Eu até queria falar da vitória do Palmeiras – com time reserva – diante do Bragantino, do gol do Rafael Marques, da jogada do Leandro Pereira e do passe do Zé antes do gol, da alegria da Que Canta e Vibra…

Queria falar que fiquei arrepiada quando o menino Jesus foi chamado pelo Oswaldo, depois de ter sido pedido pelo Allianz Parque inteiro, e mais arrepiada ainda, quando ele entrou em campo pela primeira vez como profissional… queria falar da festa que a torcida fez pra ele… e da jogada de marketing, sensacional, que deu ao nosso menino Jesus o número 33…

Queria falar da bela partida do Victor Ramos, do público de quase 30 mil pessoas, da renda que ultrapassou a casa dos dois milhões… do Allianz Parque, tão lindo… das seis vitórias seguidas, da alegria que toma conta do nosso coração agora…

Mas, infelizmente, não posso. Algumas coisas, que aconteceram antes da partida, e durante a primeira meia hora de jogo, não podem ser esquecidas.

Já faz um tempinho, que parece que andam querendo que ocorram problemas no Allianz Parque; parece que andam querendo arranjar motivos para inviabilizarem jogos na arena mais linda e mais moderna do Brasil… pelo menos, é a impressão que eu tenho.

Você lembra quando jogamos o último derby? Lembra que contei aqui da confusão que a PM causou, e que ela jogou bombas nos torcedores lá na Turiassu, e até dentro do clube do Palmeiras, numa área onde estavam crianças – polícia brigando com torcedores na rua, e jogando bomba na área das piscinas do clube? Lembra que postei imagens das organizadas dos dois times, já dentro do estádio, enquanto havia uma guerra lá fora?

Ficou suspeitíssima a ação da polícia naquela ocasião, não é mesmo? Ainda mais pelos muitos depoimentos de torcedores e transeuntes que falavam do exagero da polícia, da sua truculência… Na ocasião eu até disse que a polícia é despreparada, mas, pensando bem, ela não fez o mesmo com os torcedores durante a Copa do Mundo, fez? Então…

Pois bem, no sábado passado, dia do jogo do Palmeiras contra o Bragantino,  a PM, segundo eu soube, chegou atrasada para o policiamento local, e os portões que deveriam ter sido abertos às 16h00, só depois de aproximadamente 50 minutos é que começaram a permitir a entrada dos torcedores.

Quando cheguei ao Allianz, por volta das 17h00, estava chovendo, e a muvuca se estabelecia. A fila de quem entraria pela Matarazzo começava quase em frente ao Shopping Bourbon, passava em frente aos portões de entrada (por que não entrar dali?), e seguia até a esquina da Pe. A.Thomaz, para depois voltar em direção aos portões. “Lindo” isso, né? E tão “inteligente”… Não sei qual o sentido de se fazer uma fila tão longa, ainda mais num dia em que está chovendo. Organização da polícia: nota 0.

E se fosse só isso… A fila não andava, não se mexia, e a gente lá na chuva, p… da vida. A PM, num exagero de revista, segurava a fila um bocado. Víamos meia dúzia de pessoas entrando no corredor de acesso aos portões, depois de já terem sido revistados, e a fila parada e entupida de torcedores. Pra piorar o que já era ruim, uma tonelada de gente furava a fila – a PM nada fazia – e aí é que a fila não andava mesmo. E a chuva caindo… e os torcedores parados lá na fila, na rua, tomando chuva. Torcedores avanti tendo que comprar capas de chuva para usar em quase uma hora e meia de fila…

Os torcedores reclamavam, e com toda razão. E se já tava tudo um horror, acrescente truculência – dos policiais – e  abuso de poder.

Policial, estúpido, para o torcedor que reclamava,  torcedor que comprou ingresso: “Sabe porque vocês recebem mal (se referindo à má organização)? Porque vocês pagam a gente mal” (Helloooooo, seu políciaaaaa!! Pagamos impostos até não querer mais neste país. Se você recebe mal, vá reclamar com seu chefe. E recebendo mal ou bem, a sua obrigação é fazer o seu trabalho direito, com educação e civilidade).

