Dia de jogo do Palmeiras… E precisávamos vencer ou vencer.
Saí do médico por volta das 15h00, com o pé, após alguns procedimentos médicos, ainda anestesiado e sangrando, como o Dr. Hamilton tinha me dito que aconteceria. O bom senso me mandaria ficar em casa o restante do dia, mas o que é o bom senso, de médico e paciente, quando ambos são parmeras e o time precisa tanto da sua torcida?
Cheguei ao Pacaembu já passava das 20h00 e o movimento de torcedores entrando no estádio era muito grande. Numa atitude inteligente, entendendo que o Palmeiras precisa mais de público do que de dinheiro, a diretoria baixou o preço dos ingressos. E acabou arrecadando mais do que previa. Lá dentro, o clima já era contagiante! Nem parecia que era um jogo entre times que ocupam as últimas colocações na tabela; nem parecia ser jogo do time que a mídia assegura, vejam só, estar sendo abandonado pela torcida… o time que a imprensa tanto tenta diminuir…
E o público seria recorde na temporada… 30.463 pessoas estavam no Pacaembu. Antes mesmo do Palmeiras entrar em campo, eu chorei de emoção vendo a torcida fazendo festa, cantando… vendo o “12º jogador” do Palmeiras se apresentando para a partida. Que lindo! ESSA SIM É A TORCIDA DO PALMEIRAS QUE APRENDI A ADMIRAR E RESPEITAR!! E não aquele bando de terroristas, que esculhambam o time como se fossem adversários!
E o time correspondeu ao carinho e apoio recebidos (viram como assim funciona melhor?) e, desde o início, se mostrou muito comprometido e disposto a lutar para tirar o Palmeiras da situação em que ele se encontra. O Sport foi acuado em seu campo. E o Verdão jogava bem, dominava a partida (foi o dono do jogo nos noventa minutos)! Mas, no primeiro tempo, fruto dessa situação adversa no campeonato, time e torcida se mostravam impacientes. A ansiedade por um gol do Verdão era muito grande. E ele quase veio, num chute de Obina que parou na trave…
O Pacaembu me parecia cada vez mais cheio. Os torcedores continuavam chegando. Ver aquela demonstração de amor pelo Palmeiras me emocionava bastante e me fazia esquecer do pé que sangrava. Que lindo era ver aquela massa de gente apaixonada; que lindo era ouvir a Que Canta e Vibra; que delícia era poder estar ali na arquibancada, mesmo com o pé naquele estado, fazendo parte de tudo, jogando com o meu time… O apoio da torcida era total, eletrizante, e em campo o Palmeiras respondia, insistia… A dupla Valdivia e Thiago Real, ia se entendendo. As oportunidades iam surgindo… Lá atrás Bruno e a zaga estavam seguros.
O juiz e seus assistentes amestrados jogavam mais que a zaga toda do Sport. Mas, essas coisas, parecem que só são vistas pelos torcedores do Palmeiras, a imprensa nunca fala sobre isso, só se o time prejudicado for outro. Reza a lenda, que no Sportv, só sabiam dizer que o Palmeiras está há 15 rodadas na zona de rebaixamento, que não vencia há 5 jogos. Da beleza e emoção proporcionadas pelos 30 mil torcedores palmeirenses, da energia que alimentava o time… quase nada!
Já estávamos roucos de tanto xingar o juiz. O Sport, acuado em seu campo, envolvido pelo Verdão, contando com a conivência de árbitro e bandeiras parava o Palmeiras na falta. Valdivia – com ele o Palmeiras joga tão melhor -, sempre cercado e caçado por vários adversários, chegou a ser agredido por Tobi (e aí STJD?). O árbitro assinalava as infrações cometidas pelos palmeirenses, como se fosse um juiz de basquete. Qualquer contato nosso era falta pro adversário, mas, para as infrações cometidas pelo Sport o livro de regras era o do UFC. A torcida ia à loucura com a cara de pau do homem do apito, chutava a arquibancada de raiva. Eu nem podia pensar em fazer o mesmo. Mas, ainda que contasse com a “simpatia” do juiz, o ” Ixpó” não conseguiu sair do seu campo de defesa. No primeiro tempo, e no jogo todo, só deu Palmeiras!
