“O essencial é invisível aos olhos” – Antoine de Saint-Exupéry

Era uma vez uma mãe e seu filho… e o amor dos dois pelo seu clube de futebol…

Assim, com “era uma vez”, começam algumas maravilhosas histórias que encantam e emocionam corações… assim começou a história que encantou e emocionou um profissional de imprensa, que estava trabalhando no Allianz Parque, em 2018… ele, lá do campo, olhou para as cadeiras, viu uma mãe e seu filho. A mãe narrava o jogo para o filho, que é deficiente visual e tem um pequeno grau de autismo. Seu coração logo percebeu a beleza do que ele via… Então, ele “contou” a história para outras pessoas, e a coisa foi crescendo… a torcida do Palmeiras se encantou e se emocionou com ela, os brasileiros todos se encantaram e se emocionaram com ela…

Hoje, quando essa mãe ganhou o prêmio “Fifa Fan Award”, de Melhor Torcedora, na premiação “The Best Fifa”, o mundo todo se encantou e se emocionou com a história também…

Silvia Grecco, a guerreira da nossa história, certamente não pediu para que isso acontecesse, não planejou, não desejou… Estava lá no Allianz Parque, como tantas outras vezes já estivera, sem ter sido notada, sentada ao lado de Nickollas, seu filho, narrando o jogo pra ele…

O profissional da Globo,  Marco Aurélio Souza,  flagrou a mãe narrando o jogo para o filho, seu coração percebeu a beleza daquele momento…  as imagens foram mostradas na TV e uma história linda, de amor de mãe e filho, de amor de torcedores por seu clube, uma história de respeito e inclusão passou a nos ser contada… 

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Mas essa história começou bem antes, em 2006… Silvia, desejando ser mãe novamente (ela já tinha uma filha), querendo cuidar de uma criança, dar amor, tomou a decisão de entrar na filial da Vara de Infância de Mauá para adotar uma criança. Meses depois,  já em 2007, ela foi chamada para conhecer um bebê. Um bebê que, por causa de um aborto provocado, havia nascido aos cinco meses de gestação, com um pouco mais de 500 gramas… e que por ser tão prematuro teve um problema na formação de suas retinas… um bebê, que havia passado seis meses em uma UTI, um bebê, que teve parada cardíaca, entre outras complicações, e que, segundo o médico, muito provavelmente teria outras sequelas… um bebê, que já havia sido rejeitado por outros 14 casais…

Reza a lenda das histórias maravilhosas, que guerreiros reconhecem um ao outro à primeira vista… E foi o que aconteceu. Assim que Silvia viu o bebê, ela se apaixonou por ele… “No instante em que o médico o colocou no meu colo, senti que era meu filho, não tive dúvidas”, diria ela depois.

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E Nickollas ganhava um presente de Deus, ganhava uma mãe para lhe dar um amor imenso e lutar com ele as suas batalhas… uma mãezona, que cuidando dele com amor, com respeito, procurava fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para que ele, deficiente visual, entendesse o mundo e se sentisse integrado a ele. E ela, palmeirense,  começou a levá-lo aos jogos do Palmeiras no Allianz… com rádio e fones de ouvido. Até o dia em que ela notou que faltava algo para que ele sentisse mesmo o jogo, o clima, para que a experiencia do filho no estádio fosse plena… então, ela teve a ideia de narrar pra ele o que acontecia no campo –   ela narra de um jeito diferente, descrevendo o ambiente, dizendo para que lado os jogadores estão, onde tem bigode, manga comprida, narra os gols também, as faltas, os passes, descreve os técnicos, os jogadores, seus uniformes… e Nickollas se sente bem no Allianz, fica feliz quando sabe que vai ao jogo… lá, junto do seu time, ouvindo o som da sua outra “família” ele se sente livre, integrado…

E foi assim, num derby,  em 2018, com a Silvia escondidinha lá no meio de milhares de parmeras, narrando o jogo para o seu filho,  que ela e Nickollas foram vistos pelo profissional da TV… um close os mostrou para todo o Brasil… um close e estava confirmado que é muito mais do que futebol, que o Allianz é onde o Nickollas gosta de estar, que o Palmeiras dá a ele uma felicidade enorme e que o futebol pode sim transformar a vida das pessoas… um close, e a Silvia personificou o amor maior… um close, e não precisávamos de mais nada… nos apaixonamos por eles e pela história de amor, doação, escolha e respeito que eles protagonizavam… Lindo demais! Num mundo onde parece que o amor vai perdendo espaço a cada dia, a Silvia e o Nickollas nos encheram de  esperança… 

A história ganhou o mundo… e o mundo se encantou com ela. O Palmeiras os levou à Academia, mãe e filho conheceram os jogadores do Verdão, conheceram Felipão, que se emocionou também… No Natal, o Palmeiras deu ao Nickollas um óculos que transforma a imagem em aúdio… A Fifa os indicou para concorrer ao Fifa Fan Award… Eles foram na concentração da seleção brasileira, Nickollas conheceu Neymar, de quem ele tanto gosta…

E hoje (23/09), lá no Teatro Scala de Milão,  na solene premiação Fifa para os melhores do futebol, a Sylvia, merecidamente, ganhou o Fifa Fan Award. Mãe e filho subiram ao palco, e ela descrevia pra ele tudo o que via… na plateia estavam Messi, Alisson, Van Dijk, Martha, Mbappé, Rapinoe, Modric, Marcelo, Mourinho, Jürgen Klopp… os(as) melhores jogadores(as) do mundo, os melhores técnicos… a nata do futebol ali reunida, de olhos úmidos ouvindo o agradecimento daquela mãe, da melhor torcedora… o mundo do futebol aplaudindo Silvia Grecco e Nickollas…

Me emocionei muito acompanhando a premiação, ouvindo a Silvia falar… Que história linda e emocionante… Que orgulho da Silvia e do Nickollas. Que alegria por eles terem vencido. Quanto respeito e admiração eu sinto por essa mulher, essa supermãe, esse ser humano maravilhoso, que não pensou duas vezes para adotar a criança que tantas outras pessoas haviam rejeitado – e por todas as outras, espalhadas pelo mundo, que, assim como ela, são guerreiras, cheias de amor incondicional, e que se doam totalmente para tornar melhor e mais leve a  difícil vida de seus filhos.

Parabéns, Silvia e Nickollas, vocês fazem o mundo ser muito melhor! Obrigada por nos mostrar que nada supera o amor! Vocês são realmente THE BEST! E parabéns, Palmeiras, por ter torcedores como esses! #FamíliaPalmeiras

 

Eu sempre soube que o Palmeiras conquistou um campeonato mundial de clubes em 1951… Alberto Vicente, meu pai, assistiu aos jogos em São Paulo, foi assistir à final no Rio de Janeiro e, muitos anos depois, me contou sobre aquela emoção, sobre o que significou aquilo tudo, me mostrou uma foto – daquelas de borda toda recortada –  feita naquele dia… Oberdan Cattani, o ídolo maravilhoso da história do Palmeiras, o goleiro de 3 das sete partidas do mundial, me contou também, me mostrou fotos, faixas… Fabio Crippa, o goleiro das semifinais e finais – que um dia conheci num dos aniversários de Oberdan (Deus é bom comigo, não?) -, também me falou brevemente a respeito da alegria de ter sido campeão mundial… Tive o privilégio de conhecer Valdemar Fiume (na casa do Oberdan também, mas em uma outra, e mais antiga, oportunidade – Deus me mima) e beijar as suas mãos (não tive como beijar seus pés na ocasião)… a taça, maravilhosa, repousa lá no Palestra e eu a vi de pertinho… senti a energia que ela carrega com ela…

Talvez, essa tenha sido a mais linda história que o Palmeiras, os palmeirenses (meu pai, inclusive), os cronistas,  os dirigentes da CBD, alguns dirigentes estrangeiros, e os brasileiros todos da época escreveram… e é pra eles, para os palmeirenses de outrora, para os palmeirenses de hoje, e para os palmeirenses que ainda irão nascer, que escrevo agora.

