“O óbvio é a verdade mais difícil de se enxergar” – Clarice Lispector
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Eu não entendo muito (quase nada) de esquemas e táticas, mas tem gente que parece entender bem menos do que eu… e acha que qualquer vitória é sinônimo de raça e comprometimento de todos, que todo jogador é “monstro” quando ganhamos um jogo, e que qualquer derrota é o inverso… jogadores “vagabundos”, “lixos”, sem vontade de vencer, fazendo corpo mole, querendo mandar técnico embora… Isso acontece também, é verdade, mas esquema tático ruim, escalações e substituições pavorosas,  jogadores fora de suas posições, jogador em má fase que não vai pro banco, deficiência técnica de alguns atletas, árbitros fazendo resultado… são sempre os motivos mais comuns. E não é preciso muito esforço pra se enxergar isso. 
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Cuca, em 2017, armava mal o time inúmeras vezes, escalava e substituía sem priorizar o melhor rendimento da equipe, e sim colocando em campo somente os jogadores que seu ego permitia, e excluindo outros que seu ego, por algum motivo, não tolerava.  A bola que o sujeito poderia ou não jogar,  não parecia ser a prioridade. Muita gente em má fase nunca ia para o banco, e muita gente com mais bala na agulha continuava assistindo o jogo sentado no banco de reservas. Isso, e o chuveirinho incessante e irritante, mais alguns “erros” do apito, nos custaram muitos pontos e  eliminações.
Valentim assumiu, mudou algumas peças – Keno, jogado pras traças lá no banco, virou titular e fez toda a diferença nas 3 vitórias seguidas que o Palmeiras conquistou; Borja, voltando a ter chances no time, também nos ajudou a vencer – a moçada colocou a bola no chão e o futebol reapareceu, a ofensividade também. Valentim mudou apenas dois jogadores e, com praticamente o mesmo time do técnico anterior, fez diferente.
O Palmeiras então, com essas três vitórias e com as derrotas do líder, voltou a brigar pelo título. E o que aconteceu? Foi GARFADO nos dois jogos seguintes diante do Cru, no Allianz, e contra o Lava Jato, no Itaquerão. Ainda que parecesse nos ter faltado sangue no zóio, no derby, foi só  PELA OBRA DO APITO, que o Palmeiras não conquistou mais duas vitórias e assumiu a liderança da competição – esquecer isso é ser conivente com a trapaça e com os trapaceiros que, talvez, possam estar por trás desses “erros” do apito. 
Culparmos nossos jogadores pelo resultado que não veio nas partidas em que tivemos que jogar contra 16, é jogarmos contra nós mesmos – Daronco, o juiz do derby, pra se ter uma ideia, vai ser julgado por ter jogado a regra no lixo e não ter dado o segundo amarelo para Gabriel,  não ter expulsado o jogador, que voltou a campo sem autorização – um árbitro, experiente (árbitro FIFA desde 2015), desconhece a regra? Um árbitro Fifa “esquecer a regra”, “esquecer” que SÓ ELE poderia autorizar a entrada do jogador e passar a responsabilidade para o bandeira – que também sabe que não poderia autorizar a entrada – foi muito significativo, não é mesmo? E isso é um erro de direito, bem mais grave que o erro de fato do gol impedido que foi validado, por exemplo. Mas, depois que o ‘serviço’ está feito, eles nos dão um “enganation” com um julgamento que certamente não dará em nada.
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E eu até entendo que o Palmeiras tenha desanimado depois dessa “apitada” dupla e descarada que sofreu. Entendo que, depois de ser tirado, no apito, da briga pelo título,  pela armação de sabe-se lá quem, o Palmeiras desse uma “brochada” na partida seguinte diante do Vitória, lá na Bahia, e nem podia ser muito diferente. Era previsível esse desânimo, mas, ainda que todo mundo estivesse desanimado pelas garfadas de Heber e Daronco,  dava pra termos  nos saído bem melhor nessa partida…
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Valentim armou  mal o time, não escalou os jogadores que poderiam fazê-lo render mais, nem mesmo quando fez as substituições (colocou em campo, como primeira substituição, um garoto da base, de 18 anos, que nunca tinha jogado  com o principal antes, deixando um Guerra no banco, um Felipe Melo, um Thiago Santos) não trocou algumas peças que não vinham funcionando bem (e ainda tirou o Keno)… e, apático, jogando mal, o Palmeiras perdeu o jogo (nos afanaram um gol legítimo nessa partida também, mas não foi por isso que perdemos). 
E então, com parte da torcida surtando – e esquecendo que, das seis partidas sob o comando de Valentim, o Palmeiras tinha ido mal em apenas uma delas -, caçando todas as bruxas, e fazendo lista de dispensas que incluíam até Dudu e Prass (pode?), fomos enfrentar o Flamengo no último domingo,  no Allianz Parque (temos todo o direito de reclamar,  era pra ter sido bem melhor o nosso ano; temos todo o direito de protestar pelo “presente de grego” que nos deram, mas sem gerarmos uma crise monstruosa para o clube que ganhou o BRA 2016 e, apesar de todos os vacilos e tropeços no ano, ainda ocupa as primeiras posições do campeonato 2017)…


