Parece até aquela história infantil em que todo mundo sabe que o rei está nu, mas finge que ele está vestido. E então, quando a garotinha vê o rei passar e grita: “Olhem, o rei está nu”, a verdade, absoluta, da qual todo mundo tinha conhecimento, mas fazia de conta que não tinha, cai sobre as suas cabeças e todos exprimem um: Oh!

“Blatter confirma que o Palmeiras foi campeão do mundo em 1951”

OOOOOOH!!!

Sim, amigo palestrino, no sábado, 09 de Agosto de 2014, o “Estado de São Paulo”, através do seu correspondente na Suíça, Jamil Chade, publicou que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou que vai reconhecer o título do Palmeiras de Campeão do Mundo de 1951. Blatter ainda adiantou que o Palmeiras receberá um certificado que chancela o título. Título, que na ocasião de sua conquista, foi considerado o maior feito do futebol brasileiro.

Finalmente alguém teve a coragem de dizer “que o rei está nu”, não é mesmo? Todo mundo sabia que o Palmeiras era campeão mundial; todo mundo sabia (bastava ler sobre o assunto) que Jules Rimet, presidente da Fifa na época, nomeara Ottorino Barassi, secretário geral da entidade (Fifa), para o Comitê Organizador do “Campeonato Mundial de Clubes Campeões” (olha só  o nome que o a Fifa dava para a disputa), mas, até Blatter dar essa declaração, muita gente fingia que não sabia, inclusive “algumas gentes” da imprensa esportiva.

A maioria da nossa torcida já nasceu sabendo que era campeã do mundo, e nós, palestrinos, nunca precisamos do reconhecimento de ninguém para nos sabermos campeões mundiais – muito menos de quem reconhece título de clube que “entrou na faculdade sem ter concluído o segundo grau”. Afinal, essa maravilhosa conquista do Palmeiras faz parte da história do clube e da história do futebol brasileiro e mundial. Ficou escrita, pra sempre, em letras verde-esmeralda.

No entanto, reconhecer e legitimar essa conquista é uma questão de se fazer justiça . E é por isso, que a Fifa, através de seu presidente, Joseph Blatter, não faz mais do que a obrigação ao acabar com o teatrinho do “não sei que o Palmeiras foi campeão mundial em 51”.

O Palmeiras foi campeão, na raça, dentro de campo, ganhou do bicho-papão europeu, o mundo o festejou e o aclamou campeão mundial,  o Brasil inteiro torceu por ele e se emocionou com a sua conquista, os jornais contaram a façanha e estamparam “campeão mundial” em suas páginas… Um milhão de pessoas recebeu o Palmeiras em sua chegada a São Paulo (você já viu isso acontecer com algum outro clube em alguma ocasião?)…

Eu já contei essa história aqui no blog, com imagens da conquista, fotos dos jornais da época, foto de documento emitido pela Fifa em 2007 reconhecendo o Palmeiras Campeão.
https://blogdaclorofila.sopalmeiras.com/2013/07/22/o-que-o-tempo-guardou-nada-pode-apagar/#comments 

Não dava mais para tentarem mascarar os fatos, não dava mais para esconderem o título, cujo maravilhoso troféu dorme no Palestra.

O mundo do futebol fica menos hipócrita a partir de agora.

PARABÉNS, PALMEIRAS! Ter sido o primeiro campeão mundial de clubes, ter resgatado o orgulho de uma nação e a dignidade do futebol brasileiro, foi um feito tão espetacular, que, mesmo depois de 63 anos, está todo mundo falando sobre isso. O mundo jamais esquecerá essa conquista.

TANTI AUGURI, SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS, CAMPEÃ MUNDIAL DE 1951!

 

CampeãoMundial-Jornal1

 

Na quinta-feira (07), na Academia de Futebol, Valdivia, de volta ao Palmeiras, concedeu entrevista coletiva à imprensa. Coletiva pedida por ele, para abrir o jogo e esclarecer todo o “disse-me-disse” envolvendo o seu nome e a má sucedida transferência para o Al Fujairah FC, dos Emirados Árabes.

Como algumas pessoas me disseram que não puderam acompanhar a entrevista toda, que durou mais de uma hora, e não conseguiram encontrar o conteúdo todo nos portais, resolvi postar aqui as anotações que fiz, enquanto assistia à entrevista.

O Mago, tão logo chegou à Sala de Imprensa, se dispôs a ficar o tempo que fosse necessário para que todas as dúvidas fossem esclarecidas e para que fossem feitas todas as perguntas que os jornalistas tivessem a respeito do assunto.

E Valdivia explicou o que aconteceu desde a sua ida aos Emirados. Acompanhe as declarações, que estão redigidas mais ou menos na mesma sequência em que elas foram sendo feitas. Alguns assuntos se repetem porque os jornalistas perguntavam sobre eles novamente.

A explicação

“Viajei na quarta-feira de madrugada. Fui recebido por torcedores, dirigentes do clube e imprensa. Fui levado até a cidade da equipe, fui recebido na sala do sheik. Ele subiu a foto no facebook dele falando que estava apresentando o novo camisa 10 do clube.”

“Tem vínculo, sim. Fiquei lá e fiz exames médicos. A gente esperou o dia da assinatura do contrato. Foi aceito o meu pedido de 10 dias de férias. O clube disse que não teria problema e era só apresentar para a pré-temporada no dia 5, na Alemanha. Até então estava tudo certo. Eu tinha de voltar no domingo (04).”

Pela internet, eu acompanhei a chegada do Mago lá no novo clube, e foi isso mesmo, ele foi apresentado como o novo camisa 10 do Al Fujairah:

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Sobre a assinatura do contrato

“Não assinamos o contrato, infelizmente, porque era Ramadã. É algo totalmente diferente de nós. O que foi passado para as pessoas do meu lado que não teria problema e era só apresentar no dia 5, na Alemanha. Quando fui para o Al-Ain, foi a mesma coisa. Fui vendido, aceitei os valores e assinei um documento em que dizia isso. Tudo o que foi feito na primeira transferência foi realizado nesta. Agora estava igual.

Peguei os dias de férias do meu suposto novo clube. Quando voltei fiquei sabendo que tinha sido cancelado. O motivo desse cancelamento era que eu não tinha acertado os valores, o que é mentira. Tem documento com carimbo e assinatura do clube, do sheik. Fiquei muito surpreso na minha volta ao Chile, porque na minha cabeça estava tudo certo.

Tudo isso trouxe uma complicação grande. Tive de tirar meus filhos da escola, meu cunhado veio para arrumar a mudança. Estava tudo assinado para tirar mudança, imobiliária, carro, enfim… e significou uma mudança muito grande.

A pessoa que estava negociando pelo meu lado disse que o pai do sheik teria tirado o apoio do filho, porque era muita grana. E essa grana poderia ser usada para construir hospitais, escola, e deixou o filho sozinho na negociação. Isso foi passado para mim, quando cheguei. Mas para o Palmeiras foi dito que eu não tinha aceitado os valores. Eu desminto isso, e já mostrei para o Palmeiras. E o Palmeiras me deu a razão. Tenho os documentos.

Fui liberado pelo Palmeiras no sábado, 12 de julho, então fiquei muito surpreso. Acredito que vocês também. Agora vamos ver com o departamento jurídico qual é o próximo passo.”

Sobre a possibilidade de “haver um clima ruim para ficar no Palmeiras”

“Clima para ficar no Palmeiras não vejo porque ser ruim. O que aconteceu comigo… Estava tudo certo. Não tinha a mínima dúvida de que não seria mais jogador do Palmeiras. Agora eu volto com a mesma motivação que sempre tive aqui. Conheço os jogadores, conversei com eles e com o treinador. O clima nunca mudou aqui dentro do clube.

Nem quando a Copa acabou pensava em sair do Palmeiras, nem agora. A torcida e vocês têm de saber que o Palmeiras sempre foi claro em dizer que não há jogador inegociável. Se chegar uma proposta, o clube vai analisar primeiro. Depois, vão falar comigo. Mas minha cabeça é a mesma. A mesma motivação e já falei com o treinador ontem, quando voltei a treinar. Não tem essa de ficar pensando.

Claro que penso no que aconteceu, mas voltar desmotivado, não. Muito pelo contrário. Sempre digo que devo muito a esse clube. A história mais bonita da minha carreira foi aqui. Vou continuar honrando e respeitando a camisa do Palmeiras.

Sobre o acordo para as férias e o salário de Julho

Não era jogador do Palmeiras. Era jogador do Al Fujairah. Eles mostraram ao mundo que me contrataram. Levaram torcida, imprensa no aeroporto. Cheguei em Dubai 0h, e no hotel 4h da manhã. Fui apresentado ao sheik, diretor, presidente, jogadores, e fui dormir 4h ou 5h da manhã. Concordamos em me liberar 10 dias para férias, porque depois da Copa não tive.

Assim que acabou a Copa, fiquei dois dias aqui e no terceiro dia vim treinar. O Mena (Santos) e o Aránguiz (Internacional) tiveram sete ou dez dias de férias. Eu não. Como eu não era mais jogador do Palmeiras, fui liberado 12 de julho. E aproveito para esclarecer: não recebi mais salários do clube neste momento. Foi pago até sábado, em um jogo-treino que joguei.

