Eu não via a hora de chegar o sábado… Vinte dias sem Palmeiras em campo estava sendo um castigo. Não via a hora, também, de ver como estaria o time depois do período em que o Cuca pôde treiná-lo; ver se o time estaria veloz, se teria um esquema de jogo que funcionasse, se os jogadores estariam numa “vibe” diferente…

Tinha muito boas expectativas para o jogo, mas o Palmeiras me surpreendeu. Jogou fácil, sem tomar sustos, se impôs, pra valer, em seus domínios (sim, o adversário teve medo do Palmeiras) e deu o primeiro passo, dos 38 que precisará dar, rumo ao título.

O Allianz Parque estava lindo, cheio de gente (34 mil parmeras). As camisas mais maravilhosas do mundo desfilavam diante dos meus olhos. Todos os modelos atuais, alguns antigos também, estavam ali.

Não sei se foi por causa da saudade, da abstinência, mas deu um nó na garganta quando o Palmeiras, de camisa nova (linda), entrou em campo. Em alguns trechos do nosso “hino nacional” eu só mexi a boca, porque a voz tropeçou na garganta…

Iríamos ver o Palmeiras que Cuca imaginou para o Brasileirão. O lateral Tche Tche faria a sua estreia, Roger Guedes vinha de titular em lugar de Dudu, que ainda não estava apto pra jogo, Cleiton Xavier estava de volta… a torcida, com letras verdes em camisetas brancas, mandava o recado “Estamos juntos rumo ao título”. Título, que o técnico Cuca nos prometeu…

E só deu Palmeiras! Se compararmos os dois tempos de jogo, diremos que o primeiro – parte dele – foi mais equilibrado. Mas foi delicioso ver o Palmeiras jogar os 90 minutos sem sustos, com o Prass tranquilão, praticamente “de folga”; com Jesus, pra variar, levando muitas botinadas, desde os primeiros minutos de jogo; com Tche Tche e Jean trocando de posição em campo muitas vezes; com Cleiton Xavier fazendo uma bela partida; com a velocidade de Roger Guedes; com Barrios jogando bem;  com Jesus, desculpe a heresia, matador…

O Palmeiras marcou muito bem o Atlético, que se viu obrigado a, muitas vezes, tentar com lançamentos mais longos (isso não funciona, e sabemos muito bem). E, quando  tentou ficar com a posse de bola, sofreu com os contra ataques velozes do Palmeiras.

Achei que o juiz  deixou os adversários baterem, e não gostei disso nem um pouco.

Mas não dava nem tempo de ficar com raiva… a alegria era a palavra do dia. Cleiton lançou Jesus,  que desceu pela esquerda e cruzou na medida para Roger Guedes guardar. A bola ainda bateria em Thiago Heleno, mas, ao contrário do que disse a “press”, quem chutou mesmo foi o parmera.

Gol-RogerGuedes

Os adversários batiam um bocado, mas o juiz, que deixava de marcar muitas faltas cometidas pelo Atlético, resolveu dar um amarelo para… Barrios. E um amarelo totalmente “non-sense”.

Jean cruzou pra Jesus e ele foi atropelado na área pelo goleiro, levando uma cotovelada na cabeça e precisando de atendimento médico. Juizão não marcou nada. Como pode? Jesus à frente, e o goleiro Wewerton, tentando defender, chega por trás, dá uma cotovelada na cabeça dele, joga o corpo em cima dele o jogando no chão, e para o juiz não foi nada? Não há nenhuma regra que obrigue o jogador a se desmaterializar em campo para facilitar a defesa de um goleiro, né? Então…

cotovelada-goleiro-em-Jesus

Thiago Heleno levantou o pé  no rosto de Roger Guedes e o juiz, não marcou nada (contra o Palmeiras pode tudo)… essas coisas dão raiva, precisam ser lembradas e ditas, porque, muitas vezes, atrapalham e prejudicam o jogo do time que o juiz deixa apanhar.

E o árbitro causou uma confusão em campo… Barrios foi atingido por trás por Paulo André; o juiz parou o jogo e sinalizou que daria amarelo para… Barrios (ele cismou com o parmera, né?)!! Seria o segundo, e ele teria que expulsar o palmeirense  – por ter sofrido falta de Paulo André, vê se pode? Então, ele se tocou, ou foi avisado, do absurdo que ia fazer e, consertando a lambança, voltou atrás e deu (só) amarelo para o Paulo André – que  deu um carrinho por trás em Barrios, quando ele teria chance clara de gol. O Atlético, na maior cara de pau, ainda ficou reclamando.

Mas o Palmeiras mandou na primeira etapa (Tche TChe fazia uma bela estreia), e muitos ataques verdes se seguiram até o juiz apitar o final do primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Verdão voltou avassalador, veloz e determinado a aumentar o placar. Troca de passes em velocidade entre Cleiton, Jesus, Barrios, Cleiton (de novo), que cruzou na área pra Jesus guardar o segundo do Verdão. Que gol lindooooo! O décimo gol de Jesus na temporada. E com 22 segundos de jogo! Allianz explodia em festa.

O Palmeiras mostrava uma boa evolução era leve, rápido… Jesus estava impossível e, de cabeça, quase fez mais um; o goleiro conseguiu tirar. Um minuto depois, aos 7′, Cleiton Xavier cobrou escanteio e Thiago Martins, no primeiro pau e meio de costas pro gol, se antecipou, e de cabeça meteu a bola na rede pra fazer o terceiro do Palmeiras. A goleada se desenhava… e a torcida quase morria de felicidade.

Léo, que já tinha batido bastante nos parmeras o jogo todo, foi expulso por falta em Jesus. E, como se não tivesse feito nada, saiu dizendo que o árbitro era fraco (a press também diria que foi uma suposta falta)… Aham! E ainda ficou barato para o Paulo André, que já tinha amarelo, e também acertou Jesus…

Expulsão-poodle

Era Verdão e só Verdão em campo… Jean, quase… Roger Guedes, quase… O Atlético não sabia nem de qual caminhão de mudança tinha caído.

Cuca substituiu Cleiton Xavier (que pedira substituição) por Moisés, depois Barrios por Alecsandro.

As chances verdes se mutiplicavam… a torcida fazia festa em lateral, ataque, desarme… era só alegria no Allianz, e todos sabiam que ia sair mais gol.

Rafa Marques entrou no lugar de Roger Guedes. E foi ele, Rafa, que uns minutinhos depois, aos 41′, enfiou uma bola pra Gabriel Jesus dominar com estilo, entrar na área, fuzilar o goleiro, marcar o seu segundo gol e o quarto do Verdão. E Jesus saiu “atirando pra todo lado” na comemoração. Coisa linda esse menino!

E o jogo terminou assim… 4 x 0 pro dono da casa para alegria imensa de sua torcida.

Foi só o primeiro passo, de 38 que teremos que dar em busca do título. Sabemos que nem tudo serão flores em nosso caminho (nunca é, pra nenhum time),  no entanto, num campeonato de pontos corridos, é preciso ter regularidade. Que o Palmeiras sabe jogar, e bem, eu sei, eu vi nessa rodada (e não foi por acaso) mas o time precisa encaixar e fazer com que passe a ser rotina goleadas como essa, vitórias tranquilas como essa, um adversário com medo do Palmeiras, como foi o Atlético-PR.

Vamos em frente, Verdão! Temos um título a  conquistar!

Classificados no Paulista, primeiro do grupo, o time jogando melhor com Cuca no comando, com outra postura em campo… e, agora, chegou a hora de decidir vaga para a próxima fase da Libertadores…

Difícil? Sim é difícil. Impossível? De jeito nenhum.

