Haja serenidade e paciência para aguentar o despreparo de alguns dos policiais que trabalham no Allianz Parque em dias de jogos.

Intransigentes, arrogantes, prepotentes, despreparados…

Objetos cuja entrada é permitida por alguns policiais, em vários jogos, viram “armas letais” para outros, donos da verdade. Se nem a PM sabe o que é permitido e o que não é (se uns permitem e outros não, é sinal que não há consenso, e vai do gosto e bom ou mau humor do policial), o torcedor não é obrigado a adivinhar, e também não é obrigado a se desfazer dos seus pertences, jogá-los fora, apenas porque um(a) policial, arbitrariamente, assim decidiu.

Perguntei para o policial porque algumas coisas que são proibidas no Allianz, aquelas faixinhas que vendem na porta do estádio, por exemplo, são permitidas em Itaquera. Balbuciou, enrolou, e, sem resposta pra dar, me disse: Aqui é o Allianz Parque, não é Itaquera. Eu disse: Mas a polícia é a mesma, o estado é o mesmo, e por que a diferença? Nenhuma resposta eu recebi…

Proíbem crianças, de 6, 7 anos , eu  já presenciei isso, de entrar com a cara pintada – não existe nada mais sem noção do que isso. O que uma garotinha de 6, 7 anos (havia uma outra, a irmãzinha, que não tinha mais do que 4 e elas foram proibidas de pintar o rosto antes de entrar) vai fazer com a cara pintada? Cometer um crime e depois se esconder graças à pintura do rosto? No entanto, torcedores adversários, bem crescidinhos, já picharam os banheiros do Allianz, com pincéis atômicos,  e não teve polícia nenhuma que os impediu de entrar no estádio com eles, e nem os impediu de vandalizar as dependências da arena.

E pensar que policiais proíbem criancinhas de fazer uns riscos em verde e branco no rosto, porque não é permitido…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -CaraPintada

Tudo é inflamável e proibido, até mesmo um caderno de alguém que tenha vindo pro jogo direto da faculdade. Mas isqueiros, que são inflamáveis também, e com os quais se poderia colocar fogo em Roma e até nas cadeiras, de plástico, entram aos milhares.

É preciso mais bom senso. O  futebol deveria ser uma festa, mas a PM, ao implicar com coisas sem importância alguma faz com que ele seja exatamente o contrário.

Não permitem (apenas alguns policiais não permitem) que eu entre com uma touca de porco (“Cristaldo”) – com a qual sempre entrei no Pacaembu, sem problema algum -, porque, segundo dois policiais – a policial da revista e o seu superior -, que trabalharam na partida Palmeiras x Cruzeiro, eu posso esconder o rosto com ela (isso não é verdade, não dá para esconder o rosto nem que eu queira, e mostrei isso ao policial). Mas, ao que parece, proíbem só a mim, porque um monte de outras pessoas entram no Allianz Parque com toucas de porco – algumas, iguaizinhas à minha -, toucas sem porco, toucas de todo jeito, e ninguém barra… e é nessa proibição seletiva, nesse constrangimento sem motivo, que se encontra o problema maior.

Basta que vejamos imagens de vários jogos para constatarmos como a implicância com uma touca com um nariz de porco, que não oferece nenhum perigo aos demais torcedores, é apenas isso: implicância. O policial cisma de implicar com um torcedor; é apenas um momento em que ele parece ter necessidade de mostrar que tem poder e autoridade (se precisa tanto mostrar poder e autoridade, é porque não é bem preparado para a função).

Essa touca, de porco, na imagem abaixo, pode entrar no estádio, assim como pode entrar a peruca verde da pessoa que está ao lado da moça…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade

Essa outra também pode (e bastaria puxá-la um pouco para esconder o rosto, algo que a polícia quer tanto evitar)…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade1

Esse chapéu entra no Allianz sem problema algum… assim como o boneco  na mão do torcedor.

Resultado de imagem para Palmeiras x Fluminense Copa do Brasil 2015

Esse chapelão aqui (visto na mesma partida em que eu fui barrada), também entra numa boa…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade2

Assim como entra essa touca… de porco também! Só o “Cristaldo” não pode…

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco

Entram até em pares…

Esses são só alguns exemplos. Existem inúmeros outros modelos de chapéus e toucas, de vários tamanhos, que são vistos dentro dos estádios, permitidos pela PM, mas não tenho imagens de todos eles.