Policial, estúpido, gritando com o torcedor, que pagou para assistir à uma partida de futebol: “Você, por acaso, entende alguma coisa de organizar uma fila? Não entende, né? Então, fica quieto, que quem entende disso sou eu!” (entende nada, viu seu “puliça”, puta coisa mais mal organizada)

Molhada pra caramba, irritada, eu consegui entrar – quase na hora do jogo começar – muito antes dos meus amigos, que se perderam de mim na “organização” da fila – aquele amontoado de gente podia ser tudo, menos fila. E, durante a partida, as pessoas iam chegando, muito atrasadas, e relatando cada coisa, repetindo diálogos parecidos com os que escrevi mais acima, falando sobre provocação dos policiais, risinhos dos mesmos diante da indignação do  torcedor…

Essas pessoas nos contavam que, quando o jogo começou, os torcedores que estavam na rua ainda, ficaram ainda mais revoltados, com toda razão, e então, a polícia que fez vistas grossas para os que furavam a fila às 17h00, começou a barrar os desesperados que tentavam conseguir furar de todo jeito.  E, segundo os relatos, teve empurrão, teve cassetete sendo usado contra torcedor… aquela “delicadeza” toda e costumeira da polícia. Segundo o relato de vários torcedores, com meia hora de jogo – sim, teve torcedor que entrou depois de 30 minutos de bola rolando -, as pessoas passaram a entrar quase sem revista nenhuma, a polícia até os apressava… veja só.

E aí, a gente se pergunta: será que no show do Paul McCartney, com um público muito maior, a PM fez as pessoas perderem meia hora de show? Gritaram com as pessoas, empurraram, usaram cassetetes contra elas? Será que fizeram isso com os torcedores na Copa do Mundo? Não, né? Então, por que fazem isso nos jogos do Palmeiras, com os torcedores do Palmeiras? Não fizeram isso nem com os itakeras que quebraram as cadeiras do Allianz e picharam as portas dos banheiros – e tinha polícia com eles na área destinada aos visitantes.

Vale lembrar que, na estreia do Allianz Parque, com todos os ingressos vendidos, não foi preciso nem fazer fila na rua para entrarmos. E não houve nenhuma confusão, nenhuma dificuldade de acesso.

Depois que o campeonato começou, a “organização” da PM começou a fazer os problemas surgirem. O fato é que a polícia anda tratando o torcedor como bandido – só que ninguém é bandido até que se prove o contrário.

Tá ficando bem esquisita essa história… com cara de coisa orquestrada – é tão fácil torcedores se revoltarem por não terem seus direitos de cidadãos respeitados, por serem empurrados, por serem tratados com brutalidade e falta de educação, é tão fácil começar um tumulto, é tão fácil inviabilizarem o Allianz por causa disso (seria esse o grande motivo?). E a quem será que isso interessaria (ô pergunta ‘difícil’)? Para qual deus será que andam “acendendo velas”?

Por enquanto, só podemos “achar que”, só podemos desconfiar… E você, leitor do blog, sabe que eu sou adepta de provar o que falo. E como provar o que falamos agora? É muito fácil. Todos nós, ou quase todos nós, temos celulares que podem tirar fotos, podem filmar, não é mesmo? Pois então, mão à obra!

Vamos fotografar e filmar essas ações, esses desmandos, as ofensas, as agressões ou quase agressões, os abusos de autoridade dos quais os palmeirenses forem vítimas. Viu algum torcedor passando por isso? Filma! Fotografa!

O Blog da Clorofila estará à disposição dos torcedores palmeirenses para divulgar essas imagens. E elas serão divulgadas também em todos os sites e blogs da Mídia Palestrina.

E se, por acaso, as nossas suspeitas, de que estão querendo arranjar um jeito de inviabilizarem jogos no Allianz, se confirmarem, precisaremos nos defender e defender a nossa casa.

Estamos combinados? De hoje em diante, celulares e câmeras a postos, parmerada!!

ÔÔÔ VAMOS FILMAR E FOTOGRAFAR, PORCOOOO!!

– “Espelho, espelho meu, existe estádio mais bonito do que o Allianz Parque?”
– “NÃO!” 

Entrar no Allianz Parque é sempre arrebatador – você vai se lembrar disso quando entrar lá pela primeira vez! Ele é simplesmente grandioso! E não há nenhum exagero no uso do adjetivo.