 

TORNEIO MUNDIAL DE CLUBES CAMPEÕES 1951 – “COPA RIO”…

“A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais do que eu, e ela não perde o que merece ser salvo” – Eduardo Galeano

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I – SURGE A IDEIA DO MUNDIAL DE CLUBES 

Logo após  a derrota da seleção brasileira para a seleção uruguaia, na final da Copa do Mundo de 1950, em pleno Estádio Municipal do Rio de Janeiro (Maracanã); logo após a frustração e dor que essa derrota causara para todo um país… Depois de quase 200 mil pessoas, numa demonstração de extrema grandeza e civilidade, encontrarem forças para aplaudir os adversários vencedores mesmo estando com o coração em pedaços e os olhos cheios de lágrimas… depois de quase 200 mil pessoas deixarem o Maracanã desoladas, em absoluto e estarrecedor silêncio, e sem querer nem mais ouvir falar em futebol, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) começou a organizar  uma competição que já vinha sendo pensada/sonhada/desenhada antes mesmo da Copa do Mundo.

Em 1950, antes da Copa se iniciar, um jornalista chamado Mario Filho (irmão do também jornalista e escritor Nelson Rodrigues), um pernambucano que vivia no RJ, um apaixonado por futebol, que era proprietário do ‘Jornal dos Sports’ (o de maior circulação na América do Sul), e em seu trabalho mudava a linguagem das notícias futebolísticas – a fazia mais parecida com a linguagem dos torcedores, com a intenção de tornar o esporte cada vez mais popular -, esse profissional, apaixonado por futebol, era também um apaixonado pelo então recém construído Estádio Municipal do RJ,  e muito por causa desse estádio  ele teve a ideia de um Torneio Mundial de Clubes.

No ano anterior, em 1949, a Fifa tinha garantido que a Copa do Mundo de 1950 seria no Brasil. A princípio, e depois de todas as atribulações causadas pela Segunda Guerra na Europa, e de mais de uma década sem o torneio mundial de seleções, a Copa do Mundo seria em 1949, mas foi postergada para 1950 para dar mais tempo ao Brasil de se preparar, e para os europeus se recuperarem dos estragos feitos por Hitler. Havia também falta de dinheiro generalizada na Europa; a guerra havia drenado todos os recursos das nações envolvidas, e nem todas tinham dinheiro para a viagem, ou estavam dispostas a cruzar o Atlântico naquele começo de década (muitos países, vivendo ainda entre escombros da guerra, achavam que não era a hora de se pensar em futebol, em sediar uma Copa do Mundo).

Naquele tempo, não era fácil garantir com antecedência os participantes de uma Copa do Mundo, de um torneio mundial. Qualquer time poderia desistir a qualquer momento, e os motivos poderiam ser vários: a falta de recursos, desinteresse ou desavenças com outras nações participantes. Hoje, quando há tantas lágrimas em campo quando um time não consegue a tão sonhada vaga na Copa do Mundo, não dá para se imaginar que em 1950 a FIFA teve que se desdobrar para evitar que o seu principal torneio não tivesse seleções suficientes. Muitas seleções desistiram por falta de dinheiro, algumas recusaram em cima da hora  – mesmo com o temor de um esvaziamento, mesmo com tantas desistências, e com menos seleções participantes do que o previsto, a Copa no Brasil acabaria sendo um sucesso.

E com a Copa assegurada para o Brasil, a construção de um estádio no Rio de Janeiro – projeto antigo, e que havia sido engavetado – começou a virar frenética realidade. Mario Filho se empenhou tanto na construção do Estádio Municipal do Rio de Janeiro (ele fazia campanha pela sua construção desde o final da década de 30), combateu fortemente a ideia do político  Carlos Lacerda – que o queria mais modesto, com aproximadamente 60 mil lugares, e construído em Jacarepaguá, afirmando ser essa a vontade do povo -, conseguiu o apoio da opinião pública para que o estádio fosse construído no bairro Maracanã, se empenhou para que ele viesse a ser o maior do mundo… Ele tanto fez pelo estádio que acabou ganhando o apelido de “namorado do estádio”, estádio que seria o grande palco da Copa do Mundo em 1950. E o gigantesco palco do futebol, o maior do mundo – um dos 6 estádios da Copa, onde o Brasil jogou a maioria das suas partidas -, acabaria sendo merecidamente batizado – em 1966, um mês depois da morte do jornalista – como “Estádio Municipal Jornalista Mario Rodrigues Filho”.

E porque o Brasil tinha esse estádio maior do mundo – nenhum outro país possuía um igual, com tantos lugares -, e  por causa do sucesso técnico e financeiro da Copa Jules Rimet (que tanto agradaria à CBD e à FIFA), só aqui seria possível se realizar uma competição com a grandeza de um mundial entre clubes campeões. Era o que acreditava Mario Filho (o tempo mostraria que ele tinha toda razão).

Mas a ideia do Mundial de Clubes surgiria antes mesmo da Copa se iniciar… Segundo uma publicação de 1950 [Jornal dos Sports, 1950 – edição 06427(1)],  tudo começou num fim de tarde, dentro de um carro que se dirigia à Copacabana… Na ocasião, vivia-se a ansiedade pela  Copa do Mundo, a grande agitação que precedia a chegada das primeiras seleções inscritas no torneio.

No carro, Mario Filho, Ricardo Serran, Mario Julio Rodrigues e o também jornalista Geraldo Romualdo da Silva – que escreveria sobre isso no jornal depois. Mario Filho expôs a ideia de um torneio mundial de clubes, uma disputa entre grandes clubes campeões da América do Sul e da Europa. Eles debateram a ideia e, ali mesmo, combinaram que não se tocaria no assunto sobre o torneio enquanto Stanley Rouss (Football Association – ele foi o responsável pela comissão de arbitragem na Copa de 50), Ottorino Barassi (Federazione Italiana Giuco del Calcio e FIFA) e Jules Rimet (presidente da FIFA) não tomassem conhecimento do plano. No entanto, Serran alertava aos demais: “não podemos permitir que a ideia fique em sigilo muito tempo”.

E foi num jantar, realizado pouco tempo depois, onde estiveram presentes o jornalista Mario Filho, idealizador do torneio,  o presidente da CBD, Sr. Mario Pollo, Stanley Rouss, Arthur Drewry (que já começava a preparar a sua candidatura à sucessão de Jules Rimet na FIFA), Jules Rimet, Ottorino Barassi (no Brasil, alguns jornais grafavam o nome dele com um único “t” – “Otorino”), Sotero Cosme e José Lins do Rego, que a ideia foi comunicada aos representantes do futebol mundial, e eles se mostraram francamente de acordo – desses participantes do jantar,  Jules Rimet, Stanley Rouss (seria eleito presidente da Fifa em 1961) e Ottorino Barassi (criaria a UEFA e também participaria efetivamente da criação da Champions League muitos anos depois) fizeram parte do comitê responsável pela organização da Copa do Mundo de 1950.

Barassi, o homem que organizara as copas de 34 e 50 (indicado por Jules Rimet), e que durante a guerra, escondera a Taça Jules Rimet  dos nazistas que ocupavam a Itália (ele teria tirado o troféu do banco onde ele estava guardado e o colocado em uma caixa de sapatos, que pôs embaixo da cama), lembrou a todos que seria preciso conseguir um patrocínio oficial de um dos poderes públicos para o torneio. O presidente da Fifa, por sua vez, salientou que o assentimento da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) e a solidariedade dos clubes e demais entidades no Brasil eram indispensáveis para o êxito do certame.

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O presidente da FIFA, o francês Jules Rimet, idealizador da primeira Copa do Mundo, havia nomeado oficialmente o italiano Ottorino Barassi para o comitê organizador do torneio, e Barassi, além da ajuda aos brasileiros, tomaria todas as providências para as inscrições dos clubes europeus.

A ideia de Mario Filho era a de uma competição que tivesse a mesma grandeza de uma Copa do Mundo, o mesmo arrebatamento, mas que fosse disputada por grandes clubes campeões da América do Sul e da Europa e não por seleções. E essa disputa só seria possível, segundo Mario Filho, por causa do Estádio Municipal. Não havia no mundo um maior e melhor para receber tão importante competição – depois da realização da Copa, do sucesso técnico e de público/arrecadação, depois da demonstração de civilidade da torcida com a seleção uruguaia  (tudo isso encantou os europeus e os dirigentes da Fifa), ficaria ainda mais claro, só aqui poderia ser realizado o primeiro torneio mundial de clubes.

