Vida de torcedor não é fácil, mas a de parmera é mais difícil ainda.  É céu ou inferno… não existe meio termo para uma boa parte da torcida.

De nada adianta o Brasileirão conquistado há menos de um ano, o recorde de invencibilidade – que era da Academia – batido com sobras (33 jogos invicto)… nem a melhor defesa, o melhor ataque… bastaram alguns jogos ruins, e outros que a arbitragem fez ficar ruim, para chegar o “Aporcalipse”…

Ainnn, mas foi desclassificado na Copa do Brasil… Ainnn, mas foi desclassificado na Libertadores…

E eu fico aqui pensando…  Em 2018, todos os clubes brasileiros  foram desclassificados na Libertadores; todos os clubes, exceto o Cruzeiro, foram desclassificados na Copa do Brasil; todos os clubes, exceto o Palmeiras, foram desclassificados no Brasileirão…

Qual é o clube que ganha tudo o que disputa?

O rendimento do Palmeiras caiu sim, de alguns jogadores também, e isso acontece com muitos times, por mais que a gente não queira e fiquena bronca. Felipão também teve a sua parcela de culpa em algumas escalações equivocadas, algumas substituições desastrosas (ter colocado o Deyverson naquele jogo decisivo contra o Grêmio matou o nosso time)… Sem contar a parte administrativa do clube que parece andar bem bagunçada sob a batuta do “vice” MG (ele dá a impressão que adora ser vice, mesmo tendo sido eleito presidente).

Tínhamos feito um bom jogo no Sul, ganhamos por 1 x 0, Weverton mal teve que trabalhar… Sem Felipe Melo, que tinha recebido uma expulsão bem mandrake no primeiro jogo, vacilamos na segunda partida, depois de termos conseguido fazer um gol e aumentarmos a nossa vantagem no mata-mata. Sim, demos dois gols de presente para o adversário, em 7 minutos, ainda no primeiro tempo. Mesmo assim,  tínhamos condições de fazer um gol, e passarmos à outra fase. No entanto, a entrada de Deyverson no segundo tempo acabaria sendo desastrosa. A substituição matou o time e fomos eliminados. No entanto, não há um culpado, a responsabilidade é de todos.

O Grêmio mereceu a vaga, mas o que nos doeu mais foi sabermos que ele pouco fez pra isso… nós é que demos dois gols pra eles. O segundo, principalmente.

E, como é de praxe entre os verdes,  sempre que uma eliminação ocorre a histeria toma conta de muita gente e a ideia de mandar embora todo mundo aparece… pensar em acertar a rota outra vez, de corrigir os erros e voltar a jogar como jogava antes da parada para a Copa América, nem pensar. Todo mundo vira “lixo”, “podre”, “velho”, “mercenário”, “mimadinho”… aquelas bobagens de sempre…  aquelas pixações no Palestra de sempre.

Para “coroar” a fase negra do time, o Palmeiras foi ao RJ enfrentar o Flamengo, fez uma partida bem ruim, teve dois gols anulados pelo VAR – por impedimentos reais, mas de poucos centímetros que, muito provavelmente, não teriam servido, de jeito nenhum, para anular os gols se fosse o Palmeiras a sofrê-los -,  não jogou niente, tomou 2 gols, a arbitragem inventou um pênalti contra ele – e o VAR, que tinha sido tão prestativo na hora de anular os gols, dormiu e não avisou ao árbitro do erro claro e óbvio cometido (não que isso fosse alterar o placar, mas é bem significativo observar que, de acordo com a “cor das trancinhas”, o VAR se omite em certos lances) e a “terceira guerra” mundial chegou…

E, como queriam muitos, Felipão (que já tinha sido ameaçado por torcedores, alguns dias antes) foi demitido, a torcida organizada se voltou contra o diretor de futebol pedindo a sua cabeça (quem será que ela quer no lugar dele?) e o que já era bagunçado, virou uma zona. A ideia de MG de administrar o clube procurando agradar  todo mundo para ganhar aprovação (essa é a impressão que tenho) não deu certo. E dando também a impressão de que não pode se posicionar, não pode desagradar ninguém, o presidente ficou totalmente sumido e “sem voz” em meio ao “Aporcalipse”…

Mas o furacão apocalíptico se tornaria ainda mais devastador… a diretoria do Palmeiras substituiria Felipão por Mano Menezes. A maioria dos torcedores não queria a sua contratação (eu também não queria). Alguns por acharem que ele é tão retranqueiro quanto Felipão (meu caso), portanto, era preferível ter mantido o técnico com identificação com o clube, o técnico que é ídolo para a maioria; outros, não o queriam de jeito nenhum por ele ter comandado o Lava Jato e ter identificação com o rival. Fizeram um escarcéu antes do anúncio oficial, mas não teve jeito. O homem chegou.

Tem muita gente estrilando ainda, dizendo que não vai torcer até ele sair, torcendo para que seja desfeita  a contratação (como se o Palmeiras fosse contratar para descontratar em seguida), cancelando Avanti…

Vivemos uma época em que se suporta cada vez menos a dor, a frustração, as decepções, o ego ferido… a ideia de que tudo deve ser do jeito que imaginamos (a vida não é assim), do jeito que mamãe e papai fariam, acompanha muita gente  por aí…

É óbvio que cada um faz o que bem entende, reage como bem entende, mas, pra mim, se colocarmos condições para apoiarmos o Palmeiras, passaremos a ser “torcedores”… com a palavra entre aspas mesmo.

Já torci pelo Palmeiras administrado por Mustafá, por Tirone… com diretores de futebol estatutários que montavam times horrorosos… Já torci para o Palmeiras com Viola no time (isso foi a treva), com Müller… com Candinho comandando o clube, com Picerni… torci quando meu ídolo foi despachado…  porque não torceria agora? O Palmeiras vem primeiro… sempre.

Da minha parte, só posso desejar muita sorte e sucesso para o novo comandante. Se ele for bem sucedido, o Palmeiras, e os palmeirenses, só terão a ganhar com isso.  E hoje ele estreia, fora de casa, na partida diante do Goiás. Já chega de “Aporcalipse”, não é mesmo?

BOA SORTE, VERDÃO!! BOA SORTE, FRATELLO MENEZES (agora ele é Fratello)!!  🙏☘🍀☘ E VAMOS GANHAR, PORCOOO!!

Empatar como o Grêmio no Sul, ainda que os dois times estejam com times praticamente reservas, não é um resultado ruim, mas devido a algumas circunstâncias, acabou sendo ruim para o Palmeiras o 1 x 1 do último sábado, pelo Brasileirão.

Primeiro, porque o Palmeiras jogava mais e melhor, tinha o jogo nas mãos, quando Felipão resolveu recuar o time no segundo tempo, fez umas substituições equivocadas e a postura do  Palmeiras, depois disso, chamou o adversário pra cima.

Segundo, porque a arbitragem, mais uma vez (isso tem mandante, CBF?) prejudicou o Palmeiras.

O Palmeiras foi melhor desde o início do jogo, com a defesa  compactada, era mais perigoso nos contra-ataques rápidos, principalmente com Dudu. Logo aos 13′, Hyoran saiu em velocidade e tocou pra Dudu; o baixinho se livrou da marcação pela direita, levantou a cabeça, viu o canto esquerdo do gol aberto, bateu cruzado e guardou. 

Depois disso, com o Palmeiras à frente do placar, a dinâmica de jogo se mantinha a mesma: Grêmio com mais posse de bola, e Palmeiras muito mais perigoso, mais ofensivo e com muitas chances de gol. 

E, então, aos 36′, Hyoran marcou o que seria o segundo gol. A arbitragem marcou impedimento de Borja. O VAR não se manifestou, o árbitro não foi checar… Por quê? E, lembrando que braço não conta, ficou bem estranha a marcação desse impedimento, não é mesmo? Ainda mais com as imagens disponíveis no VAR…

………………….

………………….

E não ter VAR num lance de gol –  é do protocolo que gols sejam revistos – é esquisito. O VAR não viu nada, o árbitro não foi checar…

O Palmeiras foi um dos únicos clubes, se não o único, a defender a utilização do VAR aqui no Brasil. E o recurso nunca entra em cena quando o Palmeiras precisa que ele entre em cena, no entanto, o mesmo VAR tem ajudado a mudar resultados de alguns “queridos” que eram contra o recurso. Dessa maneira, o campeonato é mais difícil para alguns e muito mais fácil para outros.