Na imagem abaixo está “Cristaldo”, a minha “famigerada” touca, a “arma letal” que eu levo para o estádio e que, segundo a PM, servirá para eu esconder o rosto – caso eu cometa algum delito lá. A parte do “caso eu cometa algum delito” fica subentendida, fica implícita na proibição da polícia, não é mesmo? Por que outro motivo uma pessoa tentaria esconder o rosto da polícia? A touca não chega nem até a minha testa, imagina como eu posso puxá-la e cobrir o rosto com ela (nesse dia, da imagem na TV, “Cristaldo” pôde entrar sem problemas).

PM-incoerência-abuso-de-autoridade -ToucaPorco1

E, pasmem… essa touca da imagem abaixo, de modelo idêntico à minha, porém maior, entra sem constrangimento algum para a sua dona (várias outras, idênticas, também entram). Essa imagem é da partida Palmeiras 3 x 2 Inter.

Touca-porco-rosa

Não tem como não achar que é arbitrariedade pura e simples. Se a minha touca pode esconder o rosto, então, pode-se fazer o mesmo com todas essas outras toucas e chapéus que você viu acima, não é mesmo?

Se muitas outras pessoas entram com toucas idênticas à minha, por que elas podem e eu não? Por que só eu tive que ser constrangida (ser barrada é sim um constrangimento), hostilizada? Por que só eu tive que sair do estádio e ficar tentando encontrar alguém que tivesse um carro por perto para eu guardar a minha touca? Por que só eu teria que jogá-la no lixo, ou então não assistir à partida, porque “com ela eu não iria entrar de jeito nenhum”? Isso é abuso de autoridade, e o pior, sem motivação alguma. Meus direitos de cidadã, e também de torcedora, sendo violados…

Além disso, a falta de coerência na argumentação desses policiais é absurda, porque pode-se esconder o rosto também com os cachecóis do time, por exemplo, ou com as abas dos bonés,  com camisetas, com bandeiras, perucas, e, principalmente, com os capuzes dos moletons (e tudo isso é permitido no estádio)… então, o problema não é a possibilidade de se esconder o rosto, não é mesmo? É o “porco”, ou então é só o exagero na demonstração de autoridade e a vontade de tratar mal uma torcedora. Vontade de constranger, hostilizar, aborrecer, atrasar, e de causar um problema para quem não foi de carro e não tem onde guardar seu objeto “proibido”…  E imagino que não seja pra esse tipo de coisa que a polícia está nos estádios, não é mesmo?

A policial que me revistou, e de maneira grosseira, ríspida, e com um certo deboche diante das minhas argumentações, barrou a minha  touca, afirmou ao seu oficial que a touca era uma máscara.

Máscara, pra mim, é isso que você vê na imagem abaixo, retirada da Revista Palmeiras, edição de Julho.

Touca-porco-Máscara

E essa máscara também pôde entrar no Allianz… e não há nada errado nisso. Não há nada errado em toucas, chapéus, perucas… Não somos criminosos que precisam se esconder da polícia. Errado é entrar com armas, com drogas… errado é achar que todo mundo é bandido e barrar/proibir o torcedor de fazer do futebol uma festa.

Mas eles são inflexíveis (só com alguns torcedores) e pra lá de ríspidos na maneira de falar conosco: “Com isso você não entra e pronto”!! E se você não quiser jogar fora, tem que então voltar pra casa e perder o jogo e o dinheiro gasto com o ingresso. Arbitrariedade pura e simples.

Arbitrariedade aleatória, diga-se de passagem, porque a proibição vai depender de quem estiver trabalhando no dia, de quem revistar você. Arbitrariedade, que já me fez jogar fora até um batom… vê se pode – qual a mulher que não tem um mísero batom na bolsa?  E isso acontece com outras mulheres também que são “sorteadas” ao acaso a jogarem seus batons no lixo. Nego entra com maconha e outras “cositas”mais no estádio e a PM está extremamente preocupada com nossos batons e toucas.

E aí nos lembramos que as mulheres não têm histórico de causar confusão em estádios, nem de brigar, de matar, de serem mortas, de vandalizar patrimônio alheio… Não há nenhuma fugitiva que tenha se escondido com uma touca… Então, porque tanta rigidez e truculência conosco?

