Domingo de Palmeiras x Fortaleza… Jogo da festa de abertura do Brasileirão 2019…

Uma data duplamente histórica…  Sem acordo com a Rede Globo para transmissão dos jogos do Palmeiras no PPV e na TV aberta – o clube não aceita receber menos do que os clubes para os quais a rgt paga as maiores cotas de TV, e está certíssimo nisso -, a transmissão seria no canal TNT.

E a audiência do canal acabaria sendo um sucesso com o Palmeiras, como constataríamos depois. 4,79 pontos, quase o dobro da audiência que obteve o SporTV no mesmo horário. Pra você ter uma ideia, para que possamos avaliar, foi maior do que a audiência – histórica para a Fox – da exclusiva partida entre Flamengo x San Jose (BOL) pela Libertadores 2019, que rendeu 4,33 pontos ao canal. Maior do que o recorde de audiência batido pelo SporTV na primeira fase da Copa do Mundo da Rússia, na partida entre Brasil x Sérvia. Na ocasião, o SporTV comemorou o maior número já registrado pela emissora em jogos de Copas… 4,36 pontos.  O recorde da emissora, até agora, pertence ao jogo Juventus x Ajax, pelas quartas de final da Liga dos Campeões 2019.

Percebeu como esses 4,79 pontos do Palmeiras na TNT foram muito significativos? Quebram aquele papo furado de que o Palmeiras dá menos audiência.

E tinha um extra, também histórico, nessa partida. Pela primeira vez, um clube teria transmissão de um jogo seu em seu próprio canal… sim, a transmissão estava disponível na TV Palmeiras Play para todos os associados do Avanti. O futuro acontecendo no presente…

Chovia um bocado antes do jogo… trânsito caótico (imagina se não?)… um monte de localidades sem energia elétrica…  Primeiro jogo do brasileirão (de 38 rodadas) e, ainda assim, 26.701 pessoas estavam no Allianz. A parmerada não larga o time de jeito nenhum. Embora não chova na arena, os ambulantes faziam a festa vendendo capas de chuva para as muitas pessoas que iam pelas ruas… eu era uma delas. A água não parava de cair do céu…

Antes do jogo, teve a festa de abertura do Brasileirão. O Allianz se iluminou diferente, teve show do palestriníssimo Di Ferrero, que cantou o Hino Nacional também… teve a dupla Ademir da Guia e Dudu apresentando a taça…

E teve um Palmeiras arrasador em campo. Pra combinar com a chuva que caía sem parar, o Palmeiras nos proporcionou uma chuva de gols. Numa partidaça de Zé Rafael – do time todo -, o Verdão goleou o Fortaleza e ainda ficou barata a fatura.

O Palmeiras, que, na quinta-feira, pela Libertadores, já tinha voado na altitude de Arequipa e goleado o Melgar, veio praticamente com o mesmo time e, mesmo com o campo pesado, apresentava a mesma pegada do outro jogo. Não dando bola nenhuma pra chuva, fez valer o seu favoritismo e foi pra cima do Fortaleza (11 jogos de invencibilidade, seis partidas sem levar gol), comandado pelo nosso “estimado” (é verdade esse ‘bilete’) Rogério Ceni.

Sofreu uma baixa, preocupante, logo no início do jogo, aos seis minutos, quando Goulart sentiu dores no joelho (o mesmo joelho que ele já tinha operado antes de vir para o Verdão) e foi substituído por Zé Rafael – e o Zé acabaria sendo o nome do jogo.

O Palmeiras balançou as redes logo depois da substituição. Bruno Henrique chutou forte pro gol, o goleiro deu rebote e Dudu guardou. O árbitro marcou impedimento no lance, o VAR revisou, e a anulação foi mantida.

O Palmeiras tinha uma postura bastante ofensiva e, aos 16′, Diogo Barbosa cruzou rasteiro, Zé Rafael dominou e já bateu, seco, no canto esquerdo do goleiro. E saiu feito louco comemorando o seu primeiro gol com a camisa do Verdão.

