Sábado à noite… quase 30 mil pessoas no Pacaembu… Palmeiras x Grêmio  – o time grande, do técnico “isso” “aquilo” (ultrapassado?); do mimimi “Barcos vendido” pra lá, mimimi “Barcos vendido” pra cá… um time do G4…

Uma festa linda, em verde-e-branco… Uma balada de sábado à noite só para palestrinos…

Fiquei pasma ao ouvir a torcida gritar: “Não é mole não, o Felipão afundou a Seleção”. Gritei também; virou adversário é assim mesmo.

O jogo mal tinha começado, e vimos João Pedro descer pela direita e cruzar pra área, o Mago fazer um corta-luz sensacional (nem a Eletropaulo corta luz tão bem quanto ele), e Cristaldo, na cara do gol, chutar por cima. Deus do céu! levantou a bancada toda! Era Dia de Palmeiras mesmo!

Na TV (eu vi depois), o comentarista (Mr. Magoo, é você?) nem viu que foi Cristaldo quem chutou, e meteu o pau no Henrique – ele só se daria conta do engano 15 minutos depois.

E então, a nossa festiva e alegre torcida começou a ver a partida tomar uns rumos estranhos… Felipão, com a sua tática ultrapassada, colocara o time em campo para quebrar os palmeirenses, Valdivia principalmente. E a arbitragem lhe concedia alvará.

E se tivesse dependido da arbitragem, o Grêmio teria vencido – isso é muito sério, e tem acontecido muitas vezes com o Palmeiras ao longo deste campeonato.

Sandro Meira Ricci deixou o Grêmio abusar da violência. Demorou para expulsar Barcos, deixou de expulsar o violento Fellipe Bastos, deixou de expulsar (por que não?) Pará, que agrediu Cristaldo, deixou de assinalar o braço na bola, dentro da área, de Geromel… e, no comecinho da segunda etapa inventou uma penalidade para o Grêmio. Jogou pouco o juiz, né? E ao final da partida, pasme, os jogadores do Grêmio e até a imprensinha, sairiam falando que o Palmeiras tinha sido beneficiado… só se foi pelos gols de Mouche e João Pedro.

Vejamos…

Com 8′, Fellipe Bastos atingiu Valdivia, por trás, na cara do juiz, e nada de cartão. E já era a segunda pegada desleal que ele dava no Mago. O juiz só advertiu o jogador (imagina se fosse o contrário?). Trinta segundos depois, o mesmo Fellipe Bastos faria uma outra falta, dura, dessa vez, em Victor Luís. E só então o juiz lhe deu amarelo. Graças a Sandro Meira Ricci, o jogador do Grêmio já estava no lucro, assim como o seu time. O narrador ria e dizia: “ele não perde a viagem”, “já gastou todas as fichas com o Sandro Meira Ricci”; o comentarista, de pronto, disse que “o cartão foi merecido”. E não tinha como não ser, né? Duas faltas desleais, no intervalo de 30 segundos…

A torcida via o Palmeiras buscar o gol, jogar melhor no meio campo, mas o Grêmio queria bater, e o juiz deixava. Jogada do Palmeiras  na entrada da área, Henrique foi obstruído por Pará, e Sandro Meira Ricci nada marcou; “Mr. Magoo”, o comentarista, disse que não foi nada. Vai vendo… e tínhamos só 10′ de jogo…

Lúcio e Barcos se estranham,  batem boca, e os dois levam cartão amarelo.

Jogo pegado, o Palmeiras melhor, a torcida fazendo um barulho danado, jogando com o time…

Cristaldo foi agredido por Pará, e o juizão… nada! Na TV diriam que foi enrosca-enrosca (toma vergonha, imprensinha!)… veja na imagem abaixo, como o Pará se esticou todo, pra “se enroscar” no Cristaldo. Poderia um palmeirense se “enroscar” assim com um adversário, sem ser expulso? No Pacaembu a torcida ia à loucura com a arbitragem tão favorável ao Grêmio.

Pará-agressão

Mas, se você ler as notícias, nem saberá que Pará agrediu Cristaldo.

Pará-erra-o-drible

Valdivia, caçado em campo, apanhava de tudo quanto era jeito, Outros palmeirenses também sofriam faltas duras. Felipão ainda não aprendeu que isso não funciona mais…

O Verdão fazia boas jogadas… Valdivia com Cristaldo; Wesley arriscando de longe e a bola passando pertinho… João Pedro cruzando com perfeição e Cristaldo quase guardando de cabeça… A torcida, apesar de furiosa com Sandro Meira Ricci, que liberara as pancadas gremistas, gostava do Palmeiras que via, e não parava de cantar. Lindo demais!

Fellipe Bastos continuava batendo impunemente. Deu uma pegada criminosa em Valdivia (chutou a canela direita do Mago e deu uma joelhada na coxa esquerda, tirando o jogador do chão) e o juiz só marcou a falta. Já era a quarta dele  no Mago. “Mr. Magoo” diria que o juiz não expulsou Fellipe Bastos nesse lance, porque ele exagerara no amarelo dado anteriormente ao jogador do Grêmio. Como assim, Mr. Magoo, você não tinha dito que o cartão foi merecido? Exagero é um jogador tão violento ficar em campo. A imprensinha sendo condescendente com a pancadaria do Grêmio, aliviando pro brucutu Fellipe Bastos, e legitimando a péssima arbitragem de Sandro Meira Ricci, que deixava o Fellipe Bastos bater à vontade, mas já tinha amarelado Valdivia por reclamar das botinadas.

