A China, como sempre, e acenando com muitos milhões, estava de olho nele… mas não teve jeito, o Palmeiras, espertíssimo,  fez a melhor “contratação” da temporada.

Ontem (sábado), o anúncio foi feito, Dudu renovou seu contrato com o Palmeiras por mais 5 anos. Isso mesmo, renovou até 2023 – seu contrato anterior ia até 2022.

É ou não é a melhor “contratação” do ano? A que todos queríamos? Craque demais, 100% identificado com o Verdão, ídolo da torcida verde… seria muito difícil substituirmos Dudu caso ele saísse. Desde que chegou ao Palmeiras, em 2015, o Baixinho conquistou dois Campeonatos Brasileiros e uma Copa do Brasil. Fez 228 jogos pelo Verdão e marcou 55 gols, deu 54 assistências, driblou adversários até não querer mais (certamente é o que mais botinadas levou deles também). É o artilheiro do Palmeiras nesse século, é o maior goleador do Palmeiras na história do Brasileiro de pontos corridos, tendo marcado 32 gols nos quatro Brasileirões que disputou pelo clube. No Allianz Parque, Dudu é o atleta com o maior número de jogos, o maior número de vitórias, é ele também quem mais fez gols, mais deu assistências… é um jogador que representa o torcedor em campo e o que mais encantou a torcida nos últimos anos. Seria mesmo um prejuízo enorme ficarmos sem Duduzinho.

E a nossa “nova contratação” declarou: “Estou muito feliz. Sempre disse que me sinto em casa no Palmeiras e que minha família aprendeu a amar esse clube. Hoje é mais um dia marcante pra mim. Sou um cara privilegiado e muito honrado em poder representar o maior campeão do Brasil”.

Mandou um recadinho para os parmeras também: “Aos palmeirenses, queria agradecer por todo esse carinho que vocês têm comigo e com a minha família. Podem ter certeza que seguirei me dedicando de corpo e alma e continuarei representando cada um de vocês em campo”.

Que venham novos gols, novas assistências, dribles e títulos, Duduzinho! E, se depender de nós, torcedores, você se aposentará no Palmeiras.

Ah, grazadeus!

Às vezes, você ganha o seu dia, a sua semana… com um gesto, uma atitude…

Ontem, domingo, jogando pela Copinha o Palmeiras venceu o Galvez-AC e se classificou para a quarta fase da competição. Depois do jogo, em uma entrevista, um verdadeiro apelo emocionado, do técnico adversário, Oziel Moreira, tomamos conhecimento das dificuldades do clube acreano para poder voltar pra casa:

– Nós viemos na raça, sem apoio de ninguém. Não temos passagem para voltar ainda. Tínhamos 20 passagens para voltar, só que cancelaram, e (agora) só temos direito a 30%… Queria pedir desculpas para o povo do Acre por não conseguir levar o time para a quarta fase.

Imaginando que seriam eliminados na primeira fase, as passagens  – de ônibus (47 horas de viagem) – para que eles voltassem para o Acre já haviam sido compradas antecipadamente pela diretoria. Mas os garotos do Galvez acabaram sendo uma das surpresas da competição, o time avançou ao mata-mata e conseguiu ir até a terceira fase depois de vencer a Desportiva-ES, por 1 x 0. E, então, eles enfrentaram o Palmeiras e acabaram sendo eliminados. E porque eles precisaram ficar em São Paulo mais tempo do que o previsto, as passagens precisaram ser canceladas, mas apenas  30% do valor gasto com elas lhes foi reembolsado.

E essa era só mais uma das dificuldades enfrentadas pelo Galvez para participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior… O time já tinha vindo para o torneio com menos atletas, um surto de caxumba deixou 5 jogadores sem condição de participar do torneio. Além disso, por falta de recursos, a comissão técnica só contava com dois membros: o técnico Oziel Moreira e o preparador físico Marco Aurélio. Quando o Galvez já estava aqui, em São Paulo, na sede de Capivari – a mesma do Palmeiras -, eles passariam a ser quatro. O clube acabou se acertando com um médico para reforçar a delegação,  e  um parente de um dos jogadores topou trabalhar com a comissão para ajudar também.

Vida dura a de alguns clubes, né? Vida dura a do garoto que tem um sonho a realizar e precisa superar tantas dificuldades…

Mas é como dizem… às vezes, uma porta se fecha e algumas janelas se abrem… na mesma noite da entrevista, o Palmeiras, comovido com as dificuldades do pessoal do time do Galvez, resolveu ajudá-los. Se prontificou a custear as passagens de avião para o retorno da delegação acreana, convidou os rapazes e a comissão técnica para visitar o Allianz Parque e a Academia de Futebol, deu a eles bolas e chuteiras de presente… e o que era incerteza, apreensão, inquietação virou leveza, sorrisos, alegria…  O Palmeiras, ao se solidarizar com o time do Acre, aliviou o nosso coração, que tinha ficado tão apertado de tristeza depois daquela entrevista, e nos encheu de alegria e orgulho. Alegria, pelos acreanos, e orgulho imenso do nosso clube.

Eu não esperava outra coisa… O Palmeiras sendo Palmeiras.

E teve jantar, ontem mesmo, da nossa comissão técnica  com a comissão técnica do Galvez…

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Teve visita ao Allianz Parque hoje…

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Teve visita ao Centro de Excelência da Academia de Futebol… com recepção feita pelo acreano Weverton, nosso goleiro, que fez questão de registrar o momento e publicar a foto em seu Instagram com um recadinho para a rapaziada…
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Pelas declarações dos garotos, dá para percebermos o quanto eles ficaram felizes…

“Nunca imaginei um dia estar aqui, e hoje estou segurando a camisa do Felipe Melo. É uma oportunidade única, que quero aproveitar bastante”, disse o volante Neto, de 19 anos, enquanto tirava fotos com um uniforme do Pitbull nos vestiários.

“A gente batalha muito, e lógico que todos querem chegar no topo do futebol. E a gente viu hoje a dimensão do que é o Palmeiras. Agora, todos nós sonhamos ainda mais em chegar ao topo, que é um clube como esse”, declarou Luan, 19 anos, e que também é volante.