E bastou o Valentim voltar a escalar melhor o time (eu ainda gostaria que Guerra fosse titular), bastou ele colocar o  Michel Bastos (outro esquecido)  na lateral esquerda, onde vínhamos tendo problemas; bastou ele dar uma reforçada no meio escalando Felipe Melo e deixando a defesa mais protegida;  bastou apenas alguns ajustes para a bola não ficar voltando para nossa área o tempo todo, de qualquer jeito, e pegando nossos zagueiros de “calças curtas”, que a coisa funcionou. Com o time menos vulnerável
, dando menos espaços, os jogadores ficaram mais tranquilos, renderam mais (ou erraram menos), o futebol  melhorou de novo  – não foi uma ‘Brastemp’, mas foi bem melhor -, fomos mais ofensivos, objetivos e, com dois gols de Deyverson, ganhamos por 2 x 0 – poderia até ter sido por um placar maior. Vitória tranquila, sem sustos e, mais importante, uma vitória no estilo Palmeiras… sem a ajuda do apito.

Então… quando o técnico acerta o “desenho na prancheta”, e quando a arbitragem não parece incumbida de fazer o resultado de um jogo,  o futebol melhora e aparece… e isso é tão óbvio, não é mesmo?

“Ainnn, mas o X não tá comprometido… Ainnn, mas o Y ganha não sei quanto… Ainnn, mas o W foi na balada e pegou umas p#tas 2 dias antes do jogo… Ainnn, mas  o Z pintou o cabelo…” 

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“Fui testemunha do amor de Rapunzel, eu vi a estrela de Davi brilhar no céu, eu vi Arouca jogando novamente e o Borjão fazendo gol… de chapéu”

Na rodada anterior, já tínhamos saído cantando do Pacaembu com mais uma vitória do Palmeiras, a segunda vitória sob o comando de Valentim. Time jogando bem, tocando bola no chão (que maravilha isso), sabendo se defender nos momentos em que isso se fez necessário,  jogadores mais próximos uns dos outros… nenhuma mudança muito significativa no papel, na escalação, a não ser pela importante presença do Keno, outra vez, mas com muita diferença no futebol, que voltou a ser bonito, e no rendimento do time.

Um gol de Keno e um golaço de Borja – chapelando Aranha(!!) – deram números ao placar. Egídio fazendo uma boa partida, Arouca de volta ao time depois de tanto tempo, foram os extras do jogo. Mas “era só a Ponte Preta, que está brigando lá em baixo”, disseram muitos… Na rodada seguinte – jogada há dois dias – teríamos o Grêmio lá no sul…

Mesmo sabendo que eles jogariam apenas com dois titulares (alguns dos reservas têm atuado várias vezes, inclusive na Libertadores), enfrentar o Grêmio, na casa dele, enfrentar o jogo sempre pegado, de marcação dura, nunca é fácil. Valendo o segundo lugar na tabela então… Seria um bom teste.

