“A honestidade é elogiada por todos, mas morre de frio” – Juvenal

De nada adianta termos o VAR – PARA CORRIGIR OS ERROS MAIS GRAVES QUE, PORVENTURA, AS ARBITRAGENS TENHAM DEIXADO PASSAR – se as pessoas envolvidas nisso, as que são responsáveis pela utilização do recurso, não estiverem interessadas mesmo em corrigir os erros.

Oficialmente (e no Brasil adoram o não oficial), o VAR  é para ser utilizado em quatro situações:

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Mas não é o que temos visto acontecer… Tem toque de mão que o VAR vê, e avisa ao árbitro, tem toque de mão (claro) que o VAR não vê (por que será?)… Tem lance em que o comentarista da TV, que não pode comentar antes que o VAR veja as imagens, comenta antes e macula a decisão… Tem lance que é interpretativo, e o VAR não pode atuar, mas ele atua e até convence o árbitro a mudar de ideia, como aconteceu no pênalti, claro, sofrido por Dudu na semifinal do Paulistão, quando o VAR “pesou” a carga sofrida pelo jogador e fez o árbitro mudar de ideia…  Alguns gols legítimos, por exemplo, que o árbitro de campo invalida, não têm a interferência do VAR… Tipo o de Dudu, do Palmeiras, contra o Botafogo, quando foi marcado um impedimento, que não existiu, mas o VAR não foi usado…

No Brasil, tem sempre uma interpretação distorcida (conveniente para as mutretas de alguns), das regras da Fifa. Como se não tivéssemos assistido à Copa do Mundo e não tivéssemos visto as situações todas de uso do VAR, como se não acompanhássemos os jogos na Europa… É preciso ser muito tapado para aceitar/engolir as picaretagens que fazem por aqui.

No jogo do Palmeiras contra o Botafogo, pela 6ª rodada do Brasileirão – quando um gol legítimo do Palmeiras foi anulado -, num outro lance, de ataque do Palmeiras, Deyverson, tentando disputar uma bola com o goleiro, caiu na área, saiu reclamando de ter sido pisado no tornozelo, mas o árbitro, como não tinha visto a pisada, não assinalou a falta e ainda deu amarelo para o palmeirense. No entanto, Deyverson tinha tido o seu tornozelo deslealmente pisado por Gabriel sim. O VAR avisou o árbitro, ele consultou as imagens, retirou o cartão dado para o jogador palmeirense e marcou a penalidade máxima, corrigindo um grande erro que ia passar batido. O Palmeiras cobrou, guardou, e ganhou o jogo por 1 x 0.

O Botafogo, pequeno como ele só,  e sabe-se lá por quais outros interesses, entrou como uma ação no STJD para anular o jogo (mesmo correndo o risco de apanhar de mais se tiver que jogar de novo)… e o STJD, fazendo de conta que não sabe que partidas não são anuladas pelos motivos alegados pelo Botafogo (a quem que o clube carioca serve nesse caso, hein?), não só vai julgar, como ficou enrolando para fazê-lo, adiou e, agora, amanhã (18/06), assim, em meio à Copa América  e Copa do Mundo de Futebol Feminino, sem ser muito notado, sem que a imprensa dê grande relevo à coisa, julgará o caso… lá na Bahia. Um time de São Paulo, outro do Rio, e o julgamento foi levado para a Bahia. Parece que a intenção dessa presepada toda é só querer  tirar 3 pontos do líder Palmeiras, que está folgado na tabela.

O clube carioca argumenta que a regra 5 da Fifa não permite a alteração da decisão do árbitro após o reinício de jogo. Mas, se o árbitro não viu nada errado na hora, por qual motivo o jogo não continuaria? É pra isso que existe o VAR agora, para que ele veja o que o árbitro não viu, para que corrija os erros importantes cometidos pelas arbitragens, ainda que sem querer, na partida. E o juiz só vai saber disso depois que o VAR o avisar. Mesmo porque o usual na comunicação é que o VAR acione o árbitro, o contrário não é usual, e só acontece quando o árbitro tem uma dúvida.

Esse “não pode usar o VAR depois que o jogo continuou, que o goleiro cobrou tiro de meta… blá blá blá” é uma variação distorcida tupiniquim. Afinal, como é que vimos isso acontecer várias vezes sem que partidas fossem anuladas?

E, bem mais recentemente…

E nenhuma dessas partidas foram anuladas…

O objetivo do uso do VAR é corrigir os erros cometidos em lances importantes, e não há sentido em ficar caçando desculpas, querendo achar outros caminhos, para que os erros sejam mantidos. Se Deyverson foi pisado, sofreu pênalti, e o árbitro não viu, nada é maior e nem mais importante do que a correção (marcação do pênalti) feita pelo VAR. Querer anular essa correção, anulando uma partida… é trambique.

Vamos ver o que fará o STJD. Se for agir corretamente mesmo, não só vai manter o que foi estabelecido na partida, como também vai checar o outro gol palmeirense, cujo impedimento foi mandrake e ficou por isso mesmo.

Vai ser uma vergonha, uma grande picaretagem, se o tribunal se prestar à esse tipo de coisa. Vamos observar…

De qualquer maneira, com mutreta ou não do tribunal… #SegueMeuPAL

Sábado foi dia de Palmeiras x Inter, no Allianz, pela 3ª rodada do Brasileirão 2019. E jogos entre essas duas equipes nunca são muito fáceis. Na maioria das vezes, os placares são apertados, sem muita vantagem para um ou outro. Em Brasileirões, no confronto entre os dois, o time gaúcho tem maior número de vitórias. No entanto, de 2015 pra cá, foram 4 vitórias do Palmeiras, todas por 1 x 0, 2 empates (0 x 0 e 1 x 1) e uma vitória do Inter por 1 x 0, que aconteceu em 2015. 

Para o Palmeiras, além de seguir brigando nas duas primeiras posições na tabela, o jogo valia um algo mais… Sem perder no Brasileirão desde julho de 2018, há 25 jogos, o Palmeiras de Felipão, com mais uma vitória, igualaria um recorde do próprio Palmeiras na história do campeonato brasileiro: 26 jogos de invencibilidade. Marca conseguida pela Segunda Academia, entre as edições de 1972 e 1973, anos em que o timaço palmeirense, onde jogavam Ademir da Guia, Dudu e Leivinha, foi campeão.

E lá fui eu, lá fomos nós para o Allianz Parque (de coração e alma, todos os palestrinos vão ao Allianz, em todos os jogos)…

O jogo entre os dois é sempre pegado, cheio de faltas, tenso… e não foi diferente dessa vez. 

Felipão tinha armado o time com Zé Rafael na esquerda, Dudu na direita, Scarpa pelo meio e Deyverson como referência. E o Verdão foi pra cima desde o apito inicial. 

Scarpa cobrou falta, a bola bateu na barreira e saiu em escanteio… Dudu cobrou o escanteio, a zaga colocou pra fora. Outro escanteio… Dudu cobrou na primeira trave, de novo, Deyverson deu uma casquinha e o jogador do Inter tirou em cima da linha… Marcos Rocha cobrou lateral lá na área e quase Dudu marcou de cabeça. A bola foi pra fora… Blitz palmeirense pra cima do Inter.

Guerrero tava todo nervosinho… muito bem marcado pelo Pitbull, quis tirar satisfação com ele depois de uma disputa de bola pelo alto. Alta tensão em campo, desde o início…

Aos 13′, Dudu cobrou um escanteio no primeiro pau,  Deyverson subiu sozinho, deu uma casquinha e guardou no fundo da rede do Inter. Jogo tenso, difícil, que costuma ter placar apertado e o Palmeiras já saía na frente? M-A-R-A-V-I-L-H-A! O Allianz explodiu de alegria  no grito de quase 32 mil pessoas (cientes de que o time, desde a chegada de Felipão, ainda não tinha tomado nenhuma virada de placar)!

Depois disso, estava na cara, o Palmeiras, em vantagem, ia “deixar” o Inter jogar, ou melhor, ia deixar o Inter achar que estava jogando.

Guerrero, o nervosinho (não se sentia muito confortável no bolso do Pitbull), deu um safanão em Dudu, que o marcava, e partiu pra cima do Baixinho quando ele estava caído, o Pitbull foi lá, outros jogadores do Inter e do Palmeiras também foram, teve um princípio de confusão e sobrou amarelo para Guerrero (ficou barato pra ele) e Felipe Melo.

Resultado de imagem para Palmeiras 1 x 0 Internacional Brasileirão 2019

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O tempo estava quente no gramado… empurrões, discussões, entradas duras. O Inter ficava mais com a bola, mas não levava perigo algum, ao contrário do Palmeiras que era bem mais perigoso. Weverton estava tranquilo. As bolas aéreas do Inter eram todas interceptadas pelo Palmeiras. Felipe Melo jogava um bolão… sem deixar Guerrero sair do seu bolso. 