Além disso, o torneio serviria (pensou-se assim depois da Copa) para que o Brasil pudesse dar uma resposta nas quatro linhas, serviria para que o futebol brasileiro voltasse a ser “A” referência em futebol, a permanecer na rota mundial do futebol, façanha conseguida com a realização da Copa do Mundo… serviria para que ele pudesse dar uma volta por cima e recuperasse o orgulho destroçado… para que ele pudesse conquistar o que, por descuido, tinha deixado escapar naquele doloroso e recente 16 de Julho de 1950… um título de campeão mundial.

E foi por tudo isso que, três dias depois do triste final da Copa; três dias depois de Jules Rimet – parecendo contrariado, triste – entregar a taça para o zagueiro uruguaio Obdulio Varela; três dias depois de milhares de brasileiros se abraçarem chorando convulsivamente de tristeza, no Maracanã, a CBD já se reunia para as deliberações do Torneio Mundial de Clubes Campeões.

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(A Parte II virá na próxima postagem)

Andamos reclamando tanto das mutretas no futebol, das cartas marcadas…

E não é que há alguns dias, a Fifa comunicou que Marco Polo Del Nero, o cartola da CBF – que nem sai do país por medo de ser preso pelo FBI  – foi banido pra sempre do futebol.  Isso significa que o presidente afastado da CBF foi retirado, pra sempre,  de qualquer atividade relacionada a futebol. Até que enfim. Aleluia!

O motivo? Corrupção. Já não basta o outro ex-presidente da CBF, José Maria Marin, estar preso por corrupção, o presidente anterior a ele, R.Teixeira, ter seu nome envolvido na mesma coisa e em alguns escândalos… e temos agora o mais recente ex-presidente também atolado em corrupção até o pescoço (e sem que receber qualquer tipo de punição aqui no Brasil)… Está bem a entidade que comanda o futebol brasileiro, não? Bem mal.

Além de afastá-lo definitivamente, a Fifa informou que Del Nero, que já foi notificado, terá de pagar multa de 1 milhão de francos suíços, o equivalente a R$ 3,5 milhões.

O presidente da CBF já tinha sido afastado preventivamente do cargo, pela Fifa, por 135 dias (90 dias e depois mais 45), enquanto se investigava a sua responsabilidade em algumas acusações que lhe eram feitas – período que acabou dando tempo a ele para fazer seu sucessor na CBF. Após a investigação, ele foi considerado culpado de corrupção por ter recebido subornos em troca de favorecimento a empresas em contratos para os direitos de transmissão de vários torneios de futebol, incluindo a Copa América, Copa Libertadores e a Copa do Brasil.

Que vergonha, não? E não tem nem cadeia pra ele aqui… O futebol brasileiro, que antes só tinha seu nome atrelado a craques, ginga, gols, dribles e bom futebol, hoje é mais conhecido pela corrupção – e a Justiça Desportiva, num estilão Coréia do Norte de ser, está mais preocupada em vigiar e punir atletas pelo que eles escrevem nas mídias sociais.

E com tanta coisa suspeita que vemos aqui, com tantos campeonatos mandrakes, com declaração de árbitro assumindo uma garfada de quase 10 anos atrás no Palmeiras, ficamos nos perguntando…  Será que Del Nero aceitou suborno só para vender os direitos de transmissão? Será que vendeu resultados de jogos também? Será que vendeu campeonatos? Será não rolou muitos favores (a troco de gordas propinas) para algumas pessoas e seus times de coração na época da Copa? Não temos como saber, mas também não temos como não pensar nisso, afinal, um corrupto é uma pessoa que está sempre  “negociando favores”, ainda mais se ele tem poder, não é mesmo?

E tem uma coisa que não pode passar batida nessa história… Se Del Nero recebeu propina pelos direitos de transmissão – de Copa do Brasil, inclusive – recebeu de quem? Quem o subornou? E o que vai acontecer com esse “quem” que subornou Del Nero? Afinal esse “quem”, que paga, é tão corrupto(a) quanto quem recebe.

Seria completamente lógico, e compatível com a “missão” da profissão (lembram disso?), se a imprensa, – a esportiva, principalmente – fosse investigar e nos trouxesse a informação sobre quem pagou as propinas para Del Nero pelos direitos de transmissão… não é?

Mas imagina se ela fará isso…

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O Mundial de 51 do Palmeiras nunca precisou da chancela da Fifa para ser ou deixar de ser um mundial de clubes. É fato, é história, é imutável, e sempre dissemos isso – reconhecer o Mundial de 51 não era mais do que óbvio, mais do que obrigação da entidade.
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A importância dessa conquista do Palmeiras reside no que ela representou ao clube,  reside na enormidade  que significou para o Brasil, para o futebol brasileiro; residiu na reação de todo um país, do mais de um milhão de pessoas nas ruas comemorando e esperando os heróis daquela conquista (qual outro clube teve algo parecido?), no orgulho que causou aos palestrinos (meu pai, por exemplo, que foi assistir à final) e a todo o povo brasileiro; na reação da mídia, no que foi dito e escrito por ela; no respeito conquistado diante dos rivais do resto do mundo…
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Mas, supondo que o Mundial de 51 precisasse dessa “validação”… qual a seriedade/credibilidade de uma entidade (atolada em escândalos e denúncias de corrupção, com 7 dirigentes presos pelo FBI) que analisa e valida uma conquista em 2007, a confirma em 2014 – com documentos assinados pelos seus representantes -; que confirma isso novamente, em 2015, a um jornal (Estadão); que cumprimenta o Palmeiras no aniversário dessa conquista, em 2016;  e que, em 2017, com novos dirigentes, dá uma canetada e resolve desdizer tudo o que disse, resolve “desconfirmar” tudo o que confirmou, “desanalisar” tudo o que analisou e “desassinar” tudo o que assinou??  NENHUMA!
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Qual a diferença que isso faz pra nós, palmeirenses? NENHUMA TAMBÉM!
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Essa “não chancela” da Fifa tem tanta credibilidade quanto a afirmação de que a escolha do Catar para sede da Copa do mundo de 2022  foi feita de maneira lícita, sem corrupção.
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E ainda tem mais… Com a “validação” de apenas e tão somente 11 anos de disputas – que existem há décadas entre campeões sul-americanos e europeus -, a “séria, correta e responsável” Fifa também faz saber que as conquistas de mundiais do Santos, de Pelé;  do Flamengo, de Zico; do Grêmio, de Renato Gaúcho; do São Paulo, de Raí; do Real Madrid, de Di Stefano; do Ajax, de Johan Cruyff; da Juventus, de Michel Platini, ou a de Zidane e Del Piero; do Milan, de Van Basten e Ruud Gullit; do Boca Juniors, de Riquelme… não “existiram”, não são mais os mundiais que foram, sim, na época (what a $hame, Fifa!).
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Será que esses clubes, e os seus jogadores da época, vão deixar de ser campeões, vão apagar parte das suas histórias só porque a Fifa deu uma canetada nas suas conquistas? É claro que não.
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O  non-sense da ‘canetada’ da Fifa não para por aí… ela, que só reconhece os mundiais de 2005 pra cá,  abre exceção para um… o de 2000. Dá um inexplicável salto pra trás, ignora as conquistas, legítimas, do Boca Juniors, campeão de 2000, do Bayern, em 2001, Real Madrid, em 2002, Boca Juniors , em 2003 e Once Caldas, em 2004, para reconhecer o torneio mais cheio de controvérsias e coisas erradas – a troco de quê? Esses mundiais todos também não valem mais, foram “canetados”, menos o ‘arranjadão’ de 2000  – patrocinado pela Hicks Muse e pela Traffic, do J. Hawilla, réu confesso de crimes de corrupção, que patrocinavam também o “campeão” SEM LIBERTADORES (ser campeão da Libertadores é condição ‘sine qua non’ para um time sul-americano disputar um mundial).
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E quem explica o que rolou embaixo dessa ponte, para uma decisão tão sem sentido, uma vez que em nenhuma oportunidade  se repetiu o formato daquele torneio (disputa no Brasil, em Janeiro;  com dois clubes de um mesmo país fazendo a final; com convidados sem as conquistas que os qualificariam a participar daquele mundial de clubes, como, por exemplo, o Vasco, campeão da Libertadores 1998, ocupando a vaga que deveria ser do Palmeiras, o campeão de 1999; o Al Nasr, campeão da Super Copa Asiática 1998, no lugar do Jubilo Iwata, o campeão de 1999;  o Corinthians, sem conquista sul-americana alguma)? O próprio Blatter admitiu que o torneio foi todo errado.
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Não dá para levarmos a Fifa a sério…
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E o problema maior nem é legitimar o tal “Torneio de Verão” de 2000 – um ‘capricho’ inventado e patrocinado pelos patrocinadores do convidado sem Libertadores, disputado apenas um mês após a disputa do mundial de 1999, no Japão -, e sim fazer de conta que as conquistas de grandes clubes e de alguns craques lendários não existiram. E só porque alguém lá da Fifa assim decidiu… ‘Canetaram’ até a conquista do Pelé, que a própria Fifa elegeu como o “jogador do século”!?!
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É a Fifa ‘socialista/comunista’,  apagando conquistas do mundo da bola e reescrevendo a história do futebol com uma caneta vagabunda cuja tinta mancha o papel.
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Só falta agora a entidade invalidar as conquistas do Brasil e de outros países, anteriores aos últimos 17 anos, não é mesmo? 😉
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E, quando a gente imagina essa situação hipotética de se cancelar as conquistas do Brasil (quem acharia correto se, com uma canetada, o Brasil passasse a ter só um mundial?), e se dá conta que isso seria impossível, mesmo que alguém assim determinasse,  fica tudo muito claro,…  com canetada ou sem, o que foi escrito na história do futebol, escrito permanecerá.