O Palmeiras também estaria desfalcado. Ainda sem o gigante Mina, sem Willian, o seu artilheiro na temporada, que está lesionado, e com dois jogadores que Valentim tirou do banco: Keno, que, merecidamente, virou titular há três partidas, e Borja, que com o outro treinador se cansava de ser um esquecido reserva.

Valentim  mandou a campo a mesma equipe que vencera a Ponte Preta, com exceção de Borja, que começou como titular em lugar de Willian.

O primeiro tempo, para os dois times, foi de muita marcação e pouco atrevimento na área adversária. O Palmeiras parecia não conseguir encontrar espaços na defesa gremista. A impressão que se tinha era a de que os times priorizavam não tomar gols; eles até rondavam a área adversária, mas sem levar real perigo. O Palmeiras, como visitante, até que não estava de todo errado. No entanto, com o jogo correndo, era preciso mais.

Achei que o Palmeiras começou a se acertar ainda no primeiro tempo, começou a aparecer mais no jogo, a ir mais para o ataque… e isso era bom. O relógio já marcava 45′ quando Keno teve uma oportunidade  de chutar a gol, depois de uma bela enfiada de bola de Borja, mas ele não chutou com muita força e o goleiro defendeu; uns segundos depois, Borja recebeu de Dudu, e, da entrada da área, com um chutinho maroto, de leve, por cobertura, quase fez um golaço… a bola passou raspando a trave… o jogo começava a ficar mais interessante pra nós… mas o primeiro tempo ficou nisso.

Por mais que eu, nervosíssima, esperasse que Valentim desse uma acertada no time, por mais que eu esperasse um segundo tempo todo verde,  não imaginei que ele seria uma explosão de alegria,  de gols; não imaginei que em 17 minutos o Palmeiras já teria liquidado a fatura atropelando o Grêmio…

O Palmeiras saiu de trás… foi ao ataque… Tínhamos apenas 3 minutos de jogo na segunda etapa quando Duduzinho lindo chutou forte de fora da área, a bola, querendo mesmo ir pro gol, deu uma desviadinha em Marcelo Oliveira e foi morrer lá no fundo da rede do Grêmio. Aeeeeeee, Dudu!!

Cinco minutos depois, Keno sofreu falta na área e o juiz nada marcou (a arbitragem não viu o pênalti porque não quis). Mas o Palmeiras deu o troco no juiz no minuto seguinte… Borja recebeu no lado esquerdo da área, chutou para o gol, o goleiro espalmou, a bola sobrou na área para Moisesão da Massa chutar forte e marcar o segundo.

Mas que Palmeiras abusado! Tchuuupa, juiz!

Aos 17’…  Triangulação de Myke, Tche Tche e Keno, a bola foi tocada para Myke de novo, ele  desceu em velocidade até a linha de fundo e cruzou forte, cruzou certinho para o outro lado. Dudu apareceu livre na pequena área e fuzilou pro gol. Partidaça do Duduzinho lindo, decisivo  e matador.  #DuduAnimal

Com essa vantagem, ficou mais fácil administrar o jogo, jogar no contra ataque… O Grêmio parecia atordoado, a sua torcida vaiava… Valentim, acertadamente, sacou Bruno Henrique e colocou Thiago Santos em campo. Logo depois, substituiu Moisés – com dores no joelho – por Raphael Veiga (outro “sumido” que Valentim fazia reaparecer).

