Desci na estação Mal. Deodoro e a chuva, que já fazia um tempinho que tinha parado, recomeçou… Fraquinha, a principio, que me permitia ir caminhando numa boa. Mas começou a apertar e tive que pegar a capa que trazia na bolsa. E foi só eu pôr a capa que a chuva não se fez de rogada e começou a cair mais forte…
Eu olhava pra baixo pra não entrar água pelo capuz e, na noite molhada, caminhava o mais rápido que podia… a água escorrendo no meu rosto, nas minhas mãos, molhando a barra da minha calça e os meus tênis… As luzes da rua e dos faróis dos carros faziam a calçada brilhar… e ao iluminar a água nas pedras do calçamento, fazia parecer que vários pontos acesos estavam no caminho… Do outro lado da rua, a caminhada, ininterrupta, de dezenas (centenas?) de estranhos seres vestindo verde e branco e envoltos em plástico… Todo mundo tinha pressa… todo mundo queria se livrar da chuva que caía sem parar, todo mundo queria chegar logo… e todo mundo, como se fosse para uma festa, parecia ter o semblante feliz…
Pensamentos tão diversos e confusos povoavam a minha cabeça… Mas um deles persistia… Semifinal do Paulistão… a partida da volta contra o Santos, valendo vaga na final… naquele momento, ali, na rua, eu parecia meio anestesiada, como se soubesse que o final acabaria sendo feliz pra mim.
Dentro da capa o calor era insuportável, e o Pacaembu parecia ainda tão longe… Água, água e mais água… ela era a dona da noite…
Tínhamos a vantagem de uma vitória por 1 x 0 sobre o rival conquistada na primeira partida; e, vantagem, seja ela qual for, é sempre uma coisa boa. Mas era uma vantagem pequena, sabíamos disso. As nuvens carregadas choviam sobre as poças d’água na rua e na calçada… choviam sobre os apressados seres envoltos em plástico…
A praça do Pacaembu estava repleta de torcedores, as barracas de comida e bebida estavam cheias de pessoas espremidas no espaço coberto… Meus amigos já estavam lá dentro do estádio. E mesmo com todo mundo parecendo igual no uniforme das capas de chuva, consegui encontrá-los facilmente. O jogo logo começaria…
Times em campo, chuva chovendo… e o nosso hino… “Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…” quase 37 mil vozes cantavam o hino nacional à moda palestrina. A chuva não dava uma trégua…
O jogo teve início… Se, pela escalação, o Santos parecia que seria bem ofensivo, na hora do jogo ele fez o oposto, ficou mais atrás, esperando o Palmeiras, esperando um erro nosso, e cometendo muitas faltas também – algumas, no decorrer da partida, seriam bastante desleais, e não receberiam a punição devida.
Nos primeiros minutos de jogo, o Palmeiras era melhor. Foi avançando e já trocava passes no campo do Santos… Keno já aparecera com perigo depois de um lançamento de Felipe Melo… Parecia tudo tranquilo. No entanto, aos 13′, numa vacilada enorme nossa, e muito por causa dela, na primeira descida santista no jogo os adversários abriram o placar. Sasha, sem marcação alguma, recebeu tranquilamente um cruzamento que veio da direita e cabeceou pro gol, sem que Jaílson pudesse fazer alguma coisa.
Quase nem deu tempo de ficarmos contrariados… Três minutos depois, Tchê Tchê, batendo lateral, mandou a bola lá na área, Pitbull tentou interceptar, a bola bateu no zagueiro e sobrou para Bruno Henrique, na entrada da área, mandar um canudo pro fundo do gol. O Pacaembu quase veio abaixo no grito de gol… Ufa! Voltava tudo ao normal.
O jogo esquentou com esse empate – o Santos sentiu o gol tomado – e o Palmeiras passou a ter mais posse de bola ainda. Ao Santos cabia ficar mais na defesa esperando o Palmeiras… os dois times marcavam muito e no meio-campo o jogo ficava mais truncado, não fluía…
Cabeçada de Thiago Martins… Tabela de Victor Luís e Keno… Troca de passes entre Lucas Lima, Bruno Henrique, Keno, e quase que o Pitbull faz…
O Palmeiras marcava mais a saída de bola e o Santos se complicava perdendo a posse várias vezes… Dudu recebeu no ataque, achou Felipe Melo, e ele arriscou, de longe, e a bola passou raspando a trave…
Os palmeirenses sofriam muitas faltas, e o juiz relevava muitas delas… O Santos, ainda que tivesse muitos atacantes no time, não jogava um futebol muito ofensivo (Gabinongol era uma nulidade), procurava fechar os espaços e esperar o Palmeiras ir pra cima…
Mas, aos 39′, uma outra bobeada do Palmeiras e tomamos o segundo gol. Os santistas tiveram seu mérito pela jogada, claro, mas eles eram 3 na área, e o Palmeiras tinha 6 jogadores ali… Alguns jogadores nossos reclamaram impedimento – eu também pensei que tinha havido alguma coisa errada -, mas o gol foi legal.
O Santos abusava de entradas duras que, no máximo, geravam algum amarelo – no tranco de Gabinongol em Lucas Lima, por exemplo, por trás, sem bola, e na frente do árbitro, nada foi marcado…
Na mão de Lucas Veríssimo, deixada na cara do mesmo Lucas Lima, o cartão foi amarelo…
Bruno Henrique bateu falta e o goleiro santista fez uma defesaça.
Dudu achou Keno na entrada da área. Ele tentava o giro quando David Braz, esquecendo a bola entrou de sola, no palmeirense. O árbitro… nada marcou, e tinha que ter dado um vermelhinho para o zagueiro santista…
(Estou sem Photoscape e fotografei as imagens abaixo. Dá pra ver mesmo assim. Logo, elas serão substituídas por imagens melhores)
David Braz esqueceu a bola, foi de sola (foi pra quebrar), no tornozelo de Keno, entrou rasgando na perna que servia de apoio ao palmeirense (e qual é o jogador que não sabe o estrago que isso pode causar?). A entrada dura, desleal, acabou numa tesoura… e o árbitro deixou passar tudo isso.
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Que “sorte” teve o Palmeiras no jogo, não?
Victor Luís cobrou uma outra falta, chutou forte, rasteiro, e o goleiro santista teve que fazer outra boa defesa…
Gabigol, que não jogava nada, deu um golpe em Bruno Henrique, sem bola, na cara do bandeira… e ficou por isso mesmo. Imagina o Felipe Melo fazendo qualquer uma dessas faltinhas aí?
Só deu Palmeiras nos últimos minutos do primeiro tempo, mas o gol não saiu…
A água continuava a cair… a noite parecia estranha… o Palmeiras pecando nas suas finalizações – poderia ter matado o jogo no primeiro tempo – e perdendo para um time que desceu apenas duas vezes e fez dois gols, o árbitro sendo conivente com a deslealdade de alguns santistas…
No segundo tempo, o Palmeiras ia pra cima, mas parecia nervoso, querendo resolver de todo jeito, e também parecia pilhado pelas muitas faltas que sofria e o árbitro deixava pra lá… e essa “pilha” só era boa para o adversário.
Não sei se por causa da chuva, ou se porque Lucas Lima precisava ser mais criativo, mas o Palmeiras insistia nos cruzamentos, nas bolas altas, voltava muitas bolas para Jaílson… não me parecia nada produtivo isso. Somos melhores com bola no chão. Sem contar que, nervoso, o time errava muitos passes. As atuações palestrinas, quase como um todo, deixavam a desejar… mas nem por isso o time deixava de buscar o gol de empate que garantiria a classificação do Palmeiras na final.
O tempo ia passando… a chuva nos castigava… mas a tensão nos castigava ainda mais… Roger já tinha colocado Guerra, Deyverson e Moisés no time…
Dudu levou um pontapé (mais um)… e o árbitro só no amarelinho…
Dudu cobrou uma falta, o goleiro santista saiu de soco na bola, ela sobrou pra Keno, que fez o corte e chutou, mas ela foi pra fora…
Eu resolvera tirar da cabeça o capuz, e estava encharcada, com a roupa toda molhada, as meias molhadas também… mas nem sentia mais o desconforto… o coração, ansioso, tentava adivinhar o final daquela noite…
O segundo tempo acabou e teríamos os famigerados pênaltis… O Pacaembu gritava: Jaílson! Jaílson! Jaílson! Mesmo sabendo do absurdo potencial de Jaílson, não tive como não me lembrar de Prass – lá no campo, ele parecia falar algo ao grupo – e daquela semifinal e final de Copa do Brasil… Lá íamos nós outra vez…
Parece incrível, mas quase sempre sei quem vai, e se vai, errar a cobrança, por isso, não vejo as cobranças do Palmeiras nunca, para não contaminar meu coração com alguma coisa negativa…
Eu ouvia o nome de quem ia bater ser gritado e rezava por ele, torcia por ele… e, olhando para o céu, ficava esperando só pelo grito da minha torcida…
Dudu (Capricha, Duduzinho! lindo!)… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!
O sardinha, que se acha o último anel de Saturno (aham), converteu o dele…
Tchê Tchê (No fundo da rede, Tche Tchezinho) … GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!
E, então, lembrando de todas as dificuldades que Jaílson enfrentara na carreira, e de como tudo mudara ´pra melhor quando ele foi contratado pelo Verdão, decidi que veria as cobranças santistas, porque Jaílson ia pegar… Parecia tão óbvio que ele ia pegar algum… ele merecia esse momento. A chuva molhava meu rosto, algumas lágrimas molhavam meu rosto… meu coração tinha certeza agora… a vaga seria nossa.
Gian Motta marcou para o Santos…
Victor Luís (Pra guardar, Victor Luís!)… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!
Jaílson foi pro gol… a cobrança seria de Diogo Vítor (“Pega, Jaílson, pega, Jaílson!! Você vai pegar!!”)… DEFENDEEEEEEEEEEEEEEU, JAÍLSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOON!!!
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Deus do céu… ali, na bancada cheia de água, castigados pela chuva incessante, os encharcados seres envoltos em plástico enlouqueceram… e gritaram muito, e se abraçaram muito…
A tensão aumentava conforme as cobranças iam chegando ao final…
Arthur Gomes converteu o dele… e Jaílson tinha acertado o canto… quase….
Última cobrança para o Palmeiras…bastava acertar e a vaga seria nossa… O torcedor gritava o nome de Guerra…
Guerra foi pra marca da cal (Guarda, Guerra! Guarda!!)… Ninguém ousava respirar no Pacaembu… nossos olhos dentro de campo… nossos corações também… GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL !!