Nos enrolamos, nas nossas próprias pernas, e complicamos a nossa situação no grupo, as nossas chances. É muito ruim termos

que torcer para um outro time para que seja bom para o Palmeiras, termos que depender da vontade de ganhar de um outro time, numa outra partida, por outro lado, saber que os dados ainda estão rolando é muito bom.

Não podemos fazer nada além de torcer, de estarmos todos juntos hoje, no Allianz, de coração e alma, e  doarmos a nossa energia e o nosso amor ao Palmeiras, mas temos que acreditar e acreditar muito. Nada está ganho e tampouco perdido antes do juiz apitar o fim de jogo.

E fhodhaC se o outro lá tem desfalques, fhodhaC se podem fazer um jogo de compadres, fhodhaC se o Palmeiras tem dificuldade pra marcar três gols… fhodhaC a calculadora! Se tiver que ser, será!

Como foi quando Euller marcou dois gols, um atrás do outro…

gol-Euller-classificação

… quando Galeano cabeceou “aquela” bola…

gol-Galeano-classificação

… quando Valdivia saiu do banco pra nos colocar na final…

Mago-gol-blog-clorofila

… como foi quando São Marcos fez três milagres em poucos minutos…

milagre-SãoMarcos

… quando uma defesa de pênalti nos fez avançar no caminho de um título inédito…
milagre-SãoMarcos-pênaltiVampeta

… quando Zapatta, diante da Santa Muralha, chutou pra fora…

… quando Cleiton Xavier fez um gol inacreditável, num tempo quase improvável…

Gol-CX-ColoColo2

Gol-CX-ColoColo

 

… quando Prass pegou tudo…

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… Como foi quando Dudu decidiu…

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… quando Jesus “multiplicou seus gols”…

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… quando Barrios nos manteve na luta…

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… como foi quando Prass correu, bateu e guardou, e nos fez campeões…

gol-Prass-título

Tá na nossa história, no nosso sangue, no nosso DNA… faz parte da nossa  essência…

As manchetes já devem estar todas escritas… VAMOS REESCREVÊ-LAS, VERDÃO!!

À LUTA, PARMERADA!! AQUI É PALMEIRAS, PORRA!

BEM-AVENTURADOS OS QUE ACREDITAM NO PALMEIRAS, PORQUE É DELES O REINO DOS CÉUS!

E Jesus disse: Vai que é tua, Prass! Enfia no gol, Dudu! – Corintios 0 – 1

E pensar que um monte de palmeirenses profetizaram que o Palmeiras tropeçaria (!?!) diante do Rio Claro e também no derby que viria na sequência. E pensar que um monte de gente “caiu” o Palmeiras por conta própria… Hereges!

A vitória diante do Rio Claro, quando Jesus “andou sobre as águas” e marcou um golaço maravilhoso (o que tá jogando esse menino!), já tinha sido espetacular, os gols de Alecsandro (ele jogou um bolão) e Rafa Marques, idem. Ver Cuca fazer o Palmeiras jogar melhor, mais organizado, com a bola no chão, foi um alívio…

Ver o Palmeiras exorcizando qualquer possibilidade de ir parar na zona de rebaixamento e voltar à zona de classificação de seu grupo, fazendo os descrentes voltarem a crer, foi uma delícia. Saber que ele ia fortalecido para o clássico era reconfortante…

E o dia do derby chegou… A praça do Pacaembu estava cheia… de sol, calor, e daquela gente de verde e branco – azul, amarelo, limão -, com um grande “P” no coração…

Eu estava um pouco tensa, claro, afinal, clássico é clássico, e se é um derby, então. Entre Palmeiras e o time da Lava-jato não dá pra perder nem no par ou ímpar – os rivais tinham usado os reservas no seu jogo anterior só para descansar os titulares para o derby, e falaram até em golear o Palmeiras, vai vendo a empáfia…

Havia uma outra tensão no ar… antes do jogo, e em outros pontos da cidade, já tinha havido confronto entre alguns torcedores organizados, tinha havido um tiroteio, que causou a morte de um inocente, que apenas estava no local errado – na verdade, no local errado estavam os bandidos que o mataram. Esses, deveriam estar na cadeia.

Some-se a isso o “detalhezinho” de termos sérios problemas com as arbitragens sempre que jogamos contra eles…

Some também a imprensinha cantando uma bola, furada, de uma invencibilidade alvinegra de 21 anos no Pacaembu, sendo que por 16 anos, desses 21, o derby não foi jogado lá… Cantando uma bola de 8 vitórias pra eles, quando, na verdade, foram 7…

E conte também os ‘torcedores jornaleiros’, preocupados apenas em ser torcedores, sem o menor pudor e vergonha na cara de falar asneiras – quem sabe de futebol, sabe que ninguém ganha antes do juiz apitar o final do jogo, e sabe também  que em clássicos não existe favorito nunca, e se o torcedor for “itakera”, como um certo jornaleiro aí, não pode nem falar em goleada, né? E ainda mais por 6 x 1, coisa que ele nunca viu o time dele fazer no Palmeiras, coisa que o Corinthians, em 106 anos de existência, nunca conseguiu fazer no Palmeiras (mas já levou 8 x 0, e também um 6 x 0, no Pacaembu mesmo).

O “jornaleiro”,  que “se vivesse, veria”, viveu e não viu e, veja só, dizem que deletou a postagem depois… mas o print screen mandou lembranças pra ele.

Em campo, o jogo ia começar…”Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…” cantava a parmerada no hino – dizem que os torcedores ‘itakeras’ estão doidinhos pra copiar a nossa ideia…

O “Çantu dus rivaus”, plagiando São Marcos, usava o número 12 às costas (rsrsrs why?) e tinha um uniforme igualzinho ao do Rogério Ceni (até agora não entendi essas coisas)… Quando olhei o “uniforme bambi” dele, pensei comigo: É hoje que alguém encobre ele… 

O jogo, embora não fosse na nossa casa, foi delicioso. A torcida, linda, cantava sem parar.

Se tínhamos alguma dúvida de como o Palmeiras se portaria em campo, desde o começo ela foi desfeita. Jogando com vontade, mais organizado e buscando o jogo, o time de Cuca deu trabalho para o rival, e não deixou ele jogar como pretendia, não lhe deu espaços e o obrigou a usar… chutões.

E se eles não  conseguiam jogar, dá-lhe botinada nos parmeras. Zé Roberto sofreu duas faltas duras, seguidas – uma do Fagner e outra do Elias -, Jesus (apanhou muito no jogo) também sofreu uma entrada pra cartão, mas o juizão fazia jus à tradição, e nada de cartão pra eles…

O Palmeiras pressionou desde o começo, mas, depois de uns 10/15 minutos, caiu um pouco de produção, atrasou umas bolas sem necessidade, deu uns chutões, no entanto, logo voltou ao normal (o nosso normal agora é bom).

E no NormalModeON, do jeito que a gente gosta, o Palmeiras foi rápido ao ataque, Alecsandro lançou Jesus, que entrou na área e mandou uma bomba; Cássio fez uma bela defesa e salvou o time de Itaquera, impedindo o Palmeiras de abrir o placar.

Prass deu um chutão lá pra frente e por pouco não pega o Cássio desprevenido. Na trave direita, ele precisou dar uma rebatida pra defender – Já pensou se o Prass me faz esse gol?

Embora tecnicamente o jogo não fosse tão bom, o Palmeiras era bem melhor em campo, faltava acertar aquele último passe para marcarmos o nosso gol… e o time do “grande estrategista”, que já tinha dado um chute perigoso no gol  do Palmeiras (a bola passou perto), não sabia com qual estratégia superar o Verdão.

