Fazia um calor absurdo no domingo… Jogo no Canindé é meio fora de mão para os torcedores, mas a Que Canta e Vibra lá estava! Nas imediações do estádio só se viam camisas verdes do Palmeiras. Parmeras prá todos os lados e chegando por todos os lados, em busca de mais uma vitória, em busca da confirmação da boa fase dentro de campo; ansiosos pela quarta vitória consecutiva, que desde 2009 não conseguimos repetir.

É o Palmeiras 2011, buscando dentro de campo o caminho da paz que, nas alamedas do Palestra, parece que não vai chegar nunca… Nosso novo “presidente” (será que ele  é mesmo o presidente? Parece ser oposição ainda…) está se esmerando em infelizes aparições televisivas e declarações idem.

Valdivia ainda não está no time; estava faltando o Assunção, o Gabriel, mas o Palmeiras de Marcos foi ao Canindé com umas caras novas:  Cicinho (já não tão desconhecido assim), o estreante Thiago Heleno, em lugar de Danilo, que foi à Itália cuidar de sua possível transferência (que pena!); outro estreante, João Vítor e, no banco, as presenças de Max Santos “Pardalzinho” e Adriano “Michael Jackson”, enquanto aguardava a chegada e a apresentação de Chico. E o time foi recebido com festa pelos quase 10 mil torcedores palestrinos (da Lusa, mesmo, não tinha quase ninguém) que se aventuraram a sair de suas casas e enfrentar o sol e calor absurdos da tarde de domingo! Os vendedores de água, cerveja e refrigerantes faziam a festa.

(Por que Felipão insiste em escalar Rivaldo?)

O jogo não foi bom e começou com forte marcação no meio de campo por parte das duas equipes. Mais ainda por parte da Lusa que não pensava em tomar gol de jeito nenhum em seus domínios. Kleber, nosso mais perigoso atacante, sofria com dois e às vezes três marcadores à sua volta. Mas quem não largava dele era Domingos (lembram dele quando Diego Souza lhe deu uma merecidíssima rasteira?), batendo, pegando, provocando… O Gladiador apanhava um bocado, mas o juiz, prá variar, fazia que não via. Mas o jogo tava duro… de assistir! Futebol, que é bom, tava difícil. Sofremos um bocado com os erros de passes, com cruzamentos medonhos, com bolas rifadas, com a falta de criatividade e finalização…

(Por que Felipão mantém Rivaldo time?)

Mesmo assim, aos 10, Dinei arriscou da entrada da área, a bola passou pertinho da trave; a Lusa respondeu aos 18′, mas Marcos espalmou para escanteio; aos 23′, depois de uma bela troca de passes, Luan lançou Rivaldo pelo alto, que tocou na saída do goleiro e mandou prá fora. A Portuguesa teria uma boa chance aos 41′, num contra-ataque de velocidade, quando Henrique, após bobeada da zaga palestrina, recebeu pela direita e, ao ver Marcos saindo do gol, tentou encobri-lo. Mas o Santo se esticou todo e interceptou a trajetória da bola, para delírio de nossa devota torcida.

(Por que Felipão insiste em escalar Rivaldo?)

Veio a segunda etapa e o Palmeiras estava disposto a buscar os três pontos. O inoperante Dinei não voltara do intervalo e em seu lugar Felipão trouxe Patrik. A Lusa também adotou uma postura mais ofensiva. Mas todas as tentativas do time da casa que, por acaso, passavam pela defesa, morriam nas mãos de Marcos, que a torcida não cansava de homenagear. “PQP, É O MELHOR GOLEIRO DO BRASIL, MARCOS!!” Embora melhor, o Palmeiras não conseguia “achar” a jogada ideal que o levasse ao gol da Lusa. A torcida aguardava ansiosa que Max Pardalzinho e Adriano  fizessem as suas estreias. E foi o que fez Felipão! Sacou Luan e chamou Max, o já nosso Pardalzinho, e não é que ele botou fogo no jogo? Rápido, insistente,  começou a ajudar as jogadas a aparecerem. Aos 30′, Max avançou até a linha de fundo e tocou para trás para Kleber (que continuava apanhando do Domingos), que bateu de primeira, mas não pegou direito na bola.

(Por que é que Felipão não tira o Rivaldo do time?)

