Os alemães (seleção e dirigentes) vieram ao Brasil e construíram um CT (um condomínio) em Santa Cruz da Cabrália-BA, construíram um campo de futebol, pavimentaram uma rua, doaram dinheiro à comunidade indígena do local para que ela possa comprar um veículo para ajudar no atendimento aos doentes, doaram 25 bicicletas para as crianças locais, incentivaram a criação de um programa “escola em tempo integral” em Cabrália, contribuíram para a reforma de algumas escolas…
Tudo isso, gerando 250 empregos, uma vez que não trouxeram mão de obra alemã para a construção do Centro de Treinamento, e empregaram pessoas da localidade.
Não bastasse isso, ainda doaram gentileza, cordialidade, participando de festas com a população, dançando com os índios, sendo extremamente simpáticos e sociáveis com os habitantes do local, fosse na praia ou na cidade… ganhando amigos e, até mesmo, torcedores brasileiros.
Vestiram a camisa do Bahia e cantaram o seu grito de guerra com os seus torcedores, interagiram com o Brasil inteiro, via Twitter, com mensagens simpáticas, de apoio, até mesmo escrevendo em português…
Foram extremamente elegantes e respeitosos na partida em que engoliram a seleção brasileira. Fizeram 7 gols é verdade, mas poderiam ter feito uma dúzia e “tiraram o pé”. E em cada um desses gols, a comemoração, que VALIA VAGA NA FINAL DA COPA DO MUNDO, foi contida, sem provocações, respeitando a nossa tragédia (sim, somos um povo que valoriza mais o futebol do que um país bem governado, governado para o benefício povo, de verdade)
E então, os alemães fizeram um vídeo, lindo, com momentos de sua passagem por aqui, momentos da interação com os moradores de Cabrália, momentos de seus treinamentos, de seus jogos, um vídeo recheado com a alegria que trouxeram ao Brasil e com a que alegria com que foram recebidos aqui também, e, nada mais óbvio e lógico, usaram uma música brasileira de fundo.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=4lN1Q6mZlHs[/youtube]
E o que aconteceu?
O vídeo foi retirado do ar (nem sei se você poderá acessar o link acima), porque Paula Lavigne, a ex-mulher do BAIANO Caetano Veloso, reclamou do uso da música “Tieta”, de autoria dele, que não tinha sido autorizado. Se os alemães estivessem usando a música para ganhar dinheiro com ela eu até entenderia.
Que imbecilidade!
E pensar que Caetano era da turma do ‘É proibido proibir”♫ …