Decididamente, o Brasil não é para gente séria… Quase tudo por aqui é bafejado pelo hálito podre da falta de honestidade.

Somos obrigados a lidar o tempo todo com alguns ‘espertos’, que, por interesses pessoais, e tentando nos fazer de idiotas, nos bombardeiam, diariamente, com verdades inventadas, ou maquiadas, distorcidas, com o intuito de nos fazer achar certo o que é errado, achar justo o que é injusto, achar correto o que é ilícito.

E imagina se seria diferente no futebol brasileiro do tão propagado “roubado é mais gostoso”,  da entidade corrupta (tem até um dirigente preso por causa disso, tem outro escondido embaixo da cama para não ser pego), das mutretas inenarráveis para se fazer resultado de jogos,  para se “doar” campeonatos (e a sua gorda premiação, claro)… dos títulos comprados (até com dinheiro de crimes da máfia russa)… do jogador que faz gol de mão e pede honestidade e fair-play aos demais… das vagas vendidas – e compradas – na série A…  da mutreta, em uma final de campeonato, levada a cabo por um grupo que contou com até com a participação pessoas da federação paulista…  de atleta desconvocado da seleção por “lesão”, lesão que ‘sara 3 dias depois’ permitindo que ele dispute as semifinais de um campeonato pelo seu clube… E nem a imprensa escapa disso. Boa parte dela, ao invés de fazer o seu papel e investigar e esclarecer as coisas duvidosas, nebulosas, as que não parecem muito corretas, faz exatamente o contrário, e legitima, bate o carimbo de ‘legalidade’ em quase todas elas.

Ontem, disputando a primeira semifinal da Copa do Brasil, o Palmeiras, jogando contra o Cruzeiro, teve um gol legal anulado nos acréscimos da partida quando ele perdia por 1 x 0. O árbitro do jogo, Wagner Reway, teria visto falta de Dracena (PAL) no goleiro Fábio (CRU), quando, na verdade, não houve falta nenhuma do palmeirense. O goleiro Fábio, que saiu mal do gol e se atrapalhou todo pra fazer a defesa, foi  atrapalhado também por um jogador do seu próprio time.

Só se o Dracena fosse esse de azul para ter feito falta no goleiro… não é mesmo?

Com as imagens mostrando que não houve falta de Dracena, ficou esquisito o que o árbitro fez… porque foi um prejuízo e tanto para o Palmeiras essa apitada, não?

“Foi só um erro do árbitro. Acontece.”, dirão muitas pessoas… Mas acontece também que, na Copa do Brasil, existe o VAR, o árbitro de vídeo, recurso que existe para corrigir os erros que os árbitros possam cometer em campo, e ele não foi usado; o árbitro de vídeo não avisou ao árbitro de campo que ele cometera um erro… Por quê?

“Ainnn, mas o VAR não corrige todos os erros”, dizem outros. É verdade, e é por isso também que existem os casos, mais sérios, onde o uso do VAR é imprescindível. Ontem, no Allianz, antes do jogo, cansaram de mostrar no telão e de avisar nos alto-falantes sobre as situações em que o VAR poderia ser utilizado… achei até que nas orientações para os torcedores havia muito mais situações para o uso do VAR do que as que vimos na Copa do Mundo na Rússia, por exemplo. No entanto, na hora do vamos ver… na hora em que a partida teve um momento crucial para se usar o recurso, CADÊ O VAR? Cadê o árbitro, que está diante de um vídeo com as imagens de vários ângulos, para consertar o erro do árbitro que apita o jogo? Para avisá-lo do erro cometido? O VAR sumiu!

Mas o o que diz a CBF sobre o uso do VAR?

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O Palmeiras fez um gol, legal, o árbitro marcou uma falta, que não existiu, e o gol não valeu. Que o árbitro tivesse se enganado, ok, mas o árbitro que estava no VAR não poderia deixar um erro de passar batido, uma vez que as imagens mostram claramente que Dracena não fez falta e que, por isso, o gol foi legal.

Ainnn, mas o árbitro apitou  a falta (inexistente) antes… É recomendação da Fifa que se espere a conclusão da jogada, e se ele não esperou, se não seguiu o que recomenda a FIFA, isso é problema dele e dos responsáveis por ele estar ali exercendo essa função, ou seja, da CBF. O punido não pode ser o Palmeiras que nada tem com isso. Dessa maneira é fácil prejudicar um time, sem querer, ou de propósito, e depois ‘tirar da reta’ e culpar… o erro do árbitro (nem o árbitro culpam).

E embora isso seja irrelevante, uma vez que há recomendação da Fifa para que o árbitro espere a jogada ser concluída, podemos observar/ouvir no vídeo, tirado lá do Twitter do Esporte Interativo, que o árbitro não apitou antes, ele apitou quando Antonio Carlos chutou, ou quando ele viu que a bola sobraria para um jogador do Palmeiras, sozinho, na cara do gol. 

Muita gente na imprensa afirma que o árbitro errou, mas que ele não tinha como chamar o VAR depois que apitou a falta. Como afirmou o Simon, “aquele” ex-árbitro.   Não era o árbitro que tinha que chamar o VAR  nesse caso, era o pessoal do VAR que tinha que avisá-lo de que ele cometera um erro sério, determinante, que mudava o resultado da partida. Se o árbitro errou achando que acertou, como esperam que ele chame o VAR? E eu falo isso baseada no que observei de outras situações em que usaram o VAR (até mesmo em campeonatos tupiniquins onde o VAR não é permitido e foi usado mesmo assim), quando o árbitro que apita o jogo não se dá conta que errou, o árbitro  de vídeo o avisa do erro. 

