Dois jogos muito importantes em quatro dias… Conquistar a liderança do Brasileirão e a vaga na semifinal da Libertadores eram os objetivos do Palmeiras num espaço entre o domingo e a quarta-feira passados…

O que, à princípio, eram dois times do Verdão, eram os considerados times A e B… agora se confundem e nenhum de nós mais ousa chamá-los assim… Pra dizer a verdade, nem sabemos mais quem é reserva e quem não é, uma vez que a maioria dos jogadores do elenco merece a camisa titular.

No domingo, o adversário tinha sido o Cruzeiro, diante de quem o Palmeiras vem sendo tão prejudicado (roubado  mesmo) nos últimos tempos (será que é porque tem um Perrela lá na CBF?). E nos mandaram o árbitro Dewson Freitas, o “c@%alho ruim” (ganhou esse apelido depois de – mais – um jogo em que operou o Palmeiras), para apitar a partida em que o Palmeiras, se vencesse, e dependendo do resultado dos leonores, poderia assumir a liderança do brasileirão. “Legal” a CBF, né?

E, como nem sempre as arbitragens conseguem ser bem sucedidas contra o Palmeiras (ah, grazadeus)… passamos o carro nas “marias” e vencemos o jogo por 3 x 1. Lucas Lima, pra esquentar (mais ainda) a nossa manhã, naquele Pacaembu de sol escaldante, abriu o placar aos 22′. Duduzinho cobrou escanteio, a bola cruzou toda a área e sobrou para Lucas Lima, num chute cruzado de fora da área, balançar a rede dos smurfs. Coisa linda! E foi todo mundo abraçar Felipão.

Bem que o árbitro, e os demais integrantes da arbitragem, tentaram jogar de azul depois de Lucas Lima abrir o placar… Aos 30′, Dewson Freitas marcou pênalti no toque de mão de Gustavo Gomez… O toque existiu mesmo, mas olha só em que lugar do campo o lance ocorreu… foi um pênalti inventado pela arbitragem.

…..

Um absurdo que, num jogo valendo a liderança do campeonato, ninguém da arbitragem (nem o bandeira?) tenha conseguido enxergar que o lance ocorreu muito fora da área, não é mesmo? Que não só o jogador, mas a bola também estava muuuito fora da área… AH, CBF…

Mas não era dia da arbitragem… Aos 41′, Hyoran, de cabeça, colocou o Palmeiras na frente outra vez. Festa verde no Pacaembu. O Cruzeiro não dizia a que tinha vindo, o Palmeiras era muito mais time em campo, finalizava muito mais, tinha mais posse de bola… e vencia o jogo, merecidamente. Tchuuuupa, juiz!

No segundo tempo, o Palmeiras continuou bem mais perigoso do que o adversário – nunca vi um jogo nosso, valendo vaga na semi da Libertadores, ser tão tranquilo). Mano Menezes tentaria tirar as raposas todas da cartola… Fred, Sóbis… sem sucesso. Era um grande jogo do Palmeiras de Felipão. Dudu fazia uma grande partida. Naquela “lua” do domingo, corria muito e apanhava muito também. Antes da metade do segundo tempo, Felipão substituiu o Baixinho por Willian, e os quase 36 mil palmeirenses que estavam no Pacaembu adoraram ver que Dudu ia ser “guardado” para o jogo da quarta contra o Colo Colo, do Mago. E foi Willian mesmo que acabou fazendo a jogada que originou na marcação de um pênalti. No cruzamento do BGod, o jogador do Cruzeiro interrompeu a trajetória da bola com o braço… pênalti.

Gustavo Gomez foi para a cobrança… eu, na minha eterna dúvida de “olho ou não olho”, olhei e o vi cobrar no cantinho do goleiro. A bola, sacana, pra testar nosso coração, ainda bateu na trave antes de entrar. A “churrasqueira Pacaembu” (estávamos sendo assados naquele sol) explodiu de alegria.  Palmeiras fazia 3 x 1 nos Smurfs, agarrava a vitória e os 3 pontos (mesmo com um “erro” escabroso da arbitragem, num momento em que o empate poderia ter complicado a nossa vida, e assumia a liderança do campeonato. Um tropeço dos leonores à tarde, acabaria ratificando a liderança do Verdão.

