“Os homens que não se rendem às verdades mais evidentes, não são homens, são pedras” – Voltaire

Ganhar ou perder um jogo, um campeonato, faz parte da disputa. O que não faz parte mesmo é a sacanagem, a mutreta, a armação, o “direcionar um título” para um determinado “colo”… e nada como o tempo, e um novo acontecimento,  para dar novas luzes à uma sujeira que está fazendo aniversário, não é mesmo?

Você lembra da final do Paulistão 2018, certo? Lembra da primeira final, lá no Esmolão. Lembra que o Palmeiras vencia por 1 x 0, quando num ataque palmeirense, Willian e Borja sairiam na cara do Cássio, e  a arbitragem inventou um impedimento e parou a jogada, impedindo o Palmeiras de, muito provavelmente, fazer 2 x 0.

Lembra – claro que lembra – que na segunda partida, no Allianz,  um pênalti de Ralf em Borja foi ignorado pela arbitragem, que um toque de mão de Henrique, na área, também foi ignorado, e que a marcação de um pênalti, muito pênalti, em Dudu, que o árbitro marcou com toda a convicção, foi desmarcada depois de 8 minutos de paralisação, de muita reclamação por parte dos jogadores adversários, de muita conversa suspeita – de gente que nem poderia estar no campo conversando com quem quer que fosse -,  e de muita interferência externa (com uso de celular também), até mesmo por pessoas da Federação Paulista, não é mesmo?

O Palmeiras  tinha muitas provas de que ocorrera muita interferência externa para convencer/induzir o árbitro a desmarcar o pênalti – o árbitro tinha certeza do pênalti quando o marcou e afirmou isso até mesmo no tribunal depois (tinha certeza e mudou mansamente de ideia?).  E o que aconteceu? Nada. Vilanizaram o Palmeiras, a vítima da armação (ele ficou meses reclamando da interferência externa – proibida pela FIFA), ironizaram as suas reclamações; a Federação Paulista e o TJD ignoraram as suas muitas e inquestionáveis provas (a imprensinha os ajudou nisso como pôde)…  o presidente do tribunal disse que “aqui ninguém vai ganhar no grito”… a imprensinha dizia que era “chororô”, que “não dava para saber o que eles conversavam”… enfim, foi uma maracutaia tamanho gigante…  e muito escandalosa, sem que fosse tomada providência alguma por parte dos responsáveis pelo futebol. (https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2018/04/paulistao-2018-o-mecanismo/)

E não é que, agora, quase um ano depois da final do Paulistão, no jogo entre Aparecidense e Ponte Preta, pela primeira fase da Copa do Brasil, um gol da Ponte Preta (que perdia por 1 x 0) foi anulado graças à interferência externa (a questão não é se o gol foi legal ou não, e sim como foi feita a anulação do mesmo). Um delegado foi conversar com o quarto árbitro, as imagens mostraram isso, a Ponte reclamou, recorreu, nenhum representante da Justiça Desportiva disse que “ela queria ganhar no grito”, a imprensinha não chamou a reclamação do clube de “chororô”, nenhum jornalista  disse que “não seria possível saber o que o delegado conversava com a pessoa da arbitragem”… “era direito da Ponte”, diziam todos, e, em questão de dez dias, fizeram o que tinha que ser feito num caso como esse, aconteceu um julgamento no STJD e o jogo entre Ponte e Aparecidense foi anulado.

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Agora, ficou claro, ficou desenhado que a mutreta na final do Paulistão era mesmo uma armação e de interesse da Federação Paulista de Futebol e do TJD (se, mesmo sendo proibida a interferência externa, eles não tomaram providência alguma a esse respeito, e fizeram exatamente o contrário do que deveriam ter feito, devem ter gostado do que aconteceu)… não é?

O Palmeiras tinha muito mais provas da interferência externa, tinha as imagens das câmeras do Allianz, contratou até a Kroll para ajudá-lo a provar. Mas, pela reação e (falta de) atitude da Federação Paulista de Futebol e do TJD, pelo jeito q ficaram tão bravinhos com o Palmeiras por ele “ousar” se indignar e se posicionar publicamente contra a tramoia que sofreu, por terem ignorado as provas que ele apresentou e terem feito-as parecerem menos substanciais do que realmente eram, por terem ignorado as contradições todas, as mentiras ditas (as imagens mostravam a verdade), pelo julgamento mandrake que o Tribunal de Justiça (?) Desportiva levou a cabo, ficou claro que o resultado fabricado ali, na final do Paulistão 2018, era de interesse deles todos.

E, agora, enquanto a imprensinha comemora a correta e justa anulação do jogo Aparecidense x Ponte, enquanto ela valoriza o “antes tarde do que nunca” de se fazer valer as regras, de se respeitar a proibição da FIFA à interferência externa, é preciso que nos perguntemos: Por que SÓ AGORA resolveram fazer justiça, ou seja, cumprir as regras? Por que insistiram tanto (até mesmo a imprensa insistiu) em ignorar as provas todas em outra ocasião muito mais importante – uma final de campeonato?

O tempo acabou  revelando o que já sabíamos, e o que alguns tanto quiseram esconder, afinal, o “antes tarde do que nunca” do tribunal só veio mostrar que o Palmeiras sempre esteve certo, que ele foi sacaneado na final do Paulistão 2018, que ignorarem as provas todas do Palmeiras fez parte de daquela picaretagem (filmada e fotografada)… o “antes tarde do que nunca” veio nos dar a certeza que federação e tribunal fecharam os olhos à determinação da Fifa porque quiseram. Afinal, a Justiça Desportiva não pode agir/julgar de maneira seletiva e fazer com que a proibição da FIFA seja respeitada só quando ela, a justiça, bem entender… a interferência externa é proibida em todos os campeonatos e não só na Copa do Brasil.

Nada como um julgamento atrás do outro…

 

O Palmeiras jogou na segunda-feira contra o Bragantino, pelo Paulistão – o campeonato mequetrefe da Federação Paulista de Futebol.

Jogou um bolão, colocou a bola no chão, e venceu bem. Dudu, Moisés e Scarpa arrasaram em campo. Prass esteve muito bem também. Aos 8′, Dudu fez 1 x 0. Jogada linda com Felipe Pires, Scarpa e ele, o baixola, mandando pra rede. Aos 29′, Borja invadiu a área, sofreu pênalti, Scarpa cobrou e  fez 2 x 0, resultado final.

Teria sido tudo tranquilo se não fosse a licença/alvará/permissão que o árbitro Vinícius Furlan  deu para a violência do Bragantino. Já tinha acontecido na partida diante do Oeste (contra o Botafogo também). Um chute no estômago de Dracena, uma cotovelada em Deyverson, na área, e uma outra cotovelada em Victor Luís (não tenho essa imagem) ficaram escandalosamente impunes… Lembra?

E como as botinadas nos parmeras parecem estar liberadas, aconteceu de novo, claro. O Bragantino, na última rodada, não se fez de rogado e desceu a botina sem dó nos palmeirenses. Com o consentimento da arbitragem. Um absurdo. O árbitro, fez vistas grossas para um monte de coisas, até mesmo para uma entrada criminosa de Júnior Goiano em Scarpa. Uma tesoura, por trás, digna de um cartão vermelho (e de uma punição do tribunal), que vai deixar o atleta palmeirense sem jogar por 3 semanas, e que o árbitro Vinícius Furlan nem sequer achou que merecia amarelo (o tribunal também fez de conta que nem ficou sabendo). Cego, sabemos que o árbitro não é (aliás, nenhum árbitro é cego)… também não desconhece as regras, senão, não estaria ali (os árbitros não chegam à primeira divisão sem serem preparados pra isso) … e, se não são cegos, se conhecem bem as regras, por qual motivo um árbitro deixaria de assinalar uma entrada criminosa dessa? Por qual motivo não puniria o agressor? Me engana que eu gosto, viu Federação Paulista?