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Não faz muito tempo, num Bahia x Palmeiras pelas quartas de final da Copa do Brasil, Anderson Daronco assinalou um pênalti de Gregore (BAH) em Arthur (PAL) e deu cartão vermelho para o jogador. Foi avisado através do “ponto” que cometera um erro, e depois de 6 minutos de análise e de conversa com o pessoal do VAR, o árbitro voltou atrás do cartão mostrado e, acertadamente, deu o amarelo para o jogador do Bahia.

E se fosse assim, como dizem agora, se “quando o árbitro apita antes, ele não pode pedir o VAR”, como explicar, então, lances em que um árbitro erra ao não marcar um pênalti, por exemplo, e assinala tiro de meta… o jogo segue, e depois de algum tempo de bola rolando, avisado pelo árbitro de vídeo, ele decide conferir a jogada e assinala a penalidade máxima? Como aconteceu na Copa do Mundo, na partida França 2 x 1 Austrália. Ou como aconteceu no jogo Dinamarca 1 x 0 Peru. Cueva sofreu um pênalti que não foi assinalado. Após quase meio minuto, o árbitro paralisou o jogo para acionar o VAR. Certamente ele não recebeu um aviso do além lhe dizendo que cometera um erro, não é mesmo? Alguém do VAR o avisou do erro, ele foi conferir, e consertou as coisas.
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E uma situação similar  acontecida no jogo Espanha 2 x 2 Marrocos, na Copa, também teve uso do VAR… O jogador Aspas marcou o gol de empate, o segundo da Espanha, no finalzinho do segundo tempo; árbitro e bandeira assinalaram impedimento. Avisado pelo VAR, ele voltou atrás e validou o gol. Como é que não se pode usar o VAR depois que o juiz assinalou algo?

https://www.youtube.com/watch?v=deGmI7kX2cM

http://www.youtube.com/watch?vFtm0MsII-24&feature=share

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Uma outra situação de uso do VAR na Copa do Mundo aconteceu no jogo Suécia 1 x 0 Coreia do Sul…

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São muitas as partidas e situações em que o árbitro de vídeo interferiu e consertou o erro do árbitro do jogo. Mas você é obrigado a acreditar que só no jogo do Palmeiras, no lance em que ele marcou o gol de empate, o VAR não podia ser usado.

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http://www.youtube.com/watch?vFtm0MsII-24&feature=share

É fácil concluirmos que não usaram o VAR no lance do gol do Palmeiras porque não quiseram, porque não era conveniente ao interesse de alguns consertar o ‘perigo de gol’ apitado por Wagner Reway. O Palmeiras foi operado, sem anestesia, de novo. Em uma mesma partida, usaram o VAR para uma falta, mas não o usaram para um lance capital que mudaria o resultado do jogo (será que  a Copa do Brasil 2018 é mais um campeonato de cartas marcadas pela CBF? Será que ela já tem o destino certo para a gorda premiação que vai oferecer ao campeão?). E toda essa lenga-lenga dos que “enxergam” a falta inexistente, dos que falam que “Ainnn, não se pode acionar o VAR depois que o juiz apitou” ,é só mais do mesmo, ou  seja, são os “profissionais” de sempre, fazendo o serviço de sempre: enganar o torcedor e legitimar a picaretagem, maquiar a garfada que deram no time dele. Os brasileiros conseguiram corromper até o VAR, e ele já exala um cheiro podre.

O Brasil não é para gente séria… Me engana que eu gosto, CBF.

 

http://www.youtube.com/watch?vFtm0MsII-24&feature=share

Um mês de Copa do Mundo… um mês em que a nossa atenção se desviou do futebol daqui, dos jogadores daqui (se desviou, é maneira de dizer. Ficamos de olho no Palmeiras esse tempo todo), para o futebol das seleções de vários países…

O mês passou, a Copa acabou, a França foi campeã, a vice campeã, Croácia, encantou muita gente, o jogador Revelação foi Mbappé , o Bola de ouro foi  Modrić , o Chuteira de ouro, foi Kane , o Luva de ouro: Courtois , o melhor ator foi Neymar … e algumas lições nos foram transmitidas…

Para os torcedores brasileiros, o grande aprendizado foi concluir (e sentir na pele também) que não funciona mais o “já ganhou” antecipado… O ‘peso da camisa’ até costumava amedrontar algumas seleções ditas “menores” (sem conquistas), mas o peso da camisa não dribla, não lança e nem faz gols, também não defende, não ganha dividida, não desarma, não monta esquema tático, não escala, nem substitui… e, como vimos muito bem, não tem mais bobo e nem amedrontado disputando Copa do Mundo…

Aprendemos com a Copa que não importa quantas conquistas uma seleção possa ter. Se ela não for montada visando, única e exclusivamente, a formação de uma equipe competitiva, forte, a coisa não vai dar muito certo… E se ela for montada com outro$ e “panelísticos” interesses, vai ficar no meio do caminho mesmo. Se um técnico usar o seu centroavante para ficar marcando adversários, fazendo a vez do volante, meio lento, que o técnico manda pro ataque no lugar do centrovante (jênio), o time certamente vai sentir a falta de gols… Se colocar o lateral amiguinho, que no seu clube, com a benevolência das arbitragens, só leva a melhor sobre o adversário usando de muita violência e deslealdade,  numa Copa do Mundo, sem poder contar a arbitragem amiguinha, obviamente ele nada vai produzir e um “Hazard”  vai passear na ‘avenida’ e levar a melhor sobre ele em todas as vezes que o lateral tentar pará-lo… Se uma comissão técnica satisfizer todos os caprichos do seu “melhor jogador”, se der a ele privilégios que os demais não receberam… ao invés de ter um craque brigador, focado, chamando a responsa em campo, vai desperdiçar todo o futebol que esse jogador poderia produzir, e vai ter só um menino mimado em campo, querendo aparecer, e da maneira mais tosca e vergonhosa possível. E, em todas essas situações, o peso da camisa e as muitas conquistas dessa seleção não vão ajudar em nada.

