SERÁ QUE HÁ ALGO DE PODRE NO “REINO DA DINAMARCA”?

O futebol brasileiro parece ter sempre umas histórias mal contadas…

Convocações da seleção… rebaixamento da Lusa… interferência externa… casos do futebol brasileiro onde todos sabem as respostas, enquanto alguns – os que o organizam (e também aqueles que deveriam buscar a informação correta para levar aos torcedores), por exemplo –   fingem não saber…

A Lusa, há alguns anos, vendeu a vaga na série A. Essa foi a conclusão a que chegaram as investigações. Mas vendeu pra quem? Quem comprou? Que clube se favoreceu com isso? Quem foi punido – além da torcida da Portuguesa ao ver seu time cair num buraco sem fundo depois disso? Dos que poderiam investigar, apurar – a imprensa, inclusive – ninguém quis saber, ninguém quis ir a fundo na história… e nunca mais se falou nisso. Se fosse o contrário, um time grande (um dos queridinhos habituais) sendo prejudicado por uma armação de um time pequeno, certamente as investigações teriam chegado até à “arcada dentária”  dos responsáveis.

Interferência externa… é proibida no futebol (no Brasil, é proibida ou permitida – no estilo Bird Box – dependendo de quem se beneficiará/prejudicará com ela)… Ainda que não admitam, já vimos acontecer, algumas vezes, e impunemente… Num Palmeiras x Inter, por exemplo, faz um tempinho, quando um certo delegado Baluta, que viu a imagem do lance com uma repórter de campo, avisou à arbitragem que o gol de Barcos tinha sido feito com a mão, mas não avisou que, antes, durante, e depois desse gol, ele sofria pênalti do jogador colorado… Vimos, mais recentemente, há um ano, num Pal x Cor, na final do Paulistão 2018, aquele horror de mutreta,  de “telefone sem fio”, passando a orientação que deveria chegar ao árbitro, a tramoia filmada e fotografada, com a participação de um monte de gente (tutor, delegado, quinto árbitro…), até mesmo de pessoas da Federação Paulista de Futebol, para, depois de oito minutos, anular a marcação de um pênalti, claro, legítimo, em Dudu (Pal), que o árbitro marcara com toda a convicção (ele já tinha deixado de marcar um pênalti de Ralf em Borja, e um toque de mão de Henrique, na área).

Interferência externa, proibida pela Fifa… Federação e TJD fecharam os olhos às provas todas e nada aconteceu (o árbitro acabou saindo de cena e indo para o futebol paraibano, da federação mergulhada em denúncias de manipulação de resultados)…  Se fosse o contrário, teria sido um escândalo; a imprensa, que vive no mundo de Pollyana (só) quando lhe convém,  teria feito um escarcéu, as providências, punições, teriam sido tomadas quase que imediatamente pelos ‘responsáveis’ e ‘cuidadores’ do futebol, e seríamos lembrados inúmeras vezes que a proibição é determinação da FIFA – como fizeram agora, quando anularam o resultado do jogo Aparecidense x Ponte, pela fase de grupos da Copa do Brasil, por causa de comprovada interferência externa (e a Ponte tinha muito menos provas e evidências do que tinha o Palmeiras na final do Paulistão).

Seleção brasileira… da CBF afundada em escândalos de corrupção… da CBF, que enviava parte das rendas de amistosos para a conta de Sandro Rosell,  presidente do Barcelona na época (antes disso, ele foi representante da Nike -patrocinadora da seleção – no Brasil)… Por que será que a maioria dos brasileiros não curte mais a seleção? Por que será que num país onde se gosta tanto de futebol tem gente que torce contra a seleção brasileira? Por que será que boa parte dos brasileiros  chamam a seleção de “balcão de negócios”, de “selenike”, de “caça níqueis”? Por que tem ex-presidente da CBF preso pelo FBI por corrupção? Por que tem outro ex-presidente da CBF que não sai do país por medo de também ser preso pelo FBI?  Por que nem todos os técnicos são escolhidos por mérito (por bons trabalhos desempenhados comandando clubes de futebol)? Por que algumas convocações de jogadores são tão mandrakes? Por que não é sempre levada em conta a meritocracia, a boa fase, o momento, o bom futebol desempenhado pelo atleta na hora de se fazer uma convocação? O que faz com que um técnico convoque alguns jogadores sem levar em conta o mérito, a bola que o atleta joga? Que outro(s) motivo(s) seria(m) esse(s)?

Eu não faço nenhuma questão de que isso aconteça, não faço, mesmo, nenhuma questão de ver jogadores do Palmeiras na seleção  – os jogadores querem, sim,  e muito, fazer parte da seleção, têm por objetivo defender o seu país -,  mas acho que há algo de muito estranho, para falar o mínimo, com uma seleção de um país, e com o seu técnico, quando um atleta, que joga muita bola, o craque do maior campeonato desse mesmo país, e campeão desse mesmo torneio pelo seu clube, nunca é convocado, nunca tem chances na seleção, nem mesmo para atuar em jogos amistosos… Não é mesmo?

Pois é, pelo Palmeiras, ele fez 237 jogos, 56 gols e 54 assistências, joga pra caramba, é driblador, perigoso, é um dos jogadores mais caçados do país (e olha que os árbitros nem marcam a maioria das faltas que ele recebe), já ganhou três vezes o prêmio Bola de Prata (2016, 2017 e 2018),  ganhou a Bola de Ouro/2018,  Melhor jogador do Brasileirão/2018, Seleção do Campeonato Brasileiro 2016 e 2018, Troféu Mesa Redonda/2018, foi campeão da Copa do Brasil 2015, campeão Brasileiro em 2016 e 2018, vice-campeão em 2017, ganhou título e prêmios há dois meses  e, ainda assim, ele nunca tem espaço na seleção… ainda assim, Tite “não enxerga” Dudu, do Palmeiras… Por que será, não?

Será que há algo de podre no “reino da Dinamarca”?

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