A doença que assola o Brasil é a desonestidade…

Ao contrário do que acontece na Europa, onde o VAR vem sendo bem utilizado, de maneira transparente, no Brasil, o VAR, muitas vezes, tem servido para o “mais do mesmo”: manipular resultados, beneficiar alguns clubes (sempre os mesmos) e prejudicar outros (o mesmo de sempre)… visando a tabela de classificação nos campeonatos (segurar uns e ajudar outros a subirem), claro! O VAR só vê os erros claros e óbvios da arbitragem quando quer ver…

Não fosse assim, como explicar a total falta de critério e atuação seletiva do VAR em lances semelhantes, mas com camisas diferentes?

– Copa do Brasil 2018 – Bahia x Palmeiras – Deyverson expulso, por cotovelada, após aviso do VAR e confirmação do árbitro na checagem do monitor.
– Semifinal – Paulistão 2019 – São Paulo x Palmeiras – Bruno Alves dá cotovelada em Deyverson, o árbitro nada assinala, o VAR faz de conta que não viu.
– Brasileirão 2019 – São Paulo x Flamengo – Thuller dá uma entrada desleal em Alexandre Pato (ele precisou usar até um colar cervical depois disso), por trás, uma cotovelada na nuca do jogador. O juiz não marcou falta, o VAR também fez de conta que não viu.
– Brasileirão 2019 –  Bahia x Flamengo – Rafinha dá uma tesoura em Moisés, deveria ter sido expulso, mas o árbitro deu apenas amarelo, e só depois de muita reclamação dos jogadores do Bahia. O VAR ficou quietinho.
– Brasileirão 2019 – Flamengo x Botafogo – Cuéllar faz falta feia, entra de sola no tornozelo de Marcinho, falta pra vermelho. Raphael Claus deu amarelo, não consultou o VAR, que, por sua vez, também fez de conta que não viu a falta pra vermelho.
– Brasileirão 2019 – Palmeiras x Bahia – Dudu leva cotovelada de Lucca e fica por isso mesmo
– Brasileirão 2019 – Palmeiras x Bahia – Felipe Melo expulso direto por cotovelada em Lucca (uns 15 minutos depois da cotovelada de Lucca em Dudu), após aviso do VAR, e sem que o árbitro checasse no monitor.

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E as desculpas (esfarrapadas) são muitas e usadas à conveniência de cada situação… “Ainnn, mas não é do protocolo”… “Ainnn, mas é lance interpretativo”…

Palmeiras e Bahia, no último domingo, foi a vergonha das vergonhas em termos de arbitragem e VAR. Difícil de digerir/aceitar o que aconteceu no jogo…

Em relação ao futebol, o Palmeiras batia um bolão, Dudu fazia uma partidaça…  mas o árbitro de campo, Igor Junio Benevenutto, e o árbitro do VAR, Ricardo Marques, resolveram mudar o resultado do jogo.

Felipão escalara Scarpa,  Zé Rafael, Vitor Hugo (de volta ao Palmeiras) substituindo Gustavo Gomez que estava suspenso,  e promovera a estreia de Luiz Adriano. E o futebol do verde fluía que era uma maravilha… domínio de bola, do jogo, boa troca de passes… cada toque de letra, de calcanhar… Luiz Adriano ia nos mostrando habilidade, bom posicionamento, velocidade… e com 10 min de bola rolando quase fez o que seria um belo gol de cabeça.

Aos 12′, Dudu, on fire – que já tinha dado um drible maravilhoso em Giovanni antes – roubou a bola de Moisés no meio campo e abriu para Scarpa na esquerda; ele cruzou,  Moisés desviou contra o seu próprio goleiro, que deu rebote, e Dudu pegou a sobra para guardar o seu sétimo gol na temporada. O VAR, que já tinha analisado outro lance antes, sem que nada errado tivesse acontecido (estava só caçando algo errado, e não é para isso que existe o VAR) foi checar o gol de Dudu, dessa vez como manda o protocolo. Gol legal… 1 x 0 Palmeiras.

Palmeiras forte contra o Bahia… a torcida estava adorando. Dois minutos  após a confirmação da legalidade do gol de Dudu, quase que o Palmeiras faz mais um, numa cabeçada de Felipe Melo após escanteio cobrado por Scarpa.

Só dava Palmeiras, que jogava muito bem… o Bahia sentira o gol tomado.

Dudu sofreu falta de Lucca, levou uma cotovelada, e o juiz não marcou nada.

O Bahia teve uma chance de contra ataque lá pelos 30′, ou quase, Bruno Henrique perdeu a bola para Élber que tocou pra Gilberto, mas Weverton saiu tentando defender e conseguiu dar uma atrapalhada em Gilberto a tempo de Luan chegar e cortar para evitar que o Palmeiras tomasse gol.

