A TAL DA CLOROQUINA

O mundo nunca nos pareceu tão de pernas pro ar… Cidades vazias… todo mundo, ou quase todo mundo, trancado em casa (um monte de gente precisa continuar trabalhando para que as demais possam estar em casa)… quase tudo fechado, tudo parado… e um vírus rondando e assustando a todos…

E nós, palmeirenses, além do medo e dos problemas dos que precisam trabalhar pra comer e não podem, ainda amargamos uma baita saudade do Palmeiras, saudade de vê-lo em campo, saudade dos dribles, dos gols… de xingarmos os árbitros (que sempre nos metem a mão)…  saudade da pizza de 10 reais na saída do Allianz, saudade do Duduzinho, do Pitbull, do Willian…  do time inteiro,  saudade do grito que explode e ganha os ares quando nossos jogadores balançam as redes… saudade dos amigos, dos abraços nas comemorações -, mas essas coisas não são possíveis agora nesses tempos estranhos e de medo, e só podemos nos contentar com os vídeos dos nossos jogadores treinando em suas casas, ou com vídeos dos jogos antigos…. o vírus chinês causou uma confusão e um estrago no mundo (mas o mercado lá na China continua vendendo morcego)… 

E no Brasil a coisa tem requintes de crueldade… existe torcida para o vírus! 

Algumas pessoas parecem querer que a coisa fique cada vez mais feia por aqui…  

No momento de todo mundo se unir, de se valorizar toda e qualquer iniciativa para combater o  Covid-19, para tratar os doentes e as coisas voltarem logo ao normal, muitas pessoas, muitos ‘colarinhos brancos’ – pensando no capital político que essa situação traz -, e boa parte da imprensa – por interesses outros -, tentam instaurar o pânico na população – trazer o caos -,  levando-a a acreditar que a coisa é ainda muito pior do que parece, que as chances de não infecção são pequenas… que o número de mortos será “esse”, será “aquele” (sempre ampliadíssimos)… Para os adeptos do “jornalismo de necrotério”, no dia 06/04 (ontem), o Brasil  teria 5.571 mortos pelo vírus chinês. Aumentou “quase nada” o site, não é mesmo?  “Só” uns 5.085 mortos a mais… 

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Outros, ainda que os números não sejam assustadores, usam porcentagens apocalípticas para noticiar. Ler que em Rondônia teve mais 5 mortes é uma coisa preocupante, ler que as mortes aumentaram 500% tem um efeito bem mais aterrorizante, não é? 

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E vale qualquer coisa,  até mesmo tirar das pessoas a esperança… de um remédio. Os que torcem para o vírus, torcem contra o remédio que tem salvado muitas vidas. Combatem a cloroquina que, misturada à azitromicina, é o único medicamento disponível, por enquanto, para se tentar curar as pessoas infectadas – na Austrália, estão fazendo alguns experimentos com um outro medicamento, e os resultados são animadores.

E as narrativas vão sendo criadas, as verdades vão sendo distorcidas para caberem nas narrativas mais convenientes… o nível das informações está uma nojeira. 

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Se não é o mesmo medicamento – e isso o leitor só vai ficar sabendo ao abrir (se abrir) a notícia, e lá no final -, por que o título da matéria induz o leitor a pensar que é o mesmo, e ainda cita os presidentes dos EUA e do Brasil? Querem assustar ainda mais as pessoas, para colocá-las contra os governantes, e o pior, colocá-las contra o remédio, que já está salvando muitas vidas, só porque ele é promovido por Trump e Bolsonaro? Se o remédio pode ajudar a salvar vidas, é só isso o que deve importar. Quem o promove é fator irrelevante.

E enquanto tem quem noticie o “remédio natural” com mel e limão para combater coronavírus, sugerido por Maduro, vão atacando a medicação real, a QUE SALVA VIDAS… 

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Dá até a impressão que a medicação não serve pra nada,  não é mesmo? Num momento delicado como o atual, esse noticiar sem mostrar os dois lados da moeda, ainda mais quando o lado não mostrado é o mais brilhante, pode ser chamado de qualquer coisa, menos de jornalismo.

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Como foi bem dito em um artigo do Senso Incomum: “Há muito o que se lucrar com a situação. O caos social gerado pelo medo dá muito capital político para quem só pensa em ter poder”, e esses, que só pensam em ter poder, e que dão a impressão de torcer pelo vírus, parecem ter uma boa parte da imprensa à sua disposição.

Só que a coisa não é do jeito que alguns querem fazer parecer que é…  e a cloroquina está funcionando sim. 