Tem que sonhar mesmo garotada,  sonhar muito, e batalhar pra realizar esse sonho!

Boa viagem de volta pra casa, rapazes! Levem um abraço nosso para o povo do Acre, e um abraço especial para os inúmeros palmeirenses que lá estão. Que Deus encha os seus caminhos de luz e muito futebol!!

Obrigada, Palmeiras, pela atitude linda, solidária, que fez feliz os acreanos,  que fez um bem tão grande para todos nós, palmeirenses… nos encheu de alegria e nos fez entender, profundamente, o significado de “grandeza”.

Ano novo… vida nova… camisa nova…

Já sabíamos, desde o ano passado, que o fornecedor de material esportivo do Palmeiras passaria a ser a Puma, em substituição à Adidas. Sabíamos que, a partir de 1º de Janeiro de 2019, entraria em vigor esse novo contrato com a empresa alemã – que vai render ao clube R$ 22,5 milhões por ano – e que os novos uniformes seriam lançados.

Estávamos bem ansiosos para conhecer as novas camisas (as imagens dos novos modelos não vazaram desta vez)… E tão logo 2019 abriu seus olhos, a Puma e o Palmeiras já nos brindavam com o vídeo de lançamento dos uniformes palmeirenses para a nova temporada e cujo tema é “Verde é a cor da inveja”. Vídeo maravilhoso, aliás, que tem muito a ver com a nossa história de luta, de superar desafios, de não desistir nunca, de sentir muito orgulho da nossa história, de mostrar que, para nós, o verde sempre foi a cor da esperança e, eu diria, do amor. Para nós, palestrinos, verde é a cor do maior amor do mundo. No entanto, e o vídeo retrata isso de maneira bastante verdadeira, o verde, para boa parte dos que não são palmeirenses, é motivo de muita inveja (mais do que o habitual) hoje em dia… é esse o sentimento de muitos em relação ao Palmeiras, tão protagonista, de agora.

Pode parecer presunção dizer que o “verde é a cor da inveja”, mas é exatamente o que acontece  – a Fifa já tinha dito isso quando cumprimentou o Palmeiras no aniversário do Primeiro Mundial de Clubes. Basta observarmos como agem muitos por aí, até mesmo na imprensa, desde que o Palmeiras, com muito trabalho sério, profissional e transparente – trabalho que muito dirigente por aí não quer implantar em seu clube -, voltou a ser o Alviverde Imponente, mais imponente ainda.

Tentam diminuir o Palmeiras, as suas conquistas (em número mesmo), tentam desmerecer as suas contratações, e tudo que a ele se relaciona para que seus times pareçam maiores do que são. É assim mesmo que a inveja funciona, quem não tem, não quer que o outro tenha.

E nem disfarçam mais… “O Allianz é isso, é aquilo”… “a torcida só enche o estádio por causa “disso” e “daquilo” (pra eles, nunca é pelo Palmeiras)… “o patrocinador é mecenas, faz favor ao clube”, “se o patrocinador sair, o Palmeiras acaba” (esquecem que enquanto tem time por aí que deve até marmita, o patrocínio do Palmeiras representa menos de 15% do total de suas receitas, que atingiu os 600 milhões, e que, sem ele, sobra muito dinheiro ainda. Esquecem também que tem clube que faz planejamento de 399 milhões para o ano, contando com os 200 milhões recebidos da TV)… “o Palmeiras contrata demais, isso vai estragar o ambiente, rachar o elenco”… “tem que ter fair-play financeiro” (fingem não saber que fair-play financeiro significa não gastar mais do que se arrecada)… e depois dos dois últimos brasileiros conquistados, e da soberania nacional ainda mais consolidada por parte do Palmeiras, agora decacampeão brasileiro, eles passam a contestar as conquistas do Palmeiras – é o passatempo principal de muitos,  a maneira como eles se confortam e driblam o peso da inveja que andam sentindo – querem apagar, na marra, as conquistas de uma época de ouro do futebol brasileiro, só porque os times deles, nessa época, eram meros coadjuvantes no cenário nacional e não conseguiam ganhar nada, e também porque, claro, não conseguem ultrapassar o Palmeiras no número de conquistas… É inveja sim,  por mais polidos que pretendamos ser, não tem outro nome para darmos a isso.

A Puma chegou chegando… confeccionou camisas lindas, clássicas, sem muita invenção em relação aos modelos, do jeito que a maioria da torcida gosta e queria… A Puma chegou ciente de como funcionam as coisas por aqui, e de que o Palmeiras, com profissionalismo e modernidade, caminha para um futuro ainda mais promissor e campeão. E, como patrocinador exclusivo do Verdão (a empresa não patrocinará mais nenhum outro clube no Brasil), ela abraçou a causa, teve percepção, teve empatia e entendeu, já de cara, o que representa o Palmeiras para a sua torcida, para os rivais, o que representa ser palmeirense…

A campanha de lançamento da nova camisa chacoalhou os alicerces dos que andam morrendo de inveja do verde. E a maioria deles vestiu a carapuça…

Logo veremos as nossas novas camisas em campo – a partir de amanhã já poderemos comprá-las também. A garotada da Base, que ganhou muitos títulos em 2018,  já vai de camisa nova para a Copinha; o time principal já começa a treinar com o novo material esportivo também, e vai estrear no Paulistão devidamente uniformizado pela Puma.

Que a nova temporada  seja muito feliz para o Palmeiras, para os palmeirenses, para a Puma, e que as nossas novas e lindas camisas se tornem camisas campeãs nesse 2019.

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“Eeeeeem 74, nós ganhamos o Paulistão… foi em cima dos gambás… “ 🎶

Num 22 de Dezembro… há 44 anos… #AFreguesiaVemDeLonge

Decisão do Paulistão 1974… O Palmeiras tinha conquistado os campeonatos Brasileiros de 72 e 73 (cheio de craques, com um time chamado de Academia, os títulos eram rotina na vida do Verdão), já o adversário, perdera espaço entre os grandes, estava sem ganhar títulos desde 1954 (é por isso que, hoje em dia, seus torcedores chamam de “títulos de fax” as conquistas – de campeonatos brasileiros, principalmente – de outros clubes nas décadas em que eles ficaram na seca. Pra eles, nesse período, era como se o futebol não existisse. Todo mundo brincava, menos eles).