A respiração, que estivera suspensa, se fartou de ar… o Pacaembu explodiu no grito de gol… os jogadores corriam alucinados em direção de Jaílson… os reservas corriam para o campo… Roger comemorava muito… os seres envoltos em plástico, inundados de água, lágrimas e alegria, se embriagavam com aquele momento… alguns deles choravam convulsivamente… nada mais nos importava aquela noite… o mundo todo era verde… nós éramos os verdadeiros donos da noite.
Tche Tchezinho lindo chorava lá no campo… Jailsão da Massa, nosso anjo da guarda, festejadíssimo, chorava também…
Saíramos de uma grande batalha… Estávamos todos vivos, exaustos, mais fortes e mais unidos do que nunca, encharcados de felicidade… e na final!
Depois de o Palmeiras fazer 3 x 0 lá em Novo Horizonte, ninguém duvidava da sua classificação à semifinal do Paulistão. Mas aquele 7 x 1, que a seleção brasileira e boa parte dos brasileiros tiveram que engolir há uns poucos anos, ensinou a todos nós que a soberba não é boa companheira. Portanto, ficamos esperando pelo jogo da volta, em nossa casa, para que pudéssemos comemorar a vaga. Mas nenhum de nós imaginou que com uma vantagem tão boa, o Palmeiras fosse fazer de conta que partia do 0 x 0…
E foi um passeio… não só pelo placar dilatado, que poderia ter sido até maior, mas pelo futebol apresentado, pela velocidade do ataque, pela boa movimentação, cheia de toques rápidos, pela incessante procura do gol, pela afinidade de Dudu, Willian, Keno e Lucas Lima (sobraram no jogo)… pela cabeça muito pensante de Felipe Melo (cada enfiada de bola/virada de jogo linda que ele deu. Perdeu uma cobrança de pênalti, é verdade, mas isso foi nada perto do muito que ele jogou e da quantidade de gols que o Palmeiras fez)… pela bela partida de Victor Luís e Marcos Rocha (eles nos surpreendem a cada jogo)… pelo desempenho de Prass nas raríssimas vezes em que teve que trabalhar… pela presença de Antonio Carlos e Thiago Martins, incansáveis na defesa (mas tiveram pouco trabalho)… pelo Bruno Henrique, que está cada vez melhor… pelos 4 gols marcados no primeiro tempo, e mais um na etapa final.
Para a caminhada no campeonato, foi uma partida excelente… o Palmeiras continua líder na classificação geral, com a opção de decidir no Allianz, cresce no momento certo, o time encorpa, ganha mais confiança…
Para a torcida, foi simplesmente delicioso ver o Palmeiras tão superior… tão “indo pra cima do adversário”… jogando um futebol tão envolvente, com a bola passando de pé em pé, com um gol mais bonito do que o outro… e com chances reais e bem palpáveis de brigar pelo título.
O primeiro gol aconteceu aos 6′ de jogo. Dudu ficou com a bola na linha de fundo e cruzou pra área, a defesa tirou. Na sobra, Lucas Lima, de fora da área, tocou para Willian que entrava, ele tentou cruzar pra Bruno Henrique, a zaga afastou, a bola voltou pra Willian, e ele, cruzou rasteiro pra Bruno Henrique dessa vez guardar no fundo da rede.
Festa da torcida, e festa dos jogadores em campo. Eles comemoravam muito. O Novo Horizontino, que já tinha a vida complicada com os 3 x 0 do outro jogo, ficava mais enrolado ainda com 4 x 0 no agregado. Para os parmeras, era um sossego só ver o time confirmando a vaga.
Só dava Palmeiras no jogo…. e a bola era de pé em pé… e, assim, aos 18′, o Verdão tratou de aumentar o placar. Keno desceu em velocidade, tabelou com Lucas Lima – que devolução enjoada do nosso meia – e, por cobertura fez um golaço. O Novo Horizontino não tinha mais aspiração alguma ali…
Mas o Palmeiras estava “on fire”… aos 34′, Lucas Lima, antes da linha do meio de campo, deu um belo passe para Marcos Rocha lá na frente; ele deu uma ajeitada de cabeça, colocou a bola no chão, girou, e tocou lá do outro lado onde chegava Willian, que lance bonito… O BGod bateu de primeira e fez um golaço… o terceiro do Verdão.
A chuva caía forte no Allianz Parque… O juiz avisara que o jogo ia até os 46’… Duduzinho deve ter pensado: “vai até os 46? Oba! Dá tempo de eu marcar também”…
Marcos Rocha cobrou uma falta e lançou Dudu; o baixinho passou a bola pra Keno, que tentou enfiar lá no meio para Bruno Henrique, a zaga tirou e a bola voltou pra Dudu, ele avançou, driblou o adversário, driblou o Bruno Henrique e guardou o quarto do Verdão. Se nos outros gols, nós, que estávamos no lado oposto, na hora não sabíamos ao certo quem tinha marcado, uma vez que as jogadas eram rápidas e muita gente participava delas, nesse eu sabia, com certeza, que tinha sido Duduzinho a marcar. O gol tinha a cara e o jeitão dele.
O Novo Horizontino nada mais podia fazer, a não ser que marcasse oito gols no Verdão… e todos sabíamos que isso não ia acontecer.
Roger trouxe Dracena e Tchê Tchê depois do intervalo para os lugares de Thiago Martins e Marcos Rocha. Mas com 7 x 0 no agregado, o Palmeiras passou a fazer um jogo mais frio. O adversário, por sua vez, nem se aventurava e esperava pelas oportunidades de sair em contra ataque…
Jonatan Lima deu uma botinada nas costas de Keno e foi expulso. Minutos depois, Roger sacou Willian e promoveu a entrada de Papagaio. Com um a menos o Novo Horizontino achou que tinha que bater mais, o Palmeiras não gostou e o jogo ficou mais tenso.
Keno foi empurrado na área e o juiz não marcou a penalidade…
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Não demorou nadinha e Keno deu umas pedaladas na frente do adversário e levou um tranco. O jogador do Novo Horizontino esqueceu a bola, nem a disputou e foi no corpo de Keno. Essa falta o juiz marcou (tem que sofrer dois pênaltis para que marquem um). Pitbull foi para a cobrança, deu uma cavadinha (matou o goleiro) mas mandou a bola por cima.
Eu e um amigo, que tínhamos que sair mais cedo, por causa do horário infeliz do jogo, estávamos no corredor quando ouvimos mais um grito de gol dos palmeirenses (vi depois, Keno meteu de calcanhar no meio de dois adversários e deixou Lucas Lima livre para colocar a bola na cabeça de Papagaio)… E o menino Papagaio, na sua bela e verde plumagem, balançou a rede e saiu “voando” feliz, inebriado pela sensação mágica do primeiro gol marcado no profissional, num jogo em casa, diante da sua torcida e valendo vaga na semifinal…
Estávamos na rua quando o juiz terminou a partida… Palmeiras (de fraque) 5 x 0 Novo Horizontino. Partidaça do Palmeiras!
“Ainnn, mas é só o Novo Horizontino” , disseram alguns. Novo Horizontino, que foi a terceira melhor campanha na classificação geral, melhor do que a do Santos e a do São Paulo, classificados para as semifinais (o regulamento do Paulistão é, no mínimo, estranho), e que como disse um de seus jogadores, “deu o azar de pegar o Palmeiras na disputa da vaga para a semifinal” e ser atropelado. Será que anotaram a placa?
https://www.youtube.com/watch?v=JYpWCyjRG6k
E hoje tem mais… A primeira partida do Palmeiras contra o Santos, pela semifinal do Paulistão, será jogada às 19h00 no Pacaembu.
Que Deus nos livre de juiz ladrão e… VAMOS GANHAR, PORCOOO!!
Na alegria e na tristeza… Na saúde e na doença… Com sol e com chuva… Com jogo bonito e com jogo feio…
……
O Palmeiras foi à Campinas enfrentar a Ponte Preta, pela oitava rodada da fase de classificação do Paulistão. Meio de olho no derby, Roger Machado não relacionou Felipe Melo – com dois cartões -, Vítor Luís também ficou fora. Borja, o artilheiro do campeonato, com dores no joelho, não foi relacionado.
Mas de nada teria adiantado escalar o time de outro jeito… Chovera o domingo todo e o gramado estava impraticável. Encharcado, cheio de poças d’água, o campo possibilitava a prática de um monte de esportes – polo aquático, natação, canoagem… – menos futebol. Não tinha como tocar a bola, não tinha como criar as jogadas, as grandes chances de gol, não tinha como o Palmeiras aproveitar a habilidade de alguns de seus jogadores. As poças d’água – onde as bolas paravam inúmeras vezes – ‘driblavam’ mais, desarmavam mais. Aos times sobravam as bolas longas e as que eram levantadas na área. E nem podia ser diferente. Embora a Ponte esteja acostumada a jogar ali, o campo era ruim pra ela também, não só para o Palmeiras.
..……………………….
O jogo foi ruinzinho de assistir, imagino que, com o campo pesado, com a bola parando tantas vezes nas poças d’água, deva ter sido ruinzinho de jogar também. No primeiro tempo, o lado esquerdo do campo, por onde o Palmeiras atacava, estava encharcado, não tinha jeito de fazer a bola correr. Ainda bem que as notícias diziam que funcionários da Ponte tinham furado o gramado antes do jogo para que a drenagem funcionasse melhor…
…………………………
Chances de gol mesmo, daquelas que a gente até levanta do sofá, não teve nenhuma, mas o Palmeiras deu umas ameaçadas lá na área da Macaca que, por sua vez, deu um chute com mais perigo e Jaílson defendeu; Tchê Tchê chutou de longe e a bola passou perto.
Na segunda etapa, Vítor Luís voltou em lugar de Michel Bastos, que tomara cartão amarelo. As poças d’água continuavam desarmando os jogadores. Um problema para o Palmeiras, que tem um time mais técnico. Aos 14′, foi a vez de Guerra desarmar o jogador da Ponte com um carrinho, e partir pra área, chutar pro gol, mas o goleiro fez uma grande defesa e espalmou, William, pegou rebote, cabeceou para Guerra, ali pertinho do goleiro… ele chutou, mas ela bateu na trave e saiu.
O Palmeiras começava a pressionar mais… o campo parecia ficar menos encharcado em algumas partes e Roger chamou Keno pro aquecimento.
A Ponte Preta, com Orinho, e em chute de longe, mandou uma na trave… Dudu quasecolocou o Palmeiras em vantagem. Dominou com a maior categoria dentro da área, deu um corte no marcador e bateu no canto, mas a bola foi na rede pelo lado de fora.