Fellipe-Bastos-chuta-Valdivia

 

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Em meio à pancadaria, o Palmeiras jogava futebol. Victor Luís cobrou falta… e a bola tirou tinta da trave! O gol palestrino era questão de tempo…

Felipão, vendo que Fellipe Bastos exagerava na violência, e que talvez a cumplicidade do árbitro não durasse pra sempre, acabou tirando o “açougueiro” de campo aos 28’… do primeiro tempo!!! Até Felipão achava que ele estava merecendo ser expulso, menos a arbitragem, o narrador e o “Mr. Magoo”.

E se não tem tu, vai tu mesmo… Saiu o açougueiro, ficou o mecânico. Ramiro acertou Valdivia, por trás, pra estourar seu tornozelo (e o juizão vendo tudo e fazendo nada) – desse jeito, o Mago vai ter que trazer um fisioterapeuta de Júpiter, porque só o de Cuba não vai dar conta.

Ramiro-agride-Valdivia

É criminoso o que fazem com Valdivia em campo, e mais criminoso ainda é ter comentaristas que justificam às caçadas ao Mago, as agressões, dizendo que ele se joga, que provoca. Provoca como, com a beleza do seu futebol? Fosse hoje, diriam que Garrincha deveria entrar na porrada? Que era folgado, que provocava? Neymar merece ser quebrado em campo? O futebol arte de Valdivia, parado na botinada, e com o consentimento dos árbitros; o futebol arte indignando os “profissionais” de imprensa… Mas não é aqui o País do Futebol? E ter talento é crime agora? Se o talentoso jogar no Palmeiras, é crime sim. E inafiançável!

Barcos, que já tinha amarelo, fez uma falta feia em Tobio, e o juiz, que tinha que ter expulsado o milongueiro nesse lance, deixou passar – os árbitros nunca são “tolerantes ” assim com os palmeirenses. Por que será? Na transmissão da TV, sem criticar a deslealdade de Barcos, “Mr. Magoo” diria apenas que “era duelo de argentinos”. E, por isso, um dos argentinos pode quebrar o outro?

Barcos-entrada-desleal-em-Tobio

E a torcida, enfurecida, gritando “Ei, juiz, vai ….”, constatava que o “modus operandi” da arbitragem contribuía para o Palmeiras ser minado nas suas forças e para o adversário se encher de gás – essa dinâmica tem se repetido em quase todas as partidas do Verdão. A gente quase morria de raiva na bancada. Na TV, “Mr. Magoo”,  afirmou que Barcos deixou o pé, e depois disse que ele atingiu meio sem querer. Quem deixa o pé, deixa porque quer deixar, né?

Logo em seguida, num ataque do Palmeiras, Geromel deu um carrinho em Victor Luís, na linha de fundo, e a bola foi interceptada pelo seu braço. O juiz não marcou nada. O “poste” de linha de fundo nada viu (quando é para desmarcar penalidades do Palmeiras eles veem até o que não viram); O comentarista disse que não foi nada, que para dar carrinho o jogador tem que por a mão no chão mesmo (Mas parou a bola, né?).

Geromel-para-a-bola-no-braço1

No último minuto, Henrique, de cabeça achou o ângulo, mas o goleiro conseguiu espalmar.

No futebol, o Grêmio, do G4, não dava nem pro cheiro mas a arbitragem o ajudava demais. Nosso coração jogava com o Verdão e tentava ficar imune à raiva que o árbitro nos fazia sentir.

No começo da segunda etapa, o Palmeiras veio pra cima, e o Grêmio tratava de se defender . Mas, aos 8′, o juiz, o mesmo que nada vira no toque de Geromel, achou uma bola no braço de Valdivia e marcou pênalti.

mão-na-bola-Grêmio

pênalti-inventado-Sandro-Meira-Rici

O comentarista disse que era pênalti claro, que “Valdivia foi imprudente”, “subiu com braços abertos, o que ele vai fazer com braços abertos?” (Será que o comentarista consegue saltar, pegar impulsão para sair do chão sem abrir os braços, sem usá-los para impulso e equilíbrio? Percebe a diferença do comentário que inocentou Geromel, e do que incrimina Valdivia?) Comentário venenosinho… Barcos, que nem deveria estar mais em campo, desde quando atingira Tobio, cobrou a penalidade e abriu o placar, e acho que só não foi comemorar com o juiz porque ficaria chato.

Em desvantagem, o Palmeiras, mesmo jogando mais que o Grêmio, teria que superar a violência do time do sul e a arbitragem, pra lá de tendenciosa, se não quisesse sair derrotado.