Sendo assim, a pressão pra vencer era toda do nosso adversário. Mas com o empate por 1 x 1 no primeiro jogo, muita gente achou que a fila ia acabar… A torcida deles lotou o Morumbi, a festa estava preparada… Imagina qual era a postura da imprensa na época? Veja o que disse Leivinha na ocasião:

Nós percebíamos que a imprensa preferia e gostaria de ver o Corinthians campeão. E naquele momento o Palmeiras estava acostumado a ser campeão, e o Corinthians, não. Mas tudo mudou para esse jogo e éramos considerados carta fora do baralho. A festa estava toda pronta para eles, mas as pessoas esqueceram que do outro lado estava o Palmeiras .

Todo mundo dizia que o Corinthians ia ser o campeão. Para nós, a expectativa era normal porque o Palmeiras era campeão quase todo ano. E naquele dia tinha mais de cem mil pessoas no Morumbi (120 mil) e a grande maioria era de torcedores corintianos. Acho que a cada mil torcedores, cem eram palmeirenses. Eles imaginavam que a vitória já estava garantida para eles – diz Jair Gonçalves.

E não foi só a mídia e a torcida adversária em maior número que queriam fazer o Palmeiras perder o título… Teve até ameaça para Leivinha, antes do jogo. Ele recebeu uma carta de alguém que se dizia corintiano e que afirmava que se ele fizesse gol, a pessoa ia matá-lo e ia matar a família dele também.  Ele levou a carta para a diretoria do Palmeiras que disponibilizou dois seguranças para acompanhá-lo de casa para o clube, do clube para casa, por um tempo. Até o presidente do Palmeiras, Paschoal Giuliano, teve um problema em sua casa quando alguém colocou fogo em seu quintal.

‘Tranquilinho’ aquele derby , não é?  E nesse climão, o Palmeiras foi pro jogo buscar a vitória, e abriu o placar com Ronaldo, depois de Jair Gonçalves levantar na área e Leivinha ajeitar pra Ronaldo (Jair e Ronaldo não costumavam ser titulares), calando a grande torcida adversária presente no Morumbi. Depois disso, como contara Leão, o adversário ficou mais preocupado em não tomar o segundo do que ir pra cima do Verdão.

Eles tinham um bom time também. Nós fizemos 1 a 0 e achei que o Corinthians viria para cima do Palmeiras. Mas isso não aconteceu. Eles tinham tanto respeito e tanta preocupação com o nosso ataque, que era bom, que eles ficaram na deles, tentando jogar de igual para igual, mas para não tomar o segundo gol .

E não teve jeito. De nada adiantou a imprensa fazer lobby para o adversário,  a  torcida deles ser maior no estádio… de nada adiantaram as ameaças a Leivinha… de nada adiantou o árbitro, Dulcídio Vanderlei Boschilia, anular um gol legítimo do Verdão (seria o segundo do Palmeiras e o segundo de Ronaldo)… O Palmeiras venceu por 1 x 0 e a festa foi verde no Morumbi.

Pra se ter uma ideia da importância daquela conquista, depois do jogo, por precaução, Leivinha (que já tinha recebido ameaças) e Ronaldo, o autor do gol, seriam colocados pelo pessoal do Palmeiras em um carro todo fechado. Dois policiais iriam dirigindo, com metralhadoras no chão, para que eles saíssem escondidos do Morumbi. Seriam levados para as suas casas com a orientação para sair só no dia seguinte.

O Palmeiras, com a sua maravilhosa Academia, ganhava mais um título, e o adversário, que já estava na fila há vinte anos, ia ficar mais um…

E a torcida esmeraldina cantava: “Zum zum zum… é 21! Zum zum zum… é 21!

(Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2014/08/memorias-do-centenario-o-chute-que-calou-mais-de-100-mil-corintianos.html)


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“E di dirti tranquillamente, de dirtelo finalmente, che ti amo e che di amarti non smetterò mai…” – Lucio Dalla

 

Que sensação maravilhosa é essa leveza pós título…  ainda estou saboreando e revivendo a tarde de domingo…

Depois de alguns amargos anos em que uma classificação para a Libertadores era o máximo que algumas administrações palestrinas nos permitiam sonhar, lá estava eu a caminho da festa do título do Palmeiras… O terceiro título nacional em quatro anos, o segundo Brasileirão conquistado em 3 temporadas… a décima conquista de campeonato brasileiro (chegamos nos dois dígitos) na gloriosa e vencedora história do Palmeiras.

Decacampeão… e parece que foi ontem mesmo que começamos a nos acostumar a falar em eneacampeonato.

Quando cheguei na Estação Palmeiras-Barra Funda, já parecia que eu entrava em outro mundo… o meu mundo. Camisas do Palmeiras, de todos os modelos, alegres, vaidosas, festivas, ansiosas, apressadas, com faixas de campeão, eram vistas pra todo lado… Muitos ambulantes vendiam faixas de decacampeão de todos os tipos e modelos. Parei para escolher uma e, eram tantos vendedores disputando a cliente,  que, mesmo sem pedir desconto algum, eu comprei a minha pela metade do preço.

Bandeiras, bonés, chaveiros, placas, camisas, faixas, cavalinhos vestidos com camisas do time e faixas de campeão permeavam o caminho… Palmeiras pra onde quer que se olhasse, e o nome Palmeiras sendo ouvido a cada vez que algum deles gritava oferecendo a sua mercadoria: Boné do Palmeiras! Cavalinho do Palmeiras! Que sensação maravilhosa trazia aquele “caos” no caminho.