Felipão já tinha tirado o cansado Tinga e promovido a entrada de Adriano “MJ”. O ataque verde começava a dar mostras que o gol iria acabar saindo. E não deu outra! Aos 36′, Kleber entrou pelo meio e achou Cicinho (que boa contratação!) livre pela direita. Ele chutou de primeira e fez um golaço!! A bola foi morrer no canto direito de Wewerton que só pôde olhar… E que comemoração do Cicinho! Correu prá galera, batendo no peito, ajoelhou, chorou; uma maravilha!! Festa nas arquibancadas! Eu gostei do futebol apresentado por Cicinho e da sua motivação. O rapaz sabe bem o que vale a camisa que ele agora veste!

(Por que é que Rivaldo nunca sai do time?)

O Palmeiras continuava tentando; Kleber continuava muito marcado por Domingos, zagueiro grosso e fora de forma, tendo como melhor recurso a botinada e as provocações. Mas numa briga de atacante com zagueiro imaginem o que deu, né? Adriano fez uma bela jogada pela direita e cruzou para Kleber, que estava dentro da área ‘sozinho’ com três marcadores da Lusa. O Gladiador girou e tocou rasteiro pro fundo do gol! Deu a melhor resposta possível aos zagueiros botinudos da Portuguesa, matou o jogo e decretouque o Palmeiras está na briga pela liderança e pelo campeonato, ficando com a segunda colocação apenas pela diferença no saldo de gols. Kleber ainda trouxe um problema para a impren$inha… hahaha Como é que eles vão noticiar a boa fase que atravessa o Palmeiras. Logo eles que nos chamam de time de genéricos… que falam que vamos lutar para não cair… Chega  a ser ‘divertido’ ver o quanto tentam minimizar o que de bom acontece ao Palmeiras. Chega a ser incoerente que os responsáveis pelas notícias esportivas façam de conta que não estão vendo esse Palmeiras com cara e jeito de Felipão.

Vejam só como até o portal da Globo e seus estagiários se atrapalharam:


Vencemos o jogo e a Globo noticiou que o perdemos!! E, ao corrigir, deram um jeitinho de nos fazer perder alguma coisa… Falam sobre as vitórias de todos os outros clubes, menos da vitória do Palmeiras. SERÁ QUE É PORQUE O PALMEIRAS NEGOCIA O LICENCIAMENTO DE ALGUNS DE SEUS PRODUTOS COM A RECORD???

Parece brincadeira, mas é verdade. E as verdadeiras intenções de quem noticiou parecem saltar da imagem, não é mesmo?

Mas não estamos nem aí! Ainda que o time do Palmeiras não esteja pronto, ainda que falte entrosamento para os que estão chegando, a melhora é considerável! Se não estamos (ainda) esbanjando técnica, se a parte individual tem deixado a desejar, o espírito coletivo tem feito toda a diferença e foi o que nos faltou em outros campeonatos. É o time ficando com a cara de Felipão… Muita água ainda vai passar embaixo dessa ponte…  A impren$inha vai ter que se virar com as próximas notícias… hahaha QUE VENHA O MIRASSOL!!

E HOJE… O TOLIMA É BRASIL!!!!

Esse texto está sendo publicado com atraso, graças à ineficiência da Cia. Telefônica, que há mais de um mês não é capaz de fazer uma transferência de endereço da minha linha telefônica. Lamentável…

Sangrando… Foi assim que o coração palestrino foi dormir na noite de ontem. Sem sonhos, sem alegria, sem nada… Derrotas e desclassificações fazem parte do curriculum de qualquer time, mas uma derrota como a de ontem, para o Santos, eu jamais havia presenciado. Não com um técnico vencedor, que se acha o “tal”, que teve total apoio da diretoria, além de patrocínio para montar o time como bem quisesse.

Cheguei ao Palestra e fui encontrar os amigos, lá no Bar do Sílvio. Um resultado adverso nem passava pela cabeça daquelas pessoas apaixonadas e vestidas de verde, que enchia a Turiassu e seus arredores. Entramos no estádio e o Palestra estava lindo! Gente que não acabava nunca de chegar e ia deixando o cenário verde e branco, salpicado de pequenas “luzes” verde-limão  por todos os lados. Não tive como não lembrar da semifinal de 2008, contra os bambis, quando vínhamos de uma derrota também. Mas naquela noite, a garra e o talento do Mago Maravilhoso e de São Marcos, contagiaram o time, que jogou com vontade e determinação incríveis. Gustavo e Henrique anularam a ‘Imperatriz’. Simplesmente inesquecível… E foi por me lembrar dessa data que eu não contive as lágrimas quando meu time entrou em campo. Mas, quando o jogo começou, percebi que apenas Marcos, Pierre, Armero e Diego Souza tinham entrado em campo, acompanhados de uma porção de camisas do meu Glorioso Palmeiras, vestidas por criaturas sonolentas, apáticas, que pareciam disputar um Casados x Solteiros.