A lei diz que TODO MUNDO É INOCENTE ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO, mas, para alguns dos policiais militares do Estado de São Paulo, parece que a lei é diferente, e todo mundo é culpado, é bandido, até que eles decidam o contrário.

Que eu saiba, a polícia existe (pagamos impostos para que ela exista), para servir à população, e não para tratar todo cidadão como se ele fosse um bandido prestes a cometer um crime, apenas para facilitar o trabalho dela.

Muitas outras pessoas reclamam dos maus tratos por parte dos policiais. Recebi várias reclamações de torcedores palmeirenses e selecionei algumas:

José Roberto Shimazaki Me proibiram de entrar com uma faixa porque estava escrito o nome da minha cidade.

Viviane G. Vaccari Me fizeram jogar fora os folders das promoções do Burger King

Fabricio Peres A verdade é que policiais odeiam torcedores, não interessa pra eles se vc é de alguma torcida organizada ou se vc é torcedor comum. Como não sou de SP, fui apenas uma vez ao Allianz Parque e senti na pele essa ignorância desses policiais.

José Roberto Shimazaki No palestra Itália me proibiram de entrar com um cartaz de papelão, alegando que era produto inflamável, mas plástico e faixa (tecido) podia, incoerência total!

Paulo Rogério Almeida Uma vez não me deixaram entrar com um jornal, falaram que era inflamável. Eu disse: “meu corpo também é inflamável, minhas roupas também são, e aí?” Baldeou e disse pra jogar fora.
Isso sem contar um PM que quis que eu pegasse fila (deficiente, por lei federal, não é obrigado a pegar), falou que minha deficiência era na mão e não nas pernas. Esperei o fiscal da federação aparecer, entrei na fila e saí olhando pra esse mesmo policial. Esses caras que ficam enchendo o saco, normalmente são torcedores de outros times do estado. É muita falta de coerência!

Lohany Galeno Lepinski Tânia, passei por você na hora que vi o policial “debatendo” com você (pois pra mim ele só queria realmente te impedir, não ouvi nada coerente enquanto estava por perto). E eu tinha acabado de praticamente ser agredida por uma policial DESPREPARADA que estava nos revistando.
Primeiro, que fila para revista era aquela? Em anos de estádio, clássicos e jogos com mais de 30 mil torcedores, nunca vi tanta mulher naquelas filas. E olha que eram 19 mil pessoas no jogo, nem todas mulheres, e faltavam VINTE E CINCO MINUTOS para o início do jogo. Segundo: Eu estava sem mochila, sem carteira, sem nada (até pq odeio enrolar na revista), apenas com meu agasalho já estendido e aberto na mão para que fosse verificado. E o que acontece? simplesmente ela me socou pra frente e gritou: “SAI!”. O que está acontecendo? Meu ombro ficou muito dolorido, pois não foi um toque pra eu ir andando, somente um soco completamente desnecessário. Que coisa ridícula! Apenas lamentável como somos tratados por quem deveria nos defender! Espero que isso jamais se repita, me senti uma delinquente. Entrei no jogo muito revoltada.

Lamentável…  E ficamos nos perguntando: O que podemos fazer quanto a isso?

Podemos denunciar!! De agora em diante, celular na mão, torcedor palmeirense. Vamos  filmar os abusos que sofrermos, e os que acontecerem com pessoas à nossa volta também. Vamos registrar a truculência, a arbitrariedade, a maneira como somos mal tratados, vamos tirar fotos dentro e fora do estádio, gravar as conversas ríspidas e denunciar. Vamos postar as imagens e os filmes e áudios que fizermos, espalhá-los por aí. Quem sabe alguma “boa alma” resolva tomar providências, não é mesmo?

E, claro, vamos nos queixar à Ouvidoria da Polícia Militar também.

Eu até queria falar da vitória do Palmeiras – com time reserva – diante do Bragantino, do gol do Rafael Marques, da jogada do Leandro Pereira e do passe do Zé antes do gol, da alegria da Que Canta e Vibra…

Queria falar que fiquei arrepiada quando o menino Jesus foi chamado pelo Oswaldo, depois de ter sido pedido pelo Allianz Parque inteiro, e mais arrepiada ainda, quando ele entrou em campo pela primeira vez como profissional… queria falar da festa que a torcida fez pra ele… e da jogada de marketing, sensacional, que deu ao nosso menino Jesus o número 33…

Queria falar da bela partida do Victor Ramos, do público de quase 30 mil pessoas, da renda que ultrapassou a casa dos dois milhões… do Allianz Parque, tão lindo… das seis vitórias seguidas, da alegria que toma conta do nosso coração agora…

Mas, infelizmente, não posso. Algumas coisas, que aconteceram antes da partida, e durante a primeira meia hora de jogo, não podem ser esquecidas.