Céu encoberto, uma tarde quente, meio abafada… Um “formigueiro” na rua, uma enormidade de gente, que vinha de todos os lados se dirigindo ao Allianz Parque… Aquelas pessoas todas, vestidas de verde e branco, que transitavam de maneira desordenada pelas ruas e calçadas,  iam para a mesma festa…  e com o mesmo sentimento no coração…

Quando cheguei na Matarazzo, a minha emoção resolveu espiar o movimento, e era com olhos marejados e um grande nó na garganta que eu caminhava por ali, observando os reflexos dessa nova conquista do Palmeiras, observando tudo o que eu pudesse pra guardar na memória e no coração… os óculos escuros escondiam as lágrimas que eu tentava segurar. Quanta gente indo para o mesmo lugar, quanta alegria nos rostos, quantos sorrisos, quantos olhos brilhantes, cheios de vida, e que sorriam também… o ar rescendia a felicidade, a amor… as pessoas pareciam estar ainda mais vivas. O Palmeiras já tinha conquistado o título na rodada anterior, e agora, na última partida do campeonato, ia encontrar a sua torcida em casa, ia receber a taça de campeão e o amor da sua gente… e a torcida estava louca para se encontrar com ele.  Não, não é só futebol…  É algo maior,  que nos move,  nos une, eleva e nos transporta para uma dimensão diferente, como se uma porta se abrisse para um mundo totalmente verde, com cheiro e gosto de paixão.

A festa já começava ali mesmo, na rua. A parmerada estava numa alegria só… Encontrei os amigos, ganhei uma garrafinha de cerveja e, apesar de não costumar beber, aceitei a cerveja gelada, brindamos o momento, bebemos, jogamos alguma conversa fora, rimos bastante, abraçamos o amigo que ia pra outro setor e entramos… E, claro, compramos o copo comemorativo do Palmeiras Campeão Brasileiro 2018.  “P-a-l-m-e-i-r-a-s  C-a-m-p-e-ã-o” era o delicioso som que se repetia, inúmeras vezes, dentro da minha cabeça…

Última rodada do campeonato… Eu imaginava que os dois times, por motivos muito diferentes, claro, deveriam jogar meio na ressaca. O Palmeiras chegava na partida campeão, de dever cumprido, e já fizera até uma grande festa para comemorar o título, devia estar literalmente de ressaca… o seu adversário, em compensação, chegava já rebaixado no campeonato, naquela ressaca de tristeza… De qualquer forma, era o melhor ataque da competição, contra a pior defesa.

Allianz Parque lotado (quebra de recorde na arena), transbordando felicidade… Torcedores de cabelos verdes, barbas verdes, de máscara de porco, nariz de porco, chapéus de porco, de perucas verdes, unhas e bocas verdes,  envoltos em bandeiras… todo mundo se enfeitara de alguma maneira para a ocasião tão especial… Os jogadores palmeirenses se aqueciam no gramado quando algumas faixas verdes e brancas  começaram a descer lá do anel superior… a arena também se enfeitava para a festa. E foi nesse momento que os primeiros gritos de “É campeão” começaram a ecoar forte no Allianz… aí, não deu pra não chorar…


Times em campo, Palmeiras festejado, aplaudido… o hino, arrepiante, à nossa moda… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… Tínhamos total compreensão de que estávamos dentro de um sonho… real.

Como não poderia deixar de ser, o jogo era todo nosso, mas não era tão pegado… o Palmeiras tinha mais posse de bola e procurava mais o gol – fez algumas jogadas tão lindas – , e o Vitória tratava de se defender e tentava atacar o Palmeiras com chutes de longe. Nós queríamos só comemorar, e, por isso, queríamos o gol pra incendiar a festa – o time também queria – e ele não saía. A torcida cantava feliz… com a leveza de ser dez vezes campeã brasileira.

E então, já no finalzinho do primeiro tempo, Lucas Lima fez boa jogada pela direita e tocou para Bruno Henrique chutar de fora da área. A zaga desviou e a bola sobrou para Duduzinho na esquerda. O craque do Palmeiras e do campeonato gingou na frente de seus marcadores e, com a mesma precisão de um passe que tivesse sido feito com as mãos,  levantou a bola na área, na medida, para Edu Dracena (sua segunda tentativa de gol na partida), saltar, cabecear pra baixo e estufar as redes do Vitória. O Allianz explodiu no som de mais de 41 mil vozes. Abraços campeões eram distribuídos nas arquibancadas…  que alegria! Era o gol de número dois mil do Palmeiras na história do Campeonato Brasileiro. E o Dracenão da Massa que o assinou.

No segundo tempo, Felipão voltou com Deyverson – de cabelo verde – no lugar de Borja. E o time do Palmeiras parecia ter voltado com mais pegada. Nos primeiros minutos, Dudu (que craque ele é. #FicaDuduzinho) quase marcou o segundo num chute colocado. Minutos depois, Deyverson deu uma caneta linda no jogador do Vitória, foi atingido na sequência, dentro da área, mas deu um “duplo twist carpado no vácuo” bem mandrake ao ser atingido e o árbitro nada marcou. No entanto, com a encenação (totalmente desnecessária) ou não de Deyverson, o árbitro tinha que marcar a falta que ele sofreu.

Mas nem precisamos esperar muito pra ver a rede baiana balançar pela segunda vez. Depois de uma cobrança de falta que parecia ensaiada, Dudu tocou para Scarpa, que chutou de pé esquerdo e guardou o segundo do Verdão. Na hora, tive a impressão que o goleiro falhara, mas a bola tinha dado uma desviadinha no meio do caminho. Era só festa no Allianz.

E porque o título já tinha sido conquistado na partida anterior, porque o Palmeiras vencia o Vitória por 2 x 0, porque o segundo tempo já estava na metade, o time deu uma relaxada, diminuiu o ritmo, deu espaço para o adversário. Antonio Carlos fez uma falta, fora da área e o árbitro marcou pênalti (adivinha quem era o árbitro? Ele mesmo, Heber Roberto Lopes, aquele, que nos garfou na reta final do BRA 2017. Nos garfava de novo, e no segundo lance importante, em pleno jogo de entrega da taça). O Vitória cobrou e guardou. Nem cinco minutos depois, aproveitando que o Palmeiras ainda parecia meio relaxado, sem intensidade, Luan (Vit) recebeu na entrada da área, fez a jogada individual e chutou forte. Weverton nada pôde fazer.