Jogada com Willian, Lucas, Lima, Dudu e quase que o Palmeiras chega…
Apesar do campo ruim, é preciso dizer que Marcos Rocha foi muito bem (anda jogando muito nosso lateral), Lucas Lima e Dudu parecem ir se entrosando mais a cada jogo. E em lançamento de Lucas Lima, Dudu, outra vez, quase abriu o placar…
Laterais, escanteios, desarmes e atacantes na área… o Palmeiras era mais perigoso nessa segunda etapa, mas o futebol estava mesmo comprometido pelo gramado. Roger sacou Lucas Lima e colocou Bruno Henrique. Dudu desarmou o ponte pretano, levou a bola até a área e chutou, mas o goleiro conseguiu defender…
O jogo chegou aos 45, o juiz deu mais 4, e a partida terminou mesmo 0 x 0.
Alguns torcedores – daqueles que acham que o time tem que ganhar todas, que acham – erradamente – que os times de 93, 94 não perdiam e nem empatavam, que a gloriosa Academia não perdia e nem empatava, ficaram desapontados, reclamaram.
Mas o resultado, nessas condições tão adversas, não foi ruim. O Palmeiras nadou bastante… e continuou invicto. Aliás, é o único time dentre todos os times da série A no país que não perdeu nenhuma partida; de 24 pontos disputados, ganhou 20. Tá tranquilo, tá invicto, Jaílsão está há 29 partidas sem perder, e alcançou a marca de Veloso (ainda bem que negão não serve pra goleiro, né Edílson?). E nessa fase de classificação, além das vitórias nos clássicos, se possível, a única coisa que nos interessa mesmo é classificar…
E, para os nutellinhas, mimizentos, do “Ainnnn, mas o Palmeiras não ganhou… que time ruim!”, não tem dificuldade alguma… é só dar uma olhada na tabela…
PAL – 20 Pontos – 0 Derrota
San – 14 Pontos – 2 Derrotas
Cor – 13 Pontos – 3 Derrotas
Sao- 10 Pontos – 3 Derrotas
Tem mais 15 times na disputa, quem não estiver contente, é só escolher outro…
“Vou ganhar agora, não me leve a mal, hoje é carnaval”
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Em plena noite de sábado de carnaval, a “Acadêmicos do Verdão” entrou em campo pra enfrentar o Mirassol, para buscar mais uma vitória e manter a invencibilidade no campeonato. O Verdão, aliás, é o único time da série A que está 100%.
Na Comissão de frente, nenhuma novidade, a ala “Melhor Ataque” trazia Dudu, Willian e Borja, comandados pelo mestre-sala Lucas Lima, que vinha mais atrás. Na ala lateral, Marcos Rocha e Michel Bastos, em substituição a Vítor Luís. Na ala do meio, os especialistas em evolução Felipe Melo, (melhor desarme, mesmo tendo jogado uma partida a menos) e Tchê Tchê “Mochila de Leão”… mais atrás, a Ala “Melhor Defesa”, com Antonio Carlos, Thiago Martins e Jailsão da Massa. Puxando o samba, a Que Canta e Vibra – o estádio, com lotação máxima, e como sempre acontece quando o Palmeiras vai jogar fora, estava repleto de palmeirenses.
E não teve segredo… o Palmeiras venceu por 2 x 0.
No primeiro tempo, nada de muito importante aconteceu até os 20 minutos… Mirassol defendia bastante, procurava não dar espaços, por isso, o Palmeiras não evoluía como podia, os dois times erravam passes… O dono da casa até se empolgava e ia pro ataque, mas sem real perigo, a não ser aos 21′, quando Rodolfo entrou na pequena área e chutou forte pro gol, Jaílson defendeu, o mesmo Rodolfo ficou com o rebote e tocou para Douglas Baggio, de frente pro gol, só ter o trabalho de guardar. Mas Lucas Lima, que já tinha se posicionado ali embaixo da trave desde o momento da defesa de Jaílson, impediu o gol do Mirassol – Jailson ainda acabaria ficando com a bola. Defesaça do nosso meia. Devia ter recebido parte do bicho do Jailsão.
Logo em seguida, aos 23′, Felipe Melo mandou a bola à frente para Borja, na intermediária, o seu marcador afastou, Lucas Lima, esperto, ficou com a bola, achou um buraco e tocou rapidamente para Borja. Borjão da Massa, nosso passista, invadiu a área, tocou no meio das pernas do goleiro e fez o Verdão brilhar na “avenida”. Gol lindo do nosso colombiano, e que assistência show do Lucas Lima (participação importantíssima de Lucas Lima nos dois lances que garantiam o Palmeiras na frente do placar no primeiro tempo).
Enlouquecido de alegria, nosso passista ganhou a “avenida”… E pensar que teve um repórter que perguntou outro dia pro Borja por que ele não sorria (isso é pergunta que se faça a um jogador?). Mas ele sorri sim ‘seo’ repórter, e que sorriso mais lindo ele tem…
“Diga, espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu”
…………
Tranquilo com o gol marcado. o Palmeiras começou a se movimentar mais, a achar mais espaços (Borja foi um dos melhores em campo ao lado do cheio de vontade Lucas Lima), mas o primeiro tempo acabou sem alteração no placar.
Na segunda etapa, o Palmeiras voltou mais objetivo e, talvez por isso, o Mirassol começou a errar mais passes.
Marcos Rocha deu uma sambada (uma caneta) no adversário e sofreu a falta; na cobrança, ela foi tocada pra Lucas Lima que mandou lá na área onde estava Borja, ele tocou de cabeça e o zagueiro salvou em “cima da linha”. Confesso que, na hora, fiquei com a impressão que ela tinha entrado. Ainda tenho essa impressão, mas como não foi disponibilizada uma imagem no ângulo adequado (o ângulo que tem o bandeira) pra eliminar qualquer dúvida… tenho que concordar com a marcação.
……..
Keno entrou no lugar do Bigode… Scarpa entrou depois no lugar de Lucas Lima… O Palmeiras estava bem mais perigoso, ia mais vezes ao ataque, tocava melhor a bola… estava bem em harmonia. Borja já tinha aparecido com perigo duas vezes… o Palmeiras trocava mais passes, gastava mais o tempo…
Os “puxadores do samba” e a bateria faziam a festa na bancada…
O jogo já chegava aos 40′ do segundo tempo quando Felipe Melo tocou pra Dudu, que tocou pro Tchê Tchê… e o Tchê Tchê, em seu centésimo jogo pelo Verdão, deu um passe lindo para o passista Borja lá na frente. Borjão da Massa foi derrubado dentro da área… E isso é pênalti!
Duduzinho lindo, destaque da “Acadêmicos do Verdão”, e cobrador oficial agora, foi lá e guardou. Cobrou muito bem nosso baixinho; chute forte, bola num canto, goleiro do outro. Estava liquidada a fatura.
………………………..
Roger colocou Thiago Santos, que também completava 100 jogos pelo Palmeiras, em lugar de Tchê Tchê…
O “samba enredo” era cantado a plenos pulmões… a “bateria” não queria saber de paradinha não… tão linda quanto a evolução em campo era a evolução na bancada… os foliões eram uma alegria só… e o “desfile” do Palmeiras chegou ao final.
“Acadêmicos do Verdão” passou tranquila na avenida e chegou bonita na dispersão… nota 100%.
Jailsão, 500 dias (27 jogos) sem perder… Palmeiras 100%, 6 jogos e 6 vitórias… melhor ataque… melhor defesa… o time mais caçado (Duduzinho é o parmera que mais recebe faltas), Felipe Melo é quem mais desarmou no campeonato… e Roger, o técnico para o qual alguns palmeirenses torceram o nariz na chegada, e que tem conseguido manter a mesma escalação sem deixar de dar oportunidade aos suplentes (seria esse o segredo de um time tão unido e motivado?), tem o melhor início de trabalho no Palmeiras nos últimos 40 anos. Com 100% de aproveitamento em 6 jogos no Campeonato Paulista, Roger Machado agora persegue uma nova marca: os sete triunfos seguidos de Filpo Nuñez, em 1978.
Tô me sentindo insuportável com essas marcas todas.
E 17 mil ingressos já foram vendidos para Palmeiras x Linense, que será disputado na próxima quinta-feira. Booora lá, parmerada, encher o Allianz para ajudar o Palmeiras a buscar a sétima vitória e Roger a alcançar a marca de Filpo Nuñez.
“Quem não chora não mama! Segura, meu bem, a chupeta Lugar quente é na cama Ou então no Bola Preta”
Nos dias atuais, é muito fácil apontar nos outros o defeito que é seu… é muito fácil criticar nos outros aquilo que é você quem faz… é fácil meter o pau no capitalismo, nos “isteitis”, fazendo isso através de um caríssimo i-Phone, andar com tênis e roupas importadas, beber cerveja americana, ir passear na Disney, comer no Starbucks, no McDonald’s, assistir a todas as séries americanas… é fácil vilanizar aquele que tem capacidade de conseguir o que o outro não tem capacidade de alcançar… é fácil o que não tem vontade de trabalhar sério, desmerecer o trabalho daquele que rala muito, ou seja, é muito fácil ser cínico, ser hipócrita.
Dessa mesma forma, é fácil sair repetindo feito um disco – daqueles bem antigos – riscado… “Ainn, a Crefisa sustenta o Palmeiras… Ainnn, a Crefisa sustenta o Palmeiras… lá lá lá… Se não fosse a Crefisa…”, enquanto os clubes dos repetidores desse “mantra” são sustentados por cotas de TV, por patrocínios estatais (dinheiro público) e estão atolados em dívidas…
Não haveria nada de errado se a Crefisa, nossa grande parceira – ou qualquer outra empresa -, num contrato de patrocínio muito vantajoso para ela também, fosse a maior receita do Palmeiras, fosse uma grande porcentagem das receitas do clube (apenas não seria muito saudável depender de uma única fonte de receita). Só que não é isso o que acontece, por mais que insistam em bater nessa tecla e finjam desconhecer a fórmula completa do sucesso financeiro do Palmeiras.
Os estaduais começaram por todo o país – o Paulistão já teve 5 rodadas. E “nóis tá como”? De acordo com os borderôs, os clubes estão assim:
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Somando as rendas líquidas dos outros 11 clubes que tiveram lucro, o total ainda é menor do que a receita do Palmeiras com bilheteria: PALMEIRAS: R$ 4.078.424,99 Os outros 11 clubes (Cor, Cru, Sao, Gre, Int, Atl-MG, San, Cha, Par, Spo, Atl-PR) : R$ 3.999.647,13
E 8 clubes têm renda negativa, ou seja, estão pagando para jogar. Flamengo, Botafogo, Fluminense, Vasco, América-MG, Ceará, Bahia e Vitória acumulam prejuízos que, somados, chegam a R$ 2.371.965,33. E o maior prejuízo, pasme, é do Flamengo: – R$ 811,687,86.
