Depois daquela mutreta orquestrada, filmada, fotografada, telefonada e escancarada – com a participação até da Federação Paulista – que ocorreu no derby da final do Paulistão 2018, não imaginei que o Palmeiras viesse a ser operado escandalosamente outra vez, e sem anestesia, em um outro derby, poucos meses depois daquele…
Palmeiras, a três pontos do líder no Brasileirão, somando bons resultados e pontos desde a chegada de Felipão; Lava Jato, mal posicionado na tabela, se distanciando até mesmo da briga pela vaga na Libertadores… Que tolinha eu fui por imaginar que o Palmeiras não seria assaltado de novo, né?
Foi uma arbitragem nociva. Os quase 40 mil palmeirenses que estavam no Allianz – os que estavam vendo o jogo na TV também – quase morreram de tanta raiva do árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Ele abusou de ‘errar’ na partida – com uma desfaçatez tamanha -, e sempre em prejuízo do Palmeiras (claro), como sempre acontece quando Palmeiras e o time da Lava Jato se enfrentam, e não importando quem seja o juiz.
Mas, ao contrário de algumas outras vezes, nem com o árbitro “jogando” muito, nem com o árbitro irritando profundamente os jogadores do Palmeiras (isso serve para atrapalhar o time mais forte, para desconcentrá-lo, e dar uma igualada nas coisas em campo) eles conseguiram dar conta do nosso “time B”. Pra se ter uma ideia, o árbitro foi o mais produtivo jogador adversário, os demais só souberam bater, pisar, se jogar, fazer cera e ficar indignadíssimos com uma piscadinha de Deyverson.
Eu até achava que Felipão tinha que mandar o time titular pro jogo, uma vez que o adversário estreava Jair Ventura, seu novo técnico, e os times costumam ter um gás a mais em estreias de novos comandantes, mas não imaginei que o Lava Jato estaria murchinho, murchinho, sem gás nenhum, não imaginei que o nosso time “reserva” fosse jogar tão tranquilo e seguro (apenas 3 jogadores eram do time considerado titular). Luan e Gustavo Gomez – nossa zaga “reserva” – jogaram muito, Marcos Rocha também, e ainda deu passe pro gol… Victor Luiz, errou algumas coisas, mas teve bons momentos no jogo… Deyverson, ligado no 220, fez o gol da vitória, deu chapéu (foi pisado por Douglas por isso), deixou a gambazada revoltada por causa de uma piscadinha… (como chamar esses jogadores de reservas? Como chamar um Lucas Lima de reserva?), Thiago Santos foi bem, Felipe Melo jogou um bolão, Moisés, que entrou na segunda etapa, foi muito bem… Willian entrou na segunda etapa também e, tão gentil, deu até uma “caneta” de presente pro Gabriel com os dizeres: “Recuerdos de Allianz Parque”… Duduzinho, que deu um trabalhão para os adversários (Mantuan que o diga), jogou demais e, por um pecado de alguns poucos centímetros, deixou de fazer um golaço – invadiu a área, passou entre quatro adversários e chutou, a bola bateu na trave de cima, pingou fora da linha do gol e Cássio conseguiu se safar.
E só deu Palmeiras no jogo – essa é a vantagem de se contratar muita gente boa, coisa tão criticada pela imprensinha meses atrás. Allianz lotado, a torcida “dentro de campo”, cantando sem parar, time jogando do jeito que a gente espera que ele jogue um derby. Além da defesa mais segura, mais forte e consciente, gostei também da atitude do time, e essas coisas são, sim, méritos de Felipão.