A partida estava empatada, e a torcida palmeirense continuava comemorando o título do Brasileirão… Nada nos abalava naquela tarde… nosso Palmeiras era decacampeão. Nossos dias, desde a rodada anterior, quando o título fora conquistado diante do Vasco, eram de festa, de coração em paz, de alma levinha, levinha… mas, claro, queríamos vencer sim.

Felipão, que já tinha colocado Moisés – de cabelo verde também – no lugar de Scarpa,  sacou Lucas Lima e colocou Guerra em campo. O jogo ia chegando ao fim… Foi então que Bruno Henrique resolveu que não podia ter água no nosso chopp. Num contra-ataque do Verdão, ele recebeu de Guerra e, de fora da área e de primeira, mandou uma bomba pro fundo da rede do Vitória. Um golaço! E a festa no chiqueiro pegou fogo! Minutos depois, o jogo acabou. O Campeão Brasileiro 2018 conquistava mais uma vitória, na última partida do ano.

“É Campeão”… “É Campeão”… gritava o Allianz Parque…  E o sonho, real,  tomou ares de fantasia… Os nomes de todos os jogadores do elenco eram gritados… de Felipão também… Fogos explodiam em volta do teto do Allianz, o céu se enchia de “nuvens”coloridas, de luzes coloridas… nada mais parecia real… como crianças, ficávamos olhando tudo aquilo, encantados. No campo, nossos heróis comemoravam muito, faziam muitas fotos, e também viviam um sonho… era difícil saber qual deles estava mais feliz. Tinha gente que chorava, tinha gente que não conseguia parar de sorrir, muita gente gritava, batia no peito… Eles e nós… nós e eles… e todos sabíamos os caminhos que tínhamos percorrido para chegarmos até ali.

Nossos heróis iam recebendo as suas medalhas – o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, convidado do Palmeiras para assistir ao jogo, era um dos que colocavam a sonhada medalha no pescoço dos jogadores… e, então, finalmente, o capitão Bruno Henrique levantou o tão cobiçado troféu…  o ar se encheu de papel verde picado… os pedacinhos de papel voavam por toda a arena… a visão era linda ali… fogos explodiam no céu, nosso coração explodia de amor… a festa dos jogadores era enorme no campo, todos queriam segurar a taça de campeão, todos queriam extravasar a alegria daquele momento, daquele primeiro Brasileirão na carreira de alguns de nossos atletas… os jogadores davam a volta olímpica, Felipão dava a sua volta por cima… o presidente Galiotte, dando a volta no campo também, cumprimentava os torcedores… a torcida, orgulhosa, louca de felicidade pelo decacampeonato, dava uma volta no paraíso… o Allianz se tornara surreal… nosso mundo estava todo ali… o Palmeiras, nosso amor pra toda vida, exercia o seu imenso poder de nos fazer esquecer de todo o resto lá fora…  poderíamos viver pra sempre dentro naquele momento…

E nada no mundo poderia ser melhor… Palmeiras, dez vezes Campeão Brasileiro! Que lindo, Palmeiras! Que lindo!

E que venha o próximo!

 

Pronto! Acabou a espera, acabou a ansiedade, os “periquitos” voando no estômago… acabaram as contas, os adversários nos secando… as notícias venenosas… acabaram as rezas, as promessas, o “vestir a camisa da sorte”… Dois anos depois de termos conquistado o enea, ganhamos mais um brasileirão! O Palmeiras é, pela décima vez, campeão brasileiro!! Sim, o nosso tão esperado decacampeonato brasileiro chegou… e consolidou ainda mais o Palmeiras como o  #MA10RDOBRASIL.

É CAMPEÃO, PARMERADA! VAMOS COMEMORAR!!

Agora, é o momento do coração explodir de alegria, de extravasarmos… de curtirmos essa maravilha de campanha que o Palmeiras fez no Brasileirão… é hora de saborearmos as delícias de mais um título – legítimo – que conquistamos… de revermos os lances, as partidas, as defesas, os gols, as declarações dos jogadores, a festa da parmerada pelo país e pelo mundo… hora de festejarmos, muito, nossos craques, nossos guerreiros, de revivermos as façanhas de Duduzinho (o melhor jogador do Brasil) e Cia…

É hora de parabenizarmos Felipão pela sua maravilhosa volta por cima… é hora de o agradecermos pela união do grupo, pela maturidade, pelos dois times que ele montou (só ele teve essa sacada)… Hora de agradecermos ao comandante e aos comandados pela melhor defesa do campeonato, pelo melhor ataque, a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos, pelo maior número de vitórias e o menor número de derrotas, pela maior sequencia de vitórias em casa,  pelo Palmeiras melhor mandante, melhor visitante… pela campanha tão tranquila no maior campeonato do país…

É hora de agradecermos a Deus por sermos Palmeiras e pela felicidade que estamos sentindo… é hora da alegria maior de todas,  hora das lágrimas de felicidade… da emoção que não cabe no peito… hora do orgulho imenso que sentimos pelo nosso time… hora de amigos, de abraços, de cerveja gelada, de vinho, de pizza e de muitas risadas… de Rua Palestra Italia lotada… de planos para a última e tão festiva partida, que acontecerá daqui a uma semana…

Mas é hora também de reconhecermos que foi tranquilo, que, no fundo, todos sabíamos, até mesmo os mais desesperados de nós, os que enxergam um furacão num mero balançar de bandeiras e reclamam como loucos por qualquer coisinha errada, por qualquer lateral perdido, passe errado, cruzamento que não deu certo… os palmeirenses todos sabiam… ESSE TÍTULO ERA DO PALMEIRAS, ERA NOSSO, E NÃO ERA DE HOJE, NÉ?

PARABÉNS, PALMEIRAS! Sua família, orgulhosa, feliz e emocionada, te abraça!! O Brasil é verde!! #QuemTemMaisTem10 

(Amanhã, eu escreverei sobre o jogo, sobre a nossa campanha… tá?)