Depois de cinco rodadas disputadas, o Palmeiras domina a lista das principais rendas no Paulistão:
1º – Palmeiras 2 x 1 Santos – R$ 1.998.965,54 2º – Palmeiras 3 x 1 Santo André – R$ 1.240.285,86 3º – Palmeiras 2 x 1 Red Bull – R$ 839.173,59
4º – Corinthians 2 x 1 São Paulo – R$ 796.703,26
5º – Botafogo 0 x 1 Palmeiras – R$ 796.569,93
6º – Bragantino 0 x 2 Palmeiras – R$ 330.060,62
7º – Grêmio Novo Horizontino 0 x 1 Corinthians – R$ 323.278,29
8º – Corinthians 2 x 1 Ferroviária – R$ 281.710,47
9º – Mirassol 0 x 2 São Paulo – R$ 280.908,18
10º- Corinthians 0 x 1 Ponte Preta – R$ 274.987,08
Percebe a diferença? A parmerada apoia o seu clube mesmo, vai ao estádio – e para quem não é Avanti, o preço é bem salgadinho. E a torcida palestrina reverte para o Palmeiras em bilheteria (em compra de camisas e produtos oficiais também) mais do que qualquer patrocínio máster de qualquer clube aqui no Brasil.
Parece que está na hora de alguns torcedores (os da imprensa também) usarem mais o bom senso e a inteligência para identificarem o porquê de um clube estar em ótima situação financeira e os seus clubes não estarem (uma administração séria vem antes de qualquer coisa). Está na hora de pararem de olhar para o Palmeiras com esses olhos de inveja (fazer o trabalho sério que ele faz, ninguém quer), pararem de se preocupar tanto com o Palmeiras – ele vai muito bem, obrigada – e tirarem a bunda do sofá, fazerem a sua parte, e irem apoiar os seus times, como nós, palmeirenses, com muito orgulho fazemos.
Aqui é Palmeiras! Aqui é a Torcida Que Canta, Vibra, torce, corneta, torce mais ainda, faz a diferença… e ajuda o seu clube a crescer.
Comecinho de Janeiro… segunda-feira… clubes em pré-temporada… contratações ainda sendo feitas… jogadores fazendo exames médicos… torcedores aguardando o início do Paulistão… o treino de Roger Machado sendo elogiado por um monte de gente… Allione fazendo golaço… e algumas outras notícias já começam a nos chamar a atenção… Vamos dar uma passadinha rapidinha em algumas delas… …..
“Barcelona contrata o brasileiro Philippe Coutinho, do Liverpool, por 160 milhões de euros( R$622 mi)”.
E lemos sobre isso nos portais, ouvimos as análises da fantástica contratação nos programas esportivos… “Neymar e Coutinho foram as duas mais valiosas contratações do futebol”, se gaba a press.
E nos perguntamos: Essa imprensa, que tanto critica a Crefisa, que acha que “é injusto/desigual com o futebol brasileiro, e com os outros clubes, o Palmeiras ter um patrocinador que invista tão alto”, que acha injusto o Palmeiras ter maior poder de compra do que os demais, é a mesma que acha o máximo um jogador brasileiro ser contratado por 622 milhões pelo Barcelona? (A mesma que não acha nada errado sobre cotas de TV, de valores altíssimos, privilegiarem/sustentarem dois clubes com quase o dobro do valor do que pagam ao Palmeiras – o ‘vilão do patrocínio’ -, por exemplo, e dez, vinte vezes mais do que pagam à maioria dos clubes?)
“Scarpa entra com ação contra o Fluminense cobrando direitos atrasados e pedindo rescisão”
Segundo as notícias, o Fluminense devia (AINDA!?!) o 13º de 2016 para o jogador Scarpa, devia também 6 meses de direitos de imagem (60% do salário) – pagou rapidinho depois que foi acionado na justiça (e tem quem diga que o jogador é que está errado. Quem gosta de trabalhar sem receber?) -, e a juíza pediu novos documentos, adiou a decisão.
Então… Scarpa – jogador que o Palmeiras andou tentando contratar – entrou com uma ação contra o seu clube cobrando direitos atrasados e pedindo rescisão, porque não recebe o que foi acordado na contratação. E quantos outros clubes estão devendo também, não é mesmo? Quantos clubes ficaram devendo salários em 2017, 2016, 2015… alguns deles foram até acionados na justiça, alguns jogadores rescindiram seus contratos… Mas o Palmeiras, que se reestruturou financeiramente, e que exatamente por isso, pela administração profissional, pode pagar, e paga, salários em dia, é que é pintado como o vilão do futebol, não é? Para as administrações amadoras, caloteiras, os ‘imprenseiros’ não têm críticas a fazer.
E, pelo visto, a tal punição para clube que deve salários para jogador – se é que ela ainda existe, porque nunca pegou nenhum clube caloteiro – é só ‘de mentirinha’, só ‘enganation’ mesmo…
E se aqui fosse um parque de diversões, e se essa notícia fosse uma música, eu a ofereceria para alguns ‘jornaleiros tupiniquins’, que diziam que ele era muito melhor do que Gabriel Jesus e tinha muito mais chances de se dar bem na Europa…
“Com recorde de votos, Gabigol é eleito o pior jogador estrangeiro do futebol italiano em 2017”.
Não sei o que houve com Gabigol lá, não sei porque se saiu tão mal, mas não posso deixar de observar… “Sabem tudo” esses jornaleiros daqui, não é mesmo? rsrs
E, para terminar…
“Palmeiras aceita oferta de mais de R$ 45 milhões e vai liberar Mina ao Barça”
Então… Paulo Nobre pagou, do próprio bolso, R$ 12 milhões pelo Mina (que nem era pra vir, porque estava praticamente vendido ao Barça, mas o Mattos deu um jeitinho), ele jogou pra caramba aqui, fez muitos gols, dançou muito nas comemorações, ganhamos título com ele, e agora o Palmeiras vai vendê-lo por mais de R$ 45 milhões (Vai deixar muitas saudades, Mina, seu lindo). E devolverá os mesmos R$ 12 mi ao Paulo Nobre, uma parcela deve caber ao clube de origem, e o resto é do Verdão.
“Ainnn, mas o PN é agiota…”
Será que esse PN agiota quer me emprestar uns 3 milhões? Prometo que daqui a 2 anos devolvo os 3 milhões do jeitinho que ele me emprestou.
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E vamos em frente… falta pouco. Dia 18, estreia do Palmeiras no Paulistão, está logo ali.
Época de contratações, dispensas, empréstimos… época de montarmos/melhorarmos o elenco que fará a pré-temporada visando a disputa dos campeonatos que teremos pela frente em 2018.
Chegaram:Marcos Rocha, Diogo Barbosa, Lucas Lima, Weverton e Emerson Santos.
Saíram: Vinícius Silvestre, (emprestado para a PON), Egídio (CRU), Arouca (ATL-MG), Erick (ATL-MG), Roger Guedes (emprestado para o ATL-MG) e Raphael Veiga (emprestado para o ATL-PR) , Zé Roberto (encerrou a carreira).
Voltaram de empréstimo: Arthur, Victor Luís e Allione – esse foi muito bem no Bahia e teve a sua volta pedida pelo nosso novo técnico, Roger Machado.
Melhorou, né?
Além disso, contrariando o que dizia a imprensinha sobre os “4.567.989” jogadores, que voltariam de empréstimo e inchariam o elenco – essas baboseiras todas que a press adora fazer com o Palmeiras -, outras negociações aconteceram e a maioria desses jogadores já tem clube novo para a temporada que vai começar, sem contar os que foram vendidos ou os que já tinham sido emprestados na temporada passada:
Leandro ( foi vendido para Japão) Gustavo (emprestado para o Santa Cruz) Matheus Sales (estava no VIT e foi emprestado para o AME-MG) João Pedro (estava na Chape e foi emprestado para o Bahia) Fábio – goleiro (vendido para o Taubaté) Lucas (estava no FLU e foi emprestado para o VIT) Tobio (estava no Boca Juniors e foi emprestado ao Rosario Central-ARG até 30/06/2018) Robinho (emprestado ao CRU – até 31/12/2019 e não terá mais contrato com o Palmeiras após o término do empréstimo) Nathan (emprestado ao Servette-SUI até 30/06/2018) Vitinho (já tinha se transferido no meio de 2017, por empréstimo, para o Barcelona-ESP até 30/06/2018) Gabriel Barbosa (emprestado ao SPAL-ITA até 30/06/2018) Renato (emprestado ao Paysandu-PA até 30/11/2018)
Além desses, Vagner (goleiro), Lucas Taylor, Matheus Muller, Leandro Almeida, Bruninho, Daniel, Juninho, Patrick Vieira, Gabriel Leite, Kaue, Mouche e Rodolfo tiveram seus contratos de empréstimo encerrados no final da temporada 2017 e deverão ser emprestados novamente nas próximas semanas.
Talvez possamos ter mais alguma contratação, talvez alguns garotos da base sejam integrados ao time de cima…
Por enquanto, o elenco que se apresentará para a pré-temporada está assim:
Prass / Jaílson / Weverton / Fuzato
Marcos Rocha / Myke / Fabiano (que pode sair também)
Mina / Emerson Santos/ Luan / Thiago Martins (tem chances de ir para o Bahia) / Edu Dracena / Juninho / Antonio Carlos
Diogo Barbosa / Victor Luis
Felipe Melo / Thiago Santos / Bruno Henrique / Moisés / Tchê Tchê / Jean / Michel Bastos
Dudu / Guerra / Allione / Lucas Lima / Hyoran / Keno / William
Borja / Deyverson
Como podemos observar, está tudo tranquilo no Reino de Palestra Italia, não é mesmo? Que comece a nova temporada!
O ano ainda não acabou e o Palmeiras já deu uma reforçada em seu elenco para a temporada 2018…
Chegaram cinco novos jogadores. Um lateral-direito, um lateral-esquerdo (posições onde tínhamos carências), um goleiro, um zagueiro e um meia (reza a lenda que pode vir mais gente por aí. Aguardemos). São eles: …..
Marcos Luís Rocha Aquino, 29 anos, lateral-direito, que atuava pelo Atlético Mineiro e veio para o Palmeiras numa troca, por empréstimo de um ano, com o atacante Róger Guedes.
