“Tu te tornas eternamente responsável pelas expectativas que cultivas”

Nunca essa frase fez tanto sentido…

Ver o Palmeiras ser desclassificado, pelo Ituano, foi de lascar.  Ainda não dá para acreditar que aconteceu… mas aconteceu, e, deixando de lado o fato que dói, sempre que respiramos, o que é que a gente faz? Diz que o time é medíocre e pronto? Não, porque isso não é verdade.

Tá todo mundo p… da vida, e eu também estou, estamos todos muito aborrecidos, de farol baixo… mas, vamos combinar, se tínhamos tantas expectativas, se acreditávamos no título, é porque acreditávamos no time, e também porque ninguém achava o time medíocre até ele perder, certo?

Passei esses dias pensando sobre tudo o que vi no estádio, tentando entender, revendo lances do jogo e vendo o que não vi na hora e que a imprensa não mostrou depois… penso que começamos a perder a classificação na partida anterior, e nem percebemos. Termos perdido o nosso melhor jogador, vítima da violência do Bragantino, não foi uma ocorrência normal de jogo, e sim decorrência de uma arbitragem licenciosa. Já fomos “mancos” para a semifinal.

Apesar da chuva, das dificuldades para o torcedor chegar, da “batalha” para comprar ingressos, no domingo, às 19h30, o estádio se iluminava com a presença de quase 33 mil torcedores, com a alegria e energia dessas pessoas. Mas, infelizmente, como se fosse um filme de terror, daqueles bem ‘trash’, deu tudo errado e os “mocinhos” todos ‘morreram’ no final. Um miserável conjunto de fatores que culminaram numa decepção tamanho GG.

A começar pelo regulamento esdrúxulo da competição, que fez os dois times de melhor campanha jogarem a semifinal contra times de campanhas inferiores, em partida única, e sem a vantagem do empate. O que permitiu aos outros usarem a tática do “tentar levar o jogo para os pênaltis a qualquer custo, descendo sarrafadas o tempo todo, fazendo cera o tempo todo”. E, só para lembrar, o Palmeiras foi o único time que teve um dia a menos de descanso antes da semifinal. Para quem tinha seu melhor jogador machucado, pelo excesso de pancadas sofridas na partida anterior (que ‘coincidência’ a juizada liberar a pancadaria pra cima do Palmeiras nessas duas partidas), um dia de tratamento podia fazer uma diferença e tanto.

Mas os times concordaram com essa fórmula, o Palmeiras concordou com as datas, portanto, pulemos essa parte, mas que fique registrado que a fórmula do campeonato foi uma droga.

No jogo, o Palmeiras foi ofensivo, tentou chegar, mas o Mago fazia muita falta, Bruno César e Mendieta, juntos, não deram conta de chamar o jogo, ainda que Mendieta tenha feito algumas boas jogadas.

E faltou caprichar mais, errar menos passes… desperdiçar menos oportunidades… estar mais “pilhado no jogo” e “morder as orelhas do adversário” mostrando quem era o dono da casa…  não tentar jogar só pela esquerda, porque tínhamos um zagueiro jogando improvisado na lateral direita (como assim, Kleina?)… faltou Bruno César e Wesley “aparecerem”… faltou Leandro decidir (se atrapalhou na hora de dominar e perdeu um gol feito. Tem que levantar a cabeça na hora que recebe a bola, man)… faltou Vinícius jogar futebol… faltou o Kleina ter feito substituições melhores… faltou ter colocado o Raphael no gol (Bruno, na melhor das hipóteses, é um azarão do c…….) faltou o time jogar mais bola… faltou marcarem o jogador que arriscou de longe, só porque era o Bruno no gol, faltou o Bruno não estar adiantado na hora do chute (eu achei que estava)…

Mas, mesmo com tudo que nos faltava, o Palmeiras tinha totais condições de ficar com a vaga. O Ituano só estava interessado no anti-jogo. Pensa num time fazendo cera até não querer mais, desde o apito inicial, e multiplica essa cera por mil. O goleiro, que fez um monte de defesas, levava um tempo infinito para bater um tiro-de-meta, caía na área e ficava ganhando tempo a cada vez que o Palmeiras ia pro ataque ou cometia uma falta; os jogadores de linha, por sua vez, levavam séculos até chegarem para cobrar um lateral, para bater um escanteio. A torcida xingava, e o juiz nem aí… Pensa num time abusando do jogo violento. Foram 11 faltas, muito duras (sem contar as outras), só no primeiro tempo, e o Ituano não teve nenhum jogador expulso, e recebeu só dois amarelos no jogo (o Palmeiras recebeu cinco)…

Tudo devidamente permitido pela arbitragem…

Um lance passou batido na transmissão e nos programas esportivos do dia seguinte…

Com 1:29 min de jogo, Cristian deixou o braço na cara de Marcelo Oliveira e, na sequência, meteu a mão na bola. O juiz nem pensou em dar cartão no lance – no segundo tempo, ele se lembraria, e Valdivia seria prontamente amarelado, por “ter deixado o braço” em Josa.  E a imprensa se apressaria em noticiar a agressão do Mago, mas esqueceria dessa aqui. Na cara do ‘parmera’ pode? E aí não é agressão?

Christian-mão-na-cara

Christian-mão-na-bola

E 6 minutos depois, Cristian, esquecendo a bola, pegou o Juninho na lateral. Lance pra cartão, que o juiz não deu. Em 6 minutos, o jogador do Ituano, graças ao árbitro, deixou de levar dois cartões amarelos. Amarelo + amarelo = vermelho . Qual a probabilidade de o 10 do Palmeiras, caso estivesse em campo, cometer infrações semelhantes e não ser expulso  e massacrado depois pela Press?

Christian-Juninho1

A diferença entre o que o árbitro permite a um time e não permite a outro é assombrosa. A diferença entre o que a imprensa esportiva ‘ilumina’ e o que ela ‘escurece’ também é intrigante…

Mas, mesmo com esse anti-jogo todo, só perderíamos a classificação por uma fatalidade… ou duas…

E nos pareceu uma fatalidade a lesão na coxa que tirou Alan Kardec da partida, aos 40′ do primeiro tempo. E o “Lã”, nos deixando assustados e órfãos no ataque,  saiu de campo chorando…

Fatalidade??  Aos 35′, Kardec, que já apanhava o tempo todo do zagueiro Alemão, teve a “fatalidade” de ser agredido por ele, e o juiz não ter punido o agressor. E eu te pergunto, outra vez, qual a probabilidade de um zagueiro nosso, entrar pra quebrar um adversário, e o juiz  não expulsá-lo? E a imprensa não execrá-lo no dia seguinte? O do Ituano, nem amarelo recebeu.  (Lembra da expulsão do Kardec, à toa, numa outra partida contra o Ituano? Da expulsão do Bruno César? Do Leandro?  Por tão menos, Valdivia também foi expulso da final da Copa do Brasil, lembra?)

Repare na imagem abaixo, o jogador já chega com o joelho levantado para acertar o Kardec… antes mesmo da bola chegar. Foi agressão, sem bola.  E o bandeira viu direitinho.

Alemão-agride-Kardec

Alemão-agride-Kardec1

Depois dessa entrada desleal, com a intenção de quebrar nosso artilheiro, fiquei preocupada e prestando atenção no “Lã”, que mancava… mas, graças a Deus, ele parecia que ia continuar em campo. O zagueiro do Ituano deve ter prestado atenção também, porque, já que não levou cartão mesmo, 5 minutos depois, ele completaria o serviço… e tiraria o goleador do Verdão do jogo. Com as bençãos do juiz, como você pode observar. E eu pergunto, você acha mesmo que, contra Bragantino e Ituano o árbitro liberou a pancadaria dos pequenos, para beneficiar os… pequenos?

Repare, aos 40′, ele faz a mesma coisa, de novo. E o juiz, Antonio Rogério Batista do Prado, está vendo!! E se viu porque não puniu o jogador??? O cara quebrou o artilheiro do campeonato, tinha que ter sido expulso e ficou em campo. Que cazzo de arbitragem foi essa? É muito desrespeito com o Palmeiras e com os jogadores do Palmeiras!

Kardec-agredido1A

Um absurdo! E valendo vaga na final. O Bragantino já tinha tirado o Mago da semifinal e, agora, o Ituano tirava  Kardec.  E nenhum jogador foi expulso. A intenção era garantir que, caso o Palmeiras fosse para a final, fosse bastante enfraquecido?

A diretoria do Palmeiras não pode repetir as anteriores e não ver o que acontece “nas entrelinhas”, nos bastidores… tem que tomar providências. Com os outros times a juizada não faz isso, de jeito nenhum. Qual a probabilidade de o Lúcio, ou qualquer outro jogador alviverde, num jogo contra um outro time grande, ter essa licença para bater e agredir? N-e-n-h-u-m-a!

Adversário desleal, árbitro conivente… E nós, prejudicadíssimos, sem o Mago e sem Kardec,  Mal sabíamos o que ainda estava por vir…

Quando vimos o Bruno se aquecendo no intervalo não entendemos nada… Prass, que tinha torcido o pé no treino, nessa partida tão violenta, voltou a sentir dores… Agora sim, não faltava mais nada. Não era possível! Isso não estava acontecendo.

Sem Valdivia, o time não tem criatividade, perde qualidade e fica bastante previsível (ainda assim, poderia bater um “Ituano”); sem Kardec,  perde completamente o poderio ofensivo (ainda assim, tivesse o Kleina feito escolhas melhores, talvez tivesse dado – Vinícius não é substituto pra Kardec); mas, sem o Prass, não dá, de jeito nenhum.

E não temos um único substituto para o nosso goleiro titular – se o Bruno não serve, e, mesmo assim, o Raphael Alemão nunca é a segunda opção, posso presumir que o Bruno é a melhor opção que temos (O.o). Quando perdemos Kardec, fiquei bastante apreensiva, com todos os alarmes ligados, mas, quando vi que o Prass não tinha voltado do intervalo… os alarmes todos disparam e meu mundo caiu.

O sangue da torcida esmeraldina gelou nas veias e todo mundo se preparou para o pior. Minha confiança ficou totalmente abalada… mas me recusava a imaginar que podia dar tudo errado e rezava pelo Bruno. Olhava à minha volta e todos tinham o mesmo semblante… o ar se tornara pesado… mas a torcida não parava de cantar…

Os jogadores do Ituano receberam o aviso pra arriscar de longe (que moral, hein Bruno?), os do Palmeiras, agora bastante inseguros em campo sem a sua espinha dorsal, faziam de tudo para a bola nem chegar ao gol. E o time foi ficando nervoso… e a gente custando a acreditar no que se desenrolava à nossa frente.