E assim foi o primeiro tempo. Palmeiras com muito mais volume de jogo, com a defesa bem ajustada, criando muitas chances levando perigo ao Grêmio. Só pecou em não ter matado o jogo, e a arbitragem ajudou o nosso adversário nisso.

No começo do segundo tempo, Mayke sentiu dores (saiu chorando) e deu lugar a  Marcos Rocha. Antes dos 20′, Felipão sacou Matheus Fernandes e chamou Bruno Henrique.

O Grêmio tentava pressionar mais o Palmeiras, mas a dinâmica de jogo  de gaúchos com mais posse de bola e Palmeiras com mais espaços para os contra-ataques se manteve até os 20/25 minutos. Tanto que Renato decidiu colocar Everton em campo no lugar de Luan.

E enquanto Renato decidia por tornar seu time mais ofensivo, Felipão, muito antes da hora de pensar em segurar resultado, sacou um atacante para colocar um volante. E não era um atacante qualquer não… ele sacou Dudu, aquele, que dá mais dor de cabeça para os adversários, que é marcado sempre de perto por mais de um jogador, e que é um dos nossos jogadores mais decisivos… Ramires entrou no lugar de Dudu.

O Palmeiras passou a sofrer mais com as investidas do Grêmio, mas estava dando conta do recado até os 42′. E então, Pepê (Gre) saiu com a bola pela lateral. A arbitragem, sabe-se lá porque (era lance bem fácil de ver),  deu lateral para o Grêmio, a cobrança foi feita rapidamente e, na sequência, David Braz acertou um chute de fora da área e marcou o gol de empate, que daria números finais à partida. 

Ok que o Grêmio nada tenha com isso, ok que David Braz nunca tinha acertado um chute daquele (muito provavelmente, não acertará outro), ok que lateral não é lance para VAR, mas a arbitragem, mais uma vez, prejudicava o Palmeiras. E isso não é ok. Um impedimento mandrake, um lateral invertido, e a arbitragem fazia mais um resultado.

Ficamos muito bravos. Pela parte que nos coube em recuarmos, chamarmos o adversário pro jogo, bravos porque Felipão tirou um atacante pra colocar um volante com 32 minutos de segundo tempo, bravos pelos gols perdidos… e revoltados pelo que nos causou a arbitragem. Não dá pra ignorarmos o que os árbitros andam fazendo… 

O Palmeiras, só nas duas últimas partidas, teve 4 pontos subtraídos por “erros” do apito e omissão do VAR (o presidente palestrino nem aparece pra reclamar).  A quem isso interessaria?

Não bastam as suspeitas/acusações de resultados manipulados e, no domingo, na partida entre Ceará e São Paulo, um pênalti escandaloso a favor do Ceará não foi marcado pela arbitragem e não foi visto pelo VAR – que está lá para corrigir erros claros e óbvios dos árbitros de campo, como manda o protocolo, mas que, em algumas vezes, se recusa a ver esses erros claros e óbvios. Precisa estar com muita vontade de não ver essa “faltinha” pra deixá-la passar batido, não é mesmo? O que seria um 0 x 0  virou uma vitória e 3 pontos na conta de um dos clubes. 

A sujeira está cada vez mais escancarada no futebol brasileiro, e boa parte da imprensa esportiva ajuda a arrumar as desculpas que enganam torcedores e legitimam os trambiques.

A CBF, por sua vez, parece estar satisfeita com os “erros” que ajeitam as posições na tabela, uma vez que ela não toma providência alguma a respeito. Por muito menos, um certo árbitro, que errou contra um certo time do “sistema”, passou um ano apitando jogos da série B.  E para esses outros árbitros que “erram” tanto, e tão escandalosamente, contra outros times… nada.

A coisa, que já era explícita, agora está sendo desenhada.

 

 

Há uns dias – no início da semana -, um vídeo começou a circular por aí… Ele foi feito pelo “Capitão América” – um policial que, fantasiado como um super herói, visita crianças em hospitais para realizar desejos dessas crianças.

No vídeo, o “Capitão América” visitava Henrique, um garoto que tem leucemia e está internado no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, em São Paulo.

E Henrique tinha um sonho…

Sim, Henrique, palestrino,  sonha em entrar com o time em campo e conhecer o seu grande ídolo! E quando o “Capitão América” perguntou  quem do Palmeiras ele gostaria de conhecer, Henrique respondeu prontamente:  Felipão. 

Ontem, pelo poder do escudo do “Capitão América”, através da mágica daquela coisa que chamamos de futebol e que, sabemos bem, é muito mais do que futebol, através da ação de vários “duendes”, “elfos” e “fadas” que ajudaram a fazer o vídeo chegar até o clube, e pela generosidade do Palmeiras,  de Felipão, e de vários super heróis verdes, o sonho de Henrique se realizou…

Ele ganhou uma visita do seu ídolo, Super Felipão, que foi acompanhado de vários super heróis verdes (Prass, Weverton, Bruno Henrique, Luan, Deyverson, Raphael Veiga, Juninho, Alexandre Mattos e os mascotes palestrinos, Periquito e Gobatto), ganhou carinho, novos amigos, ganhou camisa personalizada, presentes. Cerca de 40 outros jovens, que se encontram em tratamento no Instituto, também receberam o carinho dos palmeirenses e ganharam presentes do clube. 

Que coisa linda… O amor é verde!

………………

………………

………………

………………

………………

………………

Sabemos que a alegria, o amor, a gratidão, o doar e receber bons sentimentos fazem um bem enorme ao espírito… sabemos também que tudo isso aumenta a imunidade… e dizem que a imunidade alta ajuda bastante aos pacientes com câncer…

Tomara Deus que o Henrique, e todas as outras crianças e adolescentes (adultos também) que estão na luta contra essa doença, consigam vencê-la. 

Vamos esperar você vir ao Allianz para entrar com os jogadores, viu, Henrique?  E, se Deus quiser, você vai vir curado!

Receba toda a nossa boa energia e carinho, seu lindo, e que Deus o abençoe. 💚🙏

 

 

“Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência” – Santo Agostinho

Eu já não tinha gostado muito quando li que o Palmeiras ia com time todo reserva para o jogo contra o CSA. Misto, ok, mas todo reserva? Num campeonato de pontos corridos, uma vitória diante de um time mais fraco vale os mesmos 3 pontos que uma vitória diante de um time forte.

Felipão não tem que fazer as coisas como eu e os demais torcedores achamos que elas devem ser feitas, sei bem disso, no entanto, não concordo, e não acho bom levar um time todo reserva para o jogo, sem ter ao menos uns três “ases” na manga (no banco), caso seja necessário. E, na quarta, fez falta não termos uns trunfos para colocar em campo e sairmos de lá com 3 pontos.

Jogo sem transmissão da TV, e o jeito foi voltarmos à antiga prática de acompanhar o jogo no rádio. Fico com a emoção do rádio se é para estar ao lado do Palmeiras nessa queda de braço com a Goebbels. Sem contar que pagar PPV para, num lance importante, um pênalti legítimo não marcado para o meu time, por exemplo, ouvir o narrador dizer apenas: ‘Seeeegue o jogo’, não é legal). A Transamérica enviou profissionais para o estádio Rei Pelé, em Maceió, e fez uma ótima transmissão – segundo os seus profissionais, a audiência da rádio, que já era muito boa, teve um aumento de 400%. A TV Palmeiras Play e a Web Rádio Verdão narraram o jogo também e tiveram grande audiência.

Mas, no jogo, o Palmeiras deixou a desejar. Abriu o placar logo aos 8′, com um senhor gol de Raphael Veiga. Hyoran fez uma bela jogada, cruzou na medida (na marca do pênalti) para Raphael Veiga pegar de primeira (a bola nem caiu no chão) e marcar um golaço. E a parmerada, “assistindo” no rádio, fechava os olhos e “via” o lindo gol de Veiga…

E até uns  20, 25 minutos, o Verdão deu pinta de que ia pra cima, ia buscar o segundo, ia sair com. Mesmo sem poder assistir, pelo que ouvíamos no rádio, o Palmeiras tentava deixar o adversário acuado, pressionava a saída de bola… parecia querer liquidar a partida… E teve chances pra isso.