Eu queria um gol de qualquer jeito, estava aflita por isso… e, naquelas coisas de torcedora, supersticiosa (só quando é com o Palmeiras), tentava sentir a minha intuição, buscar um sinal… olhava o céu e ele estava tão lindo, a luz da tarde deixava os prédios com cores tão bonitas… um deles, com vidros muito verdes que refletiam a luz do sol…

Mas o primeiro tempo terminou no 0 x 0 mesmo.

Durante o intervalo a gente ouviu o som de bombas lá na torcida visitante – vimos a fumaça também. A PM, que barra as toucas de porco das mulheres, e, quando cisma, os seus batons também, deixou mesmo os marmanjos entrarem com bombas? Como assim? E será que todos os repórteres, que têm o dever de reportar, reportaram esse fato?

Veio o segundo tempo… e o Palmeiras continuava querendo jogo – os adversários também queriam, mas a marcação adiantada do Palmeiras dificultava o querer dos alvinegros.

Elias, o “trunfo” do adversário para a partida, e que não rendeu nada, foi substituído. Eu queria que o Cuca também desse uma mudada no time, para ficar mais acertadinho, pra sair o nosso gol.

E se não fosse uma defesaça do goleiro ‘itakera’, Alecsandro teria aberto o placar. Jesus cruzou pra ele, da esquerda, e, na cara do goleiro, Alecsandro bateu de primeira. O S.C.Itaquera foi salvo pelo reflexo do goleiro. Na bancada, não acreditávamos que aquele gol não tinha saído. A torcida cantava mais forte ainda…

Cuca tirou Robinho, que não estava muito bem, e chamou o Duduzinho. Aí sim, Cuca!

Os adversários tentavam, mas os parmeras estavam espertos. Tite, o “grande estrategista” gritava para os seus atacantes:Tira do Vítor Hugo! Se algum palmeirense errava qualquer coisa, lá estava o Mito  consertando tudo. Ah, esse “zagueiro de série B”…

Eu estava tranquila em relação ao desempenho do Palmeiras, mas aflita pelo gol que não saía. Nós tínhamos que ganhar! Lembrei do meu terço verde que estava na bolsa.

Com o terço na mão, rezando para que os parmeras tivessem sabedoria para conduzir a partida e calma para chegarem ao gol, eu olhei pra cima, por sobre o meu ombro esquerdo, e percebi que o céu do Pacaembu se dividira em dois tons de azul… tão lindo… Na hora não entendi…

E se eu esperava que algo muito bom acontecesse, quase caí dura de desgosto quando o juiz assinalou pênalti de Thiago Martins no jogador do time da Lava-jato. E logo o Thiago Martins, que estava jogando muito. Na hora, ali atrás do gol, achei que não foi – se fosse para o Palmeiras, não dariam nunca – e xinguei muito o juiz.

Olhei pro terço na minha mão e pensei: Como assim?

O Pacaembu gritava o nome do Prass… Olhei o Prass ali, imaginei ele imenso, do tamanho do gol, fechando tudo…  Decidi que não veria a cobrança. Olharia para o céu e esperaria a minha torcida gritar. Meu coração não parava de dizer: “Pega, Prass! Pega, Prass!”.

E então, o Pacaembu explodiu no grito da minha torcida e nos abraços todos que vieram depois! Prass, maravilhoso, pegara mais um. Só estando no estádio pra ver a reação dos torcedores, pra ver os olhos, o rosto de cada um, o que cada um trazia se estampava no rosto… que emoção meu Deus!

PQP, é o melhor goleiro do Brasil, Fernando Prass!! Olhando o Prass no campo, comemorando, olhando a sua camisa, eu entendi o céu divido em dois tons de azul…

E um minutinho depois, um minutinho mesmo, quando eu ainda chorava de alegria pelo pênalti defendido por Prass, um outro “gigante”, pequenino, nosso duende favorito, meteu fogo no jogo, no nosso grupo do Paulistão, na rivalidade e fez o Pacaembu vir abaixo.

Alecsandro tocou pro meio, na entrada da área, Zé Roberto, de costas cabeceou lá pra frente. E então, a bola alta foi descendo… Dudu, com “meio metro” de altura foi pra bola, Cássio, com “dois metros e meio” também foi… e adivinhem quem encobriu quem e guardou no gol? Ele mesmo, Duduzinho lindoooooooo!

Se alegria matasse, teríamos morrido todos ali, naquele momento, um minuto depois do Gigante Prass pegar o pênalti. Era muita emoção para apenas 70 segundos,  tempo entre a cobrança de pênalti e o gol de Dudu. Era impossível não gritarmos, não berrarmos, era impossível contermos a emoção, escondermos as lágrimas… Loucura total entre os parmeras.

Alfacio

Borboletácio  – ou seria Alfácio? – não achou nada, e Duduzinho, nosso gigante pequenino, subiu o quanto pode e, de cabeça, encobriu o goleiro e guardou – encobriu um outro jogador também, que caiu dentro do gol depois. Duduzinho saiu comemorando, com “chapéu” e tudo (lembra da história do chapéu?)…

Dizem que, na transmissão, ficaram contando os milímetros tentando achar um impedimento do Dudu. Na Band, onde o insandecido Neto levou uma do Edmundo, os caras cortaram até um jogador da imagem (e parece que entortaram a linha mais do que a perspectiva exigiria), pra mostrar um impedimento que, na verdade, não houve…

Não entendo de geometria, mas sei que, pelo ângulo em que vemos a imagem, ela tende sim a se afunilar um pouco na parte de cima, a parecer mais larga na parte de baixo. Repare nas listras do campo. Mesmo assim, não há dúvidas quanto à posição legal de Dudu…

Gol-Dudu-legítimo1

Gol-Dudu-legítimo2

E ainda bem que os itakeras já estavam classificados e “não estavam nem aí pro jogo”, né? Ainda bem que eles “não gostam de Paulistinhas, só de campeonatos maiores”… Contar os milímetros tentando achar um impedimento, que não houve, é muy significativo.

Depois do gol, o “grande estrategista” colocou Danilo em campo, muito provavelmente por… superstição. Mas, não deu certo. Se o S.C.Itaquera já não podia fazer muita coisa antes, depois do gol do Palmeiras é que ele não pôde mais mesmo. O Verdão se portou muito bem em campo, correu, lutou, desarmou, deu bicão quanto tinha que dar bicão, segurou… e saiu com a vitória, de novo.

E a torcida, ah, a torcida… feliz da vida, rouca, cansada da “batalha” , foi comemorar a freguesia!!

VALEU, PALMEIRAS, SEU LINDO! É SÓ FAZER O MESMO NO PRÓXIMO JOGO, TÁ?  😉

E na manhã seguinte é outro dia… mas trazemos conosco os machucados e as dores do dia anterior…

Depois de tantos reveses, e em pleno domingo de Páscoa, teríamos o Água Santa (who?) pela frente, lá no Prudentão. Hora boa de vermos o nosso time diferente, de conquistarmos uma vitória, esquecermos as presepadas anteriores e ficarmos com o coração mais em paz… Santa inocência, Batman!

Sabe aquele lutador que, diante de um desconhecido e fraquíssimo adversário, leva uma porrada inesperada e baqueia? Aí, ele consegue encaixar um golpe, respira, e acha que vai pra cima, mas, na sequência, leva um cruzado, logo depois, um direto,  e vai a nocaute?