E então, Valentim sacou Borja – o colombiano fez uma boa partida -, e colocou Deyverson em campo.  Assim que ele entrou, fez uma falta totalmente desnecessária na lateral, próxima à área… na cobrança, os defensores palmeirenses vacilaram e o Grêmio descontou. Prass ficou muito bravo com a defesa, até o Coé Josti (Egídio)  ficou p… da vida. Mas é assim que tem que ser, não pode se acomodar, mesmo ganhando por 3 x 0, tem que ficar muito contrariado se tomar um gol.

O Palmeiras estava bem, soube se aproveitar da boa vantagem que tinha, e não deu mole pros gaúchos depois do gol tomado, não deixou que crescessem na partida e, quando o jogo já se aproximava dos quarenta minutos, começou a espertamente valorizar a posse de bola. O juiz deu mais três de acréscimo, mas nada mudou… o Palmeiras, muito merecidamente, jogando bem, venceu o Grêmio por 3 x 1.

E nós, os atuais campeões brasileiros, que brigávamos apenas pelo G4 nesse brasileirão, estamos agora em segundo lugar na tabela, abrimos 3 pontos do Grêmio, temos o melhor ataque, a segunda melhor campanha do segundo turno…  estamos pertinho do líder – que perdeu do Botafogo ontem… com totais chances de brigarmos pelo título, pelo bicampeonato, que seria a nossa décima conquista no maior torneio do país.

Ainda é difícil, sabemos bem disso, e precisamos pensar apenas em fazer a nossa parte, em vencer as nossas partidas – já vacilamos bastante nesse campeonato. Nas oito rodadas que faltam, cada próxima partida será sempre a mais difícil…  É um passo de cada vez, estamos bem conscientes disso. Serão oito “finais”…

Não sei se vamos ganhar todas, se os concorrentes vão perder as partidas deles… não sei o que teremos mais à frente… Mas, agora, é meu Palmeiras de volta. Palmeiras jogando bonito, subindo na tabela, e brigando por título, como deve ser… Palmeiras sem portas fechadas pra uns e portas escancaradas pra outros… Palmeiras preocupado apenas em ser Palmeiras… do técnico determinado a fazer o melhor possível com as peças que tem no elenco, para que o time faça o melhor em campo… Palmeiras do Borja, do Keno, do Veiga, do Deyverson (ó Senhor), do Myke… Palmeiras do Pitbull… e de qualquer um que faça parte do elenco. Como deve ser.

A ‘brincadeira’ ficou bastante interessante agora … E o Palmeiras vai ‘brincar’ sim, claro, o Palmeiras vai buscar. 

E CUIDADO COM O PORCO, QUE O PORCO TE PEGA!  

 

 

……….Resultado de imagem para keno palmeiras

João, um conceituado jornalista esportivo, é contratado para trabalhar num grande canal de TV… O canal de TV se preparou para a transmissão do maior campeonato do país, comprou novos e caros equipamentos para fazer uma temporada campeã…  e, com um belo salário, trouxe de volta o João, que, no ano anterior, trabalhara na empresa e fizera um trabalho excelente comandando a equipe da grade esportiva do canal.

E aí, o João, todo esquisito, chega lá no canal de TV com cara de poucos amigos – na sua apresentação, a cara dele era um desgosto só -, em total desacordo com a alegria e a festa que todos da emissora, e também os telespectadores,  faziam pra ele.

E, de cara, sem nem testar, João já não gosta do microfone caro que o seu patrão trouxera da Europa, não gosta também da câmera que seria usada e nem do cinegrafista contratado… Então, ele começa a trabalhar e deixar de lado as novidades todas que o canal de TV havia comprado para a nova temporada, e usa só o que ele já conhecia, mesmo tendo coisa melhor como opção… sem se importar em desvalorizar o patrimônio da empresa, deixando muito equipamento novo empoeirando nos armários.