Eu, que tinha estado lá não faz muito tempo, quase caí dura quando entrei no Allianz ontem. Fiquei literalmente arrepiada! Ele estava todo bonito e “arrumado” para as comemorações do centenário. Quase todas as cadeiras colocadas, o gramado pronto, demarcado, os refletores acesos, o hino do Palmeiras tocando, os telões mostrando alguns momentos da nossa torcida cantando, comemorando… E tudo isso, no dia do aniversário de cem anos do Verdão. Olha, mesmo que eu não fosse emotiva pela própria natureza, eu teria baqueado.

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Lá dentro, com praticamente tudo pronto (gramado, refletores, telões, 90% das cadeiras colocadas, bandeirinhas de escanteio), não tem como você não dar uma viajada legal e imaginar o Palmeiras entrando em campo, a torcida aplaudindo o time, cantando, gritando gol… e então, você se dá conta que isso é mais do que uma simples vontade, é um desejo imenso, da alma… É ela quem não vê a hora disso tudo acontecer.

Eu, que desde ontem sou uma senhora “centenária”, me sentia igual criança abrindo os presentes de Natal e constatando que o Papai Noel trouxera  mais do fora pedido…

Não dá para acreditar que ali era o Palestra, que o espaço físico é praticamente o mesmo. E a gente se pergunta – me pergunto sempre que vou lá -: Como foi que ficou desse tamanhão todo? E o que é esse verde por todos os lados, e em diversos tons nas cadeiras? O Allianz Parque é um espetáculo!

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Como diria a música: “Lindo, e eu me sinto enfeitiçada…” 

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Mas a ocasião era de aniversário, e o Allianz Parque recebeu 100 convidados, entre aniversariantes do dia 26 e seus convidados, para encerrar a comemoração no dia do centenário do clube. Os convidados assistiram a um vídeo com fotos deles, que foi exibido nos telões da arena, ao som do hino do Palmeiras.

E se tem aniversário, tem que ter bolo… e que bolo!

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E tem que ter velinhas… e aniversariante(s), convidados… tem que cantar parabéns… tem que cantar o hino do Palmeiras…

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Foi muito legal estar no Allianz Parque, a casa do Palmeiras, exatamente no dia do seu aniversário. Foi emocionante, e achei que de muito bom agouro também, ter palmeirenses felizes ali, vestindo o manto, cantando o hino do clube, gritando “Palmeiras, Palmeiras”…

Foi muito legal ver como a nossa casa  está linda, digna do Campeão do Século e da sua apaixonada torcida…

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Olha a rede que balançaremos no gol que dará o nosso primeiro título no Alianz Parque…  Tenho 50% de chances de acertar…

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É brincadeira o tamanho desse telão, hein?

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E, para que fiquemos mais felizes ainda, uma quase resposta à pergunta que muita gente me fez depois que estive no Allianz Parque, “quando vai inaugurar?” Com 95% da obra concluída, o Allianz Parque já está quase pronto para receber seu primeiro evento-teste em… setembro!

Setembro é logo ali. O que faz a gente pensar que a inauguração da arena mais linda do país, e do mundo, que não usou um centavo de dinheiro público, não está assim tão longe…

Tá chegando a hora de voltarmos à nossa casa, parmerada. E vamos entrar lá felizes pra caramba, e de cabeça erguida!

100Anos-Brasão#100AnosDePalmeiras

 

 

Alguns fãs chilenos de Valdivia, fizeram uma música em homenagem ao craque que vai disputar a sua segunda Copa do Mundo defendendo La Roja, a seleção chilena.

E o “nostro” Mago merece! Além de ser dono de um talento raro, mágico, que encanta seus fãs e mata de raiva os rivais, talento, que nós palmeirenses conhecemos tão bem, ele foi o cara que ajudou o Chile a carimbar o passaporte para a Copa 2014. Diante da Colômbia, quando o Chile perdia por 1 x 0, El Mago botou fogo na partida, cobrou uma falta na cabeça do atacante e o Chile empatou, fez uma jogada linda, que foi o início do segundo gol, marcou o terceiro, deu o passe para o quarto gol… e, de goleada, colocou o Chile no Mundial.

