CHEGA DE MEDO… QUERO MEU PALMEIRAS DE VOLTA

Hoje tem Palmeiras x Avaí… Jogo que deveria ser favas contadas para o Palmeiras, mas, depois do que vimos no jogo passado…

O jogo passado… Tinha me decidido a não escrever sobre  Palmeiras x América-MG. Foi tão pouco o que vimos em campo, que seria até um desperdício de tempo e palavras. Mas, talvez, seja por isso mesmo, que eu tenha mudado de ideia… para desperdiçar as palavras que ficaram entaladas na minha garganta, as que quis usar e não pude…. e para falar sobre algo que me causou uma profunda impressão.

Quando chegamos em Itu, tinha carro que não acabava mais. Por mais próxima que a cidade seja de Sampa, não é tão simples para o torcedor se deslocar para acompanhar o Palmeiras lá. Você vai me dizer, mas é por culpa da sua própria torcida que o Palmeiras está tendo que mandar quatro jogos em Itu. Eu sei, mas isso não muda o fato de que não é fácil o torcedor ir até lá. E sei também que punição rigorosa é só para  o Palmeiras. Uma outra torcida jogou sinalizadores no campo, e o time dela pegou só uma partida de suspensão. E é a mesma torcida que, não faz muito tempo, matou um torcedor usando um…  sinalizador! Legal, né? Só que não… Não concordo com as besteiras que as torcidas fazem, mas ter um critério de julgamento para cada time, não dá. De uma “lisura” admirável esse pessoal do tribunal, não é mesmo?

Do jogo passado, nada de bom a comentar. Um dia lindo, um sol maravilhoso, mas, no campo… só as trevas do mau futebol praticado pelos dois times. Tomamos um gol besta, numa falha da zaga e do goleiro; erramos passes pra caramba; fizemos jogadas equivocadas inúmeras vezes; Kleina teve uma amnésia e pensou que ainda era técnico da Ponte (jogo sim, jogo não, ele tem esses surtos); Tiago Real não conseguia chamar para si a condução do jogo; Juninho fez uma partida muito ruim, Márcio Araújo também; Leandro, nosso melhor atacante, anda sendo desperdiçado pelo técnico, que insiste em dar umas “felipadas” de vez em quando, escalando e substituindo mal, utilizando jogadores fazendo outra função (até dou um descontinho pra ele, por causa do DM sempre cheio de gente, que é algo que a diretoria tem que investigar e resolver); teve o Maikon Leite que não se decide a sair da mesmice, teve o time todo abaixo do que se esperava dele… e teve o Caio, que perdeu três (eu disse três) gols feitos. Três chances… chances pelas quais, às vezes, um atacante passa 90 minutos esperando. Chances, que não podem ser desperdiçadas quando surgem. Chances, que nos teriam dado a vitória. Mas Caio teve  aproveitamento de 0% nessas oportunidades. Assim não dá, mesmo! Os jogadores até que se esforçaram, não concordo com os que falam que faltou empenho. Mas só empenho não basta. E, ora faltava talento, ora faltava neurônio ativo, faltava uma jogada diferente…

E a torcida perdia o rumo, perdia a vontade de cantar, perdia até a vontade de brigar… Eu não esperava ver um Palmeiras maravilhoso na série B,  mas é o fim da picada vê-lo ser derrotado pelo lanterna da segundona. Por mais problemas que nosso time possa ter, os outros times são piores. Não há desculpas para essa derrota.

Nossos jogadores precisam se conscientizar que o Palmeiras está na série B, mas não é time de série B. Basta que eles comparem os seus salários com os dos jogadores dos outros times; basta que comparem a qualidade do material esportivo que têm à disposição, comparem a estrutura que o Palmeiras lhes oferece com a dos seus atuais adversários… basta que tenham consciência da quantidade de torcedores palmeirenses espalhada pelo mundo… basta que pensem grande, como é grande a camisa que vestem. Basta que se recordem do quanto sonharam estar num clube como o Palmeiras. Pois agora, que façam valer o sonho que realizaram, e nos ajudem a realizarmos os nossos.

Um time do Palmeiras, seja ele qual for, tem sempre que entrar em campo (você também, viu Kleina?) ciente da sua superioridade. Respeitar o adversário é necessário, é próprio de quem é grande, mas “agredi-lo” em campo é fundamental, ousar é fundamental, e também é próprio de um time grande, e não esperar/permitir que eles venham nos “agredir”. Fizemos tanto isso nos dois anos passados que, agora, qualquer timeco, qualquer jogadorzinho, se acha no direito de nos desrespeitar, para ganhar seus quinze minutos de fama nos noticiários esportivos, antes de voltarem para o lodo do ostracismo onde encerrarão a carreira.

