol que Marcos poderia ter feito, eram todos sobre aquela alegria, rara, que poderíamos ter tido.  Felipão não permitira, mas isso eu só saberia mais tarde. Marcos até teria ido para a cobrança, embalado no apelo da torcida. Ele confessaria depois que estava louquinho para ir, mas que não poderia, em sinal de respeito ao jovem, em começo de carreira, que agora defendia as traves do Avaí.
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Ainda que eu não concorde, uma vez que, em seu lugar, nenhum outro teria hesitado um segundo sequer, não posso deixar de me curvar à humildade de Marcos, à sua grandeza. Não posso deixar de sentir um orgulho do tamanho do mundo, daquele homem que está prestes a encerrar a carreira, do jeitinho que a começou: com muito talento, mas também com simplicidade, coerência, respeito aos companheiros de profissão, com generosidade e muita humildade. Carreira construída com feitos notáveis e exemplos maravilhosos! E é isso que Marcos é: EXEMPLO!
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Não é a toa que só ele é o Santo,  só ele é o goleiro Pentacampeão, só ele é querido e respeitado por torcedores de todos os clubes do Brasil. Só ele é nosso…
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BEM AVENTURADO, SÃO MARCOS DE PALESTRA ITÁLIA! OS TEUS DEVOTOS TE AMAM IMENSAMENTE!

Agora vai ser assim até o final… Adrenalina pura! Fácil não é, mas já são 14 rodadas que o Palmeiras dorme e acorda líder. Por acaso, também não é.

Com os nervos em frangalhos, quase sem voz, e a certeza de que é ruim esse time perder… o torcedor palmeirense saiu do Palestra Itália. Um jogo de arrepiar! Palestra cheio, apesar de chover o dia inteiro,apesar do frio, apesar dos desfalques… Engraçado que se os gambás jogam sem um, a impren$inha não secansa de “martelar” que o time é misto; os bambis ganham do Náutico com a ajuda do juiz e as manchetes anunciam que a vitória foi heróica… Agora, o Palmeiras, que é o líder do campeonato, o Campeão doSéculo, é tratado como coadjuvante e, na narração, parece que o ‘grande’ é o Avaí, e a manchete diz: no sufoco Palmeiras arranca empate do Avaí. Ninguém cita que, contra o líder, todo mundo quer mostrar muito mais serviço, afinal o Palmeiras é o time a ser batido… por todos.

Não foi essa tragédia toda, apesar do nosso primeiro tempo ruim. Tomamos dois gols em vacilos absurdos na bola aérea. No primeiro, aos 7′, incrédulos palmeirenses viram uma cobrança de escanteio,ir para dentro das redes depois da falha da zaga e do último toque de Marcão. Ninguém merece… Além de ruim ele é azarado… O Palmeiras, sentindo as ausências de Armero, de Maurício Ramos, Maurício Nascimento, de Pierre e do craque do campeonato, Diego Souza, foi a campo com os herdeiros de Luxemburgo: o “melhor volante do Brasil” Jumar, Marcão e Jefferson, aí já é entrar com três a menos. Ao tomar o gol, deu uma desarrumada e só aos 18 tivemos uma boa chance com Love. Mas, aos 32′, o Avaí ampliou outra vez na bola aérea.  Aí já era demais!

Mas vá dizer isso para a Que Canta e Vibra… De arrepiar a participação dessa apaixonada torcida! Perdendo ou não, ela não parou de cantar nem um minuto. Enlouqueceu o Palestra e incendiou o time, que passou a buscar o seu gol. Mas tem dia que nem tudo dá certo. Souza não jogava bem, Cleiton também não, Edmílson oscilante, ora acertando, ora cometendo erros inaceitáveis. Mas o Palmeiras lutava. Vagner Love que o diga. Jogou muito! E aos 38′, cobrança de falta de Figueroa e a bola sobrou para o matador, receber, virar e fuzilar o gol do Avaí. O Palestra explodiu! Agora era só buscar a virada… que não veio mas podia muito bem ter vindo, dado o volume de jogo que o Palmeiras apresentou no segundo tempo. Sairam Obina e Jefferson; entraram Willians e Robert. O tempo passava e o gol não vinha… O Avaí ainda perdeu duas chances. Muricy colocou Ortigoza. Que nervoso! Meu coração, à essa altura, tava lá no Palestra Itália (ele sempre está), mas eu acreditava. O Palmeiras não merecia perder.

Cleiton sofreu penalti que o bandeira deu, mas o juiz não… ai meu Deus! Em outro momento, o goleiro do Avaí espalmou e tirou. Madona mia, será que esse gol não sai? Claro que sai! 41′, Ortigoza rouba uma bola e faz um cruzamento, cruzamento não, ele “colocou com a mão” a bola na cabeça do, mais uma vez ILUMINADO, Robert. E ele mandou prás redes. Era o empate. O torcedor, que acreditou o tempo todo, soltou o grito da garganta. O Palestra era só alegria!

Conquistamos 1 ponto heroicamente! Mesmo com o placar adverso, o Palmeiras, desfalcadíssimo, foi à luta e igualou. Por pouco não virou… Pena que Vagner Love, ajudando a marcar lá atrás (até isso ele faz), tenha sido expulso e Obina e Edmilson tenham levado o terceiro cartão. Lá vem mais desfalques. Mas não importa. Agora vamos do jeito que der, com a raça de sempre. Maurício Nascimento estará de volta e no ataque vamos de Ortigoza e Robert. Essa dupla me agrada.