 

E aí, tinha Libertadores na quarta… e contra o time do Mago (nunca pensei em vê-lo jogando contra o Palmeiras, e acho que ele também não imaginara essa situação)…

O Allianz estava lotado… Quando vi Valdivia, ali, no aquecimento, vestindo outra camisa,  me senti tão desconcertada… e seria capaz de apostar que, apesar de saber o quanto ele gosta e respeita o Colo Colo, ele se sentia bastante desconcertado também…

Na hora do hino… cantávamos “meu Palmeiras, meu Palmeiras”… o Mago olhou a torcida à sua volta (a maior parte dela ainda o ama) e abaixou a cabeça (vi depois, num vídeo, que o seu companheiro lhe perguntava se era “meu Palmeiras” que a torcida cantava, e ele só conseguiu balançar a cabeça em afirmação e ficou cabisbaixo depois disso)… parece pretensão minha, mas de alguma maneira eu sabia como ele se sentia; meu coração rachou na hora e, disfarçadamente (não hora e momento pra isso), chorei ali na bancada… Como diz uma certa música: “É desconcertante rever um grande amor”… 

Mas valia vaga na semifinal da Libertadores – vaga que o Palmeiras não conseguia desde 2001, e que seria a sexta semifinal do técnico Felipão, de sete participações no torneio  -, e tudo o que eu queria era que o Palmeiras saísse classificado dali, tudo o que eu queria era que meu outro ídolo, Duduzinho, jogasse muito e que o ídolo que agora era adversário fosse impedido pelos marcadores verdes de jogar tudo o que sabia… Thiago Santos, não daria sossego para Valdivia no jogo.

O Palmeiras tinha conseguido uma vantagem excelente na primeira partida e, por isso, o jogo começava 2 x 0 pra gente. O Palmeiras não precisava se afobar para chegar ao gol… o time do Colo Colo, que levou muitos torcedores ao setor dos visitantes (ficou cheio lá), ao contrário, precisando reverter o prejuízo ocorrido no Chile,  começou a parecer nervoso no decorrer da partida, fazendo muitas faltas.

O Palmeiras parecia jogar tranquilo, sem pressa. Era mais perigoso em campo, mas sem forçar, sem buscar o gol de qualquer jeito… cadenciava o jogo, parecia esperar a hora boa. Com a vantagem que tinha, parecia que a prioridade do Palmeiras era não dar espaços, não correr riscos…  Eu achava que faltava um meia no time, para chegarmos ao gol com mais eficiência, para chutarmos a gol mesmo, para que a jogada fosse criada e a bola chegasse redondinha no pé dos atacantes, no pé de Borja…

Mas se não tinha o meia, tinha a fera, o craque, o baixola… e ele resolveu decidir. Duduzinho vestiu o fraque, colocou a cartola e foi pro gol! Pegou a bola quase no meio de campo, avançou, passando por um monte de adversários, foi até a entrada da área, e, com um chute maravilhoso, guardou no ângulo do goleiro chileno. 25º gol de Dudu no Allianz.

Sem brincadeira, o Allianz quase veio abaixo… que festa da parmerada, era só um monte de verdes pulando, enlouquecidos de alegria. Mas não era à toa, o líder do Brasileirão praticamente carimbava a sua vaga na semifinal da Libertadores. No agregado estava 3 x 0 pro Palmeiras, e todos sabíamos que seria bem difícil tomarmos 3 gols ou mais. Que semana boa para os palmeirenses.

