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Foi uma paulada… jamais imaginaríamos que aconteceria algo com Fernando Prass, o nosso goleiro amado, herói das metas palestrinas e melhor goleiro do Brasil, enquanto ele estivesse a serviço da seleção brasileira, ainda mais antes de estrear.

Eu não pude acreditar quando me avisaram no whatsapp que Prass teria uma fratura no cotovelo… como assim, meu Deus? Fratura? Ele havia sentido dores no cotovelo, ok, mas, na sexta-feira à noite, uma publicação da CBF dizia que estava tudo bem com ele, que provavelmente poderia até jogar o amistoso, e no final da tarde de sábado… uma fratura? A ser confirmada ainda? Uma fratura que acontecera no aquecimento (era o que diziam)?

A notícia esmagou o meu coração…

Às vezes, a vida tem um jeito horrível de escrever as coisas… Era impossível não chorar… era impossível não sentir a dor que Prass deveria estar sentindo… a empatia me fazia sentir aquele gosto horrível de sonho que não se realizou por inteiro, aquele gosto amargo de “quase”… me fazia sentir a dor dele, que perdia também o restante do campeonato brasileiro. Sim, para aumentar a nossa tristeza,  Prass não joga mais neste ano.

Não era nosso sonho que Prass fosse convocado, que viesse a ser capitão da seleção brasileira, não, nós o queríamos no Palmeiras; a maioria das pessoas (sou uma  delas) nem gosta mais da seleção. Mas a seleção era o sonho de Prass (é o sonho de todos os jogadores de futebol) e, por isso, sonhamos com ele, nos alegramos com ele, por isso, quase morremos de felicidade quando o vimos com a camisa da seleção canarinho… por ele – por Gabriel Jesus também -, iríamos torcer muito pela seleção.

Mas nosso herói sofreu um revés da vida… e se tinha uma pessoa que não merecia passar por isso, essa pessoa é Fernando Prass, profissional, sério, ético, muito dedicado… um atleta que honra mesmo a camisa que veste. E é por isso, por ele, que doeu tanto na gente.

“O Prass não!”, dizíamos todos… mas a confirmação do corte veio… e também a imagem dele, mochila nas costas, abatido, falando ao celular… como administrar algo assim? E, chorando, eu só conseguia me lembrar daqueles olhos brilhando, sorridentes, que fizeram Prass parecer mais menino que Gabriel Jesus na coletiva pós convocação…

Numa hora dessa a gente vê que gosta do Prass ainda mais do que imagina… e chorávamos todos. Estou chorando até agora.

Mas a vida é assim, Prass… ninguém poderia ser chamado de guerreiro se não tivesse batalhas para vencer… ninguém poderia ser chamado “forte” se não tivesse que enfrentar obstáculos e momentos de superação…

Não se abale,  não esmoreça, capitão! Você representa muito pra todos nós, é o nosso herói, o cara que ajudou (e como ajudou) a escrever o início de novos e felizes tempos no Palmeiras, e que escreverá muitos mais. Estamos com você nessa! E estaremos juntos em cada momento dessa batalha, que será mais breve do que imaginamos, se Deus quiser. “Iremos” até às sessões de fisioterapia com você, esteja certo disso. E nossa admiração, nosso carinho e nosso amor vão te recuperar (os médicos do Palmeiras também, claro), e logo você estará de volta ao gol do Verdão. Outras oportunidades na seleção vão te encontrar pelo caminho, acredite. Você merece que isso aconteça.

Hoje, choramos todos de tristeza (imagino que até a camisa da seleção esteja chorando porque não será mais vestida pelo melhor do país)… mas, em breve, choraremos de alegria, juntos!

O Palmeiras jogará pra você, tenho certeza. Esse infortúnio de agora será o combustível extra pra conquistarmos a outra metade do campeonato e oferecê-la a você, já que você foi indispensável na conquista de quase um turno inteiro. Vagner e Jaílson, que são ótimos goleiros, serão um espelho seu em campo. Se tudo der certo – e vai dar -, no final do ano, ao lado de seus companheiros e da sua família verde-esmeralda você levantará a taça de campeão pra nós.

#ForzaPrass!! Um cara que joga brilhantemente no gol, que superou tantos momentos difíceis transformando-os em alegrias imensas, e tirou de letra a pressão de cobrar um pênalti pra decidir uma competição e dar um título ao seu time,  pode superar qualquer coisa!  Que o imenso amor da Família Palmeiras conforte o seu coração… e esteja com você todos os dias.