Sobre o “sumiço”, e o porquê de ter se mantido incomunicável durante as férias

Eu não sumi. Estava na Disney, com a minha família. Se tivesse sumido, a minha mulher não postaria fotos. Antes de ir a Dubai, tuitei que não jogaria mais pela seleção. Na minha volta de Dubai para o Chile, não tenho telefone chileno, só do Brasil. Na volta, num domingo, passei aqui e fui embora. Deixei avisado com quem trabalha comigo para bloquear meus números, para tirar as crianças da escola.

A minha família ainda está no Chile. Fui para o Chile e parecia que estava chegando o presidente do país. Tinha muita imprensa querendo falar comigo, para esclarecer os motivos de não atuar mais pela seleção. Depois saíram notícias de briga, e a imprensa chilena me envolveu. Então, ganhei essas férias do clube e fui embora sem preocupação. Não queria mais saber de telefone e mensagem.

A minha casa foi invadida por gente querendo saber porque não atuaria mais pela seleção, se houve indisciplina ou briga. Curtir e desfrutar meus filhos foi sagrado. Desliguei tudo porque não queria ver internet. Saía 8h do hotel e voltava meia-noite para dormir. Aproveitei bem os dias de férias do meu novo suposto clube.

Os motivos são esses. Não estava escondido. A prova mais clara é que a minha mulher postava as fotos, mostrando que estávamos de férias.

A saída do Palmeiras

“O que falei é verdade (se referindo à despedida que deixara para a torcida em uma rede social): o Palmeiras precisa de dinheiro. O presidente disse muitas vezes que ninguém é inegociável. O clube recebeu uma proposta e assinou todos os documentos, que garantiam a minha saída do clube.

O que escrevi no momento foi a verdade: o Palmeiras precisava de grana, chegou uma grana que o clube aceitou. Abri mão de 10% para ajudar o clube. Concordamos em todos os termos e fui vendido. Se vier mais uma proposta, quem decide primeiro é o clube. Se decidirem se é boa, ou não, eu sou chamado. Esse é o procedimento normal.”

A volta aos gramados e a conversa com a comissão técnica no retorno ao clube

“Por mim, ontem (estaria pronto para jogar). Mas neste momento iria mais atrapalhar do que ajudar. Neste momento, e em todos, tem de respeitar meus companheiros. Quando fui perguntado se devo jogar com algum ou outro atleta, disse que todos merecem atuar. O técnico decide. E há jogadores atuando e se doando pelo time.

Já conversei com a comissão técnica e montaram um planejamento. Começamos treinamentos em dois períodos e vamos acelerar o máximo possível. Mas a minha vontade é recuperar os dias que fiquei sem treinar, desde o sábado do jogo-treino contra o Red Bull. Agora, iria mais atrapalhar.

Não posso dar uma data para voltar, porque temos de ir conversando com a comissão técnica. Não posso esperar muito tempo e por isso vamos treinar em dois períodos.”

As férias e a falta de notícias nesse período

“As férias foram dadas pelo clube. É difícil vocês acreditarem. O direito de vocês é perguntar e duvidar um pouco, mas quando você está sempre sob pressão, e pode ter um descanso com a família, meus números são do Brasil. Minha mulher não tinha telefone e postamos as fotos pelo telefone da minha cunhada, que tinha telefone do Chile.

É difícil de acreditar, mas não ficamos lendo notícias, mensagens sobre o negócio não ter dado certo. Para mim estava tudo certo.

Tinha as provas suficientes de que estava tudo certo. Saíamos do hotel 8h ou 9h para passear e voltávamos muito tarde, para dormir. A minha mulher publicou fotos pelo celular da irmã dela. Tinha internet, sim, é difícil não ter internet na Disney, mas eu não entrei em momento nenhum. Fui para descansar e para me apresentar no dia 5 no Al Fujairah.

Motivação para atuar pelo Palmeiras

“Um dos motivos pelo que pedi essa coletiva foi para esclarecer as dúvidas que vocês e a torcida têm. E não contar a minha verdade, e sim os fatos como aconteceram. Motivação tem todo dia. Claro que disputar uma Copa do Mundo não é todo dia, mas sempre estou motivado de representar essa equipe.

É uma instituição que me deu tudo. Tenho cinco anos aqui no clube e nunca fiquei em lugar algum tanto tempo. A motivação é a mesma de querer jogar. O Palmeiras vive um momento complicado, mas tenho certeza que sairemos dessa. A motivação existe sempre. Se não tiver motivação de treinar, é melhor ficar em casa deitado.

A mensagem que passo é: da minha parte não muda nada. Desde ontem voltei a ser jogador do Palmeiras. Quero conquistar coisas e disputar um jogo no nosso novo estádio. A minha motivação não muda nada.”

Repórter chileno pergunta se Valdivia poderia voltar à seleção

“Minha decisão não muda. Sou agradecido à comissão técnica, mas a minha volta ao Palmeiras não muda nada. Bem ou mal, com coisas negativas que a seleção passou, agradeço à seleção e à torcida. Representar meu país é o mais importante.”

“Tudo o que me colocaram envolvido não estou (polêmicas na seleção). É fácil apontar o dedo para mim por todo o passado. Quando falam de indisciplina ou briga citam meu nome, mas não estou envolvido em nada. Mas repito: não muda minha decisão. E desejo o melhor aos meus companheiros.”

Sobre avisar aos pais da viagem de férias

Não, tenho 30 anos. Já fiz tudo pelos meus pais, sou agradecido a eles. Quando assinei com o Colo-Colo comprei uma casa para eles. Tenho 30 anos. Formei minha própria família e acho que pelo que falei não tenho motivo para estar sempre avisando o que farei ou não. Seus pais te chamam para saber como estão, saúde, ok. Mas ligar para avisar que vou sair de férias, não teria motivo para ter feito.

Entrar na Justiça contra o Al Fujairah

Conheci o Wagner Ribeiro (empresário), mas nessa negociação ele não estava por dentro. Mas ele está certo em uma coisa: estava tudo assinado, menos o contrato. Tanto que o Palmeiras vai se manifestar juridicamente. O Palmeiras assinou a venda, o Al Fujairah assinou que compra o jogador, e eu assinei que aceito tudo. Tem carimbo do clube, do sheik, enfim, tudo certo.

A única coisa que não estava acordada são os termos de pagamento: luva, adiantamento… Mas valores econômicos, que é o motivo apontado por eles para o negócio cancelar, não. O documento que o Palmeiras tem mostra o contrário. O Brunoro acredita no que expliquei a eles anteontem, que de fato aconteceu.

O Palmeiras está há um bom tempo tentando se comunicar com o Al Fujairah. O que se vive lá é diferente do nosso comum, ainda mais com Ramadã. Da primeira vez que fui foi igual: Palmeiras aceitou valores, assinamos documento aceitando tudo, mas faltava exame médico e assinatura do contrato. Desta vez também fiz exames médicos.

A pergunta é difícil responder: o que aconteceu. O Palmeiras assinou documento de transferência. Tanto é que não treinei mais no Palmeiras. Segunda, terça e quarta não me viram mais aqui. Já era jogador do Al Fujairah. É difícil responder o que aconteceu realmente.

Quando voltei dos Estados Unidos, fiquei em choque e surpreso. Não sabia o que tinha acontecido. A pessoa do Chile que viajou comigo, disse que tentou entrar em contato e não teve resposta. Ninguém apareceu. Só informaram ao Palmeiras que o negócio não aconteceu por minha causa. Mas o documento que o Palmeiras tem prova o contrário. O Palmeiras está há quatro dias tentando entrar em contato com o Al Fujairah e não consegue.

Quando voltei, eles tinham conversado com advogado que mexe com coisas do futebol. Ele disse que temos tudo para entrar na Justiça contra o clube. O Wagner Ribeiro também me disse isso.

Se quem entende do caso e trabalha com isso, o que tenho de fazer é isso. Eu fui enganado. O Palmeiras foi enganado. Fui tratado como um jogador novo. Deixei de treinar muito tempo. São muitas coisas envolvidas para entrar na Justiça.

Sobre a relação com Wagner Ribeiro

Não sabia que eu tinha fechado com o Wagner (risos). Ele não é meu empresário. É uma relação muito próxima, mas como você diz que tem algo assinado, não tem nada assinado. É uma pessoa muito próxima.

O Wagner não estava no meio desta negociação. Se fosse, estaria por dentro. É uma pessoa que conversei, saí para almoçar e tiramos fotos. Mas não assinamos. Mostra que meu desejo não é sair embora.

Luvas e adiantamento prejudicaram o acerto?

Juridicamente, não. O motivo que eles alegam são valores econômicos, que estavam acertados e assinados.

E a forma física?

Já conversei francamente com o treinador. O planejamento foi montado. Se jogar domingo, atrapalho mais do que ajudo. Vamos trabalhar duro e fazer o possível para voltar logo. Não posso passar por cima de quem está treinando e jogando. Preciso respeitar a decisão do técnico, como sempre fiz.

Encerrar a carreira no Palmeiras?

Sempre falei antes de sair: sou muito grato ao clube e pelo carinho da torcida. Quando caímos, eu caí junto. Jogamos a Série B juntos. A Série B poderia colocar em dúvida a minha convocação para a seleção, mas mesmo assim fiquei. É difícil usar os argumentos, porque parece que estou chorando.

Sofri sequestro, agressão, mas mesmo assim fiquei, porque gosto muito do clube. Sofremos juntos, e tivemos alegrias juntos. Fiz grande parte da minha carreira aqui e vou continuar do mesmo jeito. Se for para encerrar aqui, o único cara que ficará triste é o Osório Furlan (conselheiro e dono de 36% dos direitos econômicos).