Demos uma tropeçada na hora em que podíamos, quando outros deram também. Tá certo que queríamos a folga que uma vitória hoje poderia ter nos dado. Mas é muuuuito melhor estar 5 pontos à frente do que atrás. Pergunte aos bambis e aos outros que vêm atrás (que quando podiam encostar não encostaram, podiam passar, não passaram), o que eles acham disso… O Porco tá gordinho, no rumo certo. O time nunca para de lutar e a torcida, que nunca para de cantar, sabe que é só uma questão de tempo…

VAMOS LÁ, VERDÃO! FORÇA! FALTAM 10 JOGOS PARA O BRASIL E O MUNDO FICAREM VERDES!!

P.S. Eu estou extenuada… Parece até que quem jogou e  marcou o Muriqui fui eu…uhauahahuahuahuahuah  

Mais algumas horas e, acredito, Muricy estará no Verdão. E vai encontrar as coisas mais tranquilas depois dos quatro pontos conquistados por Jorginho. O Palmeiras foi motivado pro jogo contra o Avaí, apesar da pressão que os bastidores palestrinos sempre ocasionam. Embora eu ache que Muricy já está acertado, faz tempo, posso imaginar como deve estar carregado os “céus” do meu Palestra. Torcida cobrando técnico, imprensa anunciando tudo quanto é nome, a esmo, jogador querendo mostrar serviço para seja lá qual for o técnico que vai chegar…

Mas o Palmeiras fez um bom jogo. Já começou indo prá cima do Avaí e muitas chances eram criadas com Obina. Aos 5′ ele já meteu uma bola cruzada para o gol que passou lambendo a trave. Quase! O Avaí procurava descer pelo lado direito do Verdão, porque Capixaba estava com dificuldades para marcar Marquinhos e Muriqui. Eu, no radinho, tava sentindo que o gol do Verdão iria sair. Mesmo sem as imagens, e com as informações que sempre acabam sonegadas pelos narradores, dava prá sentir que o Palmeiras tava mordendo, com vontade.O Avaí apertou a marcação, mas o Verdão ia prá cima. Lá pelos 20′, Cleiton Xavier cobrou uma falta que o goleiro espalmou prá escanteio. Tava chegando… Aos 25′, Obina entrou na área, deu uma pedalada na frente do marcador e foi derrubado. PENALTI!!! Quem é que cobrou??? OBINA! E guardou o primeiro do Palmeiras. Perdendo, o Avaí começou a se arriscar mais e nos deu dois sustos. Aos 32′, quase marcam um gol olímpico, que Marcos tirou, e aos 43′ mandaram uma bola na trave. Só que Ortigoza respondeu em seguida, com um chute cruzado, que passou pertinho da trave…  E fomos para o intervalo com 1 x 0.

Se o Avaí pensava em reagir na segunda etapa, não teve tempo. Logo aos 8′, Cleiton cobrou uma falta que Diego deu uma leve desviada de cabeça e quem é que chegou para, de carrinho, colocar no fundo das redes? Quem? OBINA!! Super Obina! Enquanto Keirrison vibrava e torcia pelo Coritiba, diante das câmeras de TV, Obina conseguia a marca de 5 gols em 5 jogos pelo campeonato Brasileiro. Tem problema, não K9… um dia você vai aprender que “grande jogador” é aquele que, além de ter futebol, sai pela mesma porta por onde entrou, e deixa fãs em todos os clubes por onde passa. Não fosse o Palmeiras, sabe quando você iria para o Barcelona??

E nós, com 2 x 0, não tivemos vida fácil. O Avaí queria marcar de qualquer jeito. Mas acontece que no nosso gol tem Marcos! Acho que só o nome dele já faz tremer os adversários.Imaginem quando ele cresce prá cima do atacante. É duro encarar o Santo.E ele faz cada defesa. Dio Mio! O que estão esperando para fazer uma estátua do Marcão e colocar atrás do gol, lá no Palestra? Hein, Belluzzo? E, dizem que ele foi chamado para a Copa das Confederações e recusou porque precisava ajudar o Palmeiras. Ô meu Deus! Faz o Marcos conseguir jogar até os 45 anos, pelo menos. Que ele é o melhor goleiro do mundo, a gente sabe. Mas se nunca convocam ele, iam convocar bem quando estávamos para disputar a semifinal da Taça Libertadores? Me engana que eu gosto. Isso era medo de o Verdão levar?

Voltando ao jogo, eu gostei mais do Palmeiras de Jorginho, do que aquele que o Psicopata costumava levar a campo. E os jogadores estavam com uma vontade danada. Com uma pegada digna da camisa que vestem. E não demorou muito, entre um ataque aqui, um milagre do Santo ali; numa jogada entre Capixaba e Diego Souza, a bola sobrou pra Cleiton Xavier, na entrada da área… Ele chutou forte e marcou o terceiro. A torcida catarinense, que já tinha começado a deixar o estádio depois do segundo gol palestrino, agora debandava de vez. Mas, o que eles esperavam? Jogavam contra o Palmeiras, p….!

Vencemos, tivemos boas atuações, principalmente de Obina, que vai fazendo aquilo para o qual foi contratado: gols, muitos deles. Ele é raçudo, está  fininho, motivado, recebe o apoio e o carinho da torcida, não falta aos treinos (é o primeiro a chegar e o último a sair); tirou o Flamengo do G-4(uhahau) para colocar o Palmeiras; calou os comentaristas imbecis, como os da Rádio Globo, que tentavam ridicularizar cada jogada dele, e também vai mostrando aos desconfiados torcedores (eu também), que OBINA É MELHOR QUE ETO’O!

BELLUZZO, AGORA QUE MURICY ESTÁ PROVAVELMENTE CONTRATADO, VÁ BUSCAR VALDÍVIA! VAMOS FAZER DESSE ANO O MELHOR DE TODOS!