Títulos:
Copa Libertadores da América 2013 (ATL-MG)
Recopa Sul-Americana 2014 (ATL-MG)
Copa do Brasil 2014 (ATL-MG)
Campeonato Mineiro 2012, 2013, 2015 e 2017
Florida Cup 2016
Super clássico das Américas 2012, com a Seleção Brasileira
Prêmios individuais: Bola de Prata 2012 e 2014; Seleção do Brasileirão 2012/2013/2014/2015; Melhor Lateral-Direito do Campeonato Mineiro 2010/2011/2-16/2017
Diogo Barbosa Mendanha, 25 anos, lateral-esquerdo, que atuava pelo Cruzeiro.
Título:
Copa do Brasil 2017 (CRU)
Prêmios individuais: Foi eleito para a seleção do Campeonato Carioca 2016, como o melhor jogador em sua posição; Seleção do Campeonato Mineiro 2017.
Weverton Pereira da Silva,30 anos, goleiro, que atuava pelo Atlético-PR.
Títulos:
– Campeonato Série B 2008, (COR, seu primeiro clube como profissional)
Campeonato Paulista do Interior 2010 (BOT)
Campeonato Série B 2011 (Portuguesa)
Marbella Cup 2013 (ATL-PR)
Campeonato Paranaense 2016 (ATL-PR)
Pela Seleção Brasileira: Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos 2016 (a primeira conquistada pelo Brasil)
EmersonRaymundoSantos, 22 anos, zagueiro, que atuava pelo Botafogo. Ele já tinha pré-contrato assinado com o Palmeiras desde Agosto.
Começou no profissional em 2015, e participou da campanha que trouxe o Botafogo de volta à Série A.
Lucas Rafael Araújo Lima, 27 anos, meia ou ponta-esquerda, que atuava pelo Santos.
Títulos:
Campeonato Paulista 2015 e 2016
Prêmios Individuais: Melhor meio-campista do Campeonato Pernambucano 2013; Melhor jogador do Campeonato Brasileiro Série B 2013; Seleção do Campeonato Paulista 2015/2016; Melhor jogador da Copa do Brasil 2015; Craque da galera do Campeonato Paulista 2016
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Então… Marcos Rocha, Diogo Barbosa, Lucas Lima, Weverton e Emerson Santos… Bons jogadores contratados, sem a ajuda da Crefisa e gastando pouco – três dessas contratações custarão aos cofres palestrinos somente as luvas e os salários.
Ainnn, mas sem a Crefisa o Palmeiras não contrata ninguém… Ainnn, mas o Mattos gasta muito dinheiro…
Pelo visto, a Fofox, a Espn e os ‘administradores de cartola’ vão ter que inventar novos mimimis para 2018…
Falar em ‘fáquis’ é o consolo dos incompetentes – Victor Hugo
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Fogão de lenha, fogão a gás, fogão elétrico… fogão Telefone fixo, telefone sem fio, celular… telefone Zezinho, Zezão, Seu Zé, Vô Zé… José Taça Jules Rimet, Copa do Mundo da FIFA… Copa do Mundo Taça Brasil,Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Robertão, Taça de Prata, Campeonato Nacional de Clubes, Copa Brasil, Taça de Ouro, Copa União, Campeonato Brasileiro, Copa João Havelange, Campeonato Brasileiro Série A… campeonato brasileiro
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Eu sei que o Palmeiras deve provocar artrose em muitos cotovelos, sei que deve ser difícil querer ultrapassá-lo em algumas coisas – fazer um monte de trapaças pra isso, comprar títulos, ser basicamente sustentado por cotas de emissoras de TV, por dinheiro público, pelo apito, ter o lobby de toda a imprensa – e não conseguir…
Também sei que deve ser desconfortável para alguns admitirem que houve um período áureo no futebol brasileiro – período de craques maravilhosos, de lendas como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho Botelho, César, Valdir de Morais, Dudu, César Maluco, Leão, Eurico, Gerson, Tostão, Garrincha, Gilmar, Nilton Santos, Manga, Coutinho, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, De Sordi, Rivellino, Dorval, Pepe, Pelé… – e que seus times nada conquistaram nos campeonatos disputados nesse período; alguns, não conseguiram nem mesmo um campeonato estadual que os classificasse à disputa maior – e ser campeão paulista nesse período, por exemplo, não era pra qualquer um. Pra esses, é mais fácil acreditar que não havia futebol nessa época, que não havia campeonatos em que se confrontavam os grandes times e craques do país (em quatro copas disputadas nesse período – 12 anos – em que o futebol “não existia”, o Brasil, graças aos craques maravilhosos que brilharam nos campeonatos que “não existiram”, ganhou três delas)… para esses, é mais fácil querer apagar as conquistas de outros clubes.
O Palmeiras foi considerado o Campeão do Século XX por conta de tudo o que fez/conquistou/representou para o futebol brasileiro nesse século (e até que se chegue em 2100, e apareça o “campeão do século XXI”, o Palmeirascontinuará a ser o único clube brasileiro a ostentar esse título), é eneacampeão brasileiro, é o maior campeão nacional (13 conquistas); é o clube com a história mais bonita…
O Palmeiras foi o primeiro campeão mundial de clubes – parou, emocionou, arrebatou e encheu de orgulho um país inteiro com essa conquista. Um milhão de pessoas foram às ruas para festejá-lo. Criaram até uma cachaça – bem famosa hoje em dia – em homenagem à essa conquista…
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O Verdão foi o primeiro, dentre todos os times do futebol brasileiro, a ter um treinador de goleiros; é o clube que teve o maior número de craques e ídolos; teve duas “Academias” (times maravilhosos e, por isso, chamados assim); foi o clube que, do goleiro ao ponta esquerda, e incluindo o técnico, representou a seleção brasileira, com muita categoria, vencendo a temida seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão…
O Palmeiras atual tem a melhor arena multiuso do país, uma das melhores do mundo – sem dinheiro público -, e muito bem localizada em São Paulo; é um clube que se reestruturou nos últimos 4 anos, tem as suas receitas bastante equilibradas, sem ser sustentado/ser dependente de apenas uma delas, de cotas de TV, ou do dinheiro público de bancos estatais, como acontece com alguns; é o clube que conseguiu um ótimo contrato de patrocínio máster; os naming rights de sua arena foram vendidos rapidamente e sem dificuldade alguma por centenas de milhões, e para uma grande empresa estrangeira; o clube paga salários em dia (tem clube por aí que deve até as marmitas); tem uma Academia de Futebol maravilhosa, tem um Centro de Excelência de primeiro mundo – nenhum outro clube no país possui um igual… e tem uma torcida linda, apaixonadíssima por ele, que enche o Allianz Parque e faz com que o Avanti seja um dos melhores programas de Sócio-Torcedor do país… que faz com que a receita com bilheteria seja maior até mesmo do que o alto investimento do patrocínio máster…
É até compreensível – mas não é honesto – que tentem diminuí-lo. No entanto, torcedores rivais – os da imprensa, inclusive – parecem se sentir melhor agindo assim.
E inventam qualquer coisa, noticiam qualquer coisa… mentiras e mais mentiras na tentativa de diminuir o gigante verde, na tentativa de desmerecer as suas conquistas. Mentiras, que não convencem nem mesmo aos mentirosos que as propagam. E, se aproveitando dos muitos nomes que o campeonato brasileiro já teve ao longo de sua história, e como se antes de 1971 (1990 para alguns) só disputássemos torneios estaduais no país, surgiu o “Ainnn, os títulos nacionais do Palmeiras são títulos de fáquis”…
Mas que fax ‘mizeravi’ de bom esse, não? rsrsrs.
As taças de quatro campeonatos do Palmeiras (e inúmeras outras, de outros clubes campeões), as medalhas e faixas de campeão, as centenas de partidas que foram disputadas, as vitórias sobre os times rivais (que também participaram de alguns desses campeonatos, mas não tiveram competência para conquistá-los)… as rendas, o público das partidas, as notícias dos jornais da época, as fotos… os craques todos, Ademir da Guia, César, Djalma Santos, Julinho Botelho, Valdir de Moraes, a Primeira Academia, Pelé, Gerson, Jairzinho, Garrincha, Tostão, Félix, Rivellino, Carlos Alberto Torres, Cafuringa, Raul, Dirceu Lopes… os seus dribles, as jogadas maravilhosas, as grandes defesas, os gols inesquecíveis, as comemorações, os gritos e aplausos das torcidas, as suas lágrimas de alegria… tudo isso veio no fax – até mesmo o milésimo gol de Pelé… veja só! Passou tudo pelo fax. E, por sorte, ninguém se machucou, os troféus não se quebraram… Como diria Duduzinho: Ah, Grazadeus…
E apesar da farta documentação disponível, alguns “jornaleiros” atuais – que há algum tempo nem pensavam em questionar essas conquistas, muito pelo contrário -, ainda teimam em negar as evidências, os fatos, as fotos, os troféus, os relatos, as imagens… teimam em negar o que a história do futebol brasileiro escreveu, colocando em dúvida ou tentando desmentir o que brilhantes jornalistas esportivos, alguns deles, lendas do jornalismo, escreveram na época dessas competições. Negam/ignoram Nelson Rodrigues, João Saldanha, Ney Bianchi (o único a ganhar três vezes o Prêmio Esso de Informação Esportiva), Armando Nogueira, Thomaz Mazzoni, Mauro Pinheiro… Os caça cliques de hoje, no seu jeitinho tão “goebbels” de ser, se esmeram em tentar apagar parte da história do futebol, parte da história de clubes e de ídolos inesquecíveis… Querem apagar até mesmo o trabalho de jornalistas notáveis, nos quais deveriam se espelhar pois teriam muito o que aprender…
E esquecem até mesmo o que noticiavam há não tanto tempo assim…
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Vamos dar uma voltinha na história do futebol brasileiro…
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Campeonato Brasileiro de 1960 – a Taça Brasil
Desde 1952, a Fifa havia autorizado a CBD a criar a Taça Brasil. Enrola aqui, espera ali, o tempo foi passando, foi passando… e a competição nacional ainda não havia sido criada (o calendário trienal – até 58 – já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958). Mas a Conmebol, sem querer, acabou apressando os brasileiros… em 1959, ela criou a Taça Libertadores da América (que já teve seu nome mudado e continua sendo a mesma competição, tá?). E se o Brasil não tivesse um campeonato nacional, não teria como mandar um representante para a competição da Conmebol (precisa desenhar?). E, então, em 1959 mesmo, a Taça Brasil – o campeonato nacional, que daria ao Brasil o representante único para a Libertadores – foi criada. O Bahia foi o campeão nesse ano, foi o primeiro campeão brasileiro. Você sabia disso?
