“Ousadia tem genialidade, poder e magia” – Johann Goethe
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Semifinal da Libertadores… jogo contra o Boca, na Argentina… Parada dura… ainda mais depois de termos ido jogar lá, na Fase de Grupos, e, atacando o jogo inteiro, enfiado 2 x 0 nos hermanos (um placar que, em Libertadores, só o Independiente tinha conseguido fazer em La Bombonera, em 1967).

Confesso que não gostei quando vi a escalação do nosso time sem um meia. E já imaginei que Felipão não estava muito focado em atacar e, muito provavelmente, jogaria  pelo empate – sair de lá com um empate não seria nada ruim, mas jogar pelo empate nem sempre dá certo.

No entanto, a princípio, era uma boa tática se defender, não tomar gol, não deixar o Boca se impor em seus domínios… e na maior parte do tempo, o Palmeiras foi impecável em seus propósitos. No entanto, ainda que o adversário não fosse um time tão qualificado, ele ainda era o Boca, copeiro, e jogava em sua casa.  Por isso mesmo, porque ele não era tão qualificado, não era um time difícil de ser batido, e porque ele é “macaco velho” em Libertadores, não podíamos passar o jogo inteiro só na retranca e no chutão, não é? E passamos. E saímos de lá com uma derrota amarga, doída, saímos de lá com 0 x 2. Penso que tínhamos que ter sido mais ousados, ter atacado, oferecido perigo ao Boca, tínhamos que ter tido em campo alguém pra criar as jogadas – e os nossos meias todos no banco…

Um ataque com Dudu, Borja e Willian deveria ser motivo de preocupação para o adversário, mas, com os jogadores do Boca fazendo de tudo para impedir que os palmeirenses conseguissem trocar dois passes, impedindo – com muitas faltas também – com marcação cerrada que nossos atacantes pudessem fazer o que sabiam – Dudu, e não só ele, tinha sempre vários jogadores à sua volta -, era evidente que teríamos dificuldade, e ficou evidente também, pelos muitos chutões que o Palmeiras deu, que faltou alguém ali para auxiliar os atacantes, para achar espaços,  faltou Felipão ter reajustado a forma do time jogar.

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Mas é justo que se diga que o Palmeiras estava bem, que conseguiu controlar o jogo quase todo, conseguiu controlar os nervos (os argentinos catimbavam como nunca) e conseguiu impedir, por mais de 80 minutos, que o Boca levasse perigo ao nosso gol – na zaga, Gustavo Gomez foi muito bem. O Palmeiras, apesar de não criar quase nada,  de pecar pela falta de ousadia, não deixou mesmo que o Boca jogasse durante todo o primeiro tempo e em boa parte do segundo. Jogando sério e fazendo o velho “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”, desarmava/destruía as tentativas argentinas – Felipe Melo fez uma grande partida, comandou as ações no meio de campo, por outro lado, Moisés estava numa noite bem ruim e só Felipão não percebia. Era nítida a falta de um meia no time, a falta de Lucas Lima… Só que Felipão, quando fez a primeira substituição, no segundo tempo, ao invés de colocar o Lucas Lima (o futebol do Palmeiras gritava por ele),  trocou Borja por Deyverson… que mal pegou na bola.

E quando parecia que íamos conseguir sair de lá com um empate… a coisa desandou. Aos 38′ do segundo tempo, logo depois de Weverton ter feito uma defesa milagrosa e mandado a bola pra fora, Benedetto, que tinha entrado no jogo aos 31′, aproveitou a cobrança de escanteio e a falha na nossa marcação e abriu o placar.

Moisés  marcava Benedetto, e não foi na jogada, não subiu, não disputou a bola com ele. Felipe Melo, que marcava um outro jogador, antevendo que a bola passaria, até tentou ir cabecear com o atacante adversário, mas já não dava, o “Maledetto”, com todo o espaço do mundo, subiu sozinho, na cara do Weverton e mandou pro gol. Mérito do argentino, mas também muita desatenção do Palmeiras…

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Em desvantagem no placar, Felipão tirou Bruno Henrique e colocou Thiago Santos (não entendi a substituição. Ele queria segurar o 0 x 1?)… e o Lucas Lima, que já deveria ter entrado jogando desde o primeiro minuto (na fase de grupos ele tinha “deitado” lá na Argentina), continuava no banco… Ah, Felipão…

E para nosso infortúnio, a bruxa estava mesmo solta… Aos 42′, o maledetto do Benedetto (que estava há um ano sem marcar) recebeu um passe, deu um drible no Luan (que deveria ter parado ele na botinada se fosse preciso) e, com um chute colocado, de fora da área, daqueles que o cara só acerta em ano bissexto, com Lua cheia e o Sol em Leão, fez o segundo do Boca. E o Felipão, só então, aos 48′, resolveu sacar Moisés, que deveria ter sido substituído ainda no primeiro tempo, e colocar Lucas Lima no jogo. Mas aí adiantaria em quê?

Até os 83′ de jogo estava tudo tão certo com/para o Palmeiras… e, de repente, em quatro minutos, caiu a casa de uma vez… 83 minutos de uma defesa impecável… Mas o que vale mesmo é bola na rede. E eles, infelizmente, colocaram duas na nossa e não colocamos nenhuma na deles. Pagamos pela falta de ousadia (do nosso técnico) de não irmos para cima de um adversário que poderia sim ter sido batido. Quem não “agride” o adversário, quem não o ataca, acaba sendo sendo atacado por ele.

Ficamos bem chateados, ficamos frustrados com o preocupante resultado… mas esse jogo já acabou, essa página já virou… e a sensação de derrota também.  Semana que vem tem mais noventa minutos, tem o “segundo tempo” dessa semifinal que estamos perdendo por 2 x 0. As possibilidades estão todas abertas ainda…

É difícil? Sim, é.  Mas não é impossível. Sabemos muito bem que os argentinos são catimbeiros, e imagina no próximo jogo? Já vão vir caindo e simulando faltas e agressões ainda no avião. Mas o Palmeiras tem  time para reverter isso, tem técnico… e tem uma torcida maravilhosa.

Teríamos que não ser torcedores para não acreditarmos em nosso time… teríamos que não ser palmeirenses para não termos a certeza absoluta de que o jogo só termina quando o juiz apita, para não conhecermos, não trazermos marcadas no coração e na alma as muitas situações, quase impossíveis de serem mudadas, que o Palmeiras já reverteu em sua história…

Teríamos que esquecer as apendicites, sequestros,  as expulsões mandrakes, o gol de Valdivia na noite de frio e chuva de Barueri… o gol de Betinho em Curitiba… o gol de Fabiano, as viradas de jogo nos minutos finais, o gol de Mina no apito final, as cobranças de pênaltis que nos impediram de respirar por minutos… os 4 x 0 nos gambás, na final de 93, depois da derrota na primeira partida… o golaço inacreditável de Cleiton Xavier nas redes do Colo Colo… as defesas sensacionais de nossos goleiros, que a gente mesmo achava impossíveis de serem feitas… os 5 X 1 diante do Grêmio… o chute pra fora de Zapatta… Marcos defendendo o pênalti do farsante… aquele gol de Galeano… a mudança de nome do clube para defender seu patrimônio e o campeonato por conquistar… a derrota amarga diante do Juventus(ITA) que nos serviu de impulso para a conquista do primeiro Mundial de clubes…  os gols de Euller nos instantes finais do jogo contra o Vasco…

Teríamos que esquecer a épica Copa do Brasil 2015, ainda tão recente,  e todos os percalços que tivemos nesse torneio, todos os “xiii, agora ferrou” que superamos… teríamos que esquecer o campeonato decidido nos pés (nas mãos também) de nosso goleiro, campeonato conquistado  com um gol de Fernando Prass… e com a voz e a força da Que Canta e Vibra…

Para não acreditarmos, teríamos que esquecer que somos Palmeiras… e isso é impossível… é mais fácil esquecermos de respirar, é mais fácil nosso coração esquecer de bater…

Agora é em nossa casa. Faltam 90 minutos. Que venham os “maledettos”…  A força de vinte milhões de palmeirenses estará com o Palmeiras em campo.

É HORA DE LUTAR, VERDÃO, DE LUTAR MUITO!! E VAMOS BUSCAR ESSA P%RRA!!

 

 

 

……….

Desci na estação Mal. Deodoro e a chuva, que já fazia um tempinho que tinha parado, recomeçou… Fraquinha, a principio, que me permitia ir caminhando numa boa. Mas começou a apertar e tive que pegar a capa que trazia na bolsa. E foi só eu pôr a capa que a chuva não se fez de rogada e começou a cair mais forte…

Eu olhava pra baixo pra não entrar água pelo capuz e, na noite molhada, caminhava o mais rápido que podia… a água escorrendo no meu rosto, nas minhas mãos, molhando a barra da minha calça e os meus tênis… As luzes da rua e dos faróis dos carros faziam a calçada brilhar… e ao iluminar a água nas pedras do calçamento, fazia parecer que vários pontos acesos estavam no caminho… Do outro lado da rua, a caminhada, ininterrupta, de dezenas (centenas?) de estranhos seres vestindo verde e branco e  envoltos em plástico… Todo mundo tinha pressa…  todo mundo queria se livrar da chuva que caía sem parar, todo mundo queria chegar logo… e todo mundo, como se fosse para uma festa, parecia ter o semblante feliz…

Pensamentos tão diversos e confusos povoavam a minha cabeça… Mas um deles persistia… Semifinal do Paulistão… a partida da volta contra o Santos, valendo vaga na final… naquele momento, ali, na rua, eu parecia meio anestesiada, como se soubesse que o final acabaria sendo feliz pra mim.

Dentro da capa o calor era insuportável, e o Pacaembu parecia ainda tão longe… Água, água e mais água… ela era a dona da noite…

Tínhamos a vantagem de uma vitória por 1 x 0 sobre o rival conquistada na primeira partida;  e, vantagem, seja ela qual for, é sempre uma coisa boa. Mas era uma vantagem pequena, sabíamos disso. As nuvens carregadas choviam sobre as poças d’água na rua e na calçada… choviam sobre os apressados seres envoltos em plástico…

A praça do Pacaembu estava repleta de torcedores, as barracas de comida e bebida estavam cheias de pessoas espremidas no espaço coberto… Meus amigos já estavam lá dentro do estádio. E mesmo com todo mundo parecendo igual  no uniforme das capas de chuva, consegui encontrá-los facilmente. O jogo logo começaria…

Times em campo, chuva chovendo… e o  nosso hino… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…” quase 37 mil vozes cantavam o hino nacional à moda palestrina. A chuva não dava uma trégua…

O jogo teve início… Se, pela escalação, o Santos parecia que seria bem ofensivo, na hora do jogo ele fez o oposto, ficou mais atrás, esperando o Palmeiras, esperando um erro nosso, e cometendo muitas faltas também –  algumas, no decorrer da partida, seriam bastante desleais, e não receberiam a punição devida.

Nos primeiros minutos de jogo, o Palmeiras era melhor. Foi avançando e já trocava passes no campo do Santos… Keno já aparecera com perigo depois de um lançamento de Felipe Melo… Parecia tudo tranquilo. No entanto, aos 13′, numa vacilada  enorme nossa, e muito por causa dela, na primeira descida santista no jogo os adversários abriram o placar. Sasha, sem marcação alguma, recebeu tranquilamente um cruzamento que veio da direita e cabeceou pro gol, sem que Jaílson pudesse fazer alguma coisa.

