A mentira não é o caminho

“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes de a verdade ter a oportunidade de se vestir” – Winston Churchill

Agredir uma outra pessoa, resolver problemas pessoais (de diferença de pensamento/ciúmes/traição… seja lá o que for) usando de violência é primitivo, bárbaro, inaceitável. Ainda mais quando a pessoa agredida é fisicamente mais frágil, tem menos força. Por isso, nos revolta bastante quando é um homem que agride uma mulher. É muita covardia. 

Ainda mais, se levarmos em conta que houve um tempo em que as mulheres não conseguiam ser muito acreditadas em suas queixas de agressões sofridas, nem mesmo nas delegacias – ainda hoje acontecem muitos casos assim.

Dessa mesma forma, é horrível, é inaceitável uma pessoa, seja pelo motivo que for, inventar uma agressão que não sofreu, tentar culpar outra pessoa de um crime que ela não cometeu.

Há alguns dias, ficamos chocados com as denúncias de Mallu Ohana, ex-mulher de Dudu, de que teria sido agredida por ele. E ela dizia que tinha provas, imagens.

Quem me segue no Twitter, no Facebook, sabe que, assim que eu soube,  eu disse que não colocava a mão no fogo por nenhum dos dois (a gente nunca sabe o que vai no íntimo de cada um), no entanto, a Amber Heard, ex-mulher do Johnny Depp, a Najila também, estavam aí para nos lembrar que nem sempre o que parece é. Infelizmente, são vários casos assim, como aconteceu com ex-paquita, que acusou o marido de agressão e, depois, graças à uma câmera da rua, foi vista sentada na calçada causando em si mesma os ferimentos dos quais acusava o marido.

Precisaríamos esperar o desenrolar dos acontecimentos… 

As informações diziam que a ex-esposa de Dudu o acusava de tê-la agredido com socos e puxões de cabelo nas dependências do condomínio que reside, e que ela registrara um Boletim de Ocorrência e procurara por atendimento no Hospital Albert Einstein. Um comunicado de seus advogados dizia que ela estava extremamente abalada.

A opinião pública, imediatamente, julgou, condenou e crucificou Dudu por isso.

Dudu, por sua vez, de maneira voluntária, foi à delegacia e afirmou que não agredira Mallu.  

Quem acusa,  tem que provar. No entanto, os vídeos, obtidos pela polícia apareceram – foram enviados à imprensa pelo estafe do jogador… e confirmavam o que Dudu alegava.

Eu soube que seguranças e um zelador do condomínio foram depor e disseram que Dudu foi agredido por ela. Um dos seguranças, inclusive, afirmou que deu a volta até a outra porta, para tirar Dudu do carro.

A menos que Dudu fosse a pessoa de legging preta, de blusinha de alça e cabelo comprido solto, a imagem deixava claro que não era ele quem estava exaltado e empurrando, agredindo…

No áudio do momento em que ele entrou no carro, só se ouve: Para com isso, Mallu! Sai daí, Mallu! Não faz assim, Mallu! Vem cá, Mallu, chega!…

Às 19h50, depois das “agressões” sofridas, a Mallu, “extremamente abalada”, “triste”, “chorando”, “machucada”, entrou no elevador e voltou ao apartamento…


As notícias se sucediam na semana… através de seus advogados, Mallu Ohana afirmava que as agressões tinham ocorrido dentro da garagem.

Hoje, novas imagens apareceram… E nenhuma agressão do Dudu pode ser vista, muito pelo contrário, ele é a pessoa agredida.

 

Me sinto incomodada por constatar que a coisa não aconteceu do jeito que a Mallu afirma que aconteceu…

Quantos homens por aí agridem mulheres, agridem de verdade, e continuam afirmando que não fizeram nada, que foi ela que fez “assim”, fez “assado”, enquanto eles continuam impunes.

Inventar agressão é desleal com as muitas mulheres que são agredidas todos os dias por aí, é enfraquecer as suas vozes…  Não gosto disso. Por respeito a mim mesma, jamais agiria assim, por mais raiva que sentisse de uma outra pessoa (é preciso lembrar das crianças envolvidas também – na história deles tem dois anjinhos lindos) . 

Podemos sempre virar a página e escolher um caminho melhor. E a mentira não é esse caminho.

 

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