Juninho mandou a bola na área, mas o zagueiro mandou pela linha de fundo; escanteio cobrado por Victor Luís, e Valdivia quase faz de cabeça…

Barcos deu uma pegada desleal em Cristaldo (Cristaldo anda apanhando bastante também), na lateral do campo, e foi tardia e merecidamente expulso. O melhor de tudo foi vê-lo saindo de campo, sendo devidamente “homenageado” pela parmerada toda: Ei, Barcos, vai …..!!! Tchuuuuupa, Tamoxunto!

Barcos-pegada-Cristaldo

Barcos-expulso

 

Aos 20′, Dorival sacou Juninho para a entrada de Mouche…

Aos 22′, Mouche incendiava o Pacaembu… Na cobrança de falta, o Mago (que partida fazia El Capitán) levantou a bola na área, Henrique tocou, e o predestinado Mouche, encobrindo todo mundo, guardou!! Tchuuupa, juiz!

Que emoção, meu Deus! A torcida, enlouquecida de alegria, via o Mouche, mais enlouquecido ainda, sumir no abraço dos seus companheiros. Na bancada. todo mundo se abraçava também. Poucas coisas na vida são tão redentoras quanto gritar um gol do seu time. Eu não conseguia conter a emoção, as lágrimas, deliciosas, vinham comemorar o gol também.

O Pacaembu inteiro – até o Grêmio – sabia que o Palmeiras ia buscar a vitória, o Pacaembu inteiro sentia que, comandado por Valdivia, protegido por Prass, e no empenho do time todo, o Palmeiras que víamos ali, tinha a alma daquele nosso Palmeiras, tão amado e conhecido, e com o qual tanto sonhamos nesses tempos difíceis.

Seis minutos depois do gol, um passe “daqueles” do Mago, encontrou Mouche na área, e ele quase fez o segundo…

E se o Pacaembu ‘ardia em chamas’ desde os 22′, o garoto João Pedro faria o estádio explodir aos 29’… nossa criança, de 17 aninhos, e futebol de 27, pegou uma sobra fora da área, dominou, avançou com a bola, driblou o adversário e, ainda de fora da área, meteu a bola na rede do Grêmio, no cantinho do goleiro, e decidiu a partida. GOD BLESS THE CHILDREN!!

Pode acabar juiz, pode roubar (mais) também se quiser, hoje, ninguém tira esses três pontos do meu time!

O Palmeiras comandava a partida, tocava a bola…

Valdivia desceu pela esquerda, cruzou fechado, e o goleiro precisou de dois tempos pra defender… Valdivia dominou a bola na linha de fundo, parecia segurar o jogo, mas  entrou na área e encheu o pé, a bola desviou no zagueiro e quase sai o terceiro. Dá-lhe, Mago!!

O tal Ramiro (o cara-de-pau sairia reclamando do juiz ao final do jogo), que já tinha dado uma pegada desleal em Valdivia, levou um chute no vácuo e desceu o sarrafo nele, e só então, quando deveria estar recebendo o segundo amarelo, foi que levou o primeiro. O estádio (quase) inteiro gritava: Eô, Eô, o Valdivia é um terror!! E o Mago foi ovacionado, de novo, quando deu lugar à Bernardo.

E então, o juiz (desistiu) encerrou a partida. Uma partidaça do Palmeiras. Uma partida (mais uma) em que ele teve que vencer o time adversário e o time do apito e das bandeiras…

A torcida, com sorrisos enormes, aplaudia o Palmeiras, comemorava feliz, saía cantando. E o Imortal… ah, esse estava mortinho da Silva…

VALEU, PALMEIRAS!

“Eh, ôô, vida de ganado, pueblo marcado… ê… pueblo feliz” 

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Um jogador, “muy amigo” nosso, que foi para o Sul atrás de visibilidade e, praticamente, sumiu por lá, agora vê que até mesmo o salário anda sumindo (verdade seja dita, nossa péssima diretoria anterior “queimou” o dinheiro do clube e também atrasou seus salários). O Grêmio gastou muito dinheiro na montagem do time, que começou a ser feita pelo “pofexô e engenheiro de pojetos” Luxemburgo (graças a Deus o Palmeiras não o quis), acabou não ganhando nada, e agora se vê com dificuldades para pagar os salários. Isso acontece, mas não deveria – essa história de gastar mais do que pode, não garante títulos e, quando eles não vêm, a coisa começa a desandar.

O próprio Barcos, nosso “muy amigo”, admitiu que há atraso:

“O grupo teve reunião com a diretoria sobre esse tema. Aqui tem 30 ou 40 profissionais que trabalham com esta situação. O Grêmio é um clube que, historicamente, nunca teve problema. Hoje está passando por uma dificuldade. Seria injusto da nossa parte, nós temos que abraçar. Está atrasado sim, mas o grupo acredita no clube. Eles vão nos dar por escrito uma garantia. O primeiro dinheiro que entrar será dos funcionários com salários atrasados e depois para os jogadores.”

Reparem que “Está atrasado sim, mas o grupo acredita no clube. Eles vão nos dar por escrito uma garantia”. Isso é que é acreditar no clube! O grupo acredita, mas vai querer a garantia por escrito…

Dureza, hein Tamoxunto?

Sumiram os gols, a visibilidade, as convocações pra seleção e, agora, até o salário…

Mas não liga, não, cara. TAMOXUNTO!  