ATÉ BREVE, CAMPEÃO!!
PalmeirasTricampeão-PrassMonstro

 

“You always smile but in your eyes your sorrow shows, yes it shows…”

Eu não consegui chorar depois que o jogo acabou, chocada com a situação que vivemos agora, sem poder acreditar onde foi que nos colocaram outra vez, minhas lágrimas pareciam ter sumido. Um rasgo no coração já tão cansado de apanhar, coração, que estava morrendo de tristeza por causa do que fizeram ao Palmeiras. Acordei setecentas vezes durante à noite, pedindo a Deus para que meu cérebro “dormisse” um pouquinho e eu não fosse capaz de pensar, de entender, de lembrar…

Ao conversar com um amigo pela manhã, reencontrei as minhas tão amargas lágrimas desaparecidas… a dor no peito era/é imensa.

Estava na cara que o que não começou certo, ia terminar errado…

A montagem do time/preparação/planejamento – dê o nome que quiser – para o Brasileirão foi descuidada, desastrosa. Tínhamos montado um time bom para jogar a segundona, e passamos por ela sem sustos; depois, montamos um time legalzinho para o Paulistão e, por pouco, não chegamos à final. E aí, viria o Brasileiro… o campeonato mais importante do país.

Não sei se foi porque tinha sido fácil a montagem (sem dinheiro) do time de 2013,  se foi porque o time se saiu relativamente bem no paulista, mas o fato é que devem ter achado que seria fácil para o campeonato que tem a participação dos melhores clubes do país.

Precisávamos apenas de algumas peças para dar um “up” no time do Paulistão. Estávamos todos contentes esperando a melhoria no time, que não seria tão difícil assim. Mas vimos acontecer o contrário. Pra começar, perdemos um zagueiro titular, depois, perdemos o atacante – o melhor que havia no elenco -, e para o vizinho do lado. Eu sei que foi ele que se ofereceu ao clube vizinho, mas sei também que a nossa diretoria deu um vacilo tamanho gigante na condução da negociação com o jogador, que ainda tinha vínculo contratual com o Palmeiras. Um grande erro.

Pra piorar, nossos dirigentes, numa total falta de visão, venderam Valdivia, o nosso melhor jogador, o cérebro do time – eu sei que nenhum jogador é inegociável, mas como é que se vende o melhor jogador do time, sem que um substituto à altura tenha sido contratado? E aí a coisa desandou… sem ninguém com capacidade de substituí-lo na criação das jogadas, e com o nosso goleiro titular machucado, vimos a verdadeira cara do nosso futebol. De nada adiantou termos contratado Gareca, que era bom técnico, mas, devido às carências e ausências do elenco, não conseguia fazer o time vencer. E, com uma derrota atrás da outra, Gareca foi demitido, e Dorival Junior foi contratado (nunca achei nada em Dorival, mas já que veio, fazer o quê?).

Por sorte, Alá era palmeirense, a negociação do Mago não deu certo e ele voltou. Se não tivesse voltado, não estaríamos ainda fazendo contas, porque, certamente, nossas chances de fazer contas já teriam acabado faz tempo.

E o Palmeiras voltou a vencer algumas partidas, esboçou reação, voltou a jogar de igual pra igual com times que estavam bem na tabela, saiu da zona incômoda e ganhou uma gordurinha (e é capaz que essa gordurinha, que “tá no talo”, mais uma derrota do Vitória, acabem nos salvando). Mas isso foi até Dorival, que estava indo bem, começar a fazer bobagens… e o Palmeiras voltar a jogar nada e perder… quatro partidas seguidas… já são 19 derrotas no campeonato. Como assim, diretoria? Jogadores custo zero, que rendem zero, que utilidade têm? E um técnico mais barato, que não tem recursos e capacidade para, pelo menos tentar fazer algo diferente na hora que a água bate na bunda, serve pra quê?

O time travou, e só Dorival não viu… só ele não viu que alguns jogadores nada acrescentavam ao time, só ele não viu que deixava gente mais qualificada no banco, e continuou, tenebrosamente, a repetir escalações e substituições derrotadas – se dá tudo errado numa partida, como imaginar que as mesmas peças, nas mesmas posições, e as mesmas substituições, farão dar tudo certo na partida seguinte?