Quase nem deu tempo de ficarmos contrariados… Três minutos depois, Tchê Tchê, batendo lateral, mandou a bola lá na área, Pitbull tentou interceptar, a bola bateu no zagueiro e sobrou para Bruno Henrique, na entrada da área, mandar um canudo pro fundo do gol. O Pacaembu quase veio abaixo no grito de gol… Ufa! Voltava tudo ao normal.

O jogo esquentou com esse empate – o Santos sentiu o gol tomado – e o Palmeiras passou a ter mais posse de bola ainda. Ao Santos cabia ficar mais na defesa esperando o Palmeiras… os dois times marcavam muito e no meio-campo o jogo ficava mais truncado, não fluía…

Cabeçada de Thiago Martins… Tabela de Victor Luís e Keno… Troca de passes entre Lucas Lima, Bruno Henrique, Keno, e quase que o Pitbull faz…

O Palmeiras marcava mais a saída de bola e o Santos se complicava perdendo a posse várias vezes… Dudu recebeu no ataque, achou Felipe Melo, e ele arriscou, de longe, e a bola passou raspando a trave…

Os palmeirenses sofriam muitas faltas, e o juiz relevava muitas delas… O Santos, ainda que tivesse muitos atacantes no time, não jogava um futebol muito ofensivo (Gabinongol era uma nulidade), procurava fechar os espaços e esperar o Palmeiras ir pra cima…

Mas, aos 39′, uma outra bobeada do Palmeiras e tomamos o segundo gol. Os santistas tiveram seu mérito pela jogada, claro, mas eles eram 3 na área, e o Palmeiras tinha 6 jogadores ali… Alguns jogadores nossos reclamaram impedimento – eu também pensei que tinha havido alguma coisa errada -, mas o gol foi legal.

O Santos abusava de entradas duras que, no máximo, geravam algum amarelo – no tranco de Gabinongol em Lucas Lima, por exemplo, por trás, sem bola, e na frente do árbitro, nada foi marcado…

 

 

Na mão de Lucas Veríssimo, deixada na cara do mesmo Lucas Lima, o cartão foi amarelo…

Bruno Henrique bateu falta e o goleiro santista fez uma defesaça.

Dudu achou Keno na entrada da área. Ele tentava o giro quando David Braz, esquecendo a bola entrou de sola, no palmeirense. O árbitro… nada marcou, e tinha que ter dado um vermelhinho para o zagueiro santista…

(Estou sem Photoscape e fotografei as imagens abaixo. Dá pra ver mesmo assim. Logo, elas serão substituídas por imagens melhores)

David Braz esqueceu a bola, foi de sola (foi pra quebrar), no tornozelo de Keno, entrou rasgando na perna que servia de apoio ao palmeirense (e qual é o jogador que não sabe o estrago que isso pode causar?). A entrada dura, desleal, acabou numa tesoura… e o árbitro deixou passar tudo isso.


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Que “sorte” teve o Palmeiras no jogo, não?

Victor Luís cobrou uma outra falta, chutou forte, rasteiro, e o goleiro santista teve que fazer outra boa defesa…

Gabigol, que não jogava nada, deu um golpe em Bruno Henrique, sem bola, na cara do bandeira… e ficou por isso mesmo. Imagina o Felipe Melo fazendo qualquer uma dessas faltinhas aí?

Só deu Palmeiras nos últimos minutos do primeiro tempo, mas o gol não saiu…

A água continuava a cair… a noite parecia estranha… o Palmeiras pecando nas suas finalizações – poderia ter matado o jogo no primeiro tempo – e perdendo para um time que desceu apenas duas vezes e fez dois gols, o árbitro sendo conivente com a deslealdade de alguns santistas…

No segundo tempo, o Palmeiras ia pra cima, mas parecia nervoso, querendo resolver de todo jeito,  e também parecia pilhado pelas muitas faltas que sofria e o árbitro deixava pra lá… e essa “pilha” só era boa para o adversário.

Não sei se por causa da chuva, ou se porque Lucas Lima precisava ser mais criativo, mas o Palmeiras insistia nos cruzamentos, nas bolas altas, voltava muitas bolas para Jaílson… não me parecia nada produtivo isso. Somos melhores com bola no chão. Sem contar que, nervoso, o time errava muitos passes. As atuações palestrinas, quase como um todo, deixavam a desejar… mas nem por isso o time deixava de buscar o gol de empate que garantiria a classificação do Palmeiras na final.

O tempo ia passando… a chuva nos castigava… mas a tensão nos castigava ainda mais…  Roger já tinha colocado Guerra, Deyverson e Moisés no time…

Dudu levou um pontapé (mais um)… e o árbitro só no amarelinho…

Dudu cobrou uma falta, o goleiro santista saiu de soco na bola, ela sobrou pra Keno, que fez o corte e chutou, mas ela foi pra fora…

Eu resolvera tirar da cabeça o capuz, e estava encharcada, com a roupa toda molhada, as meias molhadas também… mas nem sentia mais o desconforto… o coração, ansioso, tentava adivinhar o final daquela noite…

O segundo tempo acabou e teríamos os famigerados pênaltis… O Pacaembu gritava: Jaílson! Jaílson! Jaílson! Mesmo sabendo do absurdo potencial de Jaílson, não tive como não me lembrar de Prass – lá no campo, ele parecia falar algo ao grupo – e daquela semifinal e final de Copa do Brasil… Lá íamos nós outra vez…

Parece incrível, mas quase sempre sei quem vai, e se vai, errar a cobrança, por isso, não vejo as cobranças do Palmeiras nunca, para não contaminar meu coração com alguma coisa negativa…

Eu ouvia o nome de quem ia bater ser gritado e rezava por ele, torcia por ele… e, olhando para o céu, ficava esperando só pelo grito da minha torcida…

Dudu (Capricha, Duduzinho! lindo!)… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!

O sardinha, que se acha o último anel de Saturno (aham), converteu o dele…

Tchê Tchê (No fundo da rede, Tche Tchezinho) … GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!

E, então, lembrando de todas as dificuldades que Jaílson enfrentara na carreira, e de como tudo mudara ´pra melhor quando ele foi contratado pelo Verdão, decidi que veria as cobranças santistas, porque Jaílson ia pegar… Parecia tão óbvio que ele ia pegar algum… ele merecia esse momento. A chuva molhava meu rosto, algumas lágrimas molhavam meu rosto… meu coração tinha certeza agora… a vaga seria nossa.

Gian Motta marcou para o Santos…

Victor Luís (Pra guardar, Victor Luís!)… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!

Jaílson foi pro gol…  a cobrança seria de Diogo Vítor (“Pega, Jaílson, pega, Jaílson!! Você vai pegar!!”)…   DEFENDEEEEEEEEEEEEEEU, JAÍLSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOON!!!

,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,Resultado de imagem para Palmeiras x Santos 2018 penaltis

Deus do céu… ali, na bancada cheia de água, castigados pela chuva incessante, os encharcados seres envoltos em plástico enlouqueceram… e gritaram muito, e se abraçaram muito…

A tensão aumentava conforme as cobranças iam chegando ao final…

Moisés (“Capricha, Moisés. Guarda essa, profeta!”)… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!

Arthur Gomes converteu o dele… e Jaílson tinha acertado o canto… quase….

Última cobrança para o Palmeiras…bastava acertar e a vaga seria nossa… O torcedor gritava o nome de Guerra…

Guerra foi pra marca da cal (Guarda, Guerra! Guarda!!)… Ninguém ousava respirar no Pacaembu… nossos olhos dentro de campo… nossos corações também… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!

A respiração, que estivera suspensa, se fartou de ar… o Pacaembu explodiu no grito de gol… os jogadores corriam alucinados em direção de Jaílson… os reservas corriam para o campo… Roger comemorava muito… os seres envoltos em plástico, inundados de água, lágrimas e alegria, se embriagavam com aquele momento… alguns deles choravam convulsivamente… nada mais nos importava aquela noite… o mundo todo era verde… nós éramos os verdadeiros donos da noite.

Tche Tchezinho lindo chorava lá no campo… Jailsão da Massa, nosso anjo da guarda, festejadíssimo, chorava também…

Saíramos de uma grande batalha… Estávamos todos vivos, exaustos, mais fortes e mais unidos do que nunca, encharcados de felicidade… e na final!

Grazie, Dio!! Grazie, Palmeiras!!

E vamos em frente, que a guerra ainda não acabou…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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“Eu não perco pra essa Ponte Preta nem a pau! Eu me quebro todinho de novo se for preciso…” – São Marcos, na final do Paulistão 2008.

Ultimamente, apenas por falta de tempo, não tenho escrito sobre os jogos do Palmeiras, e olha que andamos fazendo algumas partidas memoráveis (contra o Santos, Jorge Wilstermann, Peñarol, por exemplo)… mas quero falar sobre o jogo contra a Ponte Preta, que, para nós, nada teve de bom.

Acho que nem o mais otimista torcedor da Ponte imaginou um resultado como o do jogo de domingo… nós, palestrinos, muito menos. Ainda bem que, segundo alguns debiloides, ‘a Crefisa compra os resultados dos nossos jogos’, né?

Eu sei que não existe time imbatível, tenha ele o elenco que tiver… não tenho a pretensão que o Palmeiras seja invencível – ele não foi invencível no Brasileiro 2016, e foi campeão, com sobras. No entanto, tenha o Palmeiras um elenco de craques, ou de jogadores comuns, ele tem que entrar em campo pra buscar a vitória. Se vai ganhar, se vai perder, é outro papo, mas o time tem que suar a camisa, tem que sujar o uniforme, tem que ralar em campo… e, pra mim, o Palmeiras não fez nada disso no domingo. Tomar 3 gols, no primeiro tempo, e, no segundo, não tentar nem descontar o prejuízo? Inimaginável, ainda mais com esse elenco atual, que tem jogado sempre com tanto empenho.

Não sei o motivo desse desastre – sim, foi um desastre -, não sei se a partida anterior contra o Peñarol, de adrenalina a milhão, acabou fazendo essa partida do Paulistão ser vista de outra forma, se a fez perder a importância, não sei se estavam todos “de chico”, ou se estavam mental e fisicamente cansados… Não sei, não tenho como saber, tampouco posso adivinhar, mas, sinceramente, achei que faltou atitude, eles não costumam ficar nessa preguiça, só andando em campo… Muitos torcedores disseram que foi soberba, pois eu acho o contrário, tivesse o time um pouquinho que fosse de soberba, e não teria aceitado aquele resultado tão passivamente.

E sem querer desmerecer a Ponte e seus jogadores (têm um bom time e mereceram a vitória), mas o Palmeiras, num dia de apagão total, não foi realmente um adversário , e acabou entregando o resultado ‘facinho, facinho’. No primeiro tempo, a única coisa que o Palmeiras fez foi tomar três gols. E o adversário nem precisou jogar grande coisa pra isso, como o Palmeiras não oferecia perigo, ela fez o arroz com feijão mesmo, e nós ajudamos um bocado.

Acredito que em condições normais, com o time do Palmeiras ligado, no ModeON, a Ponte poderia até ganhar, mas não iria fazer esses 3 gols não (faz tempo que não somos derrotados assim), com toda essa facilidade, com vacilos e escorregões (justo do cara que, em 2016, num escorregão mágico, cheio de garra e determinação nos ajudou num lance importantíssimo na conquista de um título maravilhoso – até a sorte estava de mal da gente no domingo).

Tudo muito confuso… o juiz também. Deixou de expulsar Bob, da Ponte,  por agredir Willian, quando o placar marcava 2 x 0 para os donos da casa.