O técnico sabichão escalou Jumar e Evandro, num time que já tem Capixaba. Não tá querendo ganhar, né? Só que a gente nem de longe poderia imaginar o que estava por vir… A zaga dormia, Jumar também. De onde foi que Luxemburgo tirou a idéia que essa zaga atual é melhor do que a de Gustavo, Maurício Nascimento, Martinez e David? De certo foi do mesmo neurônio deteriorado (pelo seu ego) que o fez concluir que Valdívia não faria falta ao Palmeiras…

Um festival de horrores… Bastou uma marcação cerrada em Armero e o que nos sobrou foi a ala direita de Capixaba e a marcação de Evandro. Então, não tínhamos nada. E foi assim, sem que o Palmeiras “aparecesse” em campo, que o Santos abriu o placar. E o palestrino, incrédulo, via o seu time se apagar cada vez mais. Nenhuma jogada de perigo sequer o torcedor presenciava. E o que sobrava era comemorar bola roubada, pode? Uns xingavam os jogadores e o técnico, outros xingavam os que xingavam… Mas a verdade era uma só: ninguém conseguia cessar a dor de ver um time tão grande, apresentar um futebol tão pequeno. 

Segundo tempo e Luxa fez algumas alterações, que até melhoraram o Palmeiras, mas quando já fazíamos algumas jogadas melhores, o juiz marcou um penalti para o Santos. Confesso que, estando do lado oposto. eu não vi nada e achei que a falta não ocorrera.Com Marcos no gol, a gente até tinha uma esperança, mas, que nada! 2 x 0. Estava anunciada a tragédia. O Palmeiras que liderara o campeonato de ponta a ponta, ia perder a segunda consecutiva para esse time sem-vergonha do Santos, e novamente entregar de bandeja um campeonato para um adversário. E tá na cara que não será o Santos quem vai levar. Não tem time prá isso. O Palmeiras perdeu a chance de ir às finais, graças à teimosia e burrice de Luxemburgo, com seus protegidos, Capixaba, Jumar e Evandro. Ele prefere perder um campeonato a deixar jogar quem está melhor.

Ainda conseguimos um gol, num chute totalmente despretensioso de Pierre e graças a um frangaço de Fábio Costa. Aí o Palestra pegou fogo! O torcedor acreditava em uma reação. Mas, o time nervoso, juiz amarrando o jogo, ficava difícil. E foi aí que a “pequenez” do Santos aflorou de vez. Já não bastava toda a provocação que Fábio Costa fazia à tocida palestrina, sem que juiz e bandeirinhas tomassem alguma providência, e aí foi a vez de Domingos (quem é ele?)…  Provocando Diego Souza o tempo todo, e querendo seus quinze minutos de fama, ele empurrou o atleta palmeirense com as duas mãos em seu peito. Diego, deu apenas uma “encostada” e o juiz expulsou os dois. Diego ficou uma fera e foi tirar satisfações com Domingos, que se jogou no chão, simulando uma agressão que não acontecera – ainda bem que futebol é coisa de homens, hein? . Aí foi uma confusão só.  Diego queria acertar o pilantra de verdade (o Palestra inteiro queria), só que conseguiram fazer com que ele descesse as escadas dos vestiários, só que Domingos foi atrás e falou sabe-se lá o que. Foi a conta! Diego voltou ao campo.

E, como numa arena da Roma Antiga, a torcida exultava, e se sentiu vingada quando Diego deu uma rasteira e jogou o farsante no chão. Era o que ele merecia… “AU, AU, AU, O DIEGO É ANIMAL”, gritava o Palestra. Eu também gritei o nome de Diego, mas meu coração estava pequeno, humilhado, ao perceber que essa agressão tinha sido o nosso melhor momento na partida. As lágrimas caiam em profusão e não aliviava o coração em pedaços. Pobre Diego! Lutou o tempo todo em que esteve em campo e agora, o mesmo tribunal que não viu agressão no tapa que Rogério Ceni deu no rosto de Valdívia (ano passado), vai “fritar” o nosso atleta.

Uns vão dizer que Cleiton e Willians fizeram falta, outros que K9 se escondeu… Há os que culparão Capixaba, Jumar, Evandro, a defesa toda, mas prá mim, quem perdeu mais um título foi Luxemburgo e suas burradas.

Ainda bem que o próximo jogo é de Libertadores, contra a LDU, no Palestra. Uma vitória que, se não vai curar essa ferida, vai nos dar moral para buscar a classificação lá no Chile. Eu vou torcer muito, mas só a partir de amanhã. Agora, eu só quero tentar esquecer essa noite…