Nesta semana, a Fifa enviou um documento ao Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, oficializando o reconhecimento – que ela ensaiava desde 2007 – da Copa Rio 51, conquistada pela Sociedade Esportiva Palmeiras, como o primeiro Campeonato Mundial de Clubes.

E quem não sabia que essa conquista era um Mundial de Clubes, não é mesmo? Acho que só a Fifa e a, agora desmemoriada, imprensa esportiva. Eu disse numa outra postagem: “A maioria da nossa torcida já nasceu sabendo que era campeã do mundo, e nós, palestrinos, nunca precisamos do reconhecimento de ninguém para nos sabermos campeões mundiais – muito menos de quem reconhece título de clube que “entrou na faculdade sem ter concluído o segundo grau”. Afinal, essa maravilhosa conquista do Palmeiras – comemorada por mais de um milhão de pessoas nas ruas -, faz parte da história do clube e da história do futebol brasileiro e mundial. Ficou escrita, pra sempre, em letras verde-esmeralda.”

E é verdade isso, nunca precisamos que reconhecessem a conquista do Palmeiras para que ela fosse legítima, mas, “A César o que é de César”, não é mesmo? Era apenas uma questão de se fazer justiça, de se agir com correção.

E, com 63 anos de atraso, Dona Fifa descobriu o que o mundo inteiro já sabia desde 1951…

 O PRIMEIRO CAMPEÃO MUNDIAL DE CLUBES É O… PALMEIRAS!! CLARO!

CampeãoMundial-Jornal1

CampeãoMundial-Jornal

CampeãoMundial-Faixa

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2014/08/10/io-sono-il-primo-campione-mondiale-e-voi/#comments

https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2013/07/22/o-que-o-tempo-guardou-nada-pode-apagar/#comments 

PARABÉNS, PALMEIRAS! É um orgulho imenso ter o sangue palestrino correndo nas veias, é um privilégio fazer parte da família do primeiro campeão mundial de clubes, que resgatou o orgulho de uma nação e a dignidade do futebol brasileiro, que foi o protagonista de um feito tão espetacular, que, mesmo depois de 63 anos, ainda se fala sobre ele. O mundo jamais esquecerá essa conquista.  

TANTI AUGURI, SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, CAMPEÃ MUNDIAL DE 1951!

Parece até aquela história infantil em que todo mundo sabe que o rei está nu, mas finge que ele está vestido. E então, quando a garotinha vê o rei passar e grita: “Olhem, o rei está nu”, a verdade, absoluta, da qual todo mundo tinha conhecimento, mas fazia de conta que não tinha, cai sobre as suas cabeças e todos exprimem um: Oh!

“Blatter confirma que o Palmeiras foi campeão do mundo em 1951”

OOOOOOH!!!

Sim, amigo palestrino, no sábado, 09 de Agosto de 2014, o “Estado de São Paulo”, através do seu correspondente na Suíça, Jamil Chade, publicou que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que vai reconhecer o título do Palmeiras de Campeão do Mundo de 1951. Blatter ainda adiantou que o Palmeiras receberá um certificado que chancela o título. Título, que na ocasião de sua conquista, foi considerado o maior feito do futebol brasileiro.

Finalmente alguém teve a coragem de dizer “que o rei está nu”, não é mesmo? Todo mundo sabia que o Palmeiras era campeão mundial; todo mundo sabia (bastava ler sobre o assunto) que Jules Rimet, presidente da Fifa na época, nomeara Ottorino Barassi, secretário geral da entidade (Fifa), para o Comitê Organizador do “Campeonato Mundial de Clubes Campeões” (olha só  o nome que o a Fifa dava para a disputa), mas, até Blatter dar essa declaração, muita gente fingia que não sabia, inclusive “algumas gentes” da imprensa esportiva.

A maioria da nossa torcida já nasceu sabendo que era campeã do mundo, e nós, palestrinos, nunca precisamos do reconhecimento de ninguém para nos sabermos campeões mundiais – muito menos de quem reconhece título de clube que “entrou na faculdade sem ter concluído o segundo grau”. Afinal, essa maravilhosa conquista do Palmeiras faz parte da história do clube e da história do futebol brasileiro e mundial. Ficou escrita, pra sempre, em letras verde-esmeralda.

No entanto, reconhecer e legitimar essa conquista é uma questão de se fazer justiça . E é por isso, que a Fifa, através de seu presidente, Joseph Blatter, não faz mais do que a obrigação ao acabar com o teatrinho do “não sei que o Palmeiras foi campeão mundial em 51”.

O Palmeiras foi campeão, na raça, dentro de campo, ganhou do bicho-papão europeu, o mundo o festejou e o aclamou campeão mundial,  o Brasil inteiro torceu por ele e se emocionou com a sua conquista, os jornais contaram a façanha e estamparam “campeão mundial” em suas páginas… Um milhão de pessoas recebeu o Palmeiras em sua chegada a São Paulo (você já viu isso acontecer com algum outro clube em alguma ocasião?)…

Eu já contei essa história aqui no blog, com imagens da conquista, fotos dos jornais da época, foto de documento emitido pela Fifa em 2007 reconhecendo o Palmeiras Campeão.
https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2013/07/22/o-que-o-tempo-guardou-nada-pode-apagar/#comments 

Não dava mais para tentarem mascarar os fatos, não dava mais para esconderem o título, cujo maravilhoso troféu dorme no Palestra.

O mundo do futebol fica menos hipócrita a partir de agora.

PARABÉNS, PALMEIRAS! Ter sido o primeiro campeão mundial de clubes, ter resgatado o orgulho de uma nação e a dignidade do futebol brasileiro, foi um feito tão espetacular, que, mesmo depois de 63 anos, está todo mundo falando sobre isso. O mundo jamais esquecerá essa conquista.

TANTI AUGURI, SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, CAMPEÃ MUNDIAL DE 1951!