O árbitro deixou de marcar  um pênalti também, cometido por Prass, quando a Ponte já vencia por 3 x 0.

Muito embora fosse provável que a Ponte fizesse o quarto gol caso o juiz apitasse corretamente, não dá para se ter certeza disso, afinal, Prass defendendo penalidades é coisa bastante comum.

Também não dá para sabermos se, com um a menos, caso o juiz expulsasse Bob (o juiz já tinha deixado de dar um amarelo pra ele antes) como ele merecia e quando a partida estava 2 x 0, a Ponte teria feito o terceiro gol, não dá para sabermos se a dinâmica de jogo mudaria, se o Palmeiras, com um a mais, teria descontado, ou se a coisa teria se desenrolado do mesmo jeito…

Uns acham que poderiam ter feito o quarto gol, outros acham que não teriam tomado nem o terceiro e teriam descontado… Mas fica tudo no campo da hipotése, no “e se”… A partida acabou mesmo com 3 x 0.

Foi difícil de lidar com esse resultado, mais difícil de lidar ainda foi termos visto o Palmeiras tão apático, sem alma… tão ao contrário do que temos visto ultimamente. Mas já passou… já é página virada. Jamais vou ficar “de mal” com o meu tão amado time, que tem me dado tantas alegrias…

E por isso mesmo, porque esse time me dá muitas alegrias, porque ele é sempre cheio de garra, está sempre jogando com a alma e o coração, é que eu espero outro Palmeiras para o jogo de hoje (sim, já chegou o dia da segunda partida); espero aquele Palmeiras, valente, que vai “morder” o adversário… aquele, que incendeia o Allianz Parque com garra, energia, dribles e ataques velozes… aquele, que não desiste, que entrega a alma em busca da vitória…  e luta muito… até o último minuto… até o apito final…

Está no nosso DNA, está na nossa história…

E já vencemos a Ponte por 3 ou mais gols… 18 vezes. Já vencemos esse mesmo clube, por 5 x 0, em uma final de Paulistão… Neste ano, já vencemos 4 partidas no campeonato por 3 ou mais gols…

Em nosso livro de grandes feitos, já viramos uma partida – que até o narrador considerava decidida -, de maneira épica, pra cima do Flamengo, nos últimos minutos…

Já tomamos 5 gols do Grêmio, no sul, e depois fizemos 5 gols em nossa casa…

Já decidimos uma Libertadores, num jogo em parecia que ia dar tudo errado (tomamos gol, tivemos jogador expulso)… e saímos campeões…

Em 2012, a torcida do Coritiba já tinha até pintado a estrela de campeão na parede… e teve que tirar, porque a estrela veio brilhar no céu do Palestra…

Disputamos uma Copa do Brasil, em 2015, e o adversário da final, antes mesmo do jogo, já tinha até poster de campeão… só que o caneco foi morar em nossa casa…

Fomos campeões brasileiros em 2016 – com sobras, diga-se de passagem – mas todo mundo fazia questão de sentir um ‘cheiro’ diferente… e o único cheiro que se sentiu, de verdade, o campeonato todo, foi cheiro de porco, líder e campeão…

Nosso destino é lutar… e vencer…  Tá no sangue, no DNA, na alma… tá na história do maior campeão do Brasil!

Boooooora Prass, Jailsão da Massa, Vinícius, Jean, Fabiano, Zé Roberto, Egídio, Mina, Vitor Hugo, Dracena, Antonio Carlos, Thiago Martins, Tche Tche, Arouca, Felipe Melo,Thiago Santos, Guerra, Michel Bastos, Raphael Veiga,  Dudu, Keno, Willian, Guedes, Rafa Marques, Borja, Alecsandro… seus lindos!! Booooooora, Verdão! Vamos buscar!

Booooooora, Eduardão da Massa, agita a rapaziada aí… nós confiamos em vocês!

É difícil? É… muito, mas não é impossível. E se não é impossível, a gente corre atrás. Não precisamos inventar nada, não precisamos nos pilhar… basta jogarmos o que sabemos e o que podemos… no ritmo do coração da Que Canta e Vibra.

Temos time, temos torcida, temos vontade, temos alma e coração, temos um amor do tamanho do mundo… E QUEREMOS A VITÓRIA! O placar… depois a gente vê o que dá!

O CALDEIRÃO DO PORCO VAI FERVER!!! O PALMEIRAS VAI JOGAR,  NÓS VAMOS! BOA SORTE, VERDÃO!!!!!

 É LUTA, É GARRA, É ALMA E CORAÇÃO…  #AtéOMinutoFinal

 

 

“Se em 2012 nós fomos a Curitiba para encerrar uma noite de 2011, agora chegou a vez de acabar com aquela maldita tarde de 2009 no Macaranã” –  by @forzapalestra

Em 2012, diziam que a gente “não ia ganhar do Grêmio no Olímpico”… que “não íamos conseguir segurar o time de Luxemburgo aqui em Barueri”…

Diziam que o Coritiba estava melhor… que “não ganharíamos no Horto”… pintaram até uma certa estrela de campeão  numa certa parede…

Todos desconfiavam do nosso time… colocavam mil senões nas nossas chances… Todos – rivais, imprensa – nos davam por derrotados…

Mas nós nunca deixamos de acreditar… abraçamos o nosso time, fomos abraçados por ele e, juntos, encaramos os nossos problemas e fomos à luta… remendados, desacreditados, roubados na semifinal e nas duas finais…

E o que aconteceu ficou na história… na nossa história…

Conquistamos a vaga pra final e fomos campeões depois! Mesmo com desconfianças e desfalques, deu Verdão!  Com sequestro e apendicite, deu Verdão! Com juiz roubando, com pênaltis não marcados e expulsões injustas, deu Verdão! Com pancadaria, com soco na cara, com chute no saco, deu Verdão!

Deu Verdão… na força da nossa gente! Na raça e na fibra de nossos jogadores… no maravilhoso Corredor Alviverde… no frio e na chuva… nos aplausos, nos gritos, nas orações, nos risos e lágrimas de alegria… nas mãos apertadas, nervosas; na respiração suspensa… nos milhões de corações palestrinos que “entraram em campo”… na valentia de nossos heróis (sim, eles foram nossos heróis)… na fé do sangue verde-esmeralda…  e sabe por que?  Porque aqui é Palmeiras, porra!

VAMOS BUSCAR A VAGA, PALMEIRAS!!!! RUMO AO TRI !!!

E não esqueça que hoje é dia de obrigação. Sim, obrigação.

A OBRIGAÇÃO HOJE É A DE LUTAR! É obrigação honrar a camisa verde-esmeralda mais linda do mundo! É obrigação correr, e correr muito dentro de campo! É obrigação se entregar  de corpo e alma! É obrigação não temer o adversário! É obrigação “dar o sangue” e brigar por cada centímetro do gramado do Allianz Parque! É obrigação ir pra cima do inimigo! É obrigação aliar talento e malícia, muita vontade e sabedoria, sangue nos olhos e muita calma…

É obrigação ter a responsabilidade que o momento exige e ter muito cuidado com a arbitragem também… É obrigação não desistir nunca, um segundo sequer, até o apito final… É obrigação jogar no  ritmo do coração da Que Canta e Vibra…

É obrigação bater no peito e dizer “Eu tenho orgulho de ser Palmeiras”!

Tudo o que nós, torcida, jogadores, comissão técnica e diretoria, queríamos é que chegasse esse momento, era estar nesta batalha. Sonhamos com ela, lutamos para estar aqui. E queremos mais, queremos estar na final. Então… Booora, Palmeiras! Vamos buscar!

Nós confiamos em vocês. E faremos a nossa obrigação também. Vamos cantar e torcer, vamos fazer tremer o Allianz Parque, apoiar e empurrar o nosso time os 90 minutos e além deles, carregar nosso time nas costas se preciso for, vamos “entrar em campo e jogar também”…

Tamojunto, Verdão!! É PRA  JOGAR COM A ALMA E O CORAÇÃO!! E VAMOS GANHAR, PORCOOOO!!

Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, acima da sua cabeça.

– Essas uvas parecem muito suculentas. Tenho que comê-las. – disse a raposa.

Tentou apanhá-las saltando o mais alto que pôde, mas elas estavam fora do seu alcance. Por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las.

Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e, fingindo estar desinteressada, disse:

– Pensei que estavam maduras, mas vejo agora que estão muito verdes… não prestam.

É fácil desdenhar daquilo que não se alcança.                                                                               La Fontaine

E foi assim que a raposa virou gambá, e o Paulistão virou “paulistinha”…

Acho que depende da fase da Lua, do movimento das marés, da direção dos ventos… talvez dependa de Saturno estar no signo de Escorpião, dos planetas estarem alinhados…

Ninguém explica o fenômeno que acontece com o campeonato paulista. Uma hora é importante, é Paulistão, é queda de braço entre os grandes paulistas, vira filme, é comemorado, antigas conquistas são lembradas décadas depois; outra hora é paulistinha, campeonato pequeno, ninguém quer…

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E na semifinal do Paulistão 2015, decidida num derby – clássico de maior rivalidade do país e do mundo -, aconteceu o fenômeno de novo, e num prazo de pouco mais de 90 minutos.

A imprensa e todos os torcedores já falavam no clássico semanas antes. Apontavam o favorito…  Era partida importante, havia muito mais em jogo…

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Era Paulistão, e o “Estádio dos Quatro Tobogãs” iria ser palco da primeira eliminação de um dos dois grandes rivais.

Até a “raposa” peruana esquecia a Libertadores para pensar no jogo diante do Palmeiras, empolgadinha no #vaicorinthians #domingoénosso.

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Era Paulistão, com aproximadamente 40 mil pessoas no estádio…

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Era Paulistão, e a torcida comemorava, efusivamente, os dois gols que os itakeras haviam marcado no Palmeiras. Era Paulistão, o único campeonato que  o S.C.Itaquera conseguiu conquistar até 1990.

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Era Paulistão, na comemoração do gol de Danilo. Comemoração que, diga-se de passagem, teve a participação até dos reservas…

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Era Paulistão, e valia até dançar para comemorar um gol…

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Era Paulistão, valendo vaga na final e, por isso, o goleiro gritava de felicidade no gol do seu time…

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Era Paulistão… O técnico itakera e seu jogadores comemoravam alucinados a vitória parcial e possibilidade de sair da partida com a classificação e a eliminação do maior rival…

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Era Paulistão… e, na disputa das penalidades, que definiria o classificado à final, os jogadores se ajoelharam  em campo…

Era Paulistão, e ir à final era o objetivo. E isso ficou escrito na expressão de quem foi derrotado, nas lágrimas daqueles que foram batidos…

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Era Paulistão, de eliminação sofrida, dolorosa…

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Mas… os planetas se desalinharam (e isso teve início antes dos primeiros 15 minutos de jogo). As marés foram mudando as águas de lugar, os ventos enlouqueceram e passaram a ventar em todas as direções… a Lua mudou de fase abruptamente e passou a brilhar em verde… Saturno se mandou de Escorpião…

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E aí, pronto… apareceram algumas “raposas”, e o Paulistão virou “Paulistinha”, campeonato pequeno, perdeu toda a sua importância, e as “uvas” ficaram verdes (bem verdes, aliás)…

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A “raposa peruana”, que parece desconhecer que o seu time conquistou apenas campeonatos estaduais até 1990, deveria ter avisado aos  quase 40 mil bobocas que foram lá sofrer e torcer por eles, que eles não gostam de campeonatos “pequenos” (era só não disputar, né?). Assim, todo aquele nervoso, choro, tristeza e frustração teriam sido evitados.

