Desde a hora em que acordei eu já estava na pilha… Não que eu tivesse medo dos poodles (Atl-PR), mas, sempre que se decide algo, é impossível ficar imune àquela ansiedade, àquele friozinho na barriga, àquelas coisas todas que o torcedor conhece muito bem. E estava valendo vaga na semifinal da Copa do Brasil.

Jogo na Arena Barueri… o estádio até que é legalzinho, mas como pode o Palmeiras decidir vaga num estádio onde só cabem 18 mil torcedores, onde é complicado para o torcedor chegar e, ainda por cima, no horário das 19h30? Só a nossa diretoria mesmo para dar uma dessa.

O dia custou a passar… se arrastou, longa e ansiosamente…

Alguns amigos e eu, tínhamos comprado cadeiras numeradas no setor C1 S4 -(inferior) bem pertinho do campo. Não queríamos perder nenhum detalhe… A caminho do estádio íamos  acompanhando a escalação do time. Felipão escalara Betinho!! Se ele não tinha gostado nada da contratação, me parecia estranho que escalasse o cara num jogo decisivo. Por que então, não testou o sujeito na primeira partida do Brasileiro? Vai saber… Mas, quem sabe, Betinho não se sairia bem e marcaria o gol, ou os gols (a gente sonha mesmo) que selariam o Palmeiras nas semis?

O trânsito era caótico e já nos deixava em cima da hora. No mesmo horário em que milhares de carros estão levando seus donos de volta pra casa, outros milhares de carros estão tentando acompanhar o time de coração… são os palestrinos na estrada… e que aventura!

Quando saímos da Castelo e pegamos o acesso para Barueri, já tivemos certeza que não ouviríamos o Hino Nacional. Uma baderna! A rua, cheia de caminhões estacionados por todo o seu lado esquerdo, estava parada! O Palmeiras ia entrar em campo e o desespero começava a tomar conta dos torcedores, que iam deixando seus carros na rua mesmo, e saíam correndo… Homens, mulheres, crianças, gente de todas as idades, uma correria só! O apaixonado torcedor correndo atrás do seu amor.

E os carros andavam à velocidade de conta gotas… Se antes estávamos ansiosos pelo confronto, agora já estávamos nervosos com o Palmeiras em campo e a gente ali, andando “meio metro” a cada 5 minutos e sem poder fazer nada. Não havia mais vagas para estacionar na rua. Quando chegamos na avenida do estádio (o Verdão já estava jogando, claro), havia uma fila de carros estacionados à direita e, à esquerda, barracas de comida, o que fazia com que o espaço destinado à passagem dos veículos, se afunilasse bastante.  A falta de preparo do pessoal que cuidava do trânsito era total. As luzes do estádio, logo ali à nossa frente, e não podíamos estar lá dentro. O jeito era ouvir no rádio (Betinho estava sendo acionado algumas vezes, e nada!). Que desespero!! Será que alguém vai ressarcir o torcedor, que paga por um espetáculo e não tem o direito de assisti-lo na íntegra, mesmo tendo saído de casa ou do trabalho com tempo suficiente para chegar?

Alguém nos avisou que o estacionamento do estádio estava cheio mas tinham aberto um outro naquele momento. Conseguimos estacionar e saímos correndo! Agora, de língua de fora, era só entrar e sentar nos lugares que tínhamos comprado. Setor C1 – S-4 – Fila G, assentos 195, 196…

Mas foi aí que o caos, que começara no trânsito, tomou forma! Filas imensas para entrar e funcionários perdidos, desinformados, uma confusão só! A torcida gritava lá dentro e a gente lá fora, sem saber porquê…  Nossa entrada era outra e corremos pra lá (já tínhamos nos sentado no mesmo setor antes), mas A ENTRADA ESTAVA FECHADA PARA AQUELE JOGO, nos disse um funcionário que parecia ter acabado de descer de um disco voador, tão perdido estava. Para o jogo em que teriam mais público, eles fecharam uma das entradas!

Indignados e revoltados, ouvimos ele nos dizer também, que o nosso setor, C1, já estava cheio! Como assim, cheio? Os lugares não são marcados? Uma discussão desgraçada, pessoas exaltadas, muito descaso, algum deboche e bastante má vontade dos funcionários com os torcedores, um stress FDP para quem pagou para se divertir! Os policiais diziam que nada podiam fazer. Perguntamos pelo ouvidor e nos disseram para entrar e procurar um “tal Davi”. Pegamos (furamos) a fila absurda, passamos pelas catracas e revista, mas não nos deixaram nem mesmo entrar no setor para o qual compramos ingressos. Nos mandaram para o Setor C – Superior, que nem tinha sido disponibilizado quando as vendas começaram pelo Futebol Card.

E eu não conseguia entender como um local que vende um número “X” de ingressos, pode estar lotado, se pessoas que compraram cadeiras ali, ainda estão do lado de fora. Os quatro lugares que compramos (um outro amigo, tinha comprado mais dois) tinham que estar sobrando! Perguntei para duas funcionárias, como fazer para conseguir entrar e sentar no bendito C1. Uma delas me respondeu: “iiiiiiii, fia… não vai dar não”. Xinguei, reclamei e elas me disseram que não podiam fazer nada. Perguntei pelo “tal Davi” e me disseram que “não sabiam, não”, “não conheciam”…

Naquela baderna chamada Arena Barueri, era mais fácil encontrar o Rei David reencarnado, vestindo a camisa do Parmera, do que o “tal Davi” que nos mandaram procurar. Como a prioridade era ver o Palmeiras, saímos correndo pelos corredores, subimos as escadas e chegamos na boca do túnel de acesso. E ela estava entupida!

 

Que dificuldade para atravessarmos a parede de gente! Quando nós “achamos” uns lugares (Fila C-060 – SetorC) e olhamos pro campo, o juiz apitou o final do primeiro tempo. “Taqueo…”

E o Setor C1 – Inferior, onde nos vetaram a entrada, estava cheio de lugares vagos…

Essa é a visão lá de cima, do local lá embaixo, que nos disseram que estava lotado. Filhadaputice e falta de respeito no mais alto grau com o torcedor, não é mesmo? Com que direito nos fazem isso? QUERO MEU DINHEIRO DE VOLTA!

Graças a Deus veio o segundo tempo! Estava nervosa, envenenada por toda raiva que tinha sentido até ali, mas o Palmeiras me faz um bem danado… E, torcendo, cantando, vendo o meu bem amado Palmeiras, de camisa nova (linda), em campo, aquela revolta começou a se diluir… O f@*#da era ouvir três torcedores ao meu lado (que queriam o Patrik no lugar do Mago rsrs), cantando o hino: “Torcida que ninguém passa”… “quem sabe ser brasileiro…” Tava explicado porque preferiam o Patrik…

Em campo, já nos primeiros minutos tivemos três chances. Uma com Betinho que, dentro da área, não conseguiu dominar; outra, num chute forte de Assunção, e mais uma, com o Mago lançando a bola dentro da área, mas que Leandro Amaro cabeceou pra fora. Barcos fazia muita falta. Betinho não me agradava! Intimidade zero com a bola! Não entendia porque continuava no time e o Maikon Leite no banco. Vai ver, Felipão queria ver se ele sabia marcar…  Mas o Palmeiras estava melhor na partida.