Esperei terminar a rodada para publicar e terminar esse texto, pois eu acreditava que a imprensinha seria surpreendida, e mais gente, além do Palmeiras e do adiantadamente desclassificado São Paulo,  acabaria tendo que ver a Libertadores no sofá… Mas não imaginei que teria que fazer dois textos em um…

– PRIMEIRA PARTE

Na terça-feira, no Pacaembu, a gente, que já tava com medo de ter que encarar o Galo na rodada seguinte (torcedores são assim), teve que encarar um frango… tão indigesto, que desarranjou o time todo. Depois dele, a história do jogo mudou… pelo menos, no primeiro tempo.

Claro, que é muita leviandade e injustiça culpar um único jogador quando se tem mais dez em campo; claro que, se Bruno falhou feio naquele lance, e falhou mesmo – até agora não entendi como ele conseguiu tomar aquele gol – nossa zaga falhou antes que o mexicano chutasse a bola que Bruno aceitou; claro, que Henrique também falhou na jogada do segundo gol do Tijuana – dar rebote pro meio da área, não pode  -; claro, que, jogando o tempo todo de costas pro gol,  Kleber teria muita dificuldade para mandar alguma bola na rede; claro, que as faltas, cobradas  horrivelmente por Souza – por que o Ayrton, que mandara uma na trave, não continuou cobrando depois? -, também nos atrapalharam; claro, que todos aqueles passes errados do Palmeiras estão na conta dessa derrota; claro que a falta de raciocínio rápido de nossos jogadores, em jogadas na cara do gol, também ajudaram a trazer a desclassificação… claro, que se o Ronny estivesse no banco, poderia ter entrado no time; claro, muito claro, que as arbitragens no México e em São Paulo foram decisivas, e, praticamente, “escolheram” o time a ir para a outra fase; então, é obvio que o Bruno não pode ser responsável pelo desempenho ruim do Palmeiras e, muito menos, pela desclassificação. Isso é mérito de um monte de gente…

Mas, é claro… que o nosso mundo ficou escuro…

Até imaginávamos que, mais cedo ou mais tarde, nossa participação na competição seria abreviada… mas estava tão gostoso desafiar a Lei das Probabilidades, e nenhum daqueles milhares de torcedores, que entraram tão felizes no Pacaembu, imaginava que seria naquela noite. E o pior de tudo é sabermos que o outro time não foi superior às nossas maiores possibilidades, muito pelo contrário, o time do Tijuana é horroroso, e fomos nós que ficamos aquém das nossas menores possibilidades.

Apesar de não termos saído com a vitória do México graças à uma garfada da arbitragem, a partida aqui nos era favorável e já tínhamos mandado até uma bola na trave. O Tijuana não jogava p…. nenhuma, e, às vezes, tinha os seus onze jogadores dentro da área, defendendo. Mas o Palmeiras não conseguia furar a retranca mexicana.  Além disso, o Tijuana fazia muitas faltas, algumas bastante violentas, fazia uma cera absurda, que ia muito além do que chamamos ‘catimba’, e o juiz, que tem a obrigação de coibir esse tipo de coisa, nada fazia.

Mas o fato é que aquele  frango que Bruno tomou – senti tanta pena dele por isso -, acabou com o moral do time, deixou todo mundo meio perdido, inclusive a torcida. Ninguém contava com aquele gol, acho que nem mesmo os mexicanos. Até agora não entendemos como uma bola, fraquinha, ‘facinha’, que parecia já estar nas mãos do goleiro, acabou entrando no gol. Que cacetada! Com o gol tomado, teríamos que fazer dois. E tudo mudou a partir dali…

Mas, ainda assim, nada desculpa o fato de termos ficado tão desestabilizados diante de um adversário tão ridículo. Com frango ou não, era para termos assimilado o golpe, ido pra cima dos mexicanos  e aproveitado o tempo que restava, que era muito. Mas a primeira etapa foi irritante, pela cera exagerada; pelo  nosso time, atordoado; pela arbitragem, parcial,  que encerrou o primeiro tempo quando o Palmeiras tinha um escanteio a ser cobrado; arbitragem que, mais tarde, ia fazer coisa pior…

Durante o intervalo, os torcedores já tinham olhos pisados, já evitavam encarar uns aos outros… Era uma sensação tão ruim a que eu tinha comigo e eu não conseguia aliviar aquele peso no coração…

Foi então, que vi o goleiro Bruno voltando do intervalo, sozinho, antes do time… E enquanto ele caminhava pelo gramado, de cabeça erguida, em direção ao gol das arquibancadas, em direção à torcida, desapontada por uma falha sua, o peso no meu coração se transformou em lágrimas. Era triste pelo que tinha nos acontecido, triste pelo Bruno, que, até ali, devia estar se sentindo o responsável pela desclassificação do seu time de coração. Era injusto pra ele e pra nós, mas, por outro lado, aquela atitude do Bruno me pareceu linda, de uma grandeza tocante; grandeza, tão peculiar aos palmeirenses.