E, gostem de Paulistão ou não, as “raposas” sabem muito bem que nada poderá apagar ou mudar o fato de que o Palmeiras eliminou o S.C.Itaquera, dentro do Galinheiro, diante de 40 mil pessoas, marcou seu gol de número 500, ficou com a vaga na final do campeonato e, de quebra, levou metade da renda…

Grazie mille!

“Ôôô… o freguês voltooooou!” – Olavo Bilac 

Tinha sido difícil pegar no sono na noite anterior… Palmeiras e Corinthians, mais uma vez, se enfrentariam pra decidir uma vaga na final do Paulistão (era Paulistão o jogo todo, virou “Paulistinha” tão logo acabaram as cobranças de penalidades).

Que friozinho na barriga… Tanto para uma torcida quanto para a outra, no clássico de maior rivalidade do mundo, perder para o rival é algo bem difícil de administrar. E pode estar valendo um saco de pipoca… que dirá uma vaga na final.

Jogo lá nos entulhos do Palestra, com estádio lotado de itakeras, e apenas 2.000 mil parmeras – eles valeram por 20 milhões. Jogo pra decidir. Um, ia se dar bem; outro, ia dançar… O Palmeiras tinha a missão de vencer a primeira decisão entre os dois, em pleno Esmolão, diante de muitos milhares dos seus inquilinos…

Eu vivia uma sensação dúbia, conflitante… a razão, me fazia apreensiva, tensa, por tudo o que a partida significava, por todas as dificuldades que por certo encontraríamos (ah, a arbitragem…);  o coração, me deixava numa ansiedade monstra pra que chegasse logo a hora e eu pudesse ver o Palmeiras vencer – sim, o coração sabia. Ele sempre sabe…  a gente é que teima em não acreditar nele.

S.C. Itaquera, invicto (graças às arbitragens), blá, blá, blá… “jogando que nem o time de Telê”, nhe, nhe, nhe… E eu me lembrava que, na maioria das vezes em que um derby decidiu classificação ou título, o Palmeiras levara a melhor… informação gravada na alma, no sangue, na história…

Estava difícil lidar com a emoção… Tudo em relação ao Palmeiras, sejam dores ou alegrias, é grandioso demais, ultrapassa todas as fronteiras. Mas eu sabia que, time por time, eu não tinha o que temer, o do Palmeiras é bom. O time de “Itakera”, que também é bom, tinha  a vantagem de jogar junto há mais tempo, de estar diante da sua torcida, e de ser favorecido pelas arbitragens em inúmeras partidas – era esse “detalhe” que me deixava mais tensa.

O  bicho ia pegar…  E, bicho por bicho, que fosse o porco a pegar o gambá.

E eu ficava tentando imaginar, tentava “ouvir” o que seria a preleção daquela tarde… e me emocionava… Mas, eu tinha uma certeza, eles jogariam com a alma (e como jogaram!). Quem veste essa camisa, e sabe o valor que ela tem, se agiganta em momentos assim…

E  foi o Palmeiras quem começou dando as cartas no “Estádio dos Quatro Tobogãs”… Rafael Marques, abusado, viu Cássio um pouquinho adiantado e chutou lá do meio de campo. O goleiro pegou sem dificuldade. Mas, imagina se ele faz o gol? Só iam sobrar os entulhos do Palestra lá.

Os times se observavam… De olhos grudados na TV, vi Valdivia enfiar uma bola pro veloz Dudu, mas um itakera mandou pra lateral.  O Palmeiras marcava bem a saída de bola, tinha mais qualidade com a bola no pé…

E então, aos 13′, depois de um escanteio de Robinho, Victor Ramos cabeceou, a bola bateu no jogador itakera e voltou para o zagueiro palmeirense de novo. E ele, como se fosse um Evair, botou a bola no pé e  estufou a rede.

Eu quase entrei na TV pra comemorar com ele… Meu Deus! GOOOOOOOOOOOOOOOL, VICTOR RAMOS, SEU LINDOOOO! Minha cabeça rodava de emoção e alegria… E a adrenalina subia de vez…

Achei que juiz mudou de postura e ficou mais enérgico em campo depois do gol (será que ficou aborrecido?).

O jogo ia ficando mais pegado. Mendoza, nervosinho, se estranhava com Arouca… E então, um absurdo.  O árbitro matou um ataque do Palmeiras. Sim, o juiz “esqueceu” a lei da vantagem e parou um contra ataque perigoso do Palmeiras, quando Dudu ia sair livre na área e tinha chances de fazer 2 x 0, para marcar uma mísera falta, que nem cartão mereceu, beneficiando claramente o infrator. Depois que a gente fala…

Muitas faltas para o Palmeiras não eram marcadas. O jogo entrara em JuizModeON. O nervoso ia aumentando…

Victor Ramos já estava sangrando, com um corte no nariz, causado pelo cotovelo de Vagner Love, numa disputa de bola.

O futebol do Palmeiras estava meio esquisito…  o posicionamento parecia estar errado. Embora os jogadores fossem os certos, a coisa já não fluía bem, errávamos passes, a bola não passava pelo meio e ia direto lá pra frente lá. E, assim, os adversários foram chegando…

E empataram com Danilo, aos 33′, após uma cobrança de falta de Jadson, que ele, Danilo, livre, cabeceou pro gol do Prass.

Quase em seguida, o Mago aproveitou uma saída errada e tocou pro Dudu, mas ele, que dava um trabalho danado pros itakeras, mandou ela pelo alto. Eu já não conseguia mais assistir direito…

O primeiro tempo estava acabando, os times pareciam meio “contentes” com aquele resultado parcial, quando Mendoza arriscou um chute de fora da área, acertou no cantinho do gol de Prass e virou a partida.

Agora, a p…. tinha ficado séria… Era a hora do meu Verdão mostrar todas as ‘armas’.

Corri no meu quarto buscar o terço benzido pelo Francisco… “Cristaldo” já tinha sido colocado num local estratégico…

Para o segundo tempo, Oswaldo tinha chamado Cleiton Xavier para o lugar do Lucas, Gabriel se posicionava na direita, e Dudu e Rafael Marques jogariam pelas pontas. Arouca, Robinho, Cleiton, Mago… Aeeee, Oswaldo! Segura o porco!

Num vaivém incessante… eu entrava e saía da sala seguidas vezes. Não conseguia mais assistir, tampouco conseguia não assistir.

Os itakeras se retrancavam, claro, esperando contra atacar. Na TV diziam que era muito difícil furar essa retranca deles. Sei…

Valdivia tabelou com Dudu e cruzou rasteiro. A bola passou toda linda na frente do gol, só esperando quem a colocasse na rede, mas ninguém chegou; Cleiton deu um lindo passe pro Dudu, ele chutou pro gol, mas Cássio deu uma desviadinha na bola, e ela tocou a trave e… saiu. Eu ia ter um infarto. Sentia um calor no peito inexplicável.

O Palmeiras se acertara e ia pra cima… e eu chorava vendo o meu Palmeiras, valente, guerreiro, crescer cada vez mais lá no Esmolão. E não tinha como não me lembrar de 2000. Galeano, cadê você?

A nossa torcida fazia barulho e empurrava o time. Tínhamos que fazer um gol… Eu mal conseguia respirar, e já tinha usado todos os meus argumentos tentando convencer Deus que o Palmeiras é quem merecia a vaga…

Saiu o Mago, entrou Jesus; saiu Wellington, entrou Kelvin… Oswaldo, mexia, ousava… e o time ia pra cima.

O relógio corria, quase trinta minutos, e nada do nosso gol…

E então eu ouvi o som que vinha da TV: “… agora teve o cruzamento, o lançamento pro Gabrieeeeeeeeeeeeeeeeeeeel!! Gooooooooooooooool (corri lá), Rafael Marques…”.

Deus do céu! “Galeano” tinha aparecido!! Rafael Marques colocava o Palmeiras na disputa e saía vibrando feito doido. Que gol lindo! Dudu, lá na esquerda, levantara a bola no segundo pau. Ela passou por Gabriel  (achei que foi derrubado) e sobrou pro RM, praticamente deitado, tocar de cabeça. Cássio só pôde olhar…

Eu chorava, cheia de esperança, como uma mãe que vê o filho pela primeira vez… RAFAEL MARQUES, SEU LINDOOOO!!

Vamos virar, Palmeiras! Meu corpo formigava… mas, embora o Palmeiras tivesse pressionado muito, o 2 x 2 se manteve, e fomos para os famigerados pênaltis…

“Valei-nos São Marcos! Que a luz que sempre o iluminou, ilumine o Prass agora”. Longe da TV, eu ouvia, e depois ia ver o replay…

Robinho perdera o primeiro, chutando muito por cima do gol… Deus do céu! Logo ele, que chuta tão bem?

Fábio Santos mandou na trave, mas ela entrou. Como assim, Deus?

Rafael Marques cobrou lindamente, no ângulo.

Tínhamos que defender um pra igualar…

Renato Augusto chutou forte e converteu.

Victor Ramos, com uma categoria danada, guardou o dele…

Fagner bateu, Prass acertou o canto e quase pegou.

Cleiton Xavier, glacial, esperou Cássio se decidir e guardou…

Ralf guardou o dele também.

Faltava uma cobrança de cada pra terminar a série… Dudu tinha que acertar ou acertar, e Prass tinha que defender ou defender. “Deus, agora é com você. Precisamos acertar esse e o Prass tem que fazer duas defesas para sairmos classificados”. Meu coração me fazia lembrar de 2000, e a esperança aumentava…

Era Dudu quem ia bater. Que vontade de ir lá ver, mas eu não conseguia. Vai, Duduzinho lindo!

Dudu chutou bem, guardou no cantinho e o recado foi dado… O Palmeiras estava vivo e ia buscar!

Os itakeras pareciam com um quê de “hoje não vai dar”… De joelhos, lá na copa, com as mãos segurando o terço que o Papa benzeu, com o coração imóvel, sem bater (ele me garantia que não ia acabar ali),  eu esperei… O babaca do Elias ia pra bola… Ah, Prass, essa você tem que pegar…

E não deu outra… DEFENDEU, FERNANDO PRAAAASS!!!

Parecia até o Marcelinho diante do Marcão… Prass, vibrando com a defesa, se ajoelhou com os braços apontando o céu…  Quando vi a imagem, eu tive certeza que a vaga  era nossa. Já podiam vir as cobranças alternadas. O freguês tinha voltado.

Kelvin foi pra cobrança… goleiro de um lado, bola  de outro. Ah, garoto!

Gil cobrou e guardou.

Jackson, com uma baita categoria guardou também (coisa linda esses zagueiros do Parmera).

Aí, eu decidi que queria ver. Ia acabar ali, eu sabia, e não perderia aquilo por nada desse mundo. A vida colocara os dois maiores rivais nessa disputa, pra que o Palmeiras mostrasse, em grande estilo, que ele está de volta.

Petros, cara de derrotado, foi pra cobrança…

Xô Petros!! Vai errar! vai erraaaaaaar! Eu gritava na sala! Foooora! Foooora!! Pega, Prass! Peeeeega!

Prass dizia para o adversário: “Acabou, Petros. Acabou”. E mostrava o canto onde ele queria que o ‘itakera’ batesse.

E então…

“Lá vai Petros. Partiu, bateu, pé direito na bola… DEFENDEEEEEEU PRAAAAAAAAAAAASS!! FERNANDO PRASS DEFENDE E O PALMEIRAS ESTÁ NA FINAL!!”.