Já faz um tempinho, que parece que andam querendo que ocorram problemas no Allianz Parque; parece que andam querendo arranjar motivos para inviabilizarem jogos na arena mais linda e mais moderna do Brasil… pelo menos, é a impressão que eu tenho.

Você lembra quando jogamos o último derby? Lembra que contei aqui da confusão que a PM causou, e que ela jogou bombas nos torcedores lá na Turiassu, e até dentro do clube do Palmeiras, numa área onde estavam crianças – polícia brigando com torcedores na rua, e jogando bomba na área das piscinas do clube? Lembra que postei imagens das organizadas dos dois times, já dentro do estádio, enquanto havia uma guerra lá fora?

Ficou suspeitíssima a ação da polícia naquela ocasião, não é mesmo? Ainda mais pelos muitos depoimentos de torcedores e transeuntes que falavam do exagero da polícia, da sua truculência… Na ocasião eu até disse que a polícia é despreparada, mas, pensando bem, ela não fez o mesmo com os torcedores durante a Copa do Mundo, fez? Então…

Pois bem, no sábado passado, dia do jogo do Palmeiras contra o Bragantino,  a PM, segundo eu soube, chegou atrasada para o policiamento local, e os portões que deveriam ter sido abertos às 16h00, só depois de aproximadamente 50 minutos é que começaram a permitir a entrada dos torcedores.

Quando cheguei ao Allianz, por volta das 17h00, estava chovendo, e a muvuca se estabelecia. A fila de quem entraria pela Matarazzo começava quase em frente ao Shopping Bourbon, passava em frente aos portões de entrada (por que não entrar dali?), e seguia até a esquina da Pe. A.Thomaz, para depois voltar em direção aos portões. “Lindo” isso, né? E tão “inteligente”… Não sei qual o sentido de se fazer uma fila tão longa, ainda mais num dia em que está chovendo. Organização da polícia: nota 0.

E se fosse só isso… A fila não andava, não se mexia, e a gente lá na chuva, p… da vida. A PM, num exagero de revista, segurava a fila um bocado. Víamos meia dúzia de pessoas entrando no corredor de acesso aos portões, depois de já terem sido revistados, e a fila parada e entupida de torcedores. Pra piorar o que já era ruim, uma tonelada de gente furava a fila – a PM nada fazia – e aí é que a fila não andava mesmo. E a chuva caindo… e os torcedores parados lá na fila, na rua, tomando chuva. Torcedores avanti tendo que comprar capas de chuva para usar em quase uma hora e meia de fila…

Os torcedores reclamavam, e com toda razão. E se já tava tudo um horror, acrescente truculência – dos policiais – e  abuso de poder.

Policial, estúpido, para o torcedor que reclamava,  torcedor que comprou ingresso: “Sabe porque vocês recebem mal (se referindo à má organização)? Porque vocês pagam a gente mal” (Helloooooo, seu políciaaaaa!! Pagamos impostos até não querer mais neste país. Se você recebe mal, vá reclamar com seu chefe. E recebendo mal ou bem, a sua obrigação é fazer o seu trabalho direito, com educação e civilidade).

Policial, estúpido, gritando com o torcedor, que pagou para assistir à uma partida de futebol: “Você, por acaso, entende alguma coisa de organizar uma fila? Não entende, né? Então, fica quieto, que quem entende disso sou eu!” (entende nada, viu seu “puliça”, puta coisa mais mal organizada)

Molhada pra caramba, irritada, eu consegui entrar – quase na hora do jogo começar – muito antes dos meus amigos, que se perderam de mim na “organização” da fila – aquele amontoado de gente podia ser tudo, menos fila. E, durante a partida, as pessoas iam chegando, muito atrasadas, e relatando cada coisa, repetindo diálogos parecidos com os que escrevi mais acima, falando sobre provocação dos policiais, risinhos dos mesmos diante da indignação do  torcedor…