Todo mundo aceita porque o trabalho do João valia a pena. Mas o trabalho do João não rende dessa vez… suas matérias são ruins, o som é horrível, mas ele diz que o novo microfone não se encaixa no seu jeito de trabalhar, diz que o microfone é um patrimônio da empresa e, caso seja necessário será usado… diz que precisa de tempo… deixa a câmera de lado e faz o seu patrão comprar outra, cara, mas de uma marca que ninguém conhecia… e a imagem que até parece mais ou menos a princípio, justo no dia de uma filmagem super importante, a mais importante do ano, dá uma rateada e não funciona… numa outra ocasião, também importante, a câmera falha, de novo… sim, a câmera era bem inferior, mas João continua a fazer dela uma prioridade. João faz seu patrão comprar outros equipamentos também, se recusando a usar os que estão à sua disposição desde a chegada.

E João insiste em suas burras convicções,, mesmo com o seu trabalho fraquinho, mesmo não alcançando os pontos de Ibope que eram esperados com a sua contratação, mesmo vendo que a coisa está cada vez pior, que os telespectadores estão bem descontentes com seu trabalho, que estão reclamando… ainda assim, ele insiste em deixar de lado os novos equipamentos e vive inventando umas gambiarras com os aparelhos e peças que prefere… E, muito cobrado, e não gostando de ser cobrado, dá sinais que pode se demitir, aí diz que vai ficar… e, quando a coisa aperta de vez, alega estar em seu limite…

João não levou a sério seu trabalho dessa vez… não o colocou como prioridade,  não primou pela qualidade de seu trabalho, nem pelo bom rendimento de toda a equipe do jornalismo esportivo da emissora. E o patrão, que tanto apostou nele, que tanto confiou no bom  trabalho que ele faria – e não fez – , não teve opção… o demitiu.

Familiar essa historiazinha inventada, não?

Um cara que não consegue trabalhar no Palmeiras atual, no clube estruturado, com salários em dia, centro de treinamento de primeiro mundo e cheio de opções no elenco (mesmo com algumas coisas erradas que acontecem no clube, com o vaivém de conselheiros na academia de futebol – antes blindada a esse tipo de coisa), não conseguirá trabalhar na maioria dos times brasileiros.

Não sei se foi só teimosia(burrice), se faltou vontade, se “João” voltou sem querer voltar…  mas foi bem ruim o trabalho em 2017.

E Valentim assumiu o time interinamente, mais uma vez (tomara seja muito bem sucedido e continue como técnico do Palmeiras)…

Mesmo sabendo que não seria possível ele mudar muita coisa já na primeira partida – ele treinou só um dia com o grupo todo -, gostei bastante do que vi.

Pra começar, tirou o Keno, todo empoeirado, do armário onde “João” o deixava (sabe-se lá porque) e o colocou em campo, e, mais importante ainda, deixou Deyverson no banco. E o Palmeiras jogou mais leve, mais solto… Keno estava on fire! Fez uma partidaça. A melhor partida dele com a camisa do Verdão.

Dudu, Willian e Keno (no modo turbo – ninguém pegava ele na corrida) se movimentaram muito, infernizaram a defesa do Atletico -GO, o dono da casa.

O Atlético, buscando atacar, até que levou algum perigo nos primeiros minutos, mas o Palmeiras estava ligadíssimo no jogo e foi pra cima buscar a vitória. Tocando a bola, com velocidade, leve, foi pra cima e não deu chances ao adversário.

Fez 2 x 0 na primeira etapa com dois belos gols…

Aos 20′, uma jogada linda… Mayke lançou,  Willian, de cabeça (e já correndo lá pra área), enfiou para o Keno que vinha em velocidade pela direita (oadversário que correu com Keno tá procurando o parmera até agora), ele avançou com a bola, entrou na área, tirou o marcador, meteu no meio das pernas do zagueiro e cruzou para Willian guardar na rede o seu 17º gol na temporada. Tá “fraco” esse BGod, hein (e pensar que, contra o Santos, no Allianz, ele foi substituído e o Deyverson continuou em campo)?