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Não tem desculpa para deixar uma falta dessa impune, não é mesmo? Ainda mais porque sabemos – temos certeza – que se fosse um jogador do Palmeiras a cometê-la – Felipe Melo, por exemplo -,  teria sido expulso na mesma hora, saído de camburão do estádio e, no dia seguinte, sendo detonadíssimo pela imprensa esportiva, e em todos os programas de TV,  seria denunciado pelo tribunal, o julgamento já seria marcado, a provável pena pra ele já seria noticiada na TV… e o Delegado Olim apareceria dizendo que lá ninguém ganha no grito, aquelas coisas todas que conhecemos tão bem (a mesma “dinâmica” do que aconteceu –  merecidamente – com Deyverson, que cuspiu em um adversário, mas que não aconteceu com Henrique e com Clayson, que cuspiram em Borja e Felipe Melo)…

E agora, a coisa se repete… agressão em atletas do Palmeiras continua sendo coisa permitida pelas arbitragens nesse campeonato paulista… e a imprensa esportiva, dependendo da cor da camisa (de quem agride e de quem é agredido), atua como aliada. Uma agressão de um Felipe Melo é um escândalo, mas a de um Everton, de um Fagner, de um Júnior Goiano, ainda que violentas, desleais, não têm o mesmo peso, não ganham o mesmo destaque, os seus autores não são execrados, as suas reputações, como profissionais, não são destruídas… Fosse a imprensa realmente imparcial, isenta, ética, e desse o mesmo relevo para agressões, quaisquer que fossem elas, sem levar em conta a cor das camisas dos envolvidos, certamente as arbitragens não se sentiriam tão à vontade para brincar de “Bird Box” e fazer de conta que não enxergam o que acontece na  cara de árbitros e auxiliares, porque as notícias todas apontariam seus ‘erros’ e favorecimentos depois.

Dudu também apanhou na partida. Aliás,  uns segundinhos antes da tesoura em Scarpa, Dudu levou um tranco.  Ele avançava nas proximidades da área, foi parado na falta (o árbitro, muito perto do lance, acaba escondendo o tranco que Dudu levou), a bola sobrou para Scarpa e o Júnior Goiano entrou meteu uma tesoura desleal e criminosa nele… por trás.  Duas faltas seguidas, uma delas, escabrosa… e o árbitro ali pertinho… de enfeite.

Eu sei que num jogo entre um time mais técnico, talentoso, com jogadores mais habilidosos, dribladores, leves, e um time com jogadores com menos recursos técnicos, o que tem menos recursos vai querer parar o mais habilidoso na falta (às vezes, jogadores dos elencos melhores, mais categorizados, tecnicamente falando, também pegam duro os jogadores dos elencos tecnicamente inferiores, mas não com a mesma frequência). Isso é do futebol. No entanto, a regra não permite que seja assim. Por isso é que temos árbitros e auxiliares atuando nas partidas, para coibir a violência, para que sejam assinaladas as infrações e para que sejam punidos os infratores, como manda a regra.  Pra não virar um salve-se quem puder em campo. Mas não é isso o que temos visto acontecer…

Nenhum time, seja ele grande ou pequeno, pode ter aval da arbitragem para quebrar jogadores adversários; da mesma forma que que nenhum time pode estar fadado a apanhar com o consentimento do juiz.  Nenhum jogador, seja ele mais, ou menos valioso – em relação ao valor do seu passe e ao seu talento -, pode receber entradas passíveis de lhe quebrar uma perna, arrebentar ligamentos do joelho, do tornozelo, pode ser impedido de exercer a sua profissão por alguma lesão ocasionada por um adversário, sem que o agressor seja punido. Não punir coisas assim é o mesmo que dizer: “Pode bater à vontade, que tá liberado”. E é o que está acontecendo no campeonato mequetrefe da Federação Paulista. É por isso que o Botafogo bate, aí vem o Oeste dá chute, cotovelada, depois vem o Bragantino e arrebenta o Scarpa, dá uma entrada feia em Borja… Já que não acontece nada mesmo, a impunidade, para alguns, vai “fazendo escola” (e quem  será que dá a “licença” para que os árbitros possam agir assim?).

E enquanto a imprensa esportiva discute a camisa falseta do Bolsonaro, quem, além dos palmeirenses,  está discutindo a punição cabível para o jogador do Bragantino, que deu uma tesoura criminosa no Scarpa e o tirou dos próximos jogos do Palmeiras? Quem está pedindo que as arbitragens coíbam essa violência gratuita de que o Palmeiras tem sido vítima em alguns jogos?

Ninguém! Nem o tribunal… nem a FPF… e muito menos a imprensa esportiva (e todos fariam exatamente o contrário se o agressor fosse palmeirense) . E é exatamente isso que faz com que a gente pense que há algo de podre no reino do futebol paulista (e brasileiro), né?

Faz tempo que, no Brasil, o “poste anda mijando no cachorro”… mas a moral seletiva e a hipocrisia, que andam em “moda” no país, assumem contornos cada vez mais descarados… Na imprensa esportiva, por exemplo. E, suas análises sobre as partidas, sobre os lances, o que é falta para um time, não é falta pra outro, ainda que sejam situações idênticas… o que é considerado agressão para determinados jogadores, não é agressão para outros… o que um acha errado para um, não acha errado para outros;  o que é falta de fair play para um, não é para outro; uma atitude passível de punição e linchamento moral para uns, é nada para outros… Uma vergonha. Jornalismo rasteiro, reles, feito por ‘torcedores profissionais de imprensa’… Sem contar a falta de elegância e ética de alguns dirigentes e técnicos em relação a outros clubes e seus jogadores, cujos problemas não lhe dizem respeito. Pessoas que querem arrotar ética às custas do exemplo alheio sem nunca agir da maneira que afirmam ser a correta.

Na postagem anterior, escrevi sobre Deyverson, sobre ter achado abominável a cuspida que ele deu em um jogador adversário (e foi abominável mesmo). Disse também que achava que ele merecia ser punido sim, merecia uma multa e uma “geladeira” por uns tempos. O Palmeiras deu a ele uma multa bem salgada e, segundo divulgaram alguns setoristas, pretende negociá-lo na primeira oportunidade.

Há uns dois ou três dias, li um tweet do GloboEsporte (da mesma rgt, tão seletiva em relação à maneira de noticiar os clubes, de analisar lances e jogos, de carregar nas tintas para uns, e de suavizá-las para outros. A que colocou um “muro branco” em uma imagem, fazendo com que uma falta palmeirense fora da área parecesse ter sido pênalti; a mesma, que sustenta dois clubes de futebol no Brasil; aquela que, segundo afirmou um jornalista, orienta seus profissionais a falarem mal do Palmeiras nas transmissões). O tweet trazia uma declaração do  “Milton Buzzetto de Itaquera”, falando sobre Deyverson, e mostrando que ele, o técnico alvinegro, é mesmo  discípulo de Tite, ou seja, é chegado numa declaração do tipo “olha como eu sou bom moço”, mas que, na verdade, é só um “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” (é comum isso por lá).