Aos 25′ (o relógio corria), Kleina, vendo que tudo tinha desandado, chamou Valdivia pro jogo. O Mago deu outra movimentação para a equipe, o Palmeiras ficou mais perigoso, mas faltava o “Lã” lá na frente, faltava mais tempo. Com cinco minutos em campo, o Mago sofreu uma falta,  revidou e tomou cartão.  O juiz poderia dar amarelo pra ele sim,  pelo revide (teria que ter dado também para o Cristian, lá no começo),  mas nunca sem marcar a falta que ele recebeu antes.

Falta-ituano-Mago

E com o Bruno no gol (eu mal conseguia olhar as descidas do adversário), o Ituano arriscava chutes de longe  (quase tomamos um por cobertura), e foi assim, numa dessas tentativas, aos 38′, que achou o seu gol e decidiu a partida.

Por mais que o Palmeiras tivesse tentado, não conseguiu empatar… e nos despedimos do campeonato. À minha volta, os torcedores incrédulos, de olhos tristes e úmidos nem sabiam o que dizer. Olhávamos um pra cara do outro e não entendíamos o que tinha acontecido.

Triste, doído… tão difícil de administrar… tão difícil sair do estádio e deixar tudo o que sonhamos lá dentro. O meu caminho de volta nunca pareceu tão longo…

Mas, para mim, agora, a vida segue, e o que interessa é a Copa do Brasil. Quando eu canto “Eu sempre te amarei e te apoiarei…”♫, eu canto de verdade.

TAMOJUNTO, PALMEIRAS! SEMPRE!

MAS ABRE O OLHO, DIRETORIA, ESTAMOS CHEIOS DE ‘AMIGOS-DA-ONÇA’ NOS BASTIDORES DO FUTEBOL, E, SE BOBEARMOS, REPETIRÃO A DOSE NA COPA DO BRASIL.

Saí de casa a caminho do jogo, ansiosa, feliz pelo Palmeiras estar na briga pelo título, e, no trajeto, me deparei com um mendigo, dos muitos que dormem nas calçadas do meu caminho habitual.

Em todas as vezes que o vi, ele me chamou atenção. Tem uma certa boa aparência, está sempre usando roupas que parecem limpas, calçando tênis… mas o que me fez prestar atenção nele, mesmo, foram algumas camisas do Palmeiras (tem mais de uma) com as quais ele está quase sempre vestido.

Quando me viu passar, pela primeira vez falou alguma coisa comigo; parei, já mais à frente, me voltei pra ele e disse: Hã? E ele, que estava sentado no chão, levantou os braços pra cima, me deu um sorriso, levou as duas mãos ao peito e me disse:

Palmeiras, o meu amor! É hoje… Palmeiras!

Me deixou com um nó na garganta… só consegui sorrir e balbuciar: É Palmeiras!

Sinais…

Eu, que sabia que o Palmeiras não ia perder, e temia apenas o nosso grande inimigo de sempre, a arbitragem (e ela bem que tentou), tive então certeza da vitória.

Chegando ao Pacaembu, enquanto nos dirigíamos para o portão, caminhar não me parecia suficiente, a minha vontade era a de correr lá pra dentro.

Quando o jogo começou, o estádio estava cheio (mais de 25 mil pessoas), e o Palmeiras, estava do jeito que a gente queria: Valdivia, Bruno César, Leandro, “Lã” Kardec e Wesley… para desespero dos carniceiros jogadores do Bragantino.

E não deu outra, ou melhor, não deu “outro”, o Palmeiras foi o senhor da partida (teve 69% de posse de bola, pra você ter uma ideia). O Verdão atacava, controlava o jogo, e o Bragantino, na retranca, sem competência para praticar futebol, distribuía pancadas, abusava das faltas, muitas vezes violentas – time pequeno e covarde é assim mesmo – com bastante conivência do árbitro.

Com menos de 3 minutos de jogo, Valdivia – que foi deslealmente caçado durante toda a partida – como sempre acontece -, foi agredido com uma cotovelada, e o juiz  deixou passar e nem amarelo deu para o agressor. (Na final da Copa do Brasil, o Mago foi agredido com um pontapé por um jogador do Coritiba, e o juiz também deixou passar). Um absurdo um árbitro estar em campo para coibir a violência e deixar passar agressões, permitir que um jogador seja pisado, chutado, leve cotovelada. “Legal” o árbitro, Flávio Guerra, né? Depois que o colocaram na geladeira por ter assinalado 3 penalidades, LEGÍTIMAS, para o Palmeiras, diante dos bambis, em 2008, ele agora me dá a impressão de ter aprendido o jeito “certo” de apitar jogos do Verdão, sem ir parar no freezer outra vez. Olha a agressão, para expulsão, sofrida pelo Mago, que o juiz deixou sem punição:

AgressãoAoMago

Será que Valdivia poderia fazer algo parecido e continuar em campo?

Ao final do jogo, o tornozelo do Mago, o jogador “desleal” (ele desleal??), “que deveria ter sido expulso” (por apanhar tanto??), segundo o pessoal do Bragantino,  ficaria assim:

Foto: Olha o tornozelo do Mago como ficou de tanta botinada que ele levou!!!!!!

Mas, mesmo com violência dos adversários, mesmo com agressão já no início do jogo, os primeiros 25 minutos do Palmeiras foram dentro da área do Bragantino, que não conseguia sair do seu campo de defesa, e já fazia cera em qualquer lance, tentando ganhar tempo.

Bruno César cobrou falta, a bola passou pertinho… Bruno César cruzou,  o “Lã” mandou na rede pelo lado de fora… Wesley mandou uma bola perigosa na área, o zagueiro afastou o perigo… Tava chegando!

O Pacaembu se inflamava, chamava o gol. A torcida cantava, jogando com o time, fazia barulho, reclamava muito das faltas violentas do Bragantino e da conivência do árbitro que parecia não vê-las… A tática do adversário (será que foi o técnico quem preparou essa estratégia?) era dar chutão lá pra frente e tentar cavar faltas, escanteios, laterais, tentar desestabilizar os nossos jogadores… qualquer coisa para ganhar tempo e, quem sabe, cavar a expulsão de algum palmeirense, quem sabe, levar o jogo para as penalidades,

A nossa ansiedade para ver a rede dos linguiceiros balançar era enorme. Aos 20′, Bruno César chutou de fora da área e o goleiro espalmou; na cobrança de escanteio, Wesley levantou na pequena área, o zagueiro se atrapalhou todo tentando tirar a bola, e ela sobrou… pro “Lã” Kardec lindo!!! E se sobra pra ele, é rede!  Linha atacante de raça!

O Pacaembu explodiu no gol do artilheiro do Paulistão! Era o Palmeiras mais pertinho da semifinal do campeonato. Que alegria, meu Deus! Faz cera agora, Bragantino!

O Bragantino não nos assustava, a não ser pela violência com que atingia nossos jogadores. Valdivia, que jogava um futebol maravilhoso, apanhava mais que Judas em Sábado de Aleluia (e depois não querem que ele reclame). E nenhum jogador  do Bragantino era expulso!! Nossos atletas apanhavam com bola, sem bola… O árbitro era péssimo, ignorava as faltas que sofríamos e deixava o jogo seguir. Só parava o jogo quando a falta era cometida por alguém de verde… numa oportunidade, deu cartão amarelo para o jogador palmeirense errado, o que nos levava a pensar que se não viu nem o jogador, como poderia ter visto a falta?A torcida ficava revoltada.

O Palmeiras continuou comandando as ações, mesmo tendo tirado um pouco o pé do acelerador.  Nas modestas tentativas do Bragantino a defesa verde, comandada por Lúcio, estava esperta, Prass atento…e a primeira etapa acabou com 1 x 0 mesmo.

No segundo tempo, o Bragantino pareceu colocar o time pra cima do Palmeiras, na tentativa de buscar o empate – resultado que era tudo o que ele queria desde o início  – mas a defesa esmeraldina não dava chance. E, pra falar a verdade, os adversários não levavam perigo.

Valdivia, que tomava sarrafada a cada vez que tentava um de seus mágicos dribles, fez uma falta normal e recebeu amarelo. Lembra que ele foi agredido no começo do jogo e nem amarelo seu agressor levou? Então… Um desaforo esse livro de regras inventado para o Palmeiras! O juiz parecia avaliar a gravidade da infração dependendo de quem fosse o  jogador infrator ou de qual fosse o time dele…

Mas não tinha jeito, o Palmeiras sobrava no jogo mesmo apanhando, mesmo com o juiz facilitando a vida do adversário… Wesley, Valdivia, Bruno César, Leandro e “Lã” Kardec estavam impossíveis, Juninho jogava um absurdo! Wendel era um guerreiro. A defesa estava como no hino… ninguém passava! Coisa linda esse ‘Parmera’!

Valdivia fez jogada individual, invadiu a área e chutou, mas o goleiro fez a defesa. No rebote, Kardec encheu o pé e, de novo, o goleiro salvou. O grito de gol parou na garganta…

O Verdão metia artilharia pesada pra cima do Bragantino; Marcelo Oliveira chutou de longe, o goleiro conseguiu espalmar… no rebote, Kardec mandou pra fora…

Faltava a pá de cal nos “açougueiros” …

17′, … a bola passou de pé em pé… Valdivia se livrou de uma falta, ficou com a bola, tocou pra Juninho, que mandou pra área; Leandro foi na bola, atrapalhou o goleiro, a bola sobrou pra Kardec, que tocou para Wesley mandar pro gooooooooooooool! ESTÁVAMOS NA SEMIFINAL!! Que festa da Que Canta e Vibra!

Enquanto enlouqueciámos na bancada, e o ‘Fred Flintstone’ na lateral do campo, uma cena linda se desenrolava à nossa frente. Depois do gol, Kardec e Wesley se abraçaram, e os outros jogadores foram chegando para aumentar o tamanho do abraço… e ficaram ali, comemorando abraçados, parceiros em campo e fora dele…

Abraço

Meu coração não aguentou a alegria do gol, a imagem dos jogadores, e minha razão se rendeu à emoção. A torcida cantava… “Eu sempre te amarei…”,  arrepiante! Eu não conseguia cantar e nem parar de chorar… Meu Palmeiras classificado, meu Palmeiras em paz (apesar de tanto fogo-amigo), a torcida feliz, meu Palmeiras a caminho do título…

Não consegui ver mais nada direito depois desse gol, meu coração se antecipava, e já sonhava com o próximo jogo… mas, mesmo com olhos no futuro, vi Leandro soltar a bomba e o goleiro espalmar… vi entrar Eguren, Patrick… vi o Mago fazer magias ao lado do “Lã”… ouvi a torcida homenagear Valdivia durante a partida… ouvi os gritos de “Olé… vi entrar o Vinícius… ouvi o juiz apitar o final de jogo… ouvi os aplausos da torcida, vi os jogadores comemorando, vi o Kleina feliz, vi meu Palmeiras, imponente, classificado… eu continuava antevendo um domingo futuro, num outro Pacaembu lotado, sonhando com um gol do Mago, outro do “Lã” Kardec, um do Juninho… com defesas precisas do Prass… com o Palmeiras na final…

E O DOMINGO FUTURO, COM O QUAL EU TANTO SONHAVA,  É HOJE!!!