Valdivia metia umas bolas boas e nada do pessoal aproveitar. Eu não tava gostando muito do juiz, não. Fazia que não via umas faltas a nosso favor, deixou de marcar até um pênalti em Juninho. Tudo bem que ele enfeitou, mas que foi puxado, foi!

Felipão tirou Betinho e colocou Luan. Passamos, então, a ter 11 jogadores. Logo depois, Mazinho (não gostei que fosse ele a sair) deu lugar a Maikon Leite! Aí sim!  O garoto é abusado e já deu outra dinâmica à partida. Com dois minutos em campo, Maikon Leite fez uma jogada linda pela direita, deu uma meia lua e achou o Mago de frente pro gol. Quando todo mundo pensou que Valdivia fosse estufar as redes, ele tocou para Luan, na esquerda, só completar. A Arena Barueri explodiu de alegria! FESTA DA QUE CANTA E VIBRA!

(Mago, me emocionei um bocado vendo você renunciar àquele gol para servir o seu companheiro… Chorei, vendo você nos “desenhar” a Família Palmeiras… Você tem vivido tempos tão difíceis, tem sido tão cobrado que, qualquer outro em seu lugar, teria escolhido fazer o gol. Grande, Mago! Você é o cara!)

Com 1 x 0 no placar a gente tava sossegado. Aí, eu vi Felipão chamar Patrik… Me lembrei do jogo contra o Goiás e deu um medão. Mas o segundo gol saiu antes mesmo dele entrar. Depois de um chute de Luan, que o goleiro espalmou, Maikon Leite cobrou escanteio, Valdivia deu uma casquinha pra perto da primeira trave e Henrique guardou de cabeça!! GOOOOOOOOOOL DO PALMEIRAS!! Gol do time que se classificava para a semifinal da Copa do Brasil DEPOIS DE 13 ANOS!!!

E aí, para desespero de Felipão, que tirou João Vítor (aleluia) para entrar Patrik (fazer o quê?), a galera começou a gritar “Olé”, “Olé”…… E o nosso técnico ficou bravo. Eu até entendo o ponto de vista dele, mas com a torcida o papo é outro. Deixa a gente ser feliz, Scolari! Temos tido tão raras oportunidades…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sLuUjM8WPFw[/youtube]

O jogo acabou… Saímos, sorrindo, leves, felizes demais! O “bigode mágico” do Mago continuou invicto, a confiança, aninhada em nosso coração, repousava tranquila, as imagens em nossos sonhos começaram a SE TORNAR mais nítidas, palpáveis…   Só o “tal Davi”, o time do Atlético e o respeito ao torcedor é que devem ter ficado invisíveis, pois ninguém conseguiu achá-los na Arena Barueri…

E QUE VENHA O PRÓXIMO!! O VERDÃO ESTARÁ PRONTO PARA MAIS UMA BATALHA!

” Podrán cortar todas las flores pero no podrán detener la primavera” Pablo Neruda

Fomos a Barueri, buscar a classificação diante do Paraná…

Eu tinha uma única expectativa: a de ver o Palmeiras ganhar e se classificar, fosse como fosse. Jogando bonito ou feio, com Felipão fazendo a coisa certa ou não… Ultimamente, ando até abdicando de ver um bom futebol, quero ver meu time ganhar, se classificar, do jeito que der.

Quando o Palmeiras entrou em campo, tive a primeira emoção da noite: a torcida gritando os nomes dos jogadores. Senti tanto quando ela parou de fazer isso que, agora, me emociono a cada vez que ouço.

Público bom, num estádio até adequado para aquele confronto, mas jamais um estádio para o Palmeiras mandar clássicos como decidiram os nossos dirigentes que andam tendo uma dificuldade absurda para usar os neurônios (será que eles têm algum em bom estado?). Parecem uns mendigos, só ficam choramigando a falta de dinheiro, mas permitem que o Palmeiras jogue num estádio pequeno e numa quarta feira às 10h00. E querem ganhar dinheiro? Ah, tá…

O Mazinho, fazia a sua segunda partida e eu estava gostando muito dele em campo. Tinha boa movimentação e, às vezes pelo meio, às vezes pela esquerda, levava perigo ao adversário. Achei que a camisa caiu bem nele e ficou levinha.

O Palmeiras, apesar de errar lá na frente, pressionava o Paraná. Mazinho e Valdivia, que, supersticiosamente, usava bigode e cavanhaque, começavam a arriscar de longe, Barcos também tentava à cada oportunidade. E, de tão ansioso para voltar a marcar, acabava se atrapalhando algumas vezes.

A torcida estava feliz! Ficar longe do Palmeiras, por duas semanas, não fora nada agradável. E então, diante do seu amor, ela cantava, contente, esperando pelo momento maior… E ele chegou! Aos 25′, Assunção cobrou uma falta e colocou a bola quase na frente do goleiro do Paraná; Mazinho apareceu com velocidade, por trás do zagueiro (deve ter levado um baita susto com ele) e abriu o placar! Festa em Barueri! E com que alegria Mazinho comemorava!

Mas, minutos depois, após um empurrão de Douglas Tanque, Henrique foi tirar satisfações e simulou dar uma cabeçada no jogador paranista. O juiz, Péricles Bassols, que poderia muito bem  tê-los advertido ou amarelado, nem piscou e botou os dois na rua. Filho da mãe! Nossos jogadores reclamaram bastante. Fiquei preocupadíssima! Nosso melhor zagueiro estava fora.

Na mesma hora, Román foi chamado (ficou mais de 15 minutos se aquecendo). Era só tirar um volante pra por o zagueiro, que nem dava nada. Mas imagina se ele faria isso… entrou na do Assunção de que ele ficaria ‘quebrando o galho’ na posição até o intervalo. Tivemos sorte, porque Assunção, por mais boa vontade que possa ter, não dá para jogar de zagueiro.

Mas vou confessar, a vantagem por um gol, me fazia lembrar de um jogo perdido em 2010…

Na volta do intervalo, Barcos não estava mais no time. Felipão alegou que ele já tinha dois amarelos e ele não tem reservas para a posição. Ainda que eu não concorde em ver o técnico tirar um atacante para colocar um zagueiro , quando tem volantes em campo que não farão falta nenhuma (típico de Felipão fazer isso), a explicação que ele deu depois, me pareceu fazer sentido.

E nem deu muito tempo de eu ficar pensando a respeito, porque o Palmeiras voltou com o pé no acelerador. Numa jogada de velocidade, Mazinho recebeu a bola, driblou o adversário e, de fora da área, tocou rasteiro no cantinho direito do goleiro. Uffa! O medo que tava escondidinho no peito, bateu asas e voou!!! E viva o Messi Black! A camisa do Verdão vestiu muito bem nele, e lhe parece levíssima.

