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Disseram que seria futebol…
E até parecia que iria ser… Dois times, com 11 jogadores cada, estavam em campo; trio de arbitragem, bola de futebol, torcida… Os jogadores calçavam chuteiras, o gramado era daqueles que se costuma utilizar para a prática de futebol, os repórteres estavam todos ali… Não entendi nada. Será que eu tinha sintonizado o canal errado e o esporte ao qual eu assistia, era um outro qualquer, desconhecido por mim? Não, eu não estava enganada! Imagina! Lá estavam Palmeiras e Vasco! Os jogadores do meu time eu conheço bem! O Santo, único, melhor de todos, estava no gol… Tinha Cleiton Xavier, Pierre, Edinho, Armero… Diego não estava. Ah, mas eu me lembrei!! Diego Souza não vai mais jogar no Palmeiras! A torcida não o quer no time por ele ser o culpado pelo futebolzinho mixuruca que o Palmeiras vem apresentando. Mas, se ele é o culpado, e não está jogando, então porque o time consegue ser ainda pior?? Estranho né?

O time do Vasco é horroroso e só o Palmeiras, de Antonio Carlos, não se dá conta disso E CONSEGUE SER AINDA PIOR! Nosso técnico, covarde, bota o time numa retranca do c…….. até para enfrentar o Tabajara F.C., tá doido! E o Vasco, ‘horroroso’, vem prá cima do Verdão que está completamente desorientado dentro de campo. Que time mais sem ‘cara’, sem identidade… O jogo corre sem que o Palmeiras consiga dar um chute sequer ao gol… Eu, que adoro assistir às partidas do Verdão, não vejo a hora que acabe o primeiro tempo. Que jogo horrível, que castigo acompanhar dois times “assassinando” o futebol! O juiz apita o final da primeira etapa e as estatísticas apontam: o Palmeiras deu 1 (!!) chute a gol.

Em campo eu via um Palmeiras sem brilho, sem técnica, sem criatividade, sem calma, sem gana… Os erros sobravam…Mas essa não é a pior equipe do Verdão que já vi jogar. Não! Os jogadores, ainda que não mostrem, têm qualidade. MAS COM CERTEZA ESSE É O PIOR FUTEBOL (se é que se pode chamar essa desgraça de futebol) QUE EU JÁ VI O MEU VERDÃO PRATICAR!! SINTO VERGONHA DO QUE VEJO. Sinto uma tristeza imensa ao ver a minha camisa vestindo homens apáticos, que parecem não se importar nem um pouco com ela. Parecem não saber que essa camisa já vestiu craques do calibre de um Waldemar Fiume, o “Pai da Bola”, que jogava em todas as posições (exceto a de goleiro) com a mesma dedicação e competência. E será que não tem ninguém lá dentro do Palmeiras para dizer isso prá eles? A letargia é contagiante e vai estendendo as suas garras… Mas ainda há exceções: Marcos, é o coração verde pulsando em campo, Pierre, já um tanto “contaminado”, também não deixa de lutar, mas está confuso, ansioso; Armero, corre, se esforça, mas o futebol se atrapalha com ele, de vez em quando; Edinho, foi o que mais me agradou. E o Vítor? O cara é um dos melhores alas do Brasil, tivemos um trabalhão para trazer, mandamos um monte de jogadores em troca e, quando ele entra no time, não tem liberdade para passar do meio de campo?? Prá piorar, ainda tem que jogar de zagueiro e o Márcio Araújo é quem vem cuidar da lateral inúmeras vezes. O que é que a gente faz com um técnico desse??