Médico curado, alívio… medicação certa…Pacientes tratados com cloroquina recebem alta da UTI”… “Cloroquina efetiva contra o coronavírus desde 2005″… “Cloroquina confirmada como droga antiviral para Coronavírus”… a coisa tem um lado positivo, a medicação tem sido muito mais bem sucedida do que o contrário.

Os ‘jornalistas do apocalipse’, do quanto pior melhor,  ‘não devem ter tido acesso’ às notícias acima, “tadinhos”, e também não devem ter lido nada sobre o que dizem os especialistas no assunto: os médicos. Eu, como sou leiga, como sou humana e, portanto, sujeita a me contaminar com esse maledeto corona, assim como todas as demais pessoas do planeta, e como não vejo a hora disso tudo acabar para ver as pessoas todas do mundo livres dessa ameaça (para ter também o meu – nosso – Palmeiras de volta), me preocupo, quero entender, me situar, quero filtrar essas informações desencontradas, quero saber se a tal da cloroquina é boa mesmo, e foi por isso que procurei ler  as opiniões de quem entende.

Roberto Burioni é médico e professor de microbiologia e virologia na Universidade Vita-Salute San Raffaelle, em Milão, onde ele dirige um laboratório desenvolvendo anticorpos monoclonais humanos contra agentes infecciosos humanos. É favorável ao uso da hidroxicloroquina, e não só  para os casos graves. 

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Didier Raoult, médico e microbiologista francês, um dos médicos mais renomados da França. Possui M.D. e Ph.D. graus e é especialista em doenças infecciosas, é pioneiro no uso da cloroquina. Foi entrevistado pelo jornal “Le Parisien” e, entre outras coisas, falou sobre o uso da cloroquina + azitromicina:

“Eu fiz um estudo científico sobre cloroquina e os viruses, treze anos atrás, que foi publicado. Desde então, outros quatro estudos de outros autores mostraram que o coronavírus é sensível à cloroquina. Tudo isso não é novo. É sufocante que o círculo de tomadores de decisão nem sequer seja informado sobre o estado da ciência. Sabíamos da eficácia potencial da cloroquina em modelos de cultura viral. Sabíamos que era um antiviral eficaz. Decidimos em nossas experiências adicionar um tratamento com azitromicina (antibiótico contra pneumonia bacteriana) para evitar infecções secundárias por bactérias. Os resultados foram espetaculares em pacientes com Covid-19 quando a azitromicina foi adicionada à cloroquina (…) Com minha equipe, acreditamos ter encontrado a cura. E em termos de ética médica, acredito que não tenho o direito como médico de não usar o único tratamento que até agora se mostrou bem sucedido. Estou convencido que no final todos usarão esse tratamento. (…) Como qualquer médico, uma vez demonstrado que um tratamento é eficaz, acho imoral não administrá-lo. É simples assim.”
http://www.leparisien.fr/societe/didier-raoult-pour-traiter-le-covid-19-tout-le-monde-utilisera-la-chloroquine-22-03-2020-8285511.php

 

(De 1.003 enfermos tratados com hidroxicloroquina, durante três dias, 1 morreu)

Kim Woo-Joo, médico infectologista da Coréia do Sul, país que não propôs isolamento à população e, mesmo assim, foi um dos países que reduziu mais rápido o contágio do coronavírus no mundo (mas é preciso que se diga, a Coréia realizou testes em massa, e o povo lá é mais disciplinado e segue melhor as orientações também).

Eu vi um vídeo dele no site do AOL, mas como não consegui pegar para postar aqui, printei algumas imagens com as legendas.

Ele afirma que a cloroquina pode ser usada para tratar Covid-19. Diz também que, uma vez que ainda não há alternativa, Kaletra (medicamento para HIV) e Cloroquina (medicamento para malária) estão sendo usadas no tratamento de casos graves de Covid-19. Alerta que o uso não deve ser feito por leigos, que as pessoas não devem se automedicar, mas que é seguro tomar cloroquina com prescrições de especialistas em infecções.

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Ao que parece que a cloroquina é, sim, uma esperança… Mas, infelizmente, dando mostras de que não estão nem aí com as pessoas infectadas, com as pessoas que morreram e com as que podem morrer ainda, politizaram o remédio. Vê se pode? E como Trump e Bolsonaro são favoráveis ao uso do medicamento, um monte de gente passou a ser contra. É como dizem por aí:  o povo que lute, os enfermos que lutem… 

Pra que essa disputa  “uso x não uso” da cloroquina? Todos nós teremos a ganhar se ela continuar salvando vidas.