Aí o time ficou mais tranquilo; ainda que o futebol do Palmeiras não fosse brilhante, a classificação estava assegurada. Era só não vacilar. Mazinho estava iluminado! Aos 17′, numa outra jogada perigosa, ele errou o chute, mas a bola sobrou para o Mago que chegava lá na direita. E então, o que era alegria, explodiu em emoção… Valdivia mandou pra rede e marcou o terceiro gol. E enlouqueceu de alegria, nos deixando perplexos e emocionados. Saiu comemorando feito um louco, alucinado,  gritando palavrões, puxando a camisa e beijando o distintivo do Palmeiras… chorando de alegria e alívio de se ver livre das lesões madrastas que tanto têm atrapalhado a sua vida, que tanto o têm impedido de jogar o futebol que sabe. Foi o momento mais lindo do jogo…

Eu sei o quanto ele quer jogar bem e posso imaginar o que tem sido essa fase pra ele. Eu gritei muito, o estádio inteiro gritou muito. Todos nós queremos o Mago jogando o que sabe. Foi um sacrifício danado eu conseguir chorar disfarçadamente.

O gol nem era tão importante assim, uma vez que tínhamos a classificação assegurada. Mas, para Valdivia, ele foi importantíssimo. E foi tão sincera a sua comemoração, tão sentido o seu desabafo, foi com tanto carinho que ele beijou o escudo do Palmeiras, que a torcida se comoveu. Tenha força, Mago! Que momento lindo você nos deu…

A noite ainda me traria mais uma alegria… Felipão chamou Maikon Leite, mas fez a burrada de tirar o astro da noite, fez a burrada de sacar Mazinho. Com João Vítor, Márcio Araujo que poderiam sair sem fazer falta ao time, ele me tira o cara que decidiu a partida. Haja paciência… Mas, de novo, nem deu tempo de a gente reclamar.

Tão logo Maikon Leite entrou em campo (ele vinha correndo para se posicionar), ele achou uma sobra lá na intermediária, dominou, partiu em velocidade, entrou na área e fuzilou pro gol! Goleada do Verdão!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PIL3zN767Gw[/youtube]

É… o cavanhaque do Mago deu certo e, assim como o bigode mexicano, nos trouxe sorte. Quando o juiz apitou, saímos todos felizes, mais leves, classificados (uffa!)…

Todos nós, não. Felipão, na coletiva, nervoso, de saco cheio (?) chutou o pau da barraca, detonou a diretoria e as contratações que ela pensa em fazer e ofuscou o brilho da goleada verde. Ainda que ele tenha razão em detonar esses dirigentes bananas e incapazes, que administram o Campeão do Século como quem administra uma lanchonete; por toda a sua experiência e curriculum, Felipão deveria saber que aquele não era o momento, que estamos disputando o único campeonato que nos sobrou no semestre e que, atitudes como essa, não vão ajudar o time a engrenar, muito pelo contrário. Foi um tiro no pé…

E, por achar que ele sabe disso muito bem, eu me pergunto: Estaria ele querendo ser demitido, para poder sair do Palmeiras sem ter que pagar a multa rescisória? Sei, não… mas tá parecendo.

Além do mais, na mesma entrevista, Felipão afirmou que, mesmo com Mazinho se saindo tão bem, o lugar é do Luan. Se sentar o Mazinho, que tá batendo um bolão, para colocar o Luan,  não vai ter respaldo para reclamar das escolhas dos dirigentes, né Felipão?

E assim vamos nós… sem conseguir ter sossego; quando não é um, é outro!

 

Na quarta feira, o Palmeiras foi ao Ceará enfrentar o Horizonte, pela Copa do Brasil. Venceu a partida por 3 x 1 e eliminou a partida de volta. Maravilha! Pelo resultado… e pelos parmeras todos de lá, que ficaram tão felizes de poder ver o time.

Eu poderia escrever sobre a dificuldade que tivemos em marcar o nosso primeiro  gol…

Poderia falar que não achei nada legal ver o Palmeiras entrar em campo com Barcos, sozinho no ataque, e um monte de gente lá no meio (4 volantes!).

Poderia reclamar do esquema de Felipão, que prejudicou o Pirata um bocado,  e ele tinha que ir até o meio campo buscar jogo…

Ah, eu poderia ficar muito brava porque foi o Horizonte quem abriu o placar, aos 17′ do primeiro tempo, num erro de Leandro Amaro…

Talvez eu pudesse perguntar porque cargas d’água a gente contrata jogador, para depois ficar inventando posição pra ele, como Felipão faz com Wesley, fazendo-o jogar na esquerda…

Também poderia criticar uma certa substituição… Wesley saiu para entrar Maikon Leite, e todo mundo imaginou que Barcos estava salvo, mas, cinco minutos depois, Felipão sacou Barcos e colocou Ricardo Bueno. Coitado do Pirata… Só na cabeça de Felipão, Barcos pode dar lugar a quem, há tantos jogos, tem sido tão inútil!

Apesar de que essas coisas não podem deixar de ser ditas, mesmo com a vitória alcançada, eu escolho esquecer que não fizemos um bom jogo… Escolho recordar que na “linha do Horizonte” apareceu um Palmeiras! Afinal, fomos buscar a classificação e voltamos com ela! Prefiro me lembrar só do que aconteceu de bom. Vou me lembrar dos dois gols de Leandro Amaro que, se redimindo do erro do primeiro tempo, aproveitou duas bolas que Assunção levantou na área, aos 34′ do primeiro tempo e aos 22′ da segunda etapa, empatando e virando a partida.

Quero me lembrar muito do golaço de Maikon Leite, que veio depois, aos 27′, numa jogada de contra ataque em que ele recebeu na entrada da área, tabelou com Ricardo Bueno (o poste) e bateu lindamente, sem chances pro goleiro, liquidando a fatura e mandando o Palmeiras à outra fase, sem o jogo de volta.

E vou me lembrar pra sempre, da alegria dos irmãos palestrinos, lá de longe, que têm tão poucas chances para ver o time do coração jogar, que têm tão poucas chances de estar mais pertinho dos seus ídolos… Às vezes, a gente aqui no Sudeste, imagina que o time vai estar sozinho, quando vai jogar fora de seus domínios. Mas que engano! Os palestrinos do mundo inteiro nunca deixam o Palmeiras sozinho! Eu faço questão de me lembrar do quanto os amigos do Nordeste torceram, cantaram, do quanto eles comemoraram os gols e a classificação.

E muitos deles nem puderam dormir direito à noite (sei bem o que falo), só porque o Palmeiras ia jogar lá. E muitos deles viajaram horas, vindo de outros estados, para encontrar o time amado, para ver o, agora embaixador palestrino, Marcos, o nosso Santo, que foi com o time e iria se encontrar com alguns torcedores, felizardos ganhadores de uma promoção promovida pelo Palmeiras.