AVANTI, PALMEIRAS,  SCOPPIA CHE LA VITTORIA È NOSTRA!!

SporTV-entrevista

Eu não poderia deixar de registrar aqui, algo que aconteceu na quinta-feira, quando o Palmeiras enfrentou o São Bernardo.

Após o final da partida, com tanta coisa bacana que aconteceu com o Palmeiras em campo, com a vitória – quase a classificação -, com dois gols lindos (Kardec e Valdivia), com uma apresentação brilhante do Mago, do time, o repórter André Hernan, do SporTV (tinha que ser do SporTV), foi perguntar ao Mago sobre o cartão amarelo, o terceiro, que ele tomara nos útimos minutos da partida, depois de cometer uma falta.

Já não bastava ter sido  iniciativa do SporTV, aquela presepada armada para Valdivia ser punido em 2013 (o único jogador na história do futebol brasileiro a pegar um gancho, graças à colaboração de um programa de TV, por forçar um cartão amarelo), e, agora, seus repórteres farão marcação cerrada a cada vez que ele (e só ele) tomar um terceiro cartão? Isso já é perseguição.

Mas o Mago, na quinta-feira, estava num dia de muita inspiração fora de campo também…

Repórter: Valdivia, qual o tamanho do alívio de saber que você vai voltar e não vai estar mais pendurado?

Valdivia: Você pensou quanto essa pergunta? (Essa é a pergunta perfeita para ser feita para um bom número de profissionais de imprensa)

Repórter: Tô perguntando porque você foi lá, fez a falta no jogador, faltando poucos minutos pra terminar (Será que tem alguma regra ditando que só se pode cometer uma infração se faltar bastante tempo para acabar o jogo?)

Valdivia: Não pode fazer falta?

O repórter, que talvez tenha imaginado que o Mago acabasse confirmando o que ele parecia querer que fosse confirmado, ficou meio sem graça com a resposta, deu um tempinho, mas pareceu tentar “pegar o Mago de calça-curta” numa segunda pergunta:

Repórter: O Palmeiras está na frente dos adversários? (e nada sobre a partida, sobre como a vitória foi construída…) 

Valdivia: Sim, nós estamos em primeiro e eles não.

‘HAT-TRICK’ DO MAGO! E assunto encerrado!

Assunto encerrado? Que nada. Mais tarde, quando Valdivia saía do vestiário para ir embora do Pacaembu, lá estava o repórter do SporTV, de novo querendo saber sobre o terceiro cartão (e nada de perguntar sobre a partida, sobre a boa atuação de Valdivia…). Estranho que o tal repórter, e todos os outros, não se preocupem com terceiros cartões de mais nenhum jogador, não é mesmo?

Repórter: Deixa eu só voltar num lance, que eu te perguntei lá no gramado, e você ficou até um pouco irritado (mesmo assim, ele foi perguntar outra vez. Será que ele queria irritar o jogador? Não, Sim ou Com certeza?), essa questão de cartão, aquilo que aconteceu no STJD, isso acaba te irritando? É isso? Me fala um pouco do lance em si (o cara parecia querer que o Mago falasse que forçara o cartão, tal qual ele, repórter, imaginava que tivesse sido).

Valdivia: Bom, primeiro, eu não fiquei irritado pela pergunta. Só achei estranho que a primeira pergunta fosse direcionada ao cartão. (eu também achei, viu Mago?). Eu tinha feito gol, a gente tinha ganho, depois de uma derrota, acho estranho que, vocês, na primeira pergunta que seja feita, é relacionada ao cartão (Né?)… o cartão foi lance normal.

Mas o moço não se dava por vencido e insistia (se está entrevistando o jogador, fez a pergunta, ele respondeu que não, é não)…

Repórter: Gostaria de perguntar… desculpa, até vou te perguntar, porque eu fiz a pergunta, né? Perguntei pela proximidade do lance, que aconteceu no finzinho de jogo… eu queria que você falasse do lance…

Valdivia: Bom, da próxima vez, eu vou fazer (a falta) no minuto um… tomara que eu faça um gol, e tenho certeza que a primeira pergunta de você vai ser a mesma.

Bingo, Mago! O problema é a intenção que está por trás da pergunta, da insistência toda, e também a incapacidade da maioria desses repórteres para fazer perguntas e pautas melhores. O problema é tentarem sempre te complicar (pelo menos, é a impressão que dá), e fazer parecer malandragem sua, o que é malandragem no futebol brasileiro desde sempre. Sem contar que você, com a sua enorme visibilidade, dá uma audiência e tanto.

Fica esperto com esses caras da Press, Mago! Estamos todos de olho neles. A maioria é gambá e ainda não esqueceu o chororô…  😉

http://globotv.globo.com/sportv/futebol-nacional/v/valdivia-ironiza-possivel-malandragem-em-cartao-amarelo-nao-pode-fazer-falta/3179602/

http://globotv.globo.com/sportv/redacao-sportv/v/valdivia-se-irrita-com-pergunta-quando-falo-de-stjd-unico-a-ser-punido-sempre-sou-eu/3180443/

“Quanto riso, oh, quanta alegria…”

Na véspera do carnaval, o Palmeiras foi a campo e voltou à sua rotina. Rotina de vitórias, a oitava em onze jogos, nesse Paulistão. Depois de um (único) tropeço, de um dia pra lá de infeliz e um juizinho mequetrefe, o Verdão voltou ao Pacaembu para enfrentar o São Bernardo,  jogou um bolão – com direito à magia de um “falso 9”-,  e venceu por 2 x 0.

Antes do jogo, a Press fazia questão de lembrar que o Palmeiras iria enfrentar um time que tinha a melhor defesa do Paulistão, que parara outros grandes (esse São Bernardo é o mesmo que venceu os “itaqueras” e empatou com os bambis, viu?)  – mas, depois do final da partida, a imprensa tratou rapidinho de esquecer o assunto.

Eu não estava nem um pouco preocupada com o adversário, afinal, o time do Palmeiras é muito bom, o Prass estaria no gol, o Lúcio na zaga, “Lã” Kardec, estava de volta, Wesley também, Valdivia estaria em campo  – quando ele está em campo, a minha confiança é redobrada, triplicada.

Entrei no Pacaembu quando o hino já estava sendo cantado e me espantei ao ver que o Palmeiras ia enfrentar um time de… “árbitros”! O uniforme era praticamente igual, naquele amarelo e preto que até nos embrulha o estômago, por nos fazer lembrar as presepadas  que os homens do apito fizeram (e continuam fazendo) com o Palmeiras (deve ter sido por isso que o juiz da partida foi tão ‘simpático’ com eles e os deixou baterem bastante no Mago, no Kardec… deve ter sido por isso que não viu a posição legal do Mendieta, quando o safardana do bandeirinha marcou impedimento). Era mais um motivo pra o Palmeiras bater o time do São Bernardo.

Mas o São Bernardo, que está entre os oito melhores times deste paulistão, e veio pro jogo com a melhor defesa do campeonato (era a melhor até enfrentar o Parmera), é um time acertadinho, mas que não fica lá atrás retrancado, muito pelo contrário, sai pro jogo e deixa jogar também.

E o Palmeiras, de Prass, Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira, Juninho, Eguren, Wesley, Valdivia, Marquinhos Gabriel, Vinicius e Alan Kardec, com muito mais qualidade no elenco, desde o primeiro minuto, se impôs na partida. As jogadas no ataque eram sucessivas, com Kardec, com Wendel, Eguren, Vinícius, Wesley (cobrando falta), Valdivia, Wesley de novo, Wendel e Eguren…  até o Lúcio, recebendo aplausos da torcida, deu uma arrancada pro ataque, saiu fazendo fila… coisa linda! E não tínhamos nem quinze minutos de jogo ainda. Valdivia (joga muito o meu craque favorito) enfiou uma bola para Marquinhos Gabriel chutar cruzado e ela passar pertinho… Huuu!

Só aos 18′, o São Bernardo botou o Prass pra trabalhar; no chute de Careca, o goleirão foi no cantinho e espalmou pra fazer a defesa. No minuto seguinte, em novo ataque, Careca chutou cruzado, ‘Van Der’ Prass defendeu com o pé. Aplausos pra ele!

Mas quem era perigoso no jogo era o Palmeiras. Marquinhos Gabriel cruzou na área e Kardec cabeceou pro gol. O goleiro deu um baita salto pro lado e conseguiu mandar pra fora… quase! O Palmeiras queria o gol. A bancada se inflamava.

Na jogada seguinte, aos 24′, a superioridade verde ganharia número. Wendel cruzou pelo alto, Valdivia deu uma escoradinha, de leve, e a bola foi encontrar  “Lã” Kardec, matador, de frente pro gol. Ele só desviou de direita e meteu na rede. (Você vai se arrepender de não o ter levado, Felipão. Escreve aí.) GOOOOOOOOL, ‘LÃ’ KARDEC, SEU LINDOOO !!!! A classificação chegando…

Lúcio quase deixou o dele (a torcida está ansiosa por esse gol). Numa jogada pelo alto, ele mandou de cabeça, e o filho-da-mãe do goleiro espalmou, no rebote, Kardec cabeceou também, mas a defesa tirou. A torcida já estava toda de pé…

Valdívia,  peça fundamental do time, ora estava na meia articulando o jogo, metendo bolas açucaradas pros companheiros, dando passes lindos, dribles, ora era atacante, puxava contra-ataques, dava arrancadas… e em muitas ocasiões ajudava a marcar, gritava com os companheiros. A presença de Vinícius no time me agradava bastante; na defesa, Lúcio batia um bolão (e eu que achei que o Palmeiras não deveria contratá-lo, me enganei redondamente).

O jogo até que estava fácil, mas jogar com aquele calorão parecia bem difícil. Os jogadores dos dois times se mostravam bastante extenuados. Na bancada, os torcedores bebiam muita água, refrigerante, compravam sorvetes…

Na segunda etapa, os jogadores do Palmeiras voltaram com uma faixa de apoio para o menino Lucas, que precisa de um transplante de pulmão. Família que se ajuda… lindo!

O São Bernardo voltou querendo descontar. Deu umas aparecidas na área, sem muito perigo, mas, numa delas, Careca bateu forte, e Prass fez uma boa defesa. A vida do tal Careca não estava fácil com o Prass pela frente.