Essas pessoas nos contavam que, quando o jogo começou, os torcedores que estavam na rua ainda, ficaram ainda mais revoltados, com toda razão, e então, a polícia que fez vistas grossas para os que furavam a fila às 17h00, começou a barrar os desesperados que tentavam conseguir furar de todo jeito.  E, segundo os relatos, teve empurrão, teve cassetete sendo usado contra torcedor… aquela “delicadeza” toda e costumeira da polícia. Segundo o relato de vários torcedores, com meia hora de jogo – sim, teve torcedor que entrou depois de 30 minutos de bola rolando -, as pessoas passaram a entrar quase sem revista nenhuma, a polícia até os apressava… veja só.

E aí, a gente se pergunta: será que no show do Paul McCartney, com um público muito maior, a PM fez as pessoas perderem meia hora de show? Gritaram com as pessoas, empurraram, usaram cassetetes contra elas? Será que fizeram isso com os torcedores na Copa do Mundo? Não, né? Então, por que fazem isso nos jogos do Palmeiras, com os torcedores do Palmeiras? Não fizeram isso nem com os itakeras que quebraram as cadeiras do Allianz e picharam as portas dos banheiros – e tinha polícia com eles na área destinada aos visitantes.

Vale lembrar que, na estreia do Allianz Parque, com todos os ingressos vendidos, não foi preciso nem fazer fila na rua para entrarmos. E não houve nenhuma confusão, nenhuma dificuldade de acesso.

Depois que o campeonato começou, a “organização” da PM começou a fazer os problemas surgirem. O fato é que a polícia anda tratando o torcedor como bandido – só que ninguém é bandido até que se prove o contrário.

Tá ficando bem esquisita essa história… com cara de coisa orquestrada – é tão fácil torcedores se revoltarem por não terem seus direitos de cidadãos respeitados, por serem empurrados, por serem tratados com brutalidade e falta de educação, é tão fácil começar um tumulto, é tão fácil inviabilizarem o Allianz por causa disso (seria esse o grande motivo?). E a quem será que isso interessaria (ô pergunta ‘difícil’)? Para qual deus será que andam “acendendo velas”?

Por enquanto, só podemos “achar que”, só podemos desconfiar… E você, leitor do blog, sabe que eu sou adepta de provar o que falo. E como provar o que falamos agora? É muito fácil. Todos nós, ou quase todos nós, temos celulares que podem tirar fotos, podem filmar, não é mesmo? Pois então, mão à obra!

Vamos fotografar e filmar essas ações, esses desmandos, as ofensas, as agressões ou quase agressões, os abusos de autoridade dos quais os palmeirenses forem vítimas. Viu algum torcedor passando por isso? Filma! Fotografa!

O Blog da Clorofila estará à disposição dos torcedores palmeirenses para divulgar essas imagens. E elas serão divulgadas também em todos os sites e blogs da Mídia Palestrina.

E se, por acaso, as nossas suspeitas, de que estão querendo arranjar um jeito de inviabilizarem jogos no Allianz, se confirmarem, precisaremos nos defender e defender a nossa casa.

Estamos combinados? De hoje em diante, celulares e câmeras a postos, parmerada!!

ÔÔÔ VAMOS FILMAR E FOTOGRAFAR, PORCOOOO!!

Depois de ter vetado a primeira partida do Palmeiras no Allianz Parque, o que fez com que a estreia da nossa arena fosse adiada para 19 de Novembro, quando o Palmeiras enfrentará o Sport, a nossa “querida” PM – a mesma PM que liberou o Esmolão, ainda EM OBRAS -, tirou 4 mil lugares do Allianz Parque. Lugares dos torcedores palestrinos.

Eu explico… Embora o Allianz Parque tenha conseguido um alvará para 43 mil lugares, depois da última vistoria em nossa arena, ele perdeu quatro mil desses lugares. Sim, 4 mil cadeiras serão inutilizadas, e a  lotação máxima do Allianz passará de 43 mil para 39 mil pessoas, por causa de uma determinação da Polícia Militar (só para o Palmeiras é essa encheção de saco. Cada hora inventam alguma coisa. Faça as contas de 4 mil lugares a menos em cada partida, e calcule o prejuízo e transtorno que isso trará). 