O Palmeiras já tinha tido mais três chances quando o Inter, (só) aos 30′, fez o Weverton trabalhar. Um chute forte de Nico López, que acabou desviando e obrigou nosso goleiro a fazer uma grande defesa. O primeiro sustinho do jogo para os palmeirenses. E só levaríamos mais um susto no primeiro tempo, aos 40′. Uma bola alçada na nossa área, Weverton não conseguiu dar um soco nela (achei que ele sofreu falta que o juiz não marcou) e Diogo Barbosa afastou.

O Inter não queria ir para  intervalo no prejuízo e tentava apertar o Palmeiras no final, mas os defensores palmeirenses estavam ligadíssimos e não passava nada ali. 

Veio a segunda etapa e a dinâmica de jogo era a mesma, o Inter, que tinha sacado Nico López e colocado Parede no jogo, tinha mais posse de bola, mas não levava perigo ao Palmeiras – porque o Palmeiras não deixava, claro -, já o fono da casa, jogando no contra-ataque era bem mais perigoso.

A cada vez que Guerrero, sumido no jogo, se aventurava a dar uma escapadinha do bolso do Pitbull, aparecia um Luan para estragar a festa dele… aparecia um Gustavo Gómez…  O Inter, que já tinha colocado D’Alessandro no lugar de Sarrafiore – e deu uma melhorada depois disso -, parecia empenhadíssimo em não deixar o Palmeiras trocar muitos passes e, mesmo assim, por pouco não tomou o segundo. Dudu  cruzou na medida, Bruno Henrique, vindo de trás, apareceu no meio da área e cabeceou forte pro gol, pra baixo… e o goleiro, maledeto, salvou no susto (eu quase gritei gol na hora). 

Hyoran veio para o lugar de Zé Rafael. O Inter fazia muitas faltas, tentava atacar, aproveitar a qualidade de D’Alessandro, mas a bola não passava. Felipão chamou Moisés  para o lugar de Scarpa… Dudu tocou para Bruno Henrique, ele encheu o pé, mas o goleiro ficou com ela… Moisés fez bela jogada, tocou para Dudu na direita, ele avançou, mas cruzou errado e o goleiro pegou… 

A torcida cantava forte, jogava com o time…

Ataque do Palmeiras, Deyverson chuta, fica com o rebote, toca para Hyoran e fica caído porque o jogador do Inter, levantou demais o pé e o acertou. O juiz nada marcou…

O Inter tirou um volante e colocou Sóbis, um atacante em campo,  Felipão sacou o atacante Dudu e chamou o meia Raphael Veiga… O Inter tentava colocar pressão, mas não levava perigo mesmo; o Palmeiras, forte, consciente, focado, se fechava na defesa e não deixava o Inter fazer nada…

Podíamos ter feito o segundo… Veiga recebeu uma bola linda de Hyoran, esperou os companheiros chegarem e cruzou… Hyoran chegou tentando finalizar, mas a bola escapou dele…. um minutinho depois, aos 42′, Deyverson roubou uma bola, ela sobrou livre para Hyoran, com gol sem goleiro e só dois zagueiros embaixo da trave, mas ele chutou pra fora…

Apesar da posse de bola maior do Inter, quem mais levou perigo ao adversário foi o Verdão. O Inter, de verdade, não conseguiu assustar o Palmeiras. Felipe Melo, aos 40 e tantos minutos do segundo tempo, desarmava loucamente (com o Guerrero no bolso), como se fosse na primeira etapa…

O jogo foi até os 49′,  e terminou 1 x 0 para o Verdão. Apesar da choradeira de Guerrero depois, reclamando de arbitragem, e do técnico ‘cholorado’ achando que ter mais posse de bola (e não levar perigo ao adversário)  vale três pontos… os números do jogo não mentem: Finalizações Palmeiras 13 x 8 Inter  /  Chances reais de gol: Palmeiras 7 x 1 Inter. Nem precisa falar mais nada… Imagina se o Palmeiras tivesse tido mais posse de bola?

Verdão segue bem no Brasileiro… e agora é Libertadores, Palmeiras x San Lorenzo brigando pela liderança do grupo.

Booooora pro Allianz, parmerada! Se o Palmeiras vai jogar, nós vamos!!

 

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência” – Santo Agostinho

Eu já não tinha gostado muito quando li que o Palmeiras ia com time todo reserva para o jogo contra o CSA. Misto, ok, mas todo reserva? Num campeonato de pontos corridos, uma vitória diante de um time mais fraco vale os mesmos 3 pontos que uma vitória diante de um time forte.

Felipão não tem que fazer as coisas como eu e os demais torcedores achamos que elas devem ser feitas, sei bem disso, no entanto, não concordo, e não acho bom levar um time todo reserva para o jogo, sem ter ao menos uns três “ases” na manga (no banco), caso seja necessário. E, na quarta, fez falta não termos uns trunfos para colocar em campo e sairmos de lá com 3 pontos.

Jogo sem transmissão da TV, e o jeito foi voltarmos à antiga prática de acompanhar o jogo no rádio. Fico com a emoção do rádio se é para estar ao lado do Palmeiras nessa queda de braço com a Goebbels. Sem contar que pagar PPV para, num lance importante, um pênalti legítimo não marcado para o meu time, por exemplo, ouvir o narrador dizer apenas: ‘Seeeegue o jogo’, não é legal). A Transamérica enviou profissionais para o estádio Rei Pelé, em Maceió, e fez uma ótima transmissão – segundo os seus profissionais, a audiência da rádio, que já era muito boa, teve um aumento de 400%. A TV Palmeiras Play e a Web Rádio Verdão narraram o jogo também e tiveram grande audiência.

Mas, no jogo, o Palmeiras deixou a desejar. Abriu o placar logo aos 8′, com um senhor gol de Raphael Veiga. Hyoran fez uma bela jogada, cruzou na medida (na marca do pênalti) para Raphael Veiga pegar de primeira (a bola nem caiu no chão) e marcar um golaço. E a parmerada, “assistindo” no rádio, fechava os olhos e “via” o lindo gol de Veiga…

E até uns  20, 25 minutos, o Verdão deu pinta de que ia pra cima, ia buscar o segundo, ia sair com. Mesmo sem poder assistir, pelo que ouvíamos no rádio, o Palmeiras tentava deixar o adversário acuado, pressionava a saída de bola… parecia querer liquidar a partida… E teve chances pra isso.

Com Hyoran, que recebeu de Moisés e bateu colocado, mas o goleiro Jordi fez grande defesa; teve chance no lançamento lindo de Lucas Lima para Deyverson, que dominou e tocou pro lateral Victor Luís, que não conseguiu ficar com a bola;  teve chance quando Moisés cobrou lateral lá na área e o jogador do CSA, tentando tirar de cabeça quase marcou contra; Deyverson também teve uma quase chance quando sobrou uma bola na área, ele pegou mal nela e o goleiro fez a defesa…

Não aproveitamos as (poucas) chances e nem criamos outras…

Não sei se faltou inspiração, se usaram a estratégia errada (de estar ganhando e, por isso mesmo, “sentar no resultado” esperando o segundo gol cair do céu)… mas, depois da metade do primeiro tempo, a coisa começou a perder força… Muitas trocas de passes da defesa pro meio, poucos passes no ataque… parecia que o Palmeiras “cozinhava” o jogo. E, sabemos muito  bem, o time, mesmo reserva, pode mais do que isso.

O CSA, que chegou à série A depois de três acessos consecutivos (estava na série D em 2016), por mais que seja considerado pela maioria como o mais fraco dos participantes do Brasileiro 2019, não é bobo. Se o Palmeiras não o assustava – como deveria assustar -, se o futebol do Palmeiras não fluía, como deveria fluir, era óbvio que o CSA não desistiria… jogava em casa, era o franco atirador diante do campeão brasileiro.

Era grande o número de palmeirenses no estádio. Precisaram até abrir um espaço, fechado para a torcida no início do jogo, para ser ocupado pelos palestrinos.

Na segunda etapa, a pegada não estava como a gente queria, mas algumas poucas chances aconteciam… Mayke cruzou uma bola pra Deyverson, ele tentou de cabeça, mas o goleiro fez uma grande defesa;  Deyverson cruzou para Hyoran, ele tentou de bicicleta e quase fez um golaço, mas o goleiro fez a defesa,  Lucas Lima lançou Hyoran na esquerda, ele fez uma jogada individual, chutou no meio do gol e o goleiro defendeu… Era pouco, esperávamos bem mais…

Acho que, assim como os torcedores palmeirenses, o time pensou que acharia o segundo gol, para matar a partida, a qualquer momento… mas 1 x 0 é um placar perigoso. Quando um time tem vantagem no placar e  não “morde” o adversário, não o desestabiliza, não o deixa preocupado, nervoso… qualquer bobeada que esse time dê, pode ser um prejuízo para quem imagina que a partida já está resolvida…

E foi o que aconteceu… O Palmeiras acabara de colocar Carlos Eduardo em lugar de Veiga, que sentira dores, quando, aos 17′, o CSA cobrou um escanteio e mandou a bola lá na área, o Palmeiras (Victor Luís, no caso) bobeou na marcação, falhou, o meia Matheus Sávio (CSA) tentou chutar pro gol, a bola explodiu em Deyverson e voltou para o adversário. Ele dominou e guardou. Jaílson nada pôde fazer…

Espantosamente, e graças a uma vacilada da defesa, o Palmeiras sofrera o empate. E aí tinha que correr atrás do prejuízo… e no banco só tinha os reservas dos reservas. Mas tinha um reserva que todos gostaríamos de ver jogar: Arthur Cabral.