A torcida, feliz da vida, cantava alto… O adversário, parecendo (mais) nervoso depois do gol sofrido, mesmo com quatro atacantes, não oferecia perigo ao Verdão. E o Palmeiras ia pra cima…

A sorte do Fortaleza era Felipe Alves, o seu goleiro (não fosse ele, teria sido uma sacola de gols). Defendeu um chute de primeira de Dudu;  deu  sorte no lance em que Scarpa recebeu na área, cortou a marcação, cruzou pra trás e Zé Rafael chegou rasgando, mas, por uns centímetros, passou da bola; saiu do jeito que podia para tirar uma bola que chegaria em Scarpa, lançado por trás da zaga. E isso no primeiro tempo… O juiz também ajudou o Leão. Dudu  recebeu a falta, mas levantou e continuou correndo em direção ao gol, o árbitro, parou o jogo para marcar a falta, vê se pode…  Beneficiou o infrator e prejudicou quem sofreu a falta… Imagina se isso aconteceria se fosse o adversário levando vantagem e disparando em direção ao gol?

No segundo tempo, antes de o relógio marcar um minuto de jogo, o goleiro adversário já teve que trabalhar e espalmar uma cabeçada forte de Deyverson .  No instante seguinte, Deyverson pega uma sobra, cruza pra área e o zagueiro adversário, tentando tirar, por pouco não faz contra…

O Palmeiras já mostrava que repetiria o primeiro tempo e iria pra cima do Fortaleza. A postura do Palmeiras em campo, os volantes que não deixavam passar nada, e o trio Dudu, Scarpa e Zé Rafael, que faziam o jogo do Palmeiras fluir bastante, faziam a diferença entre os times saltar aos olhos de todos. O Palmeiras era muito superior, pressionava a defesa adversária e o goleiro do Fortaleza trabalhava bastante.

Dudu passou “facinho” na marcação e cruzou rasteiro. A bola correu toda a pequena área e não apareceu ninguém… que pecado. Dudu avançou na direita, Carlinhos veio na marcação, Dudu parou, passou por ele e foi derrubado… o árbitro marcou a falta mas não deu o segundo amarelo pra ele…

Tava na cara que o segundo do Palmeiras logo iria sair… e saiu mesmo. Aos 13′, Bruno Henrique recebeu na direita, inverteu pro Zé Rafael, e ele cruzou rasteiro, com a bola pedindo: “Me chuta”, para o Marcos Rocha guardar.  Ah, Verdão, seu lindo!

A coisa estava tão palestrinamente boa, que o Allianz comemorou até o cartão amarelo que o “muy estimado” (é verdade esse bilete) Rogério Ceni levou.

Dudu recebeu a bola na direita, cortou para o meio e encheu o pé… ia fazer um golaço, daqueles, digno de Rogério Ceni levar no Allianz, mas Felipe Alves, pulou, se esticou todo e conseguiu espalmar…  Mas que goleiro “mizerávi”.

O Weverton estava sossegadão na partida,  mas estava ligado… Falha do Palmeiras, Osvaldo, na área, ali pertinho do nosso goleiro, chutou (pensei até que tomaríamos o gol), Weverton defendeu; no rebote, curtinho, com a Osvaldo chutou de novo, Wevertão da Massa defendeu outra vez. Aplausos para o nosso goleiro!

Scarpa foi lançado na área o jogador adversário se enroscou com ele (eu achei que Scarpa tinha sido derrubado), o juiz conversou com o VAR sobre o lance e só marcou lateral para o Palmeiras. Marcos Rocha cobrou lá pra área, Duduzinho desviou na primeira trave e quem apareceu na segunda, pra guardar o terceiro do Palmeiras? Ele mesmo, o nome do jogo… Zé Rafael! Dois gols e uma assistência… como fizera Scarpa na outra partida. Nem parecia que a maioria dos nossos jogadores em campo tinha atuado na altitude de Arequipa, três dias antes.