Luz, muita luz!! Todos os espaços se encheram de luz! Prass, maravilhoso,   nos garantia na final. Meu coração nem cabia mais no peito.

O time inteiro do Palmeiras saiu correndo, comemorando enlouquecido, em direção à torcida. O Palmeiras, esbanjando grandeza e vontade de vencer,  eliminava os ‘itakeras’, dentro do galinheiro, e ainda ia levar metade da renda.

Valdivia, acreditem, caiu, literalmente, nos braços da Mancha! Sensacional a cena! Depois dessa, é título, minha gente!

As imagens de jogadores comemorando junto à Que Canta e Vibra falavam  ao nosso coração: TODOS UNIDOS PELO PALMEIRAS!

Foi heroico, catártico,  redentor! Relembrou 2000 e tantas outras “decisões” em que o Palmeiras levou a melhor sobre o rival.

Essa partida, os gols, as defesas, os jogadores, a torcida, entraram todos para a história da Sociedade Esportiva Palmeiras. E serão lembrados ‘Prass’ sempre…

Descanse em ‘Prass’, Cu rintia! Quem vai disputar o “paulistinha” agora é o Verdão!

ÔÔÔ VAMOS BUSCAR, PORCOOOOO!!!

“Tem time que ganha do Botafogo-SP graças à duas penalidades inventadas… Tem time que ganha do Botafogo-SP apesar de duas penalidades escandalosamente não marcadas…”

O alarme tocou de manhã e a diminuta parte do meu cérebro que acordou com o som, me dizia que era domingo, e que eu não tinha nada que acordar cedo… só que o coração deu um berro: “Hoje tem Palmeiras no Allianz Parque! Começou o mata-mata!” Foi o bastante, num segundo eu estava de pé!

Enquanto eu me preparava para sair de casa, percebi que alguns antigos medos estavam comigo… e era um tal de alimentar as superstições de estimação… “Será que fiz isso? Será que fiz aquilo?”, “Será que peguei aquilo outro?”… que saco. Dei um basta nas bobagens todas – são novos tempos agora – no entanto, antes de sair, corri no terraço e tratei de regar os meus trevos de quatro folhas…

Muitas camisas do Palmeiras podiam ser vistas na rua… A manhã de domingo era verde, branca, verde-e-branca, verde limão, amarela,  azul centenário… coisa linda.

Chegamos mais cedo no Allianz, temendo que a PM causasse um transtorno na entrada dos torcedores, mas estava tudo certinho, os torcedores iam chegando e entrando, tranquilamente. Muitos cambistas circulavam por ali.

O Allianz foi enchendo de gente (não sei porque a WTorre ainda não trocou por vidro aquelas grades que separam alguns setores. Não sei porque também, o gramado parecia bem ruinzinho, sem manutenção)…

Senti uma emoção muito grande quando o Palmeiras entrou em campo – na camisa branca as 300 mil inscrições na TV Palmeiras. O hino, cantado à nossa moda, por aquela parmerada toda, deixava a pele da gente arrepiada e a garganta com um nó… “Meu Palmeiras, meu Palmeiras”.

Valdivia no banco… e tava na cara que o Botafogo ia vir numa retranca só, fazendo sumir os espaços. Eu me sentia tranquila, confiava que o Palmeiras iria vencer. Nosso time é bom – muito melhor que o do Botafogo -, nossa torcida, linda, fazia uma festa linda também, tornando o Allianz um caldeirão… estava (quase) tudo certinho…

Eu temia as botinadas (elas aconteceram muito desleal e impunemente na quarta e na semi do Paulistão 2014, lembra?), e a arbitragem, claro… além de sempre permitirem as botinadas nos parmeras, as arbitragens costumam prejudicar o Palmeiras até mesmo em lances capitais…

Só que eu não imaginava que Marcelo Rogério, o árbitro da partida, fosse capaz de prejudicar (garfar?) tanto o Palmeiras, e dentro do Allianz, diante da sua torcida e de todas as câmeras de TV. Se dependesse do “bom trabalho” do juiz e dos seus auxiliares, o Palmeiras, mesmo sendo muito superior em campo, teria sido desclassificado. Coisa pra se pensar…

Não existe lógica alguma que legitime uma arbitragem influenciando diretamente no resultado de uma partida, não existe desculpa para que um árbitro “esqueça” as regras mais importantes (falta dentro da área é pênalti). E, se tentarmos pensar com a “lógica” torta dos que tentam arranjar justificativas para as “apitadas”, fica muito esquisito se prejudicar o maior campeão do país, em favorecimento à uma equipe, com todo o respeito ao Botafogo, sem expressão alguma. Na dúvida, sempre apitam contra o Palmeiras – imagine o que não vem por aí diante do time que se classificou graças à garfada na Ponte Preta? Time para o qual muitos árbitros – “jornaleiros também” – parecem trabalhar?

Começo de jogo e o Zé Roberto sofreu uma falta por trás, reclamou com o adversário, ele não gostou, discutiram, e o juiz deu bronca no… Zé Roberto. O amarelo pro botafoguense, nem pensar. Tava começando cedo…

Robinho finalizou de longe, tentando surpreender o goleiro. Uhuuu!! E todo mundo lembrou do golaço que ele tinha feito no “goleiro de hóquei”.

No minuto seguinte, cruzamento do Botafogo na área de Prass, ele saiu na bola, mas sofreu falta. Ao ser atingido, inclusive no braço, soltou a bola, e colocaram ela no gol. O juiz anulou, corretamente.

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O Botafogo, que reclamava de tudo com o juiz, ficava na retranca, mas o Verdão tocava a bola, pacientemente… sem afobação, invertia o jogo, tentava encontrar espaço, e apanhava… O Botafogo batia sem medo nenhum do juiz… Dudu que o diga, tadinho. Sofreu uma falta dura, pra cartão, e o juiz… nada.

O Palmeiras estava bem, a defesa jogava certinho, meio e ataque também… Rafael Marques, Leandro, Robinho, Dudu faziam boas jogadas, tinham velocidade, porém, para furar a retranca, estava faltando aquela jogada redondinha, o último passe açucarado.

O Zé levou perigo ao Botafogo num cruzamento da linha de fundo. A bola passou por toda a área e o zagueiro acabou tirando.

Lá pelos 25′, Dudu perdeu um gol feito. Zé Roberto cruzou, Victor Ramos foi na bola, de cabeça, e ela, implorando para entrar no gol, sobrou pro Dudu, que se atrapalhou, ou errou o tempo da bola, e mandou um gol feito na trave, e pra fora. Ai, meu Deus!

O grito de gol, pronto pra explodir em nossa garganta, se agitava e resmungava, inconformado de ter que esperar…

O domínio era total do Palmeiras. O Botafogo não conseguia passar do meio de campo, o Verdão metia pressão nos retranqueiros, fazedores de cera, que visavam o corpo dos palmeirenses em quase todas as jogadas, e iam pra cima do juiz a cada marcação de falta (imagina o Verdão fazendo isso?).

Mais de 35 mil pessoas não paravam de cantar e empurravam o Palmeiras no Allianz. Uma vibração intensa.  O paraíso era ali…

Finalzinho de primeiro tempo, e o bandeira marcou um impedimento inexistente do Palmeiras… Um pouco depois, contra ataque do Botafogo, a bola foi lançada lá na frente, Prass, poderoso, saiu da área e tirou de cabeça, mas o jogador do Botafogo, que nem lembrou da bola, foi no corpo de Prass, fazendo falta, e jogando ele no chão.  O juiz viu, mas foi como se não tivesse visto…

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Ninguém estava gostando do árbitro, que irritava os palmeirenses com faltas invertidas, com rigor exagerado e direcionado às pessoas erradas – Dudu sofria falta e ele é quem levava bronca -; que permitia que um jogador do Botafogo fizesse falta no Prass e ainda fosse pra cima dele, dar uma dura; que permitia que faltas para cartão amarelo ficassem impunes; que deixava de marcar a maioria das faltas que Dudu sofria (isso acontece em todo jogo). Essas pequenas coisas influenciam muito no andamento de uma partida – e eu lembrava o jogo diante do Bragantino em 2014.

O primeiro tempo acabou,  Oswaldo teria que dar uma mudada no time, no jogo… teria que colocar Valdivia em campo…

No entanto, para a segunda etapa, quem entrou foi o Victor Luís, no lugar do Zé Roberto, que tinha sentido a coxa.

Passava dos 5′, quando Robinho cruzou na área para Dudu. O atacante, que saía na cara do goleiro, com chance de marcar, foi atropelado, por trás, pelo zagueiro do Botafogo. Pênalti, escandaloso, indiscutível, que o juiz e o bandeira “não viram”.

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Na transmissão, que milagre, os comentaristas afirmariam: Pênalti! Mas olha só a penalidade na versão rgt:

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Dudu foi atropelado, nem “anotou a placa”, e a notícia diz que ele “se enrosca”? E o pior foi dizer que o Dudu é que se enroscou, que a ação foi dele e não do botafoguense. Que jeito bom de fazer parecer que não foi tão óbvia a penalidade, que foi lance discutível, que foi até compreensível o juiz não marcar… afinal, o Dudu “se enrosca” no outro (que o atingiu por trás)… basta uma “palavrinha mágica”, e a verdade muda de cara…

A torcida enlouquecia de raiva. Jogo valendo vaga, e o juiz nos garfa uma penalidade dessa? Chama o camburão!!

Poucos minutos depois, o Palmeiras rouba uma bola, Dudu é lançado, avança com ela, entra na área, aparece um adversário, e a bola passa, mas o Dudu fica. “Mi” achei com uma cara de falta esse lance, viu?

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Mas o juiz mandou seguir, o Botafogo engatou um contra ataque, e por muito pouco não fez um gol. E se tivesse feito, seria um gol na conta da arbitragem, porque houve um impedimento clamoroso… que ninguém marcou… E era bem fácil de ver que os de branco, e a bola, principalmente, estavam bem atrás do de vermelho, não é?

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Com o Palmeiras em cima, o Botafogo se fechava mais. E a bola não passava… O Palmeiras continuava insistindo em cruzamentos e mais cruzamentos, mas não dava certo.  A torcida, impaciente, pedia: Valdivia! Valdivia! Não demorou muito e Oswaldo chamou a nossa ‘chave-mestra’. Aplausos no Allianz!

O Mago entrou aos 17′, e, no primeiro lance, foi agredido por André Rocha. O jogador do Botafogo deu no meio do Mago, e deu tambem um tapa no rosto dele, sem nem olhar a bola. Foi direto pra cima do Mago. Não houve disputa de bola, só a agressão mesmo. E o juiz deu… amarelo(??!!). Se deu amarelo, viu a falta, e se viu a falta, não expulsou por quê? Imagina se fosse o contrário?

E a CBF tomando providências contra as reclamações dentro de campo… Bater, pode;  reclamar, não.

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Um gol do Botafogo, e outro do Palmeiras (Mago roubou uma bola e passou pro Dudu guardar), em menos de dois minutos, ambos em impedimento, foram anulados pelos bandeiras.