Aos 10′, mais magia no jogo… Wesley tocou pra Vinícius, que mandou a bola na área; o”falso 9″ estava por lá… o Mago recebeu, dominou, olhou onde queria guardar e guardou, do jeito que quis, sem chance alguma pro goleiro. GOOOOOOL, MAGO, SEU LINDOO! Que festa na bancada! Meu coração também pulava de alegria. O Palmeiras, praticamente garantia a sua classificação e ia poder descansar tranquilo no carnaval (Descansar? O time está treinou até no sábado, e Valdivia está com a seleção chilena).

Podíamos ter feito mais gols na partida, as chances foram muitas. Podíamos ter feito o terceiro quando Mendieta, em posição legal, se dirigia em direção ao gol, sozinho, e o bandeirinha assinalou impedimento (o juiz não viu que não foi?),  mas já estava garantido, o carnaval palestrino seria de festa, seria de tranquilidade, liderança no campeonato…. seria do Mago comandando o time; seria do matador Kardec rondando a área adversária; seria de Wesley, Juninho, Wendel, Marcelo Oliveira, Vinícius, Mendieta, Marquinhos Gabriel, Eguren, fazendo boa partida; seria de Lúcio, sensacional, chapelando o adversário no último minuto do jogo, e arrancando aplausos e gritos da galera; seria de Kleina, enfiando muito técnico renomado no bolso; seria da amizade, determinação e companheirismo que existe na equipe; seria daquela gente de verde, de branco e de amarelo, que não parava de sorrir e de cantar…

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Com dez pontos a mais que o terceiro do seu grupo, e doze pontos em disputa, o Palmeiras, jogando o que tem jogado, já pode se considerar classificado (pra mim, já está), mas dizem que falta uma vitória… pois então, vamos buscá-la. Vai ser na quinta-feira, no Pacaembu, diante da Lusa. Mais uma vitória a caminho do título. Eu acredito.

E SE O PALMEIRAS VAI JOGAR, NÓS VAMOS!!

ÔÔÔ VAMOS GANHAR, PORCOOO!!

valdivia-gol2-0

Ingresso Avanti… 16,50
Água… 3,00
Cerveja… 5,00

Refrigerante… 4,00
Juiz encomendado pela FPF… não sei quanto custa

Ver o Palmeiras ganhar com gol do Mago, f@%dástico, e a tia bambi, aposentada e recalcada, tentar agredi-lo e ser driblada por ele… NÃO TEM PREÇO!!

Foi uma tarde sensacional!

Estava cheio de parmeras na praça em frente ao estádio. Um calor insuportável, que não havia água, cerveja, refrigerante e sorvete que desse jeito.

Mesmo sabendo que o juiz , Luís Flávio de Oliveira (irmão do PCO), fora sorteado de mentirinha pelas forças ocultas da FPF, e que, muito provavelmente, iria querer complicar a nossa vida, estávamos levando fé no Verdão. Nervosos, claro, porque era um clássico e por todos os trambiques que os bambis e a juizada são useiros e vezeiros em nos aprontar, porém confiantes, no time e no futebol do Palmeiras.

Durante a semana, muita gente andou dizendo (palmeirenses, inclusive) que ganhar de time pequeno não quer dizer nada (senão ganhar deles nenhum time não chega)… que o Palmeiras não tem time para enfrentar os grandes (que asneira)… blá, blá, blá… mimimi… Triste constatar que algumas pessoas sabem, mas se recusam a admitir, que o time está arrumadinho, que temos bons jogadores, que podemos brigar por títulos, sim,  e que nosso centenário parece auspicioso.

Torcida em festa no Pacaembu, cantando… os nomes dos jogadores sendo gritados… até que 1/4 da torcida resolveu pular o nome do craque do time. Que deselegante! Que feio! Mas os outros 3/4 do estádio não deixaram por menos e aplaudiram e gritaram: EÔ EÔ O VALDIVIA É UM TERROR!! Justíssimo.

Já na bancada, eu rezei muito antes do jogo começar. Pedi a Deus, ao Plano Astral, para que os jogadores do Palmeiras tivessem tranquilidade e sabedoria para se conduzir na partida; pedi para que intuíssem o Mago de que ele é o jogador que todos os adversários e árbitros “sorteados” (torcedores profissionais de imprensa também) querem fora do jogo, e, como tal, que ele se lembrasse a todo momento de não fazer o ‘jogo do bandido’. Eu acabaria recebendo muito mais do que havia pedido…

Como era até de se esperar, no início da partida, as equipes se empenhavam mais em desarmar, em fechar os espaços. Só que era o Palmeiras, que mesmo errando passes, estava acertadinho na defesa, no desarme. Os bambis não conseguiam encontrar espaço para chegar até o Prass e nem pra chutar de longe. Toca aqui, toca ali e nada de encontrar uma brechinha. Determinação total do Verdão. E eu que achei que sentiria falta de Henrique no clássico, constatava, feliz, que Lúcio e Wellington estavam jogando muito e com uma raça do tamanho do gigante que estavam defendendo.

E o gigante foi se acertando em campo e passou a dominar as ações. Aí, a vida do goleiro bambi começou a se complicar… Precisou fazer defesas importantes, tirou uma de cabeça, para evitar que Leandro ficasse com a chance de marcar o primeiro. O Palmeiras chegava, se infiltrava por todos os espaços…

O árbitro, sorteado no trambique, deixava de ver as muitas e duras faltas sofridas pelo Palmeiras. Valdivia foi levantado pelo adversário, na cara dele, e ele nada marcou. Em contrapartida marcava qualquer coisinha para os bambis. Mas nem isso adiantava. Luís Fabiano, Osvaldo, Jadson e Ganso pareciam nem estar em campo. Ganso, na verdade, só foi notado por quem estava no Pacaembu, aos 30′ da segunda etapa, quando foi substituído (Ah, esse custo x benefício…).

E pensar que Bambi Ceni, ‘the retired’, tinha dito, provocando,  que seria interessante um duelo entre Luís Fabiano e Lúcio. Foi mesmo, muito interessante, viu ‘retired’? A parmerada adorou o duelo!

O Palmeiras, perigoso, se insinuava no ataque. Aos 16′, uma jogada linda, uma triangulação de Valdivia, “Lã” kardec e Leandro. Valdivia, naquele seu jeitinho Mago de ser, deixou o Leandro na cara do “Dissimulério” Ceni. Ele invadiu a área, bateu no canto; o M1CO tocou pra escanteio. Quase… O gol do Palmeiras estava chegando… eu sabia. A torcida toda também sabia…

23’… Valdivia foi derrubado em falta dura – não era a primeira -,  e fora do lance de bola (e o “sorteado” nada de dar cartão). Na cobrança de Mazinho, os bambis, preocupados com Lúcio e com Kardec, não acompanharam a movimentação do Mago que, se livrou dos marcadores e se posicionou na área para receber, livre, e. de cabeça, mandar nas redes do terceiro reserva de São Marcos.

O PACAEMBU EXPLODIU NO GOL DO MAGO! Impossível traduzir a alegria que sentíamos. Não conseguia segurar as lágrimas. Era alegria demais. O coração, velho de guerra, sorria.

Com o gol aos 23′, os bambis teriam o seu minuto favorito, o 24º, para causarem o maior bafo na partida. O Mago passou comemorando na frente do goleiro são-paulino e ele, que não sabe perder, se sentiu provocado, e surtou! Tentou agredir Valdivia com um chute. O Mago nem tomou conhecimento dele, mas, esperto, atrasou a passada e driblou o agressor. Foi a primeira agressão no vácuo, do futebol brasileiro. Não satisfeito, na sequência, e pelas costas, Rogério Ceni deu uma cotovelada em Kardec.

Foram, no mínimo, dois atos desleais, e seguidos. Juiz e bandeiras fizeram que nem viram (Gambazek não ligou para o Ximit depois). Vamos ver o que fará o STJD. (Se o goleiro não for denunciado, se ficar sem  punição, vai ficar esquisito. Afinal, qual a chance de um jogador palmeirense fazer o mesmo e não pegar um belo gancho?).

Mazinho quase marcou o segundo, numa bomba de fora da área, que o ‘retired’ leonor (#RenovaRogério) conseguiu colocar pra fora. A bancada queria mais um.

O Palmeiras era superior em campo, era mais organizado, mais tranquilo e disciplinado taticamente, errava pouco e ia pra cima. Os leonores só conseguiram um único chute a gol no primeiro tempo. A defesa que ninguém passa, não deixava passar mesmo. Foram 104 desarmes, 18 só do Lúcio, viu Juju?

Na segunda etapa, para manter a vantagem, o Palmeiras, marcando muito bem, passou a valorizar mais a posse de bola, mas, nem por isso, o ataque palmeirense parou. As chances a conteciam, , ora com Leandro, com mazinho, Mago, Kardec… mas a bola não entrava.

O juizão “sorteado” resolveu aparecer mais. Ignorava as faltas que o Palmeiras sofria, os cartões que os bambis deveriam levar e marcava tudo a favor deles. Sabe aquela tática de arbitragem, que irrita os jogadores, deixando-os nervosos? Então… o irmão do PCO (ô família…) colocava-a em prática no Pacaembu. Na bancada, ficávamos roucos de tanto xingar o filho-da… mãe.

Muricy vendo os bambis acuados no seu esqueminha mequetrefe, colocou em campo o uruguaio Álvaro Pereira, para catimbar. E ele empurrou Kardec pra fora de campo, quando ele estava caído na linha de fundo. Wesley foi tirar satisfação. Depois, Leandro fez falta no catimbeiro e levou amarelo (pro Palmeiras o juiz dava). O uruguaio, achando que estava o máximo, olhou para Muricy e piscou. Dançaram os dois.

Kleina sacou Leandro e colocou Marquinhos Gabriel; minutos depois, sentindo dores, Wellington, que fez um partidão, foi substituído por França.

O Parmera, tranquilo, sobrando, não deixava os bambis nem chegarem perto do Prass. E a torcida, vendo a garra do Xerife,  gritava: “Lúcio! Lúcio!”. O Verdão ia pra cima, dava trabalho, Valdivia tinha sempre três na sua marcação. O “sorteado” já tinha deixado de marcar dois pênaltis para o Palmeiras. E deve ter sido por isso que se viu obrigado a marcar o terceiro. Alan Kardec invadiu a área pela esquerda e foi derrubado por Rodrigo Caio, que dois minutos antes, cometera pênalti (não marcado) em Marquinhos Gabriel (o bambi, que já tinha amarelo, se beneficiou do fato de o juiz não lhe dar o segundo cartão no lance do pênalti). E numa cobrança perfeita, enquanto o ‘retired’ olhava com aquela cara de “me ferrei”, o lindo do “Lã” Kardec, fez o segundo do Verdão. 