Fiquei tão contente por eles… Fiquei tão feliz pelo Jean, meu amigo palestrino, que estava tão nervoso antes do jogo, tão ansioso, querendo ver o Palmeiras jogar, sonhando com a hora de encontrar Marcos… Me senti tão orgulhosa de ver os irmãos de sangue esmeralda, lá do Nordeste, tão parceiros, fazendo protesto e pedindo mais jogos do Palmeiras na TV…

E, para terminar, deixo aqui o relato do Jean…

“Talvez, daqui alguns anos, muitos irão esquecer desse jogo, mas, para mim, será inesquecível; um jogo que entrou na história pelo fato de o time ter trazido um Santo com ele. Não foi a primeira vez que vi o São Marcos de perto, mas foi a primeira vez que pude falar (mesmo nervoso e gaguejando) e bater uma foto com ele. São Marcos é ainda mais simpático pessoalmente e fazia questão de bater as fotos e atender a todos que estavam ali.

Mas, falando do jogo, Dia de Palmeiras é sempre um dia especial!! Só que dessa vez, me gerou mais ansiedade e adrenalina! Isso pelo fato de eu pensar: “O PALMEIRAS VAI JOGAR AQUI”!!! E juro que em todo jogo que vou é assim, as horas vão chegando, o jogo vai começar e eu ainda sem acreditar que estava no estádio, que ia ver o Palmeiras de perto mais uma vez, e realmente a “ficha” só caiu quando os jogadores entraram em campo para o aquecimento.

Nesse jogo contra o Horizonte, a torcida do Nordeste mostrou mais uma vez a grande força que tem. Sim, falo do Nordeste porque, no estádio, estavam torcedores que viajaram dos estados do Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e de muitas cidades vizinhas. Viagens sacrificantes, por serem no meio de semana, mas que valem muito, pelo fato de ser uma chance de ver o Palmeiras de perto. Um amor que une pessoas de diferentes partes do Brasil.

Fizemos por onde honrar o time, cantando, gritando, empurrando, e saímos orgulhosos do time que obteve a classificação e de nossa torcida que faz o Palmeiras jogar em casa, em qualquer parte do Nordeste.

E por fim quero em nome de todos fazer um desabafo, podemos não ter o privilégio de sempre ter jogo do Palmeiras aqui, mas somos torcedores, amamos o Palmeiras e merecemos mais respeito da imprensa esportiva, por isso levamos esse desabafo ao estádio em forma de faixa. Não queremos muito, apenas queremos ver nosso time na TV aberta. O pouco que temos, eles querem nos tirar.

Obrigado a Tânia Clorofila pelo espaço. E um abraço a todos os Palmeirenses do Brasil, que também estão esperando uma oportunidade de demonstrar o seu amor em um estádio.”  – Jean Bruno Terto Montenegro

Obrigada pela colaboração, Jean! Receba o meu abraço também, e mande muitos outros aos amigos palestrinos do Nordeste.

E, não importa onde, SE O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!!

  

 

 

Eu não considero bom qualquer empate fora de casa, como é de praxe as pessoas afirmarem. Não mesmo! Principalmente, num campeonato de pontos corridos, depois de já termos empatado em casa, e num jogo em que jogamos melhor e não saímos com a vitória porque não soubemos enfiar e bola no gol, porque tivemos (Felipão teve) medo de ganhar, E PORQUE O JUIZ NOS ROUBOU!

Tá certo que a gente até esperava que o juiz metesse a mão. Já é rotineiro na vida dos palmeirenses. Nem por isso vamos aceitar! Na partida anterior, diante do Bahia, sofremos o empate com um gol prá lá de impedido. Sofremos pênaltis, não marcados, diante do Flamengo, Coritiba. Mesmo com todas as nossas deficiências e ineficiência de ataque, contabilize os pontos perdidos atráves do apito e veja em que posição estaríamos, MESMO PERDENDO GOLS DE BACIADA! Mas reclamar com quem? Para os jogadores e técnicos, dependendo da camisa que vestem, tem punição de todo jeito. Mas para os árbitros…

E  contra os bambis, não foi diferente…

Jogo no Morumbi, ingressos mais caros para os palestrinos, poucos lugares à disposição (para nós, só 3600), e não é que, para quem assistiu na TV, parecia que estávamos em maioria? Público total de 16.813 pagantes. Os bambis, que já quiseram nos roubar o estádio e agora,  querem nos roubar também o posto de terceira maior torcida do Brasil, não conseguiram colocar nem 14 mil “modinhas” no estádio. Mas conseguiram colocar uma bomba, de fabricação caseira, que jogaram nos torcedores palestrinos. Detalhe: os palmeirenses, estiveram acompanhados o tempo todo pelo promotor. Imaginem se a bomba fosse “verde”? O que aconteceria com a nossa torcida? Quero ver o que farão agora… A imprensinha já quase faz de conta que nem soube do ocorrido.

Em campo, estávamos sem Valdivia, sem Thiago Heleno e Gerley, suspensos por cartões amarelos e guardadinhos para o Derby. Maikon Leite estava no banco – não entendo isso, viu Felipão?  Ele é bom jogador e, se está em má fase, só vai sair dela jogando! Gostei do esquema de quatro jogadores no meio. Chico e Márcio Araújo, Assunção e Patrik. Pena que quem resolveu armar o jogo, na maioria das vezes, foi o Márcio Araújo.  E ele não fez uma boa partida e, no decorrer do jogo, o que tínhamos eram 3 volantes reforçando a marcação e apenas um atacante, Kleber, lá na frente. Por isso, João Filipe, sem ter quem marcar, sobrava na defesa bambi.

Mas o fato é que o Palmeiras dominou as ações, botou pressão nos bambis e teve muitas oportunidades. M.Araújo subia pela direita e Luan pela esquerda. Mas o goleiro de hóquei resolveu ter uma boa tarde. Pegou um chute perigoso de Luan, depois de um belo passe de Assunção. E teve muita sorte quando o mesmo Luan, ao tentar chutar pro gol, deu um chute no vácuo nele mesmo; na sequência, meio caído, achou a bola outra vez e tentou de bicicleta. Seria um golaço, mas o goleiro, que na primeira tentativa de chute, estava caído dentro do gol, já tinha conseguido voltar e defendeu.

Em alguns momentos, o Palmeiras deixava os bambis, que adiantaram a marcação, crescerem no jogo, Dagoberto se mostrava perigoso.  Marcos fez uma defesa de Marcos, num perigoso chute de Fernandinho. O jogo estava muito mais para o Palmeiras mas, num erro de passe lá atrás, os bambis vieram prá cima, Rivaldo (esqueceram que ele saber fazer o que fez) recebeu da intermediária, e achou Dagoberto lá na frente. Leandro Amaro dormiu na frente do atacante são paulino, Marcos saiu errado, Dagoberto tocou por cima e guardou. Um vacilo e tanto nosso. Um preço muito caro para se pagar pela desatenção..