Se o Palmeiras já encurralava o Botafogo, depois da entrada de Valdivia, o jogo inflamou. Aí que o Verdão ia pra cima mesmo. E o Allianz cantava forte, numa voz só… sabendo que o gol estava chegando…

Mas o Botafogo fez mais um pênalti em Dudu, e o juiz, mais uma vez, não marcou – pra ele ser um árbitro ruim, só se não aprendeu que falta dentro da área é pênalti. Se aprendeu… sabe-se lá porque não marcou…

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Queríamos tanto um gol… E então, o Mago roubou uma bola no campo de defesa, tocou pro Dudu e correu mais à frente; Dudu devolveu pro Mago, que chamou a defesa inimiga pra dançar, deu um drible desconcertante em três marcadores, deixou um no chão, olhou pra um lado, não quis passar, olhou pra direita e lançou Lucas, que só teve o trabalho de cruzar para área, para Leandro Pereira, espertíssimo, balançar as redes!

O grito de gol, preso em nossa garganta o jogo todo, ganhou liberdade no Allianz Parque! Sabíamos que o gol era a passagem pra semifinal, apesar das penalidades não marcadas, apesar da agressão não punida, apesar da arbitragem.

Tá difícil de achar um espaço? Chama o Mago!! Ele entrou e mudou o jogo. E com o menu completo: driblou, armou o time, passou, chamou a marcação e a responsa, recebeu faltas bem duras, foi agredido, levantou a torcida da cadeira, arquitetou a jogada do gol da classificação… botou fogo no jogo, e ajudou os companheiros a construir a  vitória e carimbar a vaga na semifinal…

Vamos jogar no “Estádio dos Quatro Tobogãs” agora, e só voltaremos ao Allianz se passarmos à final…

E eu só digo uma coisa… ESPERA A GENTE AÍ, ALLIANZ PARQUE, SEU LINDO, SEMANA QUE VEM ESTAREMOS DE VOLTA!!

PRA CIMA DELES, PALMEIRAS!! VAMOS GANHAR, PORCOOOOO!!

“Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, cegos que vêem. Cegos que, vendo, não vêem”  – José Saramago

A gente bem que avisou… sem “parmera”, seleção brasileira nenhuma ganha título…

Eu nunca fui favorável à realização de uma Copa do Mundo no Brasil. Por mais divertida e bem sucedida que ela pudesse ser, eu sabia que isso ia custar os olhos da cara… do povo! E custou, muitos bilhões!! Para um país que tem tantas necessidades pra ontem, não dá para achar legal gastar essa grana toda com diversão, esquecendo, entre outras coisas, a Saúde e a Educação. É o mesmo que você torrar seu salário na gandaia e ficar sem luz e água em casa,  sem comida…

E, pra piorar,  superfaturaram tudo, nem todas as obras ficaram 100% prontas, muitas delas, de mobilidade urbana, acabaram sendo esquecidas… teve gente que ameaçou com o #NãoVaiTerCopa, a polícia sentou a borracha nos descontentes, e teve Copa sim.

Mas é futebol, a alegria dos brasileiros! E foi esse o ‘espelhinho’ com que cegaram boa parte do povo, com que tiraram a atenção dele do que era realmente importante para o país, espelho com o qual fizeram as pessoas só enxergarem a seleção e até acreditarem que ela podia ganhar a Copa.

E aquela parte da população que é patriota apenas de quatro em quatro anos, que confunde patriotismo com torcer pela seleção – e não percebe que a seleção é da CBF, da emissora de TV e da patrocinadora, menos do povo -, ficou encantada com a chegada das seleções, com os jogos, os turistas, e, induzida e manipulada, passou a pensar que a prioridade para o Brasil era ganhar o “équiça”, esquecendo da conta que vamos ter que pagar durante um bom tempo, e de quão mais difíceis as coisas ficarão por aqui depois da Copa, e por causa da Copa.

“Pão e Circo” pra ninguém botar defeito, mesmo que o pão não esteja tão acessível, já que a inflação está aí, de volta. Era esse mesmo o interesse dos governantes, o de fazer com que a população esqueça o que não tem, não se dê conta do que lhe foi tirado, e, temporariamente feliz, vote de novo nos mesmos que torraram a sua grana – mal sabiam todos quão doloroso seria o “despertar do transe”…

E embora a maioria da população não tivesse acesso aos estádios e jogos (sim, fizeram a Copa para a elite, para os que podiam pagar, e o povão… ficou de fora), os brasileiros, loucos por futebol, esqueceram todo o resto e acabaram seduzidos pela presença dos maiores e mais badalados jogadores do planeta, e dos muitos torcedores que vieram atrás deles.

Messi, Cristiano Ronaldo, Schweinsteiger, Piquet, Casillas, Aguero, Pirlo, Balotelli, Klose, Neuer, Buffon, Rooney, Benzema, Alexis Sanches, Vidal, Valdivia, Campbel, James, Ochoa, Eto’o, Drogba, Robben, Van Persie, Sjneider, Daniel Alves, David Luiz, Neymar (um ótimo jogador, que a imprensa esportiva do Brasil faz questão de colocar ao nível de um extraterrestre)…

A primeira fase foi deliciosa. Altas doses de futebol na veia, duas vezes por dia – até três vezes, em algumas ocasiões -, para ficarmos felizes da vida. As prostitutas, que ganharam cursos de inglês do governo, reclamavam que os negócios iam mal, mas o povo estava enlouquecido com tanto futebol. Sem contar a interação dos povos, e as imagens, inúmeras e memoráveis, de momentos que nunca passaram por nossa imaginação antes… E os destaques começaram a surgir… Robben, Neymar, Neuer, Uchoa, Pirlo, Benzema, James, Howard…

E porque alguns dos bichos papões do futebol mundial não mostraram muita bala na agulha – o Brasil, inclusive -,e porque as seleções consideradas coadjuvantes trouxeram um futebol melhor do que o esperado, os jogos foram ainda mais disputados. E os que mais brilharam foram os goleiros. Mesmo sem muitos gols o torcedor se maravilhou e surpreendeu com a Argélia,  com a Nigéria, com a Costa Rica (que atrapalhou a vida da Itália);  encantado, viu a Colômbia jogar um futebol lindo e alegre;  viu um México com futebol de gente grande;  viu o Chile fazer bonito, despachar a Espanha e dar um trabalhão na fase seguinte para a temida, e pentacampeã mundial, seleção brasileira – com chance até de matar o jogo no finalzinho da prorrogação; viu a Espanha levar uma surra da Holanda; viu Portugal, do melhor do mundo, dar adeus à Copa na primeira fase, enquanto os Estados Unidos ficavam com uma das vagas no grupo…

Mas algumas arbitragens, horrorosas, acabaram decidindo alguns jogos e até mesmo a posição no grupo em que algumas seleções se classificaram, o Brasil em primeiro no grupo A, por exemplo. Uma Copa do Mundo no Brasil e com cara de campeonato Brasileiro. Faltas violentas sem punição; outras, menos violentas que resultaram em expulsão; pênaltis legítimos não marcados, e outros, inexistentes, assinalados; gols legítimos anulados (só o México, teve dois numa mesma partida). Uma absurda falta de critério.

E assim vimos, numa mesma partida, um italiano ser rigorosamente expulso, e um uruguaio, que mordeu seu adversário, continuar em campo; vimos um nigeriano ter a pena quebrada, em dois lugares, e o francês que o agrediu não ser expulso… Vimos o Brasil, como o time mais faltoso na fase de “mata-mata”… vimos o Neymar levar uma joelhada desleal nas costas (igual às que Valdivia, no Palmeiras, já levou do Alex Silva, do Jorge Wagner, do Sandro Goiano, e que a imprensa no Brasil achou normal), sofrer uma fratura, ter que se despedir da sua primeira Copa do Mundo, no seu país, e o seu agressor continuar em campo (vimos também o Neymar dar uma cotovelada num croata e continuar no jogo)…

E quanto mais as disputas se acirravam, mais iludidos ficavam os torcedores. A imprensa, promovendo a Copa e a seleção a qualquer custo, obscurecendo as notícias negativas e iluminando qualquer coisa positiva, fazia de conta que não via as deficiências e o fraco futebol que o Brasil apresentava, e, parecendo subestimar o poderio de outras seleções promovia um “oba-oba” contínuo, vendendo confiança e otimismo. Jogadores brasileiros iam sendo alçados à condição de heróis… heróis que, implicitamente, conquistariam o tão sonhado “équiça”…

Brasil na semifinal… #ÉTois! Notícias sobre  Neymar fora da Copa pipocavam a cada cinco minutos nas TVs e rádios, gerando uma comoção, proposital e exagerada, para que o povo abraçasse a seleção, para que a audiência dos programas todos da TV – que só falavam do Neymar – tivesse seus índices elevados. Ninguém mais queria saber do dinheiro público indecentemente gasto pelo governo para fazer essa Copa, e nem questionava a vergonhosa doação do Itaquerão, cheio de goteiras, diga-se de passagem.

Esqueceram também da Alemanha… que teve um único dia de folga, que estava trabalhando sério, há anos, para chegar à uma final e tentar ser campeã do mundo. Alemanha, que construiu o seu CT no Brasil, e que não veio aqui para brincar. E enquanto a Alemanha fazia uso de um estudo acadêmico para enfrentar o Brasil, e treinava forte e sério para o confronto, no lado brasileiro se fazia treinos regenerativos e de precaução…  Felipão  mandou chamar Edílson e Vampeta para motivar o time. Falar o quê disso?

E a tragédia, que estava anunciada desde o princípio… mascarada com uma vitória diante de Camarões (que perdeu de todo mundo), com a vaga diante do Chile (que jogou mais que a seleção brasileira), e com a vaga diante da Colômbia (o jogo mais faltoso da Copa, cujo maior número de faltas foi do Brasil) tomou forma da maneira mais cruel: OBA-OBA 1 x 7 FUTEBOL, em plena semifinal (4 gols alemães aconteceram em 6 minutos!!) fora o baile tático. Nunca antes na história deste país uma seleção brasileira  tinha sido tão humilhada…

E então, o torcedor, que foi catequizado pela mídia para acreditar no hexa, acordou, na marra, e viu que seu “espelhinho” tão valioso era vidro e mais nada, e teve que encarar a realidade da sua fraca e mal preparada seleção… as notícias sobre Neymar sumiram, ninguém estava mais preocupado com ele,  ou rezando por ele… a imprensinha, que vendia confiança, ficou sem saber o que dizer e começou a caça às bruxas…

A Globo, que vendia a ideia de um Brasil campeão, praticamente já abandonou a cobertura da seleção que ainda disputará o terceiro lugar com a Holanda…  na sua coletiva à imprensa, a comissão técnica do Brasil esbanjou arrogância, soberba e falta de humildade, e, enquanto Felipão ‘provava’ que fez tudo certo (Oi?)  Parreira tinha a cara de pau de aparecer com uma carta de uma tal “Dona Lúcia”, que praticamente inocentava os responsáveis por um trabalho tão mal feito e mal planejado e culpava um “acidente” pela vergonhosa desclassificação da seleção brasileira… Patético!! E pensar que há milhões de “Donas Lúcias” espalhadas pelo país; pessoas ingênuas,  que acreditam em qualquer coisa, menos no que está escancarado diante delas…

Ninguém aprendeu nada… Ninguém percebeu como é que a Alemanha se preparou, se planejou, de maneira séria, e virou essa potência futebolística, que hoje vê o Brasil pelo retrovisor… e que dá de 70 x 0 no Brasil em Saúde, Educação e Desenvolvimento também.