‘Santos. Bahia. Decisão hoje à noite da Taça Brasil. Será conhecida no Maracanã a equipe campeã brasileira entre clubes’(Capa de A Gazeta Esportiva de 29 de março de 1959).
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“O futebol do Norte do país voltou a brilhar. Depois da atuação da Seleção de Pernambuco no Campeonato Brasileiro, ficando em segundo lugar, foi a vez do E. C. Bahia vencer a Taça Brasil, o primeiro campeonato brasileiro de clubes” (A Gazeta Esportiva, 30 de março de 1959)
“Bahia, primeiro campeão do Brasil de todos os tempos, um título único e inédito de uma importância sem igual. Uma odisséia fantástica do Esporte Clube Bahia, quase desacreditado depois da derrota em Salvador, vitorioso e inconstante no Rio de Janeiro, no templo do futebol, o Maracanã, contra o maior time do mundo” (O Globo, matéria assinada por Ricardo Serran, 1º de abril de 1960)
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A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro, e, como se pode observar pelas notícias, isso não apareceu depois não, já na época de sua disputa era assim, o vencedor da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro (ela foi criada no ano em que surgiu a ponte-aérea – não existiam voos como os que temos agora. Viajar pelo extenso território brasileiro, fazer um torneio em outros moldes, era bem mais complicado).
IMPRENSA – A testemunha mais importante, que registrou todos os acontecimentos, do jeitinho que eles aconteceram (no entanto, atualmente, os que entendem por jornalismo “caçar cliques e polêmicas nas mídias sociais”, “se indispor com torcedores”, “fazer estatísticas inúteis”, “distorcer notícias”, “abusar de meias verdades”, querem desdizer o que foi dito, querem desfazer o que foi feito).
‘Taça Brasil na fase decisiva. Santos x Grêmio hoje na Vila. Chega, afinal, à sua fase de maior interesse, a Taça Brasil, destinada a apontar o campeão nacional interclubes. E o Santos, na qualidade de campeão paulista de 1958, terá a responsabilidade de enfrentar o Grêmio portoalegrense, que é tricampeão do Rio Grande do Sul’(A Gazeta Esportiva, chamada de capa, 17 de novembro de 1959).
Bahia, depois de vencer o Vasco, terá de enfrentar amanhã o Santos. Em plena luta pelo Campeonato Paulista, do qual é líder absoluto, o Santos, amanhã, será obrigado a se empenhar em um compromisso diferente, este valendo pelo título de campeão do Brasil. Para esta noite, com início às 21 horas, está marcada a partida entre o Santos F. C. e o E. C. Bahia, iniciando a série final relativa à Taça Brasil. Trata-se de um choque dos mais sugestivos, desde que reunirá dois esquadrões em situação de singular prestígio’(A Gazeta Esportiva, título de página, 8 de novembro de 1959).
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‘Santos vence e é campeão. Em partida válida pela Taça Brasil, e na qual sete jogadores foram expulsos de campo, o Santos derrotou o Vasco da Gama por 1 a 0, ontem à noite, no Maracanã, sagrando-se pentacampeão brasileiro’(O Estado de S. Paulo, 9 de dezembro de 1965).
‘Carnaval chega em Belo Horizonte com o Cruzeiro. Chegada do Cruzeiro foi festa até de manhã. Cidade em festa. Do alto dos edifícios a população mineira jogava confetes, serpentinas, papéis picados, jornais rasgados, além de agitar freneticamente os lenços brancos do sucesso. Gritos de `Viva o Cruzeiro´ ecoavam do alto dos prédios repletos de pessoas e totalmente acesos. Até nas repartições públicas, embora não tenha havido expediente, viam-se pessoas jogando papel picado. O povo comemorou com grande carnaval a chegada do campeão do Brasil, tributando-lhe a maior homenagem e toda a sua vida. Pode-se garantir que nenhum clube mineiro teve tão elevado acolhida como o Cruzeiro, ontem à noite, ao chegar de São Paulo, às 19h45m, em um Viscount, da Vasp. Foram precisos mais de 100 policiais para impedir a aproximação do público do avião’(Jornal dos Sports, matéria de página inteira, 8 de dezembro de 1966).
‘… Neco – Um marcador implacável. Agüentou a carga física de Amauri no primeiro tempo e a vivacidade dispersiva de Dorval no segundo, saindo sempre do lance para jogar. É uma peça sóbria e eficiente do campeão brasileiro de clubes’(Jornal dos Sports, 8 de dezembro de 1966).
Ainnn, mas não era campeão brasileiro… buááááá
E o campeonato nacional seguia moldes semelhantes aos da Taça da Europa, que só permitia a participação de campeões nacionais dos países europeus e do campeão de sua última edição. Era disputada pelo sistema eliminatório, com confrontos diretos de ida e volta que classificavam a equipe com melhor saldo de gols. O diferencial da Taça Brasil foi ter os campeões dos estados e um terceiro jogo, em caso de igualdade, após as partidas de ida e volta.
No ano seguinte, em 1960, foi jogada a segunda edição desse torneio com a participação de dezessete campeões estaduais do ano anterior que se enfrentaram em sistema eliminatório de ida e volta (o qualifying era ser campeão estadual, e ser campeão paulista naquela época, por exemplo, não era fácil não – se o seu time não foi campeão estadual nesse ano, é por esse motivo que ele não participou, e não porque o torneio não existiu, ou não valia).
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Os times de SP e RJ, por serem mais fortes e terem o maior número de craques, entravam nas semifinais do campeonato – assim como acontece atualmente no mundial da Fifa com o campeão da América e o campeão da Europa. O Palmeiras teve uma tarefa bastante difícil para conseguir participar da Taça Brasil. Disputou 41 jogos no campeonato paulista – 3 deles na dificílima final contra o Santos, de Pelé. Foi o campeão paulista, e, depois, sagrou-se campeão da Taça Brasil, enfrentando o Fluminense em uma das semifinais, ganhando o primeiro jogo e empatando no jogo da volta. Na final, escalado com Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar, Jorge, Zequinha, Chinesinho, Julinho Botelho, Romeiro, Humberto e Cruz, comandados por Osvaldo Brandão (saiu do fax o grande Brandão também), o Palmeiras enfrentou o Fortaleza e o venceu nos dois jogos – 3 x 1 na casa do adversário e 8 x 2 no Pacaembu – SEM APITO – faturando seu primeiro Campeonato Brasileiro da história. ……….
Ainnn, mas não tinha campeonato nacional nessa época… Ainnn, não era campeão brasileiro quem conquistava a Taça Brasil…
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Não era por acaso que a bandeira do Brasil era a primeira a ser carregada na volta olímpica…
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Palmeiras com muito orgulho Campeão do Brasil. A Taça Brasil de clubes campeões do Estado, disputada desde 1959, elegeu a Sociedade Esportiva Palmeiras, pela segunda vez, o quadro campeão brasileiro de futebol, título conquistado ontem diante do Náutico(texto de um poster publicado por A Gazeta Esportiva, 30 de dezembro de 1967).
E tá pensando o quê? Mesmo naquela época o fax chegava longe…
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O fax ‘mizerávi’, como você pode ver, levou o “Palmeiras Campeão Brasileiro” até para a França…
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Por essa, nem o Juquinha esperava… rsrsrs O ‘Jumento-Falante’ também não. Mas esse mal sabe ler mesmo…
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1967 – Mas como pode ser campeão brasileiro duas vezes no mesmo ano?
Do mesmo jeito que se pode ter dois campeões mundiais de clubes no ano 2000… do mesmo jeito que, por vários anos, tivemos dois campeões paulistas no mesmo ano, dois campeões cariocas no mesmo ano… do mesmo jeito que, durante um bom tempo (e até 2013), foram dois campeões argentinos no mesmo ano (torneio Apertura e Torneio Clausura)…
Assim como a Fifa, por exemplo, teve dois campeonatos mundiais, de formatos diferentes, no ano 2000 – o campeonato intercontinental de clubes, que já existia e era disputado todos os anos entre o campeão da América e o campeão da Europa, e o outro, criado em 2000 (a pedido da Hicks Muse e da Traffic, e sem jamais ter tido uma segunda edição), a CBD, com a criação do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, teve dois campeonatos nacionais, de formatos diferentes, disputados no mesmo ano, e por dois anos seguidos: a Taça Brasil e o Robertão – o novo torneio.
Assim como a Fifa aproveitou algumas coisas daquele mundial de 2000 (mesmo reconhecendo que o torneio fora um erro – o campeão da América de 99 não participou da disputa, o campeão da Ásia de 99 também não, havia dois times do mesmo país, teve clube convidado, sem ter nenhuma conquista sul-americana, o campeão jogou todo o torneio em seu próprio país) e corrigiu o formato do campeonato que era disputado todos os anos, o melhorou, para o que viria a ser o formato do atual Mundial de Clubes da FIFA -, em 1967, a CBD, de João Havelange, criou um novo formato de disputa do Campeonato Brasileiro, o ‘Torneio Roberto Gomes Pedrosa’.
E, da mesma forma que a Fifa reconhece dois campeonatos e dois campeões mundiais de clubes em 2000 (se, por exemplo, o time do Parque São Jorge tivesse conseguido passar pelo Palmeiras na semifinal da Libertadores de 2000, e tivesse conquistado o torneio, teria tido chances de conquistar dois mundiais no mesmo ano), a CBF reconhece como campeão brasileiro o vencedor do Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1967 e o vencedor da Taça Brasil-1967 (a nona e a décima edição, respectivamente, do campeonato brasileiro). O Palmeiras, por acaso, por bom futebol e, diga-se de passagem, sem apito, venceu os dois.
Por duas temporadas, Taça Brasil e Robertão dividiram o calendário – a primeira foi extinta depois de 1968. Além de o Robertão se mostrar mais interessante em seu formato, de chamar mais a atenção das torcidas e, consequentemente, atrair mais público, gerar mais rendas, a Taça Brasil de 68, após um impasse entre dois clubes participantes, foi terminar… em outubro de 1969. Por causa desse atraso, e porque o campeonato, devido à sua demora, não indicaria os representantes à Libertadores de 1969, Palmeiras e Santos acabariam abandonando a competição daquele ano.