A relação com o elenco

A disputa sempre teve. Não só no Palmeiras, mas em todas. É saudável. Tenho sorte que seja com os argentinos, paraguaio, porque nos damos muito bem e temos a mesma língua, falamos o mesmo idioma. Os brasileiros que jogam na mesma posição eu conheço. Não muda nada. É totalmente normal. Nos damos muito bem. Temos amizade no grupo.

Tem de respeitar a todos. Sempre que me colocaram jogando com Mendieta, Marquinhos Gabriel, sempre falei do Felipe Menezes e do Wesley. Sempre fui respeitoso e agora não será diferente.

Sobre jogar no Allianz Parque

“Totalmente diferente. Quando era o antigo Palestra, o time que vinha jogar contra nós sentia pressão e diferença já quando entrava na (Avenida) Francisco Matarazzo. Tem muito torcedor palmeirense na região. E vai ser muito diferente. Espero que a Arena fique pronta logo e nos traga alegrias, felicidades e muitas vitórias.

Sobre ter sido negociado e sobre Brunoro ter declarado que o clube não precisa de dinheiro

O Palmeiras sempre declarou que não há jogador inegociável. Negociou Barcos, Henrique, que era o capitão, e mais alguns que estavam para se tornar referência no clube. E foram vendidos. Abrir mão de jogadores importantes não é comum. Isso quer dizer que precisa da grana. Se o Palmeiras não quisesse vender, teria rejeitado a proposta do clube árabe. Agora quando senta para conversar que tem proposta, que agrada ao clube, você tem uma brecha para negociar.

Os valores eram bons e aceitei. A necessidade do clube no momento era de vender, porque o pessoal do Palmeiras sempre disse que não tem jogador inegociável. Era bom para o clube e para mim. Decidimos em comum acordo para fechar a negociação.

O que foi aprovado é uma proposta boa para todos os clubes.

Por que Emirados de novo?

Quando vai ser vendido, tem de pensar em ganhar mais do que onde está. Isso passa com você, ninguém é feliz toda a vida com a grana que ganha. Tem de pensar no futuro. No meu caso estava melhorando. Se quer chegar no ponto de mercenário, não teve nada disso. A proposta foi boa para todos. Quando você sai é para ganhar mais.

Polêmicas com Valdivia

Porque não falo muito e não venho desmentir. Foi dito que meu pai atrapalhou, que tinha uma proposta de clube melhor. Na seleção inventaram que teve indisciplina com o Medel. Sempre que há algo de suspeito meu nome é o primeiro.

Valdivia teria culpa nas polêmicas?

Sim, mas viver só sentindo culpa seria melhor jogar em um time sem tanta expressão e que a pressão não seja como é aqui. Sentir culpa sempre é tipo o cara alcoólatra. Ele quer se recuperar e tem direito, melhorar a vida e uma família. Tenho direito de passar a mensagem que mudei, não sou a mesma pessoa. O mesmo direito do cara que tem de se recuperar de um problema, é o meu direito.

Não posso ser julgado pelo que fiz. O que fiz já paguei e fui punido, criticado. Mas quando quer melhorar, tem o direito de melhorar. Esse é o meu direito. Tenho melhorado e mostrado isso. Viver de culpa é melhor não ter vida, porque se não já acorda pensando nos problemas.

Sempre que houve problemas esclareci e fui bem homem. Alguns falam que não sou comprometido. Tem de ter parcela de comprometimento, mas não é tudo no futebol: caráter, qualidade, personalidade, vontade, fome e perseverança. Não é tudo comprometimento.

Sobre os estrangeiros no Palmeiras

O Mago brincou sobre o grande número de estrangeiros que há no elenco do Palmeiras e a permissão da CBF para que os clubes tenham apenas cinco estrangeiros em campo atuando nas partidas nacionais (o Palmeiras tem sete):  “No ano que vem serão só cinco brasileiros”, disse ele.

É legal que tenha mais estrangeiros. Você dá chance de trabalho, de viver em um país 100% futebol, de criar filhos aqui, como no meu caso. Faltam poucos dias para fechar a janela e eu nem sabia. Se o Palmeiras concordar e aquele personagem (Osório Furlan) também, e para mim for o melhor, ok. Não dá para sair sendo pior ou igual. Vamos esperar o que o Palmeiras decidir. Voltei a ser funcionário. Quem decide é o clube.

De novo, repito: o clube sempre disse que não tem jogador inegociável. Depois será perguntado a mim e vamos decidir juntos. Mas o meu desejo sempre foi voltar ao Palmeiras. Na primeira vez que saí, voltei para o clube feliz. Tivemos problemas, sou feliz aqui e grato. Espero que a torcida entenda a sinceridade com a qual estou me expressando hoje. Estou abrindo tudo, não tem porque me esconder.

Ganhei folga do clube que iria me contratar. Agora, meu antigo e novo clube é o Palmeiras. Devo satisfação ao Palmeiras hoje. A vida continua como sempre foi: treinando e jogando sempre que for possível. Meu carinho pelo clube não muda. Tanto que no meu Instagram só tem foto do Palmeiras, e o gol na Copa foi dedicado aos torcedores do Palmeiras. Tenho muito a agradecer.”

Sobre entrar na justiça junto com o Palmeiras

“Acho que sim, ganhar é mais fácil. Mas também vou entrar com meu estafe de advogados, porque são coisas diferentes. As duas partes foram enganadas. Eu fui exposto ridiculamente, posando com camisa do clube, falando com a imprensa e submetido a exames médicos. Tive de tirar meus filhos da escola. Passei para minha mulher que iríamos morar em Dubai. Até postou uma foto de Dubai.”

 Palmeiras quer o Mago fora?

“Só falei que o Palmeiras diz que não há jogador inegociável. Amanhã é outra diretoria, outro ponto de vista. Mas nunca falei que o Palmeiras não me quer. O que disse é que eles sempre deixam claro que não há jogador inegociável, e não me devo ao Osório Furlan. Se ele ajudou a trazer de volta, problema dele. Não me devo a cigano, fulano e sim ao Palmeiras. O dono do meu futebol é o Palmeiras.”

Sobre Osório Furlan  (ajudou o Palmeiras a contratar Valdivia em 2010)

Se ele me quer fora, cuida da vida dele e eu cuido da minha. Não tem porque ficar respondendo sempre. Quando há matérias falando de mim não tem motivo para responder, porque ele não significa nada para mim. Para o Palmeiras ele significa, porque ajudou o clube, mas ele não me ajudou.

Declaração/brincadeira(?) de Vampeta sobre muitos estrangeiros juntos

Acho que foi de brincadeira. Não tenho nada a dizer sobre isso. É falado no futebol isso, mas nem tudo que é dito necessariamente é verdade. É uma opinião dele, tem de ser respeitada, mas discordo. Cada um sabe o que diz.

A assessoria de Valdivia avisou então que seria a última pergunta, mas o jogador novamente se disse mostrou à disposição de todos: “Não, pô, podem perguntar e vamos falar”. E a entrevista continuou.

Valdivia tem regalias no Palmeiras?

“Quem fala isso são vocês (jornalistas). Acho que o meu direito é o mesmo de todos.  Tenho a mesma vaga no estacionamento. É sério, é verdade. A minha vaga é do lado do Juninho. O café da manhã é o mesmo. Quando o Palmeiras paga o salário é no mesmo dia. Não sei quantas camisas vendem com o meu nome. Meu horário e dos outros é 9h30. Quando tem coletiva venho contra a minha vontade. Essa não, eu que pedi. Mas direitos são os mesmos.

Polêmicas, de novo

Como tive muitos problemas aqui, com lesão, sequestro, e que acharam estranho eu ter ido embora, já vira polêmica. Teve a agressão na Argentina (Libertadores de 2013). Qualquer lugar do mundo isso é imperdoável. Não vi acontecer algo diferente. Se o Paulo (Nobre, presidente) vetou coisas das organizadas, é normal, o Cruzeiro também fez.

Se falam de eu ter mais direitos por ter ido embora desde sábado, é porque não era mais jogador do Palmeiras. O Palmeiras não me pagou mais e me liberou a não vir mais.

“Falam que não vou para o treino, mas muitos não vêm e vocês não olham. “Ah, ele chegou no departamento médico 9h40″, mas outros também. Mas chama atenção porque sou mais polêmico e venho para falar a verdade. Não digo nada para agradar. Sou sincero. Quando aconteceu o problema da minha mulher pedi desculpas. Direito diferente eu não tenho. Mas quando eu faço parece que é diferente.”

“Quando eu disse que o Felipão tinha falado uma coisa e depois aconteceu outra, aconteceu. E vocês sabem o que aconteceu. Não venho aqui para mentir. Não falo com maldade, falo a verdade porque sou sincero. Quando fiquei machucado é porque eu tinha alguma coisa mesmo.”

“Todas as vezes que fiquei machucado, não era mentira. Já falei também que o José Amador (preparador físico) me ajudou e tratou. Há muito tempo não me machuco. Falam que não tenho comprometimento, mas venho para os treinos e jogo. Tenho minha vida pessoal. Cada um é dono da sua. O mais simples é falar que não tenho comprometimento. Quem sabe disso é quem está aqui dentro. O resto é especulação. Eu venho para o treino, jogo, bem ou mal. 

Valdivia aceitaria contrato por produtividade?