 

CampeãoMundial-Jornal1

 

“Em janeiro de 1951, o periódico brasileiro, “O Globo Sportivo”,  noticiava em destaque que o presidente da FIFA, Senhor Jules Rimet, concedera apoio incondicional ao torneio a ser realizado no Rio de Janeiro. Para tanto, nomeava oficialmente o engenheiro Ottorino Barassi, secretário geral da entidade, para o Comitê Organizador do Campeonato Mundial de Clubes Campeões (prestou atenção, leitor, no nome do comitê?). A importante matéria vinha assinada pelo jornalista francês Albert Laurence – integrante do L ‘Equipe e do France Football, ambos da França.”  Trecho retirado do site Palestrinos.

A Fifa, querendo aproveitar o sucesso da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil, organizou um mundial de clubes em 1951, também no Brasil.  Eram oito times, divididos em duas chaves de quatro: Vasco da Gama/Brasil, Áustria Viena/ Áustria, Nacional/Uruguai e Sporting/Portugal, PALMEIRAS/Brasil, Juventus/ Itália, Estrela Vermelha/Iugoslávia e Olympique/França.

A importância dele era tanta, que o campeonato paulista foi paralisado; no Uruguai, o Torneio Competência também parou. Afinal, o Uruguai tinha acabado de ganhar uma Copa do Mundo no ano anterior, e a ganhara do Brasil, em pleno Maracanã. Não podia deixar que lhe carimbassem a faixa de campeão do mundo. O Brasil, por sua vez, estava “mordido”, e o povo brasileiro, traumatizado, sonhava com a possibilidade de ver resgatado o orgulho de uma nação inteira.

O torneio prometia ser um sucesso! O Vasco, considerado uma máquina de jogar futebol, era um dos favoritos, sem contar os ‘bichos-papões’, Estrela Vermelha da Iugoslávia, e Juventus da Itália.

E boa parte do mundo parou pra acompanhar essa disputa…

E viu um certo time, muito conhecido nosso, da camisa verde-esmeralda mais linda do mundo, imponente como ele só, desclassificar a “máquina de jogar futebol”, ultrapassar os adversários todos e chegar à final, contra o único time que o vencera na competição, o temível Juventus da Itália – que goleara o Palmeiras por 4 x 0, na fase classificatória. Duas partidas entre eles decidiriam o campeão mundial de clubes.

Que tarefa para o Palmeiras… Que tarefa para Fábio Crippa, Oberdan Cattani, Juvenal, Richard, Aquiles, Lima, Rodrigues, Canhotinho, Liminha, Salvador, Dema, Luiz Villa, José Sarno, Túlio, Jair da Rosa Pinto, Ponce de Leon, Waldemar Fiume e o técnico Ventura Cambon…  Quanta responsabilidade!

Com as ameaças do Juventus de deixar o torneio, caso a segunda partida não fosse realizada no RJ, a CBD (a CBF daquele tempo) resolveu fazer a vontade dos italianos. Palmeiras sendo desfavorecido desde sempre…

O Verdão, disposto a se desforrar do resultado da fase classificatória, se agigantou, e, num jogo épico, venceu o Juventus por 1 x 0, levando a vantagem do empate para o segundo jogo. Os italianos acreditavam que ganhariam a segunda partida e também a prorrogação.

E, na final, o Maracanã ficou pequeno pra tanta torcida! 100.093 pessoas foram assistir à partida, enquanto o resto do Brasil a acompanhava no rádio.

E o futebol ficou pequeno para tanto Palmeiras… O PALMEIRAS ERA O BRASIL! O Brasil, que queria gritar “é campeão”, que queria esquecer a dor e a tristeza da Copa do Mundo do ano anterior.

E o gigante Palmeiras, destemido, guerreiro, numa apresentação soberba, empatou com o Juventus em 2 x 2 [Praest (Juv), Rodrigues (Pal), Boniperti (Juv) e Liminha (Pal)], e fez o Brasil explodir de alegria. A festa, que atravessou a noite e o dia seguinte, contagiou os brasileiros de Norte a Sul do país. Não tinha ninguém torcendo contra naquele dia. Cada torcedor brasileiro era “palmeirense desde criancinha”; cada torcedor deste país morreu de alegria nos gols de Rodrigues e Liminha; todos os brasileiros ‘defenderam’ embaixo das traves de Fábio Crippa.  Nunca se tinha comemorado tanto um título. Nunca se tinha desejado tanto um campeonato… Nunca se festejaria tanto a volta pra casa de um campeão mundial.

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E numa noite muito fria, o Palmeiras, que aquecera o coração de um país inteiro, chegava em São Paulo, e foi acompanhado da Estação Roosevelt até o Parque Antártica por um milhão de pessoas. Sim, um milhão de pessoas! Nenhum clube de futebol jamais havia proporcionado uma apoteose dessa, e, até hoje, não houve quem conseguisse uma conquista com tanta magnitude e importância.

E 22 de Julho de 1951, em todos os jornais, em todas as rádios, em todas as bocas, em todo Brasil, ficou marcado como o dia em que o mundo conheceu o seu primeiro campeão mundial de clubes…

 

Hoje em dia, há quem coloque em dúvida ter sido esse campeonato um mundial de clubes. A Fifa o reconheceu em 2007 (e se o reconheceu é porque sabia que era um mundial, senão, não o teria feito jamais), a CBF comunicou ao Palmeiras a oficialização e nunca saberemos por quais motivos a Fifa voltou atrás. Nunca saberemos quem os convenceu a mudar de ideia e com quais argumentos.

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Não foi o Palmeiras quem se auto-intitulou “campeão mundial interclubes”, esse era o torneio do qual ele participou, e, porque não poderia ser diferente, o Brasil e o mundo o aclamaram assim.

O Palmeiras é o 1º Campeão Mundial Interclubes e sabemos muito bem disso, assim como a Fifa também sabe. Se ela vai reconhecer ou não, pra nós isso pouco importa. O que importa mesmo é o que ficou na história do futebol brasileiro e mundial, o que essa história conta do grandioso feito do Palmeiras; importa tudo o que foi escrito sobre o Palmeiras e sua conquista; importa toda a alegria de um país que resgatou o seu orgulho; importa o troféu que dorme no Palestra; importa o que ficou no coração de cada brasileiro…

As notícias atravessaram o tempo, e são, hoje, as testemunhas do Palmeiras Campeão Mundial. E ninguém pode desmenti-las, nem mesmo a Fifa.

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FELIZ 22 DE JULHO, AMIGO PALESTRINO!!

ORGULHE-SE, VOCÊ É TORCEDOR DO PALMEIRAS, O PRIMEIRO CAMPEÃO MUNDIAL INTERCLUBES!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ZFBX5B_oEsY[/youtube]

Informações e imagens: www.palmeiras.com.br  e  www.palestrinos.com.br

Nós, palestrinos, já sabemos muito bem do que são capazes os promotores do TJD, conhecemos muito bem o “dois pesos e duas medidas” de suas denúncias e julgamentos, já sofremos com as muitas sacanagens pra cima do nosso clube e dos nossos jogadores. Mas eles andam tão ‘criativos’, que a gente nem acredita.

A gente nem teria algo a ver com o que vem a seguir, não fosse o fato de que o TJD quer denunciar um jogador do Botafogo porque, segundo ela, ele está desrespeitando uma determinação da Fifa. E não faz muito tempo, nós sofremos na pele uma regra/determinação da Fifa sendo desrespeitada.

Veja só o que saiu no Lancenet de hoje (05):

TJD pode oferecer denúncia contra Jefferson por desenho na cabeça

Tribunal de Justiça Desportiva irá analisar imagem  utilizada no clássico contra o Flamengo

Na vitória de 2 a 0 sobre o Flamengo, no último domingo, o goleiro Jefferson chamou atenção pelo corte de cabelo. Em homenagem à igreja da qual é frequentador, o capitão alvinegro jogou com um peixe desenhado na cabeça. Como os símbolos religiosos configuram desrespeito às regras impostas pela Fifa, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) irá analisar o caso para ver se cabe denúncia contra o jogador.

De acordo com as regras da International Football Association Board, entidade ligada à Fifa, e que é responsável pelas regras do futebol, é proibida qualquer manifestação religiosa por parte dos jogadores dentro de campo. Segundo o artigo que trata do assunto, o jogador que infringir estas regras será penalizado pela organização do campeonato. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva também não aceita estas manifestações.

