Você se lembra do último derby?
O sábado palestrino tinha sido agitado… Depois da despedida do Divino, no Allianz Parque, na parte da manhã, fomos nos despedir do Pacaembu, à tarde. Seria o último derby, a última partida a ser realizada lá.
A imprensa não se cansava de anunciar há quantos anos o Palmeiras não vencia o rival no Pacaembu, e “se esquecia” de dizer, que, na maior parte desse “há quantos anos”, era costume que os dérbis fossem jogados no Morumbi – até mesmo em outras cidades -; se esquecia de dizer qual era o time que mais títulos conquistara no Pacaembu, e qual o que tinha sido mais roubado ali, nos jogos disputados entre os dois – Né, PCO? Também esquecia que, no Pacaembu, foram 16 partidas, com 4 vitórias para cada um e 8 empates, e que o Palmeiras tinha marcado mais gols…
Você lembra o que aconteceu, não é? Lembra da tática-pancadaria que Mano Menezes preparara para o jogo? Da caixa de ferramentas, aberta, como a principal estratégia de jogo dos “itakeras”? De Valdivia, a grande preocupação dos corintianos, sendo o alvo principal deles? E que ele sofreu faltas desleais de vários jogadores alvinegros – Elias, Fagner, Petros, Gil… e que, para o árbitro, algumas delas nem falta foram?
Lembra que o Palmeiras jogou mais e melhor? Que foi uma roubalheira? Que o Verdão apanhou muito, com a conivência do árbitro, Flávio Gomes Guerra? Que teve mais posse de bola, que fez um golaço aos 25′ do primeiro tempo, e, que se o árbitro tivesse apitado corretamente, o Palmeiras teria jogado sossegado, porque, na tática corintiana de descer o sarrafo a cada tentativa palmeirense de se criar uma jogada, pelo menos uns dois jogadores corintianos (estou sendo boazinha na conta) deveriam ter sido expulsos (sabe quando eles iriam empatar? Nunca.)
Certamente você não esqueceu que, os 5′ de jogo, Valdivia levou uma cotovelada de Elias, NÃO PUNIDA PELO ÁRBITRO – e, como constataríamos depois, OMITIDA PELAS TRANSMISSÕES ESPORTIVAS – e sofreu uma lesão abdominal, mal podendo caminhar durante uns 20 minutos, sentindo muitas dores durante a partida toda, e levando mais um monte de botinadas depois; não esqueceu também que o Palmeiras apanhou, deslealmente, a cada vez que tentou criar uma jogada, sem que o árbitro tomasse qualquer atitude para coibir a pancadaria. Henrique, Victor Luís, Marcelo Oliveira, João Pedro, sofreram faltas que deveriam ter originado cartão amarelo para os infratores(ou segundos amarelos, caso a arbitragem fosse séria), mas quem amarelou foi o juiz, deixando os infratores impunes. Os jogadores corintianos, se valendo da camaradagem do árbitro, que não mostrava cartões amarelos e, muito menos, os vermelhos, seguraram o meio e o ataque do Palmeiras na porrada, e acabaram conseguindo um gol, nos acréscimos (imagina se não seria nos acréscimos), que foi fruto da nossa desatenção e de uma falta não marcada sobre Juninho.
E, assim como eu, você constatou que, depois da partida, nos vídeos de melhores momentos, não tinha/tem nem a metade do que vimos acontecer em campo… nos comentários da TV, idem (precisei assistir aos vídeos completos, para ver que aconteceu até mais do que consegui ver em campo, e para constatar que a imprensinha continua cada vez mais sem-vergonha).
E, agora, quando teremos mais um derby, um monte de gente faz a egípcia e finge que no anterior não aconteceu nada demais…
Vamos lembrar os lances capitais e a omissão da rgt e da imprensinha em geral?
No primeiro minuto de jogo, Henrique foi agarrado, seguro, o “itakera” subiu em suas costas, o derrubou na entrada da área, e o árbitro esqueceu que no bolso dele tinha cartão amarelo.
Com dois minutos de jogo, segundo a transmissão da “alvinegra” rgt, Valdivia “tomou um tranco com T maiúsculo de Petros”. Ele e Fagner fizeram um sanduíche do Mago. A falta dupla, desleal, foi vista como falta normal pelo árbitro Flávio Rodrigues Guerra (depois que ele, um dia, marcou três penalidades, corretíssimas, a favor do Palmeiras e contra os bambis, e pegou uma geladeira inexplicável, passou a apitar assim, com essa parcialidade toda). A torcida chiou um bocado. Afinal, o jogo estava só começando… A partir dali, tivemos a certeza que, quebrar o Mago – Henrique também – era a tática corintiana para a partida.