“Nesse momento não pode, porque tenho contrato fixo. Quando esse contrato acabar, você pergunta de novo. Esse contrato vai até agosto de 2015. É fixo e não pode ser modificado. Se quiser renovar, claro que vamos conversar”

Conversa com Gareca

No pouco tempo com o treinador, falamos muito e com os auxiliares. Esse Campeonato, tirando Itália, Inglaterra e Espanha, é o quarto mais difícil do mundo. Tem clássico todos os dias, e falei ao treinador. São jogos difíceis e várias partidas no ano. Clássico toda semana. Quando não é clássico, joga contra o melhor de Porto Alegre, Minas Gerais. Não tem time ruim ou pequeno. O Brasileiro é um dos mais difíceis.

A mensagem que passo a ele (Gareca) é trabalhar. Qualquer técnico estrangeiro vê que aqui se faz coisas diferentes. A pressão da imprensa é grande. E o Palmeiras é muito grande. O clássico é contra o Corinthians, e ultimamente o Corinthians tem ganhado coisas importantes. E exigem o dobro de jogadores e treinadores diferentes.

Mando mensagem de tranquilidade, confiança e que o time está 100% fechado com o que ele faz. Conversei com os jogadores e disseram que são trabalhos excelentes. É uma pessoa excelente. Cumprimenta a todos sem exceção. Chego com muita vontade de mudar os resultados negativos recentes.”

Renovação do futebol brasileiro

“Acredito que uma renovação é necessário. Hoje o Brasil não tem o poder de antigamente, quando tinha Rivaldo, Ronaldinho, Kaká, e mais atrás também tinham. Hoje, o único diferenciado que a imprensa e a torcida destacam, é o Neymar. Antigamente eram sete extraterrestres. O Brasil necessita dessa renovação. Espero que, por ser o país onde trabalho e sou respeitado, que aconteça.”

E, assim, a entrevista se encerrou na Academia de Futebol.  

No momento em que escrevo essa postagem, está a todo vapor o julgamento de Palmeiras e Corinthians no famigerado Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a nossa conhecida “Capitania Hereditária” (quando você me ler, por certo já existirá uma punição para o Palmeiras, e só pra ele), por conta das 258 cadeiras do Itaquerão que a torcida do Palmeiras danificou. Os clubes (os? Tem certeza, Ximit?), pasmem, correm o risco de perder até 10 mandos de campo (Oi?? Esperar o quê de um julgamento, quando o promotor já ameaça o time ao fazer a denúncia?) e ainda receber uma multa que pode chegar a R$ 100 mil.

Os dois clubes foram enquadrados no artigo 213 do CBJD, por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”. Porém, o primeiro parágrafo do mesmo artigo prevê que, preste atenção nisso, “caso a desordem seja feita pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato” (“enrolation”, para muito provavelmente punir só o Palmeiras, como sempre, e, como sempre também, por coisas que as torcidas de todos os outros times fazem, inclusive a do Corinthians, e que não servem de motivo de punição para os seus clubes).

Como não houve gravidade na ocorrência, e, segundo o promotor que adora encher o saco do Palmeiras, é provável que a punição seja apenas uma multa (o que não teria cabimento, uma vez que não houve contribuição alguma dos clubes, principalmente do clube visitante, para que as cadeiras fossem quebradas). Eu não questiono haver punição para o absurdo que é torcedores quebrarem cadeiras, depredarem arenas, sejam elas de adversários ou dos seus próprios clubes. No entanto, como não houve grande desordem, violência, e a depredação de algumas cadeiras não interferiu no andamento da partida, penso que a punição deveria ser para as torcidas responsáveis pela infração (a torcida do “dono” também danificou cadeiras no estádio).

Também não vou questionar a quantidade de cadeiras danificadas… as imagens mostram um número pequeno; logo após a partida disseram que eram 25 cadeiras danificadas, e, de repente, viraram 258. Imagino que o Palmeiras tenha ido lá conferir se foram 258 mesmo – eu teria ido -, que tenha visto as imagens das câmeras de segurança do Itaquerão mostrando o vandalismo…

Outra coisa que nem vou questionar também é a péssima qualidade das tais cadeiras. A arena, construída com 1, 2 bi de dinheiro público, foi inaugurada em Junho, e até hoje, menos de dois meses depois, já foram danificadas mais de 800 cadeiras por lá. A própria torcida do “dono” do Itaquerão danificou cadeiras na partida de estreia da arena, e também na partida diante do Palmeiras. Parecem cadeiras feitas de papelão ou isopor – um amigo que esteve lá, durante a Copa, me disse que elas são muito frágeis e de qualidade bem inferior.

Também não vou questionar o fato de que a torcida do “dono” do Itaquerão já danificou cadeiras de vários estádios, botou abaixo as grades do Pacaembu, fez arruaça e depredação em aeroporto, meteu fogo em carro alegórico de escola de samba… e eu nunca soube que o Corinthians tenha pagado coisa alguma, tenha ressarcido os muitos prejuízos causados por seus “fiéis”. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço, não é mesmo?

Nem vou dar muito destaque ao fato de que o “Cara de Areia” cantou a bola sobre cadeiras quebradas durante toda a semana que antecedeu o Derby. Já falava em cobrar o prejuízo (que ele nunca pagou quando foi a sua torcida a depredar patrimônio alheio) antes mesmo dele existir, e, ainda assim, nossos “muy espertos” torcedores fizeram exatamente o que ele esperava (queria?) que fosse feito.

O que questiono aqui, e que precisa ser questionado sempre, é a maneira dúbia de se fazer justiça no STJD. O Palmeiras se encarregou de cobrir os prejuízos no Itaquerão e mesmo assim ainda vai ser julgado. Se há regras para se denunciar, julgar e punir os clubes, quando os seus torcedores brigam, depredam… como é que não me lembro de ver outros clubes ressarcindo prejuízos alheios? Também não me lembro de ver seus atos de vandalismo e violência serem denunciados multados e punidos pelo tribunal, por promoverem desordens, depredações e até mesmo incêndios como esses, mostrados nas imagens abaixo (existem muitos outros casos, inclusive com torcedores feridos gravemente)?

Para não cometer nenhuma injustiça, já que não me lembro muito bem se houve ou não denúncia e punição para alguns casos, vou passar a bola pra você, amigo leitor. Por favor, me ajude a lembrar, quais foram as punições para os clubes dessas torcidas cujo vandalismo e violência causaram o que as imagens mostram? Quanto eles pagaram de multa, quanto pagaram para ressarcir os clubes prejudicados, e quantos mandos perderam?

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Tão logo fiz essa postagem, a “Capitania Hereditária” já tinha dado o seu veredito: Corinthians, o responsável pela segurança do/no estádio, absolvido, e multa no valor de R$ 50 mil para o Palmeiras. O Verdão concordou em pagar o prejuízo, e, ainda assim, foi multado?

Estou começando a achar que precisamos de uma Justiça Desportiva com promotores que venham da Alemanha… Afinal, lá, o futebol é conduzido com muito mais seriedade do que aqui.

“Se alguém disser pra você não cantar
Deixar teu sonho ali pr’uma outra hora…

… Se alguém disser pra você não dançar
E que nessa festa você tá de fora…

Não acredite, grite, sem demora…

Eu quero ser feliz agora!”  –  Oswaldo Montenegro

Por mais que nós soubéssemos que o Palmeiras precisava começar a ser reconstruído em seus alicerces – sei que essa é a lógica -, por mais que tenhamos conhecimento de que nos próximos dois anos, seja quem for o presidente, ele vai encontrar a instituição muito mais saudável, sem as sangrias de dinheiro palestrino que havia por todos os lados (dependendo de quem assumir, o clube vai sangrar tudo outra vez), sem  a falência, constatada em Abril de 2013; por mais que tivéssemos tido/tenhamos paciência, não dá para ficarmos inertes diante do que estamos vendo, não dá para não ouvirmos o nosso coração que quer apenas ser feliz…

As sirenes de alerta do futebol do Palmeiras estão “berrando”… A venda de Valdivia, o único craque diferenciado que tínhamos pra “pegar pelo rabo”, expôs a ferida da qual tanto nos horrorizamos agora. Era ele a “usina geradora de qualidade” que alimentava de bom futebol diversos setores do time.

Eu sei que vender e comprar jogadores é rotina de todos os clubes, mas sei também que um bom planejamento prevê que um craque nunca irá embora antes do seu substituto chegar. Todo mundo está vendo a ruindade que o time do Palmeiras ficou sem ele – e justo quando temos um bom técnico. E onde está o substituto de Valdivia? Onde está o novo camisa 10 diferenciado? E como podem os nossos dirigentes acreditar que o time sobreviverá sem ter alguém para criar as jogadas? E como podem não se incomodar que o time do Palmeiras não sobreviva – é essa a impressão que tenho – e despenque na tabela por causa disso, em pleno centenário do clube?

NÃO! MIL VEZES, NÃO! EM TEMPO ALGUM, AINDA MAIS EM NOSSO CENTENÁRIO!

Diante do Bahia, do fraco Bahia, que serviu de sparring pra todo mundo, nosso time só foi capaz de empatar. O primeiro tempo foi de doer. O time corria, tentava buscar, mas o nível técnico era sofrível. Do lado do Bahia, era pior. E o time baiano ficava inteirinho no campo de defesa, e fazia cera de montão.