Quem mandou o Botafogo ganhar do “Flameingo”, né? Agora vão pra cima deles, escudados pelas regras da International Football Association Board, pelas regras da Fifa e pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Essa é a Justiça Desportiva Brasileira, que insiste em fazer com que apenas alguns clubes sigam as regras da Fifa, insiste em fazer com que apenas os jogadores de alguns clubes sejam punidos de acordo com essas regras;  enquanto permite que exista um seleto grupo, formado por uns três ou quatro clubes, seus jogadores e torcidas organizadas, para os quais as regras da Fifa são sempre “esquecidas”.

Ô pessoal do tribunal!! Arbitragem anular gol com a ajuda de recursos televisivos também é proibido pela Fifa. “Cêis” sabem muito bem disso aí, que eu sei. Lembra daquele Inter e Palmeiras no ano passado? Anularam o gol do Barcos depois que consultaram as imagens da TV. E vocês não denunciaram ninguém!! Pelo contrário, teve um julgamento tão mandrake, mas tão mandrake, que quase que o Palmeiras acabou sendo o culpado. A Justiça Desportiva não pode respeitar as regras e determinações da Fifa quando isso lhe é conveniente, e desrespeitá-las quando lhe é conveniente também, concorda Seo Schimidt?

Mas vai ver vocês “esqueceram” que a arbitragem não podia consultar os repórteres e saber se houve irregularidade através das imagens de TV… Por isso, teve tanta gente mentindo… Vai ver, depois da baita sacanagem que vocês fizeram com o Palmeiras naquela ocasião (foi um erro de direito e vocês passaram por cima disso), estão querendo fazer as coisas certinhas agora, né?

Como eu sou muito boazinha e boa observadora, e vocês parecem vítimas de um tipo estranho de cegueira, porque às vezes veem demais e, às vezes, não veem p…. nenhuma, vou ajudar…

JÁ QUE VAI DENUNCIAR ESSE JEFFERSON, ‘FANÁTICO RELIGIOSO’ E GOLEIRO DO BOTAFOGO, PODE DENUNCIAR ESSES AQUI TAMBÉM, VIU TJD ?  ESTÃO TODOS DESRESPEITANDO AS REGRAS DA FIFA. SE O TRIBUNAL QUER PEGAR UM, VAI TER QUE PEGAR TODOS!!

Felipe-Flamengo-tatoo

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E tem também o Naldo que joga no Werder Bremen pra ser denunciado. Mas isso é lá na Europa. Não sei como a Fifa, ‘tão correta’, foi deixar passar isso:

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MAIS MANIFESTAÇÃO RELIGIOSA QUE ISSO, IMPOSSÍVEL! (Será que vão proibir os jogadores de fazerem o sinal da cruz e de rezarem antes dos jogos? Mas proibir a manipulação de resultados no futebol ninguém quer, né?)

Mas já que vocês, promotores do TJD,  gostam tanto de consultar imagens para denunciar jogadores (só alguns e de alguns clubes apenas), já que estão tão a fim de fazerem as dregras da Fifa serem cumpridas, que tal irem consultar o Google? Foi lá que peguei essas imagens aqui, e tá cheio de outras lá.  Mas vou avisando, tirem o cavalinho da chuva porque o Valdivia não tem tatuagens assim, viu?

E já que vocês são tão “imparciais”, vão ter que mostrar que, NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA, O PAU QUE BATE EM CHICO BATE TAMBÉM EM FRANCISCO…

Que saia justa, hein? SE FOSSE COM O PALMEIRAS, VOCÊS NÃO PENSARIAM DUAS VEZES. Mas sou capaz de apostar que, em virtude de haver jogadores de certos dois clubes desrespeitando as regras da Fifa, o TJD vai esquecer o assunto rapidinho.

Quem viver verá…

“Os árbitros devem permanecer humanos, e não teremos monitores para parar o jogo, para ver se estamos certos ou errados. Por favor, não insista sobre este tema… [Com a ajuda eletrônica] Não haverá mais discussão (entre torcedores), e então não há mais esperança, não há mais vida.”Joseph Blatter, presidente da Fifa, afirmando, inclusive, que os replays não serão utilizados enquanto ele estiver no comando da entidade. (Será que ele falou isso pro pessoal da CBF?)

A Fifa não admite esse recurso,  mas aqui na terra do mensalão, dos estádios construídos com dinheiro público, da Máfia do apito que saiu de cena sem nunca ter ido embora, das arbitragens que decidem quem cai e quem vence os campeonatos, da CBF com diretor dando declaração que quer que o Palmeiras caia, e de emissoras de TV mandando no futebol, tão inventando novas regras para o futebol.

“Seo” Blatter precisaria saber o que aconteceu na partida entre Inter-RS e Palmeiras…

O Verdão, num sufoco danado,  em mais uma das suas batalhas para sair da zona de degola; lugar  na tabela onde, apesar de todas as suas falhas, ele não estaria, se não fossem as arbitragens. E, mais uma vez, uma arbitragem o derrotou.

Luan abriu o placar com um belo gol de cabeça. Alguns minutos depois, Assunção cobrou uma falta, o goleiro Muriel rebateu a bola pra frente, mas, dentro da área, Patrick Vieira foi derrubado. Pênalti! Pelo menos foi o que me pareceu. Mas ao mostrar o replay, a Globo, em nenhum momento usou a imagem de cima, que era como se poderia ver o jogador do Palmeiras caindo. É óbvio que nada foi marcado, é óbvio que ninguém falou nada sobre o assunto. Procurei a imagem depois e, é óbvio, que ela não foi encontrada em nenhum lugar…

Também não encontrei a imagem, ‘mastigadinha’ (a não ser meio cortada e de um único ângulo), da falta, não marcada, que Artur recebeu, e em cuja sequência de lance se originou o gol de empate do Inter. Na Band, disseram que foi falta mesmo. E na Globo, ao rever a imagem, meio cortada e, por isso, indefinível, o comentarista diz achar que Artur caiu sozinho, já o narrador diz que a imagem “precisaria ser um pouquinho antes”… mas o “pouquinho antes” não está disponível em nenhum lugar para tirarmos as dúvidas.

Veio o segundo tempo e o Inter marcou o seu segundo gol… que dureza! Deixamos o atacante deles sem marcação alguma, na cara do Bruno! Mas, pela postura do Palmeiras, eu botava fé no gol de empate.

Só que então, aconteceu o inadmissível! Inventaram uma nova modalidade de roubo ao Palmeiras: FAZER VALER A REGRA, AINDA QUE DE MANEIRA ILÍCITA! 

Após cobrança de escanteio, Barcos, com a mão, empatou a partida! O juiz, Francisco Carlos Nascimento, deu o gol! Ele não viu nenhuma irregularidade, o bandeira também não, o juiz da linha de fundo idem! Mas os jogadores do Inter viram e reclamaram.

Confusão em campo, reclamações; então, o Sr. Gerson Baluta, delegado da CBF (mas que providencial ter esse sujeito na partida, não é mesmo?) ficou sabendo, pelos repórteres das emissoras de televisão que transmitiam o jogo, que o gol teria sido com a mão. Aí, ele avisou o juiz e o gol foi anulado! ANULARAM UM GOL, NUMA PARTIDA DE FUTEBOL DE CAMPO, GRAÇAS A UM RECURSO CONSIDERADO INADMISSÍVEL PELA FIFA, RECURSO QUE FOI BUSCADO PELO DELEGADO DA CBF, que tem um diretor que quer que o Palmeiras caia; CBF, que é “amiguinha” de uma emissora muito interessada num cliente em potencial e bom de bolso (o palestrino) para comprar pacotes de PPV da segunda divisão. Meeeeeu Deeeeus!

Maradona ganhou uma Copa com o gol “mano de Dios”, que o mundo todo viu e noticiou e, nem assim, o gol foi anulado; Henry, classificou a França para uma Copa do Mundo com um gol de mão, que também não foi anulado. O Palmeiras perdeu uma partida de semifinal de campeonato com um gol de mão escandaloso de Adriano. E, mesmo a bandeira tendo visto e depois “desvisto”, o gol não foi anulado, e nenhuma TV foi avisar a arbitragem, nenhum delegado foi ver as imagens para pedir a anulação do gol! E POR QUE O GOL DO BARCOS TEM QUE SER ANULADO? E DE MANEIRA ILEGAL? IMAGENS DE TV NÃO SÃO PERMITIDAS PARA VALIDAR OU INVALIDAR GOLS!