E o que vimos nas últimas quatro partidas foi um filme de horror. O Palmeiras sendo batido, colocado a nocaute, sem briga, sem luta, sem raça… e a gente olhando, querendo ajudar, mas sem poder fazer nada, sem poder acreditar.

Eu sempre achei que jogador que se sai bem numa partida ganha chance na próxima, e o que não se sai bem, perde o lugar. Acho que me enganei. Dorival prefere manter Mouche, Cristaldo, Allione e Washington, por exemplo, no banco, e insistir em Diogo, Juninho, Marcelo Oliveira, Felipe Menezes, Mazinho, Wesley (que nem foi tão mal assim no jogo passado)… Baseado em quê ele dá preferência a esses jogadores, até na hora da substituição, e deixa no banco os que deveriam ser titulares? E, na ausência do Mago, porque ele nunca tenta os outros meias que temos no elenco?

Depois de tanto sofrermos e gastarmos dinheiro à toa tentando encontrar laterais, “achamos” João Pedro e Victor Luís nas categorias de Base. E o que aconteceu? Victor Luís, tomando conta da lateral-esquerda, virou volante, para o fraco Juninho continuar jogando e o Washington, que é volante, ficar no banco. Não dá para entender e nem aceitar.

O time é ruim? É!! Mas, mesmo assim, daria para arrumar ele melhor, né Dorival?

Que desgraça! Como se não bastasse a vergonha e frustração da derrota na estreia do Allianz, por pura burrice do nosso técnico, que privilegiou jogadores que não andam rendendo nada, que mantém o time sem padrão de jogo, por falta de pensar dos nossos dirigentes (estreia da arena numa fase dessa?), nós ainda fomos queimar mais um cartucho diante do Coritiba, mais uma oportunidade de pontuarmos e ficarmos mais tranquilos na tabela.

E o pior, nem Sport e nem Coritiba jogaram muita bola, nós é que deixamos a desejar e não jogamos absolutamente nada! Entregamos os jogos sem luta, sem brio, sem sangue nos olhos, sem sangue nas veias. O Prass tem razão, “A gente toma o gol e depois se desorganiza. A gente está sem poder de reação. O time adversário não se sente agredido e fica com confiança para fazer o gol”. É bem assim, quando os adversários percebem que não levamos perigo algum, eles tratam de ir buscar o resultado. E o Dorival é o único que não percebe isso. E, pelo visto, não tem ninguém que o faça enxergar.

Ficamos ansiosos para ver um time modificado em Curitiba, mas, quando vimos a escalação… já ficamos “espertos”. E não deu outra, sem agredir o adversário, sem levar perigo algum, com Valdivia machucado, tentando jogar no sacrifício, com um monte de bobagens feitas por Dorival (desde quando Diogo é substituto para o Mago? Desde quando Cristaldo, Mouche e Allione são banco?) acabamos sendo derrotados e mergulhados num pesadelo.

E o que fazemos agora com esse “inverno” que se apoderou  do nosso coração? Quem é que vai colocar de volta o chão que havia debaixo dos nossos pés? Quem vai tirar essa angústia do nosso peito?

De quem vamos esperar as providências que farão com que o elenco e a comissão técnica reajam e saiam desse torpor? Para quem podemos pedir que não seja mais escalado o mesmo time que foi derrotado em 4 partidas seguidas? Quem é que vai enfiar na cabeça oca de Dorival que ele tem que mudar o que não está funcionando, que ele tem que ousar, inovar, meter três zagueiros no time, cazzo? Que Mouche e Cristaldo jogam mais que Diogo? Que Victor Luís é lateral? Que o Wesley não acerta um passe? Que Allione não pode entrar em campo só depois que a vaca foi pro brejo? Quem é que vai preservar Valdivia – caso ele não tenha 100% de condições para jogar contra o Inter – para o jogo decisivo no Allianz (jogo decisivo… Deus do céu!)? Quem é que vai gritar para esse elenco que ainda não acabou, e que temos chances sim, p$#@rra? Que se a torcida não desiste nunca, eles estão proibidos de desistir também? Que eles são homens e não meninos, e que não podem se acovardar e sair de campo sem ter lutado, sem ter suado até à última gota, sem ter honrado a camisa que vestem?

Quem é que vai vir nos dizer alguma coisa?

Não tenho as respostas para essas perguntas… mas espero que esse “alguém” seja você, presidente Paulo Nobre. E que você se importe e  se mexa enquanto há tempo, que você faça o time acreditar e cobre mudanças do técnico,  que você faça tudo o que estiver ao seu alcance (mala branca, mala verde…), e até o que não estiver, para salvar o Palmeiras.

