Eles se dispuseram a trazer o Palmeiras de volta, se fecharam na busca de um objetivo e cumpriram aquilo a que se determinaram. Mas, a campanha brilhante, as 24 vitórias (até agora), os 71 gols marcados e só 27 sofridos, o título, conquistado antecipadamente, vieram pela vontade, determinação e luta do grupo. Grupo que, aliás, era visto por muitos desses que estão dando “piti” pelas comemorações, como fadado a nem subir…

Muito obrigada, seus lindos, por terem feito o meu Palmeiras passar pelo inferno de maneira digna, sem trambiques e sem sujeira. Por terem trazido o meu Palmeiras de volta, pelas portas da frente e com a taça na mão.

É CAMPEÃO! E QUE VENHA 2014!

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Eu não gosto mais do Palmeiras quando ele está numa fase boa, e nem gosto menos quando ele está numa fase ruim. Muito pelo contrário, meu amor pelo Verdão aumenta gigantescamente quando ele mais precisa da minha ajuda pra caminhar. E o respeito que sinto por ele é o mesmo em qualquer uma das situações. Não teria cabimento eu estar sempre pedindo para que respeitem o Palmeiras e eu mesma não respeitá-lo. É assim, buscando ser coerente (nem sempre consigo), que procuro me conduzir em relação ao Palmeiras e em relação a todos os outros setores da minha vida também.

Além do mais, a fase do Verdão é boa, a campanha idem, só o campeonato que ele disputa, herança da gestão passada, é que não é nada bom. E nem tão fácil de ser disputado como imaginam alguns. Principalmente, quando se é o Palmeiras, o maior vencedor nacional. Gramados horríveis, esburacados; times que fazem cera durante um jogo todo, desde o apito inicial até depois do apito final; botinadas até não querer mais, simulação de faltas, de agressões a cada esbarrão; faltas violentas sofridas e não marcadas, faltas normais, assinaladas como se fossem jogadas violentas (a impressão é a de que o Palmeiras tem que dar o exemplo e seguir as regras à risca, mas os outros não), até bandeirinha desmarcando pênalti a gente viu… e todo mundo quer fazer o “jogo da vida” diante do Campeão do Século.

Foi uma cansativa ‘volta ao mundo’ para que o Palmeiras reencontrasse a Série A. Ele teve que se reinventar e aprender a “pegada” desse tipo de torneio. Algo parecido com pegar um carro bacaninha e o colocar numa pista de milhares e milhares de quilômetros, cheia de pedras, buracos, atoleiros… se o carro não for de rally, não alcança a linha de chegada. E quantos torcedores querendo um time Ferrari para essa via-crucis toda.

A matemática nos diz que falta um ponto… Pra mim, não falta nada, o Palmeiras conquistou o título no sábado, diante do Joinville, diante daqueles que o amam , e diante de meia dúzia de bobocas, que não sabem se casam ou se compram uma bicicleta. Cantam o jogo todo: ÔÔÔ Vamos ganhar, porcooo!! E depois que o porco ganha, ele é insultado, vaiado… Nunca vi nada tão sem noção…

Mas era por isso, pra ver o meu Palmeiras encerrar esse capítulo Série B, da maneira que eu sonhei e desejei no dia em que caímos, que eu queria tanto uma vitória no sábado. Foi com a disposição de ver o meu time colocar a mão no título que eu fui ao Pacaembu. Fui pra comemorar. Sim, eu disse comemorar. A vergonha aconteceu ano passado. Hoje, não há nada do que se envergonhar, muito pelo contrário.

E a partida foi deliciosa! E você pode estar se perguntando: “O que pode ter de delicioso” num jogo da Série B, diante de um Joinville?”. Tudo. Principalmente se o outro time é o Palmeiras, e se ele tem um Mago…

Tão logo o juiz apitou, já percebemos que o Palmeiras ia pra cima do Joinville. Não tinha nem dez minutos de jogo e Leandro saiu driblando todo mundo, fazendo fila e, na frente da área, tocou pro “Caramujo”. Ele chutou, e a bola passou pertinho. Quase!

E o Márcio Araújo tava jogando bem. O time todo estava bem. Fiquei encantada quando vi que o Caramujinho, esperto, roubou uma bola na intermediária, avançou, passou pro Mago, que com um toque rápido, preciso, deixou Leandrinho na cara do gol (Valdivia pensa rápido demais). E o garoto meteu na rede! Pensa num monte de torcedores felizes, se abraçando…

Apesar de o placar não se alterar no restante do primeiro tempo, o Palmeiras continuou sobrando na partida. Valdivia dava uns passes tão lindos, mas a conclusão não saía. O Joinville só assustou uma vez, quando o seu jogador, depois de passar pelo André Luiz, se viu diante do Prass e chutou à queima-roupa. Que susto! Lá, na hora, a gente não conseguia entender como o Prass tinha defendido aquela bola e perguntávamos uns aos outros: “Como ele fez isso?” Que reflexo tem o Prass!

Apesar de estarmos vencendo, a gente queria mais um golzinho, queria uma vitória mais consistente. Ananias tinha entrado no lugar do Vinícius e se movimentava bem. Mas logo aos 9′, Leandro fez uma falta, recebeu o segundo amarelo e foi expulso (merece um puxão de orelhas do Kleina). Tava na cara que o Joinville ia querer se aproveitar.

Mas quem tem um Mago, tem o inesperado, tem o sortilégio, o encantamento… E o Mago recebeu pelo meio e deu um passe de gênio para Juninho, ou seria o Gênio recebeu pelo meio e deu um passe de mago para o Juninho? Tanto faz… foi lindo demais! Foi o futebol na sua melhor expressão: arte! Aquelas coisas que só poucos e bons conseguem fazer (Ah, se fosse o Neymar fazendo isso, né Press?). E Juninho, com a maior responsa de ter feito parte daquele momento mágico, não deixou por menos e, de primeira, estufou as redes. Coisa linda! Que alegria no Pacaembu! Que bonito ver o Palmeiras fazendo gol com uma categoria dessa!

Não sei se tocada pela magia, pelo gol, mas, de repente me dei conta de que o que pedi pro Papai do Céu para 2013, estava acontecendo diante dos meus olhos. Eu queria muito que o Palmeiras fosse campeão. Muito! Subir, sem o título, não seria o Palmeiras… e tava ali, era o Palmeiras, sim. Eu não conseguia segurar as lágrimas. Alegria, alívio se misturavam em meu coração e eu já não conseguia assimilar todos os lances do jogo.

O Palmeiras e o Mago sobravam em campo. Valdivia era o maestro do time, com assistências perfeitas – uma delas, genial – com dribles, entortadas no adversário, e quando ficamos com um jogador a menos, foi ele quem chamou o jogo, quem prendeu a bola quando tinha que prender,  que comandou o Palmeiras em campo. E ele continuava fazendo das suas, mas o terceiro gol não saía.

Até que, os 42′, Valdivia lançou Ananias pela direita, ele driblou o adversário, avançou com a bola dominada e cruzou pra área. Henrique fez a proteção e o Renatinho mandou pro gol, mas a bola, que tinha endereço certo, bateu num jogador do Joinville. Só que ela sobrou para Serginho e ele, iluminado (sempre deixa o dele) mandou pro gol e explodiu de alegria. Saiu correndo, alucinado, tirou a camisa e levou amarelo. Que regra idiota essa. Quantas botinadas passam impunes e uma explosão de alegria, do cara que sai do banco e marca um gol, é punida com cartão.

Eu não via mais nada… mal percebi que o juiz apitava o final de jogo, Valdivia, merecidamente, saía aplaudido e tinha seu nome gritado pela torcida. Meu coração gritava feliz: É Campeão! É Campeão! E eu não ousava duvidar dele.

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Missão cumprida, meu mágico Palmeiras… Eu sei que faltava um ponto, mas, aqui comigo, que se dane a matemática… eu sei que o título é seu.

Comemoro hoje, e vou comemorar de novo quando esse pontinho chegar. Fui pra comemorar. Sim, eu disse comemorar. A vergonha aconteceu ano passado. Hoje, não há nada do que se envergonhar, muito pelo contrário. Não foi fácil chegarmos aqui (não tínhamos nem elenco suficiente para um coletivo quando 2013 começou). Vou comemorar termos feito as coisas da maneira certa, termos superado as dificuldades que encontramos; vou comemorar termos nos mostrado Palmeiras apesar de tudo o que nos aconteceu ano passado. Vou comemorar mais um título do meu time – comemoraria mesmo que fosse o de campeão de “Par ou Ímpar”, o de “campeão de Catar Conchinhas na Praia”…

Esse é apenas o começo do caminho de volta em busca dos títulos e dos momentos de glória!  E vamos fazer esse caminho juntos, Palmeiras! E de cabeça erguida, como deve ser.