‘A Taça Brasil foi extinta em 1968 porque o ampliado Roberto Gomes Pedrosa – o Robertão – jogado a partir de 1967, no início com 15 clubes, passou a concentrar as atenções das torcidas e a ocupar o calendário esportivo. No Campeonato Brasileiro – assim considerado a partir de 1967, com o Robertão, ou Taça de Prata – , estamos valorizando, além do título de campeão, os vice-campeonatos, coerentes com a posição de que deixar de ganhar um título não deve ser encarado necessariamente como uma tragédia’(exclusivo. O 1º Ranking do Futebol Brasileiro. Ranking do Cinqüentenário. Matéria de capa, de 10 páginas, publicada na edição 658 da revista Placar, em 31 de dezembro de 1982 – por que será que a Revista Placar teve ‘amnésia’ anos depois quando fez um outro ranking, não?).
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Campeonato Brasileiro de 1967 – Torneio Roberto Gomes Pedrosa
O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1967, originalmente denominado Torneio Roberto Gomes Pedrosa (o mesmo nome – e só o nome – de um campeonato que já existia anteriormente e era disputado entre paulistas e cariocas), também conhecido por Robertão (passou a ser chamado Robertão quando o caráter da disputa passou a ser nacional), foi a nona edição do Campeonato Brasileiro e o primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa a apontar um campeão brasileiro.
Esta edição contou com a participação de quinze clubes representando cinco Estados. Na fórmula da Taça Brasil, onde só os campeões dos estados podiam participar, muitos clubes de SP e do RJ ficavam de fora. Em São Paulo, por exemplo, durante o período em que a Taça Brasil fazia campeão brasileiro o seu vencedor, só deu Santos e Palmeiras como campeões paulistas. O Robertão, em seu formato, permitia a inclusão de outros clubes. E, assim, o estado de São Paulo foi representado por cinco equipes (Palmeiras, Portuguesa, Santos, São Paulo e Corinthians), o Rio de Janeiro (Guanabara) também foi representado por cinco equipes (Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), o Rio Grande do Sul por duas (Grêmio e Internacional), assim como Minas Gerais (Atlético Mineiro e Cruzeiro) e o Paraná com uma (Ferroviário).
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Os quinze participantes eram divididos em dois grupos (um com 7 equipes e outro com 8) e todos jogavam contra todos, em turno único. Depois, os dois mais bem colocados de cada grupo classificavam-se para a disputa de um quadrangular final.
Classificação – 1ª Fase ..
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Foram finalistas dois clubes paulistas (Palmeiras e Corinthians) e dois gaúchos (Grêmio e Internacional). O Palmeiras liderou o seu grupo obtendo sete vitórias, cinco empates e duas derrotas. Chegou às semifinais com o melhor ataque da competição na primeira fase — 31 gols em catorze jogos.
Cada um dos quatro classificados jogou nas semifinais contra os outros três, em dois turnos, com inversão de mando de campo. Saldo de gols, goal average e sorteio eram os critérios de desempate. O clube com maior número de pontos nesta fase foi declarado campeão.
O Palmeiras conseguiu duas vitórias e três empates (Pal 2 x 1 Int / Cor 2 x 2 Pal / Gre 1 x 1 Pal / Pal 0 x 0 Int / Pal 1 x 0 Cor)…
E no dia 8 de Junho, de 1967, na última rodada da fase final, o Palmeiras enfrentou o Grêmio, no Pacaembu, precisando apenas de um empate para ser campeão – o Internacional, que vencera o Corinthians na véspera, por 3 x 0, precisava de uma vitória do Grêmio para ficar com o título. E o Palmeiras venceu o Grêmio por 2 x 1 com dois gols (nos 30 primeiros minutos de jogo) de César Maluco (o gol do Grêmio foi de Ari Ercílio), conquistando o bicampeonato brasileiro. César Maluco (Pal) e Ademar (Fla), foram os artilheiros da competição com 15 gols cada.
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Reparou na classificação final? Percebeu como os times de um monte de gente, que diz que esses campeonatos são de fax, que diz que eles não eram competições nacionais, participou do torneio? Alguns times não terem tido competência para conquistá-los deve ser a causa da “amnésia” atual dos seus torcedores, jornaleiros ou não… Ah, fax “mizeravi”.
O Robertão/1967 foi o segundo campeonato brasileiro conquistado pelo Palmeiras (sim, ele já ganhava títulos nacionais enquanto outros clubes, com mais tempo de fundação, ainda estavam engatinhando no futebol).
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João Havelange, ex-presidente da CBD, que criou a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Campeonato Nacional de Clubes (1971), declarou que “as competições representavam a sequência uma da outra” e que “a Taça Brasil e o Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro”, e disse também que “o Campeonato Nacional de Clubes – que veio depois, em 1971 – representou o prosseguimento destas competições” (Blog do Odir Cunha). Também, segundo Odir Cunha (jornalista, historiador e escritor), o surgimento do Campeonato Nacional de Clubes, em 1971, não invalidou os títulos brasileiros anteriores. Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se fazia. João Havelange também declarou, em 2010, ser favorável à unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro. Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que “se os títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais, devem ser respeitadas”.
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Campeonato Brasileiro de 1967 – Taça Brasil
Foi a décima edição do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1967 (e tem time por aí que, nessa época, ainda não tinha conseguido ganhar unzinho sequer). Foi vencido pelo Palmeiras, que conquistava na oportunidade o seu terceiro título de campeão brasileiro.
Esta edição contou com a participação de vinte e um clubes que se enfrentaram em sistema eliminatório de ida e volta, os mata-matas. Devido ao fato de o Cruzeiro ter se classificado para a disputa desta edição por ser o campeão brasileiro de 66 e, como a equipe também conquistou o Campeonato Mineiro do mesmo ano, o Atlético Mineiro, vice-campeão mineiro, acabou ficando, então, com a vaga destinada ao clube campeão do Estado de Minas Gerais.
Como a força do futebol brasileiro era bem mais concentrada em alguns estados (mais do que é hoje). Algumas equipes, consideradas mais fortes, entraram diretamente nas fases mais importantes da competição, como foi o caso do Cruzeiro, que entrou diretamente na semifinal, por ter sido o campeão de 1966. O mesmo aconteceu com o Palmeiras, pois era o campeão paulista de 1966. O Grêmio, campeão gaúcho de 1966 , o Botafogo, campeão da Taça Guanabara de 1967, o Atlético-MG, e o vice-campeão Náutico foram se incorporando nas fases mais decisivas do certame.
Mas a coisa não foi fácil para o Palmeiras. Teve que enfrentar o Grêmio, que era pentacampeão gaúcho e tinha um time muito forte. O Palmeiras foi derrotado por 1 x 2 no sul. No jogo da volta, César Maluco e a parmerada toda incendiaram o Palmeiras na vitória por 3 x 1. No jogo de desempate, nova vitória do Palmeiras, por 2 x 1.
O Palmeiras sagrou-se campeão após vencer duas, das três partidas finais contra o Náutico. Venceu a primeira, em Recife, por 3 x 1, perdeu a segunda, em São Paulo, por 1 x 2, e, na partida de desempate (em caso de igualdade, tinha que jogar uma terceira partida sim), no Maracanã-RJ, o Palmeiras de Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Zéquinha, Dudu, César e Ademir da Guia (ele não tinha jogado a partida em São Paulo); Tupãzinho e Lula, comandados por Mario Travaglini, (esse também saiu do fax) com arbitragem de Armando Marques (mais um que apareceu via fax) e com gols de César e Ademir da Guia (os reis do fax), o Palmeiras derrotou o Náutico por 2 x 0.
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1969, que desde 68 já era também chamado de Taça de Prata, manteve o número de 17 participantes do ano anterior. São Paulo e Rio de Janeiro eram representados por cinco equipes cada, Minas Gerais e Rio Grande do Sul por duas, Paraná, Bahia e Pernambuco com uma equipe cada. O torneio crescia… Os representantes da Bahia e de Pernambuco haviam sido incluídos em 1968, pela CBD, e o torneio passava a ser disputado por representantes de 7 estados. Com a extinção da Taça Brasil, ele passava a ser o único torneio a ter um campeão brasileiro e a mandar dois representantes (campeão e vice) à Libertadores no ano seguinte – por protesto da CBD, descontente com as mudanças das regras por parte da Conmebol, o Brasil não participaria da Libertadores de 1970.
O sistema de disputa foi mantido no brasileiro de 69. Na primeira fase, todas as equipes se enfrentaram em turno único. Os dois primeiros colocados de cada chave prosseguiram para a segunda fase e se enfrentaram em turno único também. O time que somou o maior número de pontos na segunda fase foi o campeão.
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O Palmeiras liderou seu grupo com nove vitórias, um empate e seis derrotas. Corinthians e Cruzeiro (grupo A), Palmeiras e Botafogo (grupo B) foram para o quadrangular final. …………………..
Na última rodada, em 07/12/1969, no Estádio do Morumbi, o Palmeiras enfrentaria o Botafogo precisando vencê-lo e torcendo para uma vitória do Cruzeiro sobre o Corinthians. E a vitória esmeraldina precisaria ser por uma diferença maior de gols do que a que fosse conseguida pelo Cruzeiro.
O Palmeiras entrou em campo com Leão; Eurico, Baldocchi, Nélson e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Cardoso (Serginho), Jaime, César Maluco e Pio (Copeu), comandados por Rubens Minelli; o Botafogo veio a campo com Cao; Luís Carlos, Chiquinho, Moisés (Ademir) e Valtencir; Leônidas e Afonsinho; Jairzinho, Humberto, Ferretti e Torino (Zequinha). comandados por Zagallo.
Com dois gols de Ademir da Guia, o Divino (11′ e 44′) e César (27′), o Palmeiras já vencia o Botafogo por 3 x 0 ainda no primeiro tempo. O time carioca descontou na segunda etapa e o jogo terminou 3 x 1 para o Verdão. Com a vitória do Cruzeiro sobre o Corinthians, por 2 x 1, o Palmeiras ficou em primeiro no quadrangular decisivo e foi o campeão.
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Foi o quarto título brasileiro do Palmeiras, o tetracampeonato.
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(Foi nesse campeonato que Tostão, num jogo contra o Corinthians, e depois de ser atingido por uma bolada no rosto, teve um descolamento de retina. O problema foi tão sério, que ameaçou a carreira do craque do Cruzeiro e da Seleção Brasileira, e só depois de um ano, e de uma cirurgia nos Estados Unidos, ele voltou a campo – informações e acontecimentos todos via “fáquis”).