E se essa homenagem já é muito legal, recheada com lances que o Mago protagonizou vestindo a camisa do Palmeiras, ela fica melhor ainda.

Vendo o vídeo, eu fico com a impressão (certeza) de que os chilenos, por causa de Valdivia, acompanham e torcem pelo Verdão, porque, as imagens escolhidas por eles, são algumas  das que nós, palmeirenses, levados pelo coração e pela rivalidade com alguns times, certamente escolheríamos também!!

BOA SORTE NO MUNDIAL, MAGO! MAGIA Y LOCURA NELES!

Nessa Copa, yo soy chilena desde criancinha!!

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=n-tCPVzm1Bw[/youtube]

O Brasil, guiado pela impunidade, por um senso de moral seletivo, caminha para o desgoverno total, caminha para o favorecimento de alguns grupos em detrimento de outros. Nos dias de hoje, é mais fácil você surrar uma mulher e ser punido apenas com o pagamento de cestas básicas, do que surrar um homossexual e ir parar atrás das grades. Se você fizer uma manifestação na rua contra o governo, você vai parar na cadeia, mas se você for um político condenado por corrupção (há muitos corruptos e poucos condenados), aparece um monte de juízes (!?!?) “amiguinhos”, que dão um jeitinho para você ficar em regime semi-aberto, recebendo um considerável número de regalias (devolver o dinheiro adquirido com a corrupção, nem pensar)… Como se cidadãos pudessem ser diferenciados, em seus direitos de cidadãos, pelo sexo, cor, preferências sexuais, classe social…

No futebol é a mesma coisa. Cansei de ouvir no estádio, as coisas mais absurdas e horrorosas, proferidas por torcidas inteiras, para mulheres que atuavam como bandeirinhas, repórteres de campo, sem que jamais a imprensa dedicasse uma linha a isso, sem que alguém se revoltasse com isso, sem que direito humano algum quisesse enquadrar os agressores (xingamentos são agressões também), sem que alguém saísse em defesa do direito dessas mulheres serem mulheres, mas se você xingar um adversário de “bicha”, que escarcéu isso dá… é pejorativo. Chamar mulher de biscate, de cachorra, de gostosa, entre outras coisas bem mais ‘cabeludas’, é ‘bacaninha’, e não dá nada.

A sociedade vai se separando em grupos, e quando alguns desses grupos passam a ter mais direitos do que outros, nasce a hostilidade entre eles e eles começam a trilhar o caminho do ódio; sem contar o dano que a impunidade, concedida apenas para alguns, causa no âmago dessa sociedade, que, estimulada pelo que vê acontecer, passa a assimilar e repetir os comportamentos que deveriam ser punidos e nunca são.

A impunidade é uma doença em nosso país… E os interesses que estão por trás da impunidade são ainda piores.

No universo do futebol, estamos cansados de acompanhar o ‘dois-pesos-e-duas-medidas’ da Justiça Desportiva para punir clubes e atletas de clubes. O Palmeiras teve que jogar no interior porque a sua torcida brigou, enquanto que uma briga no Pacaembu, não deu em nada para o time de outros torcedores brigões. Punição para uns, impunidade para outros… clubes que caem e não vão para a série B, e clubes que não caem e têm a sua vaga tomada pelo que caiu… uma Justiça “prostituta” com dois tipos de moral.

Temos acompanhado os abusos de alguns integrantes de torcidas organizadas , de todos os times, e o dois-pesos-e-duas-medidas para se punir esses abusos e para punir os clubes aos quais elas pertencem. Já vimos recompensa em dinheiro(!!!), para um “di menor”, suposto assassino de um torcedor na Bolívia (eu nunca acreditei que ele fosse o responsável), já tivemos notícias de tantas brigas entre torcidas rivais, tantas mortes de torcedores; já acompanhamos as notícias de atletas que foram agredidos por torcedores, de outros que quase foram; de paredes pixadas, sala de troféus destruída, de apreensão de armas, de drogas, nas quadras de algumas torcidas… Violência que cresce a cada dia… e algumas torcidas são punidas – sem o rigor necessário, é verdade, mas são punidas -;  outras, ficam totalmente impunes… Alguns clubes, são punidos por atos de suas torcidas; outros, nem são lembrados e relacionados aos atos de seus torcedores…