Então…

O Palmeiras começou melhor. Robinho, logo aos 2′, meteu bola na trave e o time do Palmeiras, ainda que apresentando falhas nas finalizações, no domínio de bola dentro da área, comandava as ações na partida. No entanto, aos 35′, após uma cobrança de escanteio – escanteio dado de presente, depois de um lance bisonho de Dracena, que caiu sozinho e não conseguiu interceptar a bola que sairia de campo -, e depois de um vacilão da nossa zaga (só vivemos de bola aérea e não sabemos marcar esse tipo de jogada?), tomamos um gol de cabeça. Aí, já viu… o time sentiu, ficou nervoso e a confiança amarelou… Aos 38′, Rafael Marques chutou o empate pra fora…

O empate do Palmeiras veio aos 43′, na cobrança de pênalti de Robinho, que Gustavo cometeu em Dracena. “Uffa! Foi só um susto, e agora vamos virar”, pensamos nós.

Que nada… Um minuto depois, Everaldo, (des)marcado por Lucas, desceu em velocidade, como quis, entrou na área, como quis, e meteu na rede, como quis – o pior é que o Lucas corria o máximo que podia, se esforçava – dava pra ver na TV -, mas o máximo dele não era suficiente para alcançar o adversário (a preparação física dos nossos atletas está adequada mesmo?). Uma cacetada nos parmeras esse gol.

A parte psicológica, que não sei porque não aguenta um revés, passou a ajudar o time a errar ainda mais… e o inexpressivo adversário, que era muito fraco, mas não era bobo, tratou de ir pra frente e se aproveitar disso.

O time do Palmeiras sentiu demais o segundo gol, mas a pane psicológica mesmo se daria com um erro da arbitragem… um terceiro gol do Água Santa, aos 48′, em total impedimento  e com as bençãos da desatenção da nossa zaga.

Se o time já tinha sentido o segundo gol, imagina tomar o terceiro, pouquíssimo tempo depois do segundo, e com um errão da arbitragem – se um bandeira, que tem total visão do lance, não sabe avaliar isso, faz o que em campo? Mas, nem por isso teríamos que deixar o adversário receber sem marcação alguma, né?

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Não fazia nenhum sentido e não tinha nenhum cabimento o Palmeiras estar perdendo para o Água Santa, afinal, ele não tem um time superior ao do Palmeiras, nem de longe, mas o Palmeiras dava tanto mole, que o time adversário nem precisava ser grande coisa para conseguir marcar os seus gols. Era uma facilidade só. E pra gente, tentar um gol era uma enorme dificuldade.

Lucas, numa fase tão ruim, que parece que não passa; Dracena, numa tarde horrível (como me disseram, talvez ele até possa jogar bem num esquema com três zagueiros, mas no esquema de ontem, nem pensar)… Roger ruim, Robinho bem fraquinho, Egídio, um dia bem, cinco ruins… o time todo devendo… a zaga fraca, as laterais idem… a bola parecia queimar nos pés alviverdes…

E dava uma saudade do Vítor Hugo… Dava saudade também do Valdivia, e dos atalhos no campo que só ele sabia achar; dava saudade do Jackson – que não era nenhuma Brastemp, mas era melhor do que os que vieram depois que ele saiu… eu sentia saudade até do Leandro Pereira (Mattos comeu bola em algumas dispensas e contratações)… Sem contar que a gente fica com a impressão  que, ao invés de jogarem os que estão melhores, tem alguns que são titulares pelo nome.

Difícil… vergonhoso o placar, porém, no segundo tempo, se o Palmeiras mudasse a postura em campo, se os jogadores conseguissem pensar e raciocinar melhor, se conseguissem se acalmar, a gente podia sim ir buscar o resultado.

Mas isso não aconteceu… O time não teve forças para vencer a si mesmo e continuamos a ser o nosso maior adversário em campo.

Eu já não conseguia prestar atenção no que via… olhava a TV mas era como se tivesse um véu na frente do meu rosto… e foi assim que vi o Roger, nosso zagueiro, fazer um gol contra, dando o quarto gol de presente para o adversário… Foi assim que vi o juiz apitar o final…

Como entender, como explicar essa goleada? Impossível. Esse time foi campeão há três meses, com uma força absurda, com uma garra imensa… não consigo reconhecê-lo agora. Não consigo entender o que acontece (não, eu não acredito em “jogar mal de propósito”, em preferirem ser execrados pela torcida do que aplaudidos), mas não consigo ver mudanças no esquema que o time jogava com MO e no jeito que joga agora.

Pra mim, ainda faltam peças. Falta o meia que chame a responsa – gosto de Allione, mas precisa um outro pra jogar com ele, e não acho que esse outro seja CX -, faltam laterais, faltam zagueiros… falta alguém pra cobrar esse time, falta o presidente cobrar o Mattos, que me parece ter carta branca até demais (de longe, é o que eu acho)… Falta todo mundo tomar consciência  que estamos lá na rabeira da tabela e isso é muito tenso.

Não dá mais para entrarmos no paraíso num dia e, dois meses depois, já irmos descendo aos infernos… Perder para 5 times pequenos, no Paulistão, é uma vergonha, correr o  risco de um rebaixamento nesse campeonato é inadmissível.

Dirigentes, técnico e time vão ter que se virar. Se jogavam com tanto sangue nos olhos em Dezembro, não é possível que pareçam anestesiados agora.

Não brinca, Palmeiras, a coisa é séria! Vamos à luta! E com os que estiverem melhores, com as armas que temos, e que não sei porque não estão mais sendo usadas.

Queremos aquela garra de volta, queremos a paciência para buscar o gol, queremos a bola rolando no chão, queremos o escanteio no segundo pau (escanteio curto não), queremos a disputa por cada centímetro do campo, queremos a vibração, queremos a energia que, lá da bancada, sentíamos vir do campo…

Em troca, vamos fazer o que sabemos, o que podemos e o que o nosso coração manda… VAMOS EMPURRAR O TIME!!

Estamos bravos, desapontados, tristes, mas sabemos que se não apoiarmos o nosso time (com quem quer que ele entre em campo), a coisa pode ficar pior… E se ficar pior,  seremos nós os que vão sofrer feito uns condenados pelo Palmeiras, mais do que já estamos sofrendo agora.

Portanto, gostando ou não do que estamos vendo, sabemos todos o que devemos fazer…  “Eu sempre te amarei e te apoiarei…”

Conte conosco, Palmeiras, mas, por favor, não nos deixe lutar sozinhos.

 

porquinho-da-PáscoaA

“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” – Jesus Cristo

Páscoa é renascer… nos propósitos, na boa vontade, na amizade, no afeto… é renovar as esperanças e a fé…

Páscoa é acreditar… que sempre se pode começar outra vez, que sempre se pode tentar fazer melhor do que antes… que sempre podemos ser melhores do que temos sido…

Páscoa é também tempo de agradecer pela vida, pela família, pelos amigos… pelos que queremos bem e os que nos querem bem também.

É a renovação do amor que trazemos no coração…

Que seu domingo seja abençoado ao lado dos seus, amigo palestrino, e que a nossa grande Família de Sangue Esmeralda possa viver a alegria de um verde renascer…

FELIZ PÁSCOA A TODOS!!

Porco-da-Páscoa

– Por que aquele jogador de preto não chuta a bola também, pai?

– Impedimento? O que é isso, “Fulano”?

– Por que aquele jogador, que tem roupa diferente, pode por a mão na bola, “Sicrano”?

– O que é pênalti, amor?

Sim, houve um tempo em que quase todas as mulheres não entendiam nada de futebol… e a maioria das que não entendiam, não fazia questão alguma de entender…

Houve um tempo em que pouquíssimas mulheres iam aos estádios assistir às partidas de futebol…

Houve um tempo em o futebol separava homens e mulheres – elas não entendiam a paixão deles por uma coisa tão “sem graça”, não aceitavam ficar em casa pra ele ir a um jogo… e tinham raiva só de ouvir falar em futebol.