O Palmeiras teve muito mais posse de bola na partida, o que foi uma inutilidade, já que eram poucos os que a punham no chão para tentar construir uma boa jogada. Ciscava, ciscava, e nada! Tinha posse, mas não tinha ‘munição’ para os ‘atiradores’ lá da frente. E, para alguns, fica tão mais fácil culpar os ‘atiradores’; para outros, fica fácil culpar o técnico…

Não acho que falta vontade aos jogadores como dizem alguns, nem que tenha jogador querendo sabotar o técnico como fantasiam outros. O que acontece é que falta qualidade no time, e, em várias situações de jogo, não se sabe como chegar ao gol adversário, por mais que se tente, por mais que Gareca procure acertar o time. Aquele malfadado “último passe” não acontece como deveria, e aí a finalização sai pior ainda. E isso é quase matemático, né? Sem uma boa assistência = ataque zerado, exceção feita apenas para jogadas individuais e cheias de talento, e algumas outras, de pura sorte. E estamos numa falta tremenda dessas jogadas…

A carência no setor é tanta, que estávamos todos lamentando a ausência do garoto Allione, recém contratado, e que tinha feito até então apenas uma partida – está na cara que a pressão e a cobrança em cima dele, acabarão sendo muito maiores do que deveriam ser. Ele terá que dar certo pra ontem, tadinho, e não deveria ser desse jeito, não é mesmo?

Ainda assim, precisamos de um 10, e dificilmente um substituto à altura do Mago poderá ser comprado pelo dinheiro que se conseguiu com a sua venda; precisamos de um lateral direito também, ainda que Weldinho se saia melhor do que Wendel; precisamos de mais um atacante, bom – vem chegando  Willian José, que estava emprestado ao Barcelona B  (será que é o irmão do Louro José?) Que seja uma grata surpresa, assim como aconteceu quando chegou Kardec, que estava encostado lá no Benfica… Não temos muito tempo para apostas, precisamos de gente pra chegar e resolver.

Mas, no Pacaembu, no nosso compromisso diante do Bahia, quando encarávamos os nossos problemas, a única bola redonda que chegou no ataque foi um cruzamento de Victor Luís (está se saindo bem o garoto), na medida, que Henrique guardou de cabeça aos 15′ do segundo tempo. Nas outras oportunidades criadas, no jogo todo, como a bola não chegava redondinha, era preciso que nossos atacantes tivessem boas doses de criatividade e talento para finalizar com acerto, e, por isso mesmo, nada acontecia.

Era triste ver o nosso futebol tão magrinho… Era doloroso ver o Palmeiras, às vésperas de seu aniversário de 100 anos, não conseguir se impor diante de um time da zona de rebaixamento. O Bahia, tão mixuruca, quando viu que o dono da casa não assustava, tratou ele de tentar. Ficamos tão felizes e aliviados com o gol de Henrique, mas não conseguimos nem comemorar direito, porque o Bahia logo empatou – muita gente não conseguiu ver o gol adversário, por estar, contrariadamente, embaixo de uma bandeira de torcida. Se, por acaso, tivesse sido um gol do Palmeiras, não teríamos visto também.

E se o Bahia já fazia cera antes do seu gol, imagine depois dele… E o Palmeiras sem cacife para detonar um adversário desse naipe. Pobre Palmeiras…

O juiz deu 4 minutos de acréscimo, mas podia ter dado 40… muito provavelmente o placar continuaria inalterado.

Olhávamos um pra cara do outro e nem sabíamos o que dizer, nem sabíamos o que pensar… o coração estragado por vermos o nosso amor tão enfraquecido dentro de campo.

A poucos dias de uma data que deveria ser memorável, pela qual tanto ansiamos, estamos nós aqui, esperando a entrega do Allianz Parque (que não fica pronto nunca, porque tem gente esquecendo que ele É do Palmeiras), com a tabela de classificação na mão, fazendo contas, e rezando para não entrarmos na zona de rebaixamento. Quem diria?

Que “presentão” de aniversário para aqueles que carregam o Palmeiras nas costas… e para a história do Palmeiras principalmente… Faz tempo que estamos só no #AmorModeOn da torcida.

Eu  me recuso a acreditar que Paulo Nobre e os responsáveis pelo Departamento de Futebol não estão vendo o perigo rondando… que o Departamento de Marketing não esteja sendo capaz de gerar receita para que seguremos alguns jogadores e compremos outros;  não consigo nem conceber a ideia de que o coração dos palmeirenses administradores não esteja doendo como dói o nosso… que eles não se sintam miseravelmente tristes e amargurados, como nos sentimos agora…

Não posso admitir que o futebol, a razão do Palmeiras existir, seja deixado de lado dessa maneira, assim como estão sendo deixados de lado os seus torcedores. Não posso esquecer que tínhamos um time bem melhor no ano passado, e no começo deste ano também… não vou subestimar a capacidade dos dirigentes, achando que só nós, torcedores, sabíamos que quebrar a espinha do time, perdendo Kardec, vendendo o Mago, e sem contratar à altura, ia nos deixar mancos, sem condições de caminhar…

Não quero só ter que entender – e olha que sou boa nisso -, não quero só ter que esperar, que aceitar, que ser racional… Quero poder enlouquecer de alegria, quero perder a razão… É aniversário do Palmeiras, e eu quero ser feliz com ele, agora!

E se não puderem, se não vão me fazer feliz, por favor, só não me façam infeliz… de novo.

“Queremos dar alegrias para a torcida, e espero que a torcida não perca a fé na gente, pois daremos alegrias a ela” – Ricardo Gareca

Quarta-feira, noite muito fria,  jogo transmitido na TV aberta(Band),  ingressos a R$ 60,00 (sócio-torcedor paga metade, ou nada, dependendo do plano) e a partida no horário das 21h50… fala sério, o torcedor tinha todos os motivos para ficar em casa e assistir ao jogo deitadinho no sofá ou na cama, enroladinho no cobertor, tomando um chocolate bem quentinho, não é mesmo?

Mais de 21 mil pessoas não pensaram assim e foram ao Pacaembu para acompanhar a partida do Palmeiras contra a Fiorentina-ITA, inclusive, essa que vos escreve.

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O jogo era válido pela Copa Euroamericana, e era o  oitavo da série de nove jogos entre americanos e europeus – a Copa premiará o continente vencedor. Com o triunfo alviverde, os times do continente americano somam 4 vitórias/pontos na competição (antes da partida do Palmeiras, o América-MEX já havia derrotado o Atlético de Madrid-ESP, nas penalidades, por 3 a 2), empatando com os europeus. A decisão será entre Universitario-PER e Fiorentina-ITA, que jogarão neste sábado no estádio Nacional, em Lima, no Peru.

Também estava em disputa o troféu “Júlio Botelho”, uma homenagem ao ídolo palestrino e da Fiorentina nos anos 50 e 60. Para muitos italianos, ele, que atuava na ponta-direita, foi considerado o melhor da história da Fiorentina. Um troféu com o seu nome, justamente no ano do centenário do Palmeiras, e numa partida entre essas duas equipes, era uma justa homenagem ao grande ídolo.

E só a título de curiosidade, porque talvez nem todos conheçam essa história, Júlio Botelho, quando já estava no Palmeiras, protagonizou um episódio emocionante vestindo a camisa da seleção brasileira:

Era 13 de Maio de 1959… dia em que o técnico Vicente Feola, da seleção brasileira, ousou escalar o jogador do Palmeiras no lugar de Mané Garrincha… dia em que, exatamente por isso, mais de 100 mil pessoas se ergueram para vaiar Julinho Botelho no Maracanã… dia em que o jogador, sem se deixar abater, e, quem sabe, talvez ainda mais motivado pelas vaias, se encheu de brios, esbanjou talento em campo, marcou um dos gols da vitória do Brasil por 2 x 0, e fez as vaias se tornarem aplausos, muitos aplausos…

Esse troféu, em homenagem a ele, teria que ficar com o Palmeiras, não é mesmo? Além do mais, o continente americano estava em desvantagem na Copa, e o Palmeiras tinha que igualar as coisas.

E o Verdão entrou em campo, lindo, azzurro, vestindo a nova camisa em comemoração ao centenário, camisa que faz referência às origens italianas do Palmeiras. Linda demais!

E foi recebido com o bandeirão comemorativo do centenário…

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Agustin Allione faria a sua estreia no time; no banco, Léo Cunha e Victorino ansiavam por estrearem também. O Palmeiras foi a campo com um time misto: Fábio; Weldinho, Wellington, Marcelo Oliveira, Victor Luis; Josimar, Wesley, Mendieta, Allione ; Leandro e Érik. Titulares como Wendel, Lúcio, Tobio, Renato, Felipe Menezes, Mouche e Henrique foram poupados pelo técnico (e teve uma “jornaleira” de um certo portal, que fez questão de ressaltar que a Fiorentina jogava com reservas… o Palmeiras, não, né liMda?).

E, desde o começo, para nossa alegria, o Palmeiras se mostrava seguro em campo, marcava direitinho e tocava bem a bola. O jogo era bem movimentado em seu início, e o Palmeiras tentava pressionar a saída de bola dos italianos. Mas, num erro nosso, a Fiorentina partiu no contra ataque e, inacreditavelmente, Babacar perdeu um gol feito. Ainda bem, porque na sequência, o Palmeiras foi para o ataque, tocando a bola direitinho, e ela sobrou para Victor Luís, dominar, olhar, ver o espaço aberto à sua frente, e, de fora da área chutar forte e rasteiro no canto, sem chances para o goleiro.