No segundo tempo, o Palmeiras já nos mostrava que manteria o mesmo ritmo. Nós, torcedores, queríamos mais gols, claro, mas estávamos tranquilos, sossegados com o resultado e com o futebol do Verdão em campo. E nem precisamos esperar muito… Aos 6′, Dudu foi puxado por Opazo na área e o juiz assinalou o pênalti. Borjão da Massa foi para a cobrança (olho ou não olho? Olho sim!) cobrou forte, no canto e guardou. Seu 19º gol na temporada, 9 deles na Libertadores, o colocando na artilharia da competição ao lado de Morelo.

E se o Colo Colo já parecia meio desesperançado de conseguir alguma coisa, com a marcação do segundo gol do Palmeiras então… mas nos deu um susto com Barrios, que por pouco não marcou. Os chilenos tentavam levar perigo na bola aérea (e faziam muitas faltas também, Dudu, que apanhava o tempo todo, que o diga), mas os defensores do Palmeiras estavam espertos. Thiago Santos tomava conta de Valdivia direitinho. Maike estava jogando muito também. O Palmeiras era melhor em campo, mais perigoso. Bruno Henrique bateu falta e quase fez,  a bola raspou a trave…

Só dava Palmeiras, e a bancada era só alegria. Duduzinho foi cobrar escanteio e a torcida, encantada com a partidaça do baixinho,  gritava : “Dudu, guerreiro”…

Eu precisava sair mais cedo do estádio, que saco, e só vi quando Dudu foi substituído por Hyoran, e Borja – que havia feito sinal para o banco – foi substituído por Deyverson…

Mas meu coração, apesar de contrariado por ter que sair mais cedo, saía tranquilo, feliz… o meu Palmeiras era líder do Brasileirão e estava na semifinal da Libertadores, com a sua melhor campanha, até agora, de todos os tempos.

Íamos todos dormir felizes, serenos aquela noite… mas, no dia seguinte, certamente já estaríamos pensando na partida contra o São Paulo, lá no Panetone – onde não ganhamos há um bom tempo -… e valendo a manutenção da liderança…

Vida de torcedor não é fácil…

 

 

 

 

 

Apesar de andar meio sem tempo para escrever no blog (estou preparando uma matéria especial, que está me tomando muito tempo e  atenção), não poderia deixar de escrever sobre o clássico diante do São Paulo – nosso adversário favorito no Allianz Parque -, que nesse início de brasileirão era líder, invicto, até encontrar com o Palmeiras na noite de sábado…

É verdade que andávamos bem ressabiados (alguns parmeras estavam surtando) com o Palmeiras por causa das duas derrotas nos dois últimos jogos, antes do clássico. Ressabiados mais com o futebol insosso que estávamos vendo o time jogar do que com o resultado propriamente dito – tem muita água pra passar debaixo dessa ponte ainda.

E, se por um lado, sabíamos que o Palmeiras, vindo de duas derrotas seguidas, deveria estar com a sua confiança abalada, enquanto o adversário, invicto e líder, vinha cheio de confiança, por outro lado, não podíamos nos esquecer que, desde a inauguração do Allianz Parque, já tínhamos jogado 6 vezes contra eles ali e obtido 6 vitórias – 18 gols marcados pelo Palmeiras (com algumas coberturas sensacionais) e apenas 3 sofridos. Era uma boa ocasião para conseguirmos a sétima vitória…

E foi um jogão… time e torcida bateram um bolão.

No primeiro tempo, a torcida jogou bem, mas em campo o jogo foi mais amarrado, o Palmeiras quase nada criou – Sidão faria uma defesa com quase 40′. O Palmeiras procurou ir ao ataque, mas sem criar “a” jogada de gol… o futebol ainda estava insosso. Faltava um meia pra jogar com Moisés (ele é volante). O São Paulo, por sua vez, de perigoso mesmo, também não tinha muita coisa. Na verdade, embora tentassem, os dois times não criavam. O São Paulo descia o pé nos palmeirenses. O árbitro matava a gente de raiva, invertia faltas, escanteios, sempre em prejuízo do Palmeiras – ele deixaria de amarelar muitos leonores na partida, alguns deles, merecedores do segundo amarelo.