Por tudo isso, foi muito dolorosa aquela derrota…

Na saída, eu ainda comentei com um amigo, que aquela “procissão” me lembrava as saídas no Palestra… Mas foi então que algo, ao qual não estou acostumada, me chamou a atenção. Eu ‘ouvi’ o impressionante silêncio que fazia a torcida… Ele era tão grande, que seria impossível não ‘ouvi-lo’… Era tão assustador que parecia nos comprimir, nos guiar para os portões de saída. Estraçalhou meu coração perceber que todos nós sentíamos medo… Mesmo sem admitirmos, o medo passava em nossos corações. E o palmeirense, caminhando em sua via-crucis, se mantinha calado, ou então conversava bem baixinho, cabisbaixo, olhos sem vida, com sorrisos de plástico, sem graça… Quanto mais essa gente vai ter que sofrer?

Sei que o Palmeiras se encontra arrasado, após sucessivas e péssimas administrações. Entendo perfeitamente a postura da diretoria, que, em muitos aspectos, age certinho na tentativa de tapar os buracos e salvar o Palmeiras do colapso total.  Sempre soube que a Libertadores e o Paulistão, que jogamos neste ano, tinham que ter sido planejados em 2012 e não a partir de Janeiro de 2013. Sei que Tirone deixou “bombas-relógio” prontas para explodirem no colo de quem o sucedesse. Deu aumento, retroativo, para o artilheiro do time – que já não queria ficar de jeito nenhum para jogar a série B – e não pagou os seus salários; comprou Wesley – que seria o seu “cabo eleitoral” na tentativa reeleição – por uma fortuna, e não pagou; recebeu em adiantamento 75% das receitas de 2013, deixando o seu sucessor sem ter de onde tirar dinheiro a curto prazo; fez um empréstimo vultuoso às vésperas de deixar o clube; dispensou 22 jogadores do elenco e trouxe dois… e, o mais importante, entregou ao seu sucessor um time rebaixado, de elenco reduzidíssimo, com dívidas; um time que ele permitiu que fosse desrespeitado, que fosse prejudicado pelas arbitragens, de todas as maneiras que elas foram capazes de fazê-lo… um clube humilhado, de “carteira vazia” e prontinho para um vexame inimaginável em 2013. E há os que ainda digam que eles não foram tão ruins assim.

E é por isso que, embora eu não goste nada do que acontece agora, eu procure entender algumas coisas. Paulo Nobre vai consertando as coisas; vai fechando as “rachaduras” por onde escoavam milhões de reais pertencentes ao futebol. Mas… e sempre tem um mas… penso ele que vai ter que se desviar um bocadinho do seu planejamento.

E é com você que eu falo agora, Paulo Nobre. Sabe presidente, sei que você tá “cortando um riscado” como dizem por aí, sei que você tem trabalhado, incansavelmente, quase 3/4 das horas do seu dia, para acertar as coisas no Palmeiras; sei que você chegou ao poder com um planejamento meticulosamente preparado; sei que você encontrou as coisas bem piores do que as informações que lhe foram passadas lhe permitiram saber; sei que você é um homem de bem, um palestrino apaixonado e um dirigente dedicado; sei que você sabe que é preciso que algumas “medicações” sejam doloridas para nos curarmos de algumas coisas, e  sei que você vai ministrá-las… Sei de tudo isso e tamoxunto!

Mas eu sei também que não vai ser suficiente montarmos um time com perfil de série B,  para ganharmos o campeonato e voltarmos à primeira divisão – ainda que a gente saiba que na série B a pegada é outra. E depois? O que acontecerá no ano do nosso centenário? Vamos montar um outro time? Veja bem, se montarmos um time de série B, estaremos nivelados com os demais da Série B, e quem nos garante que, nivelados aos demais, a gente consiga mesmo subir? Perder do América-MG tem que nos servir de alerta.

Temos que montar um time de Série A, presidente! Para ser consequência faturarmos o campeonato da B. Para entrarmos de cabeça erguida em 2014! 2014 será o ano mais importante que viveremos como palestrinos. Nenhum de nós estará aqui no bicentenário… Já pensou nisso? Somos privilegiados por estarmos aqui nesse momento. 2014, tem que ser uma das mais belas páginas da nossa história, e seremos nós que vamos escrevê-la. E é você, presidente, quem nos dará o papel e as tintas…

Não quero mais sentir medo, presidente. Quero só o meu Palmeiras de volta e confio em você para fazer isso.

Que Deus o conduza e o ilumine.

REAGE, PALMEIRAS! VOCÊ É GIGANTE!