“I was born to love you with every single beat of my heart…” 🎶 – Freddie Mercury

Que eu amo o Palmeiras em qualquer situação, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza…todo mundo sabe… Mas quando ele faz bonito, e sobra, num campeonato longo como o Brasileirão, campeonato que já está no finalzinho, aí o coração não cabe no peito de jeito nenhum…

35 jogos… 71 pontos conquistados… 20 vitórias… 11 empates… 4 derrotas… Melhor ataque da competição (56 gols marcados)… Melhor defesa (24 gols sofridos)… Melhor saldo de gols (32)… 5 pontos à frente do segundo colocado,  6 à frente do segundo… 20 jogos invicto – a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos – e faltando apenas três rodadas. Esse é o meu (nosso) Palmeiras… que depende só dele mesmo para conquistar o decampeonato.

Isso mesmo. Se o Palmeiras continuar no ritmo nas últimas quatro rodadas da competição, ele conquistará o seu décimo campeonato brasileiro. Uma coleção de campeonatos limpinhos, limpinhos… legítimos.

Temos três “match points” a contar de hoje, três chances de colocarmos mais uma taça em nossa Sala de Troféus. Já os adversários, que também têm chances ainda, precisam ganhar as suas partidas e torcer por tropeços do Palmeiras… No entanto, se considerarmos as últimas três partidas dos três clubes que disputam o título, o Flamengo só conseguiu diminuir 1 ponto da diferença entre eles, o Inter, por sua vez, permaneceu com a mesma diferença.

É impossível que, nós, palmeirenses, fiquemos indiferentes aos números, que fiquemos indiferentes a esse momento, não é mesmo? Que nos mantenhamos com os dois pés no chão.  É impossível não “ouvirmos” que o deca está, sim, batendo à nossa porta…

A tarefa da torcida palestrina, nessas três partidas que faltam, é apoiar, cantar muito, torcer muito, rezar, aplaudir… é fazer do Allianz Parque hoje um caldeirão fervente… Nossa missão é “entramos em campo”, de alma e coração, jogarmos com o nosso time, e, com muito boas possibilidades, levarmos o Palmeiras na direção de mais um título.

No entanto, dependendo dos resultados da rodada, o Verdão pode ser campeão hoje mesmo. Já pensou? Hoje pode vir a ser  o dia de escrevermos mais uma página linda da história do maior campeão do Brasil… Tomara. Mas são três batalhas que teremos pela frente, três “match points”… Temos que fazer a nossa parte, com calma, jogando sério,  com muita luta, sabendo que ninguém ganha antes do apito final; temos que aproveitar as nossas três oportunidades, conscientes de que só dependemos de nós.

Está chegando a hora da sua volta por cima, Felipão! Tá chegando a hora de sermos muito felizes juntos, de novo!

O “deca” está batendo aí na porta, Verdão! Abre a porta pra ele!! #RaçaPorco

 

 

 

 

 

Foi num 05 de Novembro… um domingo… de um distante 1933…

Nascimento, Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato, sob  o comando de Humberto Cabelli… escreveram um capítulo glorioso da história do Palestra Italia…

Jogo válido pelo Campeonato Paulista-1933 e também pelo segundo turno do Torneio Rio-São Paulo – uma semana antes de o Palmeiras conquistar as duas competições enfrentando o São Paulo da Floresta…

No Parque Antarctica (no terreno onde hoje existe o Allianz Parque)…  com quatro gols de Romeu Pellicciari, um gol de Gabardo e três de Imparato, o Palmeiras venceu o Corinthians por 8 x 0…  uma vitória sensacional… a maior goleada aplicada no rival… goleada que, até hoje, 85 anos depois, ainda não foi superada.

Salve, Palestra Italia/Palmeiras!! 👏👏👏👏👏👏👏👏

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“Eeeeeem 33, nós jogamos o Paulistão… foi em cima dos gambás… foi uma surra… 8 x 0 pro Verdão” 🎶

“Feliz daquele que sabe que o caminhar é constante… e que amar é para sempre…”

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Fui ao Allianz de coração aberto… para o que desse e viesse. Sabia que era difícil reverter aquele resultado indigesto que tínhamos trazido da Argentina, mas sabia também que era completamente possível que o Palmeiras conseguisse virar o jogo nos noventa minutos  aqui.

No entanto, não queria criar expectativas de já ganhou… nada disso. Só queria acreditar que podíamos. Só queria estar lá e poder torcer… muito. Esperar acontecer… Esperar a alegria nos arrebatar, caso ela viesse…

O cenário era perfeito. As ruas cheias de parmeras, aqueles inúmeros vendedores ambulantes, pelo caminho, a nos oferecerem cerveja, água, refrigerante, bonés, chaveiros, cavalinhos do Palmeiras (ah, Brasileirão), camisas, bandeiras…

Eu caminhava apressada, saboreando tudo o que meus olhos podiam ver… e conforme me aproximava do Allianz podia ouvir muitos rojões, gente ansiosa conversando… nas catracas, a torcida cantava forte, feliz… Sim, o Palmeiras, o nosso Palmeiras, estava de volta. Voltava a ser protagonista nos campeonatos.

Entrei no Allianz e ainda não tinha muita gente lá dentro… a faixa de led, logo abaixo do anel superior, era a surpresa do Allianz Parque para a torcida… num muito aceso verde e branco, um  “oleeeee oleeee porcoooo” percorria a arena… o “rascunho’ do mosaico da torcida podia ser percebido nas cadeiras…
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Por falta de festa, de apoio, é que não foi… Como conter a emoção quando o Palmeiras entrou em campo, quando  o Allianz se vestiu de milhares de vozes, se enfeitou com dezenas de fogos de artifício? Uma festa para os nossos sentidos…

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Infelizmente, não deu certo… e a partida terminou empatada. Perder uma vaga na final, acontece… mas perdê-la, podendo não tê-la perdido, é meio complicado…