Veio o segundo tempo e o Palmeiras voltou com Maikon Leite no lugar de Márcio Araújo. (Eu só não conseguia entender porque Felipão, que tinha levado o Patrick Vieira, não o colocava no time no lugar do outro Patrik.) Nossas oportunidades surgiam. Kleber, agora com um companheiro no ataque, desceu pela esquerda, fez boa jogada e cruzou; Patrik meteu de cabeça, mas o goleiro defendeu. O gol palestrino começava a amadurecer. Minutos depois, Kleber, muito marcado, sofreu falta; Assunção cobrou e meteu na área, Henrique, de costas, cabeceou pro gol e igualou os números da partida! Aleluia! Se os atacantes não guardam, o zagueiro vai lá e confere! Gol lindo de Henrique! Não deu tempo nem de a “Borboleta” bater as asas…

Mas, sem conseguirmos marcar nossos gols, o jogo foi caminhando para o empate, como resultado final. Últimos minutinhos de jogo e Kleber foi derrubado na área por Piris… O JUIZ, CLEBER WELINGTON ABADE, NÃO DEU NADA e, aos 47′, terminou a partida! Na conta de quem fica o prejuízo que o Palmeiras levou ao ser garfado em dois pontos?

Foi pênalti indiscutível em Kleber (igual àquele que Ronaldo sofreu ano passado e que a imprensinha toda afirmou ser pênalti claro), que o juiz fez questão de não ver. Costumo dizer que jogar mal,  faz parte do repertório de todos os times, o que não faz é o juiz mudar o resultado de uma partida, por conta própria. De uns anos prá cá, os ‘deuses’ onipotentes do apito, graças à impunidade, estão cada vez mais sem vergonha e caras de pau! Quero que o meu time tenha o direito de vencer, se tiver oportunidade, mesmo quando não está sendo eficiente, mesmo quando tem dificuldades em guardar nas redes. Eu sei que poderíamos ter saído com a vitória, mesmo sendo garfados, se tivéssemos sido mais decisivos, se Felipão tivesse sido mais ousado… Mas não pode ser o juiz quem vai determinar se o Palmeiras merece ou não vencer. Mas são eles que, há muito, têm determinado a nossa sorte em vários campeonatos.

Você pensa que estou “puxando a brasa para o meu lado”? Já não somos só nós, os palestrinos, que achamos isso. Existe um site, o Placar Real, que traz estatíticas a esse respeito:

MUDANÇA ENTRE OS SEIS PRIMEIROS

CLASSIFICAÇÃO REAL            TABELA COM OS “ERROS”
1. Corinthians – 37 pontos       1. Corinthians – 37 pontos
2. Flamengo – 35 pontos         2. Palmeiras – 35 pontos
3. São Paulo – 34 pontos         3. Vasco – 33 pontos
4. Vasco – 34 pontos              4. Flamengo – 32 pontos
5. Botafogo – 31 pontos          5. São Paulo – 32 pontos
6. Palmeiras – 29 pontos          6. Botafogo – 31 pontos

São seis pontos (e olha lá) que nos garfaram na mão grande! E sabemos muito bem disso! Eu tenho comigo algumas lembranças de favorecimentos aos gambás que parecem não ter sido computadas. Mas o que me interessa é o Palmeiras e, nessa farra do apito, nos tiraram 4 posições na tabela!

OS MAIS “AJUDADOS” (segundo o site Placar Real)

INTERNACIONAL: dois pontos a mais e quatro posições acima
SANTOS: dois pontos a mais e três posições acima
FLAMENGO: três pontos a mais e duas posições acima
SÃO PAULO: dois pontos a mais e duas posições acima

OS MAIS “PREJUDICADOS”

PALMEIRAS: menos seis pontos e quatro posições abaixo
ATLÉTICO-MG: menos cinco pontos e três posições abaixo
FLUMINENSE: menos dois pontos e duas posições abaixo
CORITIBA: menos dois pontos e duas posições abaixo

Vejam só quem é o mais prejudicado…  Assim, a torcida perde a paciência com jogadores e técnico, perde a vontade de ir aos jogos… Assim, é desmotivante para quem vai a campo e luta uma barbaridade. Sim, porque, com algumas poucas partidas como exceções, o time do Palmeiras tem lutado um bocado em campo. Assim é sempre mais difícil, não é mesmo? Assim, o prejuízo acaba acontecendo também em outras esferas e se torna muito maior.

E como se não soubéssemos que há uma verdadeira máfia atuando neste brasileiro, de Ricardo Teixeira apoiado por Andrés Sanchez, sabem quem é que vai apitar o jogo contra os gambás? Luiz Flávio de  Oliveira, irmão de PCO, da família “Metralha Oliveira”! SORTEIO? SORTEIO A PQP!!! E Tirone e Frizzo, dirigentes omissos, covardes, assim como aceitaram PCO nas semi do Paulistão, agora se escondem e aceitam esse outro vagabundo. Mais um para operar o Palmeiras e fazer o servicinho incluído no Bolsa “Istádio”.