Felipão sacou Scarpa e colocou Lucas Lima, minutos depois depois chamou Hyoran pro lugar de Dudu. O Palmeiras continuou buscando… O relógio marcava 45’… a torcida queria porque queria mais um (por que será? rsrs)…  Marcos Rocha avançou na linha de fundo,  Hyoran não conseguiu acertar o tempo da bola e ela sobrou para Bruno Henrique chutar colocado no canto do goleiro. Fatura liquidada… Palmeiras 4 x 0 Fortaleza…  e ficou barato, muito barato.

E encharcados pela chuva… de gols, de bom futebol e de audiência… os palmeirenses foram pra casa… felizes da vida.

Agora é em Alagoas (de time reserva :/), e vamos ficar no radinho… sem problemas!

#EstamosFechadosComOVerdão

Quase não deu tempo de escrever sobre o jogo passado… O Palmeiras está impossível jogando fora de casa… É o melhor visitante do país. O melhor pra nós, palmeirenses. Para os times que ele tem visitado, é o mais intragável.  Na Libertadores, já fez três partidas fora e venceu as três – até mesmo em La Bombonera. No domingo, jogando pelo Campeonato Brasileiro, lá na Arena da Baixada, conquistou mais uma vitória. E que vitória! A 11ª de 14 partidas como visitante em 2018. E essa foi sem juiz gatuno, interferência externa, e esquemas de federação para atrapalhar… Foi futebol, na veia, como deve ser.

O adversário era o Atlético-PR, o “Furacão”, o time  que estava há 6 meses (17 jogos) sem perder em seus domínios… e que é comandado nessa temporada por Fernando Diniz, que ainda não tinha conhecido nenhuma derrota desde que assumira o time paranaense.

Roger pareceu ter estudado o adversário direitinho. Mesmo tendo pela frente um adversário que é forte dentro de sua casa, o Palmeiras, sem Borja, com Dudu, Keno e Willian, não teve nenhuma dificuldade no jogo, nenhuma “sofrência”. Venceu e convenceu. Impôs o seu jogo e, com muita autoridade, fez 3 x 1. Três gols lindos, originados de jogadas trabalhadas, de passe perfeitos e finalizações pra lá de deliciosas. E o Palmeiras poderia ter feito mais…

A nota triste foi a lesão de Moisés ainda no comecinho da partida. Ele sentiu a parte posterior da coxa. Uma pena… logo agora que ele voltava a jogar aquele futebol que a gente tanto gosta. Mas, se Deus quiser ele vai voltar logo ao time . A previsão é de quatro a seis semanas.

Também no começo de jogo o juiz amarelou Felipe Melo e o tirou do derby da próxima rodada. Deu um amarelo para o Pitbull aos 8′, e dois minutos depois, quando o jogador do Atlético deu uma entrada forte, dura, em Dudu, ao invés de um amarelo, o árbitro só conversou com o jogador, pediu calma a ele… Espeeeertenho o árbitro, né? Apesar da boa arbitragem, ficou meio esquisito o cartão para o Pitbull, logo de cara e o “não cartão e conversinha” para o atleticano que pegou Dudu . Será que o juiz tinha que dar uma ajeitada para o derby?

Embora o primeiro tempo, se comparado ao segundo, tenha parecido mais morno, eu achei que o Palmeiras parecia saber muito bem o que fazia, marcava bem, estava seguro. Errava muitos passes, é verdade, mas o adversário também errava. No entanto, eu não sentia o Palmeiras nervoso, pelo contrário – isso me tranquilizava também -, e ele não deixava o Atlético jogar do jeito que ele gostaria.

A mim, dava a impressão que o Verdão, que segurava mais o Atlético no primeiro tempo – o dono da casa sempre tenta mostrar  quem mandava em seus domínios, mas o Palmeiras não o deixou fazer isso -, esperava para ver todo o jogo do adversário, pra ver se ele tinha alguma “carta na manga”. O Furacão, que dava brechas ao Palmeiras tentando ir à frente, criou algumas poucas situações de perigo, mas foi só em duas delas que Jaílson precisou se esticar todo para desviar.