Felipão, não sei porque, nunca dá chances a ele. Arthur, na última vez que jogou, saiu do banco, jogou bem, fez um gol, impediu que o Palmeiras fosse derrotado pelo Novorizontino, e não tem chances agora.  E na quarta-feira, mesmo com o time todo reserva diante do CSA, mesmo com Deyverson inofensivo em campo há algumas partidas,  Arthur Cabral continiou invisível para o técnico…

Com o gol, o CSA ficou mais desenvolto, começou a ir ao ataque… pelo alto. Do lado do Palmeiras, nada dava certo. Ora Carlos Eduardo tentava encobrir o goleiro, quando poderia cruzar… ora Deyverson tentava puxar contra-ataque, mas atrasava para Thiago Santos… ora Hyoran (que depois cederia lugar para Felipe Pires) era lançado na entrada da área, mas acabava desarmado… ora Jordi, o goleiro do CSA, aparecia pra dar um chutão… Triste.

Quase 35′, e o CSA fechado na defesa… Lucas Lima cobrou falta, com perigo, assustou o goleiro e a torcida da casa, mas foi só tiro de meta. E a gente, no ‘radinho’, só imaginando como e onde teria passado a bola… só passando nervoso com aqueles lances que nem foram perigosos mesmo, mas no rádio parecem que foram perigosíssimos…

Felipão sacou Moisés e chamou o estreante Matheus Fernandes… Em campo, as poucas chances que tínhamos acabavam desperdiçadas… O Palmeiras ia pro ataque, mas a forte marcação do CSA o continha (e cadê o Scarpa e o Dudu no banco, serem chamados e resolverem a coisa, Felipão?).

Para nosso desgosto, aos 46′, Lucas Lima cruza para Deyverson, mas o centroavante não alcança a bola e ela sai pela linha de fundo… que pecado! Poderia ter sido a virada…

Aos 48′, o árbitro apitou o final. E deixamos dois pontos em Maceió.

‘Ah, mas para jogo fora de casa é  um resultado normal’, dirão alguns… É sim, eu sei, mas com todo o respeito ao time de Alagoas, contra o CSA não é normal não o empate…

Ficamos todos aborrecidos, e não foi pra menos… de bobeira, por causa dessa ideia de ir com time todo reserva, porque vacilamos na defesa, e em algumas finalizações, acabamos trazendo só um pontinho na bagagem. Tomara não nos façam falta lá na frente… Ano retrasado, com Cuca, fizemos a mesma bobagem na segunda rodada, e perdemos para a Chape. Os pontos nos fizeram falta depois. Ano passado, porém, demos uma vacilada parecida, mas, depois disso, deu tudo muito certo e fomos campeões.

O campeonato está só começando… a caminhada é longa,  booora fazer dar  tudo certo de novo, Verdão, e vamos buscar o hendeca!

Domingo de Palmeiras x Fortaleza… Jogo da festa de abertura do Brasileirão 2019…

Uma data duplamente histórica…  Sem acordo com a Rede Globo para transmissão dos jogos do Palmeiras no PPV e na TV aberta – o clube não aceita receber menos do que os clubes para os quais a rgt paga as maiores cotas de TV, e está certíssimo nisso -, a transmissão seria no canal TNT.

E a audiência do canal acabaria sendo um sucesso com o Palmeiras, como constataríamos depois. 4,79 pontos, quase o dobro da audiência que obteve o SporTV no mesmo horário. Pra você ter uma ideia, para que possamos avaliar, foi maior do que a audiência – histórica para a Fox – da exclusiva partida entre Flamengo x San Jose (BOL) pela Libertadores 2019, que rendeu 4,33 pontos ao canal. Maior do que o recorde de audiência batido pelo SporTV na primeira fase da Copa do Mundo da Rússia, na partida entre Brasil x Sérvia. Na ocasião, o SporTV comemorou o maior número já registrado pela emissora em jogos de Copas… 4,36 pontos.  O recorde da emissora, até agora, pertence ao jogo Juventus x Ajax, pelas quartas de final da Liga dos Campeões 2019.

Percebeu como esses 4,79 pontos do Palmeiras na TNT foram muito significativos? Quebram aquele papo furado de que o Palmeiras dá menos audiência.

E tinha um extra, também histórico, nessa partida. Pela primeira vez, um clube teria transmissão de um jogo seu em seu próprio canal… sim, a transmissão estava disponível na TV Palmeiras Play para todos os associados do Avanti. O futuro acontecendo no presente…

Chovia um bocado antes do jogo… trânsito caótico (imagina se não?)… um monte de localidades sem energia elétrica…  Primeiro jogo do brasileirão (de 38 rodadas) e, ainda assim, 26.701 pessoas estavam no Allianz. A parmerada não larga o time de jeito nenhum. Embora não chova na arena, os ambulantes faziam a festa vendendo capas de chuva para as muitas pessoas que iam pelas ruas… eu era uma delas. A água não parava de cair do céu…

Antes do jogo, teve a festa de abertura do Brasileirão. O Allianz se iluminou diferente, teve show do palestriníssimo Di Ferrero, que cantou o Hino Nacional também… teve a dupla Ademir da Guia e Dudu apresentando a taça…

E teve um Palmeiras arrasador em campo. Pra combinar com a chuva que caía sem parar, o Palmeiras nos proporcionou uma chuva de gols. Numa partidaça de Zé Rafael – do time todo -, o Verdão goleou o Fortaleza e ainda ficou barata a fatura.

O Palmeiras, que, na quinta-feira, pela Libertadores, já tinha voado na altitude de Arequipa e goleado o Melgar, veio praticamente com o mesmo time e, mesmo com o campo pesado, apresentava a mesma pegada do outro jogo. Não dando bola nenhuma pra chuva, fez valer o seu favoritismo e foi pra cima do Fortaleza (11 jogos de invencibilidade, seis partidas sem levar gol), comandado pelo nosso “estimado” (é verdade esse ‘bilete’) Rogério Ceni.

Sofreu uma baixa, preocupante, logo no início do jogo, aos seis minutos, quando Goulart sentiu dores no joelho (o mesmo joelho que ele já tinha operado antes de vir para o Verdão) e foi substituído por Zé Rafael – e o Zé acabaria sendo o nome do jogo.

O Palmeiras balançou as redes logo depois da substituição. Bruno Henrique chutou forte pro gol, o goleiro deu rebote e Dudu guardou. O árbitro marcou impedimento no lance, o VAR revisou, e a anulação foi mantida.

O Palmeiras tinha uma postura bastante ofensiva e, aos 16′, Diogo Barbosa cruzou rasteiro, Zé Rafael dominou e já bateu, seco, no canto esquerdo do goleiro. E saiu feito louco comemorando o seu primeiro gol com a camisa do Verdão.

A torcida, feliz da vida, cantava alto… O adversário, parecendo (mais) nervoso depois do gol sofrido, mesmo com quatro atacantes, não oferecia perigo ao Verdão. E o Palmeiras ia pra cima…

A sorte do Fortaleza era Felipe Alves, o seu goleiro (não fosse ele, teria sido uma sacola de gols). Defendeu um chute de primeira de Dudu;  deu  sorte no lance em que Scarpa recebeu na área, cortou a marcação, cruzou pra trás e Zé Rafael chegou rasgando, mas, por uns centímetros, passou da bola; saiu do jeito que podia para tirar uma bola que chegaria em Scarpa, lançado por trás da zaga. E isso no primeiro tempo… O juiz também ajudou o Leão. Dudu  recebeu a falta, mas levantou e continuou correndo em direção ao gol, o árbitro, parou o jogo para marcar a falta, vê se pode…  Beneficiou o infrator e prejudicou quem sofreu a falta… Imagina se isso aconteceria se fosse o adversário levando vantagem e disparando em direção ao gol?

No segundo tempo, antes de o relógio marcar um minuto de jogo, o goleiro adversário já teve que trabalhar e espalmar uma cabeçada forte de Deyverson .  No instante seguinte, Deyverson pega uma sobra, cruza pra área e o zagueiro adversário, tentando tirar, por pouco não faz contra…

O Palmeiras já mostrava que repetiria o primeiro tempo e iria pra cima do Fortaleza. A postura do Palmeiras em campo, os volantes que não deixavam passar nada, e o trio Dudu, Scarpa e Zé Rafael, que faziam o jogo do Palmeiras fluir bastante, faziam a diferença entre os times saltar aos olhos de todos. O Palmeiras era muito superior, pressionava a defesa adversária e o goleiro do Fortaleza trabalhava bastante.

