Sábado à noite… quase 30 mil pessoas no Pacaembu… Palmeiras x Grêmio – o time grande, do técnico “isso” “aquilo” (ultrapassado?); do mimimi “Barcos vendido” pra lá, mimimi “Barcos vendido” pra cá… um time do G4…
Uma festa linda, em verde-e-branco… Uma balada de sábado à noite só para palestrinos…
Fiquei pasma ao ouvir a torcida gritar: “Não é mole não, o Felipão afundou a Seleção”. Gritei também; virou adversário é assim mesmo.
O jogo mal tinha começado, e vimos João Pedro descer pela direita e cruzar pra área, o Mago fazer um corta-luz sensacional (nem a Eletropaulo corta luz tão bem quanto ele), e Cristaldo, na cara do gol, chutar por cima. Deus do céu! levantou a bancada toda! Era Dia de Palmeiras mesmo!
Na TV (eu vi depois), o comentarista (Mr. Magoo, é você?) nem viu que foi Cristaldo quem chutou, e meteu o pau no Henrique – ele só se daria conta do engano 15 minutos depois.
E então, a nossa festiva e alegre torcida começou a ver a partida tomar uns rumos estranhos… Felipão, com a sua tática ultrapassada, colocara o time em campo para quebrar os palmeirenses, Valdivia principalmente. E a arbitragem lhe concedia alvará.
E se tivesse dependido da arbitragem, o Grêmio teria vencido – isso é muito sério, e tem acontecido muitas vezes com o Palmeiras ao longo deste campeonato.
Sandro Meira Ricci deixou o Grêmio abusar da violência. Demorou para expulsar Barcos, deixou de expulsar o violento Fellipe Bastos, deixou de expulsar (por que não?) Pará, que agrediu Cristaldo, deixou de assinalar o braço na bola, dentro da área, de Geromel… e, no comecinho da segunda etapa inventou uma penalidade para o Grêmio. Jogou pouco o juiz, né? E ao final da partida, pasme, os jogadores do Grêmio e até a imprensinha, sairiam falando que o Palmeiras tinha sido beneficiado… só se foi pelos gols de Mouche e João Pedro.
Vejamos…
Com 8′, Fellipe Bastos atingiu Valdivia, por trás, na cara do juiz, e nada de cartão. E já era a segunda pegada desleal que ele dava no Mago. O juiz só advertiu o jogador (imagina se fosse o contrário?). Trinta segundos depois, o mesmo Fellipe Bastos faria uma outra falta, dura, dessa vez, em Victor Luís. E só então o juiz lhe deu amarelo. Graças a Sandro Meira Ricci, o jogador do Grêmio já estava no lucro, assim como o seu time. O narrador ria e dizia: “ele não perde a viagem”, “já gastou todas as fichas com o Sandro Meira Ricci”; o comentarista, de pronto, disse que “o cartão foi merecido”. E não tinha como não ser, né? Duas faltas desleais, no intervalo de 30 segundos…
A torcida via o Palmeiras buscar o gol, jogar melhor no meio campo, mas o Grêmio queria bater, e o juiz deixava. Jogada do Palmeiras na entrada da área, Henrique foi obstruído por Pará, e Sandro Meira Ricci nada marcou; “Mr. Magoo”, o comentarista, disse que não foi nada. Vai vendo… e tínhamos só 10′ de jogo…
Lúcio e Barcos se estranham, batem boca, e os dois levam cartão amarelo.
Jogo pegado, o Palmeiras melhor, a torcida fazendo um barulho danado, jogando com o time…
Cristaldo foi agredido por Pará, e o juizão… nada! Na TV diriam que foi enrosca-enrosca (toma vergonha, imprensinha!)… veja na imagem abaixo, como o Pará se esticou todo, pra “se enroscar” no Cristaldo. Poderia um palmeirense se “enroscar” assim com um adversário, sem ser expulso? No Pacaembu a torcida ia à loucura com a arbitragem tão favorável ao Grêmio.
Mas, se você ler as notícias, nem saberá que Pará agrediu Cristaldo.
Valdivia, caçado em campo, apanhava de tudo quanto era jeito, Outros palmeirenses também sofriam faltas duras. Felipão ainda não aprendeu que isso não funciona mais…
O Verdão fazia boas jogadas… Valdivia com Cristaldo; Wesley arriscando de longe e a bola passando pertinho… João Pedro cruzando com perfeição e Cristaldo quase guardando de cabeça… A torcida, apesar de furiosa com Sandro Meira Ricci, que liberara as pancadas gremistas, gostava do Palmeiras que via, e não parava de cantar. Lindo demais!