6 comentários

  1. Esse medo eu venho tendo ha tempos. Acho que ainda vamos ter que conviver com muits resultados como este. Nosso time é muito ruim e não precisa ser nenhum mestre do futebol para enxergar isso.
    A frase a seguir vc podia colocar em negrito:
    “Por mais problemas que nosso time possa ter, os outros times são piores. Não há desculpas para essa derrota.”
    Alias, acho que tinhamos que fazer uma faixa e levar em todos os jogos, mesmo sabendo que n iria adiantar muita coisa, pois os jogadores do Palmeiras hj são um bando de derrotados.

  2. Esse medo eu venho tendo ha tempos. Acho que ainda vamos ter que conviver com muits resultados como este. Nosso time é muito ruim e não precisa ser nenhum mestre do futebol para enxergar isso.
    A frase a seguir vc podia colocar em negrito:
    “Por mais problemas que nosso time possa ter, os outros times são piores. Não há desculpas para essa derrota.”
    Alias, acho que tinhamos que fazer uma faixa e levar em todos os jogos, mesmo sabendo que n iria adiantar muita coisa, pois os jogadores do Palmeiras hj são um bando de derrotados.

  3. Comentário
    sobre tudo que escreve do Palmeiras pela internet.

    O risco da “Mídia Palestrina” se transformar em um “tiro no pé” e não em um
    instrumento de demonstração de força da nossa torcida.
    Nos últimos tempos, dentro do ambiente palmeirense se desenvolveu uma mentalidade perigosa e perdedora.
    Por pior que tenham sido os resultados, não se justifica ajudar nas campanhas de
    diminuição e menosprezo do clube e dos elencos.
    Muitos “torcedores” tem hoje maior prazer nas derrotas e nos fracassos para poder
    dizer que estavam certos, do que na conquista de um campeonato.

    Lembro-me da Copa do Brasil onde a corrente das pessoas que lamentaram o título foi significativa, como se ganhar um título fosse um crime.

    Esse grupo se sentiu “aliviado” com o rebaixamento e jamais admitiu que o Palmeiras não caiu e sim foi derrubado.

    Dizem que roupa suja se lava em casa, mais isso não ocorre no Palmeiras onde se faz questão de mostrar para todo mundo e para a imprensa, principalmente, que
    reina no nosso meio a desconfiança e o medo. Esse é um prato cheio para os
    “imparciais jornalistas esportivos”. Muita gente escreve contra jogadores,
    treinadores e diretores chamando-os de incompetentes! Então, pergunto: quem
    contribui para o péssimo ambiente, para a desconfiança por antecipação, é o
    que?

    Boa parte de nossos torcedores passaram a frequentar blogs, opinar nas matérias de imprensa reforçando e espalhando os conceitos negativos, querendo passar a
    imagem de “sensatos e realistas”, não percebendo que se tornaram massa de
    manobra.

    O comportamento derrotista por antecipação traz para o nosso time a insegurança e
    a ansiedade, como já é admitido publicamente por vários jogadores.

    Não será com a criação de um inferno sobre o elenco que ele terá melhor rendimento em campo. Pressão irracional não nos levará de volta para a
    série A, lugar que não sairíamos caso houvesse maior equilíbrio emocional
    durante a competição.

    A estratégia para afundar o Palmeiras já se tornou conhecida e eficiente. Logo no
    primeiro jogo ruim todo tipo de sensacionalismo e desespero é colocado na
    “esperança” de que a falta de controle emocional complete o estrago.

    No Brasileiro de 2012 a receita foi conseguida com os decisivos erros de
    arbitragem no primeiro turno, que iniciaram a pressão sobre um
    time que tinha tudo para ter no segundo turno um torneio amistoso.

    Agora, mesmo reconhecendo os nossos defeitos e carências na equipe, sabemos
    que temos um grupo que com qualquer outra camisa desta série B. faria uma
    competição vencedora. Entretanto, jogando pelo Palmeiras esses
    jogadores correrão riscos forçados por nós mesmos, tendo que atuar em
    todos os jogos como se fosse final de Copa do Mundo. Eles sabem
    que não faltarão os abutres para trabalhar pela desestabilização da
    equipe, muitos desses abutres se dizendo palmeirenses.

    Essa insegurança plantada atingiu o ponto máximo da irracionalidade quando o
    Palmeiras liderou por 19 rodadas no Brasileiro de 2009. A ansiedade para ver o
    time sair da liderança era evidente. A liderança e a possibilidade de título
    incomodava e fez estragos, pois contaminou o treinador que passou para oi time
    em campo o medo ao escalar equipes retrancadas contra times que iriam cair.

    Um conhecido jornalista “palmeirense”, corneteiro, dizia todas as noites em seu
    programa; “O Palmeiras AINDA é líder”!

    Chega de confundir crítica, avaliação técnica, opinião, com torcida contra e
    terrorismo emocional. Com esse perfil, o Palmeiras será sempre um time fácil de
    ser sabotado e será graças à ampla ajuda de parte de sua torcida.