Quando o primeiro tempo se aproximava de seu final, e Roger pedia mais movimentação do time, os jogadores começaram a trocar de posição e a ofensividade pareceu mais “ofensiva” e o gol começou a ser chamado. E eu sabia que o gol do Palmeiras estava vindo – a gente sempre sabe…

E foi uma coisa linda de gol! Já era quase 45′, quando Dudu recebeu de Lucas Lima na esquerda, limpou, e  cruzou para Keno. Kenaldinho matou no peito e, rápido, rolou a bola mais atrás e para o meio. Bruno Henrique apareceu livre, de repente,  e finalizou com muita precisão… Que gol lindo. Pra coroar o bom primeiro tempo do Palmeiras. Tudo muito rápido, tudo muito certo, preciso… A parmerada no estádio (estava cheio de palmeirenses lá em Curitiba) foi à loucura. A que estava diante da TV, também.

No segundo tempo, o Palmeiras já começou levando perigo, e por duas vezes.  Na terceira, depois da cobrança de escanteio que parecia ensaiada, Marcos Rocha tocou para Dudu, ele bateu forte, o goleiro conseguiu rebater, Marcos Rocha pegou o rebote e chutou de primeira, balançando a rede do Furacão… e saiu enlouquecido de alegria com o seu primeiro gol pelo Palmeiras. E foi mais um gol lindo. Que maravilha… Palmeiras on fire! E Jaílson também… O Atlético tentou responder em seguida,   Pablo mandou de cabeça e o Jailsão da Massa fez uma grande defesa.

Atlético queria descontar o prejuízo, o Palmeiras até parecia que o deixava jogar, mas, fechado, e muito tranquilamente, anulava todas as tentativas inimigas. Sem sofrimento, sem nervoso… pelo contrário, a postura e atitude do Palmeiras, a segurança dos 11 em campo, nos traziam segurança também. Sem contar que o ataque verde estava ligado o tempo todo.

E o Palmeiras jogava bonito… bola de pé em pé… Tava na cara que ia sair mais gol…

Dudu fez uma jogada linda pra Lucas Lima, que até tirou do goleiro, mas não conseguiu ficar com a bola, que saiu pela linha de fundo. Quase…

Keno, que tinha sentido cãimbras, saiu para a entrada de Hyoran…

O relógio estava quase marcando 40’… Bruno Henrique recuperou uma bola, tocou pra Hyoran, e o garoto, com um toque rápido, ligou o Willian lá na frente pra ele pegar a defesa toda aberta… O BGod, rápido, com um marcador correndo atrás dele,  avançou, entrou na área, falou pro goleiro “desculpa aí, viu?” e guardou o terceiro. Coisa linda de gol! Coisa linda de jogo! Coisa linda de Palmeiras!

A parmerada gritava “olé”…

3 x 0, final de jogo, e demos uma vacilada… o Furacão descontou. Mas o adversário já estava batido fazia tempo… Hyoran, chutando forte, quase faria o quarto, mas o goleiro mandou pra escanteio… E, numa última tentativa, Lucas Lima abriu pra Marcos Rocha, ele cruzou rasteiro, a bola passou por Willian, que não conseguiu tocá-la, e depois por Dudu, que também não a alcançou.

Festa palestrina em Curitiba… e muito merecida!!

E lá vamos nós visitar o América-MG agora, pela Copa do Brasil… CAPRICHA, VERDÃO!!