Não merecemos esse sofrimento, e o Palmeiras não merece essa vergonha.

Mas, deixo claro, com sofrimento ou sem ele, com vergonha ou sem, não importa como, não vou desistir do Palmeiras! De jeito nenhum!

REAGE VERDÃO, E VAI BUSCAR ESSES PONTOS QUE FALTAM, A VANTAGEM É PEQUENA, MAS AINDA É NOSSA!

“Se alguém disser pra você não cantar
Deixar teu sonho ali pr’uma outra hora…

… Se alguém disser pra você não dançar
E que nessa festa você tá de fora…

Não acredite, grite, sem demora…

Eu quero ser feliz agora!”  –  Oswaldo Montenegro

Por mais que nós soubéssemos que o Palmeiras precisava começar a ser reconstruído em seus alicerces – sei que essa é a lógica -, por mais que tenhamos conhecimento de que nos próximos dois anos, seja quem for o presidente, ele vai encontrar a instituição muito mais saudável, sem as sangrias de dinheiro palestrino que havia por todos os lados (dependendo de quem assumir, o clube vai sangrar tudo outra vez), sem  a falência, constatada em Abril de 2013; por mais que tivéssemos tido/tenhamos paciência, não dá para ficarmos inertes diante do que estamos vendo, não dá para não ouvirmos o nosso coração que quer apenas ser feliz…

As sirenes de alerta do futebol do Palmeiras estão “berrando”… A venda de Valdivia, o único craque diferenciado que tínhamos pra “pegar pelo rabo”, expôs a ferida da qual tanto nos horrorizamos agora. Era ele a “usina geradora de qualidade” que alimentava de bom futebol diversos setores do time.

Eu sei que vender e comprar jogadores é rotina de todos os clubes, mas sei também que um bom planejamento prevê que um craque nunca irá embora antes do seu substituto chegar. Todo mundo está vendo a ruindade que o time do Palmeiras ficou sem ele – e justo quando temos um bom técnico. E onde está o substituto de Valdivia? Onde está o novo camisa 10 diferenciado? E como podem os nossos dirigentes acreditar que o time sobreviverá sem ter alguém para criar as jogadas? E como podem não se incomodar que o time do Palmeiras não sobreviva – é essa a impressão que tenho – e despenque na tabela por causa disso, em pleno centenário do clube?

NÃO! MIL VEZES, NÃO! EM TEMPO ALGUM, AINDA MAIS EM NOSSO CENTENÁRIO!

Diante do Bahia, do fraco Bahia, que serviu de sparring pra todo mundo, nosso time só foi capaz de empatar. O primeiro tempo foi de doer. O time corria, tentava buscar, mas o nível técnico era sofrível. Do lado do Bahia, era pior. E o time baiano ficava inteirinho no campo de defesa, e fazia cera de montão.

O Palmeiras teve muito mais posse de bola na partida, o que foi uma inutilidade, já que eram poucos os que a punham no chão para tentar construir uma boa jogada. Ciscava, ciscava, e nada! Tinha posse, mas não tinha ‘munição’ para os ‘atiradores’ lá da frente. E, para alguns, fica tão mais fácil culpar os ‘atiradores’; para outros, fica fácil culpar o técnico…

Não acho que falta vontade aos jogadores como dizem alguns, nem que tenha jogador querendo sabotar o técnico como fantasiam outros. O que acontece é que falta qualidade no time, e, em várias situações de jogo, não se sabe como chegar ao gol adversário, por mais que se tente, por mais que Gareca procure acertar o time. Aquele malfadado “último passe” não acontece como deveria, e aí a finalização sai pior ainda. E isso é quase matemático, né? Sem uma boa assistência = ataque zerado, exceção feita apenas para jogadas individuais e cheias de talento, e algumas outras, de pura sorte. E estamos numa falta tremenda dessas jogadas…

A carência no setor é tanta, que estávamos todos lamentando a ausência do garoto Allione, recém contratado, e que tinha feito até então apenas uma partida – está na cara que a pressão e a cobrança em cima dele, acabarão sendo muito maiores do que deveriam ser. Ele terá que dar certo pra ontem, tadinho, e não deveria ser desse jeito, não é mesmo?