Aprendemos que  sem a ajuda do apito, um “grande” técnico, “ao nível dos melhores técnicos europeus” (quantos repetiram essa blasfêmia) não consegue ganhar de uma fraca Suíça, passa noventa minutos vendo seu time ser contido por uma Costa Rica (graças a Deus que existem os acréscimos, né?), leva um nó – de marinheiro – de técnico belga, e sem conseguir mudar o jeito de o seu time jogar – e fazendo uma campanha idêntica à de Dunga – , acaba se despedindo da Copa mais cedo.

Em relação às regras, aos direitos de uma equipe em uma competição, tivemos um bom aprendizado também, como aconteceu quando a CBF reclamou, na Fifa, da arbitragem de Brasil x Suíça (um pênalti não marcado em Gabriel Jesus, e uma falta em Miranda, que não era digna de reclamação alguma), quando a CBF reclamou de o VAR não ter sido usado a seu favor, quando ela solicitou o áudio das conversas entre os elementos da arbitragem… aí, nós aprendemos que o que a CBF nega para alguns clubes aqui (não todos), o que permitiu que fosse negado ao Palmeiras aqui, ela solicitou para a  Fifa em favor da seleção brasileira, ou seja, o que ela acha que é direito do seu selecionado na Copa do Mundo, ela não entende como direito de um clube nos campeonatos que ela organiza, ou nos campeonatos organizados por federações estaduais que se subordinam à ela.

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A imprensa brasileira na Copa, e a que ficou aqui falando/escrevendo sobre a Copa, também nos ensinou algo… nos ensinou que ela, imprensa, tem uma noção do que é falta, do que é pênalti, e do que é correto em uma competição como a Copa do Mundo, diferente da noção que ela tem dessas mesmas coisas nos campeonatos no Brasil. Ela também acha corretíssimo que a CBF, após o primeiro jogo, ainda na fase de grupos, reclame da arbitragem em uma instância superior – fez coro com a CBF nas reclamações -, mas achou errado, vergonhoso, que o Palmeiras fizesse  o mesmo, DEPOIS DE UMA FINAL DE CAMPEONATO, onde ele foi muito prejudicado e o adversário muito favorecido, com um esquema sujo – comprovado por imagens e leitura labial –  que teve a participação de vários elementos da arbitragem e até mesmo de integrantes da Federação Paulista de Futebol, todos imbuídos da mesma intenção: fazer com que o árbitro anulasse a marcação de um pênalti claro, legítimo em Dudu, e que fora marcado com muita convicção pelo apitador.

A reclamação da CBF na Fifa é justa e corroborada por todos os “jornaleiros”, a do Palmeiras no TJD é “mimimi” e  é ironizada pelos mesmos “jornaleiros” (foi ironizada até mesmo pelo presidente do TJD)… Aprendeu a diferença, amigo leitor?

E, no decorrer da Copa, principalmente quando vieram os jogos eliminatórios, enquanto observávamos lances e as análises sobre esses lances, fomos aprendendo mais coisas…

Aprendemos que o uso do VAR de maneira seletiva, como vimos acontecer na Copa (e como acontece ilegal e não muito disfarçadamente no Brasil), deixando só ao árbitro a decisão de usá-lo ou não, vai continuar permitindo que se beneficie ou prejudique quem se queira beneficiar ou prejudicar. Ou seja, não vai acabar com a roubalheira.

Já na estreia do Brasil tivemos um aprendizado sobre pênaltis, mais especificamente sobre quando um jogador é agarrado pelo adversário na área… Se o lance acontecer na Copa e a favor da seleção brasileira,  é pênalti. E se o árbitro não marcar a infração, a CBF reclama na FIFA, pede VAR, áudio da conversa entre os árbitros, a imprensinha reclama muito também… Se o mesmo lance acontecer no Brasil, em uma final de campeonato, e se for a favor do Palmeiras (claro), aí a coisa muda, e não é falta, não é nada, e o prejudicado tem as suas reclamações totalmente ignoradas pela federação, pela imprensa, até mesmo pela CBF, que, então, se faz de cega e surda,  como se comandasse o futebol de outro país, em um outro planeta.

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Depois disso, um outro lance, em uma outra partida, nos chamou bastante a atenção também e nos ensinou mais uma coisinha… Em uma das partidas, o árbitro marcou um pênalti, depois foi na beira do campo e voltou atrás na marcação (te parece familiar isso?), reiniciando com bola ao chão. O comentarista de arbitragem da Globo não conseguiu entender como isso pôde acontecer…

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No entanto, na final do Paulistão 2018, o Arnaldo Cezar Coelho e todos lá da sua emissora – de outros canais e veículos de comunicação também –  não tiveram dificuldade alguma para entender como – num campeonato onde não é aprovado o uso do VAR – o árbitro parou o jogo marcando  um pênalti, todo convicto da marcação, e DEPOIS DE OITO MINUTOS, e de muita interferência externa (dirigente da FPF usando celular, outro dirigente da federação, que se dirigiu ao campo, delegado, quinto árbitro, quarto árbitro – um passando uma informação (ordem?)  para o outro) voltou atrás na marcação do pênalti que, se convertido poderia mudar a taça de endereço, e deu escanteio.