GOOOOOOOOOL!! E que gol bonito! Festa da torcida na bancada! Quer dizer, quase toda ela. Acredite se quiser, estranhamente, uma pequena parte da torcida do Palmeiras não comemorou o gol do próprio time…

A Fiorentina tentava, mas não passava pela marcação do Palmeiras, que jogava muito bem. Wesley fazia uma boa partida, Allione ia agradando a torcida e a mim também – tem boa movimentação, é participativo, inteligente, tem raça e dá uns passes bem interessantes -, o Palmeiras mandava no jogo. Gareca posicionara a defesa adiantada e a Fiorentina não encontrava espaços.

O jogo estava bem movimentado quando, aos 33′, Mendieta deu um passe lindo para Leandro, ele recebeu, avançou, driblou o zagueiro, entrou na área, e marcou um golaço! E que festa na bancada! O Verdão fazendo bonito na Copa Euroamericana. Mas, de novo, parte da torcida não comemorou o gol do seu próprio time. Eu nunca tinha visto isso antes na minha vida, e com torcida de clube nenhum. No campo, Leandro, que sabe que não vive uma boa fase, não comemorou o gol, preferindo apenas agradecer a Deus…

E pra quem pensou que o Palmeiras ia dar uma relaxada depois do segundo gol… que nada! Continuava marcando sobre pressão e tinha total domínio do jogo. E assim foi até o final da primeira etapa.

Nem bem o segundo tempo começou e o Josimar (sim, ele), recebeu na entrada da área e mandou uma bomba. O goleiro da Fiorentina teve que mandar pra escanteio.

Eu estava gostando bastante de ver a maneira que o Palmeiras jogava – “Salve, Gareca” -, a maneira como ele trocava passes, esperando encontrar a oportunidade mais adequada. E não víamos nem sombra daqueles erros todos da partida anterior. Nosso técnico resolveu então fazer duas alterações (eram permitidas 5, em 3 paradas de jogo), Patrick, no lugar de Erik; Bernardo, no lugar de Mendieta.

A Fiorentina mandou uma bola na nossa trave; no minuto seguinte, Bernardo, quase marcou o terceiro, mandando uma bomba, que exigiu uma grande defesa do goleiro. O jogo tava bom. A Fiorentina, que perdia por 2 x 0, tratava de buscar o seu gol. No Palmeiras, Gareca promovia mais duas substituições, Allione daria lugar para Mazinho (como assim, Gareca? Tirar justo o Alli?), e Wesley, para o estreante Léo Cunha .

Dez minutos depois de ter entrado em campo, Rossi, o principal jogador da Fiorentina, diminuiu para os italianos. A parmerada na bancada, que queria, sim, o Palmeiras conquistando a taça, não desgrudava os olhos do campo. E foi assim, com olhos grudados em campo, que vimos, finalmente, Victorino estrear. Ele foi festejado ao entrar, e também a cada vez que tocava na bola. A parte da torcida que se mantivera muda na primeira etapa de jogo, no segundo tempo, cantava sem parar.

E de nada adiantou a Fiorentina  pressionar O Palmeiras buscando o segundo gol; o Verdão ia segurando o jogo e o resultado. Aos 48′, o juiz apitou o final, o Palmeiras conquistou o troféu “Julio Botelho” e a torcida fez a festa. Ganhar taça é com o Palmeiras mesmo (Allione, Léo Cunha e Victorino,  mitos! Uma partida, um troféu!).

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=QpgePJVbMnI[/youtube]

E em essa que não se pode comemorar essa conquista… Não se esqueçam da Copa Eusébio, do Torneio Tereza Herrera, da Copa Suruga, da Taça Sócrates, Troféu Achille e Cesare Bortolotti, Troféu Apolo V (esse é “pacabá”), Taça Cronistas Esportivos, Taça ao Preço Fixo…

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Comemoramos sim! É o primeiro da “Era Gareca”, pra abrir o caminho para todos os outros que virão, se Deus quiser.

VALEU, VERDÃO!!! No nosso centenário tem taça sim senhor!

 

Quando fico aborrecida ou desapontada, procuro escrever um ou dois dias depois, quando já pensei e pesei melhor os acontecimentos… quando a poeira já baixou…

Perder o Derby não foi a pior coisa que nos aconteceu em campo na tarde do último domingo. Não. Afinal, em clássicos, e todo mundo sabe disso, qualquer resultado é possível. O problema foi o Palmeiras não ter  jogado nada, ter deixado a alma no vestiário, ou em qualquer outro lugar. Muito pior do que a derrota, foi a ausência… de futebol, de Palmeiras… e nenhum de nós esperava por isso…

Acho que foi o pior Derby dos últimos anos. O primeiro tempo foi amarrado; o Palmeiras, justiça seja feita, marcava bem e não deixava o Corinthians achar um espaço sequer. Gareca tinha escalado o time mais ofensivo, mas isso acabou sendo inútil, uma vez que o Palmeiras nada criava. E porque não criava, o ataque era pouco e mal acionado, uma vez que as tentativas de ligação com os homens da frente eram feitas diretamente da defesa; e porque o ataque não era acionado, a bola acabava sendo perdida nos muitos erros de passe, e voltando mais vezes para os adversários; e porque a bola voltava mais vezes para os adversários, a defesa acabava sendo muito mais acionada… então, o Palmeiras tratava de se fechar, e tentar os contra ataques. Uma dinâmica nada satisfatória,  e com cara que ia acabar dando errado…  Com um técnico tão bom quanto Gareca, que falta o time sentia do Mago, ou de alguém como ele.

O árbitro era daqueles que, jogada de ombro em que a bola sobrava para um palmeirense, era falta do palmeirense; se quem ficava com a bola era o corintiano, seguia o jogo. Além disso, marcava faltas o tempo todo, e conseguia irritar os vinte e dois jogadores em campo.

Embora tivessem disponibilizado apenas dois mil e poucos ingressos para os palmeirenses, o restante da “Arena dos 4 Tobogãs”  estava com muitos setores vazios. O time arrendatário do estádio (dono, só quando pagar), com aquela “grandeza” que lhe é peculiar, se recusou a colocar o distintivo do Palmeiras no placar eletrônico, e só depois dos 20 minutos (quase 30) do primeiro tempo é que resolveram consertar o deslize (mas pedir carona no jatinho do presidente do Palmeiras, pode, né Andrés?). Ainda bem que a PM achou que só as máscaras cirúrgicas usadas pela torcida do Palmeiras serviam como provocação…

O jogo se arrastou, chato pra caramba, com muitos erros de passes, do Palmeiras principalmente,  com os dois times jogando um futebol bem mixuruca e nada aconteceu na primeira etapa. Foi até um alívio quando o juiz apitou.

No começo do segundo tempo, numa vacilada da nossa defesa (desfalcada de Lúcio), o atacante corintiano, livre, sem marcação alguma, recebeu a bola de frente para o Fábio, e tomamos um gol. Se a coisa já estava difícil, porque o time não conseguia ir à frente, ar algum trabalho para o espectador goleiro adversário, ficaria mais difícil ainda tendo que sair pro jogo de qualquer maneira. Gareca sacou Mendieta e colocou Leandro.

As bolas não chegavam com qualidade nos atacantes palestrinos. Algumas poucas chances apareciam, mas não acontecia nada. Guerrero disputou uma bola com Wendel, deu um chega pra lá nele, e, quando viu que o juiz apitou, interrompendo o lance, deu um “migué”, meteu a mão no peito do parmera e começou a gesticular, cobrando Wendel, como se ele tivesse feito algo escabroso. Wesley ficou uma fera, Felipe Menezes também, foram lá pra cima do Guerrero, e aí os ânimos ficaram todos exaltados. O juiz deu cartão amarelo para o Wendel e pro Guerrero, que quase causara uma confusão à toa.

De jogo mesmo… nada! Assim como no primeiro tempo, o Palmeiras tinha menos posse de bola. A falta de volume de jogo do Palmeiras, que nada tinha a ver com o bom trabalho de Gareca, criava a falsa sensação de que o adversário jogava melhor na segunda etapa; mas era o Palmeiras mesmo que facilitava a vida deles. E porque nada funcionava para o nosso time, os jogadores pareciam perdidos, apáticos em campo.

Ficava claro que o que comprometia o bom trabalho de nosso técnico, era  a falta de algumas peças no time, um armador criativo e inteligente principalmente. Não dá para se fazer um bolo sem fermento, na verdade, até dá, mas vai ovo pra caramba…

A torcida, brava, com razão,  escrachava o time inteiro nas mídias sociais, mas, se colocarmos as peças certas onde falta qualidade (um meia, um lateral direito…), muita gente do time pode subir de produção.

O jogo estava nos acréscimos, quando o adversário fez mais um gol, num lance em que o espaço dado pelos palmeirenses foi determinante para a realização da jogada. Fábio foi na bola, mas ela bateu na trave, depois nas suas costas, e entrou. E o jogo logo acabou.

Não chutamos a gol, não criamos nada, não podemos nem reclamar do resultado ou do juiz. E o pior é que o adversário jogou bem pouco…

Eu sei que existem mil motivos, anteriores à essa gestão, que nos atrapalham agora, que nos fazem ter que dar um passo atrás algumas vezes, quando queremos andar pra frente. Sei que muita gente responsável por ter contribuído para essa situação, hoje, livre, leve e solta, se faz de besta, faz ‘cara de paisagem’ e ataca quem está na administração tentando consertar as picaretagens que esses mesmos espertalhões deixaram pelo caminho.