E você, Série B, aproveita essas rodadas que faltam, pra ver de perto o maior campeão do Brasil, viu ? Olha bem direitinho, porque ele nunca mais vai voltar!

Booooora, Gigante! Pega logo essa taça, que temos um centenário pra planejar e festejar!!

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“… Felice di stare lassù…” ♫♪

Para nós, palmeirenses, só agora acabou 2012!

Estamos de volta! O Palmeiras está de volta! Um “novo ano” se inicia.

Graças a Deus, está desfeita a presepada de Tirone, Frizzo, Piraci e Cia. Nos impuseram uma obrigação e aí está, obrigação cumprida!

Uma campanha tranquila, sem sustos, acesso conseguido com seis rodadas de antecedência, com 21 vitórias, 6 empates, 5 derrotas (duas delas, contra Sport e ABC, fabricadas pelo apito), 60 gols marcados, 24 gols sofridos e aproveitamento, até aqui, de 71,9%. São 69 pontos em 32 jogos, 9 a mais do que o segundo colocado, 19 a mais do que o quinto (havia os que diziam que ficaríamos na série B) e 37 pontos a mais do que o primeiro na zona de rebaixamento (houve quem ousasse dizer que o Palmeiras poderia cair nesse campeonato). Se as coisas continuarem seguindo o seu curso, mais umas duas rodadas e o título também terá sido conquistado.

Ficamos numa ansiedade imensa esperando a partida do acesso e, no sábado, num dia lindo de sol, o Pacaembu estava lotado, torcida cantando… 20 milhões de corações palestrinos estavam ali, junto aos 37 mil torcedores que tiveram o privilégio de ir ao Pacaembu (sim é apenas privilégio, sorte, e nada mais do que isso, podermos estar ao lado do Palmeiras, quando tantos outros que gostariam de estar, infelizmente, não podem) e todo mundo esperando o time que iria entrar em campo, esperando pra ver a nova camisa verde e amarela, esperando pra ver a chuteira nova e exclusiva do Mago e, principalmente, esperando pra ver o Palmeiras carimbar o visto de volta à série A e acabar com o pesadelo…

Quando entrei no Pacaembu, os alto-falantes anunciavam os jogadores de outros tempos, aqueles que trazemos guardados no coração e que estariam ali naquela tarde. Entrei na hora em que ele anunciava Edmundo, amado Animal… todo mundo aplaudia, gritava o nome dele. Naquele calorão, nossa pele transpirava alegria.

Vários torcedores tinham seus cabelos pintados de verde, tinha gente com máscara de porco, uma quantidade enorme de bandeiras, de crianças, de sorrisos (e quantos outros torcedores mais,  com seus olhos grudados diante das TVs pelo Brasil e pelo mundo afora, tinham os seus corações ali no Pacaembu). Quem foi que disse que não iríamos comemorar o acesso, quem disse que não iríamos ficar felizes com ele? Qual o sentido de estarmos ali, cantando, de termos ido até o Pacaembu, senão pela felicidade de ver desfeito o mal que nos fizeram?

Para lembrar 1965, quando o Palmeiras, de ponta a ponta, representou a seleção brasileira e venceu o temido Uruguai por 3 x 0, vestindo agasalhos do Verdão e tendo por baixo a nova camisa entraram em campo Ademir da Guia -O Divino, Dudu, Evair, Edmundo, César Maluco, Rosemiro, Alfredo Mostarda, Amaral, Edu Bala, Valdir Joaquim de Moraes,  São Marcos (qual é o time que tem tantos ídolos desse quilate?). Eles foram saudados pela torcida e homenageados pelo presidente Paulo Nobre. Emocionante.

Não vi na hora, mas vi depois em imagens a cena maravilhosa do presidente Paulo Nobre ajoelhado aos pés de Ademir da Guia, o Divino, numa reverência ao fantástico ídolo palmeirense – olha a cara do Edmundo e a do Marcão. Não precisa nem ser palmeirense para que se possa sentir a grandeza desse momento, imagina para um palmeirense então… Realmente D I V I N O !! Paulo Nobre me representa!

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O time atual entrou vestido de verde, posou para foto com o time do passado – lado a lado estavam Valdivia e Ademir, Kardec e Evair, Valdir e Prass, Marcos e Bruno, Dudu e Márcio Araújo, Edmundo e Ananias, Leivinha e Wesley, César e Vinícius… olhos e coração ficavam confusos… surreal!

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Mas de matar a gente de emoção mesmo – eu chorei – foi ver a troca de camisas entre eles. As camisas amarelas foram passadas para os que iam pro jogo e as verdes ficariam para os que iam assistir à partida. Um momento mágico, de arrepiar! Quase morro do coração vendo o Divino entregar a camisa pro Mago (e o Maguinho olhando os dois), o Evair pro Kardec, Edmundo pro Ananias, Leivinha pro Wesley, César pro Vinícius… Pátria Amada Palmeiras!

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Era a deixa para que o futebol fizesse jus àquela festa toda. Só que a coisa não saiu como a gente esperava…

Quando o jogo começou, o Palmeiras até foi pra cima querendo o gol; Vinícius recebeu pelo meio, viu o espaço e chutou, mas o goleiro defendeu. Porém, a ansiedade do time era visível. E ela começou a fazer com que os jogadores errassem muitos passes, perdessem algumas bolas bobas, se precipitassem. O São Caetano começou a arriscar. Prass estava esperto. Valdivia metia umas bolas lindas, mas na hora “h”, ou a finalização não saía direito ou o goleiro pegava. Em algumas vezes, a pessoa melhor colocada não era percebida e não recebia a bola… As 37′, a bola sobrou pra Henrique, que, dentro da área, e com uma categoria de atacante, dominou, deu um corte em seu marcador e chutou pro gol. A maledeta da bola passou raspando… A torcida se inflamava.

Um minuto depois, Kardec recebeu na área e foi derrubado pelo goleiro, a bola sobrou para Wesley, que ia pro gol,  mas o juiz apitou e marcou pênalti. O Pacaembu comemorava. Kardec pegou a bola e foi pra área, mas o juiz, que tinha sido avisado pelo bandeira (!!?!!), voltou atrás e desmarcou o pênalti. É mole? Desde quando bandeirinha assinala ou “desassinala” penalidade? E sem ser com o Palmeiras, quando mais você vê/viu um juiz voltar atrás numa marcação de pênalti ou um bandeira desmarcar uma penalidade?

Virou uma confusão danada, os jogadores reclamaram um bocado. Mais uma vez, o Palmeiras, e só o Palmeiras, tinha um lance anulado por interferência externa – como aconteceu com aquele gol do Barcos, quando a interferência externa viu a mão na bola, mas não viu o pênalti que ele sofrera no lance. É pro bandeira (quarto árbitro, delegado) interferir só se for para o Palmeiras não marcar? Deve ser, porque no jogo do São Paulo, no dia seguinte, um gol tricolor em impedimento (esse sim é lance pro bandeira), uma agressão praticada por Ganso e não punida pelo árbitro,  e um pênalti claro a favor do Inter, que no apito virou falta fora da área (três lances favorecendo o São Paulo – que luta para não ser rebaixado), não receberam a interferência de bandeirinha nenhum (assim é fácil escapar, né?).

E a imprensa, que achou tão correto o bandeirinha do jogo do Palmeiras, não disse nada sobre os dois auxiliares do jogo dos bambis, que deixaram o juiz “errar” quanto quis, e não interferiram em nada – ou será que nos outros jogos eles não precisam interferir? Faltou um dirigente palmeirense na CBF em 2012. Não para que fossemos favorecidos e ajudados a escapar como alguns estão sendo agora, mas apenas para que não tivéssemos sido tão roubados e, por isso, mandados para a série B.

Se o experiente Seneme apitou é porque viu a penalidade, e bastou o bandeira falar com ele que ele “desviu”? Se não foi pênalti, a jogada do Wesley tinha que continuar – o goleiro e o Kardec estavam no chão. Para não prejudicarem o São Caetano prejudicaram o Palmeiras, duas vezes!! Uma, quando o juiz parou a jogada, no momento em que Wesley ia pro gol; e a outra, quando ele desmarcou o pênalti, marcado na hora em que Wesley ia pro gol.

O fato é que se os jogadores já estavam ansiosos, com essa lambança toda ficaram nervosos também. E aí é que não saiu nada mesmo. No segundo tempo o futebol nossas deficiências (eu sei que temos muitas) estavam mais evidentes e futebol ficou muito feio… alguns jogadores tentavam resolver sozinhos, mas nada deu certo e o jogo terminou sem que conseguíssemos marcar um único gol.