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Ainda que ele tenha sido perguntado a respeito do assunto, e não sei se foi, é deselegante, e nada ético, um técnico fazer uma declaração desse tipo sobre um jogador de outro time ainda mais quando a sua postura a respeito é só “enganation”, é “tapeation”, não é mesmo?

Os jornalistas não aproveitaram a ocasião (imagina se o fariam?), mas poderiam ter perguntado ao técnico ‘lava jato’ quais foram as punições e multas que receberam Henrique e Clayson (comandados por ele, Carille) quando eles cuspiram em Borja e Felipe Melo. Não me lembro de nenhuma crítica severa aos dois por parte de Carille, por parte dos torcedores (só os palmeirenses reclamaram),  pelo contrário, no caso do Clayson, só se falava sobre a munhequeira de “adamantium” de Felipe Melo, que foi jogada no ‘lava jato’ depois que ele cuspiu no palmeirense. Na vez do Henrique foi um “Bird Box” total da imprensinha, todo mundo fez de conta que não viu, e o mesmo se deu com o coice que Henrique deu em Deyverson antes da tal cuspida. Ninguém viu, nem o árbitro e seus auxiliares). Não me lembro de os jogadores terem sido punidos pelo clube por causa de terem cuspido em adversários, nem de o tribunal ter feito algo a respeito, não lembro de a imprensa esportiva ter execrado o comportamento dos atletas na época (nem mesmo os palmeirenses da imprensa)… Na ocasião, passou tudo batido. E não teve um pedido de desculpa sequer.

Sim, Henrique cuspiu em Borja – na cara do bandeira. Não acertou, mas a atitude foi a mesma… e nada aconteceu. O sujeito do “não podemos aceitar que atletas façam isso”… aceitou normalmente.

https://www.youtube.com/watch?v=qfVl_756Uoo&fbclid=IwAR2LZHpSqVObFaozIv_nNIUmCIWYr2-FAU_nVRb0cD5ob7F0MbnCRMP8Oho

Clayson também cuspiu em Felipe Melo, depois de um jogo, ano passado, no túnel, lá em Itaquera. Repare, um jogador corintiano até vira o rosto rapidamente para não ser atingido. Essas imagens, assim como as de Henrique, ficaram ao alcance de todos, mas nada foi feito a respeito. O “Milton Buzzetto de Itaquera”, que diz que “não podemos aceitar que atletas façam isso”, nada fez quando foram seus jogadores a cuspirem em adversários, não é mesmo?

 

Cara de pau o técnico ‘lava jato’, né? Não foi à toa que ele preferiu voltar… No time em que ele está é fácil bancar o correto da boca pra fora,  é fácil ser ético da boca pra fora, é fácil criticar o jogador de outro time por coisas que os dele fazem sem receber crítica e punição alguma (e sem jamais ser perguntado a esse respeito pela “Bird Box Press”)…  assim como é fácil botar o time pra jogar com duas linhas de quatro – só se defendendo -, jogando por uma bola, e ser tratado como/se achar um Guardiola…

É “hipocrisia” que chama isso, né?

 

 

 

 

As pessoas mais próximas a mim sabem que não curto muito o Deyverson. Não gosto nem um pouco dessa mania dele de querer agradar na marra, de “jogar pra torcida” o tempo todo, de fazer tudo de caso pensado, tentando causar, e muito menos das simulações absurdas que ele faz.

Achei horroroso, no derby, ele ter cuspido em Richard (será que ele pensou que a torcida ia gostar?). Isso não é atitude de homem. Sem contar que, além do desrespeito absurdo ao outro jogador (e a ele mesmo), é um desrespeito com o Palmeiras, o clube que ele representa, é desrespeito com os muitos torcedores palmeirenses que ele conquistou. Deyverson, profissionalmente falando, nunca teve uma oportunidade como essa que está tendo agora, e parece que não percebe que a está jogando fora.

Ele se desculpou e alega que foi por ter sido pisado que reagiu daquela forma. Ele foi pisado mesmo, mas por Henrique. E isso não dava direito a Deyverson de cuspir em quem quer que fosse (imagina se Valdivia, por exemplo, tivesse cuspido em todo mundo que o pisou, deu cotovelada, soco, botinada? Teria morrido de desidratação. O mesmo se daria com Dudu). Em todo caso, se desculpar era algo que Deyverson teria que fazer mesmo.

No entanto, apesar de ter abominado o que ele fez (era preferível ele ter dado uma porrada na cara do sujeito, se estava tão ‘bravo e incontrolado’), não acho que o Palmeiras deveria mandá-lo embora. Acho que ele deveria ser exemplarmente punido com uma boa multa e um belo gancho (mesmo que o tribunal não o faça) por vários jogos. Talvez, agora que desagradou todo mundo,  até os que vivem aplaudindo as suas bobagens – antes desse episódio, havia sempre quem o aplaudia e  o apoiava nas vezes em que pisava na bola – , agora, que o filme dele queimou de verdade, ele acabe aprendendo de uma vez por todas a agir como um homem… adulto. Mas não sei se é isso que o Palmeiras fará. A probabilidade é que ele acabe sendo negociado. Em todo caso, o clube sabe o que é melhor a ser feito.

E, para terminar, e aproveitando o gancho,  é preciso que fique claro…  Cuspir no rosto de alguém não pode ser deplorável só de vez em quando. Num outro derby, Henrique (o mesmo que chutou Deyverson no último jogo) cuspiu em Borja (não acertou, mas a atitude foi a mesma), Clayson cuspiu em Felipe Melo (no túnel, lá em Itaquera)…  e nada aconteceu. Um ator da Globo cuspiu em uma mulher num restaurante, um deputado cuspiu em outro deputado… e nada aconteceu também. Cuspir no rosto de outra pessoa é deplorável, é baixo em qualquer situação, e deve ser sempre uma atitude condenável,  por todos, sem que se ‘passe pano’ para ninguém.

A lição sempre chega… E Deyverson vai aprender isso agora.

 

Há um bom tempo, eu venho dizendo que, depois da final do Paulista 2018, não estou nem aí mais com o Paulistão (se o Palmeiras ganhar o campeonato, ok; se não ganhar, ok também) e não sinto mais aquela rivalidade de antes em relação ao ‘Lava Jato’. Senti tanto nojo aquele dia, e nos dias que se seguiram, por perceber, e depois confirmar, a imensa tramóia que ocorreu, que, para mim, o rival perdeu aquela condição de “o” rival. Se valer daquela sujeira toda para ganhar um Campeonato Paulista foi de uma indignidade imensa. Depois disso, acabou a tensão pré derby, acabou o desgosto imenso em caso de derrota, acabou o “comer os cantinhos dos dedos”, o “nem dormir direito na véspera”, o “melhorar, ou estragar, o meu ano” dependendo do resultado… perdeu a graça mesmo. Sei que a maioria dos palmeirenses não se sente assim, mas, pra mim, ele era rival quando podia respeitá-lo, temê-lo na bola e não por causa do apito (em 2018, foi só a pá de cal, porque a coisa já vinha de longe).

A derrota desse sábado, que nada teve a ver com o apito – o árbitro, milagrosamente, foi bem – me chateou sim, claro, mas como chatearia se o Palmeiras tivesse perdido para o Bragantino, o Red Bull, o São Caetano, que não são rivais do Palmeiras…  me chateou pela derrota e não pelo adversário.