O Verdão martelava, a torcida empurrava, mas o gol não saía… Eu tinha certeza que íamos ganhar! E tinha em mente que precisaria proteger o meu pé, na hora em que o Palmeiras marcasse. O primeiro tempo acabou com os jogadores se estranhando. Luan reclamava ter sofrido cusparada de Hugo. Imaginem se aqueles cinco paus mandados vestidos de amarelo viram alguma coisa? Ô juizão, nem no livrinho do UFC isso é permitido, viu?
No começo da segunda etapa, o Palmeiras continuava disposto. Luan teve uma grande oportunidade, depois de uma linda jogada do Mago. Mas a bola foi na rede pelo lado de fora. O gol tava chegando…
Minutos depois, tendo quase que driblar o juiz mal posicionado, o Mago tocou para Correa; ele chutou de fora da área, rasteiro, e Magrão… aceitou! E O PACAEMBU EXPLODIU NO GRITO DE GOOOOOOOOOOOOOL! Tchuuupa, juiz!! Os parmeras pulando, se abraçavam felizes, aliviados…
Mas a nossa vitória iria custar caro… O desengonçado Rivaldo, “aquele”, com o seu pé ruim (ele tem algum que seja bom?) arriscou de fora da área e fez um gol que ele nunca tinha feito na vida, e que não fará nas suas próximas 10 encarnações. Misericórdia! Mas se esse era o preço a pagar pela vitória, a gente topava!
E nem deu tempo de esquentarmos a cabeça, não deu tempo do time sentir o gol. Dois minutos depois, para desespero do trio de arbitragem, e dos comentaristas que torciam contra o Palmeiras, Luan devolveu uma bola na medida para Thiago Real, de pé esquerdo, estufar a rede! E ele foi comemorar com a galera! A FESTA NO CHIQUEIRO ESTAVA DECRETADA!!
Mas o Palmeiras tinha mais uma encomenda para Magrão… e quem a entregou foi Obina! Juninho mandou pra área, Thiago Real ajeitou e, sutilmente, tocou para o atacante que entrava; e Obina, que é sim, muito melhor que Eto’o, meteu pro fundo da rede, e saiu enlouquecido em direção à arquibancada, vibrando muito. E a torcida vibrava com ele! A vibração dos jogadores era a prova do quanto o apoio da torcida tinha motivado o time. Aos 22′ da segunda etapa, o Palmeiras já liquidava a fatura. O fantasma do Pacaembu, a Dona Falta de Sorte, ou seja lá que nome a superstição tenha dado às partidas que não vencemos no estádio municipal, bateu asas e voou!
E por pouco não tivemos a cereja no bolo numa falta cobrada por Valdivia; sem tomar distância, ele só colocou a bola no canto… Mas a trave, que deve ser gambá, se esticou toda para impedir o gol do Mago. Um pecado… pelo que jogou, ele merecia ter feito o gol.
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A nossa Arrancada Heroica 2012 começou, amigos! O time todo se apresentou bem e calou as vuvuzelas! Conseguimos respirar só um pouco, é verdade; sabemos que as dificuldades são muitas, que cada partida, daqui pra frente, será uma final… Mas sabemos que temos time e torcida para buscar a reação! Sabemos que vamos brigar muito pelos três pontos de cada jogo que vier pela frente. E sabemos que vamos conseguir! Porque estamos unidos; porque time, torcida e diretoria vão jogar juntos de agora em diante; porque somos a Que Canta e Vibra e PORQUE AQUI É PALMEIRAS, P*@RRA!!
FORÇA, VERDÃO! ‘TAMO JUNTO’!
Sou pé quente! Já vi que não posso ficar sem ir nos jogos hahha…PALMEIRAS EU TE AMO!!!
Sou pé quente! Já vi que não posso ficar sem ir nos jogos hahha…PALMEIRAS EU TE AMO!!!
Que jogo foi aquele hein?! SENSACIONAL!
Mostramos para todo o Brasil o que é a torcida verde e branco! 😀
Que jogo foi aquele hein?! SENSACIONAL!
Mostramos para todo o Brasil o que é a torcida verde e branco! 😀