Loucura na bancada do Paca. Fatura liquidada. O Palmeiras, imbatível, com 5 vitórias em 5 jogos, tocava a bola, e a torcida gritava “olé”! Não sei se foi por estar incomodado com o “olé”, ou se foi porque ele marcou um pênalti pro Palmeiras e isso não tava no contrato do “sorteio”, o fato é que o juiz, chinelinho, alegou contusão e foi substituído. Praga de Parmera é f…ogo!

Os bambis não tinham mais nada pra fazer em campo, a muralha verde e o comprometimento dos jogadores palmeirenses com o esquema tático, acabaram com eles.

Os nossos lindos só precisaram administrar, tocar a bola e esperar o tempo passar.

Palmeiras + torcida + San Genaro 2 x 0 SPFW + “Sorteado” + FPF… e ficou barato!

Até a próxima ‘bvambvis’! E segura o recalque!

 

Eu não gosto mais do Palmeiras quando ele está numa fase boa, e nem gosto menos quando ele está numa fase ruim. Muito pelo contrário, meu amor pelo Verdão aumenta gigantescamente quando ele mais precisa da minha ajuda pra caminhar. E o respeito que sinto por ele é o mesmo em qualquer uma das situações. Não teria cabimento eu estar sempre pedindo para que respeitem o Palmeiras e eu mesma não respeitá-lo. É assim, buscando ser coerente (nem sempre consigo), que procuro me conduzir em relação ao Palmeiras e em relação a todos os outros setores da minha vida também.

Além do mais, a fase do Verdão é boa, a campanha idem, só o campeonato que ele disputa, herança da gestão passada, é que não é nada bom. E nem tão fácil de ser disputado como imaginam alguns. Principalmente, quando se é o Palmeiras, o maior vencedor nacional. Gramados horríveis, esburacados; times que fazem cera durante um jogo todo, desde o apito inicial até depois do apito final; botinadas até não querer mais, simulação de faltas, de agressões a cada esbarrão; faltas violentas sofridas e não marcadas, faltas normais, assinaladas como se fossem jogadas violentas (a impressão é a de que o Palmeiras tem que dar o exemplo e seguir as regras à risca, mas os outros não), até bandeirinha desmarcando pênalti a gente viu… e todo mundo quer fazer o “jogo da vida” diante do Campeão do Século.

Foi uma cansativa ‘volta ao mundo’ para que o Palmeiras reencontrasse a Série A. Ele teve que se reinventar e aprender a “pegada” desse tipo de torneio. Algo parecido com pegar um carro bacaninha e o colocar numa pista de milhares e milhares de quilômetros, cheia de pedras, buracos, atoleiros… se o carro não for de rally, não alcança a linha de chegada. E quantos torcedores querendo um time Ferrari para essa via-crucis toda.

A matemática nos diz que falta um ponto… Pra mim, não falta nada, o Palmeiras conquistou o título no sábado, diante do Joinville, diante daqueles que o amam , e diante de meia dúzia de bobocas, que não sabem se casam ou se compram uma bicicleta. Cantam o jogo todo: ÔÔÔ Vamos ganhar, porcooo!! E depois que o porco ganha, ele é insultado, vaiado… Nunca vi nada tão sem noção…

Mas era por isso, pra ver o meu Palmeiras encerrar esse capítulo Série B, da maneira que eu sonhei e desejei no dia em que caímos, que eu queria tanto uma vitória no sábado. Foi com a disposição de ver o meu time colocar a mão no título que eu fui ao Pacaembu. Fui pra comemorar. Sim, eu disse comemorar. A vergonha aconteceu ano passado. Hoje, não há nada do que se envergonhar, muito pelo contrário.

E a partida foi deliciosa! E você pode estar se perguntando: “O que pode ter de delicioso” num jogo da Série B, diante de um Joinville?”. Tudo. Principalmente se o outro time é o Palmeiras, e se ele tem um Mago…

Tão logo o juiz apitou, já percebemos que o Palmeiras ia pra cima do Joinville. Não tinha nem dez minutos de jogo e Leandro saiu driblando todo mundo, fazendo fila e, na frente da área, tocou pro “Caramujo”. Ele chutou, e a bola passou pertinho. Quase!

E o Márcio Araújo tava jogando bem. O time todo estava bem. Fiquei encantada quando vi que o Caramujinho, esperto, roubou uma bola na intermediária, avançou, passou pro Mago, que com um toque rápido, preciso, deixou Leandrinho na cara do gol (Valdivia pensa rápido demais). E o garoto meteu na rede! Pensa num monte de torcedores felizes, se abraçando…

Apesar de o placar não se alterar no restante do primeiro tempo, o Palmeiras continuou sobrando na partida. Valdivia dava uns passes tão lindos, mas a conclusão não saía. O Joinville só assustou uma vez, quando o seu jogador, depois de passar pelo André Luiz, se viu diante do Prass e chutou à queima-roupa. Que susto! Lá, na hora, a gente não conseguia entender como o Prass tinha defendido aquela bola e perguntávamos uns aos outros: “Como ele fez isso?” Que reflexo tem o Prass!

Apesar de estarmos vencendo, a gente queria mais um golzinho, queria uma vitória mais consistente. Ananias tinha entrado no lugar do Vinícius e se movimentava bem. Mas logo aos 9′, Leandro fez uma falta, recebeu o segundo amarelo e foi expulso (merece um puxão de orelhas do Kleina). Tava na cara que o Joinville ia querer se aproveitar.

Mas quem tem um Mago, tem o inesperado, tem o sortilégio, o encantamento… E o Mago recebeu pelo meio e deu um passe de gênio para Juninho, ou seria o Gênio recebeu pelo meio e deu um passe de mago para o Juninho? Tanto faz… foi lindo demais! Foi o futebol na sua melhor expressão: arte! Aquelas coisas que só poucos e bons conseguem fazer (Ah, se fosse o Neymar fazendo isso, né Press?). E Juninho, com a maior responsa de ter feito parte daquele momento mágico, não deixou por menos e, de primeira, estufou as redes. Coisa linda! Que alegria no Pacaembu! Que bonito ver o Palmeiras fazendo gol com uma categoria dessa!

Não sei se tocada pela magia, pelo gol, mas, de repente me dei conta de que o que pedi pro Papai do Céu para 2013, estava acontecendo diante dos meus olhos. Eu queria muito que o Palmeiras fosse campeão. Muito! Subir, sem o título, não seria o Palmeiras… e tava ali, era o Palmeiras, sim. Eu não conseguia segurar as lágrimas. Alegria, alívio se misturavam em meu coração e eu já não conseguia assimilar todos os lances do jogo.

O Palmeiras e o Mago sobravam em campo. Valdivia era o maestro do time, com assistências perfeitas – uma delas, genial – com dribles, entortadas no adversário, e quando ficamos com um jogador a menos, foi ele quem chamou o jogo, quem prendeu a bola quando tinha que prender,  que comandou o Palmeiras em campo. E ele continuava fazendo das suas, mas o terceiro gol não saía.

Até que, os 42′, Valdivia lançou Ananias pela direita, ele driblou o adversário, avançou com a bola dominada e cruzou pra área. Henrique fez a proteção e o Renatinho mandou pro gol, mas a bola, que tinha endereço certo, bateu num jogador do Joinville. Só que ela sobrou para Serginho e ele, iluminado (sempre deixa o dele) mandou pro gol e explodiu de alegria. Saiu correndo, alucinado, tirou a camisa e levou amarelo. Que regra idiota essa. Quantas botinadas passam impunes e uma explosão de alegria, do cara que sai do banco e marca um gol, é punida com cartão.

Eu não via mais nada… mal percebi que o juiz apitava o final de jogo, Valdivia, merecidamente, saía aplaudido e tinha seu nome gritado pela torcida. Meu coração gritava feliz: É Campeão! É Campeão! E eu não ousava duvidar dele.

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Missão cumprida, meu mágico Palmeiras… Eu sei que faltava um ponto, mas, aqui comigo, que se dane a matemática… eu sei que o título é seu.

Comemoro hoje, e vou comemorar de novo quando esse pontinho chegar. Fui pra comemorar. Sim, eu disse comemorar. A vergonha aconteceu ano passado. Hoje, não há nada do que se envergonhar, muito pelo contrário. Não foi fácil chegarmos aqui (não tínhamos nem elenco suficiente para um coletivo quando 2013 começou). Vou comemorar termos feito as coisas da maneira certa, termos superado as dificuldades que encontramos; vou comemorar termos nos mostrado Palmeiras apesar de tudo o que nos aconteceu ano passado. Vou comemorar mais um título do meu time – comemoraria mesmo que fosse o de campeão de “Par ou Ímpar”, o de “campeão de Catar Conchinhas na Praia”…

Esse é apenas o começo do caminho de volta em busca dos títulos e dos momentos de glória!  E vamos fazer esse caminho juntos, Palmeiras! E de cabeça erguida, como deve ser.

E você, Série B, aproveita essas rodadas que faltam, pra ver de perto o maior campeão do Brasil, viu ? Olha bem direitinho, porque ele nunca mais vai voltar!

Booooora, Gigante! Pega logo essa taça, que temos um centenário pra planejar e festejar!!

Pois é, amigo leitor, que lambança estamos vendo acontecer no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. A cada nova situação, vamos percebendo que não é lenda urbana, paranóia de torcedor e tampouco brincadeira, que os tais promotores andam punindo jogadores e clubes de acordo com a quantidade de simpatia  que têm por eles. A falta de critério nas denúncias ou na falta delas, nos julgamentos e punições nos levam a pensar que estão agindo com clubismo por lá, e cada vez de maneira mais escancarada!

Puniram Valdivia por ter forçado um terceiro cartão amarelo e admitido isso, mas não fizeram o mesmo com o Elias, do Flamengo, que cometeu a mesmíssima infração (infração, nas contas do tribunal, que deu um jeitinho de enquadrar algo corriqueiro no futebol no tal artigo 258, e só porque era com Valdivia, DO PALMEIRAS). Dessa vez, o SporTV não ligou para o tribunal, o jornalista gambá, convenientemente, não viu, não ouviu e não falou nada sobre o cartão forçado do flamenguista; o promotor, já legitimando a punição que não viria para Elias, disse que precisaria analisar a reação do jogador… Uma vergonha! Não há nada na regra sobre conduta anti-desportiva que justifique que um seja punido e outro não, quando os dois agiram da mesma maneira.

A infração, que é o que deve ser motivo de punição, foi a mesma! De diferente só os jogadores, os clubes envolvidos e a raivinha do promotor porque Valdivia sorriu. O que nos leva a pensar que o tribunal pune com mais rigor os jogadores e clubes dos quais os promotores gostam menos. Mas isso não é correto, não é mesmo, Dona Justiça Desportiva? Afinal, eles estão lá para fazer com que o futebol seja conduzido dentro das regras, e só quando se fizer necessária a intervenção do tribunal. Mas não é isso que temos visto acontecer. Os promotores têm atuado e aparecido muito mais do que as arbitragens que já aparecem mais do que os jogadores, verdadeiros donos do espetáculo. E caso fosse mesmo necessário que aparecessem tanto – e não é – isso significaria que, dentro de campo, as arbitragens não estariam fazendo o seu trabalho direito e seriam os árbitros e bandeiras que deveriam ser punidos, não é mesmo?