O caso mais recente:

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As notícias são claras: Invasão, depredação das telas de proteção, perseguição aos jogadores – que precisaram ficar escondidos por horas -,  furto de coletes e equipamentos de treino, furtos de celulares, agressões, veículos dos jogadores danificados, danos ao patrimônio do clube, terror (o médico do clube, de tão assustado, teve uma alteração arterial, caiu e se feriu), uma funcionária pega pelo pescoço, um jogador também (mas, depois, ele desmentiu a agressão)… e, na ocasião, mesmo a PM estando no local ninguém foi preso, nem mesmo “convidado” a se retirar. Só depois de alguns dias, e muita coisa que ficou mal explicada (várias câmeras de segurança do CT, por exemplo, que ‘estavam com defeito’ e não filmaram os invasores), é que algumas prisões foram feitas.

Dos cem invasores, três foram presos no Centro de Detenção Provisória (um deles, era um dos que haviam sido presos em Oruro, pelo envolvimento na morte de Kevin Espada), e um quarto torcedor, também denunciado, estava foragido.

E não é que a Justiça concedeu alvarás de soltura pra eles, nessa segunda-feira?  O torcedor que estava foragido, teve o pedido de prisão revogado pelo juiz. Isso até poderia ter acontecido, caso tivesse ficado comprovado que eles não estavam envolvidos naquele episódio. Mas nunca poderia ter acontecido porque o juiz resolveu dar uma “canetada”.

Sabe por quê eles foram soltos? Porque  o juiz, Gilberto Azevedo de Moraes Costa, pasme, proferiu a seguinte sentença:

“… queriam apenas chamar a atenção: fazer com que os jogadores honrassem os salários que ganham”.

A denúncia oferecida pela Promotoria, que vai recorrer da sentença, foi rejeitada pelo juiz, que considerou que não houve formação de quadrilha. “tudo não passou de um ato (nada abonador) de revolta dos torcedores”.

“Fiéis que são e disso a própria equipe se vangloria -, queriam apenas chamar a atenção: fazer com que os jogadores honrassem os salários que ganham; mostrando um futebol verdadeiramente brasileiro.”

Para o magistrado, a denúncia não individualizou a conduta do trio. “Na espécie, a inicial também não descreve no que consistiu a participação dos réus. Lá se vê que eles teriam comandado, mas não se especificou no que consistiu esse comando. Aliás, não ficou claro se se tratava de instigação ou induzimento.”

Seja com torcedor do time que for, tem cabimento uma sentença como essa? Conheço torcedores corintianos que disseram se sentir envergonhados com isso.

Uma sentença como essa é mais do que um alvará de soltura, é um deboche, é um passaporte para a impunidade, um alvará de permissão para o uso da violência; violência  que a Justiça tem a obrigação de punir; um incentivo para torcedores de todos os clubes, organizados ou não (ou será que o raciocínio do juiz vale só para essa torcida?), invadirem CTs, agredirem pessoas, fazerem jogadores reféns, danificarem carros, furtarem equipamentos e celulares, a cada vez que eles se sentirem “revoltados”, ou cismarem que o time tem que mostrar um “futebol bem brasileiro”.

Que vergonha!! Como pode um representante da Justiça ter coragem de proferir uma sentença como essa? Como pode alguém se aproveitar do posto ocupado para fazer uma Justiça particular e proferir uma sentença tão subjetiva assim?

Seguindo a linha de raciocínio do juiz, podemos então, invadir o Planalto para chamarmos atenção, para exigirmos que eles honrem os polpudos salários que recebem por lá? É isso? Podemos fazê-lo por que estamos revoltados com o que está acontecendo no país? Porque o povo está abandonado, sem Educação e Saúde decentes? É o que tal sentença nos faz entender, não é mesmo?

Não sei o que você pensa, meu amigo, mas eu me reservo o direito de imaginar (pensar eu posso) que esse juiz ou não está em condições de fazer pleno uso de suas faculdades mentais, ou então, que ele é torcedor do time em questão e agiu apenas como tal. Se não for nenhuma dessas possibilidades, vou imaginar que ele não pode fazer com que a Justiça seja cumprida… e vou ficar aqui tentando imaginar por qual, ou quais, motivos ele não poderia fazê-lo…

O último que sair, por favor, apague a luz. Mas só isso, pois já não há mais portas para serem fechadas…

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Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve… (Cecília Meireles)

Hoje, precisei dar um pulinho no caixa eletrônico e, como sempre faço, cortei caminho por dentro do shopping que fica aqui pertinho da minha casa.