Em campo,  o time adversário foi inofensivo, inoperante… e achou um gol (legal) numa bola parada (lance em que alguns jogadores palmeirenses estavam bem mal posicionados).  O Palmeiras, por sua vez, foi inofensivo e inoperante… e não achou nada. Não conseguiu transformar em gols as suas muitas idas ao ataque, nem a posse de bola bem maior.

Jogo ruim, chato de assistir. Sem grandes emoções… O ‘Lava Jato’ se mantinha dentro da sua estratégia de se defender e jogar por uma bola (Cássio já fazia cera no começo do primeiro tempo. Alguns jogadores corintianos seriam amarelados durante o jogo por esse mesmo motivo)… o Palmeiras, não sei porque, burocrático, fazendo sempre a mesma coisa, jogando só na bola levantada na área (tem elenco para bem mais do que isso)…

Segundo li, o adversário finalizou 8 vezes (5 na direção do gol). O Palmeiras, com muito mais posse de bola (66%), finalizou 28 vezes (19 delas não foram na direção do gol), e uma única exigiu uma defesa de Cássio; o Palmeiras cobrou 15 escanteios, o adversário 1. Perder para um time que fez tão pouco na partida é pior ainda. A torcida palestrina reclama das muitas cabeçadas a gol que deram em nada. Mas não basta conseguir tocar a cabeça na bola para que se tenha uma grande chance de gol, boa parte dos cruzamentos tinham que ter sido mais precisos também.

Lucas Lima começou a partida muito bem, mas depois sumiu em campo. Era nítido que faltava criatividade para ele, para o Palmeiras (saudades do Mago). Quando um time toca a bola e o outro só se defende, ainda que não queira isso o que só se defende está chamando o adversário pra cima, e o Palmeiras não foi… não da maneira que deveria ter ido. Todas as jogadas iam pro Dudu, o tempo todo. Nossos laterais não estiveram bem. Borja não conseguiu finalizar a contento… Deyverson entrou depois e também não fez nada em campo, a não ser cuspir em Richard – depois de ter sido chutado por Henrique – e ser expulso aos 42′. (Ok que o árbitro deveria ter expulsado também também o Henrique que chutou Deyverson depois de pará-lo com falta, mas nada justifica cuspir no rosto de uma outra pessoa.  Deyverson queimou o próprio filme). Carlos Eduardo também não conseguiu fazer boa partida. Parecia querer tanto acertar que acabava dando tudo errado. Mas era o primeiro clássico dele e esse pode ter sido o motivo do desacerto. Felipe Pires entrou no lugar dele depois e foi melhorzinho. Scarpa entrou no lugar de Bruno Henrique e achei que ele foi bem.

Mas enfim, foi uma tarde azeda, de uma partida azeda do Palmeiras… o time pecou bastante na criatividade, na finalização, Felipão não conseguiu acertar/mudar o que não estava funcionando… e o adversário, com duas linhas de 4  só se defendia… O placar ficou mesmo no 0 x 1.

Nós cansamos de pedir para a diretoria do Palmeiras não disputar o Paulista, colocar a molecada, o sub-17, o massagista, o roupeiro…  e agora vamos mesmo ficar possessos porque Felipão talvez esteja só usando o Paulistão para observar algumas coisas, para acertar o time? Porque resolveu testar, ou “batizar”, alguns jogadores no derby?

Sei que muitos palestrinos ficaram ainda mais bravos porque era um derby, outros, como eu,não veem mais o adversário como o grande rival, no entanto, todos queremos ver o Palmeiras vencendo e, principalmente, jogando mais do que isso. Mas viremos a página e sigamos em frente…  é só o começo da longa caminhada de 2019.

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VII – BUSCANDO VAGA NUM SONHO

“Nada de grandioso se realizou no mundo sem paixão” – Georg Wilhelm Friedrich Hegel

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Após a última rodada da primeira fase, quando os confrontos das semifinais ficaram definidos, e os dois times brasileiros teriam que se enfrentar, muita gente passou a apostar as suas fichas todas no Vasco da Gama. Afinal, além de ter a base da seleção brasileira em seu plantel, ele vinha de três vitórias, duas por goleada, e o Palmeiras tinha sido derrotado pelos italianos. Uma goleada que ninguém esperava, e que custara até a posição do goleiro Oberdan Cattani – ele acabou “pagando o pato” e sendo sacado do time para a entrada de Fabio Crippa.

A derrota do Palmeiras  – sem três de seus jogadores titulares – para o Juventus (ITA) tinha sido um acidente de percurso, e boa parte dos torcedores brasileiros sabia disso – os palmeirenses, principalmente -, fora do Brasil, os que acompanhavam as notícias do Mundial de Clubes Campeões também conheciam a força do futebol do Palmeiras, no entanto, aqueles que passaram a achar que ficara fácil para o Vasco, que achavam que o Palmeiras iria se abater com a derrota, iriam se conscientizar mais à frente – dali a uns dias – de quanto estavam enganados.

Os dois maiores times do país, naquele início de década, iriam se enfrentar… e valendo uma vaga na final do primeiro Torneio Mundial de Clubes. Os brasileiros, que depois do mundial de seleções de 50, ficaram tão murchinhos em relação a futebol, começavam a soltar as amarras de seus corações…  sem que eles mesmos notassem, estavam eufóricos agora… entusiasmadíssimos  com a “nova Copa do Mundo”. Era esse mesmo o clima…

E seria um “prélio grandioso, envolvendo dois quadros categorizados, credenciados pelos títulos que ostentam. O Vasco, bi-campeão carioca e invicto na Copa Rio. O Palmeiras, Campeão Paulista. Herói do torneio Rio-São Paulo e agora com uma derrota no certame em que se acha empenhado” – Jornal dos Sports, 11/07/51  – a notícia não disse, mas o Palmeiras era também o bi-campeão da Taça Cidade de São Paulo. A disputa mexia com a paixão de todo um país… com a paixão de todos os torcedores do país… mexia com corações ainda machucados pelo que acontecera na Copa do Mundo…
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Seriam dois jogos entre as equipes, no que chamamos hoje em dia de “mata-mata”. O primeiro, no dia 11/07, às 21h00; o segundo, nos dias 14 e 15/07, às 15h00. Áustria e Juventus jogariam as suas partidas no Pacaembu para decidir uma das vagas à final – a segunda partida entre os dois seria no sábado (14/07). No entanto, as partidas semifinais que mais interessavam aos brasileiros seriam disputadas no Rio de Janeiro entre Vasco e Palmeiras, que jogariam a segunda partida no domingo (15/07). O Palmeiras até que tentara levar uma das partidas para São Paulo, mas não conseguira.

No entanto, para Juventus e Austria foi permitida a mudança de local de jogo na segunda partida entre eles. A notícia do jornal carioca dizia: “Juventus e Austria telegrafaram ao presidente Mario Pollo pleiteando realizarem, nesta capital, no sábado,  o seu segundo encontro semifinal pela “Copa Rio”. A Comissão Diretora reuniu-se para tratar do assunto e após entendimentos pelo telefone com a Federação Paulista e com os dirigentes dos dois clubes interessados ficou assentado que Austria e Juventus jogarão hoje, em São Paulo, como estava determinado pela tabela. No sábado, porém, os dois clubes virão jogar aqui, no Maracanã, à tarde, encerrando a luta semi-final do Torneio dos Campeões”

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Esses dois jogos entre Palmeiras e Vasco se tornariam a maior de todas as disputas entre Rio e São Paulo (o Rio-São Paulo era, na época, o maior torneio do país)… um dos dois times estaria na final do Mundial dos Campeões. Um dos dois times iria tentar buscar para o Brasil o que ele ainda não tinha conseguido conquistar, e que lhe escapara no trágico 16 de Julho do ano anterior… um título de campeão mundial. Que responsabilidade…

A Copa Rio, contrariando os pessimistas de plantão (sempre tem uns desses, em qualquer época), já era um sucesso, técnico e financeiro. E as rendas, como se fossem as rendas de uma Copa Jules Rimet, já não deixavam nenhuma possibilidade de prejuízo. Os torcedores já tinham se dado conta de que estavam diante de grandes equipes do futebol mundial. O Juventus, reabilitando a Azzurra, tornava-se a grande atração dessa fase da Copa, era o que dizia a publicação do Jornal dos Sports de 11/07/51- Êxito da “Copa Rio”- Vitória do football brasileiro.