E o que aprendemos disso foi que “a percepção e entendimento dos profissionais de imprensa mudam completamente de acordo com o campeonato disputado e de acordo com o time que vai ser beneficiado/prejudicado”.

Como aconteceu num outro lance nessa Copa, de onde nos veio (mais) um outro aprendizado…

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Não foi só essa pessoa que fez essa observação… muita gente repetiu a mesma coisa. E foi assim que aprendemos mais umas coisinhas… o “é igual mas é diferente… e o “porque sim”.

O lance da imagem abaixo é pênalti claro, o infrator pega a perna do atacante e depois a bola, e o derruba (defensor que atropela e derruba atacante na área comete pênalti desde sempre)… e todo mundo concorda…

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Mas nesse outro lance (na imagem abaixo), ocorrido em terras brasilis, na final do Paulistão, onde o defensor também pega primeiro a perna do atacante, depois a bola (e, de lambuja, dá mais um chute no outro pé dele), e o derruba, não é pênalti, e a imprensa toda repetiu isso quando o lance aconteceu… esse outro lance “é igual, mas é diferente”. E sabe por que é diferente? “Porque sim”… Essa foi a lição aprendida.

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Na final da Copa, mais uma lição… Sempre discutimos aqui no Brasil sobre a marcação de pênaltis quando há toque de mão, porque as arbitragens aqui nunca assinalam todos os toques… sempre discutimos quando o toque é involuntário, quando não é… Mas, no jogo entre França e Croácia, um toque de mão, totalmente involuntário e inevitável, foi marcado contra a Croácia. Quem torcia para a Croácia reclamava da marcação, quem torcia para a França prontamente afirmava que estava correta a marcação…

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E, então, aprendemos que a orientação da Fifa diz que todo toque deve ser assinalado, mesmo quando for involuntário… os jornalistas faziam questão de lembrar isso para todos os torcedores que reclamaram do pênalti a favor da França.  Sendo assim, muito provavelmente, a informação sobre a orientação da Fifa deve estar vindo a nado para o Brasil e até agora não chegou, porque os árbitros aqui parecem não saber disso, e não marcam todos os toques de mão na área… como fizeram com esse toque aqui, que a imprensa fez absoluta questão de ignorar…

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E as lições não pararam aí. Na Copa, aprendemos até sobre política e sobre políticos…

Enquanto a presidente da Croácia pediu alguns dias de licença – NÃO REMUNERADA (ela fez questão que os dias fossem descontados) – para a companhar a seleção de seu país, e pagou a passagem com o dinheiro do seu bolso… no Brasil, se um deputado eleito pelo povo, assume compromissos como presidente de um clube de futebol e falta a 19 dos 46 dias em que há sessões na Câmara (e recebendo salários e benefícios normalmente. Salários  e benefícios que são pagos com dinheiro dos contribuintes) não há nada errado. Se de cada 10 sessões, ele faltar a aproximadamente 4 isso estará “certo”. Ninguém reclamará…

Aprendemos com isso que aqui é certo o que seria errado no Brasil e vice versa. Aqui, o dinheiro do povo serve para favorecer políticos e agregados, e só não favorece mesmo o povo.

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E com a França campeã da Copa 2018, nós aprendemos que o Brasil agora tem mais companhia no segundo lugar na lista das seleções mais vencedoras. A Alemanha tem 3 Copas, Brasil, França, Itália, Argentina 2 Copas,  e Espanha 1 Copa, e só essas seleções foram campeãs mundiais, afinal, segundo alguns devotos de São Cotovelo, antes disso, o futebol não existia e, portanto, as outras 3 conquistas que o Brasil alega ter, as 2 conquistas do Uruguai, as outras duas da Itália, uma outra da Alemanha, não podem ser computadas, porque  essas conquistas todas são de fax…

E, por fim, a última lição para um monte de gente – pra nós, palmeirenses, foi apenas a confirmação do que já sabemos desde sempre: SELEÇÃO BRASILEIRA SEM JOGADOR DO PALMEIRAS… NÃO GANHA COPA.  

 

 

 

A Copa do Mundo começou…

Não torço para a selenike porque não me identifico com ela, porque ela não me causa nada – minha seleção é o Palmeiras. E não se pode obrigar ninguém a torcer, ou a não torcer. As duas coisas precisam acontecer espontaneamente. E se não for espontâneo, simplesmente não é. Não dá para forçar/fingir um amor que não se sente. Futebol é paixão, não é obrigação.

No entanto, gosto de futebol, e por gostar de futebol acompanho sim a Copa, acompanho as notícias… uma Copa do Mundo é sempre um grande evento, tem sempre grandes jogadores em ação, tem as torcidas de vários países… é tudo muito bacana… (nada disso perde valor pelo fato de a CBF  ter transformado a nossa seleção e o nosso futebol em um grande balcão de negócios), sem contar que essa Copa está servindo para observarmos algumas outras coisas…

O Brasil fez a sua estreia ontem (domingo). O empate de 1 x 1 com a Suíça foi a sua pior estreia em mundiais em 40 anos e meio frustrante para muita gente – de boba a Suíça não tem nada mesmo, mas técnica e individualmente é muito inferior à seleção brasileira. E os brasileiros saíram reclamando da arbitragem, os torcedores reclamaram da arbitragem, a imprensinha reclamou muito da arbitragem… Está todo mundo reclamando ainda um pênalti em Gabriel Jesus, e um empurrão em Miranda no lance do gol de empate da Suíça (eram 8 brasileiros na área para anularem um único suíço, mas o gol que ele fez vai ficar na conta do empurrãozinho que Miranda levou).