Mas o grande mal estava desfeito, e era isso o que mais desejávamos desde Novembro de 2012. A torcida, apesar da brochante falta de gols, respirava aliviada, se sentia feliz com o fim do pesadelo; as pessoas se cumprimentavam e aplaudiam o Palmeiras que voltara à Série A. Então, uma pequena parte da torcida resolveu vaiar e xingar o próprio time (imagine o Pacaembu dividido em 4, menos de 1/4 do público foi a parte descontente). Mas ela foi prontamente vaiada de volta pelo restante de pessoas no estádio, pelos outros 3/4 do público, que se ofendeu com os xingamentos ao time, saiu em defesa dele e passou a gritar: Palmeiras! Palmeiras! Sensacional! O Palmeiras realmente pertence àqueles que o amam!

Missão cumprida, parmerada! Foi quase um ano de calvário e aprendizado mas o pesadelo acabou! Boora buscar o título, virar essa página, dar tchauzinho pra 2013 e entrar de cabeça erguida em 2014.

Nosso “novo ano” vai começar agora. E que ele traga muitas alegrias pra todos nós!

“Você vai ficar na saudade, minha senhora, ah… eu vou embora…”

Deus, muito obrigada pela alegria que sinto hoje… obrigada também, pelas lições aprendidas durante esse tempo.

Eu esperei, pacientemente, durante 11 meses… durante longos 342 dias… E, agora, com a alma em desassossego, não sou capaz de esperar algumas horas… Se eu pudesse, teria ido dormir no Pacaembu de ontem pra hoje.

A sensação que eu tenho é a de ter atravessado um portal no tempo; ontem, eu estava lá, triste, naquele lugar distante, sentindo frio, usando todas as minhas reservas de esperança e boas energias, sonhando com o dia de hoje; hoje, me sentindo plena, estou onde queria estar esse tempo todo, no meio da Luz, do calor no coração, do sonho que sonhei por 342 dias.

Me lembro dos primeiros cálculos… “Quem fizer uns 71 pontos garante o acesso”. E eu pensava: Putz, 71 pontos… vai levar um tempão… Meu coração me dizia: Que nada. Relaxa, sua boba, que vai ser num piscar de olhos, você nem vai perceber. E eu dizia pra ele: Mas e se nos roubarem de novo? Ele me respondia: Nada vai segurar o Palmeiras lá, nem mesmo árbitros pilantras,e você sabe disso. Pelo simples fato de que lá não é o lugar do Palmeiras. Ele é uma azeitona numa salada de frutas. Não tem razão alguma ele estar ali.

Agora, meu coração, todo feliz, sabichão e metido a besta carrega uma plaquinha com os dizeres: Eu sabia!

E ele sempre tem razão. Hoje, com 7 rodadas de antecedência, 71 pontos é questão de horas (temos 7 partidas para fazer os 3 pontinhos que faltam), é questão de dribles e passes mágicos em pés de leão, é questão das cabeçadas certeiras de um cerebral atacante, de defesas precisas, de zaga valente, de desarmes na raça, é questão de abraços, de aplausos, é questão de torcida cantando, feliz… é questão dessa vontade tamanho XGG que todos nós – time, torcida, comissão técnica e dirigentes – trazemos dentro do peito.

O nosso amanhã chegou, Palmeiras! E você não imagina o tamanho da minha (nossa) felicidade. Ninguém imagina…

Eu sempre apostei em você (você sempre é a melhor das minhas apostas), nunca duvidei que passaríamos pela série B com o ‘pé nas costas’… mas, como é você, estava na cara que seria de maneira grandiosa, com uma campanha brilhante. Afinal, por mais que tivéssemos feito muito mal as nossas lições de casa no ano passado, não teríamos ido parar na série B se não fosse um esquema sacana para nos colocar lá – esquema que não existe para os times que hoje estão capengando na série A.

Eles até que tentaram nos atrapalhar nesse campeonato também, mas não conseguiram. Somos vencedores outra vez. Outra vez, como fazemos desde 1914, damos a volta por cima, vencemos as adversidades, as tramoias que nos fazem.

Agora, o pesadelo chegou ao fim! Aquele desconforto que nos acompanhou nesses 11 meses, não existe mais. A “viagem” acabou, estamos em casa outra vez!

E pode morrer de saudade do Palmeiras, série B, porque ele nunca mais vai voltar aí!

E não nos perguntem se vamos comemorar… porque É CLARO QUE VAMOS COMEMORAR! Esse amor não tem “se”, “senão”, “divisão” e nem “porque”. Comemoramos qualquer conquista do Palmeiras, mesmo que seja o título do campeonato de Candy Crush da quinta divisão!!

Hoje, eu e o meu coração vamos festejar! 37 mil pessoas e vinte milhões de corações vão festejar, vão estar no Pacaembu! É mais do que apenas voltar… é provar ao mundo que no Palmeiras tudo é diferente, tudo é mais bonito e verdadeiro. É provar que somos dignos da nossa digna história… e, de novo, escrevemos um capítulo sem mácula, de novo teremos uma conquista legítima, como é a  nossa tradição.

TANTI AUGURI, PALMEIRAS! ORGULHO IMENSO DE VOCÊ!!

O PACAEMBU VAI TREMER!!! O GIGANTE VOLTOU!

“O amor é verde, branca a razão, eu plantei Palmeiras no coração…”♫♪

“Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto, eu tô voltando. Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama, eu tô voltando…”
(Simone)

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Falta uma partida…

Nosso pesadelo está no fim. Aquela sombra que pairou sobre nossas cabeças no segundo semestre de 2012, e que esmagou o nosso coração ao final dele, se desfez…

Já não há mais aquele punhal atravessado em nosso peito. Não! Nosso mundo está cheio de luz e calor, está cheio de sorrisos outra vez!

O Palmeiras foi jogar contra o Bragantino, lá na casa dele, e o estádio se coloriu em verde e branco. Coisa linda essa parmerada, essa torcida que “está diminuindo” (continuam insistindo nisso)! Parecia até que o visitante era o Bragantino. O Verdão, “em casa”, mandou no primeiro tempo. Prass só viu a cor da bola em cobranças de tiro-de-meta; “Lã” Kardec sobrou em campo, jogou muito. Deu passe, tabelou, fez pivô, fez café, trocou lâmpada e fez gol! Um golaço! Aos 27′ do primeiro tempo, ele recebeu de costas na intermediária, girou, e entre dois marcadores mandou um chutão, meio rasteiro, que foi morrer no canto esquerdo do goleiro. GOOOOOOOL, “LÔ KARDEC, SEU LINDOOOOO!! (sonha que você vai voltar, Tamoxunto. A camisa 9 mais linda do mundo já tem dono)!

Eu não imaginei que teria a reação que tive… Assim que a bola tocou a rede, uma emoção enorme, incontrolável, tomou conta de mim; eu nem sabia que ela estava ali, espiando, esperando o momento de se mostrar. As lágrimas, inúmeras, pareciam brigar para saírem todas de uma vez. Uma sensação maravilhosa. Abençoado “Lã” Kardec…

Tivemos outras oportunidades de marcar, mas o primeiro tempo acabou assim. Aí, logo no começo da segunda etapa, Leandro foi expulso infantilmente (é preciso ter mais paciência e inteligência, Leandro, sua boa fase vai voltar) e então, a dinâmica do jogo mudou. Com um a mais o Bragantino veio pra cima e o Palmeiras teve que ficar mais defensivo e se aventurar no contra-ataque; Prass, que estava de uniforme limpinho, passou a ter que trabalhar. O Palmeiras defendia com uma bravura danada. Kleina colocou Eguren no time (aleluia) para fechar os espaços no meio, e aí, Wesley, que tava armando o jogo e fazendo uma bela partida, pareceu ficar mais solto.

Eu continuava chorando, e tive vontade de dar um abraço gigante no Prass, quando ele, com um reflexo extraordinário, defendeu uma cabeçada do jogador do Bragantino e colocou a bola pra fora. Ufffa! Com jogador a mais e tudo, o Bragantino, que batia um bocado (e só o Verdão teve jogador expulso) não ia balançar a nossa rede, não.

O Palmeiras tentava na bola parada; Henrique, olha só que atrevido, cobrou uma falta e ela passou raspando; depois, novamente em cobrança de falta, foi a vez de Kardec acertar o travessão. Trave maledeta!

E o jogo, nervoso, caminhava para o final. O zagueiro Guilherme, pilantra que só ele, recebia atendimento fora de campo e rolou para dentro do gramado para paralisar a jogada. Xerifão Henrique ficou uma fera (aqui é Palmeiras, p@#&rra!) e os jogadores dos dois times se estranharam. E o vigarista, que arranjou a confusão, deitado no gramado, mascava chicletes numa boa, parecendo um camelo.

