BEM-AVENTURADOS OS QUE ACREDITAM NO PALMEIRAS, PORQUE É DELES O REINO DOS CÉUS!
E Jesus disse: Vai que é tua, Prass! Enfia no gol, Dudu! – Corintios 0 – 1
E pensar que um monte de palmeirenses profetizaram que o Palmeiras tropeçaria (!?!) diante do Rio Claro e também no derby que viria na sequência. E pensar que um monte de gente “caiu” o Palmeiras por conta própria… Hereges!
A vitória diante do Rio Claro, quando Jesus “andou sobre as águas” e marcou um golaço maravilhoso (o que tá jogando esse menino!), já tinha sido espetacular, os gols de Alecsandro (ele jogou um bolão) e Rafa Marques, idem. Ver Cuca fazer o Palmeiras jogar melhor, mais organizado, com a bola no chão, foi um alívio…
Ver o Palmeiras exorcizando qualquer possibilidade de ir parar na zona de rebaixamento e voltar à zona de classificação de seu grupo, fazendo os descrentes voltarem a crer, foi uma delícia. Saber que ele ia fortalecido para o clássico era reconfortante…
E o dia do derby chegou… A praça do Pacaembu estava cheia… de sol, calor, e daquela gente de verde e branco – azul, amarelo, limão -, com um grande “P” no coração…
Eu estava um pouco tensa, claro, afinal, clássico é clássico, e se é um derby, então. Entre Palmeiras e o time da Lava-jato não dá pra perder nem no par ou ímpar – os rivais tinham usado os reservas no seu jogo anterior só para descansar os titulares para o derby, e falaram até em golear o Palmeiras, vai vendo a empáfia…
Havia uma outra tensão no ar… antes do jogo, e em outros pontos da cidade, já tinha havido confronto entre alguns torcedores organizados, tinha havido um tiroteio, que causou a morte de um inocente, que apenas estava no local errado – na verdade, no local errado estavam os bandidos que o mataram. Esses, deveriam estar na cadeia.
Some-se a isso o “detalhezinho” de termos sérios problemas com as arbitragens sempre que jogamos contra eles…
Some também a imprensinha cantando uma bola, furada, de uma invencibilidade alvinegra de 21 anos no Pacaembu, sendo que por 16 anos, desses 21, o derby não foi jogado lá… Cantando uma bola de 8 vitórias pra eles, quando, na verdade, foram 7…
E conte também os ‘torcedores jornaleiros’, preocupados apenas em ser torcedores, sem o menor pudor e vergonha na cara de falar asneiras – quem sabe de futebol, sabe que ninguém ganha antes do juiz apitar o final do jogo, e sabe também que em clássicos não existe favorito nunca, e se o torcedor for “itakera”, como um certo jornaleiro aí, não pode nem falar em goleada, né? E ainda mais por 6 x 1, coisa que ele nunca viu o time dele fazer no Palmeiras, coisa que o Corinthians, em 106 anos de existência, nunca conseguiu fazer no Palmeiras (mas já levou 8 x 0, e também um 6 x 0, no Pacaembu mesmo).
O “jornaleiro”, que “se vivesse, veria”, viveu e não viu e, veja só, dizem que deletou a postagem depois… mas o print screen mandou lembranças pra ele.
Em campo, o jogo ia começar…”Palmeiras, meu Palmeiras, meu Palmeiras…” cantava a parmerada no hino – dizem que os torcedores ‘itakeras’ estão doidinhos pra copiar a nossa ideia…
O “Çantu dus rivaus”, plagiando São Marcos, usava o número 12 às costas (rsrsrs why?) e tinha um uniforme igualzinho ao do Rogério Ceni (até agora não entendi essas coisas)… Quando olhei o “uniforme bambi” dele, pensei comigo: É hoje que alguém encobre ele…
O jogo, embora não fosse na nossa casa, foi delicioso. A torcida, linda, cantava sem parar.
Se tínhamos alguma dúvida de como o Palmeiras se portaria em campo, desde o começo ela foi desfeita. Jogando com vontade, mais organizado e buscando o jogo, o time de Cuca deu trabalho para o rival, e não deixou ele jogar como pretendia, não lhe deu espaços e o obrigou a usar… chutões.