Teve de tudo no jogo, foi um carrossel de emoções… uma alegria do tamanho do mundo, quando Dudu cruzou para Bruno Henrique mandar pro fundo da rede, no comecinho de jogo, logo aos 9 minutos. A gente pensa até que vai morrer nessa hora, de tanta felicidade… apreensão, quando percebemos que o VAR avisara ao árbitro que havia alguma irregularidade… decepção, quando o nosso gol foi anulado… tristeza, pelo doce que nos arrancavam da mão… tensão, quando o Boca abriu o placar numa vacilada de Luan… alegria, quando Luan empatou o jogo, ainda no comecinho do segundo tempo… uma alegria maior ainda, quando o juiz marcou pênalti e Gustavo Gomez virou o jogo… teve esperança, mas muita esperança mesmo, principalmente depois do segundo gol – se tivéssemos feito o terceiro, o Boca não iria aguentar… mas nos jogaram um balde de água fria depois, quando os argentinos empataram de novo… pelos critérios da competição, pelo agregado, teríamos que fazer mais três gols…

O malfadado jogo na Argentina pesou na segunda partida… mas não achei que o Palmeiras foi mal, ele lutou muito; achei que faltou fazer algo, além do óbvio, para pegar os argentinos de calças curtas, porque eles estavam marcando como loucos, sempre com dois, ou até mais jogadores, em cima de qualquer parmera que estivesse com a bola, para evitar mesmo que fizéssemos as jogadas, para evitar que aproveitássemos o talento de Dudu, por exemplo (em cima dele sempre tinha três ou quatro adversários). 

Não podemos reclamar do VAR se Deyverson estava mesmo impedido – lá na hora, confesso que não vi a irregularidade. Mas o fato é que, quando anularam nosso gol, o time sentiu, acabou vacilando e deixando o Boca abrir o placar alguns minutos depois, mas Luan, que falhou no lance, poderia ter tido a proteção de mais algum parmera ali… era jogo valendo a “vida” na competição.

Empatamos… viramos… e o Allianz, que já estava eufórico, barulhento, ficou ensurdecedor. A torcida estava linda! Um show! E é assim que tem que ser mesmo, independente de resultados. Se fizéssemos o terceiro, o Allianz iria “eletrocutar” os argentinos, o Boca não ia segurar em campo… Tinha bastante tempo ainda e as chances estavam abertas pra nós, mas descuidamos de novo… e de novo com o jogador “maledetto” que já tinha enfiado dois na gente no jogo de ida. Só por aqueles dois gols ele não poderia ter vida fácil em campo no segundo jogo, né? Felipe Melo, que parecia ter cansado na partida (poderia ter sido substituído por isso), e por quem o maledeto passou facilmente, também podia ter tido um ‘help’ de mais alguém… era preciso que tivéssemos um olho no gato e outro na frigideira, assim como faziam os argentinos que não deixavam nenhum palmeirense no mano a mano.

Apesar de eu ter pedido tanto o Lucas Lima no primeiro jogo da semi, e pra esse também, achei que ele foi muito previsível, tocou de lado, pra trás… esperava mais dele, esperava o imprevisto pra colocar a bola no pé dos atacantes enganando a marcação cerrada dos adversários… esperava que ele reeditasse a partidaça que tinha feito na Argentina, quando ganhamos do Boca por 2 x 0, na Fase de Grupos.

Achei também que as muitas bolas que levantamos para a área não tiveram utilidade alguma com as “casquinhas” do Deyverson. Nessa partida, ele subia pra cabecear, cabeceava de qualquer  jeito, pra qualquer  lugar, sem proveito algum para os demais companheiros, para o ataque.

Apesar dos dois gols bobos que tomamos aqui, o estrago mesmo tinha sido feito no primeiro jogo… 

Enfim, mesmo sem ser um p&ta time, o Boca, copeiro que é, passou, e a gente não…

Mas agora não dá tempo para ficarmos reclamando, para ficarmos curtindo a ressaca, e muito menos pra querermos crucificar esse ou aquele, pedindo a cabeça desse ou daquele, mesmo porque não há motivo pra isso.

TEMOS UM BRASILEIRÃO PRA CONQUISTAR!  E o Palmeiras precisa de nós!

Ano que vem tem Libertadores outra vez e estaremos lá… e tem gente que já não vai nem participar da próxima, né? 😉

Vamos em frente… que atrás do Palmeiras tá cheio de gente.

“Ousadia tem genialidade, poder e magia” – Johann Goethe
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Semifinal da Libertadores… jogo contra o Boca, na Argentina… Parada dura… ainda mais depois de termos ido jogar lá, na Fase de Grupos, e, atacando o jogo inteiro, enfiado 2 x 0 nos hermanos (um placar que, em Libertadores, só o Independiente tinha conseguido fazer em La Bombonera, em 1967).

Confesso que não gostei quando vi a escalação do nosso time sem um meia. E já imaginei que Felipão não estava muito focado em atacar e, muito provavelmente, jogaria  pelo empate – sair de lá com um empate não seria nada ruim, mas jogar pelo empate nem sempre dá certo.

No entanto, a princípio, era uma boa tática se defender, não tomar gol, não deixar o Boca se impor em seus domínios… e na maior parte do tempo, o Palmeiras foi impecável em seus propósitos. No entanto, ainda que o adversário não fosse um time tão qualificado, ele ainda era o Boca, copeiro, e jogava em sua casa.  Por isso mesmo, porque ele não era tão qualificado, não era um time difícil de ser batido, e porque ele é “macaco velho” em Libertadores, não podíamos passar o jogo inteiro só na retranca e no chutão, não é? E passamos. E saímos de lá com uma derrota amarga, doída, saímos de lá com 0 x 2. Penso que tínhamos que ter sido mais ousados, ter atacado, oferecido perigo ao Boca, tínhamos que ter tido em campo alguém pra criar as jogadas – e os nossos meias todos no banco…

Um ataque com Dudu, Borja e Willian deveria ser motivo de preocupação para o adversário, mas, com os jogadores do Boca fazendo de tudo para impedir que os palmeirenses conseguissem trocar dois passes, impedindo – com muitas faltas também – com marcação cerrada que nossos atacantes pudessem fazer o que sabiam – Dudu, e não só ele, tinha sempre vários jogadores à sua volta -, era evidente que teríamos dificuldade, e ficou evidente também, pelos muitos chutões que o Palmeiras deu, que faltou alguém ali para auxiliar os atacantes, para achar espaços,  faltou Felipão ter reajustado a forma do time jogar.