Ainda assim, precisamos de um 10, e dificilmente um substituto à altura do Mago poderá ser comprado pelo dinheiro que se conseguiu com a sua venda; precisamos de um lateral direito também, ainda que Weldinho se saia melhor do que Wendel; precisamos de mais um atacante, bom – vem chegando  Willian José, que estava emprestado ao Barcelona B  (será que é o irmão do Louro José?) Que seja uma grata surpresa, assim como aconteceu quando chegou Kardec, que estava encostado lá no Benfica… Não temos muito tempo para apostas, precisamos de gente pra chegar e resolver.

Mas, no Pacaembu, no nosso compromisso diante do Bahia, quando encarávamos os nossos problemas, a única bola redonda que chegou no ataque foi um cruzamento de Victor Luís (está se saindo bem o garoto), na medida, que Henrique guardou de cabeça aos 15′ do segundo tempo. Nas outras oportunidades criadas, no jogo todo, como a bola não chegava redondinha, era preciso que nossos atacantes tivessem boas doses de criatividade e talento para finalizar com acerto, e, por isso mesmo, nada acontecia.

Era triste ver o nosso futebol tão magrinho… Era doloroso ver o Palmeiras, às vésperas de seu aniversário de 100 anos, não conseguir se impor diante de um time da zona de rebaixamento. O Bahia, tão mixuruca, quando viu que o dono da casa não assustava, tratou ele de tentar. Ficamos tão felizes e aliviados com o gol de Henrique, mas não conseguimos nem comemorar direito, porque o Bahia logo empatou – muita gente não conseguiu ver o gol adversário, por estar, contrariadamente, embaixo de uma bandeira de torcida. Se, por acaso, tivesse sido um gol do Palmeiras, não teríamos visto também.

E se o Bahia já fazia cera antes do seu gol, imagine depois dele… E o Palmeiras sem cacife para detonar um adversário desse naipe. Pobre Palmeiras…

O juiz deu 4 minutos de acréscimo, mas podia ter dado 40… muito provavelmente o placar continuaria inalterado.

Olhávamos um pra cara do outro e nem sabíamos o que dizer, nem sabíamos o que pensar… o coração estragado por vermos o nosso amor tão enfraquecido dentro de campo.

A poucos dias de uma data que deveria ser memorável, pela qual tanto ansiamos, estamos nós aqui, esperando a entrega do Allianz Parque (que não fica pronto nunca, porque tem gente esquecendo que ele É do Palmeiras), com a tabela de classificação na mão, fazendo contas, e rezando para não entrarmos na zona de rebaixamento. Quem diria?

Que “presentão” de aniversário para aqueles que carregam o Palmeiras nas costas… e para a história do Palmeiras principalmente… Faz tempo que estamos só no #AmorModeOn da torcida.

Eu  me recuso a acreditar que Paulo Nobre e os responsáveis pelo Departamento de Futebol não estão vendo o perigo rondando… que o Departamento de Marketing não esteja sendo capaz de gerar receita para que seguremos alguns jogadores e compremos outros;  não consigo nem conceber a ideia de que o coração dos palmeirenses administradores não esteja doendo como dói o nosso… que eles não se sintam miseravelmente tristes e amargurados, como nos sentimos agora…

Não posso admitir que o futebol, a razão do Palmeiras existir, seja deixado de lado dessa maneira, assim como estão sendo deixados de lado os seus torcedores. Não posso esquecer que tínhamos um time bem melhor no ano passado, e no começo deste ano também… não vou subestimar a capacidade dos dirigentes, achando que só nós, torcedores, sabíamos que quebrar a espinha do time, perdendo Kardec, vendendo o Mago, e sem contratar à altura, ia nos deixar mancos, sem condições de caminhar…

Não quero só ter que entender – e olha que sou boa nisso -, não quero só ter que esperar, que aceitar, que ser racional… Quero poder enlouquecer de alegria, quero perder a razão… É aniversário do Palmeiras, e eu quero ser feliz com ele, agora!

E se não puderem, se não vão me fazer feliz, por favor, só não me façam infeliz… de novo.

Luxa, você está triste… Não está mais feliz e anda bem desmotivado para treinar o Verdão. Que pena! Quem dera pudéssemos dividir a nossa alegria com você. Estamos tão felizes que você nem é capaz de imaginar quanto… Você exigiu a saída do nosso ídolo e quase morremos de alegria. Alguns torcedores pediram, criaram um site, fizeram campanhas, faixas… tudo em vão. Também agora deu bem prá sentir que El Mago não faz falta nenhuma né? Henrique também não faz uma falta desgraçada. Imagine se o time ia cair de produção por causa da ausência dos nossos craques. Que bobagem as pessoas pensarem assim.