E a torcida gosta mesmo é de  bater em jogadores…

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Eu tinha trocado o almoço de Páscoa com a família, pelo jogo do Palmeiras. Tudo bem que a partida começaria só às 18h30, mas com o almoço se esticando pela tarde afora, tava na cara que eu acabaria perdendo a hora. Nada disso! Se o Palmeiras vai jogar, eu vou!(A família me entende…) Ainda mais com o meu ídolo em campo! Sonhei tanto com a volta do Mago e, agora que ele está aqui(tem horas em que ainda não acredito), não quero perder nadinha. Meu sanduíche de Páscoa, em companhia da Frida (minha cachorra), acabou valendo muito a pena…
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O Pacaembu não estava tão cheio quanto estivera na quinta-feira, mas num feriado de Páscoa, com significado religioso de renascimento e amor… a maioria preferiu ficar na companhia da família. E 18 mil pessoas, num feriado desse, é público para ninguém botar defeito. Que o digam os bambis lá na Arena Barueri, que fazia eco… Além do mais, por ser o último a jogar na rodada, o Palmeiras ia a campo com uma baita responsabilidade. Os outros três grandes já estavam classificados. Todo aquele blá blá blá de perder vaga para time pequeno, já devia estar prontinho, digitado, esperando só o momento de ser publicado pela impren$inha…
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Mas, neste ano, o Palmeiras também renasceu! E com ele, o orgulho de ser palestrino ficou ainda maior. Se eu já me sentia emocionada ao ver o meu time entrar em campo, nem sei dizer o que sentiu meu coração ao ver o Santo, de uniforme branco, caminhando em direção ao banco de reservas. Ele também renasceu! Mais uma vez, nosso goleiro tão amado ressurge das contusões e dores que o atormentam há tanto tempo. Mesmo com Deola jogando muito, me pareceu tão estranho saber que Marcos ficaria no banco…
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O jogo começou como gostaríamos que começasse. Com o Palmeiras em cima do Mirassol. Aos 6′, por pouco Luan não marca. Chutou de dentro da área, mas o goleiro espalmou. Quatro minutos depois, o mundo parou… O palestrino ficou alguns segundos sem respirar… Jogada espetacular do Mago… o craque, lá de fora da área, com a bola dominada, dá uma entortada no seu marcador e chuta… Olhei para o gol e vi o cantinho onde “a coruja dorme”. A bola subiu, e nosso coração subiu com ela… Foi tão rápid0, mas deu tempo de pensar tantas coisas, de torcer prá bola entrar, de querer que ela descesse um pouco, de desejar que o goleiro não a pegasse, de sentir que o Mago merecia aquele momento; de saber que, por lances assim, geniais, é que sonhamos com o título… Com a respiração suspensa, e o coração querendo voar do peito, vimos a bola morrer no gol… e ele sair comemorando como se fosse um coelho… Nosso amado Coelhinho da Páscoa!! O Pacaembu quase veio abaixo! QUE MOMENTO MARAVILHOSO! Momento de alegria pela abertura do placar, e de estupefação pelo talento do nosso craque! Um gol mágico, sensacional! Um poema, que só poderia ter sido escrito pelos pés de Valdivia, o “Coelhinho da Páscoa” mais lindo do mundo!
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Eu, que ainda não tinha conseguido ver um gol do Mago, desde a sua volta, não contive as lágrimas… O meu Palmeiras saindo na frente, o meu Palmeiras se credenciando ao título, os torcedores se abraçando, o meu ídolo sendo reverenciado pelo estádio inteiro… Mas era Páscoa, né? Comemorávamos o renascimento! E o Mago fez nossos sonhos renascerem, nossas esperanças aumentarem… Que Deus o abençoe sempre por tudo de bom que nos dá.
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O jogo, que deveria ter acabado naquele momento, dada a grandeza do que tínhamos presenciado, continuou. E Xuxa, do Mirassol, acabou expulso. O Palmeiras se mantinha soberano na partida. Aos 17′, Valdivia achou Luan, que entrou no meio da zaga e cruzou. A bola passou na frente do gol, pedindo para ser chutada, mas Tinga não conseguiu tocar nela. Tivesse se jogado num ‘carrinho’, ela teria entrado. O Palmeiras desarmava tudo que o Mirassol tentava fazer mas, no finalzinho do primeiro tempo, demos uma vacilada e eles empataram. Que saco! Mas em momento algum temi pela classificação e tampouco achei que decidiríamos nos pênaltis. E, caso fosse assim, São Marcos estava no banco. Tínhamos tudo sob controle…
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No segundo tempo, o Palmeiras continuava em cima do Mirassol. Luan ia perdendo um gol atrás do outro… A Que canta e Vibra não parava de cantar, de empurrar o time. Márcio Araújo, que nunca vi jogar tanto (Rivaldo também jogou bem), parecia estar em estado de graça. Já tinha descido com perigo algumas vezes e feito belas jogadas; mas quando Kleber avançou com a bola dominada e tocou prá trás, na entrada da área, o Mago só abriu espaço para o chute certeiro de Márcio Araújo, que parou no fundo do gol!! QUE FESTA NA ARQUIBANCADA! FESTA NO CHIQUEIRO!! O Palmeiras, merecidamente, estava na frente, outra vez. Fiquei tão feliz por ver meu time vencendo, tão feliz por Márcio Araújo…
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Em campo, Valdivia, o homem que monopoliza a mídia toda, por causa do seu chute-no-vácuo (que existe desde 2006, diga-se de passagem), fazia uma partidaça! Que importa se a jogada genial é feita com 0 x 0, ou com 1000 x 0? Valdivia a usa quando acha que dá, quando quer despistar seu marcador, quando lhe é conveniente. E é ele quem determina isso! Só idiotas para discutirem, medirem e encontrarem regras para “determinar” como alguém deve se utilizar do próprio talento.
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Valdivia é um presente de Deus! E como o futebol fica melhor com ele em campo… Como a bola fica  dócil, submissa… Como os torcedores sem sentem mais felizes quando podem ver o Mago jogar… E  Valdivia, que nos brindou com chapéus, chute-no-vácuo, ainda deu um gol de bandeja para Luan. Pena que ele perdeu esse também…
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Felipão então tirou Tinga e colocou Chico. O Palmeiras tratou de se defender um pouco mais, mas sem abdicar de atacar. Continuávamos perdendo gols mas, nas arquibancadas, o torcedor ficava apreensivo com as faltas e escanteios a favor do Mirassol. Na beira do campo, a cena era de arrepiar o mais indiferente dos mortais!! São Marcos, como se fosse um auxiliar de Felipão, como se fosse ele o técnico, gritava e gesticulava. Só vi isso direito depois, na TV, e quase morri de chorar. Nosso Santo, tão querido, guerreiro, sofrendo lá no banco de reservas, gritando para os companheiros, empurrando o time que ele tanto ama… Só o Palmeiras tem dessas coisas…
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Ainda teríamos uma bela oportunidade com Rivaldo, mas o goleiro defendeu. Aos 40′, a magia deu lugar ao futebol de Lincoln (como eu queria ver esses dois jogando juntos). O estádio inteiro reverenciava o craque mágico que saía de campo. Emocionante! Minutos depois, aos 49′, o juiz encerraria a partida.
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Com a classificação garantida, o Palmeiras vai agora enfrentar os gambás. POIS QUE VENHAM! Nosso exército está pronto! Nosso “general” desenhou a estratégia para chegarmos e chegamos! Mago, Santo, Gladiador, Defesa Que Ninguém Passa, Zagueiros Artilheiros, Volantes Guerreiros, Operários do time, Vontade, Garra, União, Torcida, Amor… essas são as nossas armas. E É COM ELAS QUE VAMOS À LUTA!
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CHEGOU A HORA! TANTI AUGURI, PALMEIRAS!

Dizia a notícia na quinta-feira: “Sentado no banco de reservas, Valdivia chorou”. Que aperto no peito ler isso. Um momento tão feliz de todos nós e tinha que ter algo para toldar a nossa felicidade. Como é difícil acompanharmos a tristeza de alguém que amamos. Como se não bastasse termos sofrido com todos os dramas de Marcos, agora temos que ver nosso ídolo, normalmente tão sorridente, chorando por não conseguir jogar… Juro, sinto o meu coração doer, de verdade…

Eu tinha acordado às 4 da matina, na quarta-feira. Saira de casa enquanto o mundo ainda dormia; nas ruas, totalmente desertas, eu parecia um  personagem de um filme de ficção sobre um mundo sem habitantes. Durante o trajeto, foram aparecendo as pessoas e os ônibus que, enfurecidos, avançavam em meio à escuridão, com seus letreiros acesos. Pareciam contrariados por carregar tanta gente quando ainda deveria ser hora de dormir.

Eu tinha tantas coisas para pensar, mas à toda hora me lembrava que à noite teria jogo do Palmeiras, valendo vaga na semifinal da Sulamericana. Não queria me sentir ansiosa mas, àquela hora da manhã, já tinha “borboletas no estômago”…E como foi difícil esperar o dia passar. Por ter me levantado tão cedo, o dia me pareceu ainda mais longo. Nem mesmo todas aquelas crianças e as provas que ajudariam a avaliar a qualidade do Ensino Fundamental nas escolas de São Paulo, me faziam esquecer que era dia de jogo entre Palmeiras e Galo; o jogo da volta. Mal podia esperar o momento de chegar ao Pacaembu e ver o Verdão em campo. Verdão que tinha o Mago entre os relacionados. Imaginem se eu iria perder… Uma terceira camisa, novinha em folha, dormia quietinha na minha bolsa, só esperando o momento de ser vestida.