Então, né? Palmeiras tetracampeão em 1969… o seu time poderia ter sido campeão nessa época também, assim como foi o Bahia, o Cruzeiro, o Santos (cinco vezes), mas o seu time não conseguiu ganhar nenhum… e a culpa não é do ‘fax’, e nem dos que foram campeões, é da bola que seu time jogava, ou deixava de jogar…
Odir Cunha, “desenha” direitinho para os que têm os cotovelos mais comprometidos pela “artrose”…
Está na história, os torneios foram oficiais, foram criados pela CBD com a finalidade de apontar o campeão brasileiro, a CBF sabe disso, reconhece isso – e nem poderia ser diferente.
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Não se pode apagar o que a história escreveu só porque alguns não conseguiram escrever nada…
O Palmeiras é o maior campeão do Brasil… e isso é fato. Aceitem alguns ou não.
Só passou pelo “fáquis” o que realmente aconteceu, por isso não passou nada de alguns times, a não ser as suas pálidas tentativas de conquistas nesse período áureo do futebol brasileiro…
Quando o fax é bom, é história o que ele transmite… e sem apito! 😉
O Palmeiras, ainda que não tivesse chegado perto das nossas altíssimas expectativas (confesso, as minhas não eram tão altas como as de alguns), acabou sendo vice campeão brasileiro. Nem vou me aprofundar aqui sobre os jogos nos quais as arbitragens canalhas fizeram o resultado das partidas (sobre a “assinatura de trambique” do árbitro que até “esqueceu” a regra”)… tira 3 ali, soma 3 aqui, tira mais 2 ali, soma mais dois aqui, marca uma penalidade legítima aqui, deixa de marcar uma penalidade inventada acolá… e a equação passa a ser outra.
No entanto, ganhar títulos é consequência de muitas coisas; por melhor planejados, montados e preparados estejam os times não há garantias de conquista para nenhum deles. Existem outros fatores determinantes também… 13 derrotas no campeonato é algo muito significativo (somadas aos empates, foram 51 pontos perdidos)… 3 técnicos no ano também (demitir um técnico após 4 meses de contrato, como aconteceu com Eduardo Baptista no início do ano, significa que faltou convicção na escolha de seu nome)… As contratações de jogadores, tenham dado certo ou não (alguns não tiveram oportunidades, sequência; outros não renderam o esperado), foram desejadas por todos à época em que foram feitas. “Esquecer” disso agora, e falar que elas foram mal feitas, é bem desonesto.
A administração palestrina deixou a desejar… andou pra trás em algumas coisas… e vimos isso em vários momentos e situações em que o clube pareceu a casa da “mãe joana”.
E quantos episódios lamentáveis – que jamais deveriam ter saído dos muros da Academia – ganharam as manchetes por não terem sido resolvidos dentro de casa… e quantas vezes os jogadores não foram blindados; quantas vezes foram desrespeitados por alguns “imprenseiros”, foram chamados até para a briga, sem que ‘il capo’ desse as caras… quantas notícias caluniosas ficaram sem a resposta e a ação devidas… e quantas notícias vazaram, quantas intenções de contratação vazaram… quantas brigas vazaram… e o time – com o “obsessão” na camisa” – sendo eliminado de algumas competições importantes no mesmo período em que o presidente se dava férias na Europa…
E quantos pontos perdemos no apito, principalmente, nas duas partidas que poderiam levar o Palmeiras à liderança do Brasileirão… e onde estava o pulso, a coragem em defesa do Palmeiras? Onde estava o “murro na mesa” para dizer basta? Sem contar a mentalidade tacanha e obtusa de antigamente pairando de novo no ar, mortos-vivos (re)aparecendo nas manchetes… ingressos, que não poderiam ser vendidos (300 ingressos por mês), sendo passados via patrocinadora/conselheira, ex-presidente, protegida do ex-presidente/amiguinha da conselheira para torcedores organizados venderem, e o ‘crime de cambismo’ ganhando as manchetes… os tijolinhos errados sendo colocados sobre a construção que estava tão certinha… o Palmeiras sendo sutilmente puxado pra trás…
Porém, em campo, outras coisas foram determinantes… E assim como teve ano em que o problema foi a falta de um meia… assim como teve ano em que tinha meia e não tinha centroavante… assim como teve um período em que não tínhamos um bom goleiro no time… podemos culpar o jogador que quisermos agora, mas nosso maior problema esse ano foram… os técnicos. E quantas desculpas para o time que nunca tinha um padrão… que em algumas partidas, importantes, deixava o goleiro adversário sair de campo de uniforme e luvas limpinhos… quantas invenções que não deram certo, ou não foram devida e suficientemente treinadas…
Eduardo Baptista, Cuca, Valentim… o primeiro, não passou da semifinal do Paulista diante da Ponte Preta, mas nos classificou na fase de grupos da Libertadores com o time bastante vibrante, como, por exemplo, na virada de jogo contra os botinudos uruguaios do Peñarol, e lá na casa deles. No entanto, após uma derrota para o Jorge Wilstermann lá na altitude, mesmo com o time classificado, ele perdeu o emprego…
O segundo, o comandante do eneacampeonato em 2016, voltava gloriosamente ao clube cinco meses depois de sua voluntária saída, e mesmo tão festejado, ele voltou com uma cara muito amarrada, não conseguiu acertar o time, errou muitas vezes, insistia no bendito chuveirinho, inventava jogadores em outras posições, não dava chances a muitos dos contratados, “fritava” patrimônio do clube, não achava o time nunca, não acertava a defesa… cada hora dava uma desculpa e, com ele no comando, o Palmeiras foi eliminado na Libertadores, em casa, diante do fraco Barcelona; foi eliminado na Copa do Brasil, com dois empates diante do Cruzeiro (por erros de escalação, havíamos tomado 3 gols no empate da primeira partida, no Allianz) e o time que foi colocado pra se defender, antes dos 30 min da segunda etapa, quando vencíamos o jogo da volta . No Brasileiro, o time não tinha regularidade, perdeu muitas partidas que não poderia nem pensar em perder (11 no total), se distanciava muitos pontos do líder e, depois do empate no Allianz, por 2 x 2, diante do Bahia (um resultado bem ruim), que deixava o time fora do G4, Cuca saiu/o Palmeiras saiu com ele…
Se foi esquisito ficar com um técnico apenas 4 meses no início do ano, não podemos reclamar da diretoria ter trazido Cuca de volta, todo mundo o queria comandando o time de novo, todo mundo esperava que fosse um sucesso…
E, então, veio o terceiro, Valentim, o auxiliar de Cuca, que assumia a equipe como técnico interino, com chances de ser efetivado. A princípio, nos pareceu que Valentim ia acertar tudo. Tirou Keno do banco (um absurdo Keno ser esquecido no banco) e o colocou em campo, colocou Borja também e sentou Deyverson… deu uma mudada no jeito do time jogar, a bola ficou mais no chão; Keno, jogando muito, e na companhia de Dudu e Willian, deu outra cara pro time, o futebol empolgou, os gols ficaram mais fáceis de serem marcados , ganhamos 3 seguidas, encostamos no líder e voltamos pra briga pelo título. Seis pontos de diferença… Então, Heber R. Lopes nos assaltou diante do Cruzeiro, e fabricou o empate no Allianz (rodadas antes, um outro árbitro fabricou a vitória, com gol de mão, do líder diante do Vasco), Daronco terminou de fazer o serviço no jogo contra o Lava Jato, líder da competição, e perdemos o jogo…
Mas o técnico interino cometeu alguns pecados em outras partidas que vieram depois, insistiu numa linha de defesa alta, sem ter os jogadores muito técnicos e rápidos pra isso (e quem tem?), sem que isso tivesse sido devidamente treinado (leva algum tempo) – e isso foi desastroso na última rodada… insistiu no time sem um meia, mesmo quando ele colocou cinco atacantes em campo… atiçou a desconfiança de todo mundo em relação ao que poderia fazer no time… Não deu pra ele também…
E então, o Palmeiras foi buscar Roger Machado para a temporada 2018.
Alguns torcedores, incapazes de lidar com a frustração e com o fato de que o “Papai Noel” que não trouxe o brinquedinho tão esperado, surtaram. E cada um focou em um alvo/culpado diferente, nem o Dudu, o craque do time, escapou… nem mesmo o Palmeiras, a instituição, o clube pelo qual morremos de amor, escapou – denegrir o clube para o qual se torce é assinar atestado de burrice, ou de falta de palestrinidade mesmo. Se a ele cabe todos os adjetivos depreciativos que algumas pessoas usam, elas continuam torcendo por quê, elas exigem/esperam algo dele por quê?
Eu também fico contrariada por não ter dado certo, e num ano em que tínhamos tudo para fazer melhor, mas…
Palmeiras – vice campeão (sem apito), melhor ataque da competição – torcida ‘puta da cara’, querendo ‘matar’ até os artilheiros do time, o mascote…
San, Cru, Fla – comemorando vaga na Libertadores…
Vas – fazendo foto “de título” por ter conseguido Pré Libertadores…
Galo – ansioso para que sobre mais uma vaguinha na Pré…
SPFW – a 7 pontos do primeiro rebaixado, e felizão por causa disso…
Isso não tem que nos fazer perceber algo? Isso não tem que nos fazer ver que o Palmeiras não vive mais naquele torpor onde tinha sido colocado pela incapacidade de alguns ex-presidentes? Que ele voltou a ser o clube do qual todos – até mesmo os adversários -, esperam títulos? Em nosso ano “desastroso” fomos vice campeões brasileiros. E com o apito nos tomando muitos pontos ainda e ajeitando a vida de outros por aí…
Cometemos erros em 2017 – muitos -, é verdade, mas não é hora de destruir nada… é hora de aprender com eles, de refazer as coisas da maneira certa; de consertar o que estava bem e deixamos estragar. Não há terra arrasada. Mesmo com as decepções deste ano, desde Paulo Nobre, e graças a ele, o Palmeiras é outro – dois títulos nacionais (2015/2016), um vice-campeonato no Brasileiro agora, jogador da nossa base brilhando na Inglaterra e na seleção brasileira. Todas as categorias de base fazendo final este ano – levamos 4 títulos. Estrutura de primeiro mundo, ótimas receitas, um fortíssimo patrocinador máster, salários em dia, Allianz sempre cheio, poderio econômico para contratar; não dependemos de patrocinador estatal, não somos sustentados por cotas de TV.
É hora de voltar a dar passos pra frente, de apoiar o clube, o técnico que chegou, os jogadores do elenco e os novos contratados que estão chegando… é hora de retomar o caminho da reconstrução… e ela é um caminho mesmo, que nunca vai ter fim. A qualquer vacilo, a qualquer relaxada, poderemos nos desviar desse caminho de novo…