Dudu passou “facinho” na marcação e cruzou rasteiro. A bola correu toda a pequena área e não apareceu ninguém… que pecado. Dudu avançou na direita, Carlinhos veio na marcação, Dudu parou, passou por ele e foi derrubado… o árbitro marcou a falta mas não deu o segundo amarelo pra ele…

Tava na cara que o segundo do Palmeiras logo iria sair… e saiu mesmo. Aos 13′, Bruno Henrique recebeu na direita, inverteu pro Zé Rafael, e ele cruzou rasteiro, com a bola pedindo: “Me chuta”, para o Marcos Rocha guardar.  Ah, Verdão, seu lindo!

A coisa estava tão palestrinamente boa, que o Allianz comemorou até o cartão amarelo que o “muy estimado” (é verdade esse bilete) Rogério Ceni levou.

Dudu recebeu a bola na direita, cortou para o meio e encheu o pé… ia fazer um golaço, daqueles, digno de Rogério Ceni levar no Allianz, mas Felipe Alves, pulou, se esticou todo e conseguiu espalmar…  Mas que goleiro “mizerávi”.

O Weverton estava sossegadão na partida,  mas estava ligado… Falha do Palmeiras, Osvaldo, na área, ali pertinho do nosso goleiro, chutou (pensei até que tomaríamos o gol), Weverton defendeu; no rebote, curtinho, com a Osvaldo chutou de novo, Wevertão da Massa defendeu outra vez. Aplausos para o nosso goleiro!

Scarpa foi lançado na área o jogador adversário se enroscou com ele (eu achei que Scarpa tinha sido derrubado), o juiz conversou com o VAR sobre o lance e só marcou lateral para o Palmeiras. Marcos Rocha cobrou lá pra área, Duduzinho desviou na primeira trave e quem apareceu na segunda, pra guardar o terceiro do Palmeiras? Ele mesmo, o nome do jogo… Zé Rafael! Dois gols e uma assistência… como fizera Scarpa na outra partida. Nem parecia que a maioria dos nossos jogadores em campo tinha atuado na altitude de Arequipa, três dias antes.

Felipão sacou Scarpa e colocou Lucas Lima, minutos depois depois chamou Hyoran pro lugar de Dudu. O Palmeiras continuou buscando… O relógio marcava 45’… a torcida queria porque queria mais um (por que será? rsrs)…  Marcos Rocha avançou na linha de fundo,  Hyoran não conseguiu acertar o tempo da bola e ela sobrou para Bruno Henrique chutar colocado no canto do goleiro. Fatura liquidada… Palmeiras 4 x 0 Fortaleza…  e ficou barato, muito barato.

E encharcados pela chuva… de gols, de bom futebol e de audiência… os palmeirenses foram pra casa… felizes da vida.

Agora é em Alagoas (de time reserva :/), e vamos ficar no radinho… sem problemas!

#EstamosFechadosComOVerdão

O ano está acabando… vai esvaziando os seus dias… E nós, palmeirenses, estamos plenos, cheios de alegria pelo decacampeonato que conquistamos há menos de um mês, e que revivemos todos os dias…

Mas não conquistamos o décimo brasileirão (só) na partida contra o Vasco, quando a matemática carimbou nosso título. Não. Ele foi conquistado em todas as rodadas, em todos os dias, todos os momentos… desde que Felipão chegou ao time. Mais afável, mais tranquilo e flexível, transformando em energia, em combustível valioso, e muita sabedoria, as águas turvas de outros tempos, Felipão desenhou o deca desde que chegou ao Palmeiras – faço aqui um ‘mea culpa’ porque, sem levar em conta que, como um bom vinho, Felipão estaria ainda melhor agora, eu não queria a sua contratação… não achava que ele pudesse trazer algo novo (tolinha)…

O homem chegou e, sabendo aproveitar o excelente elenco que tinha nas mãos, fez o que nenhum outro tinha pensado em fazer antes… montou dois times, fez com que todos se sentissem importantes, fechou a “casinha” (a tranquilidade em campo começou a vir a partir do momento que paramos de tomar gols bestas) e conseguiu ir bem em todas as competições. Ao contrário do que vimos acontecer ano passado, Felipão procurou valorizar e estimular cada um de seus jogadores, o elenco todo… Abraçou o time e o time o abraçou… a torcida entrou no abraço… e o que se viu foi um Palmeiras gigante, deliciosamente protagonista. A Família Palmeiras, com sobrenome Scolari outra vez, estava mesmo de volta, para alegria de muitos e para a surpresa de outros.

“Ainn, o Palmeiras jogou feio”, disseram as bocas localizadas nas proximidades de cotovelos doentes, doloridos…

Mas não é o gol o momento mais bonito do futebol? O momento pelo qual anseiam todos os times quando entram em campo, e com o qual sonham todos os torcedores? Não são esses gols, e as jogadas que terminam em gols que trazem o encantamento ao esporte?  Pois os gols, e todas as jogadas que os desenharam, foram nossos… por 64 vezes nesse Brasileirão… nenhum outro clube marcou tantos gols, produziu tanta beleza como o Palmeiras. Nenhum outro clube sofreu menos gols do que o Palmeiras (26)…

E não são as vitórias o objetivo de todos os times que disputam um jogo? Não é pensando nisso que alguns jogadores se benzem, beijam medalhas, apontam os céus, pisam primeiro com o pé direito… ao entrar em campo?  Pois elas foram nossas também, por 23 vezes, em 38 partidas disputadas – 80 pontos conquistados -, nenhum outro clube venceu tanto… e nenhum outro clube perdeu tão pouco também… Em 37 partidas do Brasileirão 2018, o Palmeiras sofreu 4 derrotas, nenhuma sob o comando de Felipão, que levou o Palmeiras à melhor série invicta de toda a história dos pontos corridos: 23 jogos sem perder (o segundo turno inteirinho e mais um pouco).

E não podemos esquecer as torcidas… não são elas que, enlouquecidas de alegria e em demonstrações escancaradas de  tórrida paixão,  mostradas à exaustão nas imagens de jornais e TV, que fazem o esporte ser mais do que apenas e tão somente futebol? Pois nenhuma outra torcida foi tão e tantas vezes feliz quando a torcida palestrina…

Foi lindo sim! E lindo demais! Foram deliciosas as vitórias, maravilhosos os gols (teve cada golaço) e as jogadas, foram sensacionais as defesas… foram lindas as comemorações, os abraços, os aplausos, as rezas, as lágrimas de alegria…

E brilharam todos, cada um à sua maneira, em oportunidades diferentes, com tarefas diferentes, em lances diferentes – poucas vezes vimos um time nosso tão maduro, tão consciente em campo…. Esse deca tem a contribuição de todos. Uma vitória exuberante num dia, uma vitória mais apertada no outro, três pontos aqui, um pontinho ali, um adversário “sem conseguir balançar as nossas redes” acolá… e construímos o deca. Cada um contribuiu com alguma coisa em campo… e na arquibancada também… e sobrou raça, muita vontade, sobrou o “saber conduzir uma partida”…

Conquistamos o deca em altíssimo estilo, com sobras, com números maravilhosos, com time unido, focado, consciente, com alma,  honra, amor… com orgulho.

Não montaríamos a nossa “árvore de Natal decacampeã” sem os ‘enfeites’ todos que os nossos jogadores colocaram nela… sem os craques, sem os “operários”, sem os gols, as defesas, os carrinhos, os desarmes, as faltas, os bate-bocas em campo, as encaradas no adversário, as piscadinhas, as comemorações com a torcida…

Mas ter visto os jogadores usando os seus talentos ao máximo (nosso craque, Dudu, por exemplo, o melhor jogador do campeonato, arrasou nas partidas)… o time ter se portado como se portou,  ter se motivado como se motivou, ter acreditado como acreditou, ter esbanjado confiança como esbanjou, ter virado uma família como virou… não foi na sorte… Vermos (por várias vezes) um jogador substituído vibrar feito louco, de verdade, com o gol do cara que entrara no lugar dele, não foi por acaso… tudo isso teve uma assinatura… nossa maravilhosa árvore de Natal teve um “designer” responsável pela sua idealização e montagem… ele aproveitou todo o elenco que tinha à disposição, respeitou e valorizou cada profissional… e o time jogou o que jogou pra ele, por causa dele, e é justo que se diga:

Não teríamos conseguido nada disso, sem você, Felipão. Um ‘decaobrigado’ a você!! (Eu te devia essa, viu?)

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…………………………………………..Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão Felipão e Dudu

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“E di dirti tranquillamente, de dirtelo finalmente, che ti amo e che di amarti non smetterò mai…” – Lucio Dalla

 

Que sensação maravilhosa é essa leveza pós título…  ainda estou saboreando e revivendo a tarde de domingo…

Depois de alguns amargos anos em que uma classificação para a Libertadores era o máximo que algumas administrações palestrinas nos permitiam sonhar, lá estava eu a caminho da festa do título do Palmeiras… O terceiro título nacional em quatro anos, o segundo Brasileirão conquistado em 3 temporadas… a décima conquista de campeonato brasileiro (chegamos nos dois dígitos) na gloriosa e vencedora história do Palmeiras.