Mas, de alguma maneira, o futebol tem que caminhar, afinal, ele é o motivo disso tudo, é a razão de existir do Palmeiras, e de milhões de pessoas que vivem pelo Palmeiras, a razão de estarmos aqui; eu, escrevendo, e você, me lendo. Podemos até não conquistar um título, mas temos que ter pelo menos condições de sonhar com ele.

O fato é que perdemos 7 partidas, e isso deve servir de alerta, deve servir para que todos os olhos fiquem bem abertos, para que todas as providências sejam tomadas, para que todos os telefones verdes toquem, para que todos os departamentos se mexam. Uma coisa é você não ganhar títulos enquanto reconstrói o clube (aceito isso numa boa, embora queira ardentemente ver o Palmeiras campeão), outra coisa é você ter um prejuízo histórico e moral imenso por conta disso. 

É óbvio que esperamos e queremos que alguém dê jeito nisso (calma, Gareca, vamos chegar lá), afinal, sabemos que temos pessoas mais capacitadas cuidando do Palmeiras, e, por isso mesmo, é delas que esperamos/cobramos o coelho saindo da cartola. São elas que têm que fazer a diferença e encontrar a fórmula para reconstruir a instituição Palmeiras, sem deixar que o seu futebol seja destruído, sem esquecer dos milhões de corações que batem mais forte pelo Verdão, que morrem por ele.

É ano do centenário, presidente! Só queremos ver o Palmeiras jogar futebol, de verdade! Ajuda a gente aí!

Essa postagem já havia sido publicada há uns anos atrás e, agora, neste Brasileirão-2014, ela foi atualizada. 

O campeonato Brasileiro, ‘palco’ onde se apresentam os maiores clubes do Brasil, está em andamento mais uma vez. Os confrontos entre esses grandes clubes levam milhares de torcedores aos estádios do país e dão pontos preciosos no IBOPE para as emissoras que transmitem os chamados “clássicos”.

Pelo que representam, pelos títulos brasileiros conquistados, pelos grandes e inúmeros craques que já defenderam as suas cores, podemos considerar que são 12 os maiores times do Brasil: Palmeiras, Santos, Flamengo, Corinthians, Fluminense, São Paulo, Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Botafogo e Vasco (4 de São Paulo, 4 do Rio de Janeiro, 2 de Minas Gerais e 2 do Rio Grande do Sul). Atlético-PR, Coritiba, Sport e Guarani, embora não façam parte do grupo mais seleto, também já foram campeões brasileiros uma vez cada um, sem contar que os três primeiros são as grandes forças de seus respectivos estados.

E você sabia que no histórico dos confrontos entre esses grandes clubes do Brasil, desde 1942, o Palmeiras leva a vantagem diante de 8 deles? Sabia que dentre os 16 clubes que conseguiram ser campeões nacionais, o Palmeiras leva vantagem no confronto direto com 12 deles? Uma marca bastante significativa, não é verdade? Ainda mais se considerarmos que, durante muitos anos, o Palmeiras foi vítima de péssimas e desastrosas administrações, que acabaram interferindo dentro de campo, e, por consequência, o Verdão fez alguns campeonatos bastante ruins, deixando de participar de duas edições do Brasileirão da Série A. Consideremos também os grandes danos causados por arbitragens mandrakes e nocivas, que lhe prejudicaram bastante em vários campeonatos, e, ainda assim, o Palmeiras, octocampeão brasileiro, se mantém soberano no confronto direto diante de 8 dos seus 11 maiores rivais no Brasil, e, dentre os 19 clubes que, além do Palmeiras, disputam a edição 2014 do campeonato nacional, o Verdão tem o melhor histórico diante de 15 deles. Nada mau, não é mesmo?

E como no próximo domingo teremos Palmeiras x Corinthians, o clássico de maior rivalidade e visibilidade do país, ganham destaque as estatísticas sobre “quem leva vantagem sobre quem”, “qual dos clubes marcou mais gols”… essas coisas…

Até falaram sobre isso, hoje, no programa Jogo Aberto, da Band,  citaram a vantagem do Palmeiras no Derby nacional, mas colocaram no vídeo uma imagem com os números invertidos e uma vantagem para o time alvinegro. Como assim, Dona Band? NA, NA, NI, NA, NÃO!

Confira o histórico dos confrontos do Palmeiras, em campeonatos brasileiros, diante dos grandes clubes do país e dos demais que disputam o Brasileirão 2014. Contra os números não há argumentos:

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A maior invencibilidade entre Palmeiras e Corinthians, no campeonato brasileiro, é do Palmeiras, que ficou 8 jogos seguidos sem perder.

O maior jejum entre as duas equipes é do Corinthians, que ficou 4 partidas seguidas sem marcar gol. 

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Fonte: http://futpedia.globo.com/palmeiras

O Palmeiras jogou com o Cruzeiro, perdeu o jogo, mas não mereceu a derrota. Na maior parte do tempo, jogou muito mais bola do que o líder do campeonato.

Gareca, arrojado, meteu três atacantes no time, Henrique, Diogo e Leandro – Mouche, relacionado pela primeira vez, ficou no banco. E o Palmeiras começou o jogo correndo bastante, o Cruzeiro também. Não tinha nem um minuto ainda e Renato arriscou uma bomba de fora da área, mas errou o alvo; o Cruzeiro tentou na cabeçada de Egídio, e Fábio foi buscar no cantinho; Diogo cruzou com perigo na área, mas o zagueiro cortou. E o relógio ainda marcava dois minutos de jogo…

Foi então que aconteceu o que a gente não esperava… O Cruzeiro se aproveitou de 8 minutos de apagão do Palmeiras e de uma falta não marcada pelo juiz – facilitadora do primeiro gol -, e colocou 2 x 0 no placar. Um gol aos 7′, e outro aos 10′ (e uma baita defesa do Fábio aos 18′), e não teve quem não se lembrasse do Brasil e da sacolada de gols que ele levou da Alemanha…

Embora o Palmeiras tivesse três atacantes, o time sentia muita falta de alguém para armar o jogo e municiar esses atacantes. Mendieta, que é bom jogador, parece se sentir tímido com a tarefa de ser o responsável pela criação, agora que Valdivia não está mais, e não tem jogado como esperamos e como ele pode (vamos ter que dar um tempo para ver como renderão os jogadores sob o comando de Gareca). Por isso, tínhamos dificuldade para atacar e, até os 30′, mais ou menos, o Cruzeiro dominava o meio de campo e a partida. E fazia muitas faltas duras também.

O Palmeiras começou então a dar pequenas mostras que saía do estado letárgico que o deixara em desvantagem. Mendieta fez uma boa jogada e tocou para Leandro, ele chutou, e o goleiro fez uma bela defesa; no rebote, com o gol escancarado, e sem goleiro, Henrique, num dia pra lá de infeliz, conseguiu fazer o mais difícil e chutou por cima. Não dava pra acreditar que aquele gol tivesse sido desperdiçado.

Eguren, machucado, foi substituído por Felipe Menezes, e então, com o “Özil” palestrino, o Palmeiras começou a se acertar ainda mais em campo e passou a pressionar o Cruzeiro. Leandro foi para o ataque, mas chutou em cima da marcação; após cobrança de escanteio, bola perigosa na área e Henrique (o deles),  de cabeça, mandou na trave e quase fez contra.

O Verdão estava esperto e desperto, e as chances iam surgindo. O Palmeiras já era outro; Diogo, raçudo, se movimentava bastante, tentava do jeito que podia. Leandro, teve oportunidade de invadir a área, mas chutou pela linha de fundo.

E assim fomos para o intervalo com o jogo equilibrado, mas com a desvantagem e aquele “quase” gol de Henrique para lamentarmos.

O Palmeiras voltou pressionando… Falta em Diogo, “Özil” mandou pra área, mas Fábio (o deles) deu um soco na bola e afastou o perigo; Lúcio fez jogada individual, avançou, acabou desarmado, foi lá e roubou a bola de novo, e, sob aplausos, ouviu a torcida gritar o seu nome (a gente quer ver isso em campo, raça, vontade, determinação). E a galera, que tava quietinha, se inflamou. Leandro foi parado com falta, Felipe “Özil” Menezes cobrou, e quase que o Tobio alcançou…

O Palmeiras jogava certinho e o Cruzeiro, priorizando a marcação, descia o sarrafo. Erra difícil acreditar que o time mineiro tinha ficado as 3 partidas anteriores sem tomar um amarelo, porque seus jogadores batiam um bocado. Achei que o juiz, pra variar,  estava sendo muito camarada com eles, porque várias faltas cruzeirenses foram bem duras (algumas nem sequer foram marcadas), e ter tomado  só três cartões amarelos até aquele momento deixava o time mineiro no lucro.

Então, teve mais uma falta em Leandro; “Özil” cobrou lá pra área, e a bola, boazinha e obediente, foi procurar o pé do… Tobio! E, de pé direito, com muita tranquilidade, ele guardou no canto esquerdo do goleiro,  e saiu comemorando o seu primeiro gol no Palmeiras, o primeiro gol da Era Gareca  – ela vai dar frutos – um gol argentino. Festa na arquibancada. Que delícia! Eu estava morrendo de saudade de gritar um gol do Palmeiras.

O Verdão fazia de tudo pra empatar; Felipe Menezes cruzou na área e Tobio quase alcançou de cabeça… jogada rápida de Leandro e William Matheus, que tocou na área pra Henrique sair na cara do goleiro, e o goleiro deu uma esticada no braço e fez a defesa. Meu Deus, podíamos ter empatado!