 

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Depois de o Palmeiras fazer 3 x 0 lá em Novo Horizonte, ninguém duvidava da sua classificação à semifinal do Paulistão. Mas aquele 7 x 1, que a seleção brasileira e boa parte dos brasileiros tiveram que engolir há uns poucos anos, ensinou a todos nós que a soberba não é boa companheira. Portanto, ficamos esperando pelo jogo da volta, em nossa casa, para que pudéssemos comemorar a vaga. Mas nenhum de nós imaginou que com uma vantagem tão boa, o Palmeiras fosse fazer de conta que partia do 0 x 0…

E foi um passeio… não só pelo placar dilatado, que poderia ter sido até maior, mas pelo futebol apresentado, pela velocidade do ataque, pela boa movimentação, cheia de toques rápidos, pela incessante procura do gol, pela afinidade de Dudu, Willian, Keno e Lucas Lima (sobraram no jogo)… pela cabeça muito pensante de Felipe Melo (cada enfiada de bola/virada de jogo linda que ele deu. Perdeu uma cobrança de pênalti, é verdade, mas isso foi nada perto do muito que ele jogou e da quantidade de gols que o Palmeiras fez)… pela bela partida de Victor Luís e Marcos Rocha (eles nos surpreendem a cada jogo)… pelo desempenho de Prass nas raríssimas vezes em que teve que trabalhar… pela presença de Antonio Carlos e Thiago Martins, incansáveis na defesa (mas tiveram pouco trabalho)… pelo Bruno Henrique, que está cada vez melhor… pelos 4 gols marcados no primeiro tempo, e mais um na etapa final.

Para a caminhada no campeonato, foi uma partida excelente… o Palmeiras continua líder na classificação geral, com a opção de decidir no Allianz, cresce no momento certo, o time encorpa, ganha mais confiança…

Para a torcida, foi simplesmente delicioso ver o Palmeiras tão superior… tão “indo pra cima do adversário”… jogando um futebol tão envolvente, com a bola passando de pé em pé, com um gol mais bonito do que o outro… e com chances reais e bem palpáveis de brigar pelo título.

O primeiro gol aconteceu aos 6′ de jogo. Dudu ficou com a bola na linha de fundo e cruzou pra área, a defesa tirou. Na sobra, Lucas Lima, de fora da área, tocou para Willian que entrava, ele tentou cruzar pra Bruno Henrique, a zaga afastou, a bola voltou pra Willian, e ele, cruzou rasteiro pra Bruno Henrique dessa vez guardar no fundo da rede.

Festa da torcida, e festa dos jogadores em campo. Eles comemoravam muito. O Novo Horizontino, que já tinha a vida complicada com os 3 x 0 do outro jogo, ficava mais enrolado ainda com 4 x 0 no agregado. Para os parmeras, era um sossego só ver o time confirmando a vaga.

Só dava Palmeiras no jogo…. e a bola era de pé em pé… e, assim, aos 18′, o Verdão tratou de aumentar o placar. Keno desceu em velocidade, tabelou com Lucas Lima  – que devolução enjoada do nosso meia – e, por cobertura fez um golaço. O Novo Horizontino não tinha mais aspiração alguma ali…

Mas o Palmeiras estava “on fire”… aos 34′, Lucas Lima, antes da linha do meio de campo, deu um belo passe para Marcos Rocha lá na frente; ele deu uma ajeitada de cabeça, colocou a bola no chão, girou, e tocou lá do outro lado onde chegava Willian, que lance bonito… O BGod bateu de primeira e fez um golaço… o terceiro do Verdão.

A chuva caía forte no Allianz Parque… O juiz avisara que o jogo ia até os 46’… Duduzinho deve ter pensado: “vai até os 46? Oba! Dá tempo de eu marcar também”…

Marcos Rocha cobrou uma falta e lançou Dudu; o baixinho passou a bola pra Keno, que tentou enfiar lá no meio para Bruno Henrique, a zaga tirou e a bola voltou pra Dudu, ele avançou, driblou o adversário, driblou o Bruno Henrique e guardou o quarto do Verdão. Se nos outros gols, nós, que estávamos no lado oposto, na hora não sabíamos ao certo quem tinha marcado, uma vez que as jogadas eram rápidas e muita gente participava delas, nesse eu sabia, com certeza, que tinha sido Duduzinho a marcar. O gol tinha a cara e o jeitão dele.