Decacampeão… e parece que foi ontem mesmo que começamos a nos acostumar a falar em eneacampeonato.

Quando cheguei na Estação Palmeiras-Barra Funda, já parecia que eu entrava em outro mundo… o meu mundo. Camisas do Palmeiras, de todos os modelos, alegres, vaidosas, festivas, ansiosas, apressadas, com faixas de campeão, eram vistas pra todo lado… Muitos ambulantes vendiam faixas de decacampeão de todos os tipos e modelos. Parei para escolher uma e, eram tantos vendedores disputando a cliente,  que, mesmo sem pedir desconto algum, eu comprei a minha pela metade do preço.

Bandeiras, bonés, chaveiros, placas, camisas, faixas, cavalinhos vestidos com camisas do time e faixas de campeão permeavam o caminho… Palmeiras pra onde quer que se olhasse, e o nome Palmeiras sendo ouvido a cada vez que algum deles gritava oferecendo a sua mercadoria: Boné do Palmeiras! Cavalinho do Palmeiras! Que sensação maravilhosa trazia aquele “caos” no caminho.

Céu encoberto, uma tarde quente, meio abafada… Um “formigueiro” na rua, uma enormidade de gente, que vinha de todos os lados se dirigindo ao Allianz Parque… Aquelas pessoas todas, vestidas de verde e branco, que transitavam de maneira desordenada pelas ruas e calçadas,  iam para a mesma festa…  e com o mesmo sentimento no coração…

Quando cheguei na Matarazzo, a minha emoção resolveu espiar o movimento, e era com olhos marejados e um grande nó na garganta que eu caminhava por ali, observando os reflexos dessa nova conquista do Palmeiras, observando tudo o que eu pudesse pra guardar na memória e no coração… os óculos escuros escondiam as lágrimas que eu tentava segurar. Quanta gente indo para o mesmo lugar, quanta alegria nos rostos, quantos sorrisos, quantos olhos brilhantes, cheios de vida, e que sorriam também… o ar rescendia a felicidade, a amor… as pessoas pareciam estar ainda mais vivas. O Palmeiras já tinha conquistado o título na rodada anterior, e agora, na última partida do campeonato, ia encontrar a sua torcida em casa, ia receber a taça de campeão e o amor da sua gente… e a torcida estava louca para se encontrar com ele.  Não, não é só futebol…  É algo maior,  que nos move,  nos une, eleva e nos transporta para uma dimensão diferente, como se uma porta se abrisse para um mundo totalmente verde, com cheiro e gosto de paixão.

A festa já começava ali mesmo, na rua. A parmerada estava numa alegria só… Encontrei os amigos, ganhei uma garrafinha de cerveja e, apesar de não costumar beber, aceitei a cerveja gelada, brindamos o momento, bebemos, jogamos alguma conversa fora, rimos bastante, abraçamos o amigo que ia pra outro setor e entramos… E, claro, compramos o copo comemorativo do Palmeiras Campeão Brasileiro 2018.  “P-a-l-m-e-i-r-a-s  C-a-m-p-e-ã-o” era o delicioso som que se repetia, inúmeras vezes, dentro da minha cabeça…

Última rodada do campeonato… Eu imaginava que os dois times, por motivos muito diferentes, claro, deveriam jogar meio na ressaca. O Palmeiras chegava na partida campeão, de dever cumprido, e já fizera até uma grande festa para comemorar o título, devia estar literalmente de ressaca… o seu adversário, em compensação, chegava já rebaixado no campeonato, naquela ressaca de tristeza… De qualquer forma, era o melhor ataque da competição, contra a pior defesa.

Allianz Parque lotado (quebra de recorde na arena), transbordando felicidade… Torcedores de cabelos verdes, barbas verdes, de máscara de porco, nariz de porco, chapéus de porco, de perucas verdes, unhas e bocas verdes,  envoltos em bandeiras… todo mundo se enfeitara de alguma maneira para a ocasião tão especial… Os jogadores palmeirenses se aqueciam no gramado quando algumas faixas verdes e brancas  começaram a descer lá do anel superior… a arena também se enfeitava para a festa. E foi nesse momento que os primeiros gritos de “É campeão” começaram a ecoar forte no Allianz… aí, não deu pra não chorar…


Times em campo, Palmeiras festejado, aplaudido… o hino, arrepiante, à nossa moda… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras”… Tínhamos total compreensão de que estávamos dentro de um sonho… real.

Como não poderia deixar de ser, o jogo era todo nosso, mas não era tão pegado… o Palmeiras tinha mais posse de bola e procurava mais o gol – fez algumas jogadas tão lindas – , e o Vitória tratava de se defender e tentava atacar o Palmeiras com chutes de longe. Nós queríamos só comemorar, e, por isso, queríamos o gol pra incendiar a festa – o time também queria – e ele não saía. A torcida cantava feliz… com a leveza de ser dez vezes campeã brasileira.

E então, já no finalzinho do primeiro tempo, Lucas Lima fez boa jogada pela direita e tocou para Bruno Henrique chutar de fora da área. A zaga desviou e a bola sobrou para Duduzinho na esquerda. O craque do Palmeiras e do campeonato gingou na frente de seus marcadores e, com a mesma precisão de um passe que tivesse sido feito com as mãos,  levantou a bola na área, na medida, para Edu Dracena (sua segunda tentativa de gol na partida), saltar, cabecear pra baixo e estufar as redes do Vitória. O Allianz explodiu no som de mais de 41 mil vozes. Abraços campeões eram distribuídos nas arquibancadas…  que alegria! Era o gol de número dois mil do Palmeiras na história do Campeonato Brasileiro. E o Dracenão da Massa que o assinou.

No segundo tempo, Felipão voltou com Deyverson – de cabelo verde – no lugar de Borja. E o time do Palmeiras parecia ter voltado com mais pegada. Nos primeiros minutos, Dudu (que craque ele é. #FicaDuduzinho) quase marcou o segundo num chute colocado. Minutos depois, Deyverson deu uma caneta linda no jogador do Vitória, foi atingido na sequência, dentro da área, mas deu um “duplo twist carpado no vácuo” bem mandrake ao ser atingido e o árbitro nada marcou. No entanto, com a encenação (totalmente desnecessária) ou não de Deyverson, o árbitro tinha que marcar a falta que ele sofreu.

Mas nem precisamos esperar muito pra ver a rede baiana balançar pela segunda vez. Depois de uma cobrança de falta que parecia ensaiada, Dudu tocou para Scarpa, que chutou de pé esquerdo e guardou o segundo do Verdão. Na hora, tive a impressão que o goleiro falhara, mas a bola tinha dado uma desviadinha no meio do caminho. Era só festa no Allianz.

E porque o título já tinha sido conquistado na partida anterior, porque o Palmeiras vencia o Vitória por 2 x 0, porque o segundo tempo já estava na metade, o time deu uma relaxada, diminuiu o ritmo, deu espaço para o adversário. Antonio Carlos fez uma falta, fora da área e o árbitro marcou pênalti (adivinha quem era o árbitro? Ele mesmo, Heber Roberto Lopes, aquele, que nos garfou na reta final do BRA 2017. Nos garfava de novo, e no segundo lance importante, em pleno jogo de entrega da taça). O Vitória cobrou e guardou. Nem cinco minutos depois, aproveitando que o Palmeiras ainda parecia meio relaxado, sem intensidade, Luan (Vit) recebeu na entrada da área, fez a jogada individual e chutou forte. Weverton nada pôde fazer.

A partida estava empatada, e a torcida palmeirense continuava comemorando o título do Brasileirão… Nada nos abalava naquela tarde… nosso Palmeiras era decacampeão. Nossos dias, desde a rodada anterior, quando o título fora conquistado diante do Vasco, eram de festa, de coração em paz, de alma levinha, levinha… mas, claro, queríamos vencer sim.

Felipão, que já tinha colocado Moisés – de cabelo verde também – no lugar de Scarpa,  sacou Lucas Lima e colocou Guerra em campo. O jogo ia chegando ao fim… Foi então que Bruno Henrique resolveu que não podia ter água no nosso chopp. Num contra-ataque do Verdão, ele recebeu de Guerra e, de fora da área e de primeira, mandou uma bomba pro fundo da rede do Vitória. Um golaço! E a festa no chiqueiro pegou fogo! Minutos depois, o jogo acabou. O Campeão Brasileiro 2018 conquistava mais uma vitória, na última partida do ano.

“É Campeão”… “É Campeão”… gritava o Allianz Parque…  E o sonho, real,  tomou ares de fantasia… Os nomes de todos os jogadores do elenco eram gritados… de Felipão também… Fogos explodiam em volta do teto do Allianz, o céu se enchia de “nuvens”coloridas, de luzes coloridas… nada mais parecia real… como crianças, ficávamos olhando tudo aquilo, encantados. No campo, nossos heróis comemoravam muito, faziam muitas fotos, e também viviam um sonho… era difícil saber qual deles estava mais feliz. Tinha gente que chorava, tinha gente que não conseguia parar de sorrir, muita gente gritava, batia no peito… Eles e nós… nós e eles… e todos sabíamos os caminhos que tínhamos percorrido para chegarmos até ali.