Embora não agredisse o adversário, o Palmeiras não me parecia vulnerável. No entanto, com quase 30′ de jogo, o improvável aconteceu, e o Palmeiras deu um gol de presente para o inimigo. O jogador leonor cobrou um lateral mandando a bola na área, e Dracena, que poderia ter cabeceado a bola pra qualquer lugar longe do nosso gol, teve um insight errado e escolheu atrasar para Jaílson. Marcos Guilherme apareceu no meio do caminho da bola e nem ele e nem Jaílson a pegaram… e ela foi parar dentro do gol, sem ter tocado no pé de adversário algum – ainda que Dracena tenha errado, achei que Jaílson poderia ter sido mais esperto no lance (as chances de chegar na bola eram iguais pra ele e para o adversário), sem contar que faltou comunicação ali entre goleiro e zaga.

O Palmeiras sentiu o gol doado, e se desestabilizou no jogo (a torcida não conseguia acreditar no que tinha acabado de ver. Demos um gol pra eles e em uma jogada que não ia dar em nada)… o adversário, por sua vez, se encheu de confiança e cresceu no jogo. Jaílson se esticou todo pra fazer uma boa defesa e mandar pra escanteio um chute de Reinaldo.

Keno sofreu falta dura de Anderson Martins, que tinha que levar cartão – seria o segundo – e o juiz não deu. Mas deu para Felipe Melo e Dudu… por reclamação. Que filho da mãe. A torcida não se cansava de homenagear o árbitro, e não parava de cantar pra empurrar o Palmeiras também.

O Palmeiras até ensaiou uma pressãozinha, mas fomos para o intervalo no prejuízo… Roger ia ter que acertar as coisas, ia ter que trocar algumas peças…

Na volta do intervalo o time era o mesmo, e muita gente reclamava por isso, mas o futebol já começou a parecer diferente, melhor. Logo de cara, Bruno Henrique cabeceou pro gol e ela passou pertinho… Em seguida, Keno foi empurrado e derrubado na área, e o árbitro nada marcou… Maledeto! Mesmo sem ter feito nenhuma substituição, Roger parecia ter acertado mais o time. No entanto,  esperávamos que ele mexesse na equipe também.

O Allianz cantava… a torcida chamava a reação…

A primeira substituição foi na marra… Diogo Barbosa, com dores, deu lugar para Victor Luís.

E, então, Moisés achou Keno lá na direita… ele desceu até a linha de fundo e cruzou rasteiro, o goleiro espalmou na direção de Willian, que, rápido, chutou e mandou pro fundo do gol… GOOOOOOOOOL!! O Allianz explodiu em gritos e alegria no gol do BGod!

Mas tivemos que esperar pela confirmação do gol. Até agora, não entendi de onde surgiu a dúvida de que o nosso gol legal pudesse ter sido irregular uma vez que, assim que a bola entrou, o juiz apontou para o meio, o bandeira não levantou a bandeira, portanto, nenhum dos dois viu nada errado no lance. E era só o que faltava, né? Uma interferência externa (?!?) para se anular um gol legal…

Os jogadores do Palmeiras correram até o bandeira, Antonio Carlos cresceu pra cima dele (adorei),  a torcida chiava muito, xingava o juiz, enlouquecida com a possibilidade de (mais) uma mutreta pra cima do Verdão. O gol tinha sido legalíssimo. O que iriam inventar dessa vez? E então, depois de mais de 1 minuto, o gol foi validado. E o Allianz explodiu em festa de novo…

“O Palmeiras é o time da virada… o Palmeiras é o time do amor”… A Que Canta e Vibra não economizava a voz… O Allianz ia se tornando mágico, eletrizante – a gente sempre sente o momento em que a energia parece mudar,  e, assim como mandamos a nossa energia para o campo, sentíamos a energia que vinha do nosso time…

Os leonores, que estavam só se defendendo no início do segundo tempo, sentiram o gol, e sentiram muito. Dava pra percebermos lá da bancada. O Palmeiras fez o gol na hora certa, nos primeiros dez minutos do segundo tempo e ia crescer na partida. Tinha tempo de sobra pra virar o jogo.