E ninguém se deu conta que, além da falta de tática,  humilhação maior que os 7 x 1 foi a Alemanha ter sentido dó, ter ficado constrangida com a fragilidade da seleção, e ter ‘tirado o pé’… para não enfiar uma dúzia de gols no Brasil…

E, sem aprender, vamos continuar trocando de técnicos – deveríamos primeiro trocar os dirigentes -, esquecendo de cuidar dos clubes, das divisões de base, dos campeonatos,  da distribuição de dinheiro (aqui, as cotas de TV que favorecem dois ou três times, com números de audiência inventados, é indecente), da formação de jogadores (onde estão os bons meias deste país? O melhor é o Valdivia, mas ele é chileno) e técnicos (os nossos, moram na filosofia dos anos 70)…

E vamos continuar sem Saúde e Educação, achando que o futebol é a coisa mais importante para o Brasil. Que ser patriota é pintar a cara de verde e amarelo de 4 em 4 anos e cantar: “Ah, eu sou brasileiroooo, com muito orgulho… (e abandonar o estádio e a seleção, ainda no primeiro tempo); achando que os responsáveis por um país tão atrasado, pelo futebol, que hoje é capenga, são vítimas, que tudo de ruim que nos acontece é apenas um acidente.

E, sentadinhos no sofá, veremos a final entre a Argentina e a Alemanha, crentes que, na próxima, se nenhum acidente nos acontecer,  o “équiça” será nosso. Não é mesmo, Dona Lúcia?

“Tu te tornas eternamente responsável pelas expectativas que cultivas”

Nunca essa frase fez tanto sentido…

Ver o Palmeiras ser desclassificado, pelo Ituano, foi de lascar.  Ainda não dá para acreditar que aconteceu… mas aconteceu, e, deixando de lado o fato que dói, sempre que respiramos, o que é que a gente faz? Diz que o time é medíocre e pronto? Não, porque isso não é verdade.

Tá todo mundo p… da vida, e eu também estou, estamos todos muito aborrecidos, de farol baixo… mas, vamos combinar, se tínhamos tantas expectativas, se acreditávamos no título, é porque acreditávamos no time, e também porque ninguém achava o time medíocre até ele perder, certo?

Passei esses dias pensando sobre tudo o que vi no estádio, tentando entender, revendo lances do jogo e vendo o que não vi na hora e que a imprensa não mostrou depois… penso que começamos a perder a classificação na partida anterior, e nem percebemos. Termos perdido o nosso melhor jogador, vítima da violência do Bragantino, não foi uma ocorrência normal de jogo, e sim decorrência de uma arbitragem licenciosa. Já fomos “mancos” para a semifinal.

Apesar da chuva, das dificuldades para o torcedor chegar, da “batalha” para comprar ingressos, no domingo, às 19h30, o estádio se iluminava com a presença de quase 33 mil torcedores, com a alegria e energia dessas pessoas. Mas, infelizmente, como se fosse um filme de terror, daqueles bem ‘trash’, deu tudo errado e os “mocinhos” todos ‘morreram’ no final. Um miserável conjunto de fatores que culminaram numa decepção tamanho GG.

A começar pelo regulamento esdrúxulo da competição, que fez os dois times de melhor campanha jogarem a semifinal contra times de campanhas inferiores, em partida única, e sem a vantagem do empate. O que permitiu aos outros usarem a tática do “tentar levar o jogo para os pênaltis a qualquer custo, descendo sarrafadas o tempo todo, fazendo cera o tempo todo”. E, só para lembrar, o Palmeiras foi o único time que teve um dia a menos de descanso antes da semifinal. Para quem tinha seu melhor jogador machucado, pelo excesso de pancadas sofridas na partida anterior (que ‘coincidência’ a juizada liberar a pancadaria pra cima do Palmeiras nessas duas partidas), um dia de tratamento podia fazer uma diferença e tanto.

Mas os times concordaram com essa fórmula, o Palmeiras concordou com as datas, portanto, pulemos essa parte, mas que fique registrado que a fórmula do campeonato foi uma droga.

No jogo, o Palmeiras foi ofensivo, tentou chegar, mas o Mago fazia muita falta, Bruno César e Mendieta, juntos, não deram conta de chamar o jogo, ainda que Mendieta tenha feito algumas boas jogadas.

E faltou caprichar mais, errar menos passes… desperdiçar menos oportunidades… estar mais “pilhado no jogo” e “morder as orelhas do adversário” mostrando quem era o dono da casa…  não tentar jogar só pela esquerda, porque tínhamos um zagueiro jogando improvisado na lateral direita (como assim, Kleina?)… faltou Bruno César e Wesley “aparecerem”… faltou Leandro decidir (se atrapalhou na hora de dominar e perdeu um gol feito. Tem que levantar a cabeça na hora que recebe a bola, man)… faltou Vinícius jogar futebol… faltou o Kleina ter feito substituições melhores… faltou ter colocado o Raphael no gol (Bruno, na melhor das hipóteses, é um azarão do c…….) faltou o time jogar mais bola… faltou marcarem o jogador que arriscou de longe, só porque era o Bruno no gol, faltou o Bruno não estar adiantado na hora do chute (eu achei que estava)…

Mas, mesmo com tudo que nos faltava, o Palmeiras tinha totais condições de ficar com a vaga. O Ituano só estava interessado no anti-jogo. Pensa num time fazendo cera até não querer mais, desde o apito inicial, e multiplica essa cera por mil. O goleiro, que fez um monte de defesas, levava um tempo infinito para bater um tiro-de-meta, caía na área e ficava ganhando tempo a cada vez que o Palmeiras ia pro ataque ou cometia uma falta; os jogadores de linha, por sua vez, levavam séculos até chegarem para cobrar um lateral, para bater um escanteio. A torcida xingava, e o juiz nem aí… Pensa num time abusando do jogo violento. Foram 11 faltas, muito duras (sem contar as outras), só no primeiro tempo, e o Ituano não teve nenhum jogador expulso, e recebeu só dois amarelos no jogo (o Palmeiras recebeu cinco)…

Tudo devidamente permitido pela arbitragem…

Um lance passou batido na transmissão e nos programas esportivos do dia seguinte…

Com 1:29 min de jogo, Cristian deixou o braço na cara de Marcelo Oliveira e, na sequência, meteu a mão na bola. O juiz nem pensou em dar cartão no lance – no segundo tempo, ele se lembraria, e Valdivia seria prontamente amarelado, por “ter deixado o braço” em Josa.  E a imprensa se apressaria em noticiar a agressão do Mago, mas esqueceria dessa aqui. Na cara do ‘parmera’ pode? E aí não é agressão?

Christian-mão-na-cara

Christian-mão-na-bola

E 6 minutos depois, Cristian, esquecendo a bola, pegou o Juninho na lateral. Lance pra cartão, que o juiz não deu. Em 6 minutos, o jogador do Ituano, graças ao árbitro, deixou de levar dois cartões amarelos. Amarelo + amarelo = vermelho . Qual a probabilidade de o 10 do Palmeiras, caso estivesse em campo, cometer infrações semelhantes e não ser expulso  e massacrado depois pela Press?

Christian-Juninho1

A diferença entre o que o árbitro permite a um time e não permite a outro é assombrosa. A diferença entre o que a imprensa esportiva ‘ilumina’ e o que ela ‘escurece’ também é intrigante…

Mas, mesmo com esse anti-jogo todo, só perderíamos a classificação por uma fatalidade… ou duas…

E nos pareceu uma fatalidade a lesão na coxa que tirou Alan Kardec da partida, aos 40′ do primeiro tempo. E o “Lã”, nos deixando assustados e órfãos no ataque,  saiu de campo chorando…

Fatalidade??  Aos 35′, Kardec, que já apanhava o tempo todo do zagueiro Alemão, teve a “fatalidade” de ser agredido por ele, e o juiz não ter punido o agressor. E eu te pergunto, outra vez, qual a probabilidade de um zagueiro nosso, entrar pra quebrar um adversário, e o juiz  não expulsá-lo? E a imprensa não execrá-lo no dia seguinte? O do Ituano, nem amarelo recebeu.  (Lembra da expulsão do Kardec, à toa, numa outra partida contra o Ituano? Da expulsão do Bruno César? Do Leandro?  Por tão menos, Valdivia também foi expulso da final da Copa do Brasil, lembra?)

Repare na imagem abaixo, o jogador já chega com o joelho levantado para acertar o Kardec… antes mesmo da bola chegar. Foi agressão, sem bola.  E o bandeira viu direitinho.

Alemão-agride-Kardec

Alemão-agride-Kardec1

Depois dessa entrada desleal, com a intenção de quebrar nosso artilheiro, fiquei preocupada e prestando atenção no “Lã”, que mancava… mas, graças a Deus, ele parecia que ia continuar em campo. O zagueiro do Ituano deve ter prestado atenção também, porque, já que não levou cartão mesmo, 5 minutos depois, ele completaria o serviço… e tiraria o goleador do Verdão do jogo. Com as bençãos do juiz, como você pode observar. E eu pergunto, você acha mesmo que, contra Bragantino e Ituano o árbitro liberou a pancadaria dos pequenos, para beneficiar os… pequenos?

Repare, aos 40′, ele faz a mesma coisa, de novo. E o juiz, Antonio Rogério Batista do Prado, está vendo!! E se viu porque não puniu o jogador??? O cara quebrou o artilheiro do campeonato, tinha que ter sido expulso e ficou em campo. Que cazzo de arbitragem foi essa? É muito desrespeito com o Palmeiras e com os jogadores do Palmeiras!

Kardec-agredido1A

Um absurdo! E valendo vaga na final. O Bragantino já tinha tirado o Mago da semifinal e, agora, o Ituano tirava  Kardec.  E nenhum jogador foi expulso. A intenção era garantir que, caso o Palmeiras fosse para a final, fosse bastante enfraquecido?

A diretoria do Palmeiras não pode repetir as anteriores e não ver o que acontece “nas entrelinhas”, nos bastidores… tem que tomar providências. Com os outros times a juizada não faz isso, de jeito nenhum. Qual a probabilidade de o Lúcio, ou qualquer outro jogador alviverde, num jogo contra um outro time grande, ter essa licença para bater e agredir? N-e-n-h-u-m-a!

Adversário desleal, árbitro conivente… E nós, prejudicadíssimos, sem o Mago e sem Kardec,  Mal sabíamos o que ainda estava por vir…

Quando vimos o Bruno se aquecendo no intervalo não entendemos nada… Prass, que tinha torcido o pé no treino, nessa partida tão violenta, voltou a sentir dores… Agora sim, não faltava mais nada. Não era possível! Isso não estava acontecendo.

Sem Valdivia, o time não tem criatividade, perde qualidade e fica bastante previsível (ainda assim, poderia bater um “Ituano”); sem Kardec,  perde completamente o poderio ofensivo (ainda assim, tivesse o Kleina feito escolhas melhores, talvez tivesse dado – Vinícius não é substituto pra Kardec); mas, sem o Prass, não dá, de jeito nenhum.

E não temos um único substituto para o nosso goleiro titular – se o Bruno não serve, e, mesmo assim, o Raphael Alemão nunca é a segunda opção, posso presumir que o Bruno é a melhor opção que temos (O.o). Quando perdemos Kardec, fiquei bastante apreensiva, com todos os alarmes ligados, mas, quando vi que o Prass não tinha voltado do intervalo… os alarmes todos disparam e meu mundo caiu.

O sangue da torcida esmeraldina gelou nas veias e todo mundo se preparou para o pior. Minha confiança ficou totalmente abalada… mas me recusava a imaginar que podia dar tudo errado e rezava pelo Bruno. Olhava à minha volta e todos tinham o mesmo semblante… o ar se tornara pesado… mas a torcida não parava de cantar…

Os jogadores do Ituano receberam o aviso pra arriscar de longe (que moral, hein Bruno?), os do Palmeiras, agora bastante inseguros em campo sem a sua espinha dorsal, faziam de tudo para a bola nem chegar ao gol. E o time foi ficando nervoso… e a gente custando a acreditar no que se desenrolava à nossa frente.