Nossos heróis iam recebendo as suas medalhas – o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro, convidado do Palmeiras para assistir ao jogo, era um dos que colocavam a sonhada medalha no pescoço dos jogadores… e, então, finalmente, o capitão Bruno Henrique levantou o tão cobiçado troféu…  o ar se encheu de papel verde picado… os pedacinhos de papel voavam por toda a arena… a visão era linda ali… fogos explodiam no céu, nosso coração explodia de amor… a festa dos jogadores era enorme no campo, todos queriam segurar a taça de campeão, todos queriam extravasar a alegria daquele momento, daquele primeiro Brasileirão na carreira de alguns de nossos atletas… os jogadores davam a volta olímpica, Felipão dava a sua volta por cima… o presidente Galiotte, dando a volta no campo também, cumprimentava os torcedores… a torcida, orgulhosa, louca de felicidade pelo decacampeonato, dava uma volta no paraíso… o Allianz se tornara surreal… nosso mundo estava todo ali… o Palmeiras, nosso amor pra toda vida, exercia o seu imenso poder de nos fazer esquecer de todo o resto lá fora…  poderíamos viver pra sempre dentro naquele momento…

E nada no mundo poderia ser melhor… Palmeiras, dez vezes Campeão Brasileiro! Que lindo, Palmeiras! Que lindo!

E que venha o próximo!

 

Pronto! Acabou a espera, acabou a ansiedade, os “periquitos” voando no estômago… acabaram as contas, os adversários nos secando… as notícias venenosas… acabaram as rezas, as promessas, o “vestir a camisa da sorte”… Dois anos depois de termos conquistado o enea, ganhamos mais um brasileirão! O Palmeiras é, pela décima vez, campeão brasileiro!! Sim, o nosso tão esperado decacampeonato brasileiro chegou… e consolidou ainda mais o Palmeiras como o  #MA10RDOBRASIL.

É CAMPEÃO, PARMERADA! VAMOS COMEMORAR!!

Agora, é o momento do coração explodir de alegria, de extravasarmos… de curtirmos essa maravilha de campanha que o Palmeiras fez no Brasileirão… é hora de saborearmos as delícias de mais um título – legítimo – que conquistamos… de revermos os lances, as partidas, as defesas, os gols, as declarações dos jogadores, a festa da parmerada pelo país e pelo mundo… hora de festejarmos, muito, nossos craques, nossos guerreiros, de revivermos as façanhas de Duduzinho (o melhor jogador do Brasil) e Cia…

É hora de parabenizarmos Felipão pela sua maravilhosa volta por cima… é hora de o agradecermos pela união do grupo, pela maturidade, pelos dois times que ele montou (só ele teve essa sacada)… Hora de agradecermos ao comandante e aos comandados pela melhor defesa do campeonato, pelo melhor ataque, a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos, pelo maior número de vitórias e o menor número de derrotas, pela maior sequencia de vitórias em casa,  pelo Palmeiras melhor mandante, melhor visitante… pela campanha tão tranquila no maior campeonato do país…

É hora de agradecermos a Deus por sermos Palmeiras e pela felicidade que estamos sentindo… é hora da alegria maior de todas,  hora das lágrimas de felicidade… da emoção que não cabe no peito… hora do orgulho imenso que sentimos pelo nosso time… hora de amigos, de abraços, de cerveja gelada, de vinho, de pizza e de muitas risadas… de Rua Palestra Italia lotada… de planos para a última e tão festiva partida, que acontecerá daqui a uma semana…

Mas é hora também de reconhecermos que foi tranquilo, que, no fundo, todos sabíamos, até mesmo os mais desesperados de nós, os que enxergam um furacão num mero balançar de bandeiras e reclamam como loucos por qualquer coisinha errada, por qualquer lateral perdido, passe errado, cruzamento que não deu certo… os palmeirenses todos sabiam… ESSE TÍTULO ERA DO PALMEIRAS, ERA NOSSO, E NÃO ERA DE HOJE, NÉ?

PARABÉNS, PALMEIRAS! Sua família, orgulhosa, feliz e emocionada, te abraça!! O Brasil é verde!! #QuemTemMaisTem10 

(Amanhã, eu escreverei sobre o jogo, sobre a nossa campanha… tá?)

“I was born to love you with every single beat of my heart…” 🎶 – Freddie Mercury

Que eu amo o Palmeiras em qualquer situação, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza…todo mundo sabe… Mas quando ele faz bonito, e sobra, num campeonato longo como o Brasileirão, campeonato que já está no finalzinho, aí o coração não cabe no peito de jeito nenhum…

35 jogos… 71 pontos conquistados… 20 vitórias… 11 empates… 4 derrotas… Melhor ataque da competição (56 gols marcados)… Melhor defesa (24 gols sofridos)… Melhor saldo de gols (32)… 5 pontos à frente do segundo colocado,  6 à frente do segundo… 20 jogos invicto – a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos – e faltando apenas três rodadas. Esse é o meu (nosso) Palmeiras… que depende só dele mesmo para conquistar o decampeonato.

Isso mesmo. Se o Palmeiras continuar no ritmo nas últimas quatro rodadas da competição, ele conquistará o seu décimo campeonato brasileiro. Uma coleção de campeonatos limpinhos, limpinhos… legítimos.

Temos três “match points” a contar de hoje, três chances de colocarmos mais uma taça em nossa Sala de Troféus. Já os adversários, que também têm chances ainda, precisam ganhar as suas partidas e torcer por tropeços do Palmeiras… No entanto, se considerarmos as últimas três partidas dos três clubes que disputam o título, o Flamengo só conseguiu diminuir 1 ponto da diferença entre eles, o Inter, por sua vez, permaneceu com a mesma diferença.

É impossível que, nós, palmeirenses, fiquemos indiferentes aos números, que fiquemos indiferentes a esse momento, não é mesmo? Que nos mantenhamos com os dois pés no chão.  É impossível não “ouvirmos” que o deca está, sim, batendo à nossa porta…

A tarefa da torcida palestrina, nessas três partidas que faltam, é apoiar, cantar muito, torcer muito, rezar, aplaudir… é fazer do Allianz Parque hoje um caldeirão fervente… Nossa missão é “entramos em campo”, de alma e coração, jogarmos com o nosso time, e, com muito boas possibilidades, levarmos o Palmeiras na direção de mais um título.

No entanto, dependendo dos resultados da rodada, o Verdão pode ser campeão hoje mesmo. Já pensou? Hoje pode vir a ser  o dia de escrevermos mais uma página linda da história do maior campeão do Brasil… Tomara. Mas são três batalhas que teremos pela frente, três “match points”… Temos que fazer a nossa parte, com calma, jogando sério,  com muita luta, sabendo que ninguém ganha antes do apito final; temos que aproveitar as nossas três oportunidades, conscientes de que só dependemos de nós.

Está chegando a hora da sua volta por cima, Felipão! Tá chegando a hora de sermos muito felizes juntos, de novo!

O “deca” está batendo aí na porta, Verdão! Abre a porta pra ele!! #RaçaPorco

 

 

 

 

 

13 jogos do Palmeiras, no Brasileiro, nessa nova era Felipão… 10 vitórias e 3 empates (antes de sua chegada, o Palmeiras, comandado por Wesley Carvalho, tinha vencido o Paraná, o que dá ao time 14 jogos de invencibilidade)… 20 gols marcados, 3 gols sofridos… melhor defesa do campeonato (são 18 gols no total), segundo melhor ataque (45 gols no total), melhor saldo de gols (27), melhor campanha do segundo turno, com 86,6% de aproveitamento (67,8% no geral)… líder do campeonato, mesmo com os muitos prejuízos ocasionados ao time de Big Phill pelas arbitragens – tem “erro” do apito contra o Palmeiras um jogo sim e outro também…

Se na semana anterior, em 3 jogos importantes, o Palmeiras tinha assumido a liderança do Brasileiro ao vencer o Cruzeiro, conquistado a vaga na semifinal da Libertadores ao vencer o Colo Colo, e quebrado o tal tabu de 16 anos sem vitórias no Panetone fazendo 2 x 0 nos leonores… agora, faltava enfrentar o Grêmio, faltava o confronto entre os dois melhores times do país no momento e dois dos melhores times da Libertadores, e para apimentar ainda mais, a imprensinha jura que o time gaúcho tem o futebol “mais bonito” e que “é o mais forte dos que disputam o título” ( já tínhamos ganhado lá no sul)…

E esse jogão justo no dia do meu aniversário… E claro que fui ao Pacaembu  buscar o meu “presente”… o melhor presente de todos.