Com Hyoran, que recebeu de Moisés e bateu colocado, mas o goleiro Jordi fez grande defesa; teve chance no lançamento lindo de Lucas Lima para Deyverson, que dominou e tocou pro lateral Victor Luís, que não conseguiu ficar com a bola;  teve chance quando Moisés cobrou lateral lá na área e o jogador do CSA, tentando tirar de cabeça quase marcou contra; Deyverson também teve uma quase chance quando sobrou uma bola na área, ele pegou mal nela e o goleiro fez a defesa…

Não aproveitamos as (poucas) chances e nem criamos outras…

Não sei se faltou inspiração, se usaram a estratégia errada (de estar ganhando e, por isso mesmo, “sentar no resultado” esperando o segundo gol cair do céu)… mas, depois da metade do primeiro tempo, a coisa começou a perder força… Muitas trocas de passes da defesa pro meio, poucos passes no ataque… parecia que o Palmeiras “cozinhava” o jogo. E, sabemos muito  bem, o time, mesmo reserva, pode mais do que isso.

O CSA, que chegou à série A depois de três acessos consecutivos (estava na série D em 2016), por mais que seja considerado pela maioria como o mais fraco dos participantes do Brasileiro 2019, não é bobo. Se o Palmeiras não o assustava – como deveria assustar -, se o futebol do Palmeiras não fluía, como deveria fluir, era óbvio que o CSA não desistiria… jogava em casa, era o franco atirador diante do campeão brasileiro.

Era grande o número de palmeirenses no estádio. Precisaram até abrir um espaço, fechado para a torcida no início do jogo, para ser ocupado pelos palestrinos.

Na segunda etapa, a pegada não estava como a gente queria, mas algumas poucas chances aconteciam… Mayke cruzou uma bola pra Deyverson, ele tentou de cabeça, mas o goleiro fez uma grande defesa;  Deyverson cruzou para Hyoran, ele tentou de bicicleta e quase fez um golaço, mas o goleiro fez a defesa,  Lucas Lima lançou Hyoran na esquerda, ele fez uma jogada individual, chutou no meio do gol e o goleiro defendeu… Era pouco, esperávamos bem mais…

Acho que, assim como os torcedores palmeirenses, o time pensou que acharia o segundo gol, para matar a partida, a qualquer momento… mas 1 x 0 é um placar perigoso. Quando um time tem vantagem no placar e  não “morde” o adversário, não o desestabiliza, não o deixa preocupado, nervoso… qualquer bobeada que esse time dê, pode ser um prejuízo para quem imagina que a partida já está resolvida…

E foi o que aconteceu… O Palmeiras acabara de colocar Carlos Eduardo em lugar de Veiga, que sentira dores, quando, aos 17′, o CSA cobrou um escanteio e mandou a bola lá na área, o Palmeiras (Victor Luís, no caso) bobeou na marcação, falhou, o meia Matheus Sávio (CSA) tentou chutar pro gol, a bola explodiu em Deyverson e voltou para o adversário. Ele dominou e guardou. Jaílson nada pôde fazer…

Espantosamente, e graças a uma vacilada da defesa, o Palmeiras sofrera o empate. E aí tinha que correr atrás do prejuízo… e no banco só tinha os reservas dos reservas. Mas tinha um reserva que todos gostaríamos de ver jogar: Arthur Cabral.

Felipão, não sei porque, nunca dá chances a ele. Arthur, na última vez que jogou, saiu do banco, jogou bem, fez um gol, impediu que o Palmeiras fosse derrotado pelo Novorizontino, e não tem chances agora.  E na quarta-feira, mesmo com o time todo reserva diante do CSA, mesmo com Deyverson inofensivo em campo há algumas partidas,  Arthur Cabral continiou invisível para o técnico…

Com o gol, o CSA ficou mais desenvolto, começou a ir ao ataque… pelo alto. Do lado do Palmeiras, nada dava certo. Ora Carlos Eduardo tentava encobrir o goleiro, quando poderia cruzar… ora Deyverson tentava puxar contra-ataque, mas atrasava para Thiago Santos… ora Hyoran (que depois cederia lugar para Felipe Pires) era lançado na entrada da área, mas acabava desarmado… ora Jordi, o goleiro do CSA, aparecia pra dar um chutão… Triste.

Quase 35′, e o CSA fechado na defesa… Lucas Lima cobrou falta, com perigo, assustou o goleiro e a torcida da casa, mas foi só tiro de meta. E a gente, no ‘radinho’, só imaginando como e onde teria passado a bola… só passando nervoso com aqueles lances que nem foram perigosos mesmo, mas no rádio parecem que foram perigosíssimos…

Felipão sacou Moisés e chamou o estreante Matheus Fernandes… Em campo, as poucas chances que tínhamos acabavam desperdiçadas… O Palmeiras ia pro ataque, mas a forte marcação do CSA o continha (e cadê o Scarpa e o Dudu no banco, serem chamados e resolverem a coisa, Felipão?).

Para nosso desgosto, aos 46′, Lucas Lima cruza para Deyverson, mas o centroavante não alcança a bola e ela sai pela linha de fundo… que pecado! Poderia ter sido a virada…

Aos 48′, o árbitro apitou o final. E deixamos dois pontos em Maceió.

‘Ah, mas para jogo fora de casa é  um resultado normal’, dirão alguns… É sim, eu sei, mas com todo o respeito ao time de Alagoas, contra o CSA não é normal não o empate…

Ficamos todos aborrecidos, e não foi pra menos… de bobeira, por causa dessa ideia de ir com time todo reserva, porque vacilamos na defesa, e em algumas finalizações, acabamos trazendo só um pontinho na bagagem. Tomara não nos façam falta lá na frente… Ano retrasado, com Cuca, fizemos a mesma bobagem na segunda rodada, e perdemos para a Chape. Os pontos nos fizeram falta depois. Ano passado, porém, demos uma vacilada parecida, mas, depois disso, deu tudo muito certo e fomos campeões.

O campeonato está só começando… a caminhada é longa,  booora fazer dar  tudo certo de novo, Verdão, e vamos buscar o hendeca!

O ano está acabando… vai esvaziando os seus dias… E nós, palmeirenses, estamos plenos, cheios de alegria pelo decacampeonato que conquistamos há menos de um mês, e que revivemos todos os dias…

Mas não conquistamos o décimo brasileirão (só) na partida contra o Vasco, quando a matemática carimbou nosso título. Não. Ele foi conquistado em todas as rodadas, em todos os dias, todos os momentos… desde que Felipão chegou ao time. Mais afável, mais tranquilo e flexível, transformando em energia, em combustível valioso, e muita sabedoria, as águas turvas de outros tempos, Felipão desenhou o deca desde que chegou ao Palmeiras – faço aqui um ‘mea culpa’ porque, sem levar em conta que, como um bom vinho, Felipão estaria ainda melhor agora, eu não queria a sua contratação… não achava que ele pudesse trazer algo novo (tolinha)…

O homem chegou e, sabendo aproveitar o excelente elenco que tinha nas mãos, fez o que nenhum outro tinha pensado em fazer antes… montou dois times, fez com que todos se sentissem importantes, fechou a “casinha” (a tranquilidade em campo começou a vir a partir do momento que paramos de tomar gols bestas) e conseguiu ir bem em todas as competições. Ao contrário do que vimos acontecer ano passado, Felipão procurou valorizar e estimular cada um de seus jogadores, o elenco todo… Abraçou o time e o time o abraçou… a torcida entrou no abraço… e o que se viu foi um Palmeiras gigante, deliciosamente protagonista. A Família Palmeiras, com sobrenome Scolari outra vez, estava mesmo de volta, para alegria de muitos e para a surpresa de outros.