Fellipe Bastos continuava batendo impunemente. Deu uma pegada criminosa em Valdivia (chutou a canela direita do Mago e deu uma joelhada na coxa esquerda, tirando o jogador do chão) e o juiz só marcou a falta. Já era a quarta dele no Mago. “Mr. Magoo” diria que o juiz não expulsou Fellipe Bastos nesse lance, porque ele exagerara no amarelo dado anteriormente ao jogador do Grêmio. Como assim, Mr. Magoo, você não tinha dito que o cartão foi merecido? Exagero é um jogador tão violento ficar em campo. A imprensinha sendo condescendente com a pancadaria do Grêmio, aliviando pro brucutu Fellipe Bastos, e legitimando a péssima arbitragem de Sandro Meira Ricci, que deixava o Fellipe Bastos bater à vontade, mas já tinha amarelado Valdivia por reclamar das botinadas.
Em meio à pancadaria, o Palmeiras jogava futebol. Victor Luís cobrou falta… e a bola tirou tinta da trave! O gol palestrino era questão de tempo…
Felipão, vendo que Fellipe Bastos exagerava na violência, e que talvez a cumplicidade do árbitro não durasse pra sempre, acabou tirando o “açougueiro” de campo aos 28’… do primeiro tempo!!! Até Felipão achava que ele estava merecendo ser expulso, menos a arbitragem, o narrador e o “Mr. Magoo”.
E se não tem tu, vai tu mesmo… Saiu o açougueiro, ficou o mecânico. Ramiro acertou Valdivia, por trás, pra estourar seu tornozelo (e o juizão vendo tudo e fazendo nada) – desse jeito, o Mago vai ter que trazer um fisioterapeuta de Júpiter, porque só o de Cuba não vai dar conta.
É criminoso o que fazem com Valdivia em campo, e mais criminoso ainda é ter comentaristas que justificam às caçadas ao Mago, as agressões, dizendo que ele se joga, que provoca. Provoca como, com a beleza do seu futebol? Fosse hoje, diriam que Garrincha deveria entrar na porrada? Que era folgado, que provocava? Neymar merece ser quebrado em campo? O futebol arte de Valdivia, parado na botinada, e com o consentimento dos árbitros; o futebol arte indignando os “profissionais” de imprensa… Mas não é aqui o País do Futebol? E ter talento é crime agora? Se o talentoso jogar no Palmeiras, é crime sim. E inafiançável!
Barcos, que já tinha amarelo, fez uma falta feia em Tobio, e o juiz, que tinha que ter expulsado o milongueiro nesse lance, deixou passar – os árbitros nunca são “tolerantes ” assim com os palmeirenses. Por que será? Na transmissão da TV, sem criticar a deslealdade de Barcos, “Mr. Magoo” diria apenas que “era duelo de argentinos”. E, por isso, um dos argentinos pode quebrar o outro?
E a torcida, enfurecida, gritando “Ei, juiz, vai ….”, constatava que o “modus operandi” da arbitragem contribuía para o Palmeiras ser minado nas suas forças e para o adversário se encher de gás – essa dinâmica tem se repetido em quase todas as partidas do Verdão. A gente quase morria de raiva na bancada. Na TV, “Mr. Magoo”, afirmou que Barcos deixou o pé, e depois disse que ele atingiu meio sem querer. Quem deixa o pé, deixa porque quer deixar, né?
Logo em seguida, num ataque do Palmeiras, Geromel deu um carrinho em Victor Luís, na linha de fundo, e a bola foi interceptada pelo seu braço. O juiz não marcou nada. O “poste” de linha de fundo nada viu (quando é para desmarcar penalidades do Palmeiras eles veem até o que não viram); O comentarista disse que não foi nada, que para dar carrinho o jogador tem que por a mão no chão mesmo (Mas parou a bola, né?).
No último minuto, Henrique, de cabeça achou o ângulo, mas o goleiro conseguiu espalmar.
No futebol, o Grêmio, do G4, não dava nem pro cheiro mas a arbitragem o ajudava demais. Nosso coração jogava com o Verdão e tentava ficar imune à raiva que o árbitro nos fazia sentir.
No começo da segunda etapa, o Palmeiras veio pra cima, e o Grêmio tratava de se defender . Mas, aos 8′, o juiz, o mesmo que nada vira no toque de Geromel, achou uma bola no braço de Valdivia e marcou pênalti.