    NÃO É PRECISO SER UFANISTA, ACHAR QUE TUDO É MARAVILHOSO, MAS O OPOSTO É TÃO CONDENÁVEL QUANTO.
    O EQUILÍBRIO ENTRE A CONSCIÊNCIA DA REALIDADE E A NECESSIDADE DE ATUAR POSITIVAMENTE DEVERIA SER O PONTO A SER ALCANÇADO.

  4. Comentário
    sobre tudo que escreve do Palmeiras pela internet.

    O risco da “Mídia Palestrina” se transformar em um “tiro no pé” e não em um
    instrumento de demonstração de força da nossa torcida.
    Nos últimos tempos, dentro do ambiente palmeirense se desenvolveu uma mentalidade perigosa e perdedora.
    Por pior que tenham sido os resultados, não se justifica ajudar nas campanhas de
    diminuição e menosprezo do clube e dos elencos.
    Muitos “torcedores” tem hoje maior prazer nas derrotas e nos fracassos para poder
    dizer que estavam certos, do que na conquista de um campeonato.

    Lembro-me da Copa do Brasil onde a corrente das pessoas que lamentaram o título foi significativa, como se ganhar um título fosse um crime.

    Esse grupo se sentiu “aliviado” com o rebaixamento e jamais admitiu que o Palmeiras não caiu e sim foi derrubado.

    Dizem que roupa suja se lava em casa, mais isso não ocorre no Palmeiras onde se faz questão de mostrar para todo mundo e para a imprensa, principalmente, que
    reina no nosso meio a desconfiança e o medo. Esse é um prato cheio para os
    “imparciais jornalistas esportivos”. Muita gente escreve contra jogadores,
    treinadores e diretores chamando-os de incompetentes! Então, pergunto: quem
    contribui para o péssimo ambiente, para a desconfiança por antecipação, é o
    que?

    Boa parte de nossos torcedores passaram a frequentar blogs, opinar nas matérias de imprensa reforçando e espalhando os conceitos negativos, querendo passar a
    imagem de “sensatos e realistas”, não percebendo que se tornaram massa de
    manobra.

    O comportamento derrotista por antecipação traz para o nosso time a insegurança e
    a ansiedade, como já é admitido publicamente por vários jogadores.

    Não será com a criação de um inferno sobre o elenco que ele terá melhor rendimento em campo. Pressão irracional não nos levará de volta para a
    série A, lugar que não sairíamos caso houvesse maior equilíbrio emocional
    durante a competição.

    A estratégia para afundar o Palmeiras já se tornou conhecida e eficiente. Logo no
    primeiro jogo ruim todo tipo de sensacionalismo e desespero é colocado na
    “esperança” de que a falta de controle emocional complete o estrago.

    No Brasileiro de 2012 a receita foi conseguida com os decisivos erros de
    arbitragem no primeiro turno, que iniciaram a pressão sobre um
    time que tinha tudo para ter no segundo turno um torneio amistoso.

    Agora, mesmo reconhecendo os nossos defeitos e carências na equipe, sabemos
    que temos um grupo que com qualquer outra camisa desta série B. faria uma
    competição vencedora. Entretanto, jogando pelo Palmeiras esses
    jogadores correrão riscos forçados por nós mesmos, tendo que atuar em
    todos os jogos como se fosse final de Copa do Mundo. Eles sabem
    que não faltarão os abutres para trabalhar pela desestabilização da
    equipe, muitos desses abutres se dizendo palmeirenses.

    Essa insegurança plantada atingiu o ponto máximo da irracionalidade quando o
    Palmeiras liderou por 19 rodadas no Brasileiro de 2009. A ansiedade para ver o
    time sair da liderança era evidente. A liderança e a possibilidade de título
    incomodava e fez estragos, pois contaminou o treinador que passou para oi time
    em campo o medo ao escalar equipes retrancadas contra times que iriam cair.

    Um conhecido jornalista “palmeirense”, corneteiro, dizia todas as noites em seu
    programa; “O Palmeiras AINDA é líder”!

    Chega de confundir crítica, avaliação técnica, opinião, com torcida contra e
    terrorismo emocional. Com esse perfil, o Palmeiras será sempre um time fácil de
    ser sabotado e será graças à ampla ajuda de parte de sua torcida.

    NÃO É PRECISO SER UFANISTA, ACHAR QUE TUDO É MARAVILHOSO, MAS O OPOSTO É TÃO CONDENÁVEL QUANTO.
    O EQUILÍBRIO ENTRE A CONSCIÊNCIA DA REALIDADE E A NECESSIDADE DE ATUAR POSITIVAMENTE DEVERIA SER O PONTO A SER ALCANÇADO.

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