As horas custavam a passar… Será que iríamos vencer? Será que o juiz não nos roubaria desta vez? Será que o Mago conseguiria jogar a partida toda? Quantas perguntas eu me fiz o dia todo.  Só que as horas, teimosas, como se fizessem de propósito, se arrastavam. Mas elas acabaram vencidas e o momento de ir ao Pacaembu chegou. Enquanto me dirigia ao estádio a tensão aumentava.  Felipão pedira 25 mil torcedores, mas a torcida, desobediente e apaixonada, resolveu que seria mais de 35 mil. Recorde de público do Verdão neste ano. Depois de um dia de muito sol, o frio tomava conta da cidade e, antes do jogo começar, uma chuva fina já descia do céu. Mas quem é que se importava? Os amigos iam se encontrando, se abraçavam e, sorrindo, faziam planos, arriscavam palpites, numa felicidade que antecipava o resultado do jogo.

Quando o Palmeiras entrou em campo foi recebido pela festa e euforia da Que Canta e Vibra.  Lindo! E o time esbanjou raça e vontade, correspondendo à energia que vinha das arquibancadas! E foi prá cima do Galo que, com seus três zagueiros, conseguia conter a ofensividade do Verdão. Em 20 minutos tivemos 10 finalizações e a cada uma delas o Pacaembu (com o coração doendo, desde os 9 minutos de jogo) se preparava para explodir. Os jogadores palestrinos vibravam a cada lance de bola roubada, de desarme. Ainda que a técnica deixasse a desejar algumas vezes, o time era raça pura! E o Palmeiras é quem buscava e ditava o ritmo da partida. E tanto buscou que, aos 26′, Marcos Assunção, “esnobe”, predestinado, cobrou escanteio fechado na primeira trave e fez olímpico!! O PACAEMBU EXPLODIU EM VERDE E BRANCO!! A semifinal estava mais perto. Os torcedores, molhados pela chuva, pulavam, se abraçavam… O Palmeiras chegando…E esse Assunção, hein? Já é uma sumidade nas cobranças de falta e agora tá fazendo até gol olímpico? E eu, lá nas cadeiras, pensando que o gol tinha sido do Luan…

No segundo tempo, o Galo resolveu tentar mais. Em alguns momentos o Palmeiras parecia se manter acuado. Mas quem é que não lembra daquele time campeão de Felipão? Quem é que não lembra da maneira dele jogar? Nosso técnico, não está preocupado com espetáculo, com goleada. Não! Ele é mestre em conseguir resultados!! A torcida, conhecedora do trabalho dele, mesmo com o coração entristecido e doendo desde os 9 minutos, fazia a sua parte! Empurrava o time, marcava em cima o juiz e o time adversário. O Galo, querendo o gol que levaria o jogo à decisão por pênaltis, veio prá cima, mas deu de cara com a consistente defesa que ninguém passa; deu de cara com Deola, Danilo, Maurício Ramos, Edinho (que cara chato! ainda bem que joga no meu time… rsrs); deu de cara com Luan, que pode não ser ainda o atacante dos nossos sonhos, mas já é imprescindível ao time. Ajuda Gabriel(como joga esse garoto!) na esquerda, ajuda a zaga, corre o campo inteiro, durante o jogo todo e ainda faz gol. Tá certo que o Galo nos assustou em duas bolas que passaram raspando, mas saiu do jogo sem conseguir vencer Deola e a parede verde. E ainda teve que se virar para conter os avanços de Lincoln, Kleber, Tinga, Luan, e até de Márcio Araújo, algumas vezes.

E para selar a partida; para “matar” o Galo, de vez, e conquistar a vaga à semifinal da Sulamericana, aos 33′, numa jogada rápida, Tinga puxou o contra-ataque pela direita e tocou para Lincoln, no meio. Ele tocou na esquerda para Luan, já dentro da área, chutar cruzado e guardar!! A TORCIDA ENLOUQUECEU! A FESTA NO CHIQUEIRO, EXPLODIU DE VEZ!!  O PALMEIRAS ESTAVA CLASSIFICADO! Ia esperar o confronto entre Goiás e Avaí para conhecer seu próximo adversário (será o Goiás). A torcida , rouca e molhada, já podia voltar para casa e dormir tranquila, feliz…

Teria sido tudo maravilhosamente perfeito se, no comecinho da partida, aos 9 minutos, numa jogada de velocidade, que quase resultou em gol do Palmeiras, Valdívia não tivesse sentido a coxa, outra vez… A terceira vez seguida! Foi por isso que o coração palestrino doeu o jogo todo. Aquele pequeno gesto de colocar a mão na perna, gelou o torcedor no Pacaembu. Eu não podia acreditar que o Mago, que treinara normalmente na terça, segundo disseram, não tivesse conseguido jogar nem 10 minutos. Rezei tanto, pedi tanto a Deus que lhe enviasse ajuda naquele momento e não consegui conter as lágrimas diante da tristeza do meu ídolo e das suas tentativas de se alongar e continuar jogando. Os torcedores, mudos, se entendiam apenas pelo olhar.  Uma névoa de  dúvida e receio pairou no Pacaembu. A dor e a tristeza do Mago eram de todos nós. Poucas vezes me senti tão triste… Ainda agora, ao escrever, não consigo conter as lágrimas, ao me lembrar dele saindo de campo, aos 15′, triste, cabisbaixo, se sentindo derrotado por uma lesão… Logo ele, que é a encarnação da alegria… E, como se fosse um afago, um carinho, a torcida gritava seu nome.  Que revolta me deu! Enquanto tem jogador badalado pela imprensinha, que joga uma partida, “descansa” trinta e ainda reclama do tédio da concentração, lá no banco do Palmeiras a magia chorava por não poder estar em campo…

Tenha paciência, Mago. A vida de um “parmera” nunca é fácil, e como você é palestrino de coração, não poderia ser diferente. Talvez os dois anos em que esteve fora e a preparação física lá dos Emirados sejam responsáveis por esse drama que você vive agora. Talvez nosso Depto Médico, tenha errado em alguma coisa. Não sei…  Só sei que vai dar tudo certo, acredite ! Nosso amor vai te curar, Valdivia! Você é um guerreiro e a sua volta por cima se dará em breve e SERÁ OLÍMPICA!! Valdivia, Felipão e Kleber, voltaram para ser campeões, e vão ser!! VAMOS CONQUISTAR ESSA PORRA E VOCÊ MAGO, VAI ESTAR EM CAMPO E FARÁ O GOL DO TÍTULO!

Estamos na subida final do ponteiro do relógio e na subida é mais difícil. FORZA VALDIVIA!! FORZA PALMEIRAS!! TEMOS UM TÍTULO  A CONQUISTAR!