“Ainn, o Palmeiras jogou feio”, disseram as bocas localizadas nas proximidades de cotovelos doentes, doloridos…

Mas não é o gol o momento mais bonito do futebol? O momento pelo qual anseiam todos os times quando entram em campo, e com o qual sonham todos os torcedores? Não são esses gols, e as jogadas que terminam em gols que trazem o encantamento ao esporte?  Pois os gols, e todas as jogadas que os desenharam, foram nossos… por 64 vezes nesse Brasileirão… nenhum outro clube marcou tantos gols, produziu tanta beleza como o Palmeiras. Nenhum outro clube sofreu menos gols do que o Palmeiras (26)…

E não são as vitórias o objetivo de todos os times que disputam um jogo? Não é pensando nisso que alguns jogadores se benzem, beijam medalhas, apontam os céus, pisam primeiro com o pé direito… ao entrar em campo?  Pois elas foram nossas também, por 23 vezes, em 38 partidas disputadas – 80 pontos conquistados -, nenhum outro clube venceu tanto… e nenhum outro clube perdeu tão pouco também… Em 37 partidas do Brasileirão 2018, o Palmeiras sofreu 4 derrotas, nenhuma sob o comando de Felipão, que levou o Palmeiras à melhor série invicta de toda a história dos pontos corridos: 23 jogos sem perder (o segundo turno inteirinho e mais um pouco).

E não podemos esquecer as torcidas… não são elas que, enlouquecidas de alegria e em demonstrações escancaradas de  tórrida paixão,  mostradas à exaustão nas imagens de jornais e TV, que fazem o esporte ser mais do que apenas e tão somente futebol? Pois nenhuma outra torcida foi tão e tantas vezes feliz quando a torcida palestrina…

Foi lindo sim! E lindo demais! Foram deliciosas as vitórias, maravilhosos os gols (teve cada golaço) e as jogadas, foram sensacionais as defesas… foram lindas as comemorações, os abraços, os aplausos, as rezas, as lágrimas de alegria…

E brilharam todos, cada um à sua maneira, em oportunidades diferentes, com tarefas diferentes, em lances diferentes – poucas vezes vimos um time nosso tão maduro, tão consciente em campo…. Esse deca tem a contribuição de todos. Uma vitória exuberante num dia, uma vitória mais apertada no outro, três pontos aqui, um pontinho ali, um adversário “sem conseguir balançar as nossas redes” acolá… e construímos o deca. Cada um contribuiu com alguma coisa em campo… e na arquibancada também… e sobrou raça, muita vontade, sobrou o “saber conduzir uma partida”…

Conquistamos o deca em altíssimo estilo, com sobras, com números maravilhosos, com time unido, focado, consciente, com alma,  honra, amor… com orgulho.

Não montaríamos a nossa “árvore de Natal decacampeã” sem os ‘enfeites’ todos que os nossos jogadores colocaram nela… sem os craques, sem os “operários”, sem os gols, as defesas, os carrinhos, os desarmes, as faltas, os bate-bocas em campo, as encaradas no adversário, as piscadinhas, as comemorações com a torcida…

Mas ter visto os jogadores usando os seus talentos ao máximo (nosso craque, Dudu, por exemplo, o melhor jogador do campeonato, arrasou nas partidas)… o time ter se portado como se portou,  ter se motivado como se motivou, ter acreditado como acreditou, ter esbanjado confiança como esbanjou, ter virado uma família como virou… não foi na sorte… Vermos (por várias vezes) um jogador substituído vibrar feito louco, de verdade, com o gol do cara que entrara no lugar dele, não foi por acaso… tudo isso teve uma assinatura… nossa maravilhosa árvore de Natal teve um “designer” responsável pela sua idealização e montagem… ele aproveitou todo o elenco que tinha à disposição, respeitou e valorizou cada profissional… e o time jogou o que jogou pra ele, por causa dele, e é justo que se diga:

Não teríamos conseguido nada disso, sem você, Felipão. Um ‘decaobrigado’ a você!! (Eu te devia essa, viu?)

Imagem relacionada

 

.Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão

…………………………………………..Imagem relacionada

…………………………………………..Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão

 

 

 

 

 

 

…………………………………………..Imagem relacionada

Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão Felipão

…………………………………………..Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão Felipão e Dudu

Resultado de imagem para Palmeiras decacampeão Felipão

…………………………………………..

.Resultado de imagem para mosaico felipao

 

Pronto! Acabou a espera, acabou a ansiedade, os “periquitos” voando no estômago… acabaram as contas, os adversários nos secando… as notícias venenosas… acabaram as rezas, as promessas, o “vestir a camisa da sorte”… Dois anos depois de termos conquistado o enea, ganhamos mais um brasileirão! O Palmeiras é, pela décima vez, campeão brasileiro!! Sim, o nosso tão esperado decacampeonato brasileiro chegou… e consolidou ainda mais o Palmeiras como o  #MA10RDOBRASIL.

É CAMPEÃO, PARMERADA! VAMOS COMEMORAR!!

Agora, é o momento do coração explodir de alegria, de extravasarmos… de curtirmos essa maravilha de campanha que o Palmeiras fez no Brasileirão… é hora de saborearmos as delícias de mais um título – legítimo – que conquistamos… de revermos os lances, as partidas, as defesas, os gols, as declarações dos jogadores, a festa da parmerada pelo país e pelo mundo… hora de festejarmos, muito, nossos craques, nossos guerreiros, de revivermos as façanhas de Duduzinho (o melhor jogador do Brasil) e Cia…

É hora de parabenizarmos Felipão pela sua maravilhosa volta por cima… é hora de o agradecermos pela união do grupo, pela maturidade, pelos dois times que ele montou (só ele teve essa sacada)… Hora de agradecermos ao comandante e aos comandados pela melhor defesa do campeonato, pelo melhor ataque, a maior invencibilidade da história do Brasileirão de pontos corridos, pelo maior número de vitórias e o menor número de derrotas, pela maior sequencia de vitórias em casa,  pelo Palmeiras melhor mandante, melhor visitante… pela campanha tão tranquila no maior campeonato do país…

É hora de agradecermos a Deus por sermos Palmeiras e pela felicidade que estamos sentindo… é hora da alegria maior de todas,  hora das lágrimas de felicidade… da emoção que não cabe no peito… hora do orgulho imenso que sentimos pelo nosso time… hora de amigos, de abraços, de cerveja gelada, de vinho, de pizza e de muitas risadas… de Rua Palestra Italia lotada… de planos para a última e tão festiva partida, que acontecerá daqui a uma semana…

Mas é hora também de reconhecermos que foi tranquilo, que, no fundo, todos sabíamos, até mesmo os mais desesperados de nós, os que enxergam um furacão num mero balançar de bandeiras e reclamam como loucos por qualquer coisinha errada, por qualquer lateral perdido, passe errado, cruzamento que não deu certo… os palmeirenses todos sabiam… ESSE TÍTULO ERA DO PALMEIRAS, ERA NOSSO, E NÃO ERA DE HOJE, NÉ?

PARABÉNS, PALMEIRAS! Sua família, orgulhosa, feliz e emocionada, te abraça!! O Brasil é verde!! #QuemTemMaisTem10 

(Amanhã, eu escreverei sobre o jogo, sobre a nossa campanha… tá?)

“Ousadia tem genialidade, poder e magia” – Johann Goethe
……

Semifinal da Libertadores… jogo contra o Boca, na Argentina… Parada dura… ainda mais depois de termos ido jogar lá, na Fase de Grupos, e, atacando o jogo inteiro, enfiado 2 x 0 nos hermanos (um placar que, em Libertadores, só o Independiente tinha conseguido fazer em La Bombonera, em 1967).

Confesso que não gostei quando vi a escalação do nosso time sem um meia. E já imaginei que Felipão não estava muito focado em atacar e, muito provavelmente, jogaria  pelo empate – sair de lá com um empate não seria nada ruim, mas jogar pelo empate nem sempre dá certo.

