Eu teria feito mais gols se não fosse o tanto de defesas que o Marcos fez nos meus chutes, ele sempre estava bem posicionado.” – Romário
Carismático, falando sempre direto ao coração dos torcedores, seja no exercício da sua profissão, concedendo uma entrevista ou contando um de seus muitos “causos”, dificilmente existiu ou existirá um jogador que seja adorado não só pela torcida do seu time, mas por todas as torcidas do Brasil.
De quem estou falando? De São Marcos, é claro. E os seus feitos em campo, as suas conquistas, os seus milagres – que lhe valeram a ‘canonização’ por parte dos brasileiros -, a adoração dos torcedores, o respeito que grandes ídolos do futebol lhe dedicam, a importância da família na sua trajetória, tinham que ser imortalizados num filme.
Estreia nos cinemas na sexta-feira, 22 de Novembro, “Santo Marcos”, documentário que conta a história do ídolo Marcos, como goleiro do Palmeiras e da Seleção Brasileira. Produzido pela Contém Conteúdo, o filme entra em circuito, inicialmente, no Espaço Itaú de Cinema – Pompéia – do Shopping Bourbon, de São Paulo; na cidade de Ribeirão Preto e Campinas, com exibição exclusiva nos cinemas da Cinépolis; em Londrina e Maringá, no Paraná, reduto de palmeirenses, nas salas da rede Cineflix.
No dia 23/11, sábado, haverá uma exibição exclusiva às 12h12, nas salas do Shopping Higienópolis, Santa Cruz, Eldorado e Moóca, em alusão à camisa 12 que consagrou São Marcos.
E na manhã de ontem (12), às 10h30, no Espaço Itaú de Cinema do Shopping Bourbon, aconteceu a coletiva do lançamento oficial do documentário “Santo Marcos”.
Na hora em que, carregando nossos baldes (do Palmeiras!) de pipoca, começavamos a nos dirigir para a sala de exibição, demos de cara com o protagonista do filme que íamos assistir. São Marcos e o seu “anjinho” apareceram na entrada. De verdade, deu até vontade de ajoelhar diante dele. Mas ele sorri e brinca o tempo todo e a gente acaba rindo também.
Mal a exibição começou e eu já me sentia bastante emocionada com as imagens na tela. Umas duas fileiras à minha frente estava Marcos com sua esposa e filho. Eu olhava aquela careca, tão amada por todos nós, tão familiar a todos nós, e sentia vontade de ir lá dar um beijo nela, em agradecimento a todas as imensas alegrias que ele nos fez sentir enquanto defendeu o nosso gol.
O documentário é delicioso, cheio de depoimentos, da mãe dele, do filho mais velho, do Ademir da Guia, Oberdan Cattani, Edmundo, Evair, César Sampaio, Felipão, Luxemburgo, Pracidelli, Sérgio, Velloso, Romário, Cafu, Jaqueline, Magic Paula, Ronaldo, Vampeta… e, acredite, até do Marcelinho Carioca! Momentos de emoção se alternam com outros bem divertidos. A cara do Marcão!
Mas, pra mim, rever as defesas do Marcos – todas as suas fantásticas defesas e milagres – de uma tacada só, foi impactante. Não que a gente se esqueça delas, mas nos esquecemos de como nos custou acreditar, na hora em que elas aconteceram, que aquilo foi de verdade, que não foi mágica, nem ilusão de ótica.
Já sabemos que ele defendeu, já sabemos o resultado dos jogos em que aquelas defesas foram feitas, mas sentimos de novo o frio na barriga que o ataque adversário nos fez sentir na ocasião, sentimos de novo o impacto, o arrepio na espinha e a emoção que elas nos causaram e, de novo, dizemos para nós mesmos: Milagre! E nenhum outro fez tantos, num mesmo jogo ou numa mesma competição…
E lá no escurinho do cinema, pertinho do Santo da minha devoção, agarrada ao meu baldinho do Palmeiras, me vi transportada para dentro da tela e mergulhada em saudade, orgulho, gratidão, muitas lágrimas, risos e pipocas…
E ao sair do cinema, uma ‘musiquinha’, tão conhecida nossa, ia tocando na minha cabeça…
PUTA QUE PARIU, É O MELHOR GOLEIRO DO BRASIL (DO MUNDO), MARCOS!!