Cheguei em cima da hora. Antes de subir as escadas do setor verde das arquibancadas a torcida já gritava os nomes dos jogadores: “Dioooogo Barboooosa”!! Meus amigos estavam lá em cima, e parei duas vezes no meio da subida para me virar para o campo e aplaudir e gritar: “Wiiiiiillian Bigooode” e para homenagear meu ídolo baixinho e craque demais: “Duduuuuu, guerreeeeiro”…

Ainda que eu pareça meio convencida ao dizer, estava tranquila em relação ao jogo, mas esperava mais dificuldade por parte do Grêmio. A minha confiança no meu time não vem (apenas) da minha vontade de ver o Palmeiras campeão, ela foi conquistada pela campanha que esse time faz, pela arrumada que Felipão deu nas coisas, pelas observações que faço das comemorações de gols do Palmeiras – não são comemorações pró-forma, são comemorações genuínas, calorosas, cheias de alegria, de um elenco que tá unido pra c……., do “scolarismo” implantado nos vestiários palestrinos. Minha confiança cresce diante dos números, principalmente o de gols tomados; Felipão deu jeito na defesa, fez o time mais seguro, e é claro que se a defesa dá segurança, o resto do time pode jogar mais tranquilo e fazer melhor o que sabe.

E é isso… como um predador que estuda a sua presa, o Palmeiras, em campo, sempre me dá a impressão que sabe exatamente o que está fazendo. Não importa que a “presa” pareça que vai escapar, que tenha mais posse de bola,  quando ela menos esperar – e nós torcedores também – o porco predador dará o bote.

E ontem não foi diferente… Com um misto de jogadores dos chamados time A (que joga a Libertadores) e time B (que joga o Brasileiro), o Palmeiras fez um grande jogo. Começou com um ritmo forte, usando velocidade e lançamentos para agredir o Grêmio, e os gaúchos, tocando mais a bola, tentavam, em vão, achar espaços em nossa defesa. Mas a defesa/os defensores do time de Felipão andam numa fase…  Prass nem sujou a camisa.

Assim que o jogo se iniciou, Dudu já sofreu a primeira falta, um “desenho” do quanto tentariam segurar o baixinho no jogo. Mas ele estava impossível… Depois de algumas investidas do Palmeiras, que parecia até deixar a bola com o Grêmio e aproveitava a velocidade de seus atacantes para contra-atacar e pressionar o adversário, Dudu desceu em velocidade pela direita, recebeu e cruzou na área, Deyverson e Bressan foram pra bola, o atacante, esperto, se esticando todo, tentou chutar, o defensor tentou defender, os dois tocaram na bola, e ela foi pro fundo das redes do Grêmio…  portanto, gol do Menino Maluquinho!!!

O Allianz explodiu no grito de gol, que festa! Deyverson saiu comemorando e – vi depois – oferecendo o gol para o Nickollas, o parmerinha que tem deficiência visual – mesmo não enxergando, ele vai ao estádio para sentir o jogo e a sua mãe narra todos os lances pra ele.

Um gol logo no comecinho… O banco do Palmeiras foi à loucura! E quando o Palmeiras consegue marcar logo no começo, a gente já sabe… ele vai poder controlar a partida mais facilmente, e o adversário vai ter poucas chances de chegar com muito perigo ao nosso gol. E uns minutinhos depois de abrir o placar, quase o Palmeiras fez outro com Diogo Barbosa; o goleiro gaúcho teve que fazer uma baita defesa pra se safar.

Mas imagina se a arbitragem já não ia dar o ar da graça? 15 minutos de jogo e o Grêmio cometeu pênalti. Geromel puxou e derrubou Luan na área. No mesmo tempo em que isso acontecia, outro gremista tentava segurar Gustavo Gomez e o puxava pela camisa. Ricardo Marques Ribeiro, o árbitro, nada marcou…

……………………….

O Palmeiras, fechadinho – e nem por isso deixava de ser mais perigoso – dominava o jogo. Com o passar do tempo o Grêmio, em desvantagem, tentava chegar (cometia muitas faltas duras também), mas foi o Palmeiras, de novo, quem quase marcou numa jogada de tirar o nosso fôlego na bancada. Deyverson lançou Duduzinho, o baixinho, num carrinho, tirou Marcelo Oliveira da jogada, levantou, girou (a gente nem respirava e nem piscava também) e  quando pensávamos que ele ia chutar a gol, tocou para trás, no meio, onde estava Bruno Henrique que encheu o pé e mandou pro gol… o goleiro já tinha ido, mas o jogador gremista, na linha de gol, conseguiu tirar…

O Palmeiras dava um trabalhão para a defesa do Grêmio… e o Grêmio, que cobrou seu primeiro escanteio só no finalzinho do primeiro tempo, não deu trabalho para o Palmeiras na primeira etapa, mesmo porque nossos zagueiros… cremdeuspai… estão jogando um bolão. Gustavo Gomez e Luan estavam muito bem na partida, e o Prass continuava com a camisa branquinha, imaculada… o time todo estava bem, parecia confiante, seguro… e ainda tinha o Dudu que estava jogando demais.

No segundo tempo, a dinâmica de jogo continuava a mesma. Mas, o juiz, que já tinha ignorado um pênalti a nosso favor, deu mais uma garfada no Palmeiras. Não tinha nem 10 minutos da segunda etapa ainda quando, depois de uma bola levantada na área, Bressan comete pênalti em Dudu… e a arbitragem nada marca(?!?!). Bressan puxou Dudu na área, também fez carga com o braço direito em seu pescoço e em suas costas, e ninguém da arbitragem viu? Por que será que os árbitros só “erram” em prejuízo do Palmeiras, não?

 

Uns minutos depois, mais uma “apitada”… Bressan fez falta em Deyverson no meio. O Palmeiras colocou a bola no chão e cobrou rápido com Willian, que deixou Dudu na cara do gol, mas o árbitro mandou voltar a cobrança. E foi muito “homenageado” pelos parmeras… que raiva dessas arbitragens mandrakes.

Três minutos depois, contra-ataque do Palmeiras, Dudu avança em velocidade e, quando entra na área, é tocado por Bressan. O gremista estica a perna pra trás e toca mesmo a perna de Dudu, que vai ao chão. O juizão mandou seguir.

O Palmeiras era muito melhor em campo. Víamos o Grêmio tocando bola, mas de perigo mesmo… nada. Willian armou o contra-ataque, Duduzinho, como um foguete pela direita, invadiu a área e bateu… o goleiro conseguiu defender com o pé…

A torcida, que não parava de cantar, se inflamava ainda mais (ela sempre chama o gol)… Felipão tirou Dudu e colocou Hyoran, e a galera aplaudiu demais o baixinho pela partidaça que ele fizera (pra mim, o melhor em campo).

E se o juiz não pune… a vida o faz… 33 minutos do segundo tempo… lançamento lá na frente para Deyverson… Bressan (do pênalti não marcado, das muitas faltas sem cartão) tentou tocar por cima (acho eu) e deu um chutão pra cima, e a bola voltou ali mesmo. Ele se embananou todo, a bola sobrou pra Deyverson, que insistiu, dominou, aproveitou que Bressan escorregou, tirou o gremista da jogada e mandou um balaço pro fundo da rede. Que golaço! Aí foi decretada a festa de domingo. Os jogadores todos, os reservas todos em volta de Deyverson (que tinha tomado Maracujina e tava de boa) comemorando muito esse gol… coisa linda…

O Grêmio até tentou ir pra frente, mas o Palmeiras, fechadinho, não deu espaços e continuou jogando melhor até o apito final…

Quando o jogo acabou, na bancada, a alegria parecia tatuada no rosto dos torcedores… a voz da torcida palestrina tinha sido, e ainda era, a trilha sonora daquela tarde… O Palmeiras vencia o Grêmio e sacramentava a liderança. Falta muito e, ao mesmo tempo, falta pouco… são nove rodadas pela frente… mas o Palmeiras é, sim, um grande favorito… e aquele “feeling” maravilhoso já nos acompanha…

Felipão tinha caprichado no meu presente… O melhor presente de todos… Um time aguerrido, valente, FOCADO, jogando certinho… Prass no gol, de camisa branquinha e imaculada (nem sujou)… Duduzinho lindo jogando demais… e dois gols sensacionais – um deles, um golaço – de Deyverson… uma vitória maravilhosa… Meu “bolo” de aniversário tinha um sabor delicioso…

Grazie, Palmeiras!  🙏💚

 

 

 

 

 

 

 

 

Dois jogos muito importantes em quatro dias… Conquistar a liderança do Brasileirão e a vaga na semifinal da Libertadores eram os objetivos do Palmeiras num espaço entre o domingo e a quarta-feira passados…

O que, à princípio, eram dois times do Verdão, eram os considerados times A e B… agora se confundem e nenhum de nós mais ousa chamá-los assim… Pra dizer a verdade, nem sabemos mais quem é reserva e quem não é, uma vez que a maioria dos jogadores do elenco merece a camisa titular.