Keno, que tinha sentido dores no lance do gol, deu lugar para Hyoran… e  Hyoran faria uma bela partida (já tá merecendo a camisa titular).

O Palmeiras ia chegando… e o Allianz não parava de cantar… Sabíamos que o segundo gol não demoraria… E foi um golaço! 22 minutos… Hyoran tinha a bola e procurava um espaço, mas deixou a bola correr um pouco mais, Militão chegou chutando, pra dividir, e na dividida, a bola chutada por Militão bateu em Hyoran, espirrou, e sobrou pra Willian lá na frente (ele estaria impedido caso, e se, Hyoran tivesse feito/tentado fazer o passe pra ele, ou se o toque fosse de forma deliberada, intencional, o que não aconteceu. A bola, na dividida, veio do jogador do São Paulo e bateu no parmera, o que não tira e não coloca um jogador em impedimento). O BGod, jogando muito, pegou de primeira e virou o placar. Golaço!

Aí a torcida enlouqueceu. Mais de 32 mil torcedores cantando forte, empurrando o Palmeiras para a vitória…

Sabe aquelas coisas que de  tão deliciosas parecem inacreditáveis? Então… 2 minutinhos depois,  quando ainda comemorávamos o golaço de Willian, Moisés mandou uma bola ‘daquelas’ para Hyoran lá na direita, Hyoran avançou com a bola dominada e deu um passe perfeito para Dudu, que entrava do outro lado… o “dono” (artilheiro) do Allianz, tão logo a bola chegou à sua frente, deu um mergulho, e  de ‘peixinho’ mandou a bola pro gol… que gol espetacular!

Quase morremos de felicidade… Amigos se abraçavam, desconhecidos se cumprimentavam… todo mundo gritando de alegria… os sorrisos imensos, que não cabiam na boca, não cabiam no Allianz…

E o baixinho surtou no gol, comemorou como nunca – e como sempre -, bem na minha frente. Quase morri de emoção, fiquei toda arrepiada, chorei, vendo a explosão de Dudu, que gritava muito, vendo o time todo vir comemorar com ele, vendo os reservas todos saírem lá do banco e virem festejar com Dudu (sinal de que ele é importante para o grupo, né?)… que momento lindo! Lindo, porque era gol do Palmeiras, e porque era o gol que selava a nossa vitória – o Palmeiras estava ‘on fire’ e sabíamos que não perderíamos aquela partida de jeito nenhum… lindo, porque estávamos vencendo o SPFW pela sétima vez consecutiva no Allianz,  e porque era gol do de Dudu, nosso craque, que estava jogando um bolão, e que merecia tanto aquele gol. Eu poderia viver o resto da minha vida naquele momento…

Achei até que o Palmeiras faria mais gols – e quase fez mesmo -, tamanha era a disposição do time (quando o esquema se acerta, quando as peças se acertam, o Palmeiras sobra em campo mesmo), mas o São Paulo, abatido e batido, caprichava ainda mais nas faltas – Dudu e Hyoran eram alvos de muitas botinadas -, com a benevolência do juiz.

Moisés, que fez uma partidaça, também sentiu dores e deu lugar para Thiago Santos.

Eu só esperava por mais um gol nosso, ou pelo final do jogo. Sabia que nada diferente disso aconteceria. O Palmeiras dera um gol de presente, é verdade, mas depois disso não deixou passar mais nada… e, aos 49′, o jogo acabou, com muitos aplausos da torcida para os jogadores do Verdão.

https://www.youtube.com/watch?v=5RIRQKrk2n8

E no final daquela noite de sábado, que já era quase domingo, um mar de gente vestindo verde e branco ganhou as ruas… um mar de pessoas encantadas com os gols do Palmeiras, com a virada do Palmeiras…  gente que comprava cerveja e pizza no meio da rua, e que falava alto, rindo, gesticulando… falava do jogo, dos lances, dos gols… aquela gente toda ia pra casa, ou ia continuar os embalos de sábado à noite, leve, rouca, feliz da vida… e contando…  7 vitórias… 21 gols marcados… 4 tomados (e 1 deles foi de lambuja)…

É “tabu” que fala, né?