De acordo com a WTorre, construtora do estádio, a decisão tem a ver com a preocupação da PM com a segurança da torcida visitante. Na avaliação feita para liberar a arena para a inauguração, os órgãos de segurança pública chegaram à conclusão de que deveria haver um maior distanciamento entre os assentos e determinaram que fossem colocadas barreiras físicas, além de determinarem a inutilização de quatro mil assentos nas proximidades dessas barreiras.

A WTorre já providenciou grades para o local, o que provavelmente fará com apareçam alguns “pontos cegos” na arena. No entanto, o Allianz Parque foi projetado para não ter separação física, como determina o Caderno de Especificações da Fifa, e também para que a visibilidade seja total de qualquer de um dos seus 43 mil assentos. Portanto, não há pontos cegos em nossa arena, ou melhor, não havia, até a PM interferir e determinar a colocação das barreiras físicas.

Aí, eu fico pensando… de que adianta fazer um estádio padrão Fifa, sem dinheiro público, diga-se de passagem,  se a PM exige que as normas da Fifa não sejam respeitadas, que a arena “padrão Fifa” seja apenas padrão tupiniquim? E porque não temos uma justiça que funcione, de verdade, com os briguentos, com os violentos dos estádios,  que não representam nem 15% da capacidade total de público, todos os outros torcedores acabarão sendo punidos? 

Pega-se uma arena como o Allianz Parque, considerada a mais bonita e moderna do mundo, e faz-se com que ela funcione como se fosse o Brinco de Ouro? Não faz sentido algum, não há bom-senso algum nisso.

Até quando vamos ser tão atrasados no Brasil? Até quando as medidas todas serão tomadas em função desse atraso de mentalidade, desse atraso de educação? Até quando a violência entre torcidas será apenas evitada ao invés de ser efetivamente combatida?

E cá entre nós, quando é que as exigências serão igualmente rigorosas para todos os clubes?

Na semana passada, o Palmeiras não conseguiu permissão para inaugurar o Allianz Parque (lindo o nome dele, né imprensinha? ALLIANZ PARQUE!! Decora aí, para parar de falar “arena do Palmeiras”, tá?), agora, não pode dispor de todos os lugares – quatro mil cadeiras é muita coisa pra se perder, né?

E foram os mesmos órgãos de segurança pública que permitiram que um estádio fosse inaugurado assim, em obras,  sem ter todas as arquibancadas…

imagem-arenas1

Mas proibiram o Allianz Parque de ser inaugurado assim:

imagem-arenas3a

Vai entender os “critérios” dessa gente, não é mesmo?

E se fosse só isso… Na verdade, uma tonelada de exigências têm sido feitas ao Palmeiras desde que ele apresentou o projeto de reforma do Palestra. Pra se iniciar a construção do Allianz foi um parto, à fórceps, enquanto que o “istádio dos 4 Tobogãs”,  por exemplo, pôde começar a ser construído mesmo sem ter um projeto. E, enquanto os órgãos de segurança pública e as autoridades faziam vistas grossas para um estádio construído em área de dutos da Petrobras, para o Palmeiras,  até um laudo sobre os efeitos das buzinas, na região do entorno da arena, era necessário para que as obras tivessem continuidade.

Não dá para entender essa má vontade/implicância com um e a tão boa vontade com outro…

E aí, fica a pergunta:

A PM, que tirou 4 mil lugares do Allianz Parque, para o “perigosíssimo” jogo de estreia do Palmeiras diante do Sport, é a mesma PM que aceitou essa divisão de torcidas mandrake, feita “nas coxas”, e sem segurança alguma,  para o confronto de maior rivalidade do país, o  primeiro dérbi do Itaquerão?

divisão-torcida-Itaquerão1

Que coisa, não?

O Allianz Parque, a arena mais moderna e bonita do planeta, é padrão Fifa, mas o “dois-pesos-e-duas-medidas” utilizados pela PM é padrão “Desafio ao Galo”, né?

E pensar que, em 2012, houve até um projeto que objetivava fortalecer o futebol nacional e fazer do Brasileirão 2015, o melhor campeonato do mundo…

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2012/05/29/por-um-futebol-melhor-um-projeto-de-responsa/

E pensar que, naquela ocasião, se falava em “um momento importantíssimo na construção de um futuro do nosso futebol”…

Parece que não vai dar, né?