Palmeiras na frente. Gol bonito, jogada bonita… Tudo isso numa velocidade e tanto (ninguém pegava o Keno), e com bola no chão. Adoro.

Ainn, mas o Dudu fez falta num outro jogador – que nem participou da jogada – antes do Willian fazer o gol…

Fez sim, empurrou um adversário, e o juiz não viu.

Essas coisas aqui (e tem muitas mais) os árbitros também não viram… Reza a lenda que não viram até gol de mão, na cara do auxiliar de linha de fundo…

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Ainda no primeiro tempo, o Atlético até fez o Prass fazer uma boa defesa, mas o Prass está lá pra isso, né? O Palmeiras estava perigosíssimo, correndo muito, buscando fazer mais um gol e tinha total controle da partida.

E o segundo gol veio aos 40’… mas não foi um gol qualquer… foi um golaço…

Keno, “on fire”, esbanjou categoria. Arrancou pela direita (e quem acha ele?), gingou na frente de dois marcadores e fez o que pra ele pareceu mais fácil, deu uma levantada na bola e meteu ela no meio dos dois marcadores,  por cobertura, deixando Moisés  na cara do gol. E o Moisesão da Massa, com categoria também, mandou pro fundo do gol. Que gol, senhores. Que gol. Lindo de viver! Acho que até o porco, que o torcedor levou lá na bancada, comemorou essa beleza de gol…

No segundo tempo a pegada do Verdão foi a mesma. Calor infernal e Keno correndo como nunca…

Aos 14′, o BGod deixou o seu marcador falando sozinho, avançou em velocidade e tocou para quem lá na direita? Pra quem? Isso mesmo! Tocou para Keno. E Keno,  o maestro do dia, fez um cruzamento perfeito para Duduzinho lindo, de cabeça, colocar 3 x 0 no placar. Coisa linda esse trio! Coisa linda esse Palmeiras! Pena que Keno tenha sentido a coxa e deixado o jogo.

Mayke acabaria cometendo um pênalti bobinho e o Atlético faria o seu gol.  O Atlético também teve um jogador expulso por uma falta muito dura em Thiago Santos. Mas não faria diferença, o Palmeiras era o senhor do jogo, o Palmeiras foi o senhor do jogo.

Bela partida do Palmeiras, levinho, soltinho. Partidaça do maestro Keno… Vitória fácil do Verdão, tranquila, sem sustos, sem aquelas insistentes bolas atrasadas do ataque para a defesa, sem aquele monte de chutões, aquele não sei como fazer para chegar no gol… com dribles de tirar o chapéu, jogadas lindas e gols maravilhosos… E hoje, tem mais!

VAI QUE É SUA, VALENTIM!

 

 

 

 

 

 

 

Sexta-feira 13 é fichinha para quem já viu a “assombração” na quinta-feira…

Comecei a escrever essa postagem para falar do jogo de ontem, do péssimo resultado, e logo veio a notícia de que Cuca não era mais o técnico do Palmeiras.

Uma pena… pena que as coisas não tenham saído como tínhamos imaginado há uns meses… pena que,  ao contrário da campanha vitoriosa no Brasileiro de 2016, pela qual eu agradeço muito o Cuca – fazia um tempão que não conquistávamos esse título -, não tenha dado certo a sua volta e o trabalho não tenha vingado agora, mesmo com um elenco que qualquer técnico tupiniquim gostaria de ter. Desclassificação na Copa do Brasil, desclassificação na Libertadores – nas oitavas ainda -, adeus à disputa do Brasileiro… e cada hora com uma desculpa, um “culpado”… menos o esquema tático, as escalações e substituições.

Não ia dar para ficarmos nessa lenga-lenga de panelinha, e de futebol que chega mas não morde ninguém – nem um Bahia, uma Chape -, em 2018 também, né?

