“Em terra de clubes caloteiros, quem paga salários em dia é rei” – Tânia Clorofila

2015 começou bastante movimentado para os clubes brasileiros. Com as equipes sendo reformuladas, as contratações estão a todo vapor, mas, no Palmeiras, elas estão sendo feitas à jato, e na velocidade do som.

Nem bem Alexandre Mattos assumiu o cargo, e estamos vendo uma contratação atrás da outra – imagino que ele tenha orientado também as contratações anteriores à sua chegada oficial. É uma loucura! Se você se afasta do computador uma meia horinha, quando volta, o Palmeiras já contratou mais alguém. A gente perde até a conta às vezes. Parece até a Tele-Sena, que anuncia de hora em hora. Já são quatorze contratações (sim, quatorze), e o elenco está tendo um upgrade considerável de qualidade.

Chegaram Amaral, Lucas, Leandro, Andrei Girotto, Gabriel, Zé Roberto, Vítor Hugo, Rafael Marques, Robinho, João Paulo, Dudu, Victor Ramos, Alan Patrick, Kelvin e, acredite, tem mais gente pra chegar… Arouca é um deles – na próxima postagem, desvendarei a “mágica” (tem gente que acha que é mágica) que faz com que o Palmeiras tenha cash e os outros clubes não.

Mas vamos falar aqui de uma contratação em especial…

Nesse período de reformulação dos times, é claro que alguns jogadores acabam sendo pretendidos por mais de uma equipe. E tem equipe que vai procurar o clube para contratar o seu atleta, tem equipe que vai atrás dos empresários, passando por cima dos clubes. Uns, são éticos; outros, nem tanto… e há os que nunca ouviram falar nisso.

Lembra quando o “ético” presidente Leonor contratou um jogador do Palmeiras – aquele, da gastrite -, sem sequer falar com o Palmeiras, que tinha contrato com o atleta?  E você lembra que o presidente leonor disse aos palmeirenses na ocasião da sua contratação: “o choro é livre”, “ético é tentar adquirir o vínculo de trabalho, direitos federativos e econômicos, e antiético é subornar alguém”, “o Palmeiras está se apequenando”, não é mesmo?

Lembra que ele fez um pré-contrato com Wesley, que era do Palmeiras (Nessa, você dançou, Vaidar, comprou gato por lebre)?

Lembra também que, há umas semanas atrás, o Palmeiras tentava contratar Thiago Mendes e ele acabou indo parar no time vizinho? Uma coisa normal em tempo de contratações e de jogadores disputados, mas todo mundo achou que foi um “chapéu” que o Palmeiras levou. Teve um monte de gente que se divertiu com isso, se vangloriou… e o Palmeiras, sem motivo algum, virou alvo de gozações.

Pois bem, logo depois desse suposto chapéu, o Palmeiras, sem querer, deu um troco nos leonores. Ia contratar o Daniel, do Botafogo, mas ele foi vetado pelo nosso DM. Os leonores, ávidos por tentarem se mostrar mais espertos que os palmeirenses, mas um tanto quanto amadores, contrataram o moço sem constatar o que o DM do Palmeiras já tinha constatado: que o atleta precisaria fazer uma cirurgia e iria ficar parado de 6 a 8 meses… comeram uma bola legal os vizinhos, né? Precisaram até inventar uma historinha de que o atleta teve um acidente doméstico na passagem do ano.

Mas a cereja do bolo da Lei do Retorno, nem a gente esperava… foi um ‘chapelaço’, um sombrero, duplo, pra mexicano nenhum botar defeito, e do qual, com muita surpresa e risadas, tomamos conhecimento na manhã do último domingo.

Há algum tempo, os “itakeras” – sem dinheiro, e com salários em atraso – tentavam contratar o atacante Dudu, ex-Grêmio; os leonores – também sem dinheiro e com salários em atraso – resolveram disputar o jogador…

Foi uma lambança só. Um, queria pagar “X” com carnê das Casas Bahia; outro, pagava “X 1/2” com carnê do Magazine Luiza…

As notícias diziam que era uma queda de braço entre as duas equipes, uma questão de honra entre os dois presidentes. O da Vila Odebrecht, dizia que o jogador queria jogar lá; o do Jardim Leonor, dizia que o time dono dos direitos do atleta queria negociar com os leonores…

A imprensinha entrou na disputa também. A parte bambi da press o colocava no Jd. Leonor, a parte gambá o colocava na Vila Odebrecht e comemorava a contratação…

Quem dá mais? Quem ficará com Dudu? Nos noticiários esportivos não se falava em outra coisa.

Uma disputa acirradíssima… um verdadeiro ‘estica e puxa’. Ora o Dudu já estava contratado ali, ora era contratado acolá… e adivinhem quem contratou o jogador?

O PALMEIRAS, CLARO!

‘Chapelaço’ em todo mundo – nem a imprensinha suspeitou, tampouco os profetas palestrinos. Depois de tanta enrolação de bambis e gambás,  o Palmeiras (leia-se Alexandre ‘Mittos’), graças à ajuda do Palmeiras Avanti, entrou em contato com o clube, falou com o jogador na sexta à noite e fechou com ele no sábado.

E, claro que os que foram ‘chapelados’ trataram logo de dizer que já tinham desistido do jogador, que “a uva estava verde e não queriam mesmo”… e os que, em 6 de janeiro, comemoravam a sua contratação pelo time da Vila Odebrecht, passaram a menosprezar a contratação do Palmeiras no dia 12… de uma boçalidade sem tamanho, mas eu não esperaria outra coisa dele…

Guardadas as devidas proporções, essa agitação toda, parece até a época da Parmalat, não é mesmo? Uma tonelada de contratações, feitas em muito pouco tempo, e de maneira avassaladora; um monte de gente despeitada, como o ex-jogador que você leu acima, tentando desmerecer os atletas contratados pelo Palmeiras; gente tentando macular a montagem do nosso novo time, a maneira de trabalhar da diretoria, e a imprensinha sendo obrigada a falar do Palmeiras muito mais vezes, e por muito mais tempo do que ela gostaria.

Olha o Alviverde Imponente aí, gente!! Esse é o Palmeiras 2015! O Palmeiras que passou dois anos bastante difíceis… o Palmeiras que trabalhou durante esses dois anos, que tratou de cuidar dos alicerces, das finanças… e agora é ele quem dá as cartas no futebol.

E o Dudu… Ah, o Dudu agora é nobre…