O Novo Horizontino nada mais podia fazer, a não ser que marcasse oito gols no Verdão… e todos sabíamos que isso não ia acontecer.

Roger trouxe Dracena e Tchê Tchê depois do intervalo para os lugares de Thiago Martins e Marcos Rocha. Mas com 7 x 0 no agregado, o Palmeiras passou a fazer um jogo mais frio. O adversário, por sua vez, nem se aventurava e esperava pelas oportunidades de sair em contra ataque…

Jonatan Lima deu uma botinada nas costas de Keno e foi expulso. Minutos depois, Roger sacou Willian e promoveu a entrada de Papagaio. Com um a menos o Novo Horizontino achou que tinha que bater mais, o Palmeiras não gostou e o jogo ficou mais tenso.

Keno foi empurrado na área e o juiz não marcou a penalidade…

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Não demorou nadinha e Keno deu umas pedaladas na frente do adversário e levou um tranco. O jogador do Novo Horizontino esqueceu a bola, nem a disputou e foi no corpo de Keno. Essa falta o juiz marcou (tem que sofrer dois pênaltis para que marquem um). Pitbull foi para a cobrança, deu uma cavadinha (matou o goleiro) mas mandou a bola por cima.

Eu e um amigo, que tínhamos que sair mais cedo, por causa do horário infeliz do jogo, estávamos no corredor  quando ouvimos mais um grito de gol dos palmeirenses (vi depois, Keno meteu de calcanhar no meio de dois adversários e deixou Lucas Lima livre para colocar a bola na cabeça de Papagaio)… E o menino Papagaio, na sua bela e verde plumagem, balançou a rede e saiu “voando” feliz, inebriado pela sensação mágica do primeiro gol marcado no profissional, num jogo em casa, diante da sua torcida e valendo vaga na semifinal…

Estávamos na rua quando o juiz terminou a partida… Palmeiras (de fraque) 5 x 0 Novo Horizontino. Partidaça do Palmeiras!

“Ainnn, mas é só o Novo Horizontino” , disseram alguns. Novo Horizontino, que foi a terceira melhor campanha na classificação geral, melhor do que a do Santos e a do São Paulo, classificados para as semifinais (o regulamento do Paulistão é, no mínimo, estranho), e que como disse um de seus jogadores, “deu o azar de pegar o Palmeiras na disputa da vaga para a semifinal” e ser atropelado. Será que anotaram a placa?

https://www.youtube.com/watch?v=JYpWCyjRG6k

E hoje tem mais… A primeira partida do Palmeiras contra o Santos, pela semifinal do Paulistão, será jogada às 19h00 no Pacaembu.

Que Deus nos livre de juiz ladrão e… VAMOS GANHAR, PORCOOO!! 

 

Sexta-feira 13 é fichinha para quem já viu a “assombração” na quinta-feira…

Comecei a escrever essa postagem para falar do jogo de ontem, do péssimo resultado, e logo veio a notícia de que Cuca não era mais o técnico do Palmeiras.

Uma pena… pena que as coisas não tenham saído como tínhamos imaginado há uns meses… pena que,  ao contrário da campanha vitoriosa no Brasileiro de 2016, pela qual eu agradeço muito o Cuca – fazia um tempão que não conquistávamos esse título -, não tenha dado certo a sua volta e o trabalho não tenha vingado agora, mesmo com um elenco que qualquer técnico tupiniquim gostaria de ter. Desclassificação na Copa do Brasil, desclassificação na Libertadores – nas oitavas ainda -, adeus à disputa do Brasileiro… e cada hora com uma desculpa, um “culpado”… menos o esquema tático, as escalações e substituições.

Não ia dar para ficarmos nessa lenga-lenga de panelinha, e de futebol que chega mas não morde ninguém – nem um Bahia, uma Chape -, em 2018 também, né?