Acho que eu não teria tido a coragem dele. A torcida entendeu o que aquilo representava, ou então, apenas tentava lhe incentivar para o segundo tempo, mas o fato é que ela gritou seu nome, lhe deu o seu apoio. Eu só conseguia chorar…

No segundo tempo, o Palmeiras voltou com Souza em lugar de Wesley; já o Tijuana voltou com a caixa de ferramentas mais aberta ainda e fazendo cera escandalosamente. Se o piso do Pacaembu fosse de madeira, teria ficado brilhando com tanta cera. O juiz, que já poderia ter expulsado uns dois mexicanos, se contentava apenas em amarelá-los. A torcida, por sua vez, ‘voltou’ cheia de esperanças.

Mas uma falha de Henrique (grandes zagueiros também falham), que rebateu uma bola para o meio da área, facilitou o segundo gol mexicano e chacoalhou as nossas estruturas. Se com 1 x 0 já era difícil… Os torcedores, incrédulos, se olhavam como a se perguntar: O que é isso que estamos vendo?

O Palmeiras procurava a reação e quase marcou com Henrique (ele tava no ataque!), minutos depois, aos 16′, o jogador mexicano colocou a mão na bola dentro da área e o juiz marcou o pênalti.

Confesso que não vi a cobrança, fiz a mesma coisa da final da Copa do Brasil, quando Valdivia ia cobrar a penalidade. Com o coração apertado, olhei pra cima e fiquei só esperando a torcida gritar, rezando para que ela gritasse…e ela explodiu em alegria! O Tijuana sentiu o gol,  o Verdão ainda tinha tempo suficiente para buscar o empate e  até a virada. A alegria voltava, a torcida inflamava! Meu coração queria tanto acreditar, que acreditava!

Três minutos depois, a história da partida teria mudado completamente. Kleber recebeu cruzamento na marca do pênalti e cabeceou para o gol. Era o empate do Palmeiras, o segundo gol em 3 minutos, e ainda faltavam 20 para fazermos o terceiro. Era a festa no coração do torcedor! Que alegria imensa a gente sentiu naquela pequena fração de tempo em que a bola tocou a rede… O Tijuana, que já não passava mais do meio de campo, não iria aguentar. Mas, acreditem, a arbitragem, alegando impedimento, QUE NÃO EXISTIU, anulou o gol do Palmeiras, minou a nossa chance de reagir, interferiu no resultado da partida, como já havia acontecido no México. E o jogo acabou 2 x 1 pros mexicanos, e eles ficaram com a vaga. Mais uma vez, o apito tinha um papel importantíssimo num mau resultado do Palmeiras.

Pretendia incluir os resultados dos jogos dos dois dias seguintes e terminar o texto aqui. Mas não fui capaz de deixar tantas coisas por dizer…

– SEGUNDA PARTE – LA JUSTICIA ES AMARILLA

Naquela noite de terça-feira, e durante o dia seguinte, todo mundo (jornais, rádio e TV) só falava na desclassificação do Palmeiras, que, segundo a imprensa se devia à falha de Bruno. Ninguém, MAS NINGUÉM MESMO, atribuía a desclassificação do Verdão aos dois grandes prejuízos que as arbitragens lhe impuseram na partida do México e na de São Paulo. “Libertadores é isso”, diziam alguns.

Na noite de quarta-feira, o time que a mídia considerava favorito ao título, aquele, que conseguiu mudar o árbitro que tinha sido escalado para a partida, e agora reclama dele, se estrepou diante do Boca, fechando a conta dos clubes paulistas fora da Libertadores. Bambis e gambás saíram na mesma fase que o time da segunda divisão, mas que coisa, hein?  O Corinthians, dono do Apito-amigo por uso capião, e que tomou um golaço de Riquelme numa falha do adiantado Cássio (valeu, hermano!), teve um pênalti a seu favor, não marcado, e um gol legítimo anulado – isso não te lembra algo, não te lembra uma uma outra disputa às quartas-de-final no dia anterior? Mas a do dia anterior, todo mundo esqueceu, a imprensa “não viu”, as TVs não mostravam mais, só os lunáticos palmeirenses é que se lembravam dela.

E foi um escarcéu porque os gambás foram prejudicados! Prejudicados uma vez entre ‘trocentas’ em que são ajudados! A Rede Globo, esquecida dos muitos campeonatos que o Corinthians já ganhou no apito, “esquecida” da lavagem de dinheiro que comprou o Brasileirão de 2005, esquecida do Castrilli, do Dulcídio, do Rui Rei, das escutas telefônicas, das últimas colocações nos campeonatos e os arranjos para permanecer na série A, do tira-teima editado, do Márcio Rezende de Freitas, do Simon, do PCO e tantos outros… esquecida do ex-árbitro Gutemberg, que acusou a Comissão de Arbitragem de induzir os árbitros ao favorecimento aos gambás…  A Globo, esquecida de tudo, até mesmo da ética e da conduta jornalística isenta, esqueceu também para qual time fora criada a expressão “apito-amigo” e porquê… e alçou o time à condição de vítima única das arbitragens no país e o juiz, Amarilla, à condição de vilão (como pode o Corinthians brigar com um árbitro, se, há muitos anos, têm sido os árbitros os seus melhores jogadores?)

