violência
vi.o.lên.cia
sf (lat violentia1. Qualidade de violento.
2. Qualidade do que atua com força ou grande impulso; força, ímpeto, impetuosidade. 3. Ação violenta. 4. Opressão, tirania. 5. Intensidade. 6. Veemência. 7. Irascibilidade. 8. Qualquer força empregada contra a vontade, liberdade ou resistência de pessoa ou coisa.  Dir. Constrangimento, físico ou moral, exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a submeter-se à vontade de outrem; coação.  10. usar a agressividade de forma intencional e excessiva para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico.

Incitar: v.t.d e v.bit. Incentivar alguém a fazer alguma coisa; impelir, instigar, encorajar.

O leitor que não me acompanha no Twitter e Facebook, e que não leu alguns tweets que me foram dirigidos por um profissional de imprensa, não deve estar entendendo muito bem esse início de postagem, mas eu explico.

Recebi alguns tweets de um repórter que trabalha no SporTV. Repórter, a quem nunca me dirigi no Twitter, no Facebook, ou em qualquer lugar que fosse, mas que foi citado por mim num tweet e numa das minhas postagens do blog:

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2014/03/04/e-press-nao-desiste/

Esse profissional, pasme, atribuiu ao meu blog e a alguns outros, que ele classificou como iguais ao meu, a existência da violência no futebol!?!  Pode uma coisa dessa?

Se, por um lado, essa afirmação é digna de risos,  porque todo mundo sabe (até a minha cachorra sabe) que a violência no futebol é bem mais antiga do que a existência de qualquer blog, que ela se origina por vários outros motivos e não pelo que alguém escreve/lê num blog sobre o esporte favorito dos brasileiros, e que um profissional de imprensa esportiva TEM que saber isso; por outro lado, ela é uma acusação muito séria e irresponsável, além de ser uma inverdade e uma baita falta de argumentos, não é mesmo?

E, diante dessa descabida e pública afirmação; diante dos e-mails, mensagens inbox, mensagens via Whatsapp, DMs, e até alguns telefonemas que recebi depois, com mensagens de apoio ao blog, com perguntas sobre o que estava acontecendo (nem todo mundo entendeu a história) e com a indignação de algumas pessoas com o que me fora dirigido; diante do fato de o profissional se referir ao blog, mas não vir aqui dizer o que pensa dele, como seria o correto; e porque foi o blog e suas postagens que foram citados e responsabilizados pelo futebol violento (Chesus!); por todos esses motivos, vou contar aqui o que aconteceu. E, como é de praxe, no mesmo estilo “Clorofila way of writing”, documentando tudo, sem inventar nada.

No sábado passado, enquanto fazia panquecas americanas pro café da tarde, recebi esses dois tweets:

AndréHernan-blogAndréHernan-blog1

Oiiiiii??? Não fui informada pelo repórter, que caiu de paraquedas na minha timeline, sobre o quê, exatamente, ele falava. Os tweets dele vinham atrelados a um tweet que eu havia escrito, com um questionamento aos meus seguidores, que estavam reclamando um bocado por causa uma mesma pergunta ‘mandrake’, que ele, repórter, teria feito a dois jogadores do Palmeiras. E eu queria saber do que se tratava (copiei e colei os demais tweets aqui, mas é claro que tenho os prints) .

E o André Hernan (sei lá como escreve) do SporTV fez a mesma pergunta para dois jogadores do Palmeiras?

Não havia nada demais nesse tweet…  então, como ele citava o blog, que “detona os outros”, concluí que a reclamação fosse pela postagem que eu havia feito umas semanas antes, e que trazia críticas à maneira como ele conduzira uma entrevista com o jogador Valdivia, após a partida contra o São Bernardo.

Não me agrada ficar ‘batendo boca’ no Twitter – penso que um profissional de imprensa deveria gostar disso menos ainda -, tenho milhares de seguidores – e ele também tem -, e penso que eles não precisam acompanhar esse tipo de coisa, mas, diante do que me foi dito e atribuído, diante da confusão que ele fazia entre “reclamar da falta de profissionalismo de alguém” e “detonar esse alguém”, eu tive que responder:

@andrehernan Se vc tivesse bom-senso, o mínimo que faria seria se questionar sobre as reclamações que algumas pessoas fazem do seu trabalho.

@andrehernan E não, não sou jornalista. Mas, como torcedora, esclarecida, que sou, sempre vou apontar o dolo ao Palmeiras onde eu o encontrar.

@TaniaClorofila Vc ja repensou algum post que fez (pelo jeito faz sempre) detonando alguém?

@andrehernan Repenso sim. Por isso, procuro me valer de imagens, fatos anteriores, que sustentem aquilo que penso sobre um assunto.