E, então, a coisa começou… Luiz Adriano sofreu falta de Wanderson na área, pediu pênalti, o árbitro mandou seguir… e o VAR não se manifestou, nem para checar. A imprensinha não falou desse lance, não mostrou imagens (nem depois), fez de conta que ele não existiu… e não teríamos visto nada se não fosse o fotógrafo do Palmeiras, Cesar Greco, publicar, após a partida, as fotos que tinha feito…

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Luiz Adriano, de costas para Wanderson, salta para dominar a bola, sofre a “cama de gato”, e é puxado pela cintura, pela perna também. Pênalti sim. Que o árbitro não tivesse visto, vá lá… mas o VAR não ver, não analisar? Oi??

Aos 31′, Luiz Adriano quase faz um golaço. Dudu tocou para Marcos Rocha, ele arrancou pela direita, tocou para Luiz Adriano, que bateu lindamente da entrada da grande área. O goleiro Douglas fez uma grande defesa e evitou o segundo do Verdão. Antes do final do primeiro tempo, ele teve que salvar o Bahia de uma batida de Scarpa, de fora da área.

E, então, Felipe Melo foi expulso. Vermelho direto, por cotovelada em Lucca (aquele mesmo que tinha acertado o Dudu sem que o árbitro fizesse nada). Achei que Felipe Melo foi imprudente, no entanto, ele fez a falta, não posso reclamar da expulsão. Mas posso reclamar de não ter tido cartão vermelho nenhum para várias outras cotoveladas, em vários outros jogos, cujos donos dos cotovelos vestiam camisas diferentes da que veste Felipe Melo – nesse mesmo jogo  teve uma em Dudu.

Lucca, para fazer parecer mais sério do que foi o lance, caiu “desacordado”, mas levantou a cabeça rapidinho pra dar uma espiada e ver qual cartão o juiz mostraria para o Felipe Melo (no vídeo é bem evidente isso)…

No segundo tempo, com um a menos – Felipão sacou Zé Rafael e colocou Thiago Santos -, a dinâmica do jogo seria outra. E, pra piorar, logo no início, num ataque do Bahia, a bola bateu no braço, aberto, de Diogo Barbosa. Jogador do Bahia reclamou e o árbitro foi checar (mas não checou o lance do Luiz Adriano). Ainda que arbitragens e VAR deixem de marcar vários outros toques em braços abertos, servindo como extensão do corpo – como aconteceu, por exemplo, em prejuízo do CSA diante do Flamengo -, com intenção de Diogo ou sem,  agora é pênalti sim. E o Bahia empatou.

O Palmeiras tratou de se fechar mais, claro, mas foi pra cima.  Aos 12′, cinco minutos depois de sofrer o empate, e da torcida ferver ainda mais para empurrar o Verdão, Marcos Rocha cobrou lateral na área, Dudu, que fazia uma partidaça e viria a ser o melhor do jogo, apareceu livre e cabeceou de dentro da pequena área, o goleiro deu rebate e o Baixola aproveitou e guardou o seu segundo e virou o jogo, incendiando os mais de 34 mil torcedores no Allianz.

Mas a arbitragem, o VAR, principalmente, tinha outros planos…

O jogo teria muitos “senões” do apito… Zé Rafael levaria amarelo mandrake, por uma falta mandrake – levaria uma joelhada e ganharia um cartão -, Scarpa chutaria a bola, depois de fazer falta e levaria cartão, Dudu levaria cartão por reclamação, um jogador do Bahia faria o mesmo… e nada de cartão pra ele. Moisés faria 5 faltas sem tomar cartão algum… Num contra ataque perigoso do Palmeiras, um pênalti seria cometido, mas não seria marcado por conta de um impedimento que não existiu (a TV mostraria na hora, mas as imagens sumiriam depois)… Ataque do Palmeiras seria interrompido por um “toque” de Dudu em que a bola bateria no peito e só no peito…

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No entanto, um dos “senões”, para o qual nenhuma justificativa pode ser encontrada a não ser a ma fé, e que revoltou muito a torcida e o time palmeirense, acabaria fazendo o resultado da partida.

Por volta dos 35′ – o Palmeiras ia  garantindo a vitória mesmo com um a menos -, depois de um ataque do Bahia em que Caíque foi chutar, errou a bola e chutou Luan,  o árbitro recebeu comunicação do VAR o avisando de algo e foi checar no monitor. Após a checagem, ele marcou pênalti de Luan em Caíke. Depois de vários minutos de espera, Gilberto cobrou e igualou.

Uma apitada vergonhosa! O tal Ricardo Marques que estava no VAR, inventou uma falta de Luan e o árbitro o ajudou na coisa assinalando a penalidade.

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Não havia a menor possibilidade de marcar uma falta de Luan para quem quer que fosse que analisasse essas imagens, e o VAR tem as imagens de vários ângulos…

Uma VARgonha… um empate fabricado… dois pontos tirados, cirurgicamente, do Palmeiras… um cheirinho estranho de coisa errada, podre… e ninguém é tão bobo assim para acreditar que a intenção seja beneficiar o Bahia, né?