O Palmeiras ganhou a vaga às quartas de finais da Copa Sulamericana, em grande estilo. Depois da vitória por 1 x 0 lá em Sucre, o Palmeiras precisaria apenas de um empate na partida de volta. Jogo na Arena Barueri, num horário tão ruim para o torcedor e tão favorável à Rede Globo, que me deu até vontade de entrar com uma ação na justiça, baseada no Estatuto do Torcedor. Mas aí eu me lembrei que o tal estatuto protege muito bem os árbitros, e o torcedor, mesmo, que se dane…

E apesar do horário absurdo, da distância (para a maioria), a torcida (11 mil pagantes)  estava lá. VALDIVIA ESTAVA LÁ!!! Mal tinha acabado de chegar na sala e ouvi o Cleber Machado dizer: “…e o Palmeiras vem com uma surprêsa na escalação…”: “Edmundo e Valdivia” (meus dois neurônios) entenderam no mesmo instante o que aquela frase significava… Olho prá TV e lá está ele! Meu craque favorito, vestido com a camisa mais linda do mundo, prontinho pro jogo! Que alegria!!! Chorei de emoção… A torcida comemorava a escalação do Mago, como se fosse um gol! E gritos para um Felipão “genial”! Eu até achava Valdivia teria condições para o clássico mas, para o jogo de volta da Sulamericana, pensei que fosse impossível! Afinal, a previsão era de que, lesionado, ele ficaria, no mínimo, uns 10 dias ausente. Mas não existe o impossível para El Mago! Ele é f…! Driblou até mesmo a lesão e o Depto. Médico! hahaha Minhas orações deram certo. Esse chileno é raça pura!

E o mais engraçado é que Felipão manteve a escalação em segredo até momentos antes de o time entrar. Que alegria a gente sentiu ao ver nosso ídolo em campo! Que lindo ouvir os palestrinos cantando: EÔ EÔ O VALDIVIA É UM TERROR!! É muito mais que admiração da torcida pelo seu ídolo… Valdivia e a Que Canta e Vibra têm um lindo caso de amor!

Felipão já tinha escalado o Palmeiras diferente, tirou Rivaldo do time (thanks God!) e colocou Luan. Com dois atacantes de origem, passamos a ter um time mais ofensivo. E o Palmeiras foi prá cima do time de Sucre. De cara, aos 4′, Assunção arriscou de fora da área e o goleiro encaixou. Como o Palmeiras tinha vencido a primeira e  agora jogava pelo empate, era preciso usar a cabeça nessa segunda partida. E foi exatamente o que o time fez!!  Aos 11′, o Palmeiras resolveu esquentar o jogo que estava meio morno;  Valdivia recebeu a bola na intermediária e tocou para Gabriel; ele cruzou e, Kleber, de cabeça, abriu o placar!!! Festa nas arquibancadas!! Era a classificação chegando. E o Verdão quase ampliou aos 16′, Assunção cobrou falta no segundo poste para Fabrício; a zaga mandou para escanteio.  Assunção cobrou o corner no meio da grande área, o atacante boliviano tentou cortar e quase fez contra. Aos 24′, Kleber recuperou uma bola espirrada e, dentro da grande área, chutou forte cruzado. A bola passou pertinho…

A coisa se complicava ainda mais pros bolivianos e Verdão ficava cada vez mais confortável no jogo e na competição. O time do Universitário apenas uma vez arriscou um chute forte da intermediária, mas Deola, esperto, mandou para escanteio. Aos 27′, como se fosse replay, Valdivia recebeu na intermediária e tocou para Gabriel (ah, moleque!), que dessa vez achou Luan, que mandou de cabeça no canto esquerdo e matou o jogo. 2 x 0 !!  A torcida delirava! Pela TV eu ouvia a minha gente cantando, comemorando feliz… Que vontade de estar com a torcida… de estar pertinho do meu time… de ver meu ídolo jogar…

Assim que começou a segunda etapa, as luzes se apagaram e a partida foi interrompida. Durante o apagão, a torcida, com seus celulares acesos, deu um show nas arquibancadas! Lindo demais, os palestrinos cantando em meio às milhares de luzes, enquanto os jogadores se aqueciam no gramado. O jogo foi reiniciado 32 minutos depois, e o Palmeiras voltou com a mesma atitude. Aos 4′, outro lindo cruzamento de Gabriel (que tá jogando muito!) e Kleber quase faz mais um. Sem ser ameaçado, com a classificação praticamente garantida, e tendo esfriado com essa parada tão longa, o Palmeiras diminuiu o ritmo. E o Sucre se entusiasmou. Aos 16′, numa cobrança de falta, e bobeada da defesa, Cirillo marcou, de cabeça.

Mas se alguém pensou que o jogo iria ficar perigoso para o Palmeiras, se enganou. Aos 24, Marcos “ARCEnção”, o melhor cobrador de faltas do Brasil, levantou a bola na área e Danilo se antecipou…DE CABEÇA!!  O Verdão usou a cabeça e matou o jogo!! A torcida comemorava a classificação. Felipão fez três substituições, Dinei em lugar de Kleber, depois Pierre em lugar de Assunção e bem no finalzinho Patrik em lugar de Tinga. Luan teve uma oportunidade e quase marcou; depois o goleiro boliviano quase fez contra. Ao Palmeiras cabia só administrar o resultado. O mágico Valdivia ainda teve um momento, em que chamou o jogador boliviano para “dançar” e os 11 mil pagantes, que mais pareciam, 50 mil, gritavam: EÔ EÔ O VALDIVIA É UM TERROR!! De arrepiar… A torcida, esquecendo que já era madrugada, saiu cantando, feliz da vida…  A Sulamericana cada vez mais perto… Dá até um friozinho no estômago…

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Mas agora os holofotes se voltam para o clássico, diante dos gambás, pelo campeonato brasileiro. O Palmeiras vem de 9 jogos sem perder e os gambás estão há 7 jogos sem vencer. Gabriel Silva (uma pena) e Márcio Araújo não jogam (vai ser  um grande problema para o Felipão, a falta de laterais); Pierre e Maurício Ramos são dúvidas. Em compensação, olha só a declaração de Valdivia:

“O departamento médico do Palmeiras trabalhou muito bem e me recuperei rápido. Estava com um pouco de dor, mas era suportável. Agora temos uma partida especial e tem que jogar até manco”.

Se o Valdivia vai caçar gambás, de noooovo, se vai marcar gols,  fazer chororô, eu não sei. Espero que sim. Mas que vamos ter alguém que nutre o mesmo sentimento que a gente, lá dentro de campo, eu não tenho dúvidas! O Mago vai jogar com “sangue no zóio”. Os defensores dos Sem Terra, sem saber se o Bolsa Apito foi pago ou não,vão ter que decidir se deixam o Mago e Kleber jogarem, ou se vão parar os dois na falta. Marcos “ARCEnção” está só esperando que eles se decidam… kkkkk O bicho vai pegar!!

Vai ver é por isso que um certo “chinelo” tamanho GG,  já virou dúvida… Dizem que é uma gripe… Será que é gripe chilena??

Que chegue logo o domingo! Eu vou estar lá. Caso o Mago resolva fazer das suas, eu não vou querer perder por nada deste mundo!! Vamos botar fogo no tobogã, palestrinos!!! E não se esqueçam, SEREMOS OS VISITANTES!!!

BOA SORTE, “PARMERA” !!!! ÔÔÔ VAMOS GANHAR PORCOOOO!