@andrehernan Como fiz quando o seu amigo cavou uma suspensão para um jogador do Palmeiras, sem ter feito o mesmo para o do time dele.

@andrehernan Essa sua afirmação é bastante inconsequente, viu moço jornalista??

@TaniaClorofila Se vc é uma torcedora esclarecida, repense seus tweets e posts detonando quem está trabalhando.

@andrehernan Moço, por acaso, eu lhe dirigi algum tweet? Não me lembro de tê-lo feito.

Abaixo, o suprasumo da incoerência, a pessoa que me dirigiu tweets reclamando das críticas à sua conduta profissional, que foram feitas no blog, me respondia assim:

@TaniaClorofila Não quer ver criticas? então assista a TV do Palmeiras… a chance de vc se chatear é zero.

Ele poderia fazer o mesmo com o blog e com os meus tweets, não é verdade? Não quer ler críticas ao seu trabalho, que vá ler blogs sobre horticultura, jardinagem…

@andrehernan Se vc não quer receber críticas, esqueça o futebol, com seus milhões de torcedores e vai entrevistar as bordadeiras no Ceará.

@TaniaClorofila Crítica é uma coisa… Clubismo é outra. Por um futebol sem ódio.Boa tarde pra senhora!

@andrehernan Vou desenhar pra vc… Eu sou t-o-r-c-e-d-o-r-a!! Posso ser clubista o qto eu quiser. Os jornalistas é q não podem!

@andrehernan Quem dá ao Palmeiras o mesmo tratamento que dá a outros clubes tem todo o meu respeito e consideração. Tenha uma boa tarde.

@TaniaClorofila Então… sugiro vc soletrar, desenhar a palavra Respeito!! Boa tarde para a senhora.

Como você pode observar, leitor, ele não apresentou nenhum argumento que indique que a(s) minha(s) postagem(s) incite(m) os leitores à violência; tampouco apresentou alguma prova de que seja por causa de blogs como o meu que o futebol é violento (é duro ele provar isso, hein?). Ao falar de clubismo e fanatismo, ao falar em ódio (??) ele apenas demonstrou incapacidade de argumentação, pois apelou a chavões que, sem argumentos, não têm valor algum.

E se for assim, o que dizer da própria imprensa, o canal PremiereFC (SporTV), por exemplo, que fez matéria em sua página do FB, para ‘comemorar’ o dia em que um clube, ‘por acaso’ o Palmeiras, levou uma goleada de um time pequeno? E ainda trazia a chamada: “Lembra do vexame do Verdão? Então, curte aí!”. Clubismo? Maaaagina! Não é preciso esforço algum para imaginarmos para que time time provavelmente torce o estagiário que fez essa “beleza” de postagem, não é mesmo? E imagine a raiva que isso causou na torcida palmeirense, que é uma das  maiores assinantes do Premiere? Foi tão sem propósito e desrespeitosa a postagem, que eles acabaram retirando-a do site e se retratando com o clube e com a torcida.

O fato é que a internet, com a participação do público, acabou com aquela conhecida e desagradável via de mão única, onde o cara com microfone na mão podia fazer e acontecer, podia te dar a informação do jeito que ele quisesse, e, muitas vezes, com meias verdades, ou com verdades um tanto quanto distorcidas, cheias de veneno. E blogs como o meu passaram a mostrar ao público a falta de profissionalismo de algumas pessoas em alguns momentos; pessoas que deveriam estar no esporte para trabalhar e não para distorcer fatos, provocar jogadores nas entrevistas, jogar a torcida contra eles, criar situações polêmicas para ganhar audiência, e até usar de inverdades – o próprio Palmeiras já desmentiu alguns veículos de comunicação, e mais de uma vez.

O Palmeiras vence uma partida, um jogador se destaca, e o repórter, que o entrevista na saída de campo e, depois, na saída do vestiário, não tem mais nada a lhe perguntar, a não ser sobre um terceiro cartão amarelo tomado. Recebe uma resposta irônica e aborrecida e continua  insistindo na mesma questão. Do jogo mesmo, dos gols, da excelente partida que  time e jogador haviam feito, daquilo que o torcedor quer ouvir, o repórter não tem nada a perguntar.

O Palmeiras ganha do Vilhena, e um repórter vai perguntar para um jogador DO PALMEIRAS se é um jogo para esquecer? Recebe uma resposta meio azeda e, não satisfeito com a resposta, faz a mesma pergunta para um outro atleta palestrino, recebendo outra resposta meio azeda. Como assim? Os jogadores, que obviamente não gostaram da perguntinha mandrake, não são torcedores e nem blogueiros ‘clubistas e fanáticos’, são profissionais, e um deles, por acaso, é só campeão mundial de futebol, com larga experiência no futebol profissional europeu. Quem será que foi o torcedor nessa história?