Você não está mais feliz… Mas nós ficamos tão ‘felizes’ quando vimos a nossa zaga que era praticamente imbatível, virar uma peneira furada com Jéci e Gladstone, que você tão gentilmente nos trouxe. E você insistia com eles, porque queria fazê-los darem certo. Como você nos quer bem… Seremos eternamente “gratos” a você pelos craques maravilhosos que  contratou. Fabinho Capixaba é um deles; ainda bem que você dispensou Wendell. Imagina se um prata-da-casa, raçudo e valente serviria para jogar em um time seu? A nossa sorte é que você só trabalha com jogadores de alto nível, como Maicosuel, Jumar, Jefferson, Paulo Miranda, Thiago “Miau”… Você nem imagina o orgulho que sentimos ao vê-los com a nossa camisa… Nem sei como tem gente que reclama deles. Não devem entender nada de futebol. Você é o ‘melhor técnico do Brasil’ e acha que eles são bons; quem fala o contrário não entende nada, mesmo.

Mas o problema é que você está triste… E a gente tão feliz, que ficamos até com remorsos. É uma moleza danada acompanhar o nosso time. Você nem avalia a felicidade que sentimos, depois de horas na fila por um ingresso (a gente gasta dinheiro pra ser feliz, sabe?), mais tempo na fila para entrar, e então vemos o time perder em casa, para o Grêmio desfalcado de sete titulares.  E São Marcos, desesperado, na ânsia de mudar o placar, nem ouviu você e foi prá área tentar fazer gol. Teimoso. Cabeça-dura. Prá que tanta raça assim?

Agora, ter visto a atuação do time e do Roque, contra o Flamengo, também foi prá arrepiar de alegria. Felicidade explícita. Uma motivação enorme para continuar torcendo e confiando no seu trabalho. Afinal você deve estar deixando Maurício e David no banco para que eles possam aprender direitinho com o Roque, né? Ainda bem que você o contratou…

Mas sabe, ver você assim tão murchinho, tristinho, dói na gente. E logo agora quando as nossas chances de disputar o Brasileiro foram prá ‘cucuia’. Estamos tão felizes por isso, que domingo retrasado, quase toda a Nação Palmeirense chorou depois do jogo contra o Flamengo. Que Natal maravilhoso vamos ter. Não ganhamos o título, mas os nossos vizinhos, tão amigos, tão queridos – aqueles que você não se cansa de elogiar, mesmo quando está na TV, em Rede Nacional, comentando jogos do Palmeiras – vão ficar com ele. Pode imaginar como estamos felizes? Como estamos motivados para trabalhar, sair às ruas, ouvir aquele monte de gozações tão “saudáveis” e costumeiras? Tem torcedor que reclama de barriga cheia, né? Ganhamos o Paulistão, pô! Querem mais o quê? Como disse o Kléber, era o que todo torcedor queria, ganhar o Campeonato Paulista. Pra que ganhar Copa do Brasil, Sulamericana? E o Brasileiro, então? Já temos oito (sim, são oito). Chega, né? deixa os outros que ganhem seis, dez,  quantos quiserem. Nosso ano foi maravilhoso. Só alegrias… Como você mesmo disse, as reclamações e pressões são uma turbulência desnecessária.

Entendemos que nosso time está em formação. Um ano comprando, vendendo, dispensando, não é tempo suficiente, para se montar um time. Aquele que ganhou o Paulista não estava pronto, ganhou o título graças à sua competência como técnico. Agora é que o time vai ficar bom. Mas o torcedor sempre entende errado e, sonhador que é, pensou que era nesse ano que o Palmeiras ia disputar todos os títulos. Ô gente apressada e ansiosa… Nem percebeu o seu sacrifício ao enfrentar o lanterna do campeonato. Precisou colocar três zagueiros e dois volantes, no melhor estilo Caio Junior, só para que pudéssemos sair do Palestra com a vitória e felizes. E temos grandes possibilidades de conquistar a vaga na Libertadores. Somos mesmo sortudos! Já vamos começar a sonhar,outra vez, com um Ano Novo daqueles… e tudo graças a você, Luxa!

Muitíssimo obrigada. Que você possa ser e se sentir escandalosamente feliz, assim como nós nos sentimos.