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É ruim ser prejudicado pela arbitragem mesmo, ninguém gosta de ter um resultado feito no apito.  Porém, na final do Paulistão, quando foi o Palmeiras o prejudicado, quando um esquemão sujo, com a participação da Federação Paulista, anulou a marcação de um pênalti claro em Dudu (outros lances capitais foram ignorados pela arbitragem e pela imprensa também), as reclamações palestrinas eram “mimimi”, “chororô”… A pimenta é refresco no olho do outro, e só no do outro, mas no nosso olho ela sempre arde um bocado, não é?

Eu achei que o empurrão em Miranda não foi nada demais, ele poderia ter tentado disputar a bola mesmo assim.  O agarrão em Gabriel Jesus, achei que foi pênalti sim. Mas não foi preciso gastarmos muito os  nossos neurônios para, ao ouvirmos/lermos as muitas reclamações sobre isso, percebermos a discrepância… Para muitos – para a imprensinha, inclusive, e principalmente – a regra do jogo é mutante, e vai depender da cor da camisa de quem sofre a falta para que ela seja considerada pênalti ou apenas “disputa por espaço”…

Lembra do pênalti em Borja, na final do Paulistão, que a imprensa omitiu como pôde, e que foi classificado pelos “especialistas de arbitragem” e corroborado pelos imprenseiros todos como “disputa por espaço”?

E então, ontem, dois meses depois, aconteceu o pênalti em Gabriel Jesus… e a canalhice, que muitos “torcedores profissionais de imprensa”  escondem atrás de suas mal arranjadas máscaras de isenção, que esconderam atrás das justificativas mais esfarrapadas possíveis, derreteu, escorreu… O que não era pênalti em Abril passou a ser muito pênalti em Junho…

 

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E não param aí as comparações, as observações…

Hoje, dia seguinte ao jogo, a CBF já pretende entrar com uma representação na Fifa por causa do gol “irregular” da Suíça e também porque não se utilizaram do VAR na partida (VAR, que a CBF faz de tudo para não implantar aqui, – mas permite a sua utilização, permite a interferência externa, só para alguns,  e só quando a interferência vai favorecer esses “alguns”).

Então, um suposto erro no gol da Suíça, e a CBF já quer reclamar em uma instância superior… E isso porque ainda é o jogo de estreia do Brasil na Copa, e em um grupo bastante fácil. Imagina se fosse uma final de campeonato e anulassem, depois de 8 minutos, a marcação de um pênalti claro para o Brasil, com uma tramoia tamanho gigante, que contasse com a participação de dirigente (da federação organizadora do torneio), fazendo uso de celular em campo,  contasse com a participação do “tutor” (alguém que dissesse que era tutor, mas não tivesse um único documento provando isso), de delegado, quinto árbitro,  quarto árbitro … juiz? Com imagens mostrando o roteiro e trajeto dos envolvidos, com leitura labial, com muitas contradições no tribunal, como aconteceu ao Palmeiras, prejudicado na final do Paulistão?

Mas no caso do Palmeiras, a CBF simplesmente ignorou a mutreta, o tribunal passou pano, a imprensinha e seus torcedores profissionais aliviaram como puderam,  ironizaram o Palmeiras, não se cansaram de fazer deboches em programas, em matérias publicadas, porque o Palmeiras pediu a instauração de inquérito no TJD… Agora, por causa da seleção, todas as reclamações são válidas, não há mais deboches, ninguém precisa mais se preocupar em resolver no campo, o VAR é necessário (o Palmeiras foi um dos únicos a votar pelo uso do VAR no Brasil), os erros de arbitragem são abomináveis, deixaram de ser “chororô”, “mimimi”, a expressão o  “choro é livre” foi esquecida…

Nada como um dia após o outro, não é mesmo?

A vergonha é sua, a vergonha é nossa, é de quem quiser, quem vier…♫

Estamos às vésperas da Copa do Mundo, às vésperas de vermos serem usados os caríssimos estádios que foram construídos com o nosso dinheiro, sem que tivéssemos sido consultados a respeito do uso que fariam dele, e tampouco permitido que o que pagamos em impostos deixasse de ser usado em nosso favor, para ser usado em favor da Fifa e de mais “meia dúzia” de espertalhões (o dinheiro público nunca é usado em favor do povo, com Copa ou sem ela).

E não bastasse usarem o dinheiro público nessa sandice “lulesca” de querer mostrar ao mundo um Brasil que não existe (o mundo acabou vendo o verdadeiro Brasil antes mesmo do Mundial começar), de se fazer uma Copa do Mundo num país de população tão carente, onde não há escolas suficientes e decentes, nem ensino de qualidade; onde uma boa quantidade de cidades do país não tem nem mesmo saneamento básico; num país onde há mulheres que dão à luz nas calçadas, em frente à maternidades, porque essas se recusam a atendê-las; onde centenas de pacientes são atendidos no chão dos hospitais; onde o respeito ao cidadão e ao ser humano desaparece a cada dia…

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… não bastasse usarem tão irresponsavelmente o nosso dinheiro, os valores dos estádios construídos para a Copa do Mundo foram ‘ultrasupermegahiperfaturados’. No popular: fizeram a maior farra com a nossa grana.