E assim como Elias foi poupado de punição (detalhe: ele não ia servir seleção alguma. Forçou o cartão para descansar, porque estava meio ‘baleado’. Isso é bem mais anti-desportivo, né “Ximit”?), outros jogadores, de grandes clubes, também serão poupados. A punição mesmo, foi só para o Valdivia, DO PALMEIRAS. Penso que não deram e não darão punições iguais a outros atletas, de grandes clubes, porque não querem (ou será que não podem?) punir determinados jogadores de determinados clubes (pelo menos, essa é a impressão que esse dois-pesos-e-duas-medidas me dá). Assim como não punem também os clubes de determinadas torcidas, façam elas o que fizerem.

E desse jeito, acabam conduzindo campeonatos, quando, através do abuso de poder, através das penas rigorosas para uns e da benevolência e camaradagem pra outros, enfraquecem alguns times, fazendo-os ficar sem alguns de seus jogadores, fazendo-os jogar fora de seus domínios e longe das suas torcidas; enquanto isso, beneficiam outros clubes (são sempre os mesmos os beneficiados) absolvendo seus atletas, até mesmo em caso de agressão ou então, punindo-os, raríssimas vezes, com as penas mais brandas possíveis, e permitindo que suas torcidas aprontem seguidas vezes, sem que o clube pegue nenhum gancho mais pesado – isso, quando ele pega algum gancho.

O Palmeiras perdeu mandos de jogos, de novo, porque duas de suas torcidas organizadas brigaram entre si. As torcidas estão erradas, e sabem muito bem disso. Na verdade, qualquer torcedor que frequenta estádio sabe que a sua má conduta pode motivar uma punição para seu clube. E a torcida do Palmeiras, se pensar mesmo no Palmeiras, sabe que tem que se cuidar ainda mais do que as outras, porque o STJD faz vistas grossas para os delitos de algumas torcidas, enquanto pune com extremo rigor os delitos dos palmeirenses.

Já tínhamos perdido 10 mandos de jogos e, agora, perdemos mais dois. Você já viu algum clube grande perder tantos mandos assim? Mas já viu torcida soltar fogos em cima da torcida rival (flamenguistas, nos torcedores do Atlético-GO, por exemplo), já viu torcedores botarem abaixo a cerca do Pacaembu; invadirem o local destinado a outra torcida e baterem em torcedores e policiais; dispararem sinalizadores na direção do campo; matarem torcedores de emboscada; matarem torcedor dentro do estádio, num outro país;  já viu uma torcida atear fogo em carro alegórico de carnaval, fazer arruaça na Marginal; já viu são-paulinos quase matarem um flamenguista (caso recente e o tribunal nada fez)… os casos são tantos, um pior do que o outro e, alguns, são sucessivos, e de uma mesma torcida. Eu concordo que os atos de vandalismo de torcidas, de qualquer torcida, atos de violência cometidos por elas, resultem em punição. Mas quando só o Palmeiras é punido, a coisa fica com cara de trambique.

Na rodada de ontem, o Corinthians, do estádio com entulho reciclado – com sapo e tudo – do Palestra (pausa para risos… hahahahahaha) foi goleado pela Lusa por 4 x 0 (mais uma pausa… hahahahah). O bandeira, que ficou à frente da torcida alvinegra marcou um impedimento do ataque corintiano (milagre essa marcação), acertadamente, diga-se de passagem (não pagaram o BolsaApito), e levou uma garrafada da contrariada torcida.

Veja as imagens:

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Mais um caso de perda de mandos de jogos, né? Mas o promotor Paulo Schmitt já me saiu com essa:

“Deverá constar na súmula (CUMA?), mas as imagens serão solicitadas, sem dúvida”. Mas se não constar na súmula, o tribunal pega as imagens e pune mesmo assim, né “Ximit”? Como já fez ‘trocentas’ vezes com o Palmeiras. Não me faça pensar que você está preparando o terreno para deixar o clube sem punição. Já tá ficando impossível adjetivar esse ‘modus operandi’ do tribunal. Tratem de usar o mesmo Livro de Regras para todos os clubes.

Mesmo porque, se o árbitro não colocou essa ocorrência na súmula, ele é quem tem que ser punido. Foi avisado pelo bandeira, que lhe entregou a garrafa que havia sido  atirada em sua cabeça. Olha aí a imagem:

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E nada de pensarem em dizer que foi torcedor da Lusa quem atirou a garrafa, como já disse, com a maior desfaçatez, o tal Dr. Osmar. Olha o bandeirinha onde estava e olha qual era a torcida atrás dele. Pra ser torcerdor da Lusa, tinha que ter sido atirado um bumerangue e não uma garrafa.

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A mim, não importa que a torcida infratora seja da Ponte Preta da Capital, da Ponte de Campinas ou qualquer outra, de qualquer outro clube. Importa que esse tal de Tribunal de (IN)Justiça Desportiva, aplique as regras e distribua as punições IGUALMENTE. Como deve ser para um tribunal que se intitule ‘de Justiça’.

Talvez seja gostoso – para alguns torcedores – punir jogadores de clubes rivais; talvez seja divertido punir clubes adversários aos clubes de coração, deixá-los em má situação… mas isso não é correto, e não é divertido para todo mundo também. O Palmeiras e a gente do Palmeiras têm que receber o mesmo tratamento dos demais clubes.

Porque, se não for assim, está na hora de acabarem com esse modelo de tribunal que temos aqui. No resto do mundo tem alguma coisa parecida com essa Capitania Hereditária Brasilis, que passa de pai pra filho? Com a demora para se julgar alguns e uma baita rapidez para se julgar outros? Então…

Vão lá pra arquibancada, senhores. É lá que devem estar os torcedores. Ou então, arrumem uns apitos e umas bandeiras e vão pra dentro do campo apitar os jogos. Só tá faltando isso mesmo.

Segunda parte – E SE FOSSE O CONTRÁRIO, “SEO XIMIT”?

 

Mago-Kardec-agredidos-Blog

Você já imaginou, leitor, um jogador levar duas cotoveladas do Mago numa partida, sair de campo de cara inchada, olho roxo e lábio cortado, e o Mago não ser expulso, não ser dedurado, – by phone -, pelos “jornaleiros” da TV, não ter as imagens mostradas até no Fantástico, não ser denunciado pelo Paulo Schmitt, e nem ser punido pelas imagens depois? Impossível, né? Era capaz de o mandarem para o paredão de fuzilamento, pra guilhotina, cadeira-elétrica, andar na prancha… Não temos nada disso aqui? Mas, se o infrator fosse um jogador do Palmeiras, certamente passaríamos a ter. Em 2007 Valdivia foi expulso e, com a análise das imagens,  pegou 5 jogos depois, por revidar um puxão de cabelos com um empurrão, um quase soco. Mas Valdivia foi agredido trocentas vezes antes e depois disso, e de maneira bem mais desleal – levou um “coice” do William, do Coritiba, na final da Copa do Brasil, lembra? -, sem que seus agressores fossem punidos…

Já tentou imaginar, leitor, um jogador do Palmeiras, seja ele quem for, cuspindo no rosto de um adversário, sem ser expulso, sem a mídia fazendo um escarcéu e mostrando a imagem duzentos milhões de vezes ao dia, sem o STJD dando um gancho pesado pra ele, como aconteceu com  Willians, do América, que cuspiu no rosto de Alan Kardec? Você consegue imaginar um jogador do Palmeiras pisando as mãos de um adversário, de propósito, dentro da área, e o juiz não o expulsar, não marcar o pênalti e o STJD não o denunciar e punir?

Impossível imaginar, né? Para o Palmeiras todos os rigores da lei – e mais um pouco -… e o mais rápido possível. Os promotores, tão logo são questionados, já ressaltam a gravidade da infração, o artigo em que ela se encaixa, e já desfiam a quantidade de jogos máximos que o jogador do Palmeiras pode pegar, mas, para os clubes que têm  “trancinhas nas cores adequadas” – e não são só as rubro-negras as favoritas -, para os jogadores com “trancinhas nas cores mais agradáveis” aos promotores do tribunal, o discurso tem outro tom,  “há que se analisar se o jogador teve mesmo a intenção, há que se confirmar se o ano é bissexto, se o juiz relatou na súmula, se ele escreveu com caneta azul, se o vento mudou a trajetória do cuspe, se não foi o olho que se jogou de encontro ao cotovelo do adversário, se o jogador riu, se piscou, se coçou as bolas…” enrolation, embromation… para fazer o de sempre, não punir quem eles não querem punir.

Quem assistiu à partida do Palmeiras contra o América-MG no último sábado, viu o absurdo que foi aquilo. Uma arbitragem péssima, que foi responsável pelo resultado do jogo,  não assinalando lances capitais para o Palmeiras (três penalidades, só para exemplificar), e violência rolando solta, com a conivência da arbitragem, que permitiu que os atletas palestrinos fossem agredidos, cuspidos, que tomassem botinadas e cotoveladas de todos os jeitos e estilos, sem nem mesmo assinalar as principais e mais graves infrações. Valdivia apanhou mais do que Judas em sábado de Aleluia e sofreu agressão em duas vezes, pelo menos; Kardec foi agredido 3 vezes (foi pisado, cuspido e,  quando pegaram o joelho dele, apenas por maldade, também foi agressão).  Leandro, Wendel e o time todo levaram um monte de sarrafadas desleais. E nenhum jogador do América foi expulso por isso, nenhum foi pego pelo tribunal…

O assalto no apito e a violência em doses cavalares por parte dos mineiros, deveriam ser um prato cheio para a imprensa e para o implacável STJD, né? Que nada… nos vídeos por aí, você mal encontra as imagens dessas agressões e, pelo visto, o STJD não está muito interessado em buscá-las. A Press, por sua vez, só mostrou as imagens dos ferimentos palestrinos porque os próprios jogadores, que saíram de campo como se tivessem participado de uma luta de UFC, as divulgaram. Veja as imagens.  Valdivia, com o rosto inchado, ferido, e Kardec, com as mãos feridas, depois de ter sido pisado pelo goleiro do América, que, segundos antes, tentara quebrar as pernas do atacante.

Kardec-mão-pisada(Imagens Globoesporte.com)

A regra para agressão existe, mas é mais uma coisa que o STJD não tem muito bem resolvida, muito bem compreendida na cabeça dos seus torced…, ooops, promotores. Pra uns, ela é aplicada; pra outros, não… É inadmissível que jogadores saiam de campo assim machucados, sem que seus agressores sejam punidos por isso.