Talvez  o repórter tenha achado que a partida era para esquecer, é um direito dele achar o que ele quiser, mas, o que ele acha, não interessa aos jogadores e tampouco aos torcedores. Uma vitória,  desde que não seja construída no apito, será sempre soberana a qualquer problema ou dificuldade que a equipe tenha encontrado dentro de campo. Ainda mais, uma  vitória que leva o time à uma próxima fase de um campeonato.

E eu pergunto: onde estava o repórter após o jogo contra o Ituano, para perguntar ao Kardec sobre as agressões que ele sofrera em campo? Onde estava o profissional, para perguntar ao árbitro porque ele não expulsou o desleal  e botinudo jogador Alemão, que agredira Kardec duas vezes? Onde estava o repórter para pedir a esse mesmo Alemão, que falasse sobre as agressões que ele cometera na partida? Para ir atrás dele na saída do vestiário e pedir que contasse detalhes das duas joelhadas desferidas em Kardec, que tiraram o melhor atacante do campeonato do jogo da semifinal, ainda no primeiro tempo, prejudicando consideravelmente o Palmeiras na disputa pela vaga? Onde estava o repórter para lembrar que esse mesmo Ituano, fugindo do descenso em 2013, e com a mesma prática de botinadas, quebrou o goleiro do Palmeiras e o tirou da partida? Onde estava o repórter para trazer a você a informação de que Valdivia saíra machucado da partida diante do Bragantino, quando ele foi deslealmente caçado?  O próprio jogador é quem teve que publicar uma foto do seu tornozelo vermelho e bastante inchado, para mostrar à torcida o que a imprensa ‘não viu’, o que repórter nenhum lhe perguntou na saída do vestiário. Onde estava o profissional para dizer o quanto o Palmeiras fora prejudicado sem seus dois melhores jogadores, e sem que um único adversário tivesse sido punido por tê-los tirado da semifinal?

Mas foi atribuída a mim uma parte da culpa  pelo futebol violento – a outra parte é culpa dos blogs iguais ao meu -,  sim, a mim, uma vez que o blog não tem alma, não pensa, a não ser através de sua redatora, que lhe empresta as suas ideias e conceitos a respeito de determinados assuntos, que lhe empresta a sua “voz”.

Triste isso, né? O jornalista, não possui argumentos; eu, a blogueira “fanática” e “clubista”, que, segundo ele, é uma das responsáveis pelo futebol violento, fundamento e documento tudo o que publico aqui. Acho que isso é respeito (que ele diz que não conheço) com o Palmeiras, com os meus leitores, comigo mesma, e, principalmente, com as pessoas citadas nas postagens, uma vez que não critico a conduta profissional de quem quer que seja, por criticar, não faço críticas por fanatismo e nem clubismo, e é isso que me dá credibilidade. Credibilidade, que faz com que algumas pessoas se incomodem comigo e com a seriedade das coisas que escrevo.

Imagino que deveria ser assim também, ou muito mais cuidadoso ainda o trabalho da imprensa: se preocupar com a credibilidade, respeitar quem a lê/ouve/assiste, respeitar as personagens que servem de notícia, sem distorcer fatos,  sem provocar, irritar, apimentar, sem agigantar os problemas de um e minimizar os de outros, sem minimizar as pequenas conquistas de um e ampliar as de outros… sem fazer o papel de torcedor, e apenas levar a informação ao torcedor do jeito que ela é, da maneira que aconteceu.

Mas o que temos visto é o contrário disso. Um dia, é o cara que telefonou para o tribunal para sugerir punição a um jogador do Palmeiras, mas não fez o mesmo com o jogador do time dele… outro dia, é a página do FB de um canal de TV que desrespeita o time e da torcida do Palmeiras… tem dias em que é o repórter preocupadíssimo com o cartão amarelo recebido por um jogador palmeirense, ou provocando jogadores ao final de uma partida…

Parece aquele ‘rodízio de faltas’, em que cada hora é um que ‘bate’. A continuar assim, vamos  ficar curiosos para saber se existe um “técnico” orientando esse time…

O Blog da Clorofila vai continuar apontando a falta de profissionalismo sempre que ela se fizer notar, vai continuar cobrando da imprensa que o Palmeiras receba o mesmo tratamento que ela dá aos outros clubes, e isso nada tem a ver com ódio, com violência. E quem não gostar disso, que passe a ter uma conduta estritamente profissional.

NÃO TEM JEITO, “PRESS”, ESTAMOS DE OLHO, E VAMOS CONTINUAR ASSIM!