Poderia ter sido a nossa 500ª vitória em campeonatos brasileiros. Acredite amigo, o futebol já existia antes de 1971. Mas o Palmeiras perdeu para o Ceará, por 2 x 0. E todos nós vimos que não há motivos para que se dê aumento a nenhum dos nossos jogadores.
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Perder, na casa do adversário, é um resultado normal. Estamos fazendo uma boa campanha, mas não podemos achar que o time não vai perder ao longo do campeonato, não é mesmo? Só que, jogar esse futebolzinho chinfrim de hoje, é que não dá para o torcedor engolir. O Palmeiras adora ser o bom samaritano e ajudar a tirar times da zona de rebaixamento. O Ceará ainda não tinha vencido nenhuma partida em casa. E, como tem acontecido nos últimos anos, quando temos a oportunidade de encostar no líder, perdemos!! Caímos para terceiro na tabela mas, graças ao “Bonde da Barbie Sem Freio” lá no Morumbi, continuamos os mesmos 4 pontos atrás do líder.
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O Palmeiras até começou bem (era o que nós achávamos), indo prá cima do adversário. Primeiros minutos de jogo e Wellington Paulista, depois de boa jogada de Rivaldo (pasme!), mandou de cabeça, mas o goleiro fez boa defesa. Acontece que o Ceará, aos 7′, na primeira boa oportunidade que teve, abriu o placar. E com Washington (aquele, que passou por aqui. Na cobrança de escanteio, ele cabeceou entre Leandro Amaro (que mal saiu do chão) e Márcio Araújo, e mandou prá rede, sem chances para Marcos.
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Não sei se foi impressão minha, mas achei que o time sentiu o gol e sentiu também o forte calor que fazia porque, a partir daí, o que imaginávamos ser o volume de jogo do Verdão, foi diminuindo, diminuindo… Para complicar, Cicinho, que estava sendo bastante acionado, saiu machucado, dando lugar a Patrik. O Palmeiras tinha que atacar, mas era contido pela defesa do Ceará. E, sem perceber, ia abrindo espaços… e o Ceará criando chances. E começou um festival de erros. Não ganhávamos as divididas, errávamos passes de menos de dois metros, ninguém driblava o adversário e ia prá cima, ninguém criava… Não tinha como não sentir falta do Mago.
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E toda a falta do mundo fazia Danilo. Vender o zagueiro titular do time e não trazer outro de mesmo nível para o substituir, não me parece coisa de uma diretoria que pensa em conquistar alguma coisa. Na primeira bola aérea já ficamos no prejuízo. Outra ausência sentida era a de Luan que, ainda que não seja um brilhante jogador em todas as partidas, faz muita falta na marcação, sem contar que ele luta um bocado e tá sempre procurando jogo. Sem ele em campo para ajudar no lado esquerdo, a ruindade de Rivaldo nos mata de desgosto. E nada de contratarem um lateral…
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Eu tinha achado que a entrada de Chico seria proveitosa e poderia deixar Assunção com mais liberdade para organizar o jogo. Que nada! Chico fez uma partida bem ruim. Até mesmo Kleber não foi bem. Não conseguia sair da marcação dos adversários e me fez lembrar até de um antigo, e injusto, apelido que a torcida dava para Zinho. Mas não creio em nenhum “fantasma” por trás dessa partida ruim do Gladiador. Foi apenas um dia em que nada deu certo. Lincoln também teve uma atuação fraquinha, não armou nadinha, e me pareceu escondido em campo. O time, que tinha jogado um bolão contra o Avaí, parecia outro. Alguns jogadores davam a impressão de se arrastar em campo. E o torcedor fica sem entender porque a equipe faz uma bela partida numa rodada e, na seguinte, dá a impressão que nem foi pro jogo. Será que essa “bipolaridade” é para combinar com a torcida? Somos nós que, num dia, achamos o time o melhor do Brasil e, no outro, queremos mandar todo mundo embora.
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E já que em campo, o nosso futebol não aparecia, nossos jogadores pareciam desconcentrados, cansados, e Leandro Amaro não substituía Danilo à altura, os donos da casa, aos 46′, aproveitaram. Boiadeiro cruzou, Vicente escorou e Thiago Humberto bateu de primeira e guardou no canto esquerdo de Marcos.
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Na segunda etapa, Lincoln nem voltou e, em seu lugar, entrou Adriano MJ. Cheio de pose, de gola levantada, só faltou a luva brilhante… Mas futebol que é bom, ele ficou devendo. Até que no começo a mudança pareceu surtir efeito, pois ficamos mais com a bola no pé. Felipão então, colocou Vinícius em lugar do inoperante W.Paulista, mas ele também pouco conseguiu produzir. A defesa do Ceará não deixava passar nada. E, quando deixou, Chico (eu teria preferido Pierre) desperdiçou a chance da bola tocada por MJ.  Não era mesmo nosso dia. Sorte que São Marcos e a trave (que pegou 3) estavam a fim de jogo. Enquanto isso, lá no Panetone, o Carrossel da Barbie rodava bonito… E assim terminou a partida e a nossa tarde de domingo…
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Nem vou falar do péssimo juiz, das nossas faltas que ele deixou de marcar, das que marcou para o Ceará equivocadamente. Tampouco vou falar das duas penalidades que, em minha opinião, deixou de assinalar em W.Paulista. O Palmeiras não jogou bem, vacilou pela 879.876.657.567 vez na bola aérea e, por isso, a retranca não funcionou, tomamos dois gols e não fizemos nenhum.
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E se o Palmeiras não conseguiu a sua 500ª vitória em Brasileiros, lá no Panetone, o “Barcelona”, do Tiranossauro bambi, conseguiu o seu milésimo frango. Uma marca imbatível, sem dúvida! Agradecemos a diversão, numa tarde em que teríamos só motivos para nos aborrecer.
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O campeonato é longo, meu amigo; o médico já garantiu a volta de Cicinho para a próxima partida quando, muito provavelmente, teremos a estreia de Maikon Leite; mais umas semanas e Valdivia estará de volta… SÓ FALTA A DIRETORIA CONTRATAR UM ZAGUEIRO E UM LATERAL, NÉ? E urgente, porque a coisa está complicada nessas posições, né Tirone?
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Bom e barato não funciona, nem mesmo no Cartola, tá? Fica a dica!