A Vênus Platinada ficou tão indignada, que, enquanto mostrava imagens da torcida, tão ‘ordeira’, dentro do estádio (para uma TV que levanta bandeiras contra o preconceito, é estranho que sejam feitas tomadas só de torcedores brancos), “esquecia” de mostrar as brigas e selvagerias da torcida corintiana do lado de fora do Pacaembu – ela simplesmente fez que não aconteceu. Não fosse a Record mostrar, ninguém saberia que elas existiram, porque a Globo  escondeu as brigas, como esconde os erros de arbitragem sofridos pelo Palmeiras, por exemplo – os lances somem dos vídeos.   Ela manipula a informação de acordo com os seus interesses e só mostra aquilo que ela quer mostrar. Divide uma verdade ao meio, ou em muitas outras partes e apresenta ao telespectador a que melhor lhe convier.

Ao final do jogo, enquanto a Globo te mostrava isso…

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… ela deixava de te informar que, lá fora, na praça em frente aos portões de entrada do Pacaembu, acontecia isso:

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E foi um festival de informação sobre todas as “celebridades” que se ‘sentiam insultadas’ com o que tinha sido feito ao pobre time do BolsaApito. Só não foram pedir o apoio e um depoimento do Papa sobre o “escândalo da arbitragem”, porque ele é argentino.

E qual a diferença dos erros que prejudicaram o Corinthians e dos que prejudicaram o Palmeiras, ou dos que prejudicam tantos outros clubes? Resposta: A HIPOCRISIA DA MÍDIA!

Confira o pênalti que possibilitaria ao Palmeiras sair com a vitória do México e jogar por um empate em São Paulo:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=FWrJsjG6Lh0[/youtube]

Confira o impedimento sem-vergonha, mandrake, que impediu o Palmeiras de empatar a partida, três minutos depois de ter feito o seu primeiro gol; que impediu o Palmeiras de jogar os 20 minutos restantes, com mais tranquilidade, contra um adversário já encolhido, com a sua torcida inflamada, e com amplas possibilidades de marcar o terceiro e até o quarto gol, suplantando assim, o prejuízo no apito, que tivera lá no México.

Kleber, que fez o gol, está atrás do defensor do Tijuana, e nunca esteve impedido, e Henrique, que está mais à frente, EM MOMENTO ALGUM PARTICIPOU DA JOGADA. Além disso, NÃO HAVIA NADA QUE IMPEDISSE O BANDEIRINHA DE VER QUE NÃO HAVIA IMPEDIMENTO. Ele não viu porque NÃO QUIS VER!

ImpedimentoMalMarcado-Kleber

ImpedimentoMalMarcado-Kleber1

E NENHUMA REDE GLOBO FEZ ESCÂNDALO POR ISSO! Não houve cartinha da Brahma… Não houve o SBT levando ao ar um editorial (vejam só!) para dizer que a Libertadores tinha sido manchada, fazendo um desagravo à Conmebol em favor da “nação gambá”; não houve o Sportv mostrando a partida e os erros da arbitragem, durante uma tarde inteira…

Não houve dirigente dizendo que o juiz estava encomendado, que precisava levar uns tapas na cara. Belluzzo, em 2009, pegou um gancho enorme por chamar Simon de safado. Agora chamam o juiz de Corinthians e Boca de desonesto, (quem aceita uma encomenda para favorecer um time, é o quê?), e quer apostar que nada vai acontecer?

Não houve nenhuma indignação que o time mais vencedor do Brasil, fosse alijado de uma competição graças ao apito; assim como esse mesmo clube teve a omissão da mídia quando o apito foi fator preponderante ao seu descenso…

A mídia não se indignou e nem saiu em sua defesa em 2012… nos programinhas de TV ninguém falou nada sobre a injustiça de um time ser prejudicado em tantas partidas num mesmo campeonato. Ninguém o defendeu do erro de direito, nem do delegado da CBF, torcedor do Coritiba, influenciando na anulação de um gol seu…

Assim como ninguém defendeu o Palmeiras na Libertadores de 2000 e de 2001, quando ele foi roubado escandalosamente. Quem não se lembra de Ubaldo Aquino? Nenhuma emissora de TV, nenhum jornal, nenhum programinha esportivo se sentiu indignado por isso. Aí, não estava a Libertadores sendo manchada… POR QUÊ? Qual a diferença? De novo eu respondo: A hipocrisia de um bocado de pessoas, a falta de profissionalismo de um bom número de “profissionais” da informação é que fazem a diferença. MA$ $ERÁ QUE É $Ó I$$O ME$$$MO?

É como se, para o Palmeiras, fosse legítimo o direito de ser roubado. Um pênalti não marcado e um gol anulado ‘são coisas do futebol’, dizem os “jornaleirosh”. Como já disse aquele o escroto do Tite, quando seu time foi favorecido, “os árbitros erram pros dois lados”. Mas só quando seu time é ajudado, que esse clichê é válido, não é Tite?