No entanto, a princípio, era uma boa tática se defender, não tomar gol, não deixar o Boca se impor em seus domínios… e na maior parte do tempo, o Palmeiras foi impecável em seus propósitos. No entanto, ainda que o adversário não fosse um time tão qualificado, ele ainda era o Boca, copeiro, e jogava em sua casa.  Por isso mesmo, porque ele não era tão qualificado, não era um time difícil de ser batido, e porque ele é “macaco velho” em Libertadores, não podíamos passar o jogo inteiro só na retranca e no chutão, não é? E passamos. E saímos de lá com uma derrota amarga, doída, saímos de lá com 0 x 2. Penso que tínhamos que ter sido mais ousados, ter atacado, oferecido perigo ao Boca, tínhamos que ter tido em campo alguém pra criar as jogadas – e os nossos meias todos no banco…

Um ataque com Dudu, Borja e Willian deveria ser motivo de preocupação para o adversário, mas, com os jogadores do Boca fazendo de tudo para impedir que os palmeirenses conseguissem trocar dois passes, impedindo – com muitas faltas também – com marcação cerrada que nossos atacantes pudessem fazer o que sabiam – Dudu, e não só ele, tinha sempre vários jogadores à sua volta -, era evidente que teríamos dificuldade, e ficou evidente também, pelos muitos chutões que o Palmeiras deu, que faltou alguém ali para auxiliar os atacantes, para achar espaços,  faltou Felipão ter reajustado a forma do time jogar.

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Mas é justo que se diga que o Palmeiras estava bem, que conseguiu controlar o jogo quase todo, conseguiu controlar os nervos (os argentinos catimbavam como nunca) e conseguiu impedir, por mais de 80 minutos, que o Boca levasse perigo ao nosso gol – na zaga, Gustavo Gomez foi muito bem. O Palmeiras, apesar de não criar quase nada,  de pecar pela falta de ousadia, não deixou mesmo que o Boca jogasse durante todo o primeiro tempo e em boa parte do segundo. Jogando sério e fazendo o velho “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”, desarmava/destruía as tentativas argentinas – Felipe Melo fez uma grande partida, comandou as ações no meio de campo, por outro lado, Moisés estava numa noite bem ruim e só Felipão não percebia. Era nítida a falta de um meia no time, a falta de Lucas Lima… Só que Felipão, quando fez a primeira substituição, no segundo tempo, ao invés de colocar o Lucas Lima (o futebol do Palmeiras gritava por ele),  trocou Borja por Deyverson… que mal pegou na bola.

E quando parecia que íamos conseguir sair de lá com um empate… a coisa desandou. Aos 38′ do segundo tempo, logo depois de Weverton ter feito uma defesa milagrosa e mandado a bola pra fora, Benedetto, que tinha entrado no jogo aos 31′, aproveitou a cobrança de escanteio e a falha na nossa marcação e abriu o placar.

Moisés  marcava Benedetto, e não foi na jogada, não subiu, não disputou a bola com ele. Felipe Melo, que marcava um outro jogador, antevendo que a bola passaria, até tentou ir cabecear com o atacante adversário, mas já não dava, o “Maledetto”, com todo o espaço do mundo, subiu sozinho, na cara do Weverton e mandou pro gol. Mérito do argentino, mas também muita desatenção do Palmeiras…

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Em desvantagem no placar, Felipão tirou Bruno Henrique e colocou Thiago Santos (não entendi a substituição. Ele queria segurar o 0 x 1?)… e o Lucas Lima, que já deveria ter entrado jogando desde o primeiro minuto (na fase de grupos ele tinha “deitado” lá na Argentina), continuava no banco… Ah, Felipão…

E para nosso infortúnio, a bruxa estava mesmo solta… Aos 42′, o maledetto do Benedetto (que estava há um ano sem marcar) recebeu um passe, deu um drible no Luan (que deveria ter parado ele na botinada se fosse preciso) e, com um chute colocado, de fora da área, daqueles que o cara só acerta em ano bissexto, com Lua cheia e o Sol em Leão, fez o segundo do Boca. E o Felipão, só então, aos 48′, resolveu sacar Moisés, que deveria ter sido substituído ainda no primeiro tempo, e colocar Lucas Lima no jogo. Mas aí adiantaria em quê?

Até os 83′ de jogo estava tudo tão certo com/para o Palmeiras… e, de repente, em quatro minutos, caiu a casa de uma vez… 83 minutos de uma defesa impecável… Mas o que vale mesmo é bola na rede. E eles, infelizmente, colocaram duas na nossa e não colocamos nenhuma na deles. Pagamos pela falta de ousadia (do nosso técnico) de não irmos para cima de um adversário que poderia sim ter sido batido. Quem não “agride” o adversário, quem não o ataca, acaba sendo sendo atacado por ele.

Ficamos bem chateados, ficamos frustrados com o preocupante resultado… mas esse jogo já acabou, essa página já virou… e a sensação de derrota também.  Semana que vem tem mais noventa minutos, tem o “segundo tempo” dessa semifinal que estamos perdendo por 2 x 0. As possibilidades estão todas abertas ainda…

É difícil? Sim, é.  Mas não é impossível. Sabemos muito bem que os argentinos são catimbeiros, e imagina no próximo jogo? Já vão vir caindo e simulando faltas e agressões ainda no avião. Mas o Palmeiras tem  time para reverter isso, tem técnico… e tem uma torcida maravilhosa.

Teríamos que não ser torcedores para não acreditarmos em nosso time… teríamos que não ser palmeirenses para não termos a certeza absoluta de que o jogo só termina quando o juiz apita, para não conhecermos, não trazermos marcadas no coração e na alma as muitas situações, quase impossíveis de serem mudadas, que o Palmeiras já reverteu em sua história…

Teríamos que esquecer as apendicites, sequestros,  as expulsões mandrakes, o gol de Valdivia na noite de frio e chuva de Barueri… o gol de Betinho em Curitiba… o gol de Fabiano, as viradas de jogo nos minutos finais, o gol de Mina no apito final, as cobranças de pênaltis que nos impediram de respirar por minutos… os 4 x 0 nos gambás, na final de 93, depois da derrota na primeira partida… o golaço inacreditável de Cleiton Xavier nas redes do Colo Colo… as defesas sensacionais de nossos goleiros, que a gente mesmo achava impossíveis de serem feitas… os 5 X 1 diante do Grêmio… o chute pra fora de Zapatta… Marcos defendendo o pênalti do farsante… aquele gol de Galeano… a mudança de nome do clube para defender seu patrimônio e o campeonato por conquistar… a derrota amarga diante do Juventus(ITA) que nos serviu de impulso para a conquista do primeiro Mundial de clubes…  os gols de Euller nos instantes finais do jogo contra o Vasco…

Teríamos que esquecer a épica Copa do Brasil 2015, ainda tão recente,  e todos os percalços que tivemos nesse torneio, todos os “xiii, agora ferrou” que superamos… teríamos que esquecer o campeonato decidido nos pés (nas mãos também) de nosso goleiro, campeonato conquistado  com um gol de Fernando Prass… e com a voz e a força da Que Canta e Vibra…

Para não acreditarmos, teríamos que esquecer que somos Palmeiras… e isso é impossível… é mais fácil esquecermos de respirar, é mais fácil nosso coração esquecer de bater…

Agora é em nossa casa. Faltam 90 minutos. Que venham os “maledettos”…  A força de vinte milhões de palmeirenses estará com o Palmeiras em campo.

É HORA DE LUTAR, VERDÃO, DE LUTAR MUITO!! E VAMOS BUSCAR ESSA P%RRA!!

 

 

13 jogos do Palmeiras, no Brasileiro, nessa nova era Felipão… 10 vitórias e 3 empates (antes de sua chegada, o Palmeiras, comandado por Wesley Carvalho, tinha vencido o Paraná, o que dá ao time 14 jogos de invencibilidade)… 20 gols marcados, 3 gols sofridos… melhor defesa do campeonato (são 18 gols no total), segundo melhor ataque (45 gols no total), melhor saldo de gols (27), melhor campanha do segundo turno, com 86,6% de aproveitamento (67,8% no geral)… líder do campeonato, mesmo com os muitos prejuízos ocasionados ao time de Big Phill pelas arbitragens – tem “erro” do apito contra o Palmeiras um jogo sim e outro também…

Se na semana anterior, em 3 jogos importantes, o Palmeiras tinha assumido a liderança do Brasileiro ao vencer o Cruzeiro, conquistado a vaga na semifinal da Libertadores ao vencer o Colo Colo, e quebrado o tal tabu de 16 anos sem vitórias no Panetone fazendo 2 x 0 nos leonores… agora, faltava enfrentar o Grêmio, faltava o confronto entre os dois melhores times do país no momento e dois dos melhores times da Libertadores, e para apimentar ainda mais, a imprensinha jura que o time gaúcho tem o futebol “mais bonito” e que “é o mais forte dos que disputam o título” ( já tínhamos ganhado lá no sul)…

E esse jogão justo no dia do meu aniversário… E claro que fui ao Pacaembu  buscar o meu “presente”… o melhor presente de todos.