Houve um tempo em que mulheres não eram muito levadas a sério  quando falavam de futebol…

Houve um tempo em que mulheres foram até proibidas de praticar futebol (e outros esportes), e por um Decreto-Lei, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1941…

Futebol… coisa de homens.  Um esporte criado por um homem, para ser praticado por homens, discutido por homens, venerado por homens… AHAM!

Os que pensavam assim não sabiam de nada. Não sabiam que, nós, mulheres, invadiríamos o “clube do Bolinha”, e passaríamos a frequentar estádios, mesmo, a gostar de futebol, mesmo, a jogar futebol, a entender de futebol, discutir futebol, a amar futebol…

Foi uma longa caminhada para chegarmos até os dias de hoje.

Nos primórdios do futebol no Brasil, no início do século XX, as mulheres compareciam aos jogos. Iam com seus maridos, pais…. O futebol ainda era uma novidade aqui.

Você sabia que foi por causa das mulheres, por causa da sua presença nos campos e estádios, que surgiu o termo “torcedor”?

Isso mesmo. As mulheres iam aos campos e estádios trajando vestidos, calçando luvas e usando chapéus. Por causa do calor, algumas delas tiravam as luvas e, quando nervosas com o decorrer da partida, torciam-nas. Passaram então a ser designadas como “torcedoras”, e a palavra acabou sendo assimilada pelo vocabulário futebolístico brasileiro.

Era promissor o início com a presença das mulheres nos estádios, com o destaque na maneira como “torciam”, mas, com o decorrer do tempo, passou a ser comum à maioria das mulheres o desinteresse pelo  futebol.

As  portas do futebol se mantinham semicerradas às mulheres… e eram em número reduzido as que se aventuravam  a ir aos estádios e campos de futebol. A mentalidade era mesmo a de que futebol era coisa pra homem.

Pra se ter uma ideia, meus pais tinham uma única filha, e minha mãe não estava muito interessada em uma nova gravidez, mas meu pai, que jogava futebol (era bom), que chegou a ser técnico do time da minha cidade, queria de todo jeito um menino para acompanhá-lo aos estádios, para conversar com ele sobre futebol… Na cabeça dele, minha irmã não servia e só um menino poderia ocupar esse lugar.

E foi assim que cheguei ao mundo… Não veio o menino que ele queria, mas veio a torcedora, que nasceu apaixonada pelo Palmeiras – não me lembro de ter virado palmeirense algum dia, sou palmeirense desde que me conheço por gente.

Provavelmente, meu pai deve ter se desencantado  quando soube que mais uma menina tinha nascido, mas ele não esperava que essa filha fosse gostar de futebol tanto quanto ele (se não mais), não esperava ir ao estádio com essa filha, ir à Academia,  não esperava as brigas todas por causa do Palmeiras  – ai daquele que criticasse o Palmeiras para o outro-, não esperava comemorar títulos com ela (deu tudo certo, pai)…

Palmeiras… não imagino a minha vida sem ele, e sei que muitas outras palestrinas se sentem assim também.

E tenho orgulho de saber que foi o Palmeiras, lá na década de 80, que deu um passo grande para trazer as mulheres para o estádio, para trazer as mulheres ao mundo do futebol. Ele foi o primeiro clube a não cobrar ingressos das mulheres, abrindo-lhes os portões do Palestra (tinha que ser ele o pioneiro),  e hoje, como consequência, ele tem as mais belas e mais apaixonadas torcedoras; hoje, ele conta com mais de 15 mil associadas ao Avanti. Não é maravilhoso isso?

Hoje, nós , mulheres, enchemos os estádios, assistimos aos campeonatos, jogamos, treinamos, fazemos comentários sobre futebol, produzimos e divulgamos notícias, escrevemos textos e livros, arbitramos jogos, podemos ser técnicas, jogadoras, assessoras de imprensa, repórteres de campo, jornalistas esportivas, patrocinamos clubes…

Hoje, podemos comprar camisas especialmente feitas pra nós, compramos bandeiras, chapéus, meias, livros, DVDs… e tudo o que se relacionar ao nosso time.

O futebol, pra nós,  é liberdade, é o espaço que conquistamos, sem campanhas, sem marchas, sem violência, sem ranço, apenas sendo nós mesmas, apenas fazendo valer a nossa vontade, fazendo valer o que somos e sentimos. Não tem mais essa de mulher pode isso, mulher não pode aquilo. Falamos palavrões no estádio com a mesma propriedade com que retocamos o nosso batom.

O mundo do futebol é nosso também, porque nós quisemos assim, porque nós fizemos assim.

E o futebol ficou tão mais bonito com as mulheres… trouxemos a ele, um esporte tão viril, a nossa sensibilidade, a nossa alegria, a nossa força. Trouxemos aquele “não desistir nunca”… trouxemos amor na mais profunda significação da palavra. E por isso, hoje, mulheres e homens choram juntos de alegria por um gol marcado, por uma defesa milagrosa, por um título conquistado; juntos, choram de tristeza também… e os homens não têm mais vergonha de mostrar o que sentem.

Elas, aprenderam a falar palavrões; eles, aprenderam a mostrar as emoções… e como isso junto ficou bonito!

As mulheres de hoje, as palestrinas especialmente, entendem de futebol, e entendem muito – entendem do que quiserem entender. E são apaixonadas pelo seu time.

Vai dizer pra uma delas, antes de uma partida, que o time delas não vai ganhar. Você vai arranjar uma encrenca e tanto.

Vai discutir futebol com elas, achando que elas não entendem nada do assunto. Você  certamente vai encontrar quem discuta, escalação, substituição e  esquema tático com  muita competência…

Hoje, elas sabem direitinho porque o homem de preto não chuta a bola, sabem se foi mesmo impedimento, se foi pênalti… e ai do juiz se não apitar direito.

Hoje, o futebol não é mais “coisa de homens”… hoje, é tudo junto e misturado – a palestrina já sabe disso desde criancinha.

Hoje, elas continuam sendo mães, amigas, filhas, namoradas, esposas, companheiras, profissionais… continuam sendo o que quiserem ser… e já cantam, vibram, choram e morrem de amor pelo seu clube de coração.

E tudo isso, de batom, unhas feitas,  e sem perder o charme…

Feliz Dia Internacional das Mulheres todos os dias, suas lindas!

Vocês são show de bola e escolheram o melhor time do mundo – e eu também!

Mari-Cacau

Flavinha-Clo

garotinha

ZonaLeste

Talitinha

Cotia

Marta-Márcia

Torcedora

Angela

torcedora2

Final

torcedora1

torcedora3

Clo-Glauco-Globo-A1

torcedora4

 

 

 

 

Passado o susto, ou quase susto, eu poderia resumir assim o primeiro jogo de Libertadores, realizado no Allianz Parque: O Palmeiras fez 2 gols (o juiz ainda meteu a mão nele), o Rosario perdeu uma penalidade e não marcou nenhum.

Porque foi exatamente o que aconteceu, mas, as circunstâncias…

Antes do jogo, a Rua Palestra Italia já estava em festa. Muitos torcedores, temendo mais chuva, foram direto pro Allianz Parque (havia chovido um bocado antes do jogo – choveria durante e depois também).

Era climão de Libertadores… mas argentinos e palmeirenses se confraternizavam na Rua Padre Thomaz.