Veio a segunda etapa e nada mudou. O PALMEIRAS PRECISOU DE QUASE 70 MINUTOS PARA SE DAR CONTA QUE O VASCO É UM TIME HORRÍVEL, E QUE DAVA PARA IR PRÁ CIMA! Mas o “ir prá cima” do Palmeiras é complicado. São tantos passes errados! Ninguém para criar (Lincoln lesionado estava fora), prá enfrentar os marcadores, driblar e, muito menos, para chutar. A pressão exagerada faz com que o medo seja o senhor das ações. A falta de coragem e confiança é visível na oportunidade desperdiçada em troca da  tentativa de se cavar um pênalti. Zago (acredito que ele tenha intenção de acertar, mas não é capaz!), por sua vez, não se toca que precisa substituir, mexer no que não está funcionando e tentar fazer a coisa  acontecer. Cleiton Xavier, não dá conta do recado, é volante, não é meia, e essa 10 não é prá ele. (A 10 tinha que estar com aquele cara genial,jogado fora pela diretoria anterior. O craque que atuou hoje contra o México e, mesmo sacrificado, fora da sua posição, mostrou que a arte é sua companheira inseparável.) Até eu sabia (só Zago não) que, sem criatividade, com um buraco entre a zaga e o normalmente inoperante ataque, não chegaríamos a lugar algum. Só muito tarde, aos 33′, ele resolveu mexer, mas trocou 6 por meia dúzia. Colocou Bruno Paulo (por que não Paulo Henrique??) no lugar de Ewerthon, que até agora não disse a que veio. Minutos depois, Zago fechou com “chave de ouro” as suas substituições: Marquinhos entrou no lugar de Robert e conseguiu perder todas as bolas que disputou  com… JUMAR!! Nosso técnico deve ser cego ou não tem autonomia porra nenhuma! O QUE DE BOM, ELE JÁ VIU O MARQUINHOS FAZER, PARA COLOCÁ-LO NO TIME QUANDO PRECISAMOS DE MAIS QUALIDADE? E o jogo terminou do jeito que começou, ruim de doer. E olha que o juiz, acho que para nos castigar, deu mais três de acréscimo.

Eu não sei qual é o problema e nem acho que seja só um. Deu “cupim” no Palmeiras, e ele vai corroendo tudo e as coisas só vão piorando. Salários atrasados (mesmo com patrocínios maiores), inércia, contratações equivocadas, dispensas idem, a base (mais uma vez) desprestigiada. Um não saber lidar com questões mais delicadas, pela falta de tarimba e ‘malandragem futebolística’ de nossos dirigentes;  um torpor que vai contaminando os atletas e até mesmo o torcedor… Como podemos muito bem ver agora,  não era Alex Mineiro, nem K9, nem VL, tampouco era  Armero, não é Diego Souza… Eles são apenas reflexos de tudo que está errado, corroído pelos ‘cupins’.  E ainda tem as ‘formigas’, com as suas patas sujas de um passado de desolação, que querem expulsar os ‘cupins’. A guerra entre eles é sem trégua. O rastro de destruição já é grande e  eles vão destruir o que ainda resta se não forem detidos nessa insana busca de poder. Precisamos urgentemente de um bom e alviverde “tamanduá”!!

QUE ALGUÉM SALVE E DEVOLVA O MEU PALMEIRAS!!! E QUE SANTO EXPEDITO FAÇA QUE NENHUM CLUBE EUROPEU CONTRATE FELIPÃO E NEM O MAGO!

Sim, o torcedor não tem ilusões mas ainda sonha…

E agora? O que é que a gente faz com essa dor? Depois de uma noite insone, um dormir e acordar incessantes, coração despedaçado, remoendo os fragmentos de um pesadelo,  sentindo uma inquietação e um pesar imenso, acordei como se tivesse morrido um pouquinho. E agora, lá vai a torcida palestrina (em sua maioria), fingir uma indiferença que, na verdade não sente,  e apenas usa como defesa, para essa dor que não para de doer…

Indiferença, que nos ajuda a a “fazer de conta” que não percebemos que a mentalidade e incapacidade de nossa diretoria, o  seu ‘não delegar funções’, ‘não abrir espaços’ para que outros nomes surjam, têm levado o Palmeiras à mesmice das escolhas erradas, à falta de títulos, já por tantos anos. Os torcedores, há muito desorientados, nem se dão conta que não conseguem mais ver com clareza. Cada hora é um, o vilão  escolhido. Luxemburgo (prá mim, era vilão, sim!), Alex Mineiro, Elder Granja, Martinez, Leandro, Keirrison, Muricy, Vágner Love, Armero, Diego Souza… E eles vão saindo do time, impregnados da raiva do torcedor e nada muda… Porque não são (não eram) eles os nossos reais problemas. Diego (que vai embora) não estava ontem. Será que ele teria perdido o pênalti? Sem ele, jogamos melhor?  Mudou alguma coisa? Quem assistiu à partida sabe que a resposta é não! Jogamos como sempre… SEM FIBRA, SEM ALMA!