Aos 25′ (o relógio corria), Kleina, vendo que tudo tinha desandado, chamou Valdivia pro jogo. O Mago deu outra movimentação para a equipe, o Palmeiras ficou mais perigoso, mas faltava o “Lã” lá na frente, faltava mais tempo. Com cinco minutos em campo, o Mago sofreu uma falta,  revidou e tomou cartão.  O juiz poderia dar amarelo pra ele sim,  pelo revide (teria que ter dado também para o Cristian, lá no começo),  mas nunca sem marcar a falta que ele recebeu antes.

Falta-ituano-Mago

E com o Bruno no gol (eu mal conseguia olhar as descidas do adversário), o Ituano arriscava chutes de longe  (quase tomamos um por cobertura), e foi assim, numa dessas tentativas, aos 38′, que achou o seu gol e decidiu a partida.

Por mais que o Palmeiras tivesse tentado, não conseguiu empatar… e nos despedimos do campeonato. À minha volta, os torcedores incrédulos, de olhos tristes e úmidos nem sabiam o que dizer. Olhávamos um pra cara do outro e não entendíamos o que tinha acontecido.

Triste, doído… tão difícil de administrar… tão difícil sair do estádio e deixar tudo o que sonhamos lá dentro. O meu caminho de volta nunca pareceu tão longo…

Mas, para mim, agora, a vida segue, e o que interessa é a Copa do Brasil. Quando eu canto “Eu sempre te amarei e te apoiarei…”♫, eu canto de verdade.

TAMOJUNTO, PALMEIRAS! SEMPRE!

MAS ABRE O OLHO, DIRETORIA, ESTAMOS CHEIOS DE ‘AMIGOS-DA-ONÇA’ NOS BASTIDORES DO FUTEBOL, E, SE BOBEARMOS, REPETIRÃO A DOSE NA COPA DO BRASIL.

Saí de casa a caminho do jogo, ansiosa, feliz pelo Palmeiras estar na briga pelo título, e, no trajeto, me deparei com um mendigo, dos muitos que dormem nas calçadas do meu caminho habitual.

Em todas as vezes que o vi, ele me chamou atenção. Tem uma certa boa aparência, está sempre usando roupas que parecem limpas, calçando tênis… mas o que me fez prestar atenção nele, mesmo, foram algumas camisas do Palmeiras (tem mais de uma) com as quais ele está quase sempre vestido.

Quando me viu passar, pela primeira vez falou alguma coisa comigo; parei, já mais à frente, me voltei pra ele e disse: Hã? E ele, que estava sentado no chão, levantou os braços pra cima, me deu um sorriso, levou as duas mãos ao peito e me disse:

Palmeiras, o meu amor! É hoje… Palmeiras!

Me deixou com um nó na garganta… só consegui sorrir e balbuciar: É Palmeiras!

Sinais…

Eu, que sabia que o Palmeiras não ia perder, e temia apenas o nosso grande inimigo de sempre, a arbitragem (e ela bem que tentou), tive então certeza da vitória.

Chegando ao Pacaembu, enquanto nos dirigíamos para o portão, caminhar não me parecia suficiente, a minha vontade era a de correr lá pra dentro.

Quando o jogo começou, o estádio estava cheio (mais de 25 mil pessoas), e o Palmeiras, estava do jeito que a gente queria: Valdivia, Bruno César, Leandro, “Lã” Kardec e Wesley… para desespero dos carniceiros jogadores do Bragantino.

E não deu outra, ou melhor, não deu “outro”, o Palmeiras foi o senhor da partida (teve 69% de posse de bola, pra você ter uma ideia). O Verdão atacava, controlava o jogo, e o Bragantino, na retranca, sem competência para praticar futebol, distribuía pancadas, abusava das faltas, muitas vezes violentas – time pequeno e covarde é assim mesmo – com bastante conivência do árbitro.

Com menos de 3 minutos de jogo, Valdivia – que foi deslealmente caçado durante toda a partida – como sempre acontece -, foi agredido com uma cotovelada, e o juiz  deixou passar e nem amarelo deu para o agressor. (Na final da Copa do Brasil, o Mago foi agredido com um pontapé por um jogador do Coritiba, e o juiz também deixou passar). Um absurdo um árbitro estar em campo para coibir a violência e deixar passar agressões, permitir que um jogador seja pisado, chutado, leve cotovelada. “Legal” o árbitro, Flávio Guerra, né? Depois que o colocaram na geladeira por ter assinalado 3 penalidades, LEGÍTIMAS, para o Palmeiras, diante dos bambis, em 2008, ele agora me dá a impressão de ter aprendido o jeito “certo” de apitar jogos do Verdão, sem ir parar no freezer outra vez. Olha a agressão, para expulsão, sofrida pelo Mago, que o juiz deixou sem punição:

AgressãoAoMago

Será que Valdivia poderia fazer algo parecido e continuar em campo?

Ao final do jogo, o tornozelo do Mago, o jogador “desleal” (ele desleal??), “que deveria ter sido expulso” (por apanhar tanto??), segundo o pessoal do Bragantino,  ficaria assim:

Foto: Olha o tornozelo do Mago como ficou de tanta botinada que ele levou!!!!!!

Mas, mesmo com violência dos adversários, mesmo com agressão já no início do jogo, os primeiros 25 minutos do Palmeiras foram dentro da área do Bragantino, que não conseguia sair do seu campo de defesa, e já fazia cera em qualquer lance, tentando ganhar tempo.

Bruno César cobrou falta, a bola passou pertinho… Bruno César cruzou,  o “Lã” mandou na rede pelo lado de fora… Wesley mandou uma bola perigosa na área, o zagueiro afastou o perigo… Tava chegando!

O Pacaembu se inflamava, chamava o gol. A torcida cantava, jogando com o time, fazia barulho, reclamava muito das faltas violentas do Bragantino e da conivência do árbitro que parecia não vê-las… A tática do adversário (será que foi o técnico quem preparou essa estratégia?) era dar chutão lá pra frente e tentar cavar faltas, escanteios, laterais, tentar desestabilizar os nossos jogadores… qualquer coisa para ganhar tempo e, quem sabe, cavar a expulsão de algum palmeirense, quem sabe, levar o jogo para as penalidades,

A nossa ansiedade para ver a rede dos linguiceiros balançar era enorme. Aos 20′, Bruno César chutou de fora da área e o goleiro espalmou; na cobrança de escanteio, Wesley levantou na pequena área, o zagueiro se atrapalhou todo tentando tirar a bola, e ela sobrou… pro “Lã” Kardec lindo!!! E se sobra pra ele, é rede!  Linha atacante de raça!

O Pacaembu explodiu no gol do artilheiro do Paulistão! Era o Palmeiras mais pertinho da semifinal do campeonato. Que alegria, meu Deus! Faz cera agora, Bragantino!

O Bragantino não nos assustava, a não ser pela violência com que atingia nossos jogadores. Valdivia, que jogava um futebol maravilhoso, apanhava mais que Judas em Sábado de Aleluia (e depois não querem que ele reclame). E nenhum jogador  do Bragantino era expulso!! Nossos atletas apanhavam com bola, sem bola… O árbitro era péssimo, ignorava as faltas que sofríamos e deixava o jogo seguir. Só parava o jogo quando a falta era cometida por alguém de verde… numa oportunidade, deu cartão amarelo para o jogador palmeirense errado, o que nos levava a pensar que se não viu nem o jogador, como poderia ter visto a falta?A torcida ficava revoltada.

O Palmeiras continuou comandando as ações, mesmo tendo tirado um pouco o pé do acelerador.  Nas modestas tentativas do Bragantino a defesa verde, comandada por Lúcio, estava esperta, Prass atento…e a primeira etapa acabou com 1 x 0 mesmo.

No segundo tempo, o Bragantino pareceu colocar o time pra cima do Palmeiras, na tentativa de buscar o empate – resultado que era tudo o que ele queria desde o início  – mas a defesa esmeraldina não dava chance. E, pra falar a verdade, os adversários não levavam perigo.

Valdivia, que tomava sarrafada a cada vez que tentava um de seus mágicos dribles, fez uma falta normal e recebeu amarelo. Lembra que ele foi agredido no começo do jogo e nem amarelo seu agressor levou? Então… Um desaforo esse livro de regras inventado para o Palmeiras! O juiz parecia avaliar a gravidade da infração dependendo de quem fosse o  jogador infrator ou de qual fosse o time dele…

Mas não tinha jeito, o Palmeiras sobrava no jogo mesmo apanhando, mesmo com o juiz facilitando a vida do adversário… Wesley, Valdivia, Bruno César, Leandro e “Lã” Kardec estavam impossíveis, Juninho jogava um absurdo! Wendel era um guerreiro. A defesa estava como no hino… ninguém passava! Coisa linda esse ‘Parmera’!

Valdivia fez jogada individual, invadiu a área e chutou, mas o goleiro fez a defesa. No rebote, Kardec encheu o pé e, de novo, o goleiro salvou. O grito de gol parou na garganta…

O Verdão metia artilharia pesada pra cima do Bragantino; Marcelo Oliveira chutou de longe, o goleiro conseguiu espalmar… no rebote, Kardec mandou pra fora…

Faltava a pá de cal nos “açougueiros” …

17′, … a bola passou de pé em pé… Valdivia se livrou de uma falta, ficou com a bola, tocou pra Juninho, que mandou pra área; Leandro foi na bola, atrapalhou o goleiro, a bola sobrou pra Kardec, que tocou para Wesley mandar pro gooooooooooooool! ESTÁVAMOS NA SEMIFINAL!! Que festa da Que Canta e Vibra!

Enquanto enlouqueciámos na bancada, e o ‘Fred Flintstone’ na lateral do campo, uma cena linda se desenrolava à nossa frente. Depois do gol, Kardec e Wesley se abraçaram, e os outros jogadores foram chegando para aumentar o tamanho do abraço… e ficaram ali, comemorando abraçados, parceiros em campo e fora dele…

Abraço

Meu coração não aguentou a alegria do gol, a imagem dos jogadores, e minha razão se rendeu à emoção. A torcida cantava… “Eu sempre te amarei…”,  arrepiante! Eu não conseguia cantar e nem parar de chorar… Meu Palmeiras classificado, meu Palmeiras em paz (apesar de tanto fogo-amigo), a torcida feliz, meu Palmeiras a caminho do título…

Não consegui ver mais nada direito depois desse gol, meu coração se antecipava, e já sonhava com o próximo jogo… mas, mesmo com olhos no futuro, vi Leandro soltar a bomba e o goleiro espalmar… vi entrar Eguren, Patrick… vi o Mago fazer magias ao lado do “Lã”… ouvi a torcida homenagear Valdivia durante a partida… ouvi os gritos de “Olé… vi entrar o Vinícius… ouvi o juiz apitar o final de jogo… ouvi os aplausos da torcida, vi os jogadores comemorando, vi o Kleina feliz, vi meu Palmeiras, imponente, classificado… eu continuava antevendo um domingo futuro, num outro Pacaembu lotado, sonhando com um gol do Mago, outro do “Lã” Kardec, um do Juninho… com defesas precisas do Prass… com o Palmeiras na final…

E O DOMINGO FUTURO, COM O QUAL EU TANTO SONHAVA,  É HOJE!!!

AVANTI, PALMEIRAS,  SCOPPIA CHE LA VITTORIA È NOSTRA!!