Sabadão, um calor enorme, o shopping estava cheio de gente. Enquanto caminhava pelo largo corredor, algo chamou a atenção dos meus olhos: um distintivo do Palmeiras, uma bandeira, que se movia por entre as pessoas.

Eu caminhava com pressa e a “bandeira”, que vinha em sentido contrário ao meu, também. Era um rapaz, alto, com uma bandeira do Palmeiras, linda e enorme, usada como se fosse uma capa de um super-herói ou de um imperador da Roma Antiga. Ela estava colocada sobre o seu ombro direito e ia até abaixo dos joelhos; ele também usava uma faixa palestrina na cabeça, por sobre a testa. E o super-herói palestrino ia todo altivo, imponente… Uma visão e tanto!

Pena que estava sem o celular para fotografar o ‘super-herói, mas, acredite, fiquei arrepiada (mesmo) quando o vi. Dei um sorriso grande para a bandeira, para cumprimentá-la (o moço não me notou, mas a bandeira sim, me olhou e sorriu de volta), e, conhecendo tão bem esse amor e esse orgulho que faz o moço andar pelas ruas com a sua ‘capa de super-herói’, nem preciso falar que tive que disfarçar as lágrimas depois…

E então me lembrei de um fato, ocorrido há pouco mais de um ano atrás…

Eu estava na rua, vestida com a camisa do Palmeiras (numa época tão dolorida para os nossos verdes corações), e caminhava numa calçada ao lado de um ponto de pequenos caminhões que fazem transportes, carretos.

Dois senhores estavam sentados num banco desse ponto – deveriam ser motoristas/donos dos veículos -; já tinham uma certa idade e sorriram pra mim quando me aproximei de onde eles estavam. Um deles, de cabeça toda branca, me disse: Que camisa mais linda! E você também é linda! – Eu me virei pra ele, lhe dei o meu melhor sorriso de volta e agradeci: Muito obrigada, essa camisa é a coisa mais linda do mundo, mesmo!

Ele então me estendeu a mão. Numa cidade maluca como a nossa, a gente sempre hesita, nem que seja por um segundo, em parar  para conversar com um estranho, mas não hesitei (ele era palestrino, pô!) e estendi a mão pra ele. Ele segurou a minha mão, com as suas duas mãos (o amigo dele, palestrino também, sorria), e, num sotaque caipira, tão simpático, me disse:

Moça (o ‘moça’ era por conta dele), é uma coisa linda você com essa camisa passando assim na rua. Sou palmeirense desde criancinha, meu pai também era. Sabe, as coisas ‘tão feia’ pro nosso lado agora, mas o Palmeiras não vai cair, não, se Deus quiser (meu coração, machucado, se torcia no peito). Nós que somos palmeirenses ficamos tristes, né? Às vezes eu tenho que escutar no radinho, mas quando eu assisto, a gente vê os jogadores se esforçando em campo. Vamos torcer, quem sabe dá? Mas, se não der, não tem problema, filha, porque ele vai voltar. Do jeito que vai ele volta, pode ter certeza, viu? Ele vai, mas ele volta. A gente tem sempre que sentir muito orgulho do Palmeiras.

Era amor, explícito, pelo Palmeiras, o que o motivara a falar comigo. Amor puro, de torcedor. Era a camisa, era aquela cumplicidade, que palmeirenses do mundo todo têm quando se encontram e se percebem identificados pelo coração. E eu sentia isso na maneira tranquila dele falar, nos “r” marcados, no jeito que me olhava sorrindo, na delicadeza com que segurava as minhas mãos… na semelhança que ele tinha com o meu avô, que morrera há tanto tempo. Eu sorria pra ele, segurava as lágrimas (o queixo não parava de tremer), dizia algumas coisas de volta, dizia que também sentia orgulho do Palmeiras em qualquer situação e que não tinha importância mesmo, porque nós traríamos ele de volta se fosse preciso; o amigo dele também falava que gostava do Palmeiras, que ouvia no rádio, que “tava torcendo muito pro Palmeiras não cair”