36 mil  torcedores foram pro jogo. E, como sempre acontece, que emoção na hora do hino “à nossa moda”… a voz tropeçava na garganta, mas as lágrimas, sem o menor pudor, saltavam de nossos olhos, como a chuva que caía no campo. E cantar o hino toda arrepiada já é de praxe… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…”, meu, seu, nosso Palmeiras… no mosaico da torcida o objetivo de todos os palestrinos estava traçado: Queremos a taça.

A partida apresentaria dois tempos de jogo completamente distintos. Mas a pegada foi uma só… de Libertadores. E que pegada. No entanto todo mundo pareceu ter assistido apenas à segunda etapa, mas muita coisa importante aconteceu antes. Coisas que poderiam ter decidido a partida nos primeiros 45 minutos.

No primeiro tempo, apesar do time meio manco que o MO anda mandando a campo (coloca meia nesse time, MO!), o Palmeiras fez a sua melhor partida no ano – eu sei que as anteriores não foram grande coisa -, e foi melhor que o Rosario, teve as melhores chances. Rosario, que, segundo a imprensa, era um bicho-papão e ia vencer o Palmeiras – para muitos, ele ia até golear, né “Armário” Cezar?

Logo no início de jogo, bola levantada na área do Palmeiras, Prass e o atacante foram na disputa e o goleiro foi atingido na cabeça. O juiz deixou por isso mesmo. Um minuto depois, Cristaldo levou uma sarrafada, e o juiz mandou seguir… Hmmmm

Cristaldo enfiou uma bola linda pro Dudu, e ele chutou pro gol, tirando do goleiro… a bola passou raspando,  pegou a trave. Isso aumentou ainda mais o volume da torcida… que energia no Allianz.

Robinho pegou uma sobra do goleiro, que se atrapalhou todo com a zaga depois de um cruzamento do Zé, ajeitou, saiu do marcador (que passou direto por ele), mas mandou pra fora…

O Allianz fervia… a torcida cantava forte. Eu, que teria que sair exatamente aos 45′ do segundo tempo, por causa do horário do trem, torcia para estar tudo resolvido favoravelmente ao Palmeiras antes do apito final, antes dos acréscimos.

O Palmeiras criava chances, chutava a gol, trocava passes… e isso era tudo o que queríamos ver.

O Rosário não levava perigo, mas quase pegou o Palmeiras de surpresa numa jogada ensaiada. Só que ela não tava tão ensaiada assim e deu em nada.

E foi então que Gabriel Jesus avançou veloz pela esquerda, entrou na área e foi derrubado. Veja na imagem abaixo, as pernas de Gabriel sendo atingidas pelo marcador que está à frente do argentino de número 29 (eram dois marcadores em Gabriel Jesus). Olha o pé/perna do sujeito atingindo Gabriel…

Se isso não for pênalti,  eu não sou palmeirense…

pênalti-RosarioCentral-em-Jesus

Pênalti, muito pênalti, mas como o Palmeiras tem Roubocard Internacional… o juiz nada marcou. Difícil assim, né? Jogo de Libertadores, no Allianz Parque, contra argentinos catimbeiros, valendo a liderança do grupo, o seu time sofre uma penalidade dessa e o juiz não marca?

Os parmeras levando cada sarrafada, mas o cartão amarelo só saiu para o Thiago Santos…

A chuva já atrapalhava o jogo, e  impedia que a bola corresse em muitas jogadas de ataque do Palmeiras – deu uma atrapalhada nos hermanos também.

Passava da metade do primeiro tempo quando Prass lançou lá na frente, o zagueiro tentou interceptar e a bola sobrou pra Dudu, que, rápido, deu um senhor passe pra Gabriel Jesus; ele recebeu na área e foi atropelado (eu achei que foi), o zagueiro saiu com a bola mas apareceu o Churry, roubou a bola do Salazar, passou pelo Burgos, que veio em cima dele, driblou o goleiro, sem tocar na bola, só pisando na poça d’água, e meteu pro gol, deixando mais um adversário no chão.

GOOOOOOOOOOOOOL, CRISTALDO, SEU LINDOOOOOOOOOOO!!

Explosão de alegria no Allianz Parque! Gol de argentino raçudo, marrento, argentino parmera! Nosso Palmeiras vencia o time “favorito”  (né, Juca? Né, torcedores profissionais de imprensa?).

Então, quando o Palmeiras muito provavelmente ia fazer o segundo gol (que poderia até ser o terceiro, caso o juiz tivesse marcado aquele pênalti), quando Gabriel Jesus recebeu bola legal e saiu na cara do goleiro, tendo até a opção de encobri-lo (Jesus manja desses paranauês), a arbitragem marcou impedimento.

Olha como tava “impedido” o Jesus! Esse Roubocard Internacional do Palmeiras é uma coisa…

impedimento-Jesus-mal-marcado-favorecendo-Rosario

E olha a continuação da jogada… seria “tão difícil” fazer esse gol, não é? Estava faltando só darem uma camisa do Rosario pro juiz, porque, jogando para os adversários ele já estava fazia tempo.

impedimento-Jesus-mal-marcado-favorecendo-Rosario1

O Palmeiras continuou ofensivo, sofreu muitas faltas que o juiz ora não marcou,  ora não deu cartão, e o primeiro tempo terminou 1 x 0 para o Palmeiras. E ficou barato para os argentinos.

E então,  veio o segundo tempo… os planetas se desalinharam, Marte entrou em Escorpião…

Claro que os argentinos, perdendo, iriam vir pra cima; claro que o Palmeiras iria defender a sua vitória parcial, iria se fechar, mas ninguém imaginou que desse um curto-circuito tão grande no Verdão.

O Rosario veio pra cima, e o Palmeiras parou, só se defendia. Nervoso… e não tinha motivos pra isso, ganhava a partida. Eu tinha vontade de entrar lá no campo e dizer para os nossos jogadores: Quem tá perdendo são eles, baralho! Calma!

O Palmeiras se deixando acuar e o Rosario querendo agredir, juntou a fome com a vontade de comer. Mas um time, não vive só de atacantes, não vive só de gols, não é mesmo?

Prass foi atingido no rosto por um adversário que tentou tocar de carrinho… e o juizão… nada! E o Rosario continuava em busca do gol de empate.

A tensão era grande na bancada…

Robinho tirou uma bola na área, e, na sequência, atingiu o atacante. O juiz marcou pênalti. Mas que cazzo – sempre fico em dúvida nessas ocasiões, porque, para os comentaristas, dependendo de quem está na jogada, ou do time, pode-se levar em conta que o jogador tocou a bola primeiro, visou a bola, como fez o Robinho, e, portanto, não é pênalti, ou pode-se levar em conta que ele acertou a bola primeiro, mas atingiu o adversário na sequência (nem sei se atingiu mesmo) e, então, é pênalti sim.

Aqui, todos foram categóricos em afirmar que o juiz acertou na marcação. No entanto, na Fox Sport da Argentina acharam que não foi pênalti.

O jornal Ole publicou o vídeo, mas você pode assisti-lo no Youtube. E dá para entender quando dizem que não foi nada, que o jogador não foi tocado. E dizem ainda:”Pero igual sirve”, algo parecido a “tanto faz”… Que diferença da imprensa daqui, não?

https://www.youtube.com/watch?v=YwPSw9cg27I

Pênalti marcado – se eles marcassem, a coisa ia engrossar -, jogador se preparando para a cobrança,  e, do outro lado, ele… FERNANDO PRASS… a parmerada, com a maior confiança, gritava o nome de seu goleiro…

Nem preciso falar o que aconteceu, né? Claro que o lindo e maravilhoso do Prass defendeu! Foi lá no cantinho e tirou! #NaMinhaCasaNão

Confesso, nem vi a cobrança. Segurando meu terço verde (sim, eu já o tinha tirado da bolsa), só olhei pra cima e esperei o grito da torcida. Impossível explicar a felicidade de ouvir o grito que ganhou os ares.