Embora o Palmeiras não tenha sido muito efetivo para conseguir o seu gol na primeira etapa e, por isso, tenha dado muitos chutões, embora tenha faltado ‘aquele’ passe, aquele acerto antes da finalização (Felipão consertaria isso depois), o Verdão comandou as ações, ficou muito mais tempo com a bola no pé, foi muito mais ao ataque (deu trabalho para a zaga ‘itakera’), acertou muito mais passes, roubou mais bolas, finalizou mais, teve mais escanteios. Pra se ter uma ideia, no primeiro tempo, quando o Palmeiras foi menos efetivo, tivemos chances com Hyoran, num chute cruzado, que passou perto e que Cássio não conseguiu pegar mesmo se esticando todo; com Deyverson, duas vezes, num chute frontal ao gol de Cássio e numa cabeçada que passou pertinho… O adversário, era uma pálida figura em campo. Cássio já fazia cera no começo do primeiro tempo. E, nesses 45 minutos,tirando um chute de Jadson, que passou longe, o adversário não fez sequer uma finalização a gol, não cobrou escanteio algum. Weverton não sujou nem as luvas.
O Palmeiras atacava e o Lava Jato, só se defendia, colocando o time inteiro no campo de defesa. O desenho do primeiro tempo era esse:
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E não foi diferente na segunda etapa. Felipão acertou mais o time, trocou Thiago Santos por Moisés (e eu vivi pra ver o Felipão tirar um volante de campo), o Verdão foi pra cima – sofreu dois pênaltis e nenhum foi marcado pelo apitador – e abriu o placar com um gol espertíssimo de Deyverson, aos 11′. Marcos Rocha cruzou rasteiro, Deyverson, esperto, ganhou de Léo Santos e tocou pro fundo do gol de Cássio. E o Allianz, que já cantava sem parar, explodiu no gol. Festa no Chiqueiro!! Tchuuuupa, juiz!
O Lava Jato até tentou ir pra frente depois do gol tomado, mas não teve como. Se time do Felipão quando tá em vantagem é difícil de ser batido, imagina com a torcida “dentro de campo”, jogando também? A energia estava no ar, e não se sabia se ela vinha do campo pra arquibancada ou se era a arquibancada que energizava o campo. Palmeiras inteiramente focado no jogo, cheio de raça e vontade.
Deyverson estava bem na partida, mas como ele é meio destrambelhado, e como o juiz estava “jogando” para os adversários, Felipão resolveu tirar o atacante e colocou Willian em seu lugar. Deyverson, ao sair, deu uma piscadinha para os lados do banco dos visitantes, alguns jogadores ali ficaram bravos, levantaram do banco, xingaram (fazer selfie dentro do campo é bacaninha, né? Fazer embaixadinha, é do jogo, é malandragem. Chacoalhar as partes íntimas para a torcida adversária, depois de um gol, também pode. Nada disso é provocação, mas piscar é um “absurdo”) , Roger, o que ‘esqueceu’ a mão na cara de alguns parmeras, discutiu com Prass…
E cada hora era uma coisa pra agitar a parmerada. O BGod, que tinha acabado de entrar, tão gentil e hospitaleiro, deu uma caneta linda de “presente” para… Gabriel. A torcida amou a “gentileza” do BGod…
Mas o árbitro continuava aliviando para o adversário, ignorando algumas faltas que eles faziam, ignorando as suas reclamações, e parecia se importar só quando as reclamações eram alviverdes. Felipão foi expulso por reclamação (o árbitro mete a mão no Palmeiras e não quer que ninguém reclame?)… Jogo tenso, como costumam ser os dérbis…
Mas não teve jeito. O Lava Jato não era de nada mesmo. O Palmeiras foi mais time, jogou mais e melhor, e saiu merecidamente com a vitória, com mais três pontos, com a torcida cantando feliz… venceu o rival, a arbitragem, e, continua na briga pelo título.
Mas não é porque ganhamos, porque foi uma maravilha e ficamos todos felizes, porque a zoeira começou assim que o juiz apitou o final de jogo, porque os memes apareceram… que podemos esquecer e deixar de falar que, DE NOVO, o Palmeiras FOI MUITO GARFADO NUM DERBY. Isso é recorrente, é absurdo e aviltante, e não parece ser por acaso. Teria o dedo da CBF nisso, uma vez que ela não toma nenhuma providência a respeito dos apitadores que fazem esse servicinho a cada confronto entre os dois times? O Palmeiras continua sendo roubado… e o Lava Jato continua sendo beneficiado… e a imprensinha continua tirando o foco – com tanta coisa errada feita pela arbitragem, ela, depois do jogo, só falou da piscadinha.