O juiz tinha acabado de apitar o final de jogo e as lágrimas, que eu tanto segurei, surgiram num repente. Pobre Marcos… Depois de ter feito uma partida e tanto, lá ia ele, mais uma vez, ter que ‘segurar a bucha’ da incompetência de tantas pessoas e da incapacidade de outras… E nós, torcedores, quanto mais teríamos que aguentar??

O jogo até que começara bem. O Palmeiras, que foi a Goiás, jogar como time pequeno e com o regulamento debaixo do braço, parecia estar tranquilo. Não sofria muitas investidas no primeiro tempo e, mesmo perdendo alguns gols (como é de praxe nos dias atuais), se mantinha com o comando da partida. Se é que um time “incompreensível” como o nosso, possa realmente estar no comando de algo. Marcos estava lá, seguro, e honrando a camisa. Outro que honrava o manto era Armero… que espírito de luta ele tem! E como o Atlético não vinha prá cima buscar a vitória e o Palmeiras, não era capaz de fazer um único gol e matar a partida (né Robert?), o primeiro tempo terminou no 0 x 0.

Veio o segundo tempo  e dois fatos mudaram  o ritmo da partida: a expulsão de Pierre e a entrada de Elias, no Atlético. O time da casa veio prá cima. E o nosso ininteligível Palmeiras, de tática e estratégia  confusas, deixou o Atlético gostar do jogo e começou a ficar acuado. Nossa defesa começou a ter um trabalhão! Ainda bem que a gente tem Marcos…  Ele pegou muito! Mas o Santo, pego no contra-pé, não pode evitar o gol do dono da casa. E o Palmeiras não teve competência para deixar o seu na rede adversária.. E a decisão foi para os pênaltis…

O palestrino ficou esperançoso; embaixo das traves a gente tinha Marcos. E ele não decepcionou. Pegou três penalidades!!! Mas os incompetentes Danilo, Ivo, Figueroa e Cleiton perderam 4!!! Só Ewerthon conseguiu converter! Nosso “ilustre”, incapaz e burro técnico, tinha tirado (WHY?) Lincoln e Marcos Assunção (bons cobradores), para a entrada de Ivo e Figueroa, que desperdiçaram os seus. A cada erro nosso, Marcos nos salvava com uma defesa.  Até pênalti com paradinha ele pegou!  Tava 1 x 1 quando Cleiton  foi para a última cobrança. Pensei comigo, “agora ele guarda, Marcos pega de novo, e fim de papo”. Mas não é que ele cobrou com a maior displicência e nas mãos do goleiro, como se ainda jogasse no Figueirense?   ( É… quem nasceu prá coadjuvante…) Elias então, marcou o dele e matou o Palmeiras, na Copa do Brasil! Matou o palestrino (que não pode fazer mais, a não ser que calce chuteiras e entre em campo) de tristeza e vergonha! 4 penaltis desperdiçados, é demais!! Desapontado, ferido, abandonado, o torcedor se pergunta:  “O QUE FIZERAM COM O MEU PALMEIRAS? QUANDO O TRARÃO DE VOLTA??” A resposta é apenas silêncio…

Em meio à essa catástrofe, enquanto enxugávamos as nossas lágrimas,  os gambás entravam em campo (Graças a Deus!) para enfrentar o Flamengo e buscar o que sabiam que não iriam encontrar… Para fazerem com que por algumas horas, ou mesmo um por dia,  o palestrino pudesse voltar a rir. E Libertadores e Gambás são coisas que  simplesmente não combinam. Até que eles deram a impressão que podiam mudar a escrita.;fizeram 2 x 0, mas Vagner Love (EIS AÍ O MOTIVO PARA BELLUZZO TRAZÊ-LO DE VOLTA AO BRASIL!!) deixou o seu na rede gambá e acabou com o sonho  da galinhada!   Eles estão tão acostumados com as desclassificações, que nem quebraram o Pacaembu dessa vez…  E já diz o velho ditado: P….. Q….. P……..! LIBERTADORES O CU RINTIA NUNCA VIU! E NEM VAI VER!! hahahaha

Eu sei que perder uma Libertadores é humano, e perder todas é…. CORINTIANO!!  E  como diria Valdivia: TCHUUUPA GAMBÁ!!