E, na coluna de Vasco Rocha, no jornal “O Globo Sportivo”, edição 00649 (1),  de Julho de 1951 – onde um dos diretores era Roberto Marinho (ele ficaria bastante conhecido, anos depois, por ser o fundador e proprietário da Rede Globo) – falava-se também que os objetivos do “Torneio Mundial de clubes campeões” haviam sido alcançados, que  a primeira fase do torneio oferecera ao público espetáculos com muita semelhança daqueles de que foram pródigas as partidas da Copa do Mundo”.

 

E o Palmeiras chegava ao Rio de Janeiro para a semifinal, e chegava meio desacreditado aos olhos de muitos que davam como (quase)  certa a vitória do Vasco e também a sua classificação à final. No entanto, nem todo mundo achava que o Palmeiras já era “carta fora do baralho”.  Mario Julio Rodrigues, em sua coluna no Jornal dos Sports, avisava:

“Ontem chegou o Palmeiras. Aos olhos de muita gente com cara de concorrente desclassificado. Com cara de concorrente sem maiores pretensões. O Vasco, porém, que se precavenha, que entre em campo com a mesma energia com que tem entrado em todos os matches desta copa sensacional. O Palmeiras pode ter tido uma tarde negra, mas nem por isso deixa de se constituir em uma ameaça. Em uma grande ameaça, por sinal. Não foi por perder estrepitosamente para o Juventus que o Palmeiras deixou de ser uma grande equipe. Como não foi por ser goleado pelo Juventus que o Palmeiras deixou de ser o campeão paulista. O campeão paulista ou o campeão do Rio-São Paulo. Todos os magníficos “cracks” que lhe deram estas extraordinárias conquistas aí estão. E em plena forma. Nomes como Oberdan, Juvenal, Valdemar Fiume, Luiz Villa, Lima, Liminha e do fabuloso Jair dispensam qualquer comentário. O Palmeiras está na terra. E está na terra mais perigoso do que nunca. Porque nada como uma grande vitória para apagar uma grande derrota”.  – RODRIGUES, Mario Julio –  Êxito da “Copa Rio” –  Uma vitória do futebol brasileiro – Jornal dos Sports, 11/07/51.

Em sua coluna, publicada no Jornal dos Sports do mesmo dia 11/07, Vargas Neto também fazia um alerta e, entre outras coisas, avisava: “Cuidado com o Palmeiras, que ele anda mal intencionado. (…) Se alguém duvidar do que eu digo, que vá ao Maracanã e veja como vai jogar o Palmeiras contra o Vasco.” 

Sábias e proféticas palavras… Sabiam das coisas os dois. Não se pode subestimar nunca a força da camisa esmeraldina, a força dos que a vestem (ainda mais, quando seu elenco está recheado de craques, como era o caso no torneio mundial dos campeões)… não se pode subestimar aqueles que levam a paixão a campo… nós, palmeirenses, sabemos disso desde sempre, e, naquela época, os profissionais da imprensa já sabiam também.

Mas era semifinal do Mundial de Clubes Campeões… e não se falava em outra coisa no universo futebol. Aqui no Brasil a ansiedade era muita, e na Europa também. Fosse qual fosse o resultado nesses jogos, uma coisa era certa: um time brasileiro e um europeu decidiriam o primeiro Torneio Mundial de Clubes Campeões, e um deles conquistaria o cobiçadíssimo troféu, a “Copa Rio”. E quais seriam esses finalistas? Vasco ou Palmeiras? Áustria ou Juventus?

Os torcedores brasileiros estavam eufóricos, arriscavam palpites… Palmeiras e Vasco se mantinham confiantes, mas cada qual respeitando o adversário…

A imprensa foi ouvir os vascaínos a respeito do grande jogo. “O ambiente cruzmaltino, relatava o jornal, era magnífico. Os jogadores estavam bem dispostos e compenetrados da responsabilidade da missão”. Para o técnico Oto Glória, por exemplo, o Palmeiras em circunstância alguma deixou de ser aquele rival combativo e respeitável de sempre”.  Oto Glória reconhecia que o Vasco atravessava um período favorável, mas ele sabia, e dizia, que para superar o campeão paulista seria necessário prosseguir na luta, com a mesma elevação de sempre. O Vasco não poderia vacilar porque, um tropeço, naquela altura do campeonato, atrapalharia a brilhante campanha do time carioca. Danilo, Jorge, Barbosa, Augusto, Dejair, Maneca e todos os demais vascaínos concordavam com ele. Todos reconheciam as qualidades técnicas excepcionais do Palmeiras e sabiam que não poderiam economizar energias. Os vascaínos queriam a vitória e a manutenção da invencibilidade na competição.
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No lado palmeirense, a disposição era a mesma e todos estavam confiantes, e dispostos a darem o máximo de si mesmos… além do talento, ficava claro que a paixão, a fibra palestrina, também entraria em campo. Liminha dizia: “O Vasco é um grande adversário, mas não há de faltar espírito de luta para a vitória”. Juvenal concordava, e acrescentava: “O Vasco é sempre o Vasco. Em qualquer circunstância é um grande adversário, vamos porém dar o máximo para uma completa reabilitação”. Rodrigues, confiante, afirmava : “Com boa vontade tudo há de chegar favorável às cores do Palmeiras”… Luiz Villa, o magnífico “pivot” argentino do time de Parque Antártica, era mais discreto em seu comentário e afirmava: “o footbal é no campo e não se ganha com conversas”.

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O Vasco queria manter a invencibilidade, o Palmeiras queria a reabilitação… e as duas equipes, igualmente, queriam, muito,  a vaga na final do mundial… por isso, estavam todos empenhados em buscar a vitória…

Juventus e Austria também queriam muito a outra vaga na final… Mas o Juventus – que treinava no Parque Antártica – tinha uma baixa na equipe. Seu meia-esquerda, John Hansen, sofrera uma distensão no jogo contra o Palmeiras e estava afastado dos jogos do Torneio Mundial dos Campeões.

No dia 11 de Julho, às 21h00, e para a alegria dos muitos italianos que viviam em São Paulo, Juventus e Áustria se enfrentaram no Pacaembu pela primeira partida da semifinal. Segundo o Jornal dos Sports de 12/07/51, pág.1, […] “o público que compareceu ao Pacaembu teve a oportunidade de assistir a um espetáculo de excepcional brilhantismo no que diz respeito ao desempenho técnico dos quadros, durante o primeiro tempo e boa parte do período final”. […] “Se, por um lado, o Áustria tinha as suas linhas perfeitamente articuladas, com o excepcional e extraordinário centro médio Orcwick mandando o jogo, distribuindo e defendendo de forma precisa e eficiente, por outro, o Juventus mais vivo, mais rápido nas ações, mais decidido e disposto a proporcionar luta ao adversário”.