Cheguei em cima da hora. Antes de subir as escadas do setor verde das arquibancadas a torcida já gritava os nomes dos jogadores: “Dioooogo Barboooosa”!! Meus amigos estavam lá em cima, e parei duas vezes no meio da subida para me virar para o campo e aplaudir e gritar: “Wiiiiiillian Bigooode” e para homenagear meu ídolo baixinho e craque demais: “Duduuuuu, guerreeeeiro”…

Ainda que eu pareça meio convencida ao dizer, estava tranquila em relação ao jogo, mas esperava mais dificuldade por parte do Grêmio. A minha confiança no meu time não vem (apenas) da minha vontade de ver o Palmeiras campeão, ela foi conquistada pela campanha que esse time faz, pela arrumada que Felipão deu nas coisas, pelas observações que faço das comemorações de gols do Palmeiras – não são comemorações pró-forma, são comemorações genuínas, calorosas, cheias de alegria, de um elenco que tá unido pra c……., do “scolarismo” implantado nos vestiários palestrinos. Minha confiança cresce diante dos números, principalmente o de gols tomados; Felipão deu jeito na defesa, fez o time mais seguro, e é claro que se a defesa dá segurança, o resto do time pode jogar mais tranquilo e fazer melhor o que sabe.

E é isso… como um predador que estuda a sua presa, o Palmeiras, em campo, sempre me dá a impressão que sabe exatamente o que está fazendo. Não importa que a “presa” pareça que vai escapar, que tenha mais posse de bola,  quando ela menos esperar – e nós torcedores também – o porco predador dará o bote.

E ontem não foi diferente… Com um misto de jogadores dos chamados time A (que joga a Libertadores) e time B (que joga o Brasileiro), o Palmeiras fez um grande jogo. Começou com um ritmo forte, usando velocidade e lançamentos para agredir o Grêmio, e os gaúchos, tocando mais a bola, tentavam, em vão, achar espaços em nossa defesa. Mas a defesa/os defensores do time de Felipão andam numa fase…  Prass nem sujou a camisa.

Assim que o jogo se iniciou, Dudu já sofreu a primeira falta, um “desenho” do quanto tentariam segurar o baixinho no jogo. Mas ele estava impossível… Depois de algumas investidas do Palmeiras, que parecia até deixar a bola com o Grêmio e aproveitava a velocidade de seus atacantes para contra-atacar e pressionar o adversário, Dudu desceu em velocidade pela direita, recebeu e cruzou na área, Deyverson e Bressan foram pra bola, o atacante, esperto, se esticando todo, tentou chutar, o defensor tentou defender, os dois tocaram na bola, e ela foi pro fundo das redes do Grêmio…  portanto, gol do Menino Maluquinho!!!

O Allianz explodiu no grito de gol, que festa! Deyverson saiu comemorando e – vi depois – oferecendo o gol para o Nickollas, o parmerinha que tem deficiência visual – mesmo não enxergando, ele vai ao estádio para sentir o jogo e a sua mãe narra todos os lances pra ele.

Um gol logo no comecinho… O banco do Palmeiras foi à loucura! E quando o Palmeiras consegue marcar logo no começo, a gente já sabe… ele vai poder controlar a partida mais facilmente, e o adversário vai ter poucas chances de chegar com muito perigo ao nosso gol. E uns minutinhos depois de abrir o placar, quase o Palmeiras fez outro com Diogo Barbosa; o goleiro gaúcho teve que fazer uma baita defesa pra se safar.

Mas imagina se a arbitragem já não ia dar o ar da graça? 15 minutos de jogo e o Grêmio cometeu pênalti. Geromel puxou e derrubou Luan na área. No mesmo tempo em que isso acontecia, outro gremista tentava segurar Gustavo Gomez e o puxava pela camisa. Ricardo Marques Ribeiro, o árbitro, nada marcou…

……………………….

O Palmeiras, fechadinho – e nem por isso deixava de ser mais perigoso – dominava o jogo. Com o passar do tempo o Grêmio, em desvantagem, tentava chegar (cometia muitas faltas duras também), mas foi o Palmeiras, de novo, quem quase marcou numa jogada de tirar o nosso fôlego na bancada. Deyverson lançou Duduzinho, o baixinho, num carrinho, tirou Marcelo Oliveira da jogada, levantou, girou (a gente nem respirava e nem piscava também) e  quando pensávamos que ele ia chutar a gol, tocou para trás, no meio, onde estava Bruno Henrique que encheu o pé e mandou pro gol… o goleiro já tinha ido, mas o jogador gremista, na linha de gol, conseguiu tirar…

O Palmeiras dava um trabalhão para a defesa do Grêmio… e o Grêmio, que cobrou seu primeiro escanteio só no finalzinho do primeiro tempo, não deu trabalho para o Palmeiras na primeira etapa, mesmo porque nossos zagueiros… cremdeuspai… estão jogando um bolão. Gustavo Gomez e Luan estavam muito bem na partida, e o Prass continuava com a camisa branquinha, imaculada… o time todo estava bem, parecia confiante, seguro… e ainda tinha o Dudu que estava jogando demais.

No segundo tempo, a dinâmica de jogo continuava a mesma. Mas, o juiz, que já tinha ignorado um pênalti a nosso favor, deu mais uma garfada no Palmeiras. Não tinha nem 10 minutos da segunda etapa ainda quando, depois de uma bola levantada na área, Bressan comete pênalti em Dudu… e a arbitragem nada marca(?!?!). Bressan puxou Dudu na área, também fez carga com o braço direito em seu pescoço e em suas costas, e ninguém da arbitragem viu? Por que será que os árbitros só “erram” em prejuízo do Palmeiras, não?

 

Uns minutos depois, mais uma “apitada”… Bressan fez falta em Deyverson no meio. O Palmeiras colocou a bola no chão e cobrou rápido com Willian, que deixou Dudu na cara do gol, mas o árbitro mandou voltar a cobrança. E foi muito “homenageado” pelos parmeras… que raiva dessas arbitragens mandrakes.

Três minutos depois, contra-ataque do Palmeiras, Dudu avança em velocidade e, quando entra na área, é tocado por Bressan. O gremista estica a perna pra trás e toca mesmo a perna de Dudu, que vai ao chão. O juizão mandou seguir.

O Palmeiras era muito melhor em campo. Víamos o Grêmio tocando bola, mas de perigo mesmo… nada. Willian armou o contra-ataque, Duduzinho, como um foguete pela direita, invadiu a área e bateu… o goleiro conseguiu defender com o pé…

A torcida, que não parava de cantar, se inflamava ainda mais (ela sempre chama o gol)… Felipão tirou Dudu e colocou Hyoran, e a galera aplaudiu demais o baixinho pela partidaça que ele fizera (pra mim, o melhor em campo).

E se o juiz não pune… a vida o faz… 33 minutos do segundo tempo… lançamento lá na frente para Deyverson… Bressan (do pênalti não marcado, das muitas faltas sem cartão) tentou tocar por cima (acho eu) e deu um chutão pra cima, e a bola voltou ali mesmo. Ele se embananou todo, a bola sobrou pra Deyverson, que insistiu, dominou, aproveitou que Bressan escorregou, tirou o gremista da jogada e mandou um balaço pro fundo da rede. Que golaço! Aí foi decretada a festa de domingo. Os jogadores todos, os reservas todos em volta de Deyverson (que tinha tomado Maracujina e tava de boa) comemorando muito esse gol… coisa linda…

O Grêmio até tentou ir pra frente, mas o Palmeiras, fechadinho, não deu espaços e continuou jogando melhor até o apito final…

Quando o jogo acabou, na bancada, a alegria parecia tatuada no rosto dos torcedores… a voz da torcida palestrina tinha sido, e ainda era, a trilha sonora daquela tarde… O Palmeiras vencia o Grêmio e sacramentava a liderança. Falta muito e, ao mesmo tempo, falta pouco… são nove rodadas pela frente… mas o Palmeiras é, sim, um grande favorito… e aquele “feeling” maravilhoso já nos acompanha…

Felipão tinha caprichado no meu presente… O melhor presente de todos… Um time aguerrido, valente, FOCADO, jogando certinho… Prass no gol, de camisa branquinha e imaculada (nem sujou)… Duduzinho lindo jogando demais… e dois gols sensacionais – um deles, um golaço – de Deyverson… uma vitória maravilhosa… Meu “bolo” de aniversário tinha um sabor delicioso…

Grazie, Palmeiras!  🙏💚

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois daquela mutreta orquestrada, filmada, fotografada, telefonada e escancarada – com a participação até da Federação Paulista – que ocorreu no derby da final do Paulistão 2018, não imaginei que o Palmeiras viesse a ser operado escandalosamente outra vez, e sem anestesia,  em um outro derby,  poucos meses depois daquele…

Palmeiras, a três pontos do líder no Brasileirão, somando bons resultados e pontos desde a chegada de Felipão; Lava Jato, mal posicionado na tabela, se distanciando até mesmo da briga pela vaga na Libertadores… Que tolinha eu fui por imaginar que  o Palmeiras não seria assaltado de novo, né?