No Brasil de hoje, está instituída a mentira. A TV faz o mau político parecer bom, em troca de polpudas propagandas feitas pelo governo; a mídia decide qual é o time que vai fazer parecer maior do que é, e qual vai parecer menor, decide o número de torcedores que cada clube possui; faz você pensar que a contusão do seu jogador é falta de caráter, enquanto a do jogador do outro time é um só um desconforto e que ele é uma vítima de zagueiros carniceiros; os comentaristas desmentem imagens, desmentem o óbvio; e, enquanto isso, as novelas mostram à população que é muito bacana morar na favela, não ter educação, nem instrução… que o modelo “biscatinha” é o que é mais engraçadinho e divertido para uma mocinha adotar; que as diferenças entre as pessoas devem ser resolvidas no tapa, nos puxões de cabelo, na baixaria, berrando no meio da rua; que é legal trapacear para se dar bem…

Onde isso tudo vai parar eu não sei, mas nós não podemos aceitar passivamente que pensem por nós, que pensem por nossos filhos, que enfiem em nossas cabeças que é certo o que é errado… Lá na frente, as pessoas descobrirão que o tamanho do prejuízo é muito maior que uma desclassificação num campeonato de futebol, do que ter baixos índices de audiência…

Pense nisso…

Ah, e antes que eu me esqueça! Parabéns, Tamoxunto! Você conseguiu mesmo o seu intento de ir mais longe na Libertadores e de ter mas visibilidade no falecido “imortal”. Teve uma quarta e quinta-feira inteirinhas para isso… TCHUUUPA!

Foi como uma bomba caída sobre nossas cabeças… No dia seguinte à declaração de Brunoro de que não havia possibilidade de Barcos sair por causa da dívida com a LDU, o jogador acertou com o Grêmio. E a gente ficou de bobeira…

Eu não sei quem tem razão, quem acertou/errou e onde acertou/errou, se é que alguém acertou/errou, mas, no dia seguinte, eu chorei vendo o Barcos na TV…

Situação estranha, de amor e ódio. Nosso centroavante, tão querido, talentoso, de futebol lindo e aguerrido; aquele,  de quem enchemos a bola já na estreia – antes mesmo de sabermos como ele se sairia em campo -, aquele, que já fazíamos ídolo, pra quem fazíamos a saudação pirata, pra quem demos tanto carinho, e que não queríamos que saísse, de jeito nenhum, foi embora… e o que é pior, ele quis ir.

O que fazemos agora com as ‘juras de amor’, com o #tamojunto e as ‘fotografias na gaveta’? Como vamos olhar aquela camisa 9 que leva o seu nome guardada no armário?

A parte torcedor de cada um de nós, que não consegue entender o que aconteceu, está arrasada, se sentindo traída… e vai ter que assimilar a porrada de ter que vê-lo com a outra “namorada”, de vê-lo com outras cores… Ele agora é o ex…  A gente xinga esse ex de tudo quanto é nome, diz que a nova namorada dele é feia, gorda, burra, tem a b*%nda caída e, ainda assim, continua morrendo de dor de cotovelo e chorando escondido, com o coração doendo de saudade. Afinal, o Pirata era nosso, e nos orgulhávamos disso.

Mas, sejamos racionais e francos; desde o ano passado, sabíamos que ele queria sair, que ele não queria, e não iria jogar a série B de jeito nenhum, por medo de perder a visibilidade (vira e mexe tinha um papo rolando sobre isso) e não ser mais chamado pela seleção argentina. Visibilidade que o Palmeiras lhe proporcionou – se não tivesse vindo pra o Palmeiras, não teria vestido a camisa da seleção argentina nem a pau. Estava até se naturalizando equatoriano para poder jogar na seleção de lá. Será que Barcos passou a se achar o último tango do bordel?

Segundo Brunoro, o atleta tinha pedido para ser informado de qualquer proposta que chegasse, o que nos leva a pensar que ele estava mesmo interessado em se transferir. O Grêmio fez a proposta, o Palmeiras a repassou ao jogador, ele gostou e a aceitou rapidinho… assim como poderia ter recusado (Valdivia já recusou várias). Isso é que doeu mais. Nós queríamos que ele tivesse recusado, queríamos que tivesse havido uma maneira dele ficar, queríamos que Brunoro tirasse um ás da manga e não deixasse o Pirata ir embora. Mas nada disso aconteceu…

Elogiávamos tanto a frieza de Barcos na área e, agora, nos lamentamos que ela estivesse presente também na hora de negociar. Mas ele é um profissional, que escolheu o que imagina ser o melhor pra ele, pra sua família e carreira.  Só achei que ele não precisava vir com esse blá blá blá de “querer ajudar o clube que está em situação financeira difícil”, afinal, não pensou nisso quando aceitou aumento há uns meses atrás.

E, por falar em aumento, nossos problemas atuais começaram quando Tirone ofereceu um aumento pro jogador e depois o deixou sem receber. Quatro meses de salários não pagos, que davam ao atleta a possibilidade de entrar na Justiça contra o Palmeiras. Corríamos, sim, o risco de perder o jogador sem ganhar um centavo. Tirone deixou o Palmeiras quebrado, sem nem mesmo poder contar com algumas receitas, recebidas em adiantamento, na gestão anterior. E o fanfarrão ainda queria contratar o Riquelme!