 

 

 

 

 

” A vida pode ser, de fato, escuridão se não houver vontade, mas a vontade é cega se não houver sabedoria, a sabedoria é vã se não houver trabalho e o trabalho é vazio se não houver amor.” – Khalil Gibran

Houve um tempo em que até um “Carlinhos Bala” se recusava a jogar no Palmeiras… um pai de um “Cristiano Ronaldo boliviano” qualquer, não queria que o filho – que ninguém sabe onde anda e o que faz – jogasse no Verdão… Houve um tempo em que não tínhamos bala na agulha e a maioria dos jogadores que contratávamos era de regular pra ruim… o time foi rebaixado, o clube faliu, não tinha receitas,  estava desmoralizado…

Então, veio  Paulo Nobre… Sonhando grande, mas com pés no chão, cheio de ideias, de objetivos – que ele traçou e seguiu com muita inteligência e determinação e, segundo dizem alguns, com uma boa dose de teimosia -, trazendo profissionalismo, transparência… com postura de presidente, discurso de presidente, com mentalidade nova e, sobretudo, com sabedoria, bastante coragem e muito amor ao Palmeiras…

Sofreu, penou… a coisa era pior do que parecia… e ele ajudou do jeito que podia e do jeito que o Palmeiras precisava naquele momento. Mas ele sabia que tinha que reforçar os alicerces primeiro. E, enquanto fazia o que ele – um muito bem sucedido homem de negócios – sabia ser necessário, enquanto colocava as finanças em ordem, criava novas receitas, mantinha os salários em dia, mesmo sem patrocínio (ele se recusava a aceitar qualquer valor que não fosse o que o Palmeiras merecia, e só apareciam empresas oferecendo merrecas), recebeu muitas pedradas… e quanta gente repetia: “Ainn, o Palmeiras não é banco para se preocupar em estar no azul”“Ainn, o Cu rintia compra mesmo sem ter dinheiro; o Flamengo tem uma dívida imensa e não deixa de contratar”… O tempo acabaria mostrando quem tinha razão…

O presidente errou também, claro – nenhum outro teria 100% de acertos -, lhe faltou flexibilidade muitas vezes, , foi cabeça dura em outras, faltou também alguma delicadeza (não só se desfez do meu ídolo, e ídolo de milhões de torcedores, como o fez de maneira injusta e meio cruel), talvez, no trato com algumas pessoas,  tenha lhe faltado alguma perspicácia também, mas, dentro do que traçara ao Palmeiras, dentro dos seus propósitos (ele me falou a respeito deles) de fazer o que fosse melhor ao clube, mesmo que o seu coração torcedor lhe doesse; dentro do objetivo  de reestruturar o Palmeiras para que, ganhar títulos, fosse uma condição natural e não um milagre esporádico, ele foi perfeito.

Mudou tudo lá dentro, cuidou de cada detalhe, não esqueceu nem mesmo de fazer com que os jogadores passassem a se apresentar nos programas esportivos devidamente trajados de Palmeiras. Blindou o time, dando segurança e tranquilidade para o Depto de Futebol trabalhar; emprestou milhões ao Palmeiras, sem nos cobrar as famigeradas taxas que costumam ser cobradas pelos bancos, e num momento em que os bancos nos esfolariam vivos se fizéssemos empréstimos (que levaríamos uma vida para pagar); comprou alguns jogadores com o seu próprio dinheiro e, quando foram vendidos, deixou o lucro ao Palmeiras; reclamou, publicamente, das tramoias do apito, saindo em defesa do Verdão;  nos deu um Centro de Excelência, maravilhoso, moderno, de presente… e mais do que tudo, comprou e venceu a “briga” com a WTorre, que pensava em se apropriar de nossas cadeiras no Allianz. Paulo Nobre literalmente ressuscitou o Palmeiras, o colocou de pé. Foi buscá-lo no fundo do poço e o colocou lá no alto. Nenhum outro fez tanto, e nenhum outro pegou o Palmeiras no estado em que PN o encontrou.