As câmeras de TV são inúmeras no estádios, em em todos os ângulos, sendo assim, podemos pensar que o STJD só não pegaria essas imagens e puniria os agressores de Valdivia e Kardec se não quisesse, não é mesmo?

Mas, para  o STJD, o peso e as medidas podem ser dois, mesmo numa mesma partida e numa mesma confusão em campo…

Lembra do jogo do Palmeiras contra o Paysandu, leitor? Lembra dos jogadores sentando a botina nos palmeirenses, fazendo uma cera absurda, se jogando no chão a todo momento para simular contusão (isso também é atitude antidesportiva, né “seo Ximit”? E o senhor não denunciou nenhum). Lembra de como eles tentaram segurar a reação do Palmeiras, né? Lembra da falta violenta sofrida por Wesley, que gerou revolta dos palmeirenses e fez o time do Paysandu ir pra cima do jogador?

Então… Há duas semanas, a Capitania Hereditária da Justiça Desportiva, se valendo de imagens, resolveu punir os jogadores que brigaram na partida entre Palmeiras e Paysandu. Até aí… tudo bem. Brigas não devem acontecer mesmo. Só que, baseado nas imagens, o tribunal levou a julgamento o jogador Wesley – que já tinha sido punido pelo árbitro – e Mendieta, que não recebeu punição alguma na partida. MAS NÃO LEVOU A JULGAMENTO NENHUM JOGADOR DO PAYSANDU!!  O Palmeiras, segundo o STJD, brigou sozinho! Que coisa, não? Wesley pegou mais um jogo de gancho e Mendieta pegou 4!!??!!O jogo foi no dia 17/08 e, no dia 05/09, Wesley e Mendieta já tinham sido tirados da lista dos relacionados para a próxima partida do Palmeiras, porque seriam julgados pelo STJD. Rapidinho, né? O Palmeiras conseguiu efeito suspensivo para Wesley e a pena de Mendieta foi reduzida para 2 jogos.

O goleiro do Paysandu que foi até o banco do Palmeiras engrossar a confusão, que partiu pra cima do Prass, xingando ele de tudo quanto é nome, na cara da bandeirinha, não foi visto pelo STJD… Nem o Vanderson, que fez a falta violenta em Wesley, e deveria ter sido expulso (aí não teria briga alguma) e que depois foi lá brigar… O STJD só viu o Wesley dar um empurrão nele quando ele chegou querendo briga (mas esse detalhe o tribunal também não viu).  O STJD SÓ VIU PALMEIRENSES BRIGANDO, E SÓ PUNIU PALMEIRENSES! Tá na hora desses promotores vestirem a camisa dos seus clubes e irem pra arquibancada;   lugar de torcedor é lá.

Olha aí o Palmeiras brigando “sozinho” em seu próprio banco:

Briga-Paysandu-Blog

Mas, como somos lunáticos, e o STJD é muito “justo”, podemos esperar  que, além de dar 2 jogos de gancho pro Elias do Flamengo, PELO CARTÃO AMARELO FORÇADO (não esqueci disso), usando a mesma regra que usou para Valdivia,  o tribunal irá usar a regra  que prevê punição para agressão e, assim como já puniu o Mago uma vez, assim como puniu Mendieta agora,  ele vai pegar os agressores de Valdivia (quando o Mago agrediu, pegou 5 jogos de gancho) e Kardec e dar um belo gancho pra eles.

Se o STJD não fizer nada disso, a gente vai poder pensar e também dizer, que os torcedores, ooops, promotores do STJD estão sacaneando o Palmeiras. Porque, para punir palmeirenses, a justiça deles é cega, mas dependendo do clube, a gente fica com a impressão que ela abre bem o olho para enxergar as cores das “trancinhas”…

Os nossos olhos estão bem abertos, viu STJD?? Estamos de olho…

PRIMEIRA PARTE –

Nesses últimos dias/anos, andamos reclamando um bocado do Superior Tribunal de Justiça (?) Desportiva – STJD.

Parece que o tribunal tem problemas com o poder que tem para punir jogadores; jogadores que, muitas vezes, nem foram punidos pelos árbitros, e que são punidos pelas imagens das partidas; jogadores já punidos pelos árbitros, que o STJD acha que deve punir de novo, quando isso nem é necessário; jogadores punidos pelo próprio tribunal, que são levados a julgamento outra vez pela mesma infração… e esse poder, que não anda sendo usado de maneira justa e imparcial, acaba influenciando até no andamento dos campeonatos.

Parece também que o STJD tem algum problema com o Palmeiras… ou então, o problema é que os seus promotores não conseguem julgar e punir outros clubes, jogadores de outros clubes, as torcidas de outros clubes, com o mesmo rigor com que julgam as situações envolvendo o Palmeiras. O tribunal parece implacável para o Palmeiras e para os que vestem as suas cores – se valendo até de denúncia feita por torcedor profissional de imprensa -, enquanto é uma verdadeira “mãe” pra outros… As penas nunca são iguais, mesmo em situações semelhantes. E as desculpas pra justificar essa “bipolaridade” são as mais esfarrapadas possíveis. Fica parecendo que é apenas clubismo o que move os promotores e que, de justiça, mesmo, esse tribunal não tem nada, uma vez que as imagens de um, são minuciosamente revistas e analisadas, enquanto as de outros, parecem que nem existiram, ou então, que foram/são vistas com outros olhos.

E aí a gente lembra do Vagner Love sendo julgado pelo STJD, e um dos seus promotores se lamentando que as trancinhas do jogador – verdes e brancas, na ocasião – não fossem rubro-negras. Essa “cor das trancinhas” tem feito cada coisa…

Na semana retrasada, os promotores do STJD tiveram a cara-de-pau de dar 2 jogos de suspensão para Valdivia, por ele ter forçado um cartão amarelo. Um tipo de suspensão que o mesmo STJD nunca deu para nenhum outro jogador, mesmo tendo sido inúmeros os casos de cartões forçados e publicamente confessados. E se a Justiça Desportiva nunca puniu ninguém por isso (o mesmo STJD absolveu Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, quando eles tinham as “trancinhas” rubro-negras), por que é que puniu um jogador do Palmeiras? E por que não puniu Paulinho e Tite do Corinthians no ano passado? Nem o Riveros do Grêmio? Nem todos os milhares de outros que fazem o mesmo desde que os cartões foram inventados? Punição com exclusividade para um único clube é inaceitável. Cheira a abuso de poder!

Na ocasião do cartão amarelo forçado de Valdivia, o presidente do tribunal, Flávio Zveiter, participou de um programa da Globo (o programa que havia recebido Valdivia antes da rodada, e que depois usou o que foi falado por ele lá, para dedurá-lo ao STJD) e afirmou:

Estou tomando conhecimento da declaração do atleta agora (“agora” significa: depois que o programa do corintiano André Rizek ligou pra ele pra questionar a punição que cabia ao jogador do Palmeiras. O mesmo Rizek, que não ligou para o tribunal quando o Paulinho, do Corinthians, o time para o qual ele torce, fez o mesmo), mas em tese, uma vez que eu ainda não vi o lance, essa atitude pode ser passível de punição porque caracteriza uma infração ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Ou seja, cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código, o que passa a ser passível de punição de uma a seis partidas (Guarde bem essas informações, você vai precisar delas depois).

O promotor Paulo Schmitt, também afirmou que jogador seria denunciado no artigo 258 do CBJD. E Valdivia foi mesmo denunciado (imagina se não seria) e punido com dois jogos. Uma punição exclusiva para Valdivia, nunca antes dada a nenhum outro jogador do país! Mas, antes dessa punição, já havia acontecido um julgamento – o único – de jogadores que forçaram um terceiro cartão amarelo. 

E veja o que o STJD achou da infração ao código naquela ocasião:

STJD-absolve-ronaldinho

Os jogadores das “trancinhas rubro-negras” – o tribunal as adora –  forçaram um terceiro cartão amarelo, admitiram isso e foram absolvidos, e, pelo mesmo motivo, o jogador do Palmeiras foi condenado. O pau que não bateu nos jogadores do Flamengo, bateu no jogador do Palmeiras. MAS QUE REGRA É ESSA, QUE VALE PRA UNS E NÃO VALE PRA OUTROS?  O STJD está se sobrepondo às regras do futebol? Caça as bruxas que ele bem entender, e deixa voando as que bem entender também? Se forçar um cartão é infringir o artigo 258, não pode haver absolvição pra uns e condenação pra outro. Ou pune todos ou não pune ninguém.

E o que diz o famigerado artigo 258?

Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).

PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador (o Tite não foi punido, nem julgado e tampouco denunciado), médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. (NR).

§ 1º É facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de advertência se a infração for de pequena gravidade. (AC). (acharam de grande gravidade o Valdivia forçar um cartão, sem ter dado botinada em um adversário!?!?)

§ 2º Constituem exemplos de atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros:

I – desistir de disputar partida, depois de iniciada, por abandono, simulação de contusão, ou tentar impedir, por qualquer meio, o seu prosseguimento; (AC). 

II – desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. (AC). (nessa aqui, o tribunal vê quem ele quer ver. Os casos de punição pra uns e “vistas-grossas” pra outros são inúmeros. Tem jogador que xingou o juiz e recebeu gancho, e tem jogador que xingou o juiz, igualzinho, e recebeu pena comunitária…)

E prestem atenção: O ARTIGO NÃO DIZ ABSOLUTAMENTE NADA SOBRE A PUNIÇÃO SER BASEADA NO TIPO DE REAÇÃO QUE TEVE O JOGADOR AO CONSEGUIR O SEU INTENTO (guarde essa informação também).

E se já tínhamos a impressão de que esse artigo 258 poderia estar sendo usado de maneira seletiva, clubista, uma nova situação veio reforçar a coisa. Nesta semana, o jogador Elias, do Flamengo – olha as “trancinhas” rubro-negras de novo -, forçou um terceiro cartão amarelo, pra descansar, e admitiu isso:

Elias-admite-cartão-forçado1

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/09/elias-recebe-o-terceiro-cartao-amarelo-e-nao-enfrenta-ponte-preta.html#atleta-elias-trindade

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/09/elias-deve-ser-denunciado-pelo-stjd-por-forcar-cartao-e-pode-levar-gancho.html

E aí, todo mundo pensou: “vai pegar dois jogos de gancho, assim como pegou o Valdivia, vai ser pego no tal artigo 258”, não é mesmo? Não há nem o que questionar. O presidente do tribunal disse que cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código. 