E se eles não conseguiam jogar, dá-lhe botinada nos parmeras. Zé Roberto sofreu duas faltas duras, seguidas – uma do Fagner e outra do Elias -, Jesus (apanhou muito no jogo) também sofreu uma entrada pra cartão, mas o juizão fazia jus à tradição, e nada de cartão pra eles…
O Palmeiras pressionou desde o começo, mas, depois de uns 10/15 minutos, caiu um pouco de produção, atrasou umas bolas sem necessidade, deu uns chutões, no entanto, logo voltou ao normal (o nosso normal agora é bom).
E no NormalModeON, do jeito que a gente gosta, o Palmeiras foi rápido ao ataque, Alecsandro lançou Jesus, que entrou na área e mandou uma bomba; Cássio fez uma bela defesa e salvou o time de Itaquera, impedindo o Palmeiras de abrir o placar.
Prass deu um chutão lá pra frente e por pouco não pega o Cássio desprevenido. Na trave direita, ele precisou dar uma rebatida pra defender – Já pensou se o Prass me faz esse gol?
Embora tecnicamente o jogo não fosse tão bom, o Palmeiras era bem melhor em campo, faltava acertar aquele último passe para marcarmos o nosso gol… e o time do “grande estrategista”, que já tinha dado um chute perigoso no gol do Palmeiras (a bola passou perto), não sabia com qual estratégia superar o Verdão.
Eu queria um gol de qualquer jeito, estava aflita por isso… e, naquelas coisas de torcedora, supersticiosa (só quando é com o Palmeiras), tentava sentir a minha intuição, buscar um sinal… olhava o céu e ele estava tão lindo, a luz da tarde deixava os prédios com cores tão bonitas… um deles, com vidros muito verdes que refletiam a luz do sol…
Mas o primeiro tempo terminou no 0 x 0 mesmo.
Durante o intervalo a gente ouviu o som de bombas lá na torcida visitante – vimos a fumaça também. A PM, que barra as toucas de porco das mulheres, e, quando cisma, os seus batons também, deixou mesmo os marmanjos entrarem com bombas? Como assim? E será que todos os repórteres, que têm o dever de reportar, reportaram esse fato?
Veio o segundo tempo… e o Palmeiras continuava querendo jogo – os adversários também queriam, mas a marcação adiantada do Palmeiras dificultava o querer dos alvinegros.
Elias, o “trunfo” do adversário para a partida, e que não rendeu nada, foi substituído. Eu queria que o Cuca também desse uma mudada no time, para ficar mais acertadinho, pra sair o nosso gol.
E se não fosse uma defesaça do goleiro ‘itakera’, Alecsandro teria aberto o placar. Jesus cruzou pra ele, da esquerda, e, na cara do goleiro, Alecsandro bateu de primeira. O S.C.Itaquera foi salvo pelo reflexo do goleiro. Na bancada, não acreditávamos que aquele gol não tinha saído. A torcida cantava mais forte ainda…
Cuca tirou Robinho, que não estava muito bem, e chamou o Duduzinho. Aí sim, Cuca!
Os adversários tentavam, mas os parmeras estavam espertos. Tite, o “grande estrategista” gritava para os seus atacantes:Tira do Vítor Hugo! Se algum palmeirense errava qualquer coisa, lá estava o Mito consertando tudo. Ah, esse “zagueiro de série B”…
Eu estava tranquila em relação ao desempenho do Palmeiras, mas aflita pelo gol que não saía. Nós tínhamos que ganhar! Lembrei do meu terço verde que estava na bolsa.
Com o terço na mão, rezando para que os parmeras tivessem sabedoria para conduzir a partida e calma para chegarem ao gol, eu olhei pra cima, por sobre o meu ombro esquerdo, e percebi que o céu do Pacaembu se dividira em dois tons de azul… tão lindo… Na hora não entendi…
E se eu esperava que algo muito bom acontecesse, quase caí dura de desgosto quando o juiz assinalou pênalti de Thiago Martins no jogador do time da Lava-jato. E logo o Thiago Martins, que estava jogando muito. Na hora, ali atrás do gol, achei que não foi – se fosse para o Palmeiras, não dariam nunca – e xinguei muito o juiz.