Taynah Espinoza, da TV Bandeirantes, admitiu que ela e alguns companheiros de profissão contaram ao técnico colorado Fernandão e ao delegado do jogo, Gerson Baluta, que o atacante alviverde realmente tocou com a mão na bola para fazer o gol de empate.

Quando os repórteres admitiram o gol de mão, rapidamente a informação chegou a Gerson Baluta, delegado da partida: “foi dito que foi mão pelo que se viu, e agora o delegado está perguntando para quem está fazendo a transmissão, se pelas câmeras de televisão vimos que foi gol. Parece que estão usando mesmo a tecnologia, mesmo que não seja de forma legal, entre aspas”, disse ela na hora da confusão. 

Então, o árbitro da partida voltou atrás e anulou o gol. Ou seja, o gol foi anulado via replay televisivo e informado por elementos que nada tinham a ver com a equipe de árbitros.

Na própria transmissão da Globo, Arnaldo César Coelho fala sobre o juiz: “… ele ficou esperando informações e, agora, anulou o gol…”

O jornalista Luiz Ceará, em seu blog, também confirma:

“…Mas o delegado que fica no meio do campo foi avisado por alguém das TVs ou das rádios, ou recebeu a informação via celular que o gol tinha sido irregular. Falou com o juiz e ele anulou o gol acertadamente.

E, no final, ao repórter Fernando fernandes da Band, Francisco Nascimento deixou claro o que relatei acima. Ele disse: a anulação foi um trabalho de equipe.

Ao Palmeiras resta só fazer as contas”

O prejuízo é sempre do Palmeiras!! O Palmeiras que se dane, o Palmeiras que faça contas…

Foi com a mão? FOI! É ilegal? É!! MAS DESDE QUANDO REPÓRTERES DE TV PODEM PARTICIPAR DA ARBITRAGEM DE UMA PARTIDA? Se o juiz não viu, o bandeira não marcou, o juiz de linha de fundo nem sabe o que aconteceu, o gol foi anulado baseado em quê? E se repórteres podem participar da arbitragem, PORQUE NUNCA SÃO CONSULTADOS, QUANDO É O PALMEIRAS A RECLAMAR DE ILEGALIDADE?

Foi mão sim! Mas, se ninguém viu… isso é futebol, não é mesmo? Só contra o Palmeiras é que dão um jeitinho de conferir… como fizeram anos atrás, quando anularam um gol de Edmundo graças à intervenção de um jornalista da Globo.

O que será que o “Seo” Blatter pensa disso? Será que a Fifa faz parte desse cartel maldito que decide quem ganha o campeonato e quem cai para a segunda divisão? E vai ser conivente, fazendo de conta que nem sabe o que acontece no Brasil? Ou será que ela vai punir a CBF pela bandalheira que faz com o futebol?

No gol legítimo do Vasco, anulado na Libertadores, não teve nenhuma emissora para informar ao delegado da CBF… Diante do Cruzeiro, para citar só um, dos muitos jogos onde  Palmeiras foi garfado, não teve emissora nenhuma informando, e delegado nenhum perguntando…

Mas, ontem, a sacanagem foi duplamente qualificada, porque, no lance do gol irregular, Barcos sofreu pênalti. E, nas mesmas imagens, consultadas pelo delegado da CBF, estava o pênalti sofrido por Barcos antes, durante e depois do gol de mão! Isso, o delegado e os repórteres não viram? Ninguém viu quando Barcos foi agarrado por Índio, foi impedido de subir para cabecear? Por que o juiz ‘comentairishta’ da Globo não falou do pênalti? Ele não enxergou o Índio, com um braço sob a axila de Barcos e o outro em seu pescoço, agarrando e segurando o jogador do Palmeiras?

Se utilizaram de um recurso ilícito para fazer valer a regra. Mas o utilizaram pela metade? Não fizeram valer a regra para assinalar o pênalti, por quê? E é tão claro! Numa mesma imagem tinha algo contra o Palmeiras e algo a favor dele. Só “enxergaram” o que prejudicaria o Palmeiras? Mas era preciso ser cego para não enxergar esse pênalti, não é mesmo? Ou mal intencionado…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Mzz85-1Yblg[/youtube]

Eu não sei se a Fifa vai ficar sabendo, não sei se Mr. Blatter vai se importar que se utilizem de recursos que ele não aceita, para decidir a validade de gols. Também não sei o que fará a nossa inútil diretoria. Talvez, ela faça o mesmo de sempre, se esconda embaixo da mesa e aceite passivamente que mandem o Palmeiras para a Série B.

Mas a Nação Alviverde não vai mais aceitar! Estamos revoltados, indignados com as armações contra o Palmeiras, e vamos brigar até com o capeta se ele quiser prejudicar o nosso time. Vamos nos unir e lutar para que nunca mais na história deste país, o Palmeiras volte a ter dirigentes dessa espécie ‘bubônicus omissus’; vamos boicotar os patrocinadores das TVs que tanto trabalham para que o Palmeiras vá para a série B; vamos cancelar as assinaturas do PFC, caso ele caia;  não assinaremos pacote nenhum de PPV  para a série B… Vamos à Fifa, vamos à pqp, vamos botar fogo na cidade se preciso for…

MAS AGORA BASTA! Nem todos os cidadãos deste país são idiotas!

1999… Qual o palestrino que não sente um calor no coração quando apenas lê esses 4 números juntinhos?? Qual palestrino se esquece da máquina que Felipão tinha montado para conquistar a América?

Virada de milênio… Nenhum de nós jamais viveria uma outra passagem de ano como essa.  E a Sociedade Esportiva Palmeiras ganhava mais um título, único, que nenhum outro clube poderia possuir: “Campeão do Século”! O melhor time brasileiro em 100 anos.

O novo milênio acenava risonho para o Palmeiras vencedor. Além dos campeonatos dentro de seu país, disputaria a Libertadores, outra vez, e o Mundial Clubes da Fifa. Tudo bem que depois a gente viu que esse “mundial” acabou sendo uma maracutaia só, onde até gol inexistente, e validado pela arbitragem, acabou servindo para a classificar clubes à final.

Mas, na época, ninguém sabia o que seria essa disputa. Sabia-se apenas que seria o primeiro Mundial de Clubes da Fifa, em moldes diferentes dos campeonatos anteriores. E o Palmeiras, tão vencedor, sendo o legítimo representante da América, com o prestígio internacional que sempre possuiu, graças às suas inúmeras conquistas fora do país, tinha tudo para brilhar nas duas competições.

Mas… nosso presidente era Mustafá Contursi… O cara que sempre preferiu piscinas ao futebol, que diz que o clube social é mais importante que o futebol do Palmeiras;  o cara do bom e barato, que iria desmontar o time vencedor de 1999; o cara que deixava o Depto. de Futebol abandonado, sem recursos; o cara que (veríamos mais tarde), estaria no supermercado comprando picanha, enquanto o Palmeiras e a Nação Palestrina viveriam o seu momento mais difícil, mais doloroso; o cara que mandou o Palmeiras à segunda divisão…

E não é que ele nos “presenteou” com uma derrota nos bastidores? E poucos de nós ficaram sabendo disso. Cansamos de culpar apenas a FIFA, mas MUSTAFÁ CEDEU AO VASCO A VAGA QUE, POR DIREITO LEGÍTIMO, DE CAMPEÃO DA AMÉRICA, CABIA AO PALMEIRAS! E consequentemente abriu o caminho para que o Corinthians fosse o convidado paulista, em troca da promessa de que participaria no ano seguinte de uma nova edição do Mundial, que teria lugar na Espanha, mas que nunca aconteceu. E o fato de o Palmeiras, posteriormente, ter sido novamente logrado com a promessa de um outro mundial em 2003, que também não aconteceu, teve relação direta com a falência da ISL, empresa parceira da FIFA, que hoje é citada em meios aos escândalos em que a entidade está metida.