Foi uma arbitragem nociva. Os quase 40 mil palmeirenses que estavam no Allianz – os que estavam vendo o jogo na TV também – quase morreram de tanta raiva do árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Ele abusou de ‘errar’ na partida – com uma desfaçatez tamanha -, e sempre em prejuízo do Palmeiras (claro), como sempre acontece quando Palmeiras e o time da Lava Jato se enfrentam, e não importando quem seja o juiz.

Mas, ao contrário de algumas outras vezes, nem com o árbitro “jogando” muito, nem com o árbitro irritando profundamente os jogadores do Palmeiras (isso serve para atrapalhar o time mais forte, para desconcentrá-lo, e dar uma igualada nas coisas em campo) eles conseguiram dar conta do nosso “time B”. Pra se ter uma ideia, o árbitro foi o mais produtivo jogador adversário, os demais só souberam bater, pisar, se jogar, fazer cera e ficar indignadíssimos com uma piscadinha de Deyverson.

Eu até achava que Felipão tinha que mandar o time titular pro jogo, uma vez que o adversário estreava Jair Ventura, seu novo técnico, e os times costumam ter um gás a mais em estreias de novos comandantes, mas não imaginei que o Lava Jato estaria murchinho, murchinho, sem gás nenhum, não imaginei que o nosso time “reserva” fosse jogar tão tranquilo e seguro (apenas 3 jogadores eram do time considerado titular).  Luan e Gustavo Gomez – nossa zaga “reserva” – jogaram muito, Marcos Rocha também, e ainda deu passe pro gol… Victor Luiz, errou algumas coisas, mas teve bons momentos no jogo… Deyverson, ligado no 220, fez o gol da vitória,  deu chapéu (foi pisado por Douglas por isso), deixou a gambazada revoltada por causa de uma piscadinha… (como chamar esses jogadores de reservas? Como chamar um Lucas Lima de reserva?), Thiago Santos foi bem, Felipe Melo jogou um bolão, Moisés, que entrou na segunda etapa, foi muito bem…  Willian entrou na segunda etapa também e, tão gentil, deu até uma “caneta” de presente pro Gabriel com os dizeres: “Recuerdos de Allianz Parque”… Duduzinho, que deu um trabalhão para os adversários (Mantuan que o diga), jogou demais e, por um pecado de alguns poucos centímetros, deixou de fazer um golaço – invadiu a área, passou entre quatro adversários e chutou, a bola bateu na trave de cima, pingou fora da linha do gol e Cássio conseguiu se safar.

E só deu Palmeiras no jogo – essa é a vantagem de se contratar muita gente boa, coisa tão criticada pela imprensinha meses atrás. Allianz lotado, a torcida “dentro de campo”, cantando sem parar, time jogando do jeito que a gente espera que ele jogue um derby. Além da defesa mais segura, mais forte e consciente, gostei também da atitude do time, e essas coisas são, sim, méritos de Felipão.

Embora o Palmeiras não tenha sido muito efetivo para conseguir o seu gol na primeira etapa e, por isso, tenha dado muitos chutões, embora tenha faltado ‘aquele’ passe, aquele acerto antes da finalização (Felipão consertaria isso depois), o Verdão comandou as ações, ficou muito mais tempo com a bola no pé, foi muito mais ao ataque (deu trabalho para a zaga ‘itakera’), acertou muito mais passes, roubou mais bolas, finalizou mais, teve mais escanteios. Pra se ter uma ideia, no primeiro tempo, quando o Palmeiras foi menos efetivo, tivemos chances com Hyoran, num chute cruzado, que passou perto e que Cássio não conseguiu pegar mesmo se esticando todo; com Deyverson, duas vezes, num chute frontal ao gol de Cássio e numa cabeçada que passou pertinho… O adversário, era uma pálida figura em campo. Cássio já fazia cera no começo do primeiro tempo.  E, nesses 45 minutos,tirando um chute de Jadson, que passou longe, o adversário não fez sequer uma finalização a gol, não cobrou escanteio algum. Weverton não sujou nem as luvas.

O Palmeiras atacava e o Lava Jato, só se defendia, colocando o time inteiro no campo de defesa. O desenho do primeiro tempo era esse:
………………..

E não foi diferente na segunda etapa. Felipão acertou mais o time, trocou Thiago Santos por Moisés (e eu vivi pra ver o Felipão tirar um volante de campo), o Verdão foi pra cima – sofreu dois pênaltis e nenhum foi marcado pelo apitador – e abriu  o placar com um gol espertíssimo de Deyverson,  aos 11′. Marcos Rocha cruzou rasteiro, Deyverson, esperto, ganhou de Léo Santos e tocou pro fundo do gol de Cássio. E o Allianz, que já cantava sem parar, explodiu no gol. Festa no Chiqueiro!! Tchuuuupa, juiz!

O Lava Jato até tentou ir pra frente depois do gol tomado, mas não teve como.  Se time do Felipão quando tá em vantagem é difícil de ser batido, imagina com a torcida “dentro de campo”,  jogando também? A energia estava no ar, e não se sabia se ela vinha do campo pra arquibancada ou se era a arquibancada que energizava o campo. Palmeiras inteiramente focado no jogo, cheio de raça e vontade.

Deyverson estava bem na partida, mas como ele é meio destrambelhado,  e como o juiz estava “jogando” para os adversários, Felipão resolveu tirar o atacante e colocou Willian em seu lugar. Deyverson, ao sair, deu uma piscadinha para os lados do banco dos visitantes, alguns jogadores ali ficaram bravos,  levantaram do banco, xingaram (fazer selfie dentro do campo é bacaninha, né? Fazer embaixadinha, é do jogo, é malandragem. Chacoalhar as partes íntimas para a torcida adversária, depois de um gol, também pode. Nada disso é provocação, mas piscar é um “absurdo”) , Roger, o que ‘esqueceu’ a mão na cara de alguns parmeras, discutiu com Prass…

 

E cada hora era uma coisa pra agitar a parmerada. O BGod, que tinha acabado de entrar, tão gentil e hospitaleiro, deu uma caneta linda de “presente” para… Gabriel.  A torcida amou a “gentileza” do BGod…

Mas o árbitro continuava aliviando para o adversário, ignorando algumas faltas que eles faziam, ignorando as suas reclamações, e parecia se importar só quando as reclamações eram alviverdes. Felipão foi expulso por reclamação (o árbitro mete a mão no Palmeiras e não quer que ninguém reclame?)… Jogo tenso, como costumam ser os dérbis…

Mas não teve jeito. O Lava Jato não era de nada mesmo. O Palmeiras foi mais time, jogou mais e melhor, e saiu merecidamente com a vitória, com mais três pontos, com a torcida cantando feliz…  venceu o rival, a arbitragem, e, continua na briga pelo título.


Mas não é porque ganhamos, porque foi uma maravilha e ficamos todos felizes, porque a zoeira começou assim que o juiz apitou o final de jogo, porque os memes apareceram… que podemos esquecer e deixar de falar que, DE NOVO, o Palmeiras FOI MUITO GARFADO NUM DERBY. Isso é recorrente, é absurdo e  aviltante, e não parece ser por acaso. Teria o dedo da CBF nisso, uma vez que ela não toma nenhuma providência a respeito dos apitadores que fazem esse servicinho a cada confronto entre os dois times? O Palmeiras continua sendo roubado… e o Lava Jato continua sendo beneficiado… e a imprensinha continua tirando o foco – com tanta coisa errada feita pela arbitragem, ela, depois do jogo, só falou da piscadinha.