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Mas é justo que se diga que o Palmeiras estava bem, que conseguiu controlar o jogo quase todo, conseguiu controlar os nervos (os argentinos catimbavam como nunca) e conseguiu impedir, por mais de 80 minutos, que o Boca levasse perigo ao nosso gol – na zaga, Gustavo Gomez foi muito bem. O Palmeiras, apesar de não criar quase nada,  de pecar pela falta de ousadia, não deixou mesmo que o Boca jogasse durante todo o primeiro tempo e em boa parte do segundo. Jogando sério e fazendo o velho “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”, desarmava/destruía as tentativas argentinas – Felipe Melo fez uma grande partida, comandou as ações no meio de campo, por outro lado, Moisés estava numa noite bem ruim e só Felipão não percebia. Era nítida a falta de um meia no time, a falta de Lucas Lima… Só que Felipão, quando fez a primeira substituição, no segundo tempo, ao invés de colocar o Lucas Lima (o futebol do Palmeiras gritava por ele),  trocou Borja por Deyverson… que mal pegou na bola.

E quando parecia que íamos conseguir sair de lá com um empate… a coisa desandou. Aos 38′ do segundo tempo, logo depois de Weverton ter feito uma defesa milagrosa e mandado a bola pra fora, Benedetto, que tinha entrado no jogo aos 31′, aproveitou a cobrança de escanteio e a falha na nossa marcação e abriu o placar.

Moisés  marcava Benedetto, e não foi na jogada, não subiu, não disputou a bola com ele. Felipe Melo, que marcava um outro jogador, antevendo que a bola passaria, até tentou ir cabecear com o atacante adversário, mas já não dava, o “Maledetto”, com todo o espaço do mundo, subiu sozinho, na cara do Weverton e mandou pro gol. Mérito do argentino, mas também muita desatenção do Palmeiras…

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Em desvantagem no placar, Felipão tirou Bruno Henrique e colocou Thiago Santos (não entendi a substituição. Ele queria segurar o 0 x 1?)… e o Lucas Lima, que já deveria ter entrado jogando desde o primeiro minuto (na fase de grupos ele tinha “deitado” lá na Argentina), continuava no banco… Ah, Felipão…

E para nosso infortúnio, a bruxa estava mesmo solta… Aos 42′, o maledetto do Benedetto (que estava há um ano sem marcar) recebeu um passe, deu um drible no Luan (que deveria ter parado ele na botinada se fosse preciso) e, com um chute colocado, de fora da área, daqueles que o cara só acerta em ano bissexto, com Lua cheia e o Sol em Leão, fez o segundo do Boca. E o Felipão, só então, aos 48′, resolveu sacar Moisés, que deveria ter sido substituído ainda no primeiro tempo, e colocar Lucas Lima no jogo. Mas aí adiantaria em quê?

Até os 83′ de jogo estava tudo tão certo com/para o Palmeiras… e, de repente, em quatro minutos, caiu a casa de uma vez… 83 minutos de uma defesa impecável… Mas o que vale mesmo é bola na rede. E eles, infelizmente, colocaram duas na nossa e não colocamos nenhuma na deles. Pagamos pela falta de ousadia (do nosso técnico) de não irmos para cima de um adversário que poderia sim ter sido batido. Quem não “agride” o adversário, quem não o ataca, acaba sendo sendo atacado por ele.

Ficamos bem chateados, ficamos frustrados com o preocupante resultado… mas esse jogo já acabou, essa página já virou… e a sensação de derrota também.  Semana que vem tem mais noventa minutos, tem o “segundo tempo” dessa semifinal que estamos perdendo por 2 x 0. As possibilidades estão todas abertas ainda…

É difícil? Sim, é.  Mas não é impossível. Sabemos muito bem que os argentinos são catimbeiros, e imagina no próximo jogo? Já vão vir caindo e simulando faltas e agressões ainda no avião. Mas o Palmeiras tem  time para reverter isso, tem técnico… e tem uma torcida maravilhosa.

Teríamos que não ser torcedores para não acreditarmos em nosso time… teríamos que não ser palmeirenses para não termos a certeza absoluta de que o jogo só termina quando o juiz apita, para não conhecermos, não trazermos marcadas no coração e na alma as muitas situações, quase impossíveis de serem mudadas, que o Palmeiras já reverteu em sua história…

Teríamos que esquecer as apendicites, sequestros,  as expulsões mandrakes, o gol de Valdivia na noite de frio e chuva de Barueri… o gol de Betinho em Curitiba… o gol de Fabiano, as viradas de jogo nos minutos finais, o gol de Mina no apito final, as cobranças de pênaltis que nos impediram de respirar por minutos… os 4 x 0 nos gambás, na final de 93, depois da derrota na primeira partida… o golaço inacreditável de Cleiton Xavier nas redes do Colo Colo… as defesas sensacionais de nossos goleiros, que a gente mesmo achava impossíveis de serem feitas… os 5 X 1 diante do Grêmio… o chute pra fora de Zapatta… Marcos defendendo o pênalti do farsante… aquele gol de Galeano… a mudança de nome do clube para defender seu patrimônio e o campeonato por conquistar… a derrota amarga diante do Juventus(ITA) que nos serviu de impulso para a conquista do primeiro Mundial de clubes…  os gols de Euller nos instantes finais do jogo contra o Vasco…

Teríamos que esquecer a épica Copa do Brasil 2015, ainda tão recente,  e todos os percalços que tivemos nesse torneio, todos os “xiii, agora ferrou” que superamos… teríamos que esquecer o campeonato decidido nos pés (nas mãos também) de nosso goleiro, campeonato conquistado  com um gol de Fernando Prass… e com a voz e a força da Que Canta e Vibra…

Para não acreditarmos, teríamos que esquecer que somos Palmeiras… e isso é impossível… é mais fácil esquecermos de respirar, é mais fácil nosso coração esquecer de bater…

Agora é em nossa casa. Faltam 90 minutos. Que venham os “maledettos”…  A força de vinte milhões de palmeirenses estará com o Palmeiras em campo.

É HORA DE LUTAR, VERDÃO, DE LUTAR MUITO!! E VAMOS BUSCAR ESSA P%RRA!!