Nosso ministro da Saúde, Mandetta, é contra o uso precoce da cloroquina. Ele é a favor do uso da medicação, mas só para pacientes em estado grave. E não só ele, a OMS também é. OMS, do diretor que elogia a transparência do governo chinês na pandemia (governo comunista transparente?),  que faz de conta que não sabia que a China permitiu que centenas de milhares de pessoas deixassem Wuhan em direção a vários países do mundo – a Itália, por exemplo -, antes de ser isolada. OMS, que afirmou que as autoridades chinesas não encontraram evidências claras de que o vírus se transmitia de pessoa para pessoa (estamos vendo agora o quanto essa informação estava equivocada)…

Tudo bem que o nosso ministro também é médico, mas será que só ele está certo e os demais, até mesmo os imunologistas, os especialistas em doenças infecciosas, que acreditam nos benefícios do uso precoce da cloroquina, estão errados? Por que ele resiste ao ao uso precoce da cloroquina uma vez que o mundo já está adotando o medicamento?  Será que ele, que é ortopedista (com especialização em Ortopedia Pediátrica), não precisa prestar mais atenção ao que dizem esses médicos todos,  principalmente aos que atuam na área da infectologia, da virologia pra ouvir o que eles têm a dizer sobre o assunto?

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A Dra. Nise Yamaguchi, foi testemunha, nas últimas semanas, de uma surpreendente reviravolta no tratamento de pacientes de Covid-19. O caso envolve uma comunidade de 450 mil pessoas com mais de 60 anos atendidas pela rede Prevent Senior na cidade de São Paulo:

“Em Fevereiro, os hospitais da rede registraram cerca de 80 mortes causadas por coronavírus em pacientes idosos. Com base em estudos clínicos realizados recentemente na França e em outros países, decidiu-se adotar um tratamento preventivo com essa população, oferecendo hidroxicloroquina nos primeiros dias de infecção. Imediatamente percebeu-se que isso diminuía muito o risco de agravamento da doença.
https://brasilsemmedo.com/dra-nise-e-a-batalha-para-salvar-o-brasil-do-virus

Paolo Zanotto, virologista, Professor do Depto de Microbiologia da USP,  assegura que a cloroquina pode ajudar a evitar uma tragédia de proporções colossais e vencer a pandemia que assola o mundo. Estudioso da evolução do vírus, com doutorado na Universidade de Oxford, Zanotto participou da elaboração de um protocolo que vem sendo adotado nas últimas semanas por alguns dos principais hospitais de São Paulo – como a Santa Casa, o Albert Einstein e o Sancta Maggiore – no tratamento de pacientes com sintomas iniciais de Covid-19. De acordo com esse protocolo, a cloroquina deve ser administrada aos pacientes logo no início da doença, preferencialmente do 2º ao 4º dia do aparecimento dos primeiros sintomas (febre, tosse, coriza e respiração superior a 22 vezes por minuto).

Zanotto afirma que “o ministro está errado. (…) A Prevent Senior adotou esse protocolo. A Santa Casa e o Albert Einstein também adotaram esse protocolo, além de vários hospitais do interior de São Paulo, sempre com ótimos resultados. A eficácia da hidroxicloroquina (em associação com a azitromicina) está sendo comprovada por diversos estudos clínicos internacionais, mas estranhamente continua ignorada pela grande mídia, os governos e parte da comunidade científica (…) a cloroquina não é o “remédio do Bolsonaro”, nem o “remédio do Trump” é o remédio da vida.
https://brasilsemmedo.com/cloroquina-e-o-remedio-para-vencer-a-epidemia

O uso da hidroxicloroquina é uma esperança real, endossada por muitos especialistas. Por qual motivo essa esperança tem sido atacada?

É muito estranho, e triste, perceber que o vírus chinês virou cabo eleitoral de alguns, e pior ainda, que o remédio virou arma ideológica para se atacar o inimigo político que quer que ele seja usado para os doentes.

Não sei você, amigo leitor, mas a mim pouco importa se é o político “X” ou o “Y” que aprova a medicação (podia ser até o Kim Jong-un, podia ser até o médico do ‘Curintia’). Se eu estivesse infectada, tendo conhecimento das afirmações de todos esses especialistas e do número de tratamentos bem sucedidos que eles já fizeram, eu gostaria muito de ser medicada, o quanto antes, com a tal da cloroquina, e ia querer o mesmo, caso algum membro da minha família estivesse infectado. Quero o mesmo para qualquer outra pessoa do planeta.

E é triste, muito triste, que isso ainda não esteja sendo feito pra todo mundo…

Que Deus, Alá, Jeová, Olorum, Nzambi, Buda, Brahma, o universo… seja lá o nome que for,  ilumine os governantes, ministros, médicos… e o nosso planeta.

 

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