Por isso, o primeiro tempo foi mais ou menos equilibrado. O Áustria tinha melhor desempenho técnico, mas o Juventus se defendia muito bem e se utilizava de perigosos contra ataques. No primeiro tempo, aos 30′, após o lançamento de Aurednick, Koeller, com um chute forte, no canto esquerdo, abriu o placar para os austríacos; Muccinelli, com um chute indefensável, empatou aos 37′, mas Stojaspal colocou o Austria na frente outra vez aos 39′. Na segunda etapa, o Juventus voltou mais acertado e Praest empatou o jogo aos 4′. Aos 31′, Boniperti em boa jogada com Praest virou para o Juventus. No finalzinho, aos 44′, após falta cometida por Manente, o juiz marcou o pênalti para o Austria. E, então, aconteceu o que ninguém esperava…

Os jogadores italianos ficaram revoltados com a marcação e partiram pra cima do juiz brasileiro (o goleiro Viola chegou a dar um empurrão nele). E aí a confusão se instalou. Foi um custo para que os italianos deixassem o pênalti ser batido por Stojaspal. E depois da cobrança, bem sucedida, e do empate do Áustria no finalzinho de jogo, os italianos ficaram revoltados outra vez e cercaram o árbitro que por pouco não foi agredido (os austríacos se mantiveram afastados). Mas, então, aconteceu coisa pior…  Viola e Muccinelli agrediram um sub-delegado de polícia e foram levados para a Polícia Central onde ficaram detidos. Depois de algumas horas na Polícia Central,  das explicações dadas, e de muita tensão – o Juventus ameaçava até abandonar a “Copa Rio” (Jornal dos Sports, 12/07/51) -, eles acabariam sendo liberados. O empate do Áustria, que tirava a vitória, e a vantagem dos italianos na segunda partida, dificultando o caminho até a tão cobiçada vaga na final do mundial,  havia tirado os italianos do sério.

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ÁUSTRIA (AUS) 3 X 3 JUVENTUS (ITA)
Áustria
: Schweda; Oto Melchior e Josck; Fischer, Orcwick e Schleger; Ernst Melchior, Koeller, Huber, Ernst Stojaspal e Aurednick. Técnico: Heinrich “Wudi” Müller
Juventus: Giovanni Viola; Alberto Bertuccelli e Sergio Manente; Giacomo Mari, Carlo Parola e Piccinini; Ermes Muccinelli, Hansen, Giampiero Boniperti, Pasquale Vivolo e Karl Praest. Técnico: Jesse Carver
Árbitro: Alberto da Gama Malcher (Brasil)
Gols: Koeller (30′,1ºT), Stojaspal (39′,1ºT), Stojaspal (de pênalti, aos 42′, 2ºT) marcaram para o Áustria.
……….Muccinelli (37′,1ºT), Praest (4′,2ºT) e Boniperti (31′, 2ºT) marcaram para o Juventus

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No mesmo horário do jogo do Pacaembu, aconteceria o jogo que os brasileiros tanto esperavam. Palmeiras e Vasco se enfrentariam no Maracanã… os dois melhores times do país naquele ano de 1951… Uma expectativa imensa. O Vasco, a base da seleção, considerado favorito por muita gente, jogando em seus domínios, certamente estava mais tranquilo. O Palmeiras, que vinha de um resultado ruim, quando já estava classificado no grupo (jogara sem três de seus titulares), e passara a ser desacreditado quanto às chances de conquistar a vaga, tinha uma responsabilidade muito grande agora e a pressão estava com ele. Mas quem é Palmeiras sabe… a força da camisa esmeraldina e da gente que se veste com ela é inesgotável. E sem contar que o time do Palmeiras era bom demais –  pelo Rio-São Paulo, um pouco antes do Torneio Mundial começar, o Palmeiras, que acabaria sendo o campeão na ocasião, tinha batido o mesmo Vasco naquele mesmo Maracanã. E tendo ganhado os últimos quatro torneios que disputara, o time da camisa esmeralda, nesse mundial, ia em busca da sua quinta coroa.

E o Alviverde Imponente, tão imponente quanto a ocasião exigiu, cheio de talento e paixão, surpreendeu a todos os que duvidavam dele e bateu o Vasco da Gama… em pleno Maracanã. 2 x 1.  E com o agravante de ter tido duas perdas importantíssimas na partida, de ter precisado substituir Valdemar Fiume, que se lesionara, antes mesmo dos 20′ do primeiro tempo, e de ter ficado sem Aquiles, em boa parte da segunda etapa,  porque, depois de um choque com o goleiro Barbosa, uns minutos depois do gol de empate do Vasco, ele se lesionara gravemente e saíra de campo carregado.

O Vasco teve mais força ofensiva, no entanto, as suas investidas foram desorientadas, a maioria dos seus ataques não levaram real perigo ao gol de Fabio, e o Palmeiras, com ataques mais precisos, seguro na defesa, soube se impor no jogo. “O Palmeiras atacava pouco, porém era absolutamente mais objetivo. Cada ataque tinha a noção exata do perigo.  Isto porque a defesa do Vasco não exibia a segurança habitual”… “Salvador lutador  e incansável, Juvenal, mais clássico. Absolutamente mais consciencioso. Nunca abandonou a área”… “Magnífica a intermediária paulista, cabendo a Luiz Villa os méritos do principal valor”… “O arqueiro Fábio, não fosse o tento de Friaça, teria uma classificação excepcional”… “Dema reafirmou seu valor liquidando Tesourinha”… “dos pés de Jair partiram as jogadas mais perigosas”… “Rodrigues, embora pouco empenhado, deu grande trabalho à defensiva cruzmaltina” (Jornal dos Sports, 12/07/51 pág.6 – PALMEIRAS, 2 X 1).

O Palmeiras abriu o placar no Maracanã aos 24′ do primeiro tempo. Jair passou por Danilo e recebeu a falta de Eli, o próprio Jair cobrou a falta e tocou para Richard, o centroavante invadiu a área e chutou, abrindo o placar para o Palmeiras.  No segundo tempo, aos 40s, ataque do Vasco, posse de bola com Maneca que chutou muito forte, no ângulo. Fabio tentou defender, largou a bola, ela bateu na trave e entrou. Partida empatada. Aos 37′, Jair, de novo cobrando uma falta (os vascaínos fizeram muitas), acionou Liminha. O veloz jogador palmeirense avançou e, com um belo chute, que foi parar no fundo das redes de Barbosa, deu a sensacional vitória ao Palmeiras.

O Palmeiras venceu, estava muito feliz, mas uma sombra de tristeza e preocupação muito grande pairava sobre todos os palmeirenses.  Além de Valdemar Fiume ter saído lesionado no primeiro tempo, uns minutos após o empate do Vasco,  e depois de um choque com o goleiro Barbosa, o Palmeiras ganhara mais um, e muito sério, desfalque.  Aquiles saíra de campo seriamente contundido, e carregado – mais tarde seria confirmado que o jovem jogador do Palmeiras fraturara a tíbia (ele ficaria meses sem jogar). A família palmeirense ficou consternada.