Mas o  meu ‘amigo’ parmera, da cabeça toda branca, vivida, continuava segurando a minha mão…

Deus te abençoe, filha, tão linda assim com essa camisa linda. E Deus abençoe o Palmeiras também. Ainda vamos ter muitas alegrias…

Nem lembro direito o que falei pra ele, me despedi e saí. Me sentia tão orgulhosa de compartilhar com milhões de pessoas, do “segredo” de saber o que é ser palestrino. E fui brigando com as lágrimas no caminho pra casa, e chorei à vontade quando lá cheguei. Que bonito quando o sentimento do torcedor é esse, apenas amor ao time, ingênuo, sem rancor, sem revanchismo, sem interesses pessoais…

E o meu “amigo”, que não sei quem é e nem como se chama, tinha razão; se caísse, o Palmeiras voltaria em seguida… E VOLTOU! E ganhou outro jeito de ser cuidado, e passou pela segundona sem atropelo algum, e se prepara dignamente para o ano do seu centenário… enchendo de esperança e orgulho os corações daqueles que o amam.

Tanto isso é verdade, que, hoje, eu vi até um super-herói, em pleno shopping, mostrando pra todo mundo o seu orgulho se ser palmeirense…

“A vantagem espiritual feminina é real. As mães têm o desejo inato de compartilhar com seus filhos e de manter um lar… As mulheres são naturalmente mais cuidadosas, amorosas e carinhosas. São elas que manifestam o amor. Ao longo da história, sempre que um problema precisava ser resolvido por meio da manifestação da Luz, era uma mulher que trazia a solução. Em quase toda grande crise, sabemos que uma mulher estava lá para consertar a situação.”   Karen Berg, trecho do livro “Deus usa Batom”.

Ontem, véspera do Dia da Mães, alguns amigos do Facebook já me cumprimentavam pela data. Confesso que eu me sentia estranha para retribuir. “E se ele não tiver mais a mãe por perto?, “E se ela não tiver tido filhos?”…

Mas, nos dias de hoje, está tão ampliado o conceito de mãe… Existem as mães que trazem um filho à luz, à vida; existem as mães que trazem luz, à vida de um filho de alguém; as que ensinam/ajudam o filho a caminhar e o acompanham nessa existência; e existem as que fazem todas as coisas…

Sabemos que há diferentes maneiras de ser mãe… Há as mães que receberam a graça de conceber os seus filhos, as que tiveram a dádiva de alimentá-los ao seio… Há as freiras que cuidam de crianças em orfanatos, com o carinho e desvelo de mães… Há as ‘mães’ que vão, regularmente, levar roupas e um prato de comida às crianças que perambulam pelas ruas… Temos as “mães-voluntárias”, que cuidam de crianças em hospitais, ou de “bebês crescidos”, em asilos… Há as mulheres que não puderam ter filhos, e através de uma escolha, através da adoção, conseguiram ser mães… Tão em moda hoje em dia, há as avós que assumem a ‘maternidade’ de netos, porque as filhas têm de trabalhar, ou porque elas se recusam a cuidar das crianças como deveriam… Há os pais-mães que, por algum motivo, e por ter aprendido com a mulher que o encaminhou no mundo, desempenha os dois papéis… Há as tias-mães… os irmãos-mães… Há as filhas e filhos, que viram mães dos próprios pais quando eles estão velhinhos, devolvendo assim, um pouco do muito que receberam…

Há as mães quase meninas… as mães maduras… as mães que voltaram a “ser bebês”… as mães caretas… as mães liberais… as mães mais bravas, as mães de boa; as mães casadas, as de produção independente; as mães “peruas”, as mães donas-de-casa, as executivas, as operárias, as motoristas de caminhão, as bailarinas, as que trabalham na roça, as secretárias; tem as jornalistas, as manicures, atrizes, médicas, varredoras de rua, advogadas,  fotógrafas,  cozinheiras, vendedoras, presidentes da república, bandeirinhas, estudantes, escritoras… TEM MÃE DE TODOS OS JEITOS E PRA TODOS OS GOSTOS! São as mulheres, esses seres corajosos, valentes, que irradiam Luz, e sem as quais o mundo não anda! E a mãe da gente é sempre a melhor de todas!