E não foi pouco o prejuízo que a arbitragem causou ao Palmeiras. Início de jogo, Léo Santos derrubou Lucas Lima na entrada da área. Na hora, deu a impressão de pênalti, mas foi fora. No entanto, foi falta, foi muito falta. O árbitro viu, auxiliares viram, e nada foi marcado. Lucas Lima reclamou, com razão, e o juiz amarelou o jogador palmeirense. Para o infrator, nada;  para o Palmeiras, a não marcação da falta e o cartão para Lucas Lima. Estranho o livro de regras do árbitro…

……………

E o árbitro continuou invertendo critérios, faltas, irritando e pilhando o time do Palmeiras, enquanto  marcava qualquer encostada no adversário, principalmente nas proximidades da área.

Roger “esqueceu” o braço no rosto de Luan, e não levou cartão… depois acertou “sem querer” Gustavo Gomez… e nada – só na segunda etapa ele levaria um amarelo. A memória do árbitro para lembrar das regras funcionava, ou não, de acordo com a cor da camisa do jogador.

Na segunda etapa, o árbitro nos mostraria a que veio… Aos 8′ (um pouquinho antes do gol de Deyverson),  dois pênaltis foram cometidos pelos “itakeras”, em duas jogadas seguidas num intervalo de uns cinco segundos…na cara do árbitro e do auxiliar. Lances  bem fáceis de se ver, até de longe, mas o árbitro não assinalou nenhum deles.

O primeiro, cometido por Henrique em Deyverson… que já tinha tocado a bola quando foi tocado pelo corintiano. E isso é pênalti. Os árbitros “esquecem” as regras em dérbis, não?

Na sequência, Douglas chutou Marcos Rocha…

Como explicou Gaciba: “São duas jogadas em velocidade. Em ambas os jogadores do Palmeiras tocam na bola primeiro e depois recebem o chute. Na regra do jogo não fala em intenção, e houve o toque nas duas. Foi pênalti nos dois lances”.

E assim, nesse “jeitinho de apitar”, e se não faço confusão, são 9 anos de derby sem que nenhum pênalti tenha sido marcado a favor do Palmeiras, mesmo ele tendo sofrido vários. É muita coisa. Esquisito isso, não?

Mas teve mais coisa…  Deyverson deu um chapéu em Douglas e olha só o que o Douglas – olhando bem onde pisava –  fez na sequência do lance…

……………………………………

O juiz “não viu” essa agressão, o bandeira também não, nem “o quarto árbitro, o quinto árbitro, o delegado, nem o tutor, nem o cara com o celular na mão querendo afastar o helicóptero que sobrevoava o estádio”… os profissionais  da emissora de TV, que tem “trocentas” câmeras, também “não viram” (se viram, fizeram de conta que não)… nem os jornalistas dos programinhas esportivos, com os vídeos disponíveis, com imagens mil…

Ah, se fosse o Felipe Melo a pisar em alguém… Se fosse ele, teria recebido o vermelho na hora, claro; a imprensa falaria dessa agressão o dia inteiro, em todos os programas, por dias seguidos, as imagens seriam mostradas dezenas de vezes e por todos os ângulos possíveis; ele seria o maior vilão do futebol, e você seria sutilmente convencido a achar que a expulsão foi pouco, e que ele não serve para o seu time.  Essa maneira seletiva de agir é “desonestidade” que fala, né?

Um dia essa “casa” cai…  O que importa agora é que o Palmeiras jogou muito bem, superou o rival, a arbitragem mandrake e continua na briga pelo título do Brasileiro… quanto ao técnico estreante, é melhor Jair se acostumando…  não vai ter moleza contra o Verdão.  

.

 

…………….Imagem relacionada

Filipenses 99:12 “Tem que ter raiva dessa p#rra de Cu rintia”.

 

Em meio à turbulência política pela votação que decidirá sobre as alterações do estatuto da SEP – com direito à chantagem da patrocinadora/conselheira/sócia desde 2015, que, ontem, ameaçou retirar o patrocínio do clube se não ganhar a eleição quem ela quer que ganhe, quem é amiguinho dela (olha o nível da coisa), e de uma reação contrária, por parte de três dos vice-presidentes do clube,  exigindo um posicionamento do presidente Maurício Galiotte a respeito dessa coação da patrocinadora (é coação sim) -,  menos de 24 horas depois da derrota do Palmeiras para o Fluminense (graças a um gol ilegal, diga-se de passagem) e da demissão do técnico Roger Machado… o Palmeiras anunciou um novo comandante: Luís Felipe Scolari, o nosso conhecido Felipão.

E como pouquíssimas coisas são consenso entre os torcedores palestrinos, claro que a escolha de Felipão não foi unanimidade na torcida. Uns queriam o “A”, outros queriam o “L”, o “X”, o “Y”, o “Z” (eu queria o Z… idane  rsrs)… mas, a partir do momento em que o Palmeiras fecha uma contratação, nós todos queríamos e queremos o mesmo. Não é assim que funciona, ou deveria funcionar? Assim é comigo. Felipão não era o meu favorito, estava muito longe disso, aliás, mas a partir de agora,  “eu quis a sua contratação desde sempre”.

E, hoje, se você perguntar para os palmeirenses: Quem é o melhor técnico do Brasil? A grande maioria  certamente responderá: Felipão.  

Ele está de volta! E pela terceira vez. E assim como aconteceria com qualquer outro nome que fosse escolhido, a sua contratação é uma aposta. Nenhum técnico ou jogador, por mais renomado que seja, por mais títulos que tenha conquistado, chega em um clube trazendo a certeza de sucesso, de conquistas, tampouco traz ele a certeza do fracasso – ainda que alguns pensem assim. Se o time encaixa, se o esquema engrena, se os comandados se entendem com o comandante e com o esquema, se a torcida abraça, apoia e joga junto… a coisa acontece sim.

E, da mesma forma que não podemos olhar só para os anos 90, como os mais “filipenses” fazem, ou olhar só para os problemas e o final desastroso de 2012, o trágico 2014 da seleção, como os não “filipenses” insistem em olhar, não podemos fazer de conta que não sabemos que Felipão – de extenso e vitorioso curriculum – ganhou vários títulos recentemente. Na China – por onde passaram, sem o mesmo sucesso, vários treinadores brasileiros – a equipe do Guangzhou Evergrande, comandada por Felipão nas temporadas de 2015 a 2017, conquistou o tricampeonato chinês (2015/2016/2017), a Liga dos Campeões da Ásia (AFC) 2015, a Copa da China 2016 e a Super Copa da China 2016 e 2017.

E, sejamos justos com Felipão, ele tem muitas conquistas. No século XXI, que ainda não completou duas décadas, ele é o treinador brasileiro que mais títulos conquistou (14) – e  tem uma Copa do Mundo no meio dessas conquistas, a única que o Brasil conseguiu ganhar nos últimos 24 anos.

Copa Sul-Minas: 2001 (Cruzeiro)
Copa do Mundo FIFA: 2002 (Seleção Brasileira)
Campeonato Uzbeque: 2009 e 2010 (Bunyodkor)
Taça Uzbequistão: 2010 (Bunyodkor)
Copa do Brasil: 2012 (Palmeiras)
Copa das Confederações: 2013 (Seleção Brasileira)
Campeonato Chinês: 2015, 2016 e 2017 (Guangzhou Evergrande)
Liga dos Campeões da AFC: 2015 (Guangzhou Evergrande)
Copa da China: 2016 (Guangzhou Evergrande)
Supercopa da China: 2016 e 2017 (Guangzhou Evergrande)

Então… Que novos e verdes títulos se juntem a esses da lista de Felipão, se juntem aos muitos que o Palmeiras possui.

É “Família Scolari” outra vez, parmerada! 

SEJA BEM-VINDO DE NOVO, FELIPÃO! MUITA SORTE E SUCESSO NESSA SUA NOVA PASSAGEM NO MAIOR CAMPEÃO DO BRASIL!