Mas eles não desistem! Com a camisa “loteada”, sem Copinha, sem Carnaval, sem Paulistão, sem César Cielo, sem Vagner Love (hahaha), sem Riquelme, sem Stock Car, sem “istádio” e sem Libertadores, o alvo agora é outro:

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E como dizem que rir é o melhor remédio…  NUNCA VAMOS PARAR DE RIR!!!  UHAUAHUAHAUAHUH

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agenda


cHORAGAMBÁ

 

Livrodocentenário



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Eu tenho quase certeza que num tempo remoto, há mais de 2000 anos atrás, formávamos as legiões de soldados romanos. Também erámos parte do povo que absolveu Barrabás…  Jogamos pedra na cruz e, mais do que isso, nós ajudamos a crucificar o dono do espírito mais iluminado que por aqui caminhou. Deve ser isso!! Estamos pagando agora, os pecados cometidos em todas as outras encarnações. Como não pensei nisso antes?
 
Do jogo mal dá para falar, tamanha lambança que se viu em pleno Palestra Itália. O público era tanto que dava para lotar os… banheiros! Apenas 3 mil corajosos e apaixonados torcedores estiveram no Palestra. O Palmeiras começou o jogo com ofensividade, e logo no comecinho, Cleiton sofreu penalti. Robert foi para cobrança e abriu o placar. Hoje vai, pensou o palestrino. Pensou errado!! Não demorou muito e o time apagou e emburreceu, mais uma vez… É como disse um torcedor,”foi a apresentação da trupe Palmeiras, no picadeiro de Palestra Itália”. Uma palhaçada!! Pena que os palhaços sejamos nós! Fase ruim é uma coisa, mas esse marasmo, esse apagão (será que era colaboração antecipada com a Hora do Planeta?), não dá para engolir. O juiz, era uma desgraça, ou era cego! Cada puta falta, na cara dele e nada do sacana marcar. Penalti claro em Ivo, ele fez que nem viu… O time no fundo do poço e o cara ainda joga mais água em cima da gente…

Se o primeiro tempo já tinha sido ruim, no segundo o Palmeiras foi ainda pior. Não criava nada e deixou o “Real” Mirassol crescer na partida. Nós torcedores já sabíamos muito bem o que aconteceria. A desgraça é tamanha que pode ser o time completo, time misto, ou mesmo os reservas, que os erros de sempre são repetidos à exaustão. Se tivesse um campeonato de passes errados, o Palmeiras seria campeão ‘facinho’. Nunca vi tantos erros, como os que temos visto nas últimas (faz teeempo, hein?) partidas. Não bastasse isso, Zago faz cada substituição de envergonhar até a Frida, minha cachorra. Em pleno Palestra, ele tira um atacante para colocar um zagueiro, querendo segurar o resultado. EM CASA, CONTRA O MIRASSOL ELE QUIS SEGURAR O 1 X 0 E LEVOU O EMPATE!! Do Pablo Escobar!! A polícia nem fez nada… A estratégia do nosso técnico foi de uma burrice tamanha que, quando o time tentou ir prá cima, ele tirou mais um atacante (Robert) e colocou Joãozinho. E o jogo,de um Palmeiras afobado, sem  organização tática, ficou mesmo no empate. Zago terminou a partida no inédito esquema 4-6-0 (quatro defensores, seis no meio de campo e nenhum homem de frente).E pensar que uns “profetas” palestrinos zombavam dos torcedores que queriam o técnico Jorginho o qual, eles diziam, não sabia nada. Pelo visto, quem não sabia nada, eram eles, os “profetas”!!

E as lesões?? Para um time que não joga nada e se esforça bem menos do que deveria, tantas contusões são, no mínimo, estranhas. A cada partida o Depto Médico recebe novos “hóspedes’. No jogo anterior tinha sido Lenny; Lincoln e Ewerthon, também sentiram e viraram desfalques. Hoje foi a vez de Cleiton Xavier ter um estiramento. Tô ‘começando’ a desconfiar que até fora das quatro linhas o trabalho está todo errado.