Foi ela que nos deu a vida, nos pegou no colo, nos deu carinho e segurança; que acordava inúmeras vezes durante a madrugada para nos alimentar, ou só pra ver se estávamos mesmo respirando; que nos pegou pela mão quando nos aventuramos na quase impossível tarefa de aprender a andar; a que trocou nossas fraldas, nos ensinou a comer, a tomar banho, a abraçar, a sorrir, a falar, a rezar… a que chorou de alegria com o nosso primeiro sorriso, com a nossa primeira palavra… que nos deixou na escola pela primeira vez, com os olhos cheios de lágrimas… nos ensinou a confiar, e desde o nosso primeiro encontro com ela, nos ensinou a amar…

Ela é a pessoa que foi nos mostrando o mundo, que nos ajudava com as lições de casa, que brincava de “urso” e nos lia historinhas na hora de dormir;  que fazia o nosso mundo de faz-de-conta ainda melhor; que preparava a nossa comida… que chorava se ficávamos doentes, nos vestia, penteava… que com carinho, conselhos, broncas e castigos também, nos cobrou responsabilidades e nos ensinou a virar adolescentes, depois adultos; a que nos encorajou a continuar, nas muitas vezes em que pensamos em desistir de um sonho, ou nos ajudou a desistir, quando não era mais sensato continuar; a que perdeu a paciência por tantas vezes, e quem em outras tantas, foi paciente além do limite da tolerância; a que trabalhou para sustentar os filhos, a que fez um malabarismo para conseguir ser profissional, mulher e mãe ao mesmo tempo, ou a que tinha todas as horas do dia tomadas pela gratificante tarefa  de cuidar da criança que trouxera ao mundo – sim, as mães acham tudo isso gratificante -, a que sorriu nossos sorrisos, que chorou as nossas lágrimas, que acertou e errou tantas vezes; que inflou o nosso ego.. e nos ensinou a repetir todas essas coisas com os nossos filhos…

Ser mãe é mesmo conceber um sonho, um desejo, é ter um projeto de vida; ser mãe é ajudar alguém a projetar a sua vida; ser mãe é torcer para esse “projeto” dar certo, é zelar para que ele seja cercado pelo êxito, pela alegria, pela realização… é sofrer por ele quando algo dá errado, é se alegrar com ele quando tudo dá certo, é sentir orgulho pelo que ele é, pelo que ele se tornou, pelas escolhas que fez…

Ser mãe é ser mais mulher ainda, é estar permanentemente grávida do mesmo filho, do mesmo “projeto”, ajudando e esperando, a cada dia, que as suas conquistas se realizem, que as suas alegrias sejam inúmeras, duradouras… A primeira sensação de uma mãe, depois da maravilha de saber que gera uma vida e de entender que Deus existe, de verdade, é esperar por algo maravilhoso, ainda desconhecido, que ela não vê a hora que se realize, que aconteça…

E pensando nisso, me veio a ideia de que nesse mês de Maio de 2013, todos nós, palestrinos, de todas as idades; homens e mulheres; com filhos ou sem… estamos ‘grávidos’!! Sim, grávidos’, de um projeto maravilhoso! Projeto que nós desejamos que tenha êxito; para o qual desejamos muitas alegrias, muitas realizações… “grávidos” de um ‘bebê’ que não vemos a hora de conhecer, de ver a sua “cara”, de o “pegar no colo”… Uma ‘gravidez’ que já dura quase três anos…

Estamos grávidos de um sonho, que toma forma a cada dia… um sonho que é gerado em nosso coração, e é alimentado no sangue que corre em nossas veias… Uma ‘gravidez’ que nos faz felizes e nos enche de orgulho…

Portanto, parabéns às nossas mães (hoje, a minha está aqui pertinho), à todas as mães, palestrinas ou não, biológicas ou não, à todas as mulheres que são mães de fato e às que são mães de direito. Que Deus as abençoe.

E a todos os palestrinos ‘grávidos’, que aguardam com ansiedade, eu dou os parabéns pelo ‘bebê’ que está pra chegar, e deixo aqui como um presente a sua mais recente “ultrassonografia”…

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