PRAAAAAAAAAAAAAAASSSSSSS!!! Obrigada!

Mas o Palmeiras não aproveitou, não foi pra cima. MO não mudava o jeito do time jogar, e a situação em campo continuava a mesma… O Rosario buscando o seu gol de todo jeito e o Palmeiras defendendo com todas as suas forças.  Que mudança radical em relação ao primeiro tempo. E não conseguíamos entender como o Palmeiras podia ter voltado do intervalo assim.

Porém, muito embora o Palmeiras tenha adotado uma postura suicida em campo, abdicando de atacar, de segurar mais a bola – 27% de posse de bola na segunda etapa. Isso é inadmissível num jogo de Libertadores, em casa, e quando estamos ganhando -, muito embora o MO tenha deixado o time com três atacantes e sem um meia para fazer a bola chegar neles, e por isso abusarmos dos horrorosos chutões, nosso maravilhoso goleiro estava em campo, nossa defesa valente estava em campo e, mesmo os jogadores parecendo muito perdidos, sendo desarmados facilmente, dando a bola de graça, não conseguindo ficar com ela no pé, o time inteiro foi guerreiro,  lutou, e muito, para não tomar gols.

Robinho tirou uma bola difícil, Cristaldo também, todos defendendo como podiam, que aflição, que desespero no Allianz. Mas, quando vi Jesus tirar uma bola muito perigosa na nossa área, falei para os amigos: Se até Jesus tá ajudando a defender, hoje a gente ganha sim.

Mo já tinha colocado Rafael Marques, Arouca e por fim Allione (que já deveria ter entrado muito antes)…

O jogo estava nos descontos, eu já estava indo embora, já tinha descido a escada, com os ouvidos grudados lá dentro, com o coração grudado lá dentro, quando o Glauco, o amigo que ia embora comigo, falou:

– Vem ver daqui, dá pra ver.

– Vamos embora, Glauco, não vai dar tempo. – e fui olhar numa fresta.

– É só um pouquinho, já vamos. Vem olhar daqui que dá pra ver o telão.

E quando olhei pro telão, só vi o Dudu recebendo do Rafa e tocando pro Allione… tudo parecia vazio ali naquela parte do campo (pensei até que não estivesse valendo)… Allione – que tá a cara do Pirlo – recebeu, e, guardadas as devidas proporções, num estilo meio Divino de ser, sem pressa, com uma frieza absurda, passou pelo marcador, dando uma finta leve e chutando com uma puta categoria…

GOOOOOOOOOOOOOOOOL. ALLIONE, SEU LINDOOOOOOOOO!!

O Allianz explodiu lá dentro, o Glauco e eu nos abraçávamos comemorando… quanta alegria, meu Deus! Os funcionários do Allianz nos perguntavam: Foi gol do Palmeiras? FOOOOOOOI!!!! E saímos apressados…

A corrida pra estação em 13 minutos nem foi nada, a chuva nem foi nada… O meu (nosso) Palmeiras vencera! E nada mais importava naquela noite…

diabinho-anjinho-a-dúvida-do-palmeirense

Tá difícil o início do nosso 2016… estamos todos confusos…

Pra mim, futebol é emoção… mas, ontem, no Allianz, na partida diante da Ferroviária, pelo Paulistão, o futebol do Palmeiras, à exceção do gol de Cristaldo, não me fez sentir emoção alguma. Tem jogos em que você mal pode piscar, porque corre o risco de perder algum lance importante, alguma jogada linda, um gol… Mas, ultimamente, tanto faz se a gente pisca, se olha pro campo, pro lado, pro celular… Não acontece nada mesmo.

Não sabemos o que passa com o nosso time, com o futebol do Palmeiras, que anda sumidão… só podemos achar… achar que seja “isso”, “aquilo”, ou “aquela outra coisa lá”…

O fato é que o nosso treinador parece  estar perdido; o fato é que o P-a-l-m-e-i-r-a-s  p-e-r-d-e-u  d-a  F-e-r-r-o-v-i-á-r-i-a (!?!); o fato é que a Ferroviária jogou muito bem; o fato é que o Palmeiras não jogou nada.

Pior do que o Palmeiras perder, foi a derrota ser merecida. Isso chateou demais o torcedor, e o deixou na bronca. E, com a Libertadores apenas em seu início, e sabendo que nosso time pode jogar bem mais do que temos visto, todos nos perguntamos: “O que está acontecendo?”.

A torcida se divide entre os que acham que MO deve sair, e os que acham que ele deve ficar. E o surreal é que existem argumentos significativos para as duas possibilidades, que justificam as duas coisas. Todo mundo tem um pouco de razão.

Porém,  além dos argumentos significativos, tem sempre as teorias, que negam o óbvio – o futebol está ruim porque técnico e jogadores encontram dificuldades para fazê-lo fluir em campo – que preferem acreditar que o futebol mixuruca que vemos em campo está ligado ao caráter “desse” ou “daquele”, de “todos”, à raivinha, birra de um, de todos…

“Os jogadores são uns vagabundos e estão entregando, querendo fritar o técnico” – E eu me pergunto: Esses “vagabundos” (eu não acho nada disso) são os mesmos, que, há três meses,  se superaram, superaram adversários difíceis, e se doaram em campo para sermos campeões?

Os que “estão entregando, fritando” esqueceram de entregar na goleada diante do XV? Esqueceram de fritar o técnico?

E, seguindo essa “lógica”, temos 11 picaretas em campo então – fora os suplentes? Se um time inteiro não vai bem e a há os que acham que os jogadores fazem de propósito, então, podemos concluir que estão todos os jogadores nessa vibe? Caso contrário, quem não compactuao com isso já teria aberto a boca e já teria tentado dar um basta na “fritura de técnico” dos demais, não é?

Sem contar que os jogadores teriam que ser muito burros para jogarem no lixo o status conquistado aqui, o carinho, os aplausos, a visibilidade, a possibilidade de ganharem outros títulos… Que no futebol exista um ou outro tapado para agir assim, tudo bem; que talvez tivesse algum assim no nosso time, eu até poderia acreditar,  mas, um time inteiro, e que acabou de ganhar um título de maneira épica?

Você agiria assim, amigo palestrino? Eu não. E, sinceramente, não acredito em nada disso. Não dá pra ser guerreiro, herói, e, dois meses depois, ser um tremendo de um fdp que “faz corpo-mole”.

“Mas o MO ganhou dois brasileiros e uma Copa do Brasil seguidos, não pode ser que ele seja o problema” – Pode ser que não seja ele mesmo… mas também pode ser que seja sim… 

Eu me pergunto (encontro muitas respostas fazendo perguntas pra eu mesma responder): Um técnico, que ganhou 3 títulos nacionais seguidos, não saberia identificar o “corpo-mole” – caso existisse/exista corpo-mole -, e não teria ele, comandante que é, fritado meio mundo lá ao invés dele próprio ser jogado na frigideira? A diretoria também não teria identificado isso?

Além do mais, um técnico que ganhou 3 títulos seguidos não saberia identificar os erros básicos que o time comete em campo?

Nada bate… nada faz sentido… então, ficamos com as nossas teorias sobre aquilo que vemos no campo, o que é real, o que sentimos do que vimos, e não o que imaginamos sobre o que o “Fulano”, “Sicrano” e “Beltrano” pensam… nunca poderemos ter certeza sobre o que uma outra pessoa pensa.

Existem outras teorias e todas elas fogem do óbvio: o futebol está ruim porque, do jeito que ele está sendo pensado/planejado, não está dando certo.