No Blog onde eu encontrei as imagens que uso aqui http://miud.in/SrL , o editor diz que Mustafá e sua diretoria foram ingênuos. Pode até ser… Mas, cá entre nós, algum palestrino, pois só palestrinos conhecem bem o naipe de Mustafá, acredita que ele possa ter sido ingênuo alguma vez na vida? Que foi por ingenuidade que cedeu a vaga do Palmeiras ao Vasco e abriu o caminho para que um outro clube paulista fosse convidado? EU NÃO ACREDITO!

Não se abre mão de um direito adquirido, a troco de nada… Jogadores, técnico e torcida foram logrados pela FIFA, com as bençãos de Mustafá Contursi…

E o Palmeiras, depois de ser ‘embrulhado’ pela entidade máxima do futebol mundial, até pensou em mover uma ação contra a Fifa, por perdas e danos, uma vez que ela não cumpriu o acordo, mas se calou e desistiu  quando recebeu uma indenização de US$ 750 mil… A vaga do Palmeiras no campeonato acabou sendo negociada e, porque não dizer, comprada (Mustafá a vendeu quando aceitou o acordo) por 750 mil dólares. O “cala boca” de mais uma mutreta da FIFA, saiu baratinho, baratinho, para um prejuízo de, no mínimo, US$ 10 milhões que o Palmeiras teve. A impressão que  a gente fica é que muito mais água passou por debaixo dessa ponte…


Jornal da Tarde – 15/06/1999

Mundial de Clubes: Vasco é o indicado COSME RÍMOLI, LUIZ ANTÔNIO PRÓSPERI

A Confederação Sul-Americana surpreendeu ao anunciar, ontem, que o Vasco representantará o continente no Mundial de Clubes , que será disputado no Brasil de 5 a 15 de janeiro de 2000. Francisco Benitez, secretário-executivo da Conmebol, comunicou à Fifa que o clube carioca foi escolhido por ter sido campeão da Libertadores da América em 1998.

A expectativa era pela participação do campeão sul-americano de 99, título que será decidido entre Palmeiras e Deportivo Cali, amanhã, no Parque Antártica. Com a opção pelo Vasco , a Conmebol resolveu um problema da CBF, que havia escolhido São Paulo e Rio como as duas sedes do torneio. “Até eu fiquei surpreso com a indicação do Vasco , não tive participação nenhuma na escolha. A Sul-Americana seguiu critério da Fifa , que havia indicado o Real Madrid como campeão da Copa Toyota de 98”, comentou Ricardo Teixeira, presidente da CBF.

Com um time carioca garantido no Mundial , não será surpresa se Teixeira optar por um clube paulista como representante do Brasil, que tem direito a uma vaga por ser o país-sede do evento. “Tenho até outubro para definir o clube que representará o Brasil. Quero analisar com calma. Não haverá um torneio específico para isso. Antecipo que não será o campeão brasileiro ou o campeão da Copa do Brasil. O critério é da CBF.” Teixeira tem um bom argumento para escolher um time paulista: um jogo extra entre Corinthians, campeão brasileiro de 98, e Palmeiras , campeão da Copa do Brasil de 98. A chance de a vaga ficar com um time paulista é muito grande. Não por acaso, o presidente da CBF conseguiu, ontem, o apoio do governador Mário Covas para a realização do torneio. Teixeira teve uma audiência com Covas, às 10h, quando expôs o projeto da CBF e as exigências da Fifa para o Brasil organizar o torneio.

“O governador ficou entusiasmado com o torneio, principalmente quando soube que mais de 2 bilhões de pessoas acompanharão os jogos pela televisão. Será uma propaganda de São Paulo para o mundo. Do governo paulista nós só precisaremos de segurança para as equipes.”

Com o respaldo de Covas, Teixeira cumpriu com uma das exigências da Fifa , que só autoriza um país a organizar o Mundial desde que tenha apoio oficial das autoridades locais. Anthony Garotinho, governador do Rio, havia garantido que o Estado daria total respaldo à CBF. Garotinho também anunciou um investimento de US$ 60 milhões para reformar o Maracanã. A Fifa prometeu vistoriar o estádio carioca e o Morumbi a partir de quinta-feira. Cosme Rímoli e Luiz Antônio Prósperi A escolha veio da Confederação Sul-Americana, que se decidiu pelo clube carioca por causa do título da Libertadores/98.O outro indicado do Brasil será privilégio da CBF

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O Estado de S.Paulo – 26/05/2001  – Fifa promete indenizar o clube

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Jornal da Tarde – 25/05/2001

Revoltado com o acordo COSME RÍMOLI

Scolari havia avisado para não aceitarem acordo que dava a vaga para o Mundial de 2000 ao Vasco. ‘Eu me sinto roubado’

“ Não se abre mão de um direito adquirido em nome de nada (desistência do Palmeiras do Mundial em favor do Vasco) ” (Luiz Felipe Scolari)

… Ele tentou de todas as maneiras evitar que aceitassem adiar a participação do Mundial de 2000 e deixar a vaga para o Vasco. “Era um assunto interno, na época. Eles me disseram que o Palmeiras iria abrir mão porque teria assegurado a participação no Mundial de 2001. O Vasco ficaria com a nossa vaga porque interessava para a realização do campeonato ter um time do Rio de Janeiro. A desculpa que convenceu os dirigentes foi que se ganhássemos o Mundial do Japão em dezembro de 1999 só teríamos um mês para desfrutá-lo, já que o Mundial do Rio seria em janeiro de 2000. E além do mais a Fifa garantia que estaríamos no de 2001 na Europa. Fui contrário desde o início. Não se abre mão de um direito adquirido em nome de nada. Mas fui voto vencido. E sou homem que respeita a hierarquia. Quem manda no clube já havia aceito”, revela, irritado.

O tempo haver passado e provado que estava certo não acalma Luiz Felipe. Pelo contrário. “Tenho uma ligação de coração com o Palmeiras . Carrego a carteirinha do clube para onde vou. Fico muito mais do que triste com tudo que deixaram de ganhar no Parque Antártica com o cancelamento do Mundial .” Revolta Quando pensa na luta que foi para vencer a Libertadores da América e que vários jogadores que participaram da campanha como Marcos, Alex e Arce ficaram no Palmeiras esperando pelo Mundial da Espanha, Felipe se revolta de vez: “Sei que estão se sentindo como eu. Estou me sentindo roubado. Em futebol não se confia em ninguém. Falaram para deixar o Vasco disputar o Mundial de 2000 que o Palmeiras estaria no de 2001. Eu avisei. E agora? Cadê a competição? Sinto raiva, bronca, vergonha. Por mim, pelos atletas e pelos torcedores. No futebol as oportunidades são únicas.” 

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O Estado de S.Paulo – 18/06/2001 – Palmeiras faz as contas e conclui: ‘Que prejuízo!’

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O Estado de S.Paulo – 07/07/2001 Palmeiras recebe US$ 750 mil da Fifa e desiste de entrar na Justiça

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As imagens e as declarações não negam. Clube e torcida perderam um bocado. O dirigente que, desde que deixou o poder palestrino, vive vociferando bobagens contra quem quer que esteja administrando o clube (como ele ousa?), tem mais esse desserviço prestado contra o Palmeiras em seu curriculum.

Que o nome de Mustafá Contursi sirva apenas para adjetivar administrações nefastas; sirva apenas para não esquecermos do dirigente negligente, sem capacidade de comandar um clube com a grandeza do Palmeiras; um dirigente que nomeou “trocentos” conselheiros vitalícios, à sua conveniência, e com os quais costumava se agarrar ao poder; o dirigente que por descaso e, sabe-se lá mais o quê, manchou a história do clube, conduzindo-o à segunda divisão;  e que, no caso deste torneio específico, não fez valer os direitos do clube; dirigente que deixou de cumprir o primeiro e único mandamento palestrino: AMAR E SERVIR AO PALMEIRAS ACIMA DE TODAS AS COISAS… No mais, que este seja um nome riscado da história de glórias da Sociedade Esportiva Palmeiras!

(Fonte: http://blogs.estadao.com.br/edmundo-leite )