Nada disso! Parece que para o promotor Paulo Schmitt (como ele é contraditório) as coisas não são inquestionáveis assim. Pasme com as declarações do promotor à imprensa, sobre Elias ter admitido que forçou o cartão, acrescentando que a ideia foi do seu treinador:

Quem falou foi o Elias, o Mano disse que não pediu ao jogador. Em tese, será só o atleta (que será denunciado) – explicou Paulo Schmitt, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Um dos dois está mentindo, né “seo Ximit”? E o tribunal, ao que parece, premia a mentira, absolvendo de antemão quem dela se utilizou.

E então, o promotor falou sobre denunciar ou não o jogador do Flamengo:

É provável. O tratamento a esse tipo de conduta de manipular o controle de cartões, escolhendo o adversário para o cumprimento do impedimento automático, é reprovável e será avaliado. Dependendo da análise das provas, receberá da procuradoria esse atleta o mesmo tratamento de outros que assim agirem – explicou.

http://extra.globo.com/esporte/flamengo/flamengo-stjd-vai-analisar-se-elias-forcou-terceiro-cartao-amarelo-9946022.html#ixzz2eyQ0A1f5

Análise das provas? É reprovável e será avaliado? O jogador admitiu e o tribunal ainda vai analisar as provas? Como assim, “seo Ximit”? Não tem essa de que vai analisar se o Elias forçou o cartão, ELE ADMITIU PUBLICAMENTE QUE FEZ ISSO! O jogador vai ter que provar que falou o que falou? Depois dessa embrulhada toda só se ele for muito burro, né? O senhor não se pronunciou da mesma forma sobre o cartão do Valdivia.

E o promotor também não quis comparar os dois casos (Valdivia e Elias) ainda alegando que precisaria rever os lances da partida e o pós-jogo.

Cada caso é um caso. O Valdívia riu no lance, debochou após o jogo e entrei com uma ação para a suspensão. Nesse caso tenho que avaliar, ver como tudo aconteceu, como o jogador reagiu. Não posso afirmar nada ainda – disse.

Que história é essa de “Valdivia riu no lance” e ” tenho que ver como o jogador reagiu”, Sr. Paulo Schimitt? A regra diz que a punição é para quem ri ou para quem força o cartão? Os dois casos são idênticos! Os dois forçaram o cartão e admitiram isso. A única diferença que há no caso são as “trancinhas rubro-negras” do Elias. Elas vão pesar, de novo?

Onde há na regra qualquer alusão à reação do atleta que forçar um terceiro cartão? O TRIBUNAL NÃO PODE INVENTAR UM “ADENDO” À REGRA QUE ESTÁ NO LIVRO, CONDENAR VALDIVIA PORQUE ELE RIU E ABSOLVER ELIAS PORQUE ELE NÃO RIU. Já não há nada no artigo sobre forçar um terceiro cartão, o tribunal é que resolveu que um cartão tomado de propósito (só o do Valdivia) é exemplo de atitude contrária à disciplina ou à ética desportiva. NO ARTIGO NÃO HÁ NADA SOBRE A REAÇÃO DO ATLETA. A Justiça Desportiva está querendo que isso seja a brecha para livrar o jogador que tem as trancinhas nas cores que agradam aos homens do tribunal? É isso? Se não é, tá com cara que é!

Tá com cara também, que estão dando a deixa para que os jogadores, daqui por diante, cometam a infração, jurem de pés juntos que não a cometeram e não riam em hipótese alguma. E isso é vergonhoso, uma vez que a infração, SE É QUE ISSO É MESMO UMA INFRAÇÃO, continuará a ser praticada. O tribunal, que puniu a sinceridade de Valdivia,  absolverá a dissimulação de outros?

Não entendo nada de leis, mas imagino – e imaginar eu posso – que os promotores não têm o direito de usar a regra de maneira torta, da maneira que acharem melhor, para punir quem eles querem punir e inocentar quem eles querem inocentar.  Eu quero entender, Sr. Paulo Schmitt. O tribunal não DEVE APENAS FAZER COM QUE AS REGRAS SEJAM CUMPRIDAS, IGUALMENTE, SEM PRIVILÉGIOS? A DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL É CLARA: cavar propositalmente um cartão amarelo para se livrar de pura ou eventual suspensão se caracteriza como uma infração ao código. 

Vou achar imoral e muito anti-ético se isso for agora distorcido para beneficiar um clube, quando um outro clube já foi prejudicado pelo mesmo motivo (acho imoral que a imprensinha já tenha “esquecido” o cartão forçado do Elias; acho indecente que ela legitime, sempre, o benefício pra alguns em detrimento do prejuízo pra outros). O STJD vai ter que dar dois jogos para o Elias também, como deu para Valdivia (onde está a imprensa para falar sobre isso?). Porque se não der, vou me sentir no direito de pensar que o STJD pune quem quer, quando quer, do jeito que quer, e deixa de punir também quem ele quer, quando ele quer e do jeito que quer.

E aí, vou começar a pensar também que vão ter que criar um outro tribunal, para que ele possa fiscalizar, denunciar, julgar e punir o STJD que não anda fazendo as coisas direito…

O Palmeiras venceu mais uma. Derrotou o Asa por 3 x 0 (Kardec, Wesley e Serginho) e faltando 17 rodadas, está a praticamente seis vitórias do seu retorno à série A. O time jogou bem; Márcio Araújo fez uma bela partida; nosso goleador, “Lã” Kardec, já marcou 9 gols; temos 3 jogadores convocados por seleções de 3 diferentes países e um outro convocado para a Sub-20 brasileira (tchuuupa, Tamoxunto!); temos o melhor ataque da competição (igual ao melhor ataque da série A); a segunda melhor defesa; temos um dos planos de sócio-torcedor mais baratos, com um dos maiores programas de vantagens; mesmo disputando a série B, o elenco conta com vários jogadores que já conquistaram títulos, até mesmo Libertadores; o técnico tem o grupo na mão; diretoria, comissão técnica e jogadores remam pro mesmo lado; o ambiente é bom…

Enfim, o Palmeiras vai caminhando em sentido contrário ao lugar de horrores onde a antiga administração o colocou. Com muita dificuldade e muito coisa por fazer, mas muita seriedade também, vai pondo fim ao pesadelo vivido em 2012…

Parece bom viver tempos menos atribulados, não é mesmo? Estamos cheios de boas notícias para as pautas da imprensa. Que nada! Os “peperones” se multiplicaram (até na MP já os encontramos) e estão sempre noticiando problemas que não existem, crises que não são reais, coisas que querem fazer mais importantes do que o fato de estarmos saindo da famigerada série B.

Até aí, não estou falando nenhuma novidade. Que boa parte da imprensa esportiva brasileira anda com o nível de qualidade batendo no pré-sal, a gente sabe… pautas horrorosas, notícias distorcidas, crises inventadas, erros de português, uma lástima.

Mas parece que, agora, tem uma nova modalidade de jornalismo: o INVENTATION!

Veja só isso, leitor. O técnico Gilson Kleina, após a vitória do Palmeiras diante do Asa , falou sobre o retorno do Valdívia e sua programação daqui pra frente.

E ele disse o seguinte:

“A gente sempre quer o Valdivia em campo, né? Acho que desde o momento que nós começamos a monitorá-lo, e teve a consciência e maturidade de todos, nós conseguimos colocar muito mais o Valdivia dentro de campo, inclusive dentro da seleção também. Mérito total do Valdivia.

É muito legal isso de que ele quer ficar, tá comprometido, e isso não tira nada daquilo que a gente pensa. Porém, é uma coisa que a gente tá utilizando e que amanhã vai fazer de novo.

Vou reavaliá-lo, fazer da mesma maneira. A gente nunca está aqui querendo negar pro torcedor, ele sabe da qualidade do Valdivia, o que ele representa pra nós, mas também é preciso respeitar aquele protocolo que a gente tá fazendo.

É uma condição, é claro, que o Valdivia pode iniciar o jogo; ele sabe que pode ser o diferencial no jogo de sábado, mas desde que as avaliações, os testes lá , deem condição pra que a gente não só tenha ele no sábado, mas possa tê-lo até o final do ano. Porque é importante nessa reta final contar com todos os grandes jogadores.”

Ouça o vídeo (eles querem acessos mesmo). Gilson Kleina parece falar apenas sobre o retorno do jogador e sua programação daqui pra frente:

http://esportes.terra.com.br/futebol/videos/gilson-kleina-responde-chilique-de-valdivia,485772.html

Veja se o que o conteúdo do vídeo combina com o título com o qual ele foi publicado.

Terra-sacana

Terra-sacana1a

Notícia estranha… E com o agravante de ter duas informações inverídicas na mesma notícia. Uma é sobre o tal chilique; a outra é: “Jogador não gostou de ser substituído”. Oiiiii? Alguém precisa contar para os estagiários do Terra que, além de não ter havido chilique algum, VALDIVIA NÃO FOI SUBSTITUÍDO EM NENHUM MOMENTO DA PARTIDA!! Ele entrou em campo no segundo tempo, substituindo Felipe Menezes (será que eles tentaram dizer que ele não gostou de ter ficado no banco?!? O que também não seria verdade).

Não me parece muito honesto esse “mix” de notícias… Não tenho como afirmar, mas, ao ouvir o vídeo só com a resposta do Kleina e sem a pergunta que teria sido feita a ele, fica parecendo que Kleina não está respondendo ao jogador coisíssima nenhuma. Na verdade, a impressão que tem uma pessoa que foi ao jogo, como eu fui, é que pegaram um trecho da entrevista do Kleina, que estava apenas falando da programação que será feita com o Valdívia, o editaram e colocaram como se fosse uma resposta ao “chilique” do jogador – chilique imaginado por quem escreveu.

A assessoria de Valdivia me informou que “o Mago jamais reclamaria por não jogar, o que nunca fez, e que ele SEMPRE respeitou, respeita e respeitará as ordens do treinador que o comandar. Valdivia é um cara de grupo, que respeita os companheiros que também têm condições de jogar pelo Palmeiras”.

Até quando teremos que aguentar esse tipo de “jornalismo”? E por que o alvo maior é sempre o Palmeiras? Custo a acreditar que seja apenas por iniciativa dos redatores, afinal existem chefes de redação, e não é possível que eles concordem com esse “jornalismo”… e se, por acaso, tivesse mais coisa aí, quem ou “quems” estaria por trás? Ou o motivo seria apenas o sensacionalismo do que, falsamente, o título da matéria sugere, e todos os acessos que, consequentemente, isso daria ao portal?

Talvez o motivo seja outro, porque as duas hipóteses acima não me parecem ser muito corretas…

Em todo caso, isso nos faz ter apenas uma certeza, a de que não podemos mesmo confiar no que lemos em alguns portais. Até eu, que não sou jornalista, tenho muito mais cuidado e preocupação com a veracidade do que publico aqui no blog, com o tipo de informação que levo aos meus leitores.

ESTAMOS DE OLHO, VIU PRESS?