Aos 5′, Valdivia subiu para cabecear uma bola, e Elias – ele nem pensou em sair do chão -, esquecendo a bola e visando só o Mago, deu uma baita cotovelada nele, mais ou menos na altura da cintura. Valdivia teve uma lesão abdominal nesse lance. Na TV, diriam que foi uma “trombada”… Trombada? Ele visa o Mago, e o acerta, de propósito. Olha a cara dele, repare onde ele olha. E tem a mão aberta, pra dar precisão ao golpe, como se fosse caratê. Veja as imagens:
Mano Menezes, segundo a transmissão, com muita cara de pau dizia para o árbitro que Valdivia era cai-cai, sugerindo que ele simulava a agressão que sofrera. Mas o mentor da tática/pancadaria viu bem o que aconteceu.
E olha só a rgt:
Disputa de bola? Trombada? Olha as imagens. Em nenhum momento houve uma disputa de bola. Elias nem saiu do chão. Valdivia sim, saiu do chão, foi na bola, mas Elias não, ele só visava Valdivia, e só olhava para a cintura do Mago. Como pode uma agressão dessa virar “trombada” – tipo o Petros trombando (agredindo) um árbitro, né rgt?
“Lance Normal”, que absurdo! “Cotovelo de Elias bateu nas costas do jogador palmeirense”. Não foi o Elias que deu uma cotovelada em Valdivia, foi “o cotovelo que bateu nas costas do jogador do Palmeiras”. E o cotovelo tem vontade própria? Elias, o dono do cotovelo, não tem nada com isso? E o lance é normal? Que picaretagem da rgt!
Até o Neto, corintiano, que nunca diz coisa com coisa, e dificilmente admite os erros e falhas do seu time, meio que se lamentando, falou: “A verdade é que o Elias usou o cotovelo”.
E se ele usou o cotovelo para agredir um adversário, ele tinha que ter sido expulso, não é? Mas, lembra que o árbitro não lhe deu sequer amarelo? (Qual a possibilidade de Valdivia fazer o mesmo e não ser expulso na hora e, depois, julgado umas “trocentas” vezes por Paulo Schmitt e seus amigos?) Fica fácil jogar assim, você não acha? Ficou fácil para o time “itakera”, receber a ajuda do árbitro para não ser derrotado não é?
E, por causa da dor aguda que sentia, foi muito difícil para o Mago continuar em campo. Um grande prejuízo ao Palmeiras que, graças ao árbitro, “a serviço”, nada custou aos “itakeras”.
Imaginando que Valdivia fosse sair de campo, e fazendo parecer que ele sairia porque queria sair e não por estar lesionado, o narrador da Band e o comentarista Neto (“cê tem um pobrema” sério com o Mago, hein nego?), leviana e ironicamente diziam: “Já vai sair?”, “Jáááá?”. Em nenhum momento pensaram em dizer, “com 5 minutos de jogo o Elias JÁ está agredindo os adversários? JÁÁÁ”?
Na rgt, Cleber Machado dizia: “Valdivia caído, DE NOVO (como se ninguém tivesse feito nada a ele). É isso o que você chamava de jogo truncado, Casagrande?”, como se o Mago estivesse usando um artifício para truncar o jogo, e não que estivesse LESIONADO PELA AGRESSÃO QUE SOFRERA DE ELIAS E QUE ELES FAZIAM QUESTÃO DE IGNORAR.
E a tática “itakera” foi a mesma o jogo todo… com as bençãos do árbitro, que deixava passar a maioria, e de cujo bolso os cartões amarelos eram mais raros do que a água da Cantareira. Bom jogar assim, batendo impunemente, não é mesmo?
As imagens não mentem…
Essa aqui, para o árbitro não foi nada demais… imagina se as camisas fossem contrárias, e o de verde batendo?
Lembra dessa agressão do Gil no Henrique? E o juizão só “itakerando”… os comentaristas idem. Fosse um de verde agredindo, e pediriam a sua expulsão… do planeta.
Lembra dessa outra agressão aqui? Olha a cara do juizão. só olhando e “itakerando”…
E já que o juiz deixava bater a vontade, o Gil fez a festa – num jogo sério, com arbitragem séria, teria sido expulso, e muito antes disso, assim como Elias também deveria ter sido expulso aos 5 minutos do primeiro tempo -; saiu de lá de onde estava, numa jogada que não era a dele, e foi chutar e derrubar Valdivia. E os auxiliares só roub… ooops, “itakerando”…
Foi um horror, não é mesmo, amigo palestrino? Eu me lembro muito bem da arbitragem sem-vergonha que tivemos nessa partida, e em muitos outros derbys também.
E é por isso que eu digo: ABRE O OLHO, PALMEIRAS! Muito cuidado com o ladr… ooops, com o árbitro de hoje. Se não for no apito, o adversário não é o “Esporte Clube Itakera”!!