Cuca é mais um técnico que faz um trabalho muito bom aqui, ganha um título, vira unanimidade com a torcida – isso não é fácil -, e depois, sei lá porque, desconecta os neurônios e desanda a fazer bobagens…

Alguns torcedores o defendem, encontram mil argumentos para justificar o seu trabalho, o time mal treinado, time que tem mais posse de bola, mas  não leva muito perigo à área adversária, não assusta o adversário, as escalações equivocadas, as substituições que apenas mudam peças e não a forma de o time jogar… outros, a maioria, já estavam empapuçados de ver o Verdão jogando assim, de ver o técnico deixar de lado o melhor rendimento, a possibilidade de um melhor futebol em razão de favorecer alguns jogadores enquanto outros são preteridos, e mal recebem chances no time.

Mas não adianta ficarmos nos indispondo uns com os outros, tentando convencer as demais pessoas sobre o “Cuca que fez um trabalho péssimo em 2017”, ou o “coitadinho do técnico que não pôde trabalhar no ambiente ruim”, ou o técnico que “foi vítima dos jogadores malvados”, “que não montou o elenco”, “que fazia panelinha e favorecia alguns jogadores enquanto sacaneava outros”…

Ele não saiu por causa do que eu ou você  achamos dele, por causa do que eu ou você percebemos ou deixamos de perceber nele, por causa das minhas “certezas” ou das suas… saiu porque, mesmo depois das desclassificações na Copa do Brasil e na Libertadores (nas oitavas), depois do brasileirão perdido, e com bastante tempo tempo parta treinar o time, o trabalho dele não mudou nada, e continuou na casa dos 50% de aproveitamento. E ele mesmo disse quando voltou que, para ser campeão, seria preciso um rendimento de 70% ou mais.

Ontem, quando vimos a escalação já ficamos meio desconfiados… Guerra, no banco, de novo?  Se a gente sabe que Moisés renderia mais com um meia ao seu lado – ele ainda não voltou a jogar o seu melhor futebol -, o técnico não sabe?  E se não gosta do Guerra (é o que parece) temos outros meias no elenco, mas eles nunca são lembrados.

Empatar com o Bahia, em casa, depois de estar vencendo por 2 x 0, foi um resultado bem ruim. Tomar sufoco de um time que está lá embaixo na tabela, que não tem um elenco dos sonhos, tampouco um técnico considerado “top” (essa palavrinha é u ó) é pra desencantar qualquer cristão. Ainda mais depois de um começo de jogo eletrizante…

Com 1 minuto de jogo, o Palmeiras balançava a rede baiana. Nem a gente esperava um gol tão cedo… Dudu roubou uma bola, Bruno Henrique enfiou para o Deyverson, ele cruzou, Moisés ajeitou/desviou e o BGod entrou rasgando e meteu pro gol. E foram uns 20 minutos nesse pique, com o fio desencapado, com Dudu jogando na ponta, como deve ser, e Verdão marcando forte… me fez lembrar até aquele time de 2016, do mesmo Cuca, que marcava gol logo no início e depois se garantia, jogando com bola e sem ela, marcando demais…

Teve uma jogada ensaiada tão linda, tão perigosa, com Egídio, Moisés e Willian… tava tudo parecendo certinho, mas não fizemos como em 2016…  a marcação foi afrouxando um pouco, o fio não parecia mais desencapado, e fomos deixando o Bahia chegar… e o Prass começou a aparecer… a ser importante.

Mas, aos 39′, foi o Palmeiras quem fez o segundo gol… Uffa. Jogada trabalhada… Bruno Henrique, Deyverson, Tche Tche, Willian e a finalização de Bruno Henrique. Mas ficamos desatentos e no último minuto tomamos um gol do Bahia. Bola levantada em nossa área, a zaga vacilou, ninguém de verde subiu, e o jogador do Bahia cabeceou pro gol.