O comentarista disse que era pênalti claro, que “Valdivia foi imprudente”, “subiu com braços abertos, o que ele vai fazer com braços abertos?” (Será que o comentarista consegue saltar, pegar impulsão para sair do chão sem abrir os braços, sem usá-los para impulso e equilíbrio? Percebe a diferença do comentário que inocentou Geromel, e do que incrimina Valdivia?) Comentário venenosinho… Barcos, que nem deveria estar mais em campo, desde quando atingira Tobio, cobrou a penalidade e abriu o placar, e acho que só não foi comemorar com o juiz porque ficaria chato.
Em desvantagem, o Palmeiras, mesmo jogando mais que o Grêmio, teria que superar a violência do time do sul e a arbitragem, pra lá de tendenciosa, se não quisesse sair derrotado.
Juninho mandou a bola na área, mas o zagueiro mandou pela linha de fundo; escanteio cobrado por Victor Luís, e Valdivia quase faz de cabeça…
Barcos deu uma pegada desleal em Cristaldo (Cristaldo anda apanhando bastante também), na lateral do campo, e foi tardia e merecidamente expulso. O melhor de tudo foi vê-lo saindo de campo, sendo devidamente “homenageado” pela parmerada toda: Ei, Barcos, vai …..!!! Tchuuuuupa, Tamoxunto!
Aos 20′, Dorival sacou Juninho para a entrada de Mouche…
Aos 22′, Mouche incendiava o Pacaembu… Na cobrança de falta, o Mago (que partida fazia El Capitán) levantou a bola na área, Henrique tocou, e o predestinado Mouche, encobrindo todo mundo, guardou!! Tchuuupa, juiz!
Que emoção, meu Deus! A torcida, enlouquecida de alegria, via o Mouche, mais enlouquecido ainda, sumir no abraço dos seus companheiros. Na bancada. todo mundo se abraçava também. Poucas coisas na vida são tão redentoras quanto gritar um gol do seu time. Eu não conseguia conter a emoção, as lágrimas, deliciosas, vinham comemorar o gol também.
O Pacaembu inteiro – até o Grêmio – sabia que o Palmeiras ia buscar a vitória, o Pacaembu inteiro sentia que, comandado por Valdivia, protegido por Prass, e no empenho do time todo, o Palmeiras que víamos ali, tinha a alma daquele nosso Palmeiras, tão amado e conhecido, e com o qual tanto sonhamos nesses tempos difíceis.
Seis minutos depois do gol, um passe “daqueles” do Mago, encontrou Mouche na área, e ele quase fez o segundo…
E se o Pacaembu ‘ardia em chamas’ desde os 22′, o garoto João Pedro faria o estádio explodir aos 29’… nossa criança, de 17 aninhos, e futebol de 27, pegou uma sobra fora da área, dominou, avançou com a bola, driblou o adversário e, ainda de fora da área, meteu a bola na rede do Grêmio, no cantinho do goleiro, e decidiu a partida. GOD BLESS THE CHILDREN!!
Pode acabar juiz, pode roubar (mais) também se quiser, hoje, ninguém tira esses três pontos do meu time!
O Palmeiras comandava a partida, tocava a bola…
Valdivia desceu pela esquerda, cruzou fechado, e o goleiro precisou de dois tempos pra defender… Valdivia dominou a bola na linha de fundo, parecia segurar o jogo, mas entrou na área e encheu o pé, a bola desviou no zagueiro e quase sai o terceiro. Dá-lhe, Mago!!
O tal Ramiro (o cara-de-pau sairia reclamando do juiz ao final do jogo), que já tinha dado uma pegada desleal em Valdivia, levou um chute no vácuo e desceu o sarrafo nele, e só então, quando deveria estar recebendo o segundo amarelo, foi que levou o primeiro. O estádio (quase) inteiro gritava: Eô, Eô, o Valdivia é um terror!! E o Mago foi ovacionado, de novo, quando deu lugar à Bernardo.
E então, o juiz (desistiu) encerrou a partida. Uma partidaça do Palmeiras. Uma partida (mais uma) em que ele teve que vencer o time adversário e o time do apito e das bandeiras…
A torcida, com sorrisos enormes, aplaudia o Palmeiras, comemorava feliz, saía cantando. E o Imortal… ah, esse estava mortinho da Silva…
VALEU, PALMEIRAS!