Ontem, a coisa  ficou estranha… mas também expôs muito claramente o nosso problema. A Ferroviária, time pequeno, jogando certinho, com a bola no chão… sem chutões, com toques mais curtos, bem mais precisos, aproveitando os espaços que encontrava, jogadores parecendo muito próximos uns dos outros. Mágica? Claro que não! É treino!

E tá na cara que os seus jogadores não resolveram jogar daquele jeito lá na hora. Estão acostumados a jogar dessa maneira, certamente treinam assim todos os dias, dava pra gente perceber, o time era todo organizadinho. Por isso, a Ferroviária teve mais posse de bola – 59% -, dentro da nossa casa; por isso, jogou melhor e sabia o que estava fazendo em campo;  por isso, seu goleiro mal sujou o uniforme… por isso, tirou os nossos espaços para jogar, e, por isso também, não fossem as apitadas pró “Sport Club Caiu é Pênalti”, ela seria líder na classificação geral. O técnico da Ferroviária faz um belo trabalho.

E do nosso lado, onde estão os jogadores de melhores condições técnicas… quanta coisa errada. O time parece/é mal posicionado, e isso deixa vários buracos para o adversário jogar. Nossos jogadores parecem muito distantes uns dos outros e, sem criatividade (que saudade do Mago), quando o adversário, bem posicionado em campo, fecha as “passagens”, a única iniciativa que eles têm são os famigerados, os detestados chutões…  que não dão em nada. Uma vez ou outra, quando um companheiro aparece lá na frente, sozinho, em condições de surpreender, vá lá arriscar um “chutão”, um lançamento longo. Mas sempre? Até na saída de bola? E para qualquer jogador, até mesmo os adversários? Não dá.

Não sou grande entendida no assunto, mas uma outra coisa que eu também acho, é que tem jogador fora de posição. Dudu, por exemplo, que é veloz, driblador, está no meio – um desperdício. Alguém lá no meio é que deveria lançar o Dudu, aproveitar a sua velocidade, os seus dribles (onde está o meia, que faz muita falta em nosso time?). Jogador em posição errada dificilmente vai render o que pode.

Custo a crer que o MO não esteja vendo isso tudo,  que não veja que perdemos a posse de bola o tempo todo, custo a crer que no Depto de Futebol ninguém veja isso também.

Pra mim,  o problema está com o MO, mas não quero a sua saída (ainda não),  e acho que ele pode resolvê-lo, tem como fazer isso. Não me parece tão difícil a tarefa. Não sei se ele se sente mais pressionado no Palmeiras, pelo tamanho do clube e da torcida, pelo tamanho da exigência diária e ininterrupta, e, por causa disso e por medo de errar, de fazer algo diferente, acabe insistindo sempre na mesma coisa.

Mas o fato é que se você faz uma coisa e ela não dá certo; faz de novo, do mesmo jeito, e não dá certo de novo; tenta mais uma vez, fazendo igual às vezes anteriores, e não dá certo outra vez, você precisa se tocar que tem que mudar o jeito que faz, não é? Senão, vai continuar a obter sempre o mesmo resultado. Até criança aprende dessa maneira.

Coragem, MO! Estamos do seu lado, mas as coisas precisam mudar. Basta querer, basta não ter medo de sair do lugar comum, basta ousar. Presta atenção no que outras pessoas estão fazendo, repara onde elas acertam, amplia as suas possibilidades, a sua “visão periférica”.

Se continuarmos jogando dessa maneira, se o time continuar a não apresentar evolução alguma, as coisas acabarão se complicando. E isso seria um pecado. Nosso time é bom sim, pode jogar bem mais do que isso sim, e tem tudo para ter um ano maravilhoso, tem tudo pra ser campeão sim.

Booooora, MO! Acertar esse time aí, e vamos buscar mais um título. Quinta-feira será um dia ótimo para começarmos a acertar tudo dentro de campo.

E nós estaremos lá com você, com o nosso time, com o nosso Verdão.

O ALLIANZ VAI TREMER! E VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

Quando começou o ano de 2015,  tudo o que nós queríamos era conquistar uma vaga na Libertadores 2016.

Conquistamos muito mais coisas ao longo de 2015… Um vice-campeonato paulista, um título maravilhoso da Copa do Brasil… conquistamos, ou melhor, ratificamos a soberania do Palmeiras em disputas nacionais. Sim, o nosso Palmeiras, com 12 conquistas nacionais,  é o maior campeão do Brasil.

E de quebra vieram os aperitivos… desclassificamos os gambás lá na impressora, ganhamos de novo deles, e de novo no Esmolão…

Demos uns sacodes nos bambis, com gosto de chocolate e coberturas de requintes de crueldade (né, Robinho?)… ganhamos um “Rio-São Paulo” quando batemos todos os grandes times dos dois estados… vibramos com gols maravilhosos… vimos nosso time com garra… voltamos a ter o nosso caldeirão, o Allianz Parque, onde o Santos, e a empáfia de alguns de seus jogadores, amarelaram na final…

E bebemos a alegria de ver jogadores guerreiros em nosso time, e vimos que as suas lágrimas de alegria eram iguais às nossas… Conquistamos um título com um gol de Prass e canonizamos mais um goleiro… e celebramos o primeiro título do Allianz Parque.

E, o melhor de tudo, recuperamos o respeito de todos.

Aqui estamos nós, começando 2016… e hoje é o primeiro jogo da Libertadores, com a qual tanto sonhamos em 2015. O Verdão vai estrear diante do River-URU, lá no Uruguai. Goleamos eles na pré-temporada, lembra?

E sobre esse jogo,  baseada no futebol que tenho visto nessas três primeiras rodadas de Paulistão, eu diria que qualquer resultado é possível nessa partida. No entanto, meu coração já gritou aqui, e ele diz que tem vitória do Parmera hoje!

Se o Palmeiras jogar direitinho, não dá mesmo pros uruguaios. O maior adversário do nosso time, nesse comecinho de ano,  é (tem sido) ele mesmo.

Nós sabemos que qualquer campeonato que o Palmeiras dispute é importante, pode ser até de botão. No entanto,  teríamos que ser muito dissimulados pra fazer de conta que não damos “A” importância pra Copa Libertadores.

Não a disputamos todo ano; conquistá-la, dá vaga para o mundial de clubes (tem quem pule o “vestibular” pra “entrar na faculdade”)… conquistá-la, faz o clube ser o Campeão da América, e é claro que nossos olhos crescem, e muito, para essa competição. Ganhá-la depende de um monte de coisas e circunstâncias, mas, querê-la, depende só da nossa vontade, da vontade dos jogadores, técnico e diretoria. Não tem um torcedor que a descarte… não tem um jogador e técnico, da América do Sul, que a menospreze.

E é por isso mesmo, porque nós queremos essa Copa também, que o apoio ao Palmeiras deve ser total, sem  “terrorismo amigo” com o nosso time.  SÓ APOIO, E COM MUITO ALTO ASTRAL! Vai dar certo!

Nossa maravilhosa torcida fez magia na Copa do Brasil, e, aposto, vai fazer de novo.

Ah, e tem mais uma coisa… desejo toda a sorte do mundo pro MO! Não quero que ele se saia mal para que tenha força alguma crítica que tenho feito a ele, para que eu tenha razão. Nada disso, e muito pelo contrário!

QUERO QUE O MO MANDE MUITO BEM! E que Deus o abençoe e ilumine – abençoe e ilumine nossos jogadores também -, e que ele inicie hoje a conquista de mais um título no Verdão!!

Força na peruca, MO!! TAMOJUNTO! FORÇA, PALMEIRAS!!

América, aí vamos nós!!