E nesse último domingo, tivemos a oportunidade de ver mais um ‘momento ostentação com o dinheiro alheio’ do governo brasileiro (a população continua miserável),  a inauguração oficial da ‘ultramegasuperhiperfaturada’ arena construída em Itaquera, que, por não ter um nome, tem uma tonelada de apelidos: Itaquerão, Esmolão, Entulhão, Roubalhão, Impressora… E já que ‘a primeira impressão é a que fica’, ficamos com a impressão de que jogaram mesmo o nosso dinheiro no lixo.

E como os palmeirenses também pagaram a doação desse estádio (vão ficar nos devendo essa, hein ‘itakeras’?), e como o Allianz Parque – a arena do Palmeiras -, não custou um centavo aos cofres públicos, e não recebeu nenhum tipo de isenção fiscal da prefeitura de SP, ao contrário do Itaquerão, e porque, mesmo sendo muito mais funcional moderna e espetacular, a arena palestrina,  tenha custado 500 milhões – menos do que a metade do que foi desperdiçado de dinheiro público em Itaquera-, me sinto bastante à vontade para falar sobre o tal estádio aqui.

No domingo,  a TV mostrou Corinthians 0 x 1 Figueirense, e pudemos ver o “sucesso” que foi a inauguração oficial de um dos estádios, padrão Fifa, que o governo nos ‘obrigou’ a pagar (alguns jornais nos mostrariam detalhes depois).

Foi tudo padrão “PHIPHA” … torcedores tomando chuva, até mesmo na área VIP (na parte nobre da arena, os torcedores precisaram usar capas de chuva),  goteiras em alguns outros setores, ingressos vendidos para setores que ainda não estão acabados, vidros que faltam em algumas áreas, e que só serão colocados depois da Copa, som ruim, ponto cego, fotógrafo que teve equipamentos furtados dentro da sala de imprensa (e ninguém sabe, ninguém viu quem foi),  74 cadeiras quebradas – 55 delas no setor da torcida organizada -, falta de iluminação no entorno do estádio (o jornal francês L’Équipe publicaria que os torcedores saíram do estádio iluminando as ruas, totalmente escuras, com a lanterna do celular), ambulantes vendendo camisas piratas, com varais improvisados e pendurados dentro da área do estádio (!?!?); centenas de torcedores sem ingresso, que ultrapassaram a área dos portões para “assistir” pelo vão dos prédios; serviços de telecomunicações deficientes, que foram criticados até mesmo na mídia internacional (periódicos esportivos na França apontaram que era impossível fazer ligações dentro do estádio. Os celulares não funcionavam na bancada).

Além disso, dois dos quatro elevadores não estavam funcionando. Os pisos das lanchonetes ainda são de cimento aparente, os de vários corredores também, o mesmo com a estrutura de parte das arquibancadas. Caixas d’água  estão à mostra…

Houve desrespeito ao torcedor também… Cadeirantes, crianças menores de 12 anos e pessoas com mais de 60 anos, que não costumam pagar ingressos nos estádios municipais, tiveram que pagar no Itaquerão (o “dono” diria que, como o estádio é privado – PRIVADO? E CONSTRUÍDO COM DINHEIRO PÚBLICO?? -, pode cobrar por todos os ingressos). O problema é que só disponibilizaram um setor pra eles, o dos ingressos a R$ 180,00 reais (esse papo de “time do povo” é só clichê) e como não houve tempo hábil para que cadeirantes, crianças e idosos se tornassem sócios-torcedores, não puderam comprar mesmo.
http://www.elhombre.com.br/o-corinthians-esqueceu-que-ha -cadeirantes-em-sua-torcida/

E a Lei Federal 12933/13, que EXIGE meia entrada pra deficiente físico e seu acompanhante legal em eventos de locais privados, parece que foi esquecida pelos “donos” do estádio privado da Copa…

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As capas de chuva fizeram sucesso na área VIP…

Os ambulantes vendiam camisas piratas dentro do estádio…

No domingo (18), dia do jogo, o entorno do estádio estava assim…

Obras ao redor do estádio Itaquerão, em São Paulo, neste domingo (18).

E como é que um estádio, que nem mesmo terá todas as suas áreas cobertas, que não tem som de qualidade e nem segurança eficaz (um jornalista teve seu equipamento furtado lá), que tem ponto cego,  goteiras, pode custar 1,2 bi?

Como é que um estádio, cuja construção objetiva ser o palco da abertura da Copa do Mundo, não estará totalmente pronto na Copa do Mundo? Segundo a Veja, boa parte dos 89 camarotes da arena ainda não está concluída, bem como um grande setor das arquibancadas superiores do prédio oeste, que ainda está sem cadeiras instaladas. As arquibancadas provisórias, localizadas atrás de cada gol, também não foram finalizadas. O setor que elevará a capacidade do estádio de 48 mil para 67,8 mil espectadores durante a Copa será usado pela primeira vez justamente na abertura da Copa.

Se o objetivo primeiro da construção, e do uso da verba pública, era o Mundial e não a doação do estádio, como é que o clube que vai ser dono do estádio só daqui a 40 anos – depois que pagar o custo – pôde vetar a colocação de vidros nas áreas nobres, porque eles ficavam “palmeirensemente” esverdeados ao sol (e a Nike teve a cara de pau de rotular as outras torcidas e clubes de “antis”)? O que a Copa do Mundo tem com isso? Como puderam decidir que isso seja feito só depois da Copa, se a razão de se gastar tanto dinheiro do povo na construção desse estádio era unicamente… a Copa do Mundo? Se chover durante as partidas do Mundial, 30 mil torcedores ficarão encharcados lá no Esmolão.