Aos 42′, quase que o Bragantino marca, Prass, ligado, espalmou pra fora. O juiz avisou que daria mais 3 minutos. Força, Verdão! E aos 47, assim, como quem não queria nada, Wesley, rápido, invadiu a área, deu um corte no zagueiro e mandou no ângulo! GOOOOOOOOOLAÇO, WESLEY, SEU LINDOOOOOO! Matou o jogo e matou a parmerada de alegria!

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Eu, que tinha trancado a sete chaves a dor de ver o meu time na segundona, de vê-lo jogando naqueles gramados horrorosos, contra alguns times que só têm como tática as faltas violentas e jogadores simulando contusões e agressões o tempo todo, podia, finalmente, escancarar as gavetas.

Eu, que escondi a minha dor, para dar ao Palmeiras os meus melhores sorrisos, para dar o meu otimismo, a minha fé e paciência, o meu amor, os meus aplausos, mesmo quando isso pareceu difícil, chorava, copiosamente, as lágrimas deliciosas de poder entrar no dia 26 no Pacaembu, orgulhosa, de cabeça erguida, porque o Palmeiras, mais uma vez, caminhou sem muletas, com suas próprias pernas, e fez uma campanha brilhante!

E das gavetas saíam as lembranças…

E me dei conta que não esqueci que o nosso técnico nos deixou na mão, ano passado, e que nenhum outro queria dirigir o Palmeiras na ocasião. Me lembrei das recusas – até o Falcão, técnico tão inexpressivo, se recusou. Por isso, todo o meu carinho, um enorme respeito e gratidão a Gilson Keina…

Não esqueci dos jogadores que não quiseram vir, e dos outros, que se achando muito importantes para jogar a série B, trataram de se mandar… Por isso, o meu carinho, o meu respeito e a minha gratidão, aos que ficaram e aos que chegaram para lutar as 38 batalhas da mais indesejada das guerras, da “volta ao mundo” para se jogar a série B, dos gramados horríveis e das botinadas o tempo todo…

Não me esqueci dos jogos em que fomos escandalosamente roubados em 2012, dos pontos que nos foram tirados no apito e que pesaram tanto na balança para que fossemos rebaixados… Não me esqueço das palhaçadas encenadas pelo tribunal… Não me esqueço da conivência e omissão da imprensa, que ajudou a esconder os prejuízos que sofremos, que sumiu com as imagens e deixou que gritássemos sozinhos e parecêssemos lunáticos, a cada vez que sofríamos uma derrota fabricada. Por isso, o meu enorme desprezo aos “profissionais” do apito, aos torcedores da justiça desportiva e aos torcedores profissionais de imprensa.

Não me esqueci do desprezo de alguns “palmeirenses”, das suas previsões de descenso no Paulistão, de humilhação na Libertadores, de surras memoráveis diante dos grandes paulistas, de o Palmeiras não voltar da série B. Vocês erraram feio! Por isso, o meu respeito e o meu carinho aos verdadeiros torcedores, que lutaram COM o Palmeiras e PELO Palmeiras. Aos que o apoiaram mesmo que, apesar de, até mesmo se, muito embora… sem impor condições, sem denegri-lo; a todos os irmãos dessa grande família de sangue esmeralda, que fizeram uma festa para receber o Palmeiras pelo Brasil afora; aos que incentivaram os jogadores, mesmo aqueles dos quais não gostavam, mas o fizeram porque eles vestiam a nossa camisa e ela precisa ser respeitada pelo seu torcedor.

Não me esqueço da bagunça generalizada da gestão anterior, das entrevistas desastrosas menosprezando patrimônio do clube, da falta de respostas para as matérias mentirosas de alguns veículos de imprensa, do vazamento de notícias, do CT que parecia a casa da Mãe Joana, dos jogadores que não queriam ficar no clube, das brigas, do presidente, tranquilão, pegando uma praia no RJ, no dia seguinte ao rebaixamento…

Por isso, o meu carinho, meu respeito e admiração ao presidente Paulo Nobre, ao vice-presidente Genaro Marino (membro da Chapa Academia, da qual faço parte com orgulho),  à toda a diretoria executiva e a todos os que trabalharam pelo Palmeiras e foram mudando tantas coisas nesses meses mais escuros.

Nós conseguimos! Estamos de volta! E vamos buscar o título!!

Foi mais que uma simples vitória no sábado, foi a senha para a festa do dia 26, para a volta à série A. Sim, amigo leitor, desmarque os seus compromissos, anota aí na sua agenda, prepara o seu coração, o seu melhor sorriso, a sua bandeira e o seu manto sagrado. Dia 26 tem festa no Pacaembu! O Palmeiras depende só dele e, com todo respeito ao São Caetano,  no dia 26, o Palmeiras (Mago e Vilson de volta!), que hoje já olha nos olhos da série A, vai poder lhe dar um grande abraço e dizer: Estou de volta, cara mia! Sentiu muito a minha falta? Eu não disse que não me demoraria lá?

O PACAEMBU VAI TREMER!! O GIGANTE ESTÁ DE VOLTA!! GRAZIE, DIO!!

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Como é bom quando o Palmeiras vence, quando não é assaltado pelos árbitros, quando a gente fica feliz depois de um jogo… Obrigada, Senhor!

Dia de jogo do Palmeiras é também dia dele ser roubado no apito… E, pra piorar, como ele perdera mandos de jogos por causa da briga de suas torcidas, na terça-feira o jogo era em Londrina, com transmissão só no PFC (não foi isso que a Globo fez em 2008, né?). O jeito era apelar para a NetCat (o gato na net) e assistir no “Premiau FC”.

Um pouco antes do jogo, tomei um banho, fiz um cafezinho e fui ouvir um pouco de música, tentando preparar o espírito para a roubalheira que viria e para todo aborrecimento que ela traria. Sim, somos a única torcida do país que já espera pelo prejuízo, uma vez que, “jogo sim e outro também”, a CBF “sorteia” um pau-mandado para apitar as partidas do Verdão. E parece que, quanto mais prejudicado o Palmeiras for, mais a CBF gosta do “pau-mandado”, porque o sujeito apita “que nem o nariz dele”, e é recompensado com arbitragens na série A, na rodada seguinte.

Ah, esse ‘país do futebol’… Parece até piada! Os péssimos árbitros dos jogos contra Avaí e ABC foram promovidos pra apitar na série A. Como pode, um árbitro que faz o resultado de uma partida, merecer que a CBF o recompense? Se  depois de um desastroso desempenho, ele recebe um prêmio, e não uma punição, posso concluir que foi por mérito, foi porque a entidade que cuida (?!) do futebol ficou plenamente satisfeita com o seu desempenho. Vergonhoso!

Mas a partida diante do Figueirense acabou sendo uma baita surpresa. Não pela deliciosa goleada que o Palmeiras aplicou no adversário e pelo estádio cheio de palmeirenses, e sim pela atuação quase imparcial do árbitro. Não fosse um mesmo jogador do Figueirense cometer dois pênaltis – um deles quando  Ananias ia pro gol – sem levar vermelho; não fosse uma pisada no pescoço de Serginho, uma voadora de William em Ananias, e o tal Artur, que acertou o Leandro (quando a bola estava fora de jogo), ficarem impunes, e poderíamos dizer que o juiz, Edivaldo Elias da Silva (PR), apitara corretamente. Mas, diante da roubalheira da qual o Palmeiras tem sido a vítima favorita e frequente, o fato de não termos tido um resultado fabricado pelo árbitro já foi uma dádiva dos céus. Acho que a CBF, que premia com a série A quem prejudica o Palmeiras, vai colocar de castigo esse aí e mandá-lo apitar a série D ou o campeonato de Sub-12.

Quando a partida começou, o Palmeiras, que ainda devia estar muito engasgado com a garfada que levou do tal Marcos André Gomes da Penha, árbitro da partida anterior,  estava bem mais acertadinho e determinado. Leandro recebeu pela esquerda, driblou três adversários e foi derrubado dentro da área. O juiz marcou o pênalti!!! Milagre!!! Quem podia imaginar… Temos penalidades, escandalosas e não marcadas, em quase todas as partidas, que eu pensei que os árbitros estivessem sendo proibidos por alguém de apitar pênaltis pro Palmeiras. Não dava nem pra acreditar que o juiz tivesse apitado! E com apenas 5′ de jogo, o lindo do “Lã” Kardec, tranquilo, foi lá e guardou. Que maravilha!

Eu estava assistindo no “Premiau” e o Chrome resolveu travar justo na hora do gol… mal sabia eu que ele não ia me deixar ver quase nada do jogo dali pra frente. Foi um sacrifício para acompanhar a delícia de goleada do Verdão (assisti ao VT depois).

O gramado era muito ruim e, talvez por isso, os erros de passe eram inúmeros, nas duas equipes. Prass fez umas duas defesas, o Palmeiras tentou numa jogada de Mendieta e Leandro, mas nada aconteceu. Já no finalzinho do primeiro tempo, Wendel saiu machucado e Ananias o substituiu.

O Palmeiras voltou do intervalo com Serginho no lugar de Leandro, que sentira o tornozelo; e não era pra menos, ele levou tanta botinada. E já aos 3′, tivemos um revival do início do primeiro tempo. Ananias invadiu a área, ia pro gol, mas foi derrubado por Douglas Marques (fez dois pênaltis no mesmo jogo e não tomou cartão vermelho).  E o juiz, milagrosamente, não assaltou o Palmeiras e assinalou a penalidade!! Tchuuupa, CBF!! Mendieta, com categoria, foi lá e guardou o segundo.

E o Palmeiras não deu mole. 4 minutos depois, Ananias (olha ele de novo), que tava liso como ele só, fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Alan Kardec. “Lã” Kardec nem fez força, cabeceou de levinho, de mansinho, a bola desviou no zagueiro e entrou. Se com 1 x 0 já não dava pro Figueirense, imagina com 3 x 0…

O adversário entregou os pontos de vez… Coube ao Palmeiras administrar o resultado, segurar mais a bola. Eu, que não tinha conseguido ver nenhum dos gols, tava rezando para o Palmeiras marcar mais um e eu poder ver. E não é que ele marcou mesmo?

Aos 38′, numa jogada linda, Juninho tocou pra Kardec e correu na frente pra receber. “Lã” Kardec enfiou a bola de volta pro Juninho, que entrou na área com o marcador em seu encalço e o goleiro já se posicionando à sua frente, mas ele deu uma paradinha esperta, goleiro e marcador se enroscaram e ficaram no chão, e então, Juninho rolou pra Serginho que estava livrinho, com o gol escancarado à sua frente e implorando para a bola entrar. Golaço!

Palmeiras 4 x 0 Figueirense.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ERSURffLbGI[/youtube]

O Figueirense – o goleiro, principalmente – reclamou da posição de Serginho no lance. Mas olha só como o palmeirense tava ‘impedido’, enquanto o goleiro e o zagueiro faziam o “quadradinho de 4”.

Serginho-posição-legal

Coisa linda a jogada. Coisa linda o meu Palmeiras, que vai voltar à Série A esbanjando competência e  com mais de 100 gols na temporada – já temos 99. Coisa linda a torcida gritando “Olé” no restante da partida…

Subir, a gente sabe que já subiu… Mas precisa ser na tal da matemática, né? Pois então vamos pra próxima… “tamo” subindooooo!!

A TV mostrava o jogo da seleção brasileira com a Austrália, mas eu estava preocupada com o jogo do Palmeiras, a minha única seleção, que ia jogar lá em Goiás contra o Atlético local. Estava quase na hora da partida começar.

ÊÊÊ… PALMEIRAS, MINHA VIDA É VOCÊ!

E, para “variar”, minha mãe me ligou pra avisar que ia passar o Palmeiras na TV. Não tem jeito, ela faz isso desde 1914.

Depois de ter feito 50% do caminho de volta à série A, o Palmeiras ia começar a trilhar a outra metade do caminho. E tinha que começar com o pé direito! Valdivia, na seleção chilena, e Henrique, na seleção brasileira, desfalcavam o time titular. Sem Juninho e Fernandinho, lesionados, íamos de Wendel na lateral esquerda. Mendieta, graças à mais uma das punições de dois-pesos-e-duas-medidas do STJD, também estava fora. Por outro lado, Vilson, que não acertara a sua transferência para o Sttutgart – graças a Deus – estava de volta ao time. Vinícius, Leandro e Kardec formavam a linha atacante de raça. Tudo tranquilo…

Mas, para a imprensinha, o Palmeiras está em crise. Publicam as nossas notícias sempre associadas à alguma crise. Foi assim a semana inteira. Só se estivermos em crise por causa das nossas vizinhas que estão na zona de rebaixamento… Crise de risos!

É muito estranho que tentem conturbar o nosso ambiente, mas da situação caótica dos bambis, do time horroroso, jogando nada; do goleiro em declínio total, das broncas de alguns jogadores com esse goleiro; dos três pênaltis seguidos que o presunçoso jogou fora, do “Fabuloso” que não ajuda em nada… a Press não falar nada, não noticiar. Nem da “Operação Lady Gaga”, que tenta salvar o SPFW do descenso, e que já andou operando a Lusa, sem anestesia.

O Palmeiras é líder da competição que o levará de volta à série A, tem o melhor ataque, a segunda melhor defesa e 75% de aproveitamento. Crise o escambau! Mas como a Chapecoense jogara um dia antes do Palmeiras e vencera a sua partida, por uma noite ela nos tomara a liderança da competição. E foi o bastante para a imprensinha quase morrer de satisfação e repetir “trocentas” vezes que o time do sul era líder do campeonato. Que “meda”! Devia ter “jornaleiro” torcendo pro Atlético-GO desde criancinha. Bobagem…

O início de jogo do Palmeiras foi arrasador!  Aos 12′, numa das jogadas de ataque, a bola foi colocada pra fora em escanteio; Wesley cobrou pela direita, e o “Lã” Kardec, naquele seu jeitinho Kardec fulminante de ser, subiu mais que a zaga inimiga, cabeceou forte e guardou! Que maravilha! Eu que andava meio mau-humorada desde o dia anterior, e que antes do jogo, tinha tomado até remédio pra dor-de-cabeça, começava a experimentar os efeitos do mais poderoso remédio que conheço: ver o Palmeiras ganhando. Que sensação boa!

Três minutinhos depois, Luís Felipe mandou uma bomba de fora da área e o goleiro rebateu, “bateu roupa”. Alan Kardec estava no rebote, mas foi derrubado dentro da área… PÊNALTI!! E ele mesmo, o nosso centroavante bom de gol é quem foi para a cobrança. Tranquilo, percebeu o lado em que o goleiro ia cair e tocou no outro. 2 x 0! Essa, tava no papo! Meu “remédio” favorito aquecia meu sangue, relaxava o meu corpo e me dava uma sensação maravilhosa.

Como o mundo fica lindo quando o Palmeiras está vencendo, né? A boca da gente ri por conta própria, o tempo todo. A sensação é inexplicável! Qualquer problema que possamos ter, fica minúsculo diante do tamanho da felicidade que o Palmeiras nos proporciona. Eu não conseguiria parar de sorrir nem se eu quisesse.

E eu só tinha uma certeza: a de ser louca por esse time.

Com 15′ de jogo o Palmeiras tinha 2 x 0 no placar. E, pelo futebol que ele jogava, a gente sabia que eram mais três pontos na nossa conta. Era óbvio que ele iria administrar o resultado,  e o Atlético, por sua vez, mesmo cheio de ‘celebridades’ (Michael Jackson, John Lennon…) não fez grande coisa no primeiro tempo.

Na segunda etapa, eles até que quiseram nos assustar logo de cara. Adriano Michael Jackson (aquele) recebeu um cruzamento e mandou de carrinho pro gol. Prass, de maneira sensacional, defendeu com o pé esquerdo; no rebote, a bola sobrou pro Michael Jackson de novo (e pensar que eu já torci pra esse cara) e o ‘Van Der’ Prass defendeu, de novo! Coisa linda esse goleiro!

Wesley cobrou escanteio e o Vilson (graças a Deus que a negociação não deu certo), de cabeça, quase fez o terceiro. O Atlético foi pro ataque e o Prass defendeu de novo. Wesley cobrou falta e quase guardou no cantinho, o maledeto do goleiro foi buscar.

Leandro tava doidinho para fazer o dele e já tinha perdido algumas oportunidades. Mas, mesmo sem marcar, ele se doava em campo uma barbaridade. E acabou recompensado e nos recompensando também. Kardec lançou Charles, e ele, de cabeça, tocou para Leandro. A minha “cacatua” favorita recebeu dentro da área, chapelou o zagueiro e nos presenteou com um golaço! Daqueles de fazer a gente ficar de pé antes mesmo da conclusão!

E lá estávamos nós em plena crise… de alegria! Pode escrever aí, Press!

Mas o Atlético acabou descontando. E o ‘Van Der’ Prass só tomou o gol porque foi Jesus que marcou. Como é que a nossa defesa ia dar um chega pra lá em Jesus? Era capaz do “seo Ximit” mandar colocar nossos jogadores na cadeia…

No finalzinho, aos 43′, Márcio Araújo fez uma bela jogada e tocou pra Kardec chutar de primeira, o goleiro foi pra defesa e evitou o que seria o quarto gol do Verdão. Pecado! Uns minutinhos depois, Michael Jackson encheu o pé de fora da área, mas Prass fez outra bela defesa. E foi só.

E tão logo o juiz apitou, eu senti uma vontade enorme de chorar. E não entendia porque estava chorando, até que percebi que, mesmo faltando muitas partidas, o meu coração já sabe, ele já tem certeza…

E vamos voltar de cabeça erguida, sem atalhos, sem esquemas, sem ajuda e sem perder a dignidade. Como só o Palmeiras sabe fazer!

Espera só mais um pouquinho, viu série A? Seu campeão favorito está voltando!

“Defesa que ninguém passa,
linha atacante de raça,
torcida que canta e vibra…”♫♪

Na terça-feira, lá no Pacaembu, o hino palestrino se materializou nas ações do time e da torcida. A defesa defendeu tudo, o ataque atacou muito e a torcida cantou e vibrou a plenos pulmões. Teve mais coisa também…

Jogo fácil, adversário fraco e, por isso mesmo, o jogo era mais amarrado. Teve momentos em que o Icasa colocava os onze dentro da área, e só não chamava os do banco porque não podia. O jeito era arriscar de longe. Charles levou perigo por duas vezes, mas, num lance em que o jogador do Icasa se enroscou com Henrique, o árbitro marcou pênalti. E não foi pênalti, coisa nenhuma! O car de pau do Eduardo Valadão, juiz da partida, ainda deu amarelo pra Henrique. A torcida não se conformava com a marcação e com a possibilidade de o Palmeiras tomar um gol do Icasa. Mas eu me mantive tranquila. Olhava pro Prass e dizia pros meus amigos: Ele vai pegar! Ele vai pegar!

A torcida vaiava o jogador do Icasa, metia pressão… e o Prass defendeu!! Mas não foi uma defesa qualquer, ele pegou a bola e ficou com ela. O Pacaembu veio abaixo. “Defesa que ninguém passa”. Desde 2010, que não tínhamos um pênalti defendido (não conto aquele do Deola, porque acabou resultando em gol). Teria sido muito ruim se tivéssemos tomado um gol daqueles retranqueiros, e, por isso mesmo, a defesa do Prass foi tão importante. Retranca, o tempo todo, é a única arma dos que não têm qualidade.

E então, o Palmeiras tratou de ir fazer o resultado. Mendieta cobrou falta e… quase! Leandro, abusado, fez fila pela direita, entrou pelo meio e chutou, mas o goleiro defendeu. O time estava bem, mas todos nós sabíamos que estava faltando Valdivia ali. Dentro da programação que é feita para preservá-lo, já que ele apanha um bocado em todos os jogos, ele estava no banco.

Já estávamos com quase 40 minutos de jogo, quando Leandro avançou pela esquerda, entrou na área, e foi derrubado quando ia driblar o jogador adversário. O juiz apitou e apontou para o meio da área. Pênalti!! Alegria geral na bancada! Alegria geral no Pacaembu! Vinícius, que fazia muito boa partida, foi pra cobrança e guardou! E como os seus adversários no campeonato estavam perdendo os seus jogos, a liderança voltava para os braços do Verdão.

No último minuto, Mendieta fez uma jogada linda. Na entrada da área, num espacinho de nada, ele driblou três adversários e chutou, de bico, mas o maledeto do goleiro pegou o que seria um golaço do nosso gringo. Tem nada, não, Willi, não demora muito e você vai marcar vários gols.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou do mesmo jeito: senhor do jogo. Dominava as ações e se mantinha ofensivo. Ora com Luís Felipe, ora com Vinícius, Mendieta, Leandro… Com onze dentro da área pra defender, faltava algo ali. Faltava aquele toque de magia…

Gilson Kleina sabia disso e, aos 20′, chamou Alan Kardec para o lugar de Vinícius e substituiu Mendieta pelo Mago. Nossos olhos ficaram tão felizes quanto os nossos corações. Eles sabem que com Valdivia em campo, as jogadas ficam muito mais bonitas de se ver. E sabiam que Alan Kardec, que perdera dois gols na partida anterior, não perderia suas chances uma outra vez.

E não deu outra! Nosso gringo mágico, mesmo jogando um quarto da partida, meteu os seus companheiros na cara do gol cinco vezes! É o futebol do time inteiro que cresce com o Mago em campo.

Valdivia deu um passe lindo, que foi encontrar Kardec dentro da área, mas o goleiro conseguiu abafar. Um minuto depois, Juninho cobrou escanteio e Kardec, de cabeça, de centroavante, de posicionamento certo, meteu na rede!! Essa vitória era nossa! Mais uma! A torcida, feliz, cantava, aplaudia, se abraçava.

Aos 39′, o Mago (que futebol maravilhoso ele joga) roubou a bola, avançou pela esquerda, entrou na área e tocou mais atrás para Charles, que viu Wesley passando ao seu lado e tocou pra ele; Wesley deu um corte no marcador e meteu um canudo, no ângulo, acordando o quero-quero que lá dormia. Que golaço!! Merecido, porque ele fazia uma grande partida. “Linha atacante de raça”.

Aos 45′, Valdivia enfiou uma bola linda para Ananias (jogou pouco tempo, mas me agradou) e ele bateu cruzado. Quase!

Já estávamos esperando o juiz apitar, estávamos felizes pra caramba com o futebol do Palmeiras, que está na segunda divisão, mas joga um futebol de primeira, enquanto que, alguns grandes da primeira divisão, jogam um futebol de segunda…

E deve ter sido por isso que os deuses do futebol, que costumam se manifestar pelos pés dos craques, resolveram nos presentear… deve ter sido por isso que eles decidiram mostrar para todo mundo que o Palmeiras é o PALMEIRAS, não importando onde ele esteja… deve ter sido por isso que eles inspiraram Valdivia a nos encantar com mais um de seus sortilégios… e matar nossos corações e olhos de alegria…

Eram 46′ do segundo tempo… Valdivia começou a jogada no campo de defesa, foi avançando pelo campo de ataque, driblou quatro marcadores, foi passando por entre eles, e os deixou perdidos, sem saber o que fazer – e a gente sem entender como ele consegue fazer essas coisas -… invadiu a área e, quando todo mundo achou que ele queria marcar o seu, o Mago só rolou para Alan Kardec marcar o quarto gol do Verdão. UMA PINTURA, A JOGADA DO MAGO!

E como a gente não podia entrar em campo para abraçá-lo, como a torcida não podia cumprimentá-lo pela jogada, não podia apertar a sua mão, parecendo até combinado, todos começaram a gritar o seu nome: Valdivia, Valdivia… Que momento lindo! Que bonito de ver a alegria dos seus companheiros pela jogada linda que ele fizera e que proporcionara o quarto gol do Palmeiras.

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Se continuar assim, vamos ter que acrescentar duas palavrinhas ao nosso hino…. “Sabe sempre levar de vencida, e com magia mostrar, que de fato é campeão”.

E hoje tem mais Palmeiras!

Tem mais do time com o melhor ataque das séries A e B, com a segunda melhor defesa e o melhor saldo de gols! Tem mais do time que abre quase 20 pontos dos últimos colocados da competição… Tem mais desse Palmeiras que, dentre todos os campeonatos e divisões, faz sempre maior e mais vibrante o campeonato e a divisão que ele disputar… que faz a nossa segunda-feira ter cara de sábado e a nosso final de semana ter três dias…

Tem mais dessa alegria que temos visto nos treinos, nas partidas… essa alegria que anda morando em nosso peito, que não conseguimos esconder em nossos rostos.

Que os deuses do futebol estejam em campo hoje, que Deus esteja conosco…SE O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!

Fica triste não, série A, espera só mais um pouquinho, o Gigante, seu maior campeão, está voltando!

“… Defesa que ninguém passa, linha atacante de raça, torcida que canta e vibra…” ♫♪♫

De novo, um juiz interferiu no resultado de um jogo do Palmeiras. Como se não bastasse todas as “interferências” em tudo quanto é campeonato, principalmente, no Brasileiro/2012, na série B a sacanagem continua.

Contra o Sport, tomamos um gol num lance em que o jogador deu um tapa na bola, para ajeitá-la antes de chutar, e a arbitragem validou o gol. Isso não é falha e tampouco erro de interpretação. Ou o cara é cegou ou validou um gol ilegal porque quis. E o Palmeiras perdeu o jogo por isso, por causa do juiz, que “não viu” – os assistentes também não – aquilo que estava sendo pago pra ver: as infrações ocorridas na partida.

Contra o Guaratinguetá, ganhávamos de 1 x 0, ainda no primeiro tempo, quando Valdivia sofreu pênalti, que o juiz, Vinícius Furlan, não marcou. O jogador do Guará puxou a camisa do Mago -, que só não rasgou porque é Adidas – um outro deu um chega pra lá nele; já caído, foi intimidado por vários jogadores do Guaratinguetá; Valdivia conversou com o juiz numa boa e, ainda assim, quem recebeu cartão amarelo foi ele! O árbitro, Vinícius Furlan, nos prejudicou duplamente no lance, ao nos tirar a chance de ampliar a vantagem e ao dar amarelo para Valdivia, que nada fez. Da mesma forma, o juiz favoreceu o infrator duas vezes; ao não marcar a penalidade cometida pelo Guaratinguetá, e ao não dar o cartão para o jogador que cometeu a penalidade em Valdivia, que era quem merecia cartão amarelo, ou até mesmo a expulsão. Repare nas imagens abaixo que o juiz viu tudo perfeitamente, que o bandeirinha tinha visão privilegiada na hora do pênalti. E por que não o marcaram?

Pênalti-no-Mago-Guará

Pênalti-no-Mago-CamisaPuxada

Pênalti-no-Mago1 (1)

Mago-Intimidado (1)

Mago-intimidado1 (1)

Pênalti-no-Mago-Lancenet

Pênalti-no-Mago-Globo

Assista ao vídeo com o lance, e veja se Valdivia reagiu em algum momento, como diz a página da Globo.

http://www.lancenet.com.br/palmeiras/Kleina-reclama-penalti-Valdivia-gramado_0_963503770.html

E teve comentarista que disse que o Valdivia pagava pelo seu passado… Que passado? O de ter a imprensinha inteira o qualificando de ”cai-cai”, enquanto Neymar era apenas o ”jogador caçado”? Que passado? O de ter levado uma paulada de Alex, dos bambis, e ter ficado 10 dias fora do time? O de ter levado um chute pelas costas de Jorge Wagner? Ou então, seria o passado de ter tido o seu nariz quebrado com um chute adversário e o juiz nem falta ter marcado no lance? Quem sabe foi o passado de ter levado um tapa no rosto de Rogério Ceni… ou então ter tido o seu joelho estourado por Paulo Miranda, num outro pênalti não marcado…

Talvez seja o passado da final em Barueri, contra o Coritiba, quando Valdivia foi agredido com um pontapé e o juiz nada fez e, minutos depois, ao fazer uma falta no jogador que o agredira, ter sido expulso. A falta cometida por Valdivia foi passível de cartão, mas o chute que o jogador do Coritiba deu nele, de propósito, para a arbitragem não foi nada. A imprensa escondeu os fatos e isso não foi nada honesto da parte dela. E ela ainda disse que o Coritiba tinha sido prejudicado na partida… Com dois jogadores que deveriam ter sido expulsos e não foram (o que fez pênalti em Betinho também deveria ter levado vermelho), com um adversário (Valdivia) que não deveria ter sido expulso e foi, o Coritiba é que foi prejudicado? Imagina se ele tivesse sido ajudado então…

E, seguindo a linha de pensamento desses “comentarishtaish”, de que um pênalti pode deixar de ser marcado por causa do “passado” de um atleta, podemos pensar que é lícito ao juiz aplicar as regras de maneira particular para cada jogador? É isso mesmo, Press?

“Ah, mas o Palmeiras jogou muito abaixo do esperado”, dirão alguns. Verdade, jogou mesmo! Mas isso não dava direito ao árbitro de prejudicá-lo mais do que o futebol ‘abaixo do esperado’ já o prejudicava.

“Ah, mas o Alan Kardec perdeu dois gols feitos”, dirão outros. Outra verdade, mas isso também não dá direito ao árbitro de fazer o Palmeiras perder mais um gol, ou a chance de tentar marcá-lo. Foram dois gols perdidos pelo jogador, e um outro, perdido por causa do árbitro. Como diria a minha avó: Vê se no céu tem festa.

Árbitros não são analistas de passado alheio, não devem ter a execução do seu trabalho atrelada ao bom ou mau futebol das equipes. Nada justifica que eles interfiram no resultado dos jogos, que decidam partida alguma. Árbitros e assistentes entram em campo para fazer com que as infrações sejam assinaladas e punidas, que a violência seja coibida, e que os resultados das partidas sejam os mais justos possíveis.

E não há outra interpretação que não seja “pênalti”, para o ato de se puxar, até esticar, a camisa de um adversário dentro da área. E não importa quem esteja dentro da camisa puxada, ou qual seja o escudo bordado nela. Puxar o jogador pela camisa é uma atitude faltosa. E falta dentro da área é pênalti e ponto final. Não existe muito pênalti ou pouco pênalti, ou é ou não é. Simples assim. Toda a retórica em cima disso é “picaretation”. Imagina se fossemos levar em conta o passado dos comentaristas? Tem uns que estariam perdidos…

E se o Palmeiras vive sendo sacaneado pelas arbitragens, como bem sabemos que é, o Valdivia é o “palmeirense alvo” favorito  dos juízes, para ser punido até quando não faz nada, e da imprensinha, para apontá-lo como “culpado” mesmo quando quem erra é o juiz. Quem os ouve, até pensa que o Mago morde adversários em campo – tem jogador que faz isso, acredite -, pensa que ele pisa o pescoço dos adversários, que ele cospe nos juízes, que vai fazer dancinha na torcida organizada adversária para provocar a violência dos torcedores…

E o que ninguém da imprensa fala também, é que Valdivia é caçado em campo, em todas as partidas. Os árbitros, em sua maioria, são coniventes, e a imprensinha, pra variar, é omissa e com a sua omissão ajuda a justificar a conivência dos árbitros. Ela nunca fala nada sobre o assunto. Mais ou menos como faz agora, com os bambis na zona de rebaixamento, e totalmente blindados das notícias negativas.

E só nós, palestrinos, lunáticos que somos, é que percebemos a sacanagem com o Palmeiras e seus jogadores; só nós reclamamos das “trocentas” faltas que Valdivia sofre em campo; que ficamos muito bravos com as inúmeras outras, cometidas em Valdivia e em vários jogadores nossos, que a juizada faz de conta que não vê; com os pênaltis não marcados, com os agressores de nossos jogadores que ficam impunes, com os prejuízos impostos ao Palmeiras;  nós é que sabemos que é por apanhar tanto, que o nosso mais talentoso jogador acaba se contundindo mais vezes, deixando o Palmeiras desfalcado do seu futebol tão necessário; somos os únicos a saber, e ver, o rodízio de faltas que Valdivia sofre a cada partida – o time adversário inteiro bate, cada hora com um jogador diferente, pra não dar na cara.

Mas o que a gente não sabia, ou melhor, sabia, mas não tinha certeza, é que Valdivia é o jogador que mais recebe faltas no Brasil, com total conivência da maioria dos árbitros. E isso a imprensinha não vem te dizer. As estatísticas estão por aí, é verdade, mas assim como quem não quer nada, meio despercebidas.

Eu não consegui as estatísticas de todos os clubes (algumas páginas davam erro, e não havia uma página de estatísticas para todos os clubes da série B), mas nem precisava. Porque, se somarmos as mais escandalosas faltas sofridas pelo jogador do Palmeiras, que não são assinaladas pelas arbitragens, a média de faltas recebidas por ele, aumenta consideravelmente e duvido que qualquer outra a ultrapasse. E vale lembrar que, ao contrário de muitos jogadores que estão entre os que mais recebem faltas, Valdivia não é um jogador que cometa muitas infrações, como acontece com Luan-CRU, Emerson-COR…, por exemplo. Confira:

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Como você pode ver, leitor, dentre os principais jogadores dos maiores clubes do Brasil, Valdivia é o que tem a maior média de faltas recebidas. Dentre os mais talentosos do país, ele é o que mais apanha, o que mais recebe faltas para ser parado. Empata em porcentagem com Kleber, do Grêmio, que sofreu o dobro de faltas, atuando no dobro de partidas.

Mas aí, mesmo sem citarmos as muitas outras faltas que fazem nele, nos lembramos do pênalti de sábado, cujas imagens você viu no início dessa postagem, nos lembramos que seria um lance determinante, que poderia ter mudado o resultado da partida e da tabela do campeonato… Uma falta pra ninguém botar defeito e que faz com que tenhamos certeza de que as faltas sofridas por Valdivia são em número bem maior do que nos contam as estatísticas (se uma tão importante como essa passou batida, imaginem quantas outras também passaram). Só essa aí, se marcada, já elevaria a sua média de faltas recebidas para 4.0. Uma média como essa é algo muito sério e é contra isso que devemos “brigar”.

E hoje, o Palmeiras e o jogador mais caçado do país estarão em campo. Eu sei e você também já sabe… OLHO VIVO NO HOMEM DO APITO!

Valdivia-voltou1

“Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca

Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre” ♪♫ (Milton Nascimento)

Pareceu uma eternidade esse tempo de Copa das Confederações em que o Verdão ficou sem jogar… Custou tanto a passar.

Não há vida sem Palmeiras! A gente continua fazendo tudo como sempre, trabalha, estuda, passeia, dá risada, se alimenta, anda, respira… mas é tudo tão sem cor, sem calor, sem perfume… A sensação de que falta algo é permanente.

Contamos os dias até esse sábado (06), ficamos ansiosos como quem mal pudesse esperar pra rever um grande amor. E era isso mesmo, íamos rever o nosso grande amor.

As expectativas eram as melhores possíveis, time descansado, que treinou bastante durante a “férias”, o garoto Luís Felipe no time, Prass de volta, Valdivia de volta… O Mago… com ele em campo sempre podemos esperar um futebol mais bonito.

Pra não ficar na pilha, passei o dia batendo pernas na 25 de Março, e cheguei em casa quase na hora do jogo começar. E então… surpresa! Nenhuma emissora ia transmitir o jogo do Palmeiras. A Band, que acenara com a possibilidade, mudou de ideia (ou a Globo fez com que ela mudasse) e transmitiria o ‘badaladíssimo’, confronto entre os dois “grandes campeões brasileiros”, São Caetano e Avaí. Era compreensível… afinal esses times, que ‘conquistaram tantos títulos nacionais’, ‘possuem milhões de torcedores espalhados pelo país’, não é mesmo? Eles têm jogadores que já vestiram a camisa da seleção brasileira, da seleção chilena… são times que têm muito mais apelo. E, deve ter sido por esses motivos que ‘São Caetano x Avaí’ foi o jogo que os milhões de palmeirenses, espalhados pelo Brasil inteiro, tinham pra assistir.

As TVs ‘preferiram’ levar ao ar uma programação que lhes daria menos pontos no Ibope? Estranho… Deve ser a Dona Globo, detentora dos direitos de transmissão, querendo forçar o torcedor palmeirense a comprar os pacotes de PPV da série B. Eu não sei você, amigo leitor, mas eu não compro!

E lá fomos nós assistir via PC… Estava um calorão em Presidente Prudente e o Palmeiras, de Fernando Prass, Luis Felipe, André Luiz, Henrique, Juninho, Márcio Araújo, Charles, Wesley, Valdivia, Leandro e Vinícius,  estava lindo de branco. Nas camisas, uma mensagem de apoio ao grande Djalma Santos, ex-jogador do Palmeiras, que se encontra hospitalizado. No banco, o auxiliar técnico, Juninho, substituía Gilson Kleina. No gramado, antes do apito inicial, Valdivia se ajoelhava em oração – e eu rezei com ele, rezei por ele… muito mais do que nós, torcedores, o Mago sabia o quanto essa volta significava, sabia tudo o que estava em jogo…

Apesar do gramado ruim, esse time, lindo, que vestia branco, precisou de apenas 7 minutos para abrir o placar. Jogada linda do Mago – tão bom ter ele de volta -, que driblou dois marcadores, tabelou com Leandro e rolou pra Luís Felipe cruzar no meio. Charles tentou mandar pro gol, mas acabou sendo travado; a bola sobrou para Leandro, que encheu o pé e estufou as redes (Tchuuupa, Tamoxunto!). Que alegria eu senti! O Palmeiras, do jeito que a gente gosta, saía na frente.

O toque de bola do Verdão era outro, o time estava mais rápido. A qualidade do passe de Valdivia, a sua visão de jogo, que são indiscutíveis, faziam muita diferença.  O Palmeiras precisa tanto disso…

O Oeste até quis nos importunar, mas a zaga estava esperta. Aos 36′, eles deram um susto na gente com uma bola na trave. Mas nem deu tempo de ficarmos preocupados. Na sequência, Valdivia, – os adversários batem um bocado nele – com um passe preciso lançou Vinícius; ele cruzou e Leandro, “facinho, facinho”, fez o segundo do Palmeiras, segundo dele na partida (visibilidade é isso, Tamoxunto! Fazer gols, jogando por um grande time). Que maravilha!!

No finalzinho do primeiro tempo, o Mago deu um passe perfeito pro Charles e o deixou na cara do gol, mas ele foi derrubado na linha da área. Que gostoso ver o Palmeiras jogar um bom futebol! Que delícia ver o Valdivia em campo, fazendo das suas… Que alegria ver o garoto Luís Felipe se saindo tão bem, ver o Juninho fazendo bons cruzamentos, o Wesley jogando certinho, o Charles marcando dois gols no jogo… que bom ter o Henrique no time… que alívio constatar que, a despeito das reclamações da época, a diretoria acertou em cheio ao escolher Leandro, nosso artilheiro, entre os jogadores que lhe foram oferecidos pelo Grêmio.

Na segunda etapa, aos 6′, Luís Felipe fez jogada pela direita, cortou para o meio e, de fora da área, arriscou de esquerda acertando a trave. Quase! Valdivia estava Valdivia, enlouquecendo os adversários e encantando a torcida! Aos 12′, depois da jogada de Wesley (na posição certa ele joga bem, né Kleina?) e Luís Felipe, o rebote ficou com o Mago, que mandou uma “bomba” e o filho-da-mãe do goleiro defendeu. Foi por pouco…

O terceiro gol tava amadurecendo. Charles invadiu a área e chutou forte; o maledeto do goleiro conseguiu tirar. A gente sabia que ia sair mais um gol, mas só não sabíamos que ele seria tão espetacular…

Valdivia entortava um aqui, outro ali; chapelava, metia cada bola linda pros companheiros… organizava e armava as jogadas de ataque, fazia o futebol do Palmeiras ter muito mais qualidade. Mas, Mago que é, ainda faltava um sortilégio. Faltava ele deixar a gente maravilhado, faltava deixar o Prudentão transbordando de magia.  De fora da área, desmontou a defesa inimiga, meteu a bola por entre vários adversários, e ela foi encontrar Leandro, sozinho na área (como ele faz isso?). O garoto, esperto, rolou pra Charles que aparecia na trave oposta, e ele, como se fosse um ‘Fio Maravilha’, só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol... Jogada maravilhosa! Genialidade explícita e descarada em campo. A arquibancada enlouquecia, a bancada virtual também. Nossos corações, inundados de felicidade. Quanta saudade sentíamos desse futebol…

O time todo se apresentava bem, nossa camisa parecia ainda mais linda… parecia refletir o sol que inundava o Prudentão e o nosso peito…

O técnico Juninho substituiu Valdivia, o melhor jogador da partida, pelo estreante Mendieta (quero ver esses dois juntos em campo), e foi emocionante. O torcedor, grato pelo futebol palestrino, que renasceu pelos pés do Mago, gritava o seu nome e o aplaudia de pé. Merecidíssimo! As lágrimas corriam no meu rosto.

(Tá vendo, Mago? É como diz a música: “… é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter sonhos, sempre…”. Você sabe o quanto tem trabalhado, e o resultado está aí; a receita também: trabalho, paciência, trabalho, paciência…)

E se estava bom, ficou melhor ainda. Aos 38′, depois da cobrança de escanteio, a defesa do Oeste aliviou pra fora da área, Charles ficou com a sobra e, de primeira, emendou uma paulada acertando o canto direito do goleiro. Que golaço! O segundo dele no jogo, o quarto da goleada do Palmeiras.

E por pouco o estreante da tarde não deixa o dele. Na jogada de Wesley, Juninho cruzou, e Mendieta cabeceou pro gol. O goleiro conseguiu defender com os pés – não fosse ele tinha sido uns 7 x 0.  Minutos depois, Caio foi lançado, tentou o chute e o goleiro defendeu. Ele não viu Mendieta livre na frente do gol. Que pecado! No minuto final, Caio, de cabeça, quase marcou o quinto gol; o goleiro fez uma grande defesa. E então, o juiz apitou. E a torcida saiu feliz, cantando, aplaudindo o time.

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E o final de semana foi uma maravilha!  Parmera goleou, Valdivia jogou muito, Leandrinho fez 2 gols (Tchupa, Tamoxunto), Charles também fez, o gambá idiota foi nocauteado, os bambis perderam… Uma beleza!

Quanto a nós, eu sei que foi só um jogo, que o caminho é longo, e que vai ser preciso manter a pegada, a regularidade, porque, certamente, as dificuldades aparecerão. Mas eu também sei que o time não jogou bem por acaso, que esse futebol bonito e vibrante poderá ser repetido muitas outras vezes. Sei que Alan Kardec, Felipe Menezes e Eguren ainda vão entrar no time… e, mais do que saber, tenho certeza, chegou a hora de podermos sonhar com um novo Palmeiras…

E como dizia aquele sábio barbudo e de óculos escuros: “Sonho que se sonha junto é realidade…”

Booora sonhar e fazer acontecer, parmerada! Sexta feira é no Pacaembu.

A gente se encontra lá!