Cuca é mais um técnico que faz um trabalho muito bom aqui, ganha um título, vira unanimidade com a torcida – isso não é fácil -, e depois, sei lá porque, desconecta os neurônios e desanda a fazer bobagens…

Alguns torcedores o defendem, encontram mil argumentos para justificar o seu trabalho, o time mal treinado, time que tem mais posse de bola, mas  não leva muito perigo à área adversária, não assusta o adversário, as escalações equivocadas, as substituições que apenas mudam peças e não a forma de o time jogar… outros, a maioria, já estavam empapuçados de ver o Verdão jogando assim, de ver o técnico deixar de lado o melhor rendimento, a possibilidade de um melhor futebol em razão de favorecer alguns jogadores enquanto outros são preteridos, e mal recebem chances no time.

Mas não adianta ficarmos nos indispondo uns com os outros, tentando convencer as demais pessoas sobre o “Cuca que fez um trabalho péssimo em 2017”, ou o “coitadinho do técnico que não pôde trabalhar no ambiente ruim”, ou o técnico que “foi vítima dos jogadores malvados”, “que não montou o elenco”, “que fazia panelinha e favorecia alguns jogadores enquanto sacaneava outros”…

Ele não saiu por causa do que eu ou você  achamos dele, por causa do que eu ou você percebemos ou deixamos de perceber nele, por causa das minhas “certezas” ou das suas… saiu porque, mesmo depois das desclassificações na Copa do Brasil e na Libertadores (nas oitavas), depois do brasileirão perdido, e com bastante tempo tempo parta treinar o time, o trabalho dele não mudou nada, e continuou na casa dos 50% de aproveitamento. E ele mesmo disse quando voltou que, para ser campeão, seria preciso um rendimento de 70% ou mais.

Ontem, quando vimos a escalação já ficamos meio desconfiados… Guerra, no banco, de novo?  Se a gente sabe que Moisés renderia mais com um meia ao seu lado – ele ainda não voltou a jogar o seu melhor futebol -, o técnico não sabe?  E se não gosta do Guerra (é o que parece) temos outros meias no elenco, mas eles nunca são lembrados.

Empatar com o Bahia, em casa, depois de estar vencendo por 2 x 0, foi um resultado bem ruim. Tomar sufoco de um time que está lá embaixo na tabela, que não tem um elenco dos sonhos, tampouco um técnico considerado “top” (essa palavrinha é u ó) é pra desencantar qualquer cristão. Ainda mais depois de um começo de jogo eletrizante…

Com 1 minuto de jogo, o Palmeiras balançava a rede baiana. Nem a gente esperava um gol tão cedo… Dudu roubou uma bola, Bruno Henrique enfiou para o Deyverson, ele cruzou, Moisés ajeitou/desviou e o BGod entrou rasgando e meteu pro gol. E foram uns 20 minutos nesse pique, com o fio desencapado, com Dudu jogando na ponta, como deve ser, e Verdão marcando forte… me fez lembrar até aquele time de 2016, do mesmo Cuca, que marcava gol logo no início e depois se garantia, jogando com bola e sem ela, marcando demais…

Teve uma jogada ensaiada tão linda, tão perigosa, com Egídio, Moisés e Willian… tava tudo parecendo certinho, mas não fizemos como em 2016…  a marcação foi afrouxando um pouco, o fio não parecia mais desencapado, e fomos deixando o Bahia chegar… e o Prass começou a aparecer… a ser importante.

Mas, aos 39′, foi o Palmeiras quem fez o segundo gol… Uffa. Jogada trabalhada… Bruno Henrique, Deyverson, Tche Tche, Willian e a finalização de Bruno Henrique. Mas ficamos desatentos e no último minuto tomamos um gol do Bahia. Bola levantada em nossa área, a zaga vacilou, ninguém de verde subiu, e o jogador do Bahia cabeceou pro gol.