Resumo da ópera: Barcos não queria jogar a série B, já tinha dito isso antes. No entanto,  imaginamos que ele ficaria ainda um tempo aqui, por causa da vitrine da Libertadores. Só que o Grêmio carimbou a sua vaga na competição…

E em meio à tantas especulações e à tanta falta de informação, confesso que me questionei… Porque o Palmeiras não disse ao Grêmio: Quer o Barcos? Paga e leva. Ou ao Barcos: Quer sair? Paga a multa e vai com Dios! Nós é que tínhamos a mercadoria valiosa que o outro tanto queria. Mas sou obrigada a reconhecer, não estávamos em posição de dar as cartas, de bater o pé com o atleta, e ele e o Grêmio sabiam disso.

Apesar da tristeza imensa de perder o Pirata, a negociação, a princípio, parecia boa. Já que a saída era inevitável, o Palmeiras receberia 5 jogadores para “engordar” o elenco “magrinho”, as dívidas com Barcos (2 milhões e 150 mil reais) e com a LDU (1,5 milhão de reais) seriam pagas, e o Palmeiras ainda ficaria com alguns milhões. Computando os custos dos jogadores (ainda que a maioria seja por empréstimo, isso tem um custo), me pareceu o melhor que se podia arranjar.  Eu sei que estávamos perdendo um ótimo jogador, titular, querido; sei que estávamos reforçando um time rival na Libertadores e recebendo jogadores reservas desse rival, mas, com o rombo deixado pela gestão anterior, com as dívidas com Barcos e com a LDU, como dificultar a saída de quem estava com a faca e o queijo na mão? Como cobrar a multa de 70 milhões, se Barcos estava com 4 meses de salários atrasados? Não tínhamos muita escolha, e saber isso é que me faz não querer estrangular alguém.

De repente, o que nos parecia ter sido a melhor opção, virou um pesadelo. Já não bastava a dor da perda, veio a recusa de Marcelo Moreno e as declarações ridículas e ofensivas ao Palmeiras, por parte do seu pai, que jura que é pai de um  “Cristiano Ronaldo”, versão boliviana, que é reserva do “Louro” José no Grêmio e reserva na “poderosa” e “vitoriosa” seleção da Bolívia (e depois, o fracassado é o Palmeiras). O tal pai, prepotente e imbecil, virou a sua artilharia para o Palmeiras quando, na verdade, quem desvalorizou o “Cris”, fazendo dele moeda de troca, fazendo-o valer uma ínfima parte do valor do passe de Barcos, foi o seu próprio clube, o Grêmio. O pai do moço tinha que ter ficado bravo lá com os gaúchos.

A partir disso, virou um caos, com todo mundo atirando pra todo lado e se perguntando: Como entregamos o Pirata, sem ao menos ter acertado com os jogadores que viriam pra cá? Que difícil aceitar uma mancada dessa justo de Brunoro, cuja contratação foi pedida por 12 entre cada 10 palmeirenses.

E então, o que era certo, passou a ser errado. Nas bocas de muitos, as pessoas corretas, passaram a ser incorretas… passaram a ser incompetentes. E aí, os torcedores, ansiosos por ver o time do Palmeiras da maneira que sonham, passaram a reclamar, a ofender, a acusar (eu também sonho com um time ideal, mas sei que, gostemos ou não, vamos ter que esperar, e a culpa disso não é de quem chegou agora, e sim de quem fez todo o estrago antes)… outros, ainda inconformados com alguns privilégios perdidos, ou, quem sabe, com privilégios antevistos e frustrados, se aproveitaram, e ainda se aproveitam, para colocar mais veneno no coração ferido do torcedor. Até Tirone se achou no direito de fazer críticas! Logo ele, que despachou Pierre para trazer Daniel Carvalho; logo ele que fez contratações inimagináveis, e nunca explicadas, com o São Caetano; logo ele QUE REBAIXOU O PALMEIRAS (tem gente que parece achar isso menor) e, ainda por cima, foi curtir uma praia no dia seguinte.

Talvez pudéssemos ter lucrado mais na saída, inevitável, de Barcos… talvez, tenha sido uma negociação desastrada … talvez tenha sido o que se podia fazer, diante da situação que nos deixou a administração anterior… Talvez tenha sido uma baita mancada  (será que não tinha mesmo outro jeito, Brunoro?)… Talvez…

De qualquer maneira, eu continuo acreditando que os dirigentes querem, sim, acertar; continuo confiando e aceitando que, primeiro, as estruturas do Palmeiras sejam fortalecidas, pra depois se fortalecer o resto. Belluzzo tentou fazer o contrário, ficamos tão felizes e deu tudo errado! Já aprendemos que de nada adianta usarmos uma bela maquiagem, ou postarmos uma imagem photoshopada em nosso ‘perfil de time de futebol’, porque isso serve apenas para enganarmos a nós mesmos.

Não vai ser fácil, e nós já sabíamos disso antes mesmo que alguém ocupasse o lugar de Tirone; o remédio para a cura da doença que consome o Palmeiras há décadas vai ter algumas doses amargas (essa está sendo terrível de engolir)… Mas há de ser com ele que o Palmeiras vai se reerguer.

E, por mais difícil que seja, nós vamos chegar lá!