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Um abuso, não é mesmo? E com o meu e o seu dinheiro… que foi irresponsavelmente gasto no Itaquerão, Arena São Paulo, Arena Corinthians, Arena PCO (ninguém sabe como chama), para, muito provavelmente, dar um vexame na Copa do Mundo. Desculpinha esfarrafada essa de fazer estádio para a Copa em São Paulo, né? E ficam cada vez mais claras quais eram as reais e ‘moluscas’ intenções…

Mas o responsável pelo estádio que o clube recebeu “de grátis”, diz que vai pagá-lo, diz que “prevê sete anos de bilheteria para pagar dívidas do Itaquerão”.

Você acredita que eles vão pagar? Eu não. E se formos nos basear nas contas do cidadão “pagador de dívidas”, aí é que não vamos poder acreditar mesmo.

Vejamos…

Os “proprietários” dizem que o estádio custou 750 milhões, há quem diga que custou 950 milhões, mas, na verdade, a conta já passou de 1,2 bi (são mestres em aumentar números para se valorizarem, mas, na hora de pagar dívidas, diminuem os valores quase pela metade).

Para quitar a dívida em 7 anos, como um dos responsáveis pela construção diz que fará, o clube teria que pagar mais ou menos 107 milhões por ano, para totalizar os tais 750 milhões (isso nas contas dele), ou 135,7 milhões por ano, caso o estádio tenha custado 950 milhões, ou ainda, 185,7 milhões por ano, para totalizar o custo de 1,2 bi, que parece que é o que foi gasto mesmo.

Um clube faz uma média de 4 partidas por mês em seu estádio (2 por semana, 1 fora e 1 em casa), o que daria 48 partidas em casa no ano (nas partidas em casa é que os clubes ficam com a maior parte das rendas). Vamos arredondar para 60 partidas, e façamos as contas de quanto seria necessário de renda por jogo para pagar essa dívida. Mas não nos esqueçamos que a renda bruta é uma coisa e a renda líquida é outra.

Custo do estádio 750 milhões – 107/60 = 1,783 mi por partida

Custo do estádio: 950 milhões – 135,7/60 = 2,295 mi por partida

Custo do estádio 1,2 bilhão – 171,4/60 =  2,85 mi por partida

Difícil, hein? Se na estreia do estádio, com ingressos a preços exorbitantes (a torcida reclamou um bocado dos valores cobrados) e 36 mil pagantes, a renda, bruta, foi na casa dos 3 milhões, imagine no restante do ano… No Paulistão 2014, por exemplo, a média de público corintiana foi de 14.978. muito abaixo do que seria necessário para pagar a dívida. O que nos leva a pensar que vai ser bem difícil os cofres públicos serem ressarcidos com as rendas do estádio de Itaquera, não é mesmo?

Ainda mais se levarmos em conta que o clube, que deveria pagar essa dívida, está sem dinheiro, tem dívidas fiscais no valor de 120 milhões, tem bonificações e direitos de imagem atrasados, e vai fazer um empréstimo de 70 milhões, dos quais, descontadas as taxas de juros, sobrará ao clube 53 mi (um time com problemas financeiros vai mesmo abrir mão das rendas dos jogos, durante sete anos? Me engana que eu gosto!).

O estádio, que o povo brasileiro pagou contra a sua vontade, não vai ter o seu valor ressarcido aos cofres públicos, também não vai ser entregue 100% para a Copa do Mundo, os turistas e torcedores terão que rezar pra não chover…

Parece que nessa Copa, o Esmolão só vai ser bom mesmo para os vendedores de capas de chuva, churrasquinho, camisas piratas… para os que se gabam de ter algo que foi comprado com o dinheiro alheio, e para os que se favoreceram com o superfaturamento no valor dessa construção.

Pros demais, vai sobrar aborrecimento e vergonha….

Mas o que importam esses “detalhezinhos”, não é mesmo? Afinal, a Copa do Mundo é nossa.

Enquanto se discutia de quem (MP ou PM) era a responsabilidade pela segurança do estádio em Joinville, e deixavam em segundo plano a prisão dos animais, – erroneamente chamados de torcedores -, que protagonizaram uma selvageria no jogo entre o Atl-PR e Vasco, deixando 3 torcedores gravemente feridos, o futebol brasileiro, já tão esculhambado e descredibilizado, às vésperas da Copa do Mundo, ganhou as páginas do planeta. Da pior maneira possível…

A BOLA, Portugal: ‘Violenta batalha entre torcedores no Atlético-PR x Vasco’

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DAYLY MAIL, Inglaterra: ‘Torcedor é levado de helicóptero após  violência irromper no Brasil, apenas 2 dias após o sorteio da Copa… mas o confronto é então REINICIADO’

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EL PAÍS, Espanha: ‘Vários torcedores em estado grave após os confrontos durante a partida entre Atlético-PR e Vasco da Gama, quando faltam seis meses para começar o Mundial

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LA  GAZZETTA DELLO SPORT, Itália: ‘Brasil, Atlético Paranaense-Vasco: Rixa muito grande e disparos da polícia, três torcedores em estado grave’ 

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THE GUARDIAN, Inglaterra: ‘Torcedor gravemente ferido após violência interromper partida do campeonato brasileiro’

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L’EQUIPE, França: ‘Violência sem precedentes em Joinville’

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MARCA, Espanha: ‘Violência brutal no Atlético Paranaense-Vasco’

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RECORD, Portugal: ‘Graves confrontos entre torcedores no Atlético Paranaense-Vasco. Imagens arrepiantes no país do Mundial 2014’