Na segunda etapa, antes mesmo dos 10 minutos de jogo, depois de Deyverson tentar uma jogada individual e errar,  depois de Deyverson cair na área num lance que parecia pênalti, mas não tinha sido nada (ele é quem pisou no pé do adversário e caiu), parte da torcida começou a pedir “Borja, Borja, Borja”…  não demorou quase nada e Cuca chamou Borja pro jogo.

O tempo ia passando, o Palmeiras não estava muito bem, mas ia segurando a vitória… E, para minha surpresa, e a de muitos torcedores, Cuca chamou Felipe Melo pro jogo (fiquei encantada com Cuca, é desse Cuca que a gente gosta). Grande parte da torcida comemorou, aplaudiu. Eu fui uma delas. Não quero nem saber se ele e o técnico se gostam, se brigam, isso é problema deles, quero que jogue quem é bom de bola, e Felipe Melo é. Tem números melhores que Bruno Henrique, por exemplo.

O Palmeiras ia pro ataque, mas não dava muito certo… e corria perigo, porque o Bahia vinha apara cima. Ai se não fosse o Prass…

Cuca fez então a última (última mesmo) e fatídica substituição… Quando todos queríamos o Guerra, mas sabíamos quem ele colocaria em campo, ele chamou o Guedes (acertamos todos).

E, por falta de sorte, por trapalhada, as duas coisas… sei lá… um minuto depois de Guedes entrar no jogo, em jogada de ataque do Bahia, o juiz assinalou pênalti de Guedes em Mendoza. Na hora achei que não tinha sido nada, e quando revi as imagens não consegui me convencer de que foi pênalti.

Guedes tropeça no pé de Mendonza e cai,  longe do adversário, por sinal… e aí, depois de dar mais dois passos, o Mendonza desaba no gramado. O juiz, nem pisca e marca o pênalti…

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Prass até acertou o canto, mas o jogador do Bahia cobrou muito bem e empatou a partida. E não conseguimos mudar esse resultado, o jogo acabou assim.

Tenha sido pênalti ou não, não dava para nos contentarmos com a partida feita pelo Palmeiras, não dava para tomarmos um sufoco do Bahia… E nem podemos chamar de acidente de percurso o resultado, não é mesmo? Já acumulamos outros resultados bem ruins e descabidos nesse brasileiro; a derrota por 2 x 0 para a Chape – que voltava de excursão -, em pleno Allianz Parque, é um exemplo.

E, certamente por causa da turbulência originada por esse resultado, no dia de hoje, Cuca deixou o Palmeiras.Foi uma pena que não tenha dado certo… Nossas expectativas foram imensas com a volta dele…

Desejo sorte ao Cuca em seus novos caminhos. Agradeço a ele pelo Cucabol de 2016, que nos levou à conquista do campeonato brasileiro – nosso eneacampeonato, que reafirma o Palmeiras como o maior campeão do Brasil -, agradeço a ele pela mística da calça vinho, pelas alegrias, pela emoção imensa de voltar a conquistar um campeonato brasileiro depois de um tempão, pelas lágrimas de alegria, pela página linda que ele ajudou o Palmeiras a escrever, mas a vida segue… Neste ano, não estávamos muito felizes com o Palmeiras atual e o nosso técnico também não parecia andar muito entusiasmado. Quem sabe, numa outra vez, em uma outra volta, as coisas funcionem melhor.

Hoje, dissemos “Tchau” para o Cuca e “Oi” para o Valentim… É ele quem assumirá o Palmeiras no restante do campeonato…

Desejo muito sucesso para nosso novo técnico. Que sejam 11 vitórias até o final do ano.  E, quem sabe, seja ele mesmo quem comandará o time em 2018.

Nós estamos aqui, e no Allianz, para torcer e vibrar com ele e com o time, para apoiá-los, como fizemos com Cuca e com todos os outros que comandaram o Palmeiras antes dele. E é assim que tem que ser.

BOA SORTE, SÃO VALENTIM! E MÃOS À OBRA!