Gareca sacou Leandro e promoveu a entrada de Pablo Mouche.

O Palmeiras dominava o jogo. O Cruzeiro, me lembrando dos adversários que enfrentáramos na segundona, fazia cera e mais cera.

Era inacreditável, o Palmeiras encurralava o líder do campeonato – parecia que era ele o líder da competição -, a torcida empurrava, mas o gol não saía… Lúcio, do campo de defesa, lançou a bola lá na frente para Mouche, que a recebeu dentro da área, dominou, chutou e quase empatou o jogo. Passou pertinho…

Pra você ter uma ideia de como o Cruzeiro batia, ele, que recebera 14 cartões amarelos em 10 partidas, já tinha recebido 5 no jogo, e estava muito barato. Eu já estava rouca de tanto xingar o juiz, que deixava de ver umas faltas a nosso favor, e via, com lentes de aumento, tudo o que o Palmeiras fazia.

O gol não saía, mas a torcida gostava do Palmeiras que via em campo, que jogava certinho, com vontade, e que deixava o líder do campeonato fazendo hora e gastando tempo na linha de fundo a cada vez que podia cobrar um tiro de meta.

O jogo acabou, e, enquanto os (aliviados) mineiros comemoravam não terem sofrido o empate e, quem sabe, a virada, os palmeirenses saíam com a sensação de que uma grande injustiça acontecera na tarde de domingo. O Palmeiras, tinha jogado muito bem (era o que todo mundo falava ao final) e não merecera perder… mesmo!

Os deuses do futebol por certo não estavam inspirados… mas eles que se preparem, porque, pelo que estamos percebendo no trabalho de Gareca, que já imprime o seu estilo ao Palmeiras, esse time vai dar… tango!

Esperei tanto tempo para ver o Palmeiras em campo de novo – sim, um mês sem Palmeiras foi tempo demais -, esperei pra ver o trabalho de Gareca, o nosso técnico argentino, e , quando a Copa acabou e chegou a hora tão esperada, tudo que pude ver foi a bela homenagem a Oberdan Cattani, o uniforme azul, lindo, igual ao que nossa “Muralha Verde” usava,  e vi também que Gareca é um bom técnico, e já deu uma mudada no sistema defensivo (e não tem medo de lançar a garotada), mas é um bom técnico que, infelizmente, vai sofrer pela falta de material no “almoxarifado palestrino”.

Eu sei que o Mouche não fez a sua estreia, que jogamos sem Lúcio, Henrique, sem o Mago – mandado lá para o deserto -, sem Marquinhos Gabriel, que também foi para o mundo árabe… mas o Santos era muito fraco e, ainda assim, conseguimos não fazer nada em campo e tomar dois gols.

A falta de qualidade no time, a sua inofensividade, deixou a gente preocupado. A falta de pontaria também, afinal, pelo que consegui ver, (no PC, a transmissão travava o tempo todo) perdemos 2 gols feitos, um com Diogo e outro com Leandro – tivemos também um gol mal anulado (isso não muda nunca). E foi só.

Mas o que me pareceu determinante foi a falta de criatividade… não havia um “cristo” para criar uma jogada. Bruno César não dava conta do recado; Wesley, de capitão (piada), não atava e nem desatava… Difícil… E olha que no começo do jogo, com o time compacto, o Palmeiras deu a impressão que faria um outro tipo de partida. Até conseguir tomar um gol bobo numa cobrança de falta.

O narrador e comentarista repetiam incessantemente que o Palmeiras não criava nada, que faltava alguém ali na função de armar o jogo – Maledetos. Quando esse “alguém” estava no time, eram os narradores e comentaristas os primeiros a dar pauladas nele e fazer comentários venenosos a seu respeito.

Mas que “ele” fazia falta, fazia… e muita.

POR QUE “FES ISO”, DIRETORIA? Eu sei que compra e venda de jogadores é coisa corriqueira nos clubes, mas já tínhamos deficiências em algumas posições para as quais ainda precisamos contratar, alguns titulares não têm suplentes, precisamos qualificar mais o elenco… aquelas coisas de sempre, e pra ontem, e vocês ainda resolvem vender o melhor jogador do time? E o que é pior, e totalmente incompreensível pra mim, pra ter que comprar outro pra posição? Não era mais fácil ficar com o que tínhamos? Só nós, torcedores, sabíamos que ele era importantíssimo pro time?  Já era um mantra, repetido por todos, até mesmo alguns profissionais de imprensa, que o Palmeiras, sem Valdivia, era um time comum, previsível, e com ele, era um time com muita qualidade, perigoso. Não entendo muito de negociações, mas acho que o manager aí tá pisando na bola. Pra trazer outro do mesmo nível (talentoso, como ele, não vamos achar outro) vai ter que gastar muito, o cara tem que chegar, se entrosar… e já tínhamos isso no time…

Em campo o jogo era sofrível, perdíamos a partida, tínhamos tido um gol legítimo anulado (cuidado, Palmeiras! Não esqueça do que as arbitragens te fizeram em 2012) e não tínhamos ofensividade alguma, o Santos, se  não tinha nada demais, se não apresentava um futebol brilhante, conseguia ser eficiente e se aproveitava da nulidade ofensiva do nosso time, que não conseguia criar jogadas de perigo e ainda dava alguma moleza pro ataque do Santos.

Narrador e comentarista continuavam repetindo que faltava alguém pra criar, pra pensar o jogo… e o nosso ‘alguém’ lá com os camelos… E a gente se perguntando: o que foi levado em consideração nessa negociação? Só o dinheiro? Perdemos o melhor meia em atividade no país, totalmente identificado com o clube, que fazia muita diferença em campo, e que, por acaso, era ídolo, por causa de alguns milhões, que serão gastos (serão mesmo?) para se repor o buraco – mais um – imenso que existe no time pós Copa.

Vamos ter que cantar agora: EÔ EÔ O MILHÃO É UM TERROR? Ou, quem sabe, AU AU AU O MILHÃO É ANIMAL? Talvez, OLE LÊ LÊ, OLA LÁ LÁ, O MILHÃO VEM AÍ E O BICHO VAI PEGAR? E será que o “milhão” vai entrar em campo criar as jogadas?

Me sinto muito desapontada…

Quando venderam o Mago,  eu, suspeitíssima para opinar, fiquei na minha e apenas disse: “O tempo vai dizer se foi uma boa para o Palmeiras, para o jogador, para a torcida…”. Para o Palmeiras, na primeira partida sem ele, a gente já viu que não foi, tampouco para a torcida, que teve que amargar vendo um time sem criatividade, sem imaginação…

A janela tinha acabado de abrir, podiam, pelo menos, ter esperado um pouco mais; se já era sem noção vendermos o craque do time, imagine vendê-lo antes de enfrentarmos Santos, Cruzeiro, o líder do campeonato, e Gambás, o mais ajudado pelas arbitragens? E um atrás do outro! Alguém acha que não nos importaremos de perder essas três partidas?

Eu até entendo o papo de que não temos a obrigação de ser campeões no centenário, entendo mesmo. No entanto, penso que temos a obrigação de querer ser campeões no centenário, e não entendo quando percebo que esse desejo não existe do outro lado; só a torcida quer isso, ou melhor, só a torcida quer poder querer um título, quer poder sonhar com ele. E perceber essas coisas me aborrece muito, afinal, a gente faz tudo o que pode pelo Palmeiras, e fazemos com o coração. Mas o clube sempre tem que deixar o coração de lado? Não acho certo. Existem ocasiões em que o coração é bem mais inteligente do que a razão, ele vê além, vê coisas que a razão ignora.

E se o torcedor é convocado a ajudar o time, a se associar ao Avanti, a comprar camisas e produtos oficiais, pelo coração, pelo amor que sente por ele, o Palmeiras precisa olhar para o seu torcedor com o coração também. É o ano do nosso centenário, caramba, queremos poder pelo menos sonhar! Estamos nos sentindo lesados. Tínhamos um time melhor na segundona, do que temos no Brasileirão! Como é que pode isso? Para cada dois que chegam saem quatro?

Se o clube é uma empresa, e não acho ruim que o pensem e conduzam assim, nós somos os clientes, os consumidores, certo? E o consumidor sempre tem razão, tem que estar satisfeito, não é mesmo? Sendo assim, vamos ter que reclamar no PORCON por não termos um time competitivo?

De que adianta trazer um bom técnico, se lhe tiram as peças com as quais trabalhar? Burrada Master!

Lá no banco, quando o Santos já tinha feito o segundo gol, quando o jogo caminhava para os minutos finais, olhando o que não acontecia em campo, olhando para o ataque, zerado, porque o time não tinha armação, Gareca parecia desolado. Senti pena dele.

Devia estar pensando no trabalhão que vai ter, devia se lembrar que, dias antes, o time treinava tão bem, mostrava um futebol tão diferente nos jogos treinos e amistosos… e, até ele, devia estar com saudade do cara que treinou fazendo mágica contra o Red-Bull…

Agora, é nós aqui, e  ele lá… Parabéns aos envolvidos!

FORÇA, GARECA! O trabalho triplicou, mas vamos conseguir. Hoje, teremos Lúcio, e Henrique de volta, Mouche fará a sua estreia, e, hoje também, você vai conhecer a “famiglia”, no Pacaembu, e vai saber que ela entra em campo, sim, e que você pode contar ela, sempre!!

VAMOS GANHAR, PORCOOO!