No domingo, o adversário tinha sido o Cruzeiro, diante de quem o Palmeiras vem sendo tão prejudicado (roubado  mesmo) nos últimos tempos (será que é porque tem um Perrela lá na CBF?). E nos mandaram o árbitro Dewson Freitas, o “c@%alho ruim” (ganhou esse apelido depois de – mais – um jogo em que operou o Palmeiras), para apitar a partida em que o Palmeiras, se vencesse, e dependendo do resultado dos leonores, poderia assumir a liderança do brasileirão. “Legal” a CBF, né?

E, como nem sempre as arbitragens conseguem ser bem sucedidas contra o Palmeiras (ah, grazadeus)… passamos o carro nas “marias” e vencemos o jogo por 3 x 1. Lucas Lima, pra esquentar (mais ainda) a nossa manhã, naquele Pacaembu de sol escaldante, abriu o placar aos 22′. Duduzinho cobrou escanteio, a bola cruzou toda a área e sobrou para Lucas Lima, num chute cruzado de fora da área, balançar a rede dos smurfs. Coisa linda! E foi todo mundo abraçar Felipão.

Bem que o árbitro, e os demais integrantes da arbitragem, tentaram jogar de azul depois de Lucas Lima abrir o placar… Aos 30′, Dewson Freitas marcou pênalti no toque de mão de Gustavo Gomez… O toque existiu mesmo, mas olha só em que lugar do campo o lance ocorreu… foi um pênalti inventado pela arbitragem.

…..

Um absurdo que, num jogo valendo a liderança do campeonato, ninguém da arbitragem (nem o bandeira?) tenha conseguido enxergar que o lance ocorreu muito fora da área, não é mesmo? Que não só o jogador, mas a bola também estava muuuito fora da área… AH, CBF…

Mas não era dia da arbitragem… Aos 41′, Hyoran, de cabeça, colocou o Palmeiras na frente outra vez. Festa verde no Pacaembu. O Cruzeiro não dizia a que tinha vindo, o Palmeiras era muito mais time em campo, finalizava muito mais, tinha mais posse de bola… e vencia o jogo, merecidamente. Tchuuuupa, juiz!

No segundo tempo, o Palmeiras continuou bem mais perigoso do que o adversário – nunca vi um jogo nosso, valendo vaga na semi da Libertadores, ser tão tranquilo). Mano Menezes tentaria tirar as raposas todas da cartola… Fred, Sóbis… sem sucesso. Era um grande jogo do Palmeiras de Felipão. Dudu fazia uma grande partida. Naquela “lua” do domingo, corria muito e apanhava muito também. Antes da metade do segundo tempo, Felipão substituiu o Baixinho por Willian, e os quase 36 mil palmeirenses que estavam no Pacaembu adoraram ver que Dudu ia ser “guardado” para o jogo da quarta contra o Colo Colo, do Mago. E foi Willian mesmo que acabou fazendo a jogada que originou na marcação de um pênalti. No cruzamento do BGod, o jogador do Cruzeiro interrompeu a trajetória da bola com o braço… pênalti.

Gustavo Gomez foi para a cobrança… eu, na minha eterna dúvida de “olho ou não olho”, olhei e o vi cobrar no cantinho do goleiro. A bola, sacana, pra testar nosso coração, ainda bateu na trave antes de entrar. A “churrasqueira Pacaembu” (estávamos sendo assados naquele sol) explodiu de alegria.  Palmeiras fazia 3 x 1 nos Smurfs, agarrava a vitória e os 3 pontos (mesmo com um “erro” escabroso da arbitragem, num momento em que o empate poderia ter complicado a nossa vida, e assumia a liderança do campeonato. Um tropeço dos leonores à tarde, acabaria ratificando a liderança do Verdão.

 

E aí, tinha Libertadores na quarta… e contra o time do Mago (nunca pensei em vê-lo jogando contra o Palmeiras, e acho que ele também não imaginara essa situação)…

O Allianz estava lotado… Quando vi Valdivia, ali, no aquecimento, vestindo outra camisa,  me senti tão desconcertada… e seria capaz de apostar que, apesar de saber o quanto ele gosta e respeita o Colo Colo, ele se sentia bastante desconcertado também…

Na hora do hino… cantávamos “meu Palmeiras, meu Palmeiras”… o Mago olhou a torcida à sua volta (a maior parte dela ainda o ama) e abaixou a cabeça (vi depois, num vídeo, que o seu companheiro lhe perguntava se era “meu Palmeiras” que a torcida cantava, e ele só conseguiu balançar a cabeça em afirmação e ficou cabisbaixo depois disso)… parece pretensão minha, mas de alguma maneira eu sabia como ele se sentia; meu coração rachou na hora e, disfarçadamente (não hora e momento pra isso), chorei ali na bancada… Como diz uma certa música: “É desconcertante rever um grande amor”… 

Mas valia vaga na semifinal da Libertadores – vaga que o Palmeiras não conseguia desde 2001, e que seria a sexta semifinal do técnico Felipão, de sete participações no torneio  -, e tudo o que eu queria era que o Palmeiras saísse classificado dali, tudo o que eu queria era que meu outro ídolo, Duduzinho, jogasse muito e que o ídolo que agora era adversário fosse impedido pelos marcadores verdes de jogar tudo o que sabia… Thiago Santos, não daria sossego para Valdivia no jogo.

O Palmeiras tinha conseguido uma vantagem excelente na primeira partida e, por isso, o jogo começava 2 x 0 pra gente. O Palmeiras não precisava se afobar para chegar ao gol… o time do Colo Colo, que levou muitos torcedores ao setor dos visitantes (ficou cheio lá), ao contrário, precisando reverter o prejuízo ocorrido no Chile,  começou a parecer nervoso no decorrer da partida, fazendo muitas faltas.

O Palmeiras parecia jogar tranquilo, sem pressa. Era mais perigoso em campo, mas sem forçar, sem buscar o gol de qualquer jeito… cadenciava o jogo, parecia esperar a hora boa. Com a vantagem que tinha, parecia que a prioridade do Palmeiras era não dar espaços, não correr riscos…  Eu achava que faltava um meia no time, para chegarmos ao gol com mais eficiência, para chutarmos a gol mesmo, para que a jogada fosse criada e a bola chegasse redondinha no pé dos atacantes, no pé de Borja…

Mas se não tinha o meia, tinha a fera, o craque, o baixola… e ele resolveu decidir. Duduzinho vestiu o fraque, colocou a cartola e foi pro gol! Pegou a bola quase no meio de campo, avançou, passando por um monte de adversários, foi até a entrada da área, e, com um chute maravilhoso, guardou no ângulo do goleiro chileno. 25º gol de Dudu no Allianz.

Sem brincadeira, o Allianz quase veio abaixo… que festa da parmerada, era só um monte de verdes pulando, enlouquecidos de alegria. Mas não era à toa, o líder do Brasileirão praticamente carimbava a sua vaga na semifinal da Libertadores. No agregado estava 3 x 0 pro Palmeiras, e todos sabíamos que seria bem difícil tomarmos 3 gols ou mais. Que semana boa para os palmeirenses.

No segundo tempo, o Palmeiras já nos mostrava que manteria o mesmo ritmo. Nós, torcedores, queríamos mais gols, claro, mas estávamos tranquilos, sossegados com o resultado e com o futebol do Verdão em campo. E nem precisamos esperar muito… Aos 6′, Dudu foi puxado por Opazo na área e o juiz assinalou o pênalti. Borjão da Massa foi para a cobrança (olho ou não olho? Olho sim!) cobrou forte, no canto e guardou. Seu 19º gol na temporada, 9 deles na Libertadores, o colocando na artilharia da competição ao lado de Morelo.

E se o Colo Colo já parecia meio desesperançado de conseguir alguma coisa, com a marcação do segundo gol do Palmeiras então… mas nos deu um susto com Barrios, que por pouco não marcou. Os chilenos tentavam levar perigo na bola aérea (e faziam muitas faltas também, Dudu, que apanhava o tempo todo, que o diga), mas os defensores do Palmeiras estavam espertos. Thiago Santos tomava conta de Valdivia direitinho. Maike estava jogando muito também. O Palmeiras era melhor em campo, mais perigoso. Bruno Henrique bateu falta e quase fez,  a bola raspou a trave…

Só dava Palmeiras, e a bancada era só alegria. Duduzinho foi cobrar escanteio e a torcida, encantada com a partidaça do baixinho,  gritava : “Dudu, guerreiro”…

Eu precisava sair mais cedo do estádio, que saco, e só vi quando Dudu foi substituído por Hyoran, e Borja – que havia feito sinal para o banco – foi substituído por Deyverson…

Mas meu coração, apesar de contrariado por ter que sair mais cedo, saía tranquilo, feliz… o meu Palmeiras era líder do Brasileirão e estava na semifinal da Libertadores, com a sua melhor campanha, até agora, de todos os tempos.

Íamos todos dormir felizes, serenos aquela noite… mas, no dia seguinte, certamente já estaríamos pensando na partida contra o São Paulo, lá no Panetone – onde não ganhamos há um bom tempo -… e valendo a manutenção da liderança…

Vida de torcedor não é fácil…