E não foi pouco o prejuízo que a arbitragem causou ao Palmeiras. Início de jogo, Léo Santos derrubou Lucas Lima na entrada da área. Na hora, deu a impressão de pênalti, mas foi fora. No entanto, foi falta, foi muito falta. O árbitro viu, auxiliares viram, e nada foi marcado. Lucas Lima reclamou, com razão, e o juiz amarelou o jogador palmeirense. Para o infrator, nada; para o Palmeiras, a não marcação da falta e o cartão para Lucas Lima. Estranho o livro de regras do árbitro…
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E o árbitro continuou invertendo critérios, faltas, irritando e pilhando o time do Palmeiras, enquanto marcava qualquer encostada no adversário, principalmente nas proximidades da área.
Roger “esqueceu” o braço no rosto de Luan, e não levou cartão… depois acertou “sem querer” Gustavo Gomez… e nada – só na segunda etapa ele levaria um amarelo. A memória do árbitro para lembrar das regras funcionava, ou não, de acordo com a cor da camisa do jogador.
Na segunda etapa, o árbitro nos mostraria a que veio… Aos 8′ (um pouquinho antes do gol de Deyverson), dois pênaltis foram cometidos pelos “itakeras”, em duas jogadas seguidas num intervalo de uns cinco segundos…na cara do árbitro e do auxiliar. Lances bem fáceis de se ver, até de longe, mas o árbitro não assinalou nenhum deles.
O primeiro, cometido por Henrique em Deyverson… que já tinha tocado a bola quando foi tocado pelo corintiano. E isso é pênalti. Os árbitros “esquecem” as regras em dérbis, não?
Na sequência, Douglas chutou Marcos Rocha…
Como explicou Gaciba: “São duas jogadas em velocidade. Em ambas os jogadores do Palmeiras tocam na bola primeiro e depois recebem o chute. Na regra do jogo não fala em intenção, e houve o toque nas duas. Foi pênalti nos dois lances”.
E assim, nesse “jeitinho de apitar”, e se não faço confusão, são 9 anos de derby sem que nenhum pênalti tenha sido marcado a favor do Palmeiras, mesmo ele tendo sofrido vários. É muita coisa. Esquisito isso, não?
Mas teve mais coisa… Deyverson deu um chapéu em Douglas e olha só o que o Douglas – olhando bem onde pisava – fez na sequência do lance…
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O juiz “não viu” essa agressão, o bandeira também não, nem “o quarto árbitro, o quinto árbitro, o delegado, nem o tutor, nem o cara com o celular na mão querendo afastar o helicóptero que sobrevoava o estádio”… os profissionais da emissora de TV, que tem “trocentas” câmeras, também “não viram” (se viram, fizeram de conta que não)… nem os jornalistas dos programinhas esportivos, com os vídeos disponíveis, com imagens mil…
Ah, se fosse o Felipe Melo a pisar em alguém… Se fosse ele, teria recebido o vermelho na hora, claro; a imprensa falaria dessa agressão o dia inteiro, em todos os programas, por dias seguidos, as imagens seriam mostradas dezenas de vezes e por todos os ângulos possíveis; ele seria o maior vilão do futebol, e você seria sutilmente convencido a achar que a expulsão foi pouco, e que ele não serve para o seu time. Essa maneira seletiva de agir é “desonestidade” que fala, né?
Um dia essa “casa” cai… O que importa agora é que o Palmeiras jogou muito bem, superou o rival, a arbitragem mandrake e continua na briga pelo título do Brasileiro… quanto ao técnico estreante, é melhor Jair se acostumando… não vai ter moleza contra o Verdão.
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