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OLÉ, Argentina – ‘Selvageria Mundial’ (em referência à proximidade da Copa do Mundo)

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Se você tiver estômago (eu não tive pra mais que 20 segundos), acompanhe as imagens desses bandidos, COVARDES, no vídeo abaixo. As imagens são muito fortes, difíceis de se  acompanhar.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Tu-Xp7IyUWw[/youtube]

Horrível, né? Fico aqui pensando… o que passa na cabeça de uma mãe, ao ver que o filho que ela trouxe ao mundo, e amamentou, cuidou, deu carinho… em quem ela pensa o tempo todo, até mesmo antes de pensar em si mesma, se transformou num animal, excessivamente covarde, que, em grupo, chuta a cabeça de uma pessoa que está caída no chão, e continua chutando quando ela já está desacordada, que a ataca com um pedaço de pau, só porque ela torce pra outro time (isso não inocenta os outros que, se não estivessem apanhando, estariam batendo).

Não foi a primeira vez que vimos isso acontecer, já vimos muitos torcedores serem assassinados por torcedores rivais; algumas vezes, até mesmo sem ter havido um confronto. E, lamentavelmente, na maioria das vezes, eles ficaram impunes. E a mesma impunidade que vai matando o Brasil, é a que vai matando o futebol…

Não faz muito tempo, vimos um torcedor boliviano ser assassinado, sem que tivesse havido briga ou qualquer hostilidade. O garotinho estava na arquibancada, torcendo pro time dele, e foi atingido por um sinalizador, disparado, de propósito, por torcedores rivais, em direção da sua torcida. Vimos também os envolvidos (fizeram até cabaninha pra esconder o lançamento do sinalizador), que acabaram presos depois, serem “pintados” de mártires aqui no Brasil; vimos uma grande emissora de televisão levar ao ar programas que dariam consistência à imagem de vítimas, presas injustamente, que fora criada para os infratores; vimos políticos viajarem para a Bolívia, na tentativa de libertá-los; vimos um ex-presidente da república usar a sua influência com a mesma intenção… vimos arranjarem um “di menor” para assumir a culpa pelo assassinato; vimos o “di menor” receber dinheiro, bolsa de estudo, como se fosse uma recompensa… Foi uma vergonha!

Tempos depois, vimos alguns desses mesmos “inocentes” (já libertados, e até festejados na TV) se envolverem em novos episódios de violência em estádio, de roubos…

Já vimos de tudo! Os casos são inúmeros, e já houve mortos e feridos de todas as torcidas, agredidos por gente (gente?) de todas as torcidas, inclusive, a nossa. E tanto agredidos quanto agressores, integrantes das chamadas ‘organizadas’ (nem todos os organizados são bandidos, mas boa parte é conivente), entram na briga com a mesma finalidade… agredir, agredir, agredir… e muitas vezes, matar…  Se a brutalidade e a crueldade são imensas, a covardia é maior ainda. E isso nada tem a ver com amor ao time, isso nada tem a ver com ser torcedor. Esses, que se comportam como animais (que me desculpem os verdadeiros animais) precisam ser banidos dos estádios, de uma vez por todas. É muito grave o que anda acontecendo.

E agora, vem a presidente da república, dizer que está chocada e quer a Delegacia do Torcedor. Ora, vá carpir um lote, minha filha! Como se isso fosse a solução pra violência, ou como se a falta de uma delegacia especial fosse a razão dessa violência toda.

O problema é a impunidade, nega! Essa infecção generalizada que toma conta do Brasil. A mesma que deixa em regime semi-aberto, os seus amigos condenados por corrupção. E você nunca quis a Delegacia do Deputado, do Senador, do Governador, Prefeito, Vereador… do Presidente.

Mas, agora, o que tá pegando é a repercussão das terríveis imagens pelo mundo, justo quando estamos às vésperas de 2014, não é mesmo? É por isso que a “politicaiada” está preocupada.

Tá ruim a imagem do Brasil lá fora, imagem do país que vai sediar a próxima Copa do Mundo. Já não bastam estádios caindo, atraso na entrega das arenas, superfaturamento, obras de mobilidade que não vão sair do papel, arrastões no entorno do estádio que será palco da abertura da Copa (um deles com SEIS MIL pessoas)… e ainda tem a violência das torcidas (um problema do país e não só do futebol).. tão comum no Brasil, tão permitida em nosso futebol,  e financiada pelas diretorias dos clubes, que dão dinheiro para organizadas que abrigam esses marginais. Ronaldo vai ter que melhorar bem as desculpas esfarrapadas que anda dando por aí…

E aí a gente se pergunta: Como alguém, em sã consciência, pôde pensar em realizar uma Copa do Mundo num país com tantos problemas sociais? Como alguém pôde pensar em torrar bilhões do dinheiro público, numa farra imensa de estádios superfaturados (alguns deles, virarão “elefantes brancos” depois da Copa), quando a população recebe quase nada de volta, do absurdo que paga em impostos? Como puderam ser tão gananciosos, sabendo que aqui falta tanta coisa?

Irresponsabilidade… impunidade… violência… não combinam com Copa do Mundo, nem com turistas, vindo dos mais diferentes cantos do Globo, apenas para se divertirem…

Mas eles virão, isso é certo. E que Deus tome conta deles! Que eles tragam terços, figas, água-benta, Bíblias, incensos, guia do santo, patuás, amuletos, Torás, ou o que quer que imaginem possa ajudá-los a se proteger… Tomara eu esteja enganada, mas, com esse descaso todo, o bicho vai pegar por aqui.