Olhei pro terço na minha mão e pensei: Como assim?
O Pacaembu gritava o nome do Prass… Olhei o Prass ali, imaginei ele imenso, do tamanho do gol, fechando tudo… Decidi que não veria a cobrança. Olharia para o céu e esperaria a minha torcida gritar. Meu coração não parava de dizer: “Pega, Prass! Pega, Prass!”.
E então, o Pacaembu explodiu no grito da minha torcida e nos abraços todos que vieram depois! Prass, maravilhoso, pegara mais um. Só estando no estádio pra ver a reação dos torcedores, pra ver os olhos, o rosto de cada um, o que cada um trazia se estampava no rosto… que emoção meu Deus!
PQP, é o melhor goleiro do Brasil, Fernando Prass!! Olhando o Prass no campo, comemorando, olhando a sua camisa, eu entendi o céu divido em dois tons de azul…
E um minutinho depois, um minutinho mesmo, quando eu ainda chorava de alegria pelo pênalti defendido por Prass, um outro “gigante”, pequenino, nosso duende favorito, meteu fogo no jogo, no nosso grupo do Paulistão, na rivalidade e fez o Pacaembu vir abaixo.
Alecsandro tocou pro meio, na entrada da área, Zé Roberto, de costas cabeceou lá pra frente. E então, a bola alta foi descendo… Dudu, com “meio metro” de altura foi pra bola, Cássio, com “dois metros e meio” também foi… e adivinhem quem encobriu quem e guardou no gol? Ele mesmo, Duduzinho lindoooooooo!
Se alegria matasse, teríamos morrido todos ali, naquele momento, um minuto depois do Gigante Prass pegar o pênalti. Era muita emoção para apenas 70 segundos, tempo entre a cobrança de pênalti e o gol de Dudu. Era impossível não gritarmos, não berrarmos, era impossível contermos a emoção, escondermos as lágrimas… Loucura total entre os parmeras.
Borboletácio – ou seria Alfácio? – não achou nada, e Duduzinho, nosso gigante pequenino, subiu o quanto pode e, de cabeça, encobriu o goleiro e guardou – encobriu um outro jogador também, que caiu dentro do gol depois. Duduzinho saiu comemorando, com “chapéu” e tudo (lembra da história do chapéu?)…
Dizem que, na transmissão, ficaram contando os milímetros tentando achar um impedimento do Dudu. Na Band, onde o insandecido Neto levou uma do Edmundo, os caras cortaram até um jogador da imagem (e parece que entortaram a linha mais do que a perspectiva exigiria), pra mostrar um impedimento que, na verdade, não houve…
Não entendo de geometria, mas sei que, pelo ângulo em que vemos a imagem, ela tende sim a se afunilar um pouco na parte de cima, a parecer mais larga na parte de baixo. Repare nas listras do campo. Mesmo assim, não há dúvidas quanto à posição legal de Dudu…
E ainda bem que os itakeras já estavam classificados e “não estavam nem aí pro jogo”, né? Ainda bem que eles “não gostam de Paulistinhas, só de campeonatos maiores”… Contar os milímetros tentando achar um impedimento, que não houve, é muy significativo.
Depois do gol, o “grande estrategista” colocou Danilo em campo, muito provavelmente por… superstição. Mas, não deu certo. Se o S.C.Itaquera já não podia fazer muita coisa antes, depois do gol do Palmeiras é que ele não pôde mais mesmo. O Verdão se portou muito bem em campo, correu, lutou, desarmou, deu bicão quanto tinha que dar bicão, segurou… e saiu com a vitória, de novo.
E a torcida, ah, a torcida… feliz da vida, rouca, cansada da “batalha” , foi comemorar a freguesia!!
VALEU, PALMEIRAS, SEU LINDO! É SÓ FAZER O MESMO NO PRÓXIMO JOGO, TÁ? 😉