Na segunda etapa, antes mesmo dos 10 minutos de jogo, depois de Deyverson tentar uma jogada individual e errar,  depois de Deyverson cair na área num lance que parecia pênalti, mas não tinha sido nada (ele é quem pisou no pé do adversário e caiu), parte da torcida começou a pedir “Borja, Borja, Borja”…  não demorou quase nada e Cuca chamou Borja pro jogo.

O tempo ia passando, o Palmeiras não estava muito bem, mas ia segurando a vitória… E, para minha surpresa, e a de muitos torcedores, Cuca chamou Felipe Melo pro jogo (fiquei encantada com Cuca, é desse Cuca que a gente gosta). Grande parte da torcida comemorou, aplaudiu. Eu fui uma delas. Não quero nem saber se ele e o técnico se gostam, se brigam, isso é problema deles, quero que jogue quem é bom de bola, e Felipe Melo é. Tem números melhores que Bruno Henrique, por exemplo.

O Palmeiras ia pro ataque, mas não dava muito certo… e corria perigo, porque o Bahia vinha apara cima. Ai se não fosse o Prass…

Cuca fez então a última (última mesmo) e fatídica substituição… Quando todos queríamos o Guerra, mas sabíamos quem ele colocaria em campo, ele chamou o Guedes (acertamos todos).

E, por falta de sorte, por trapalhada, as duas coisas… sei lá… um minuto depois de Guedes entrar no jogo, em jogada de ataque do Bahia, o juiz assinalou pênalti de Guedes em Mendoza. Na hora achei que não tinha sido nada, e quando revi as imagens não consegui me convencer de que foi pênalti.

Guedes tropeça no pé de Mendonza e cai,  longe do adversário, por sinal… e aí, depois de dar mais dois passos, o Mendonza desaba no gramado. O juiz, nem pisca e marca o pênalti…

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Prass até acertou o canto, mas o jogador do Bahia cobrou muito bem e empatou a partida. E não conseguimos mudar esse resultado, o jogo acabou assim.

Tenha sido pênalti ou não, não dava para nos contentarmos com a partida feita pelo Palmeiras, não dava para tomarmos um sufoco do Bahia… E nem podemos chamar de acidente de percurso o resultado, não é mesmo? Já acumulamos outros resultados bem ruins e descabidos nesse brasileiro; a derrota por 2 x 0 para a Chape – que voltava de excursão -, em pleno Allianz Parque, é um exemplo.

E, certamente por causa da turbulência originada por esse resultado, no dia de hoje, Cuca deixou o Palmeiras.Foi uma pena que não tenha dado certo… Nossas expectativas foram imensas com a volta dele…

Desejo sorte ao Cuca em seus novos caminhos. Agradeço a ele pelo Cucabol de 2016, que nos levou à conquista do campeonato brasileiro – nosso eneacampeonato, que reafirma o Palmeiras como o maior campeão do Brasil -, agradeço a ele pela mística da calça vinho, pelas alegrias, pela emoção imensa de voltar a conquistar um campeonato brasileiro depois de um tempão, pelas lágrimas de alegria, pela página linda que ele ajudou o Palmeiras a escrever, mas a vida segue… Neste ano, não estávamos muito felizes com o Palmeiras atual e o nosso técnico também não parecia andar muito entusiasmado. Quem sabe, numa outra vez, em uma outra volta, as coisas funcionem melhor.

Hoje, dissemos “Tchau” para o Cuca e “Oi” para o Valentim… É ele quem assumirá o Palmeiras no restante do campeonato…

Desejo muito sucesso para nosso novo técnico. Que sejam 11 vitórias até o final do ano.  E, quem sabe, seja ele mesmo quem comandará o time em 2018.

Nós estamos aqui, e no Allianz, para torcer e vibrar com ele e com o time, para apoiá-los, como fizemos com Cuca e com todos os outros que comandaram o Palmeiras antes dele. E é assim que tem que ser.

BOA SORTE, SÃO VALENTIM! E MÃOS À OBRA!