UMA NOITE DE PRASS…

16 pontos de 18 possíveis… 5 vitórias e 1 empate… 3 vitórias fora de casa – até mesmo contra o Boca, em La Bombonera (uma vitória histórica, o único a bater o Boca em seus domínios por mais de um gol, em uma Libertadores)…  líder geral da competição… 301 gols em Libertadores – é o clube brasileiro que mais balançou as redes na competição sul-americana… Não me lembro de uma outra ocasião em que começamos tão bem uma “Liberta”(e tem gente que reclama)…

O Palmeiras já estava classificado para as oitavas desde o jogo em La Bombonera e, por isso, Roger, que faz um bom trabalho no Palmeiras, optou por escalar alguns jogadores que não vêm jogando. Difícil chamar um Prass de reserva, né? Do time de sempre, Dudu, Willian e Borjão da Massa – jogando contra o seu time de infância, de coração, time da cidade em que ele nasceu…

Na Argentina, o Boca Juniors precisava ganhar do Alianza e torcer por uma vitória do Palmeiras para poder se classificar… O Palmeiras tinha que vencer para o Boca se classificar e muita gente achava que o Palmeiras iria “entregar” o jogo só para tirar o time argentino da competição. Alguns poucos palmeirenses, esquecendo a grandeza do próprio time, queriam que o Palmeiras entregasse… Ah, tá…

Pra desespero daqueles torcedores mais impacientes (burrinhos?), que sonham com um time utópico, de jogadores utópicos, que nunca erram nada, nunca perdem uma bola – tem gente que vai para o estádio achando que só vai ver acertos -, o primeiro tempo ficou no 0 x 0, por causa do árbitro e por causa dos goleiros – nossa defesa estava bem também, Vítor Luís fazia uma boa partida…

Aos 10′, Borja foi empurrado na área (por braço e joelho do adversário), sofreu um pênalti, e Enrique Cáceres, o árbitro paraguaio, no sentido literal e figurado – mandou seguir…

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Prass, em seu quarto jogo em 2018, foi monstro na partida (o Palmeiras, graças a Deus, está muito bem servido de goleiros), meteu um cadeado no gol e não entrou nada ali. Fez três grandes defesas, naquele jeitão Fernando Prass de ser (ele tem o dom de me emocionar) e segurou o ímpeto do Junior, que lutava pela classificação. Era ele ou o Boca que passaria à próxima fase. O goleiro colombiano, por sua vez, também segurou Dudu, Guerra e Borja em suas tentativas.

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Apesar de ter faltado aquela última bola certinha, o Palmeiras rondou a área do Junior no primeiro tempo, mas o gol não saiu e, quando o juiz apitou o final, alguns torcedores – não foi toda a torcida no Allianz – vaiaram o time.

No segundo tempo, o Palmeiras foi pra cima,  Tchê Tchê arriscou de longe e a bola pegou o travessão…  no ataque seguinte, aos 6′, Borjão da Massa fez explodir o Allianz. Mayke cruzou rasteiro, o goleiro não conseguiu segurar, os colombianos do Junior se atrapalharam, e Borja se aproveitou e mandou pro gol. Zagueiros e goleiro só puderam olhar a bola entrando no gol.

Três minutos depois, o juiz “achou” um pênalti de uma jogada normal, onde Luan, na disputa por espaço, apenas fez a proteção na passagem. O Borja empurrado na área ele não viu, mas viu um pênalti que não existiu… Ah, tá…

Mas o Prass estava no gol, né? Como sempre faço, não assisti à cobrança… fechei os olhos e pensei em Prass, pensei que ele não merecia tomar gol de um pênalti inventado… pensei que ele merecia, pegar o seu 13º pênalti com a camisa do Palmeiras… e todos sabíamos… se tem pênalti, o Prass pega.

“Acordei” com o grito da torcida e, enquanto comemorava com meus amigos, só conseguia olhar o Prass em campo, prestar atenção no muito que ele comemorava ali sozinho, erguendo os braços,  gritando, batendo no peito… Ah, Prass, seu lindo… emocionante… vontade de pular lá e dar um abraço gigante nele.  “PQP, é o melhor goleiro do Brasil, Fernando Prass”… gritava o Allianz Parque. Merecidíssimo, partida monstro de Fernando Prass.

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E a noite nos prometia mais alegrias… Prass deu um chutão lá pra frente e achou Willian (Prass, em dia de Prass, fez o lançamento), e o BGod, esperto, rápido, tocou no meio de dois colombianos para Borja, o nosso colombiano… Borjão esperou, em posição legal o lançamento, então correu, esperou o goleiro sair, deu um toquinho por cima e guardou… Um golaço! E que festa no Allianz! Até para o Prass, que lá no outro gol, recebeu a “visita” e os abraços de Luan e Emerson.

“Ainnn, o Palmeiras vai entregar”… AHAM! Lá na Argentina, a torcida do Boca comemorava muito cada gol do Palmeiras, cada defesa do Prass…

O Palmeiras queria mais… Dudu tentou Borja e a zaga tirou… Dudu recebeu de Willian, arriscou de fora da área e a bola passou pertinho…

O Barranquilla, em impedimento, marcou um gol… adivinha se o bandeira viu e se a arbitragem não validou?

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E se dependesse da vontade da arbitragem, o placar já seria outro, né?

Mas o nosso artilheiro não estava querendo deixar o juiz nos atrapalhar e nem o seu time de infância se classificar… Dois minutos depois do gol mandrake que tomamos, Borjão da Massa foi pra rede de novo… Guerra cobrou falta na área, a zaga afastou do jeito que deu, e o jeito que deu foi deixar ela pro Borja… e ele guardou o terceiro (ainda bem que o Junior era seu time de coração, imagina se não fosse?)… Hat-trick de Borja, o primeiro hat-trick do Allianz Parque…

Roger sacou Borja e Tchê Tchê para a entrada de Hyoran e Bruno Henrique. E a numerada, hoje Central,  que antigamente era considerada o lugar dos amendoins (os amendoins estão plantado outro lugares agora), se levantou para aplaudir Borja…

O Palmeiras, dominando o segundo tempo, continuava no ataque… em uma das descidas verdes, tabela de Dudu e Willian, o capita chutou cruzado, de esquerda, e a bola passou pertinho…

Guerra, também muito aplaudido, deu lugar à Deyverson… e eu, que me utilizaria de transporte público, tive que sair 5 minutinhos mais cedo, antes que os milhares de torcedores começassem a sair também…

Na rua, prestando atenção ao som que vinha do Allianz, tocada por aquela alegria, tocada pelos gols de Borja, e pela partida monstro de Prass, eu tentava adivinhar o que acontecia lá… e então, percebi que o jogo tinha acabado.

A noite era linda, era verde… a noite era de Prass… de Borja… a noite era nossa… e já podíamos ir dormir em “prass”…

https://www.youtube.com/watch?v=Jj-d7-W0Bn0

 

 

 

1 comentário

  1. Palmeiras classificado, ótima primeira fase e aguardando o sorteio. Entretanto deve se posicionar junto à Conmebol sobre as arbitragens. Ter erros em jogo de futebol é normal, mas nunca esse tipo observado na partida contra o JR. Trio que vai apitar a Copa do Mundo não comete erros tão grosseiros como esses que cometeu nessa partida. O que chama atenção em jogos do Palmeiras, tanto em Libertadores, quanto nas competições nacionais, são os critérios adotados em lances de interpretação, totalmente opostos entre lances a favor e lances contrários. Quais seriam os efeitos desse tipo de erros nas próximas fases, contra adversários mais fortes e jogos equilibrados?

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