Hoje, tudo quanto é jogador fica louquinho para jogar no Palmeiras… hoje, os jogadores escolhem o Palmeiras… nós contratamos quem queremos, pagamos salários em dia, brigamos com o, monetariamente poderoso, mercado chinês… e ganhamos. Hoje tudo é alegria, é esperança, é acreditar em títulos com os quais antes nem podíamos sonhar.

Ainnn, mas o Palmeiras não é banco… Não é mesmo. É um clube muito bem administrado, com finanças muito bem cuidadas, que passou a ter novas e boas fontes de receita, que passou a ter dinheiro, credibilidade, sossego (ele tinha fechado todas as brechas por onde a rataiada fazia a festa). E foi por causa disso que o futebol do Palmeiras ressurgiu, a força do nosso time voltou, os bons jogadores, os títulos e o orgulho da torcida também voltaram.

Paulo Nobre, que nos deixou um maravilhoso legado, terminou o seu mandato em 2016, indicou o seu vice-presidente, Maurício Galiotte,  à sucessão, o ajudou a se eleger,  e Maurício, que tomou posse em 15 Dezembro, de 2016, comandará o clube no biênio 2017/2018.

A temporada 2017 está começando, já fizemos uma partida pelo Paulistão e obtivemos a nossa primeira vitória… O comandante é Eduardo Baptista, nosso time – se é que o Mattos (a melhor contratação de Paulo Nobre) não vai trazer mais ninguém – agora está montado. A contratação de Borja, há dois dias, parece ter fechado a conta. Para essa temporada, oito novos e muito bons jogadores se juntaram ao time campeão brasileiro de 2016:

Borja – Miguel Ángel Borja Hernández, colombiano, ex-Atlético Nacional-COL, 24 anos, atacante, campeão da Copa Sul-americana/2015, Super Liga da Colômbia/2015, Copa Libertadores da América/2016, Copa Colômbia/2016, eleito pelo El País como melhor jogador da América do Sul no ano passado.

Guerra – Alejandro Abraham Guerra Morales, venezuelano, ex-Atlético Nacional-COL, 31 anos, meia, campeão venezuelano 2003–04, 2005–06, 2006–07, 20080-09 e 2009–10, campeão da Copa Venezuela/2009,  Copa da Colômbia/2016, Copa Libertadores da América/2016; foi eleito o melhor jogador da competição e o terceiro melhor jogador da América do Sul(o segundo foi Gabriel Jesus).

Felipe Melo – Felipe Melo de Carvalhoex-Internazionale de Milão, 33 anos, joga como volante e zagueiro,  com títulos conquistados pelo Flamengo, Cruzeiro, Galatassaray (Turquia), Campeão da Copa das Confederações-2009 com a Seleção Brasileira, titular na Copa do Mundo 2010, eleito o melhor meio-campista do campeonato italiano de futebol de 2008-09.

Michel Bastos – Michel Fernandes Bastos, ex-São Paulo, 33 anos, atua como meia, ponta ou lateral-esquerdo, conquistou a Copa da França 2011/12 e Super Copa da França/2012, defendeu a seleção brasileira em 2009, foi titular na Copa do Mundo 2010, recebeu o Troféu de Prata no campeonato brasileiro 2005, como  lateral-esquerdo, foi o melhor volante da “Ligue1” (FRA)-2008/09, foi o melhor jogador do São Paulo no Campeonato Paulista de 2015.

Willian Bigode – Willian Gomes de Siqueiraex-Cruzeiro, 30 anos, atacante, foi Campeão Brasileiro 2011 e da Libertadores 2012, pelo Corinthians, Campeão Brasileiro 2013 e 2014 e Campeão Mineiro 2014 pelo Cruzeiro, recebeu o Troféu Mesa Redonda como