 

 

O Vasco saiu reclamando de um impedimento de Richard no primeiro gol, o Palmeiras saiu reclamando da expulsão de Maneca que foi reconsiderada pelo juiz – ele expulsou o jogador do Vasco e, depois de uma conversa com Augusto, do time carioca, ele reconsiderou e voltou atrás…

O Palmeiras tinha ido ao Rio buscar a vaga e já saíra da primeira partida em vantagem. E tinha feito por merecer. A matéria do (carioca) Jornal dos Sports, do dia 12/07,  diria que o Vasco não esteve bem na partida, […] “produzindo pouco e com o agravante de procurar o jogo pesado nos momentos em que o adversário mostrava-se mais inspirado. Talvez enervados pela marcação severa da retaguarda palmeirense, os cruzmaltinos perderam inteiramente o controle”… “Tesourinha, inteiramente anulado por Dema, Friaça deixando-se dominar por Juvenal”… “Alfredo preocupou-se muito com a violência e deixou de ser o médio sereno e hábil dos outros prélios”…  “O Palmeiras ganhou com mérito. Foi mais quadro. Defendeu-se melhor. E teve a grande habilidade de se aproveitar das falhas do adversário para ganhar com justiça”“o onze do Palmeiras soube impor o seu valor, não se perturbando nunca com o maior volume ofensivo (do Vasco). Foi mais objetivo o conjunto palmeirense e daí a explicação lógica para a sensacional vitória colhida na noite de ontem”.

 

PALMEIRAS 2 X 1 VASCO DA GAMA
Palmeiras
: Fábio; Salvador e Juvenal; Valdemar Fiume, Luiz Villa e Dema; Liminha, Aquiles, Richard, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
Vasco da Gama: Barbosa; Augusto e Clarel; Eli, Danilo e Alfredo; Tesourinha, Ipojucan, Friaça, Maneca e Dejair. Técnico: Oto Glória
Árbitro: Mr. Craig (Inglaterra)
Renda: CR$ 901.520,00
Gols: Richard (24′, 1ºT), Maneca (40s, 2ºT) e Liminha (37′, 2ºT)

O Palmeiras saía na frente na disputa da vaga, ficava mais perto da final do mundial, mas os torcedores vascaínos não se davam por vencidos e continuavam confiando que o Vasco daria o troco ao Palmeiras no segundo jogo e que seria ele, Vasco da Gama, a ficar com a vaga na final…

Meu pai, à essa altura dos acontecimentos, certamente já deveria estar se preparando, com os amigos, para ir ao Rio de Janeiro ver a decisão do Mundial de Clubes… se o sangue que corre em minhas veias não me engana, ele tinha certeza  que o Palmeiras estaria lá…

Faltava uma partida… faltava um empate ao Palmeiras… a vaga na final do primeiro Torneio Mundial de Clubes Campeões estava ali, pertinho, quase ao alcance de verdes mãos… mas não seria fácil. O Vasco, que agora teria que vencer de qualquer maneira – era a sua única chance de classificação,  tinha um timaço também e certamente ia querer descontar o prejuízo. Faltavam só quatro dias para o próximo jogo, mas os corações brasileiros já batiam em ritmo de uma épica final…

A China, como sempre, e acenando com muitos milhões, estava de olho nele… mas não teve jeito, o Palmeiras, espertíssimo,  fez a melhor “contratação” da temporada.

Ontem (sábado), o anúncio foi feito, Dudu renovou seu contrato com o Palmeiras por mais 5 anos. Isso mesmo, renovou até 2023 – seu contrato anterior ia até 2022.

É ou não é a melhor “contratação” do ano? A que todos queríamos? Craque demais, 100% identificado com o Verdão, ídolo da torcida verde… seria muito difícil substituirmos Dudu caso ele saísse. Desde que chegou ao Palmeiras, em 2015, o Baixinho conquistou dois Campeonatos Brasileiros e uma Copa do Brasil. Fez 228 jogos pelo Verdão e marcou 55 gols, deu 54 assistências, driblou adversários até não querer mais (certamente é o que mais botinadas levou deles também). É o artilheiro do Palmeiras nesse século, é o maior goleador do Palmeiras na história do Brasileiro de pontos corridos, tendo marcado 32 gols nos quatro Brasileirões que disputou pelo clube. No Allianz Parque, Dudu é o atleta com o maior número de jogos, o maior número de vitórias, é ele também quem mais fez gols, mais deu assistências… é um jogador que representa o torcedor em campo e o que mais encantou a torcida nos últimos anos. Seria mesmo um prejuízo enorme ficarmos sem Duduzinho.

E a nossa “nova contratação” declarou: “Estou muito feliz. Sempre disse que me sinto em casa no Palmeiras e que minha família aprendeu a amar esse clube. Hoje é mais um dia marcante pra mim. Sou um cara privilegiado e muito honrado em poder representar o maior campeão do Brasil”.

Mandou um recadinho para os parmeras também: “Aos palmeirenses, queria agradecer por todo esse carinho que vocês têm comigo e com a minha família. Podem ter certeza que seguirei me dedicando de corpo e alma e continuarei representando cada um de vocês em campo”.

Que venham novos gols, novas assistências, dribles e títulos, Duduzinho! E, se depender de nós, torcedores, você se aposentará no Palmeiras.

Ah, grazadeus!

Às vezes, você ganha o seu dia, a sua semana… com um gesto, uma atitude…

Ontem, domingo, jogando pela Copinha o Palmeiras venceu o Galvez-AC e se classificou para a quarta fase da competição. Depois do jogo, em uma entrevista, um verdadeiro apelo emocionado, do técnico adversário, Oziel Moreira, tomamos conhecimento das dificuldades do clube acreano para poder voltar pra casa:

– Nós viemos na raça, sem apoio de ninguém. Não temos passagem para voltar ainda. Tínhamos 20 passagens para voltar, só que cancelaram, e (agora) só temos direito a 30%… Queria pedir desculpas para o povo do Acre por não conseguir levar o time para a quarta fase.

Imaginando que seriam eliminados na primeira fase, as passagens  – de ônibus (47 horas de viagem) – para que eles voltassem para o Acre já haviam sido compradas antecipadamente pela diretoria. Mas os garotos do Galvez acabaram sendo uma das surpresas da competição, o time avançou ao mata-mata e conseguiu ir até a terceira fase depois de vencer a Desportiva-ES, por 1 x 0. E, então, eles enfrentaram o Palmeiras e acabaram sendo eliminados. E porque eles precisaram ficar em São Paulo mais tempo do que o previsto, as passagens precisaram ser canceladas, mas apenas  30% do valor gasto com elas lhes foi reembolsado.

E essa era só mais uma das dificuldades enfrentadas pelo Galvez para participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior… O time já tinha vindo para o torneio com menos atletas, um surto de caxumba deixou 5 jogadores sem condição de participar do torneio. Além disso, por falta de recursos, a comissão técnica só contava com dois membros: o técnico Oziel Moreira e o preparador físico Marco Aurélio. Quando o Galvez já estava aqui, em São Paulo, na sede de Capivari – a mesma do Palmeiras -, eles passariam a ser quatro. O clube acabou se acertando com um médico para reforçar a delegação,  e  um parente de um dos jogadores topou trabalhar com a comissão para ajudar também.

Vida dura a de alguns clubes, né? Vida dura a do garoto que tem um sonho a realizar e precisa superar tantas dificuldades…

Mas é como dizem… às vezes, uma porta se fecha e algumas janelas se abrem… na mesma noite da entrevista, o Palmeiras, comovido com as dificuldades do pessoal do time do Galvez, resolveu ajudá-los. Se prontificou a custear as passagens de avião para o retorno da delegação acreana, convidou os rapazes e a comissão técnica para visitar o Allianz Parque e a Academia de Futebol, deu a eles bolas e chuteiras de presente… e o que era incerteza, apreensão, inquietação virou leveza, sorrisos, alegria…  O Palmeiras, ao se solidarizar com o time do Acre, aliviou o nosso coração, que tinha ficado tão apertado de tristeza depois daquela entrevista, e nos encheu de alegria e orgulho. Alegria, pelos acreanos, e orgulho imenso do nosso clube.

Eu não esperava outra coisa… O Palmeiras sendo Palmeiras.

E teve jantar, ontem mesmo, da nossa comissão técnica  com a comissão técnica do Galvez…

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Teve visita ao Allianz Parque hoje…

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Teve visita ao Centro de Excelência da Academia de Futebol… com recepção feita pelo acreano Weverton, nosso goleiro, que fez questão de registrar o momento e publicar a foto em seu Instagram com um recadinho para a rapaziada…
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Pelas declarações dos garotos, dá para percebermos o quanto eles ficaram felizes…

“Nunca imaginei um dia estar aqui, e hoje estou segurando a camisa do Felipe Melo. É uma oportunidade única, que quero aproveitar bastante”, disse o volante Neto, de 19 anos, enquanto tirava fotos com um uniforme do Pitbull nos vestiários.

“A gente batalha muito, e lógico que todos querem chegar no topo do futebol. E a gente viu hoje a dimensão do que é o Palmeiras. Agora, todos nós sonhamos ainda mais em chegar ao topo, que é um clube como esse”, declarou Luan, 19 anos, e que também é volante.

Tem que sonhar mesmo garotada,  sonhar muito, e batalhar pra realizar esse sonho!

Boa viagem de volta pra casa, rapazes! Levem um abraço nosso para o povo do Acre, e um abraço especial para os inúmeros palmeirenses que lá estão. Que Deus encha os seus caminhos de luz e muito futebol!!

Obrigada, Palmeiras, pela atitude linda, solidária, que fez feliz os acreanos,  que fez um bem tão grande para todos nós, palmeirenses… nos encheu de alegria e nos fez entender, profundamente, o significado de “grandeza”.

Ano novo… vida nova… camisa nova…

Já sabíamos, desde o ano passado, que o fornecedor de material esportivo do Palmeiras passaria a ser a Puma, em substituição à Adidas. Sabíamos que, a partir de 1º de Janeiro de 2019, entraria em vigor esse novo contrato com a empresa alemã – que vai render ao clube R$ 22,5 milhões por ano – e que os novos uniformes seriam lançados.

Estávamos bem ansiosos para conhecer as novas camisas (as imagens dos novos modelos não vazaram desta vez)… E tão logo 2019 abriu seus olhos, a Puma e o Palmeiras já nos brindavam com o vídeo de lançamento dos uniformes palmeirenses para a nova temporada e cujo tema é “Verde é a cor da inveja”. Vídeo maravilhoso, aliás, que tem muito a ver com a nossa história de luta, de superar desafios, de não desistir nunca, de sentir muito orgulho da nossa história, de mostrar que, para nós, o verde sempre foi a cor da esperança e, eu diria, do amor. Para nós, palestrinos, verde é a cor do maior amor do mundo. No entanto, e o vídeo retrata isso de maneira bastante verdadeira, o verde, para boa parte dos que não são palmeirenses, é motivo de muita inveja (mais do que o habitual) hoje em dia… é esse o sentimento de muitos em relação ao Palmeiras, tão protagonista, de agora.

Pode parecer presunção dizer que o “verde é a cor da inveja”, mas é exatamente o que acontece  – a Fifa já tinha dito isso quando cumprimentou o Palmeiras no aniversário do Primeiro Mundial de Clubes. Basta observarmos como agem muitos por aí, até mesmo na imprensa, desde que o Palmeiras, com muito trabalho sério, profissional e transparente – trabalho que muito dirigente por aí não quer implantar em seu clube -, voltou a ser o Alviverde Imponente, mais imponente ainda.

Tentam diminuir o Palmeiras, as suas conquistas (em número mesmo), tentam desmerecer as suas contratações, e tudo que a ele se relaciona para que seus times pareçam maiores do que são. É assim mesmo que a inveja funciona, quem não tem, não quer que o outro tenha.

E nem disfarçam mais… “O Allianz é isso, é aquilo”… “a torcida só enche o estádio por causa “disso” e “daquilo” (pra eles, nunca é pelo Palmeiras)… “o patrocinador é mecenas, faz favor ao clube”, “se o patrocinador sair, o Palmeiras acaba” (esquecem que enquanto tem time por aí que deve até marmita, o patrocínio do Palmeiras representa menos de 15% do total de suas receitas, que atingiu os 600 milhões, e que, sem ele, sobra muito dinheiro ainda. Esquecem também que tem clube que faz planejamento de 399 milhões para o ano, contando com os 200 milhões recebidos da TV)… “o Palmeiras contrata demais, isso vai estragar o ambiente, rachar o elenco”… “tem que ter fair-play financeiro” (fingem não saber que fair-play financeiro significa não gastar mais do que se arrecada)… e depois dos dois últimos brasileiros conquistados, e da soberania nacional ainda mais consolidada por parte do Palmeiras, agora decacampeão brasileiro, eles passam a contestar as conquistas do Palmeiras – é o passatempo principal de muitos,  a maneira como eles se confortam e driblam o peso da inveja que andam sentindo – querem apagar, na marra, as conquistas de uma época de ouro do futebol brasileiro, só porque os times deles, nessa época, eram meros coadjuvantes no cenário nacional e não conseguiam ganhar nada, e também porque, claro, não conseguem ultrapassar o Palmeiras no número de conquistas… É inveja sim,  por mais polidos que pretendamos ser, não tem outro nome para darmos a isso.

A Puma chegou chegando… confeccionou camisas lindas, clássicas, sem muita invenção em relação aos modelos, do jeito que a maioria da torcida gosta e queria… A Puma chegou ciente de como funcionam as coisas por aqui, e de que o Palmeiras, com profissionalismo e modernidade, caminha para um futuro ainda mais promissor e campeão. E, como patrocinador exclusivo do Verdão (a empresa não patrocinará mais nenhum outro clube no Brasil), ela abraçou a causa, teve percepção, teve empatia e entendeu, já de cara, o que representa o Palmeiras para a sua torcida, para os rivais, o que representa ser palmeirense…

A campanha de lançamento da nova camisa chacoalhou os alicerces dos que andam morrendo de inveja do verde. E a maioria deles vestiu a carapuça…

Logo veremos as nossas novas camisas em campo – a partir de amanhã já poderemos comprá-las também. A garotada da Base, que ganhou muitos títulos em 2018,  já vai de camisa nova para a Copinha; o time principal já começa a treinar com o novo material esportivo também, e vai estrear no Paulistão devidamente uniformizado pela Puma.

Que a nova temporada  seja muito feliz para o Palmeiras, para os palmeirenses, para a Puma, e que as nossas novas e lindas camisas se tornem camisas campeãs nesse 2019.

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Um muito feliz 2019, amigo palestrino! Que todas aquelas coisas boas que desejamos para o novo ano aconteçam primeiro dentro de cada um de nós, em nossos corações… e que possamos compartilhá-lhas, incontáveis vezes ,durante o novo ano.

Que a magia do deca mantenha o nosso espírito elevado e em paz.

FELIZ 2019, SEUS LINDOS!! 🎉🎊🍾🌟🐷😘 #2019ÉAnoDoPorco