Estamos quase no  fundo do poço! Belluzzo já admitiu que fracassou como presidente. Pois é… Preferiu fracassar do que ter que fazer o que deveria ter sido feito; do que ter trocado as pessoas que estavam à sua volta… Quando dispensou Muricy (eu nem gostava tanto dele), Belluzzo sabia que estava errado, sabia que precisávamos mesmo era de jogadores mas, para não contrariar Cipullo e nem a Traffic, fez aquilo que ele mesmo não queria (isto é o que ‘eu’ acho) e dispensou o técnico. E lá veio o Cipullo, com a sua cara de pau, dizer que o time era bom. Lá veio ele, nas entrelinhas, jogar a culpa em Muricy… Agora, depois da partida de hoje, ele teve a desfaçatez de dizer que o jogo foi bom pela experiência. EXPERIÊNCIA, O CATZO!! Por que querem que o torcedor se contente com esse ‘palmeiras” que não é o nosso PALMEIRAS? EU QUERO MEU TIME DE VOLTA, PORRA!!

É galera, no Paulistão é “GAME OVER”…  Outros campeonatos vem aí… Lógico que nunca deixaremos de torcer e amar nosso time. Esse amor é maior que tudo e transcende o universo, o tempo e o espaço. Mas você acredita que o time vai se acertar para a Copa do Brasil, que, por sinal, já começou? Vamos nos sair bem no Brasileiro? Será que diretoria, comissão técnica e jogadores vão acordar? Será que já pagamos os nossos “pecados” e vamos sair desse poço sem fundo ou, mais uma vez, vamos ficar só no RECLAMATION??

A resposta, só o tempo vai nos trazer… 

REAGE, PALMEIRAS!!  A GENTE TE AMA E VAI ESTAR COM VOCÊ, SEMPRE!!!

FORÇA BELLUZZONE, NÃO DEU CERTO ATÉ AGORA, MAS VOCÊ TAMBÉM PODE DAR A VOLTA POR CIMA!

“Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo.” –   Caio Fernando Abreu

 

Saí do Palestra num desânimo total.  Nem muito brava com o time, eu consegui ficar. Durante a volta, uma sensação tão estranha me acompanhava…  Qual um caramujo, que  carrega a casa nas costas, a minha “casa” estava pesada demais.  Meus olhos ardiam, raspavam,  como se eu estivesse morrendo de sono; e não estava.   Cansada de todos os “quases” do Palmeiras e de outros tantos, da vida, me fechei na minha “concha” e a única vontade era a de nunca mais falar com ninguém.  Acho que a derrota para a Ponte Preta, em casa, coincidiu com aquele dia crucial da TPM. Ia ser difícil chegar em casa…

Queria não pensar, mas era impossível… Pediram a presença da torcida e ela estava lá! No começo da partida, quanta esperança, o Palmeiras parecia que ia ganhar de ’20 x o’. Mas, mesmo tendo o jogo nas mãos,  nosso time não soube decidir  em nenhuma, das muitas, oportunidades surgidas. A Ponte, inofensiva, a não ser quando, por vacilos nossos, ganhava algumas chances, decidiu e matou a partida, em duas, das três boas oportunidades que teve.

Não consigo entender como os nossos jogadores se recusam a brilhar.  Estão na maioria da vezes, dando muito menos do que podem. Alguns, com mais futebol para mostrar, dificilmente ultrapassam a linha que põe de lados opostos protagonistas e coadjuvantes. Em algumas ocasiões se comportam como meros figurantes.  De nada adianta fazer dois clássicos com brilhantes atuações e tropeçar em todos os pequenos que encontrar pela frente.Todos sabemos que  a Ponte Preta nunca ganhou nada, e  é por isso mesmo que não dá para aceitar numa boa essa derrota.

No primeiro tempo mandamos na partida, mas o gol nada de sair.  Já era sinal que algo precisava ser mudado.   Fazíamos tudo certinho até chegar lá na frente  e então a bola parecia queimar os pés dos nossos atletas. Ewerthon, estava sempre de costas e, ao receber não conseguia girar; então passava… Diego recebia e também passava… Robert e Cleiton, idem. Quando chutávamos, a ansiedade, ou o goleiro da Ponte, atrapalhavam a finalização. Nosso mais ofensivo atacante parecia ser o zagueiro Danilo, sempre aparecendo com perigo diante do goleiro da Macaca.

Mas parece que o Palmeiras traz um peso a mais, sei lá… Esses anos sem títulos, essa cobrança toda, essa pressão. Parece que a camisa quando é dada a um novo jogador, já vem “imantada” com essa “nhaca” de não se tocar que É O PALMEIRAS, PORRA! De não entender que o time pequeno vem, sim, com medo ao Palestra, e nós é que os permitimos ficar mais ousados.  O torcedor que não é bobo já adivinhava o que estava por vir e, antes dos quinze do segundo tempo, pedia Lincoln, que nem relacionado fora. Alguns, na verdade,  não sabiam que ele não estava no banco, outros, gritavam seu nome como uma forma de protesto por ele não ter sido relacionado. O torcedor já percebeu que Lincoln pensa e joga ao mesmo tempo, coisa que outros acham difícil fazer.  QUE FALTA FAZ UM CAMISA DEZ…

Zago continuou sem perceber que a Ponte tava chegando e cometeu o mesmo erro que Muricy tantas vezes cometera; ficou esperando que o time (que dava mostras de não funcionar) resolvesse. Mais da metade da segunda etapa se passara e nenhuma mudança tinha sido feita. Aos 32′, a Ponte fez o seu seu gol. Custei a acreditar! Só então nosso técnico resolveu substituir. Edinho deu lugar a Lenny. Só que esse Palmeiras atual se desequilibra absurdamente quando é ele quem toma o primeiro gol na partida. E não foi diferente dessa vez…  Nós, na bancada, já sentíamos que o Palmeiras não reagiria. Aos 38′,  o veterano(!!) Finazzi marcou o segundo.  Estranho que Finazzi estivesse sem um zagueiro em sua marcação, e somente Armero estivesse na área dando combate…

O que já era insuficiente, ficou ainda pior… Nossos jogadores, tão melhores que os da Ponte, faziam questão de parecerem piores. Que desequilíbrio é esse?? A Macaca,  com o time todo atrás, só se aventurava em contra-ataques. E foi num deles que Danilo cometeu penalti em Marcos Rocha. O Santo defendeu!!! A torcida, triste, machucada, por mais um campeonato a esquecer, comemorou muito. A defesa de Marcos (que agarrou a bola!) foi o único bálsamo para as dores que aquela noite nos trazia… Para mais um “quase” que teríamos que digerir…  O maior prejuízo é o de nos acostumarmos (torcida, jogadores, diretoria) a  isso, de aceitarmos todas as desculpas, de fabricarmos outras tantas…

Quando desci na estação próxima a minha casa, a chuva caía… Todo mundo se protegia e a rua estava deserta.  Saí caminhando, lentamente, para ser engolida pela escuridão e pela água que caía do céu…  Hoje, está escuro e chove no meu mundo, mas eu sempre vou esperar pelo sol…

REAGE, PALMEIRAS!!!  

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 “E rir meu riso e derramar meu pranto ao seu pesar ou seu contentamento.” (Vinícius de Moraes)

 

Não precisava ter sido tão sofrido… Quase morremos do coração! Mas ninguém pode negar que foi emocionante. Quando o resultado é sofrido, mas nos é favorável, a sensação que fica conosco é apenas de prazer, de alegria, de coração  explodindo no peito… Dá um alívio desgraçado e ficamos tomados por aquela amnésia’ momentânea, que nos faz esquecer que não temos um bom time, que a diretoria não está tendo atitudes equivalentes à confiança que depositamos nela, que a ‘coisa’  tá feia…

O Palmeiras(como eu amo esse time, e como fico triste em vê-lo nessa situação), depois do jogo adiado, foi enfrentar o Sertãozinho lá na Arena Barueri. Segunda feira, 21h00, e eu não pude ir. Pouco mais de 3 mil pagantes. Até que era bom, dadas as circunstâncias. E, pelo menos, a camisa mais linda do mundo, não iria entrar sozinha em campo. Não chovia, o gramado estava sequinho… Achei que nada iria nos atrapalhar, que talvez o time conseguisse jogar um futebol decente, e que ia ser uma vitória fácil. Achei errado…

Eu assistia à partida na net, com um minuto de atraso, e ouvia no rádio, em tempo real. Difícil…  O Palmeiras começou bem, com total domínio da posse de bola. Envolvia o Sertãozinho nas boas arrancadas de um inspirado Lenny. Só que era visível o nervosismo, a falta de confiança que o time anda sentindo. Dominava as ações mas, sem muita inspiração nas jogadas de área, o gol não saía… O que será que acontece ? Por pior que o Palmeiras esteja, temos mais time que o Sertãozinho e o que o Rio Claro, ou estou enganada? 

Em campo, ninguém de verde acertava o gol mas, aos 23′, o Verdão fez uma jogada linda (faz tempo que não vemos uma)! Pierre lançou Lenny . O garoto, com velocidade,invadiu a área, cortou o zagueiro e mandou prás redes!! PQP!!!! GOOOOOOOOOOL!!! Mas quando eu pensei que o gol, fosse fazer o Palmeiras respirar fundo e soltar o porco (quem solta a franga são as vizinhas), a “nhaca” de sempre apareceu…  Mesmo com o domínio de bola, os nossos jogadores perdiam jogadas, erravam passes, desperdiçavam cobranças de faltas. Marcos, mandou para escanteio, uma bola com endereço certo. Sem confiança e nervosos, os jogadores iam se perdendo em campo. A gente sente isso e, é claro, fica nervoso também. Queremos ajudar e não sabemos como, além de torcer e, muitas vezes, xingar.  E se a fase não é boa… Aos 40′, Mendes chutou de longe e meteu no ângulo. Um gol que não esperávamos, que não podíamos ter tomado! Se o time conseguisse assimilar o empate, tudo bem; se não, as coisas iriam se complicar mais…

Veio o segundo tempo. A intranquilidade e a insegurança imperavam no time do Palmeiras. com 5′, Marcos rebateu uma bola que voltou aos pés de Thiago Sylvi. Marcão dividiu com ele, que se jogou e, adivinhem o que o  juiz marcou? Penalti! Ricardo Lopes,  cobrou e fez. Que sensação horrível! Mais uma vez, jogando muito mal, íamos perder para um  lanterna do Paulistão, e de virada. Os jogadores buscavam, é verdade, mas o time estava todo desarrumado. Zagueiro ia jogar de atacante, volante de meia, meia de centroavante…  Era um “salve-se quem puder”.Cleiton Xavier fazia uma das suas piores partidas…  Já estava rezando quando Zago colocou Ivo e William em campo e mandou o time prá frente. Aos 21′, Robert recebeu na área e, de costas, arriscou a bicicleta, e a bola passou pertinho! Haja coração e cornetada!

Eu senti que os jogadores tinham acordado. Não continha as lágrimas.  Era angustiante e desesperador ver o Palmeiras perdendo para o fraco Sertãozinho. O que está errado com esse time? Era o que eu não não cansava de me perguntar. Marcos defendeu aquele que seria o terceiro gol deles…O tempo ia passando rápido demais e a confusão dentro de mim era grande. A razão dizia: “nao dá mais”, o coração dizia: “reza e torce que dá”. Ah, esse coração sabe das coisas !! Aos 38′, Léo cruzou prá área e Cleiton, entre os zagueiros, cabeceou certeiro pro gol!  DEUS EXISTE! A nossa pequena torcida, explodiu! O coração parecia querer saltar do peito. O jogo estava para acabar. Chorar era a única forma de aliviar a aflição de ver que o Palmeiras lutava tanto e o gol não vinha. O placar já era injusto. Jogada de ataque e a bola encontrou Danilo na área. Quando ele ia mandar pro gol, Robert se antecipou a ele e chutou… PRÁ FORA!!

45′ e nada!Não ia dar tempo…  O juiz deu mais 4 minutos e os ponteiros do relógio voavam, enquanto a bola, não entrava nem a pau! O goleiro fazia o dele. Mas Deus é palmeirense e é cardiologista!! Faltavam uns segundos para 49′, eu já tinha até medo de ouvir o apito final, quando Eduardo, lá do meio do campo, levantou na área… A bola foi encontrar Cleiton Xavier, que dominou e bateu no canto esquerdo… ERA O GOL  DA VIRADA! Da reação!  Da superação!!  BENDITO SEJA O CLEITON! Se não vai de um jeito, vai de outro!!   As lágrimas agora se misturavam aos sorrisos, o palestrino se sentia leve, sem o peso enorme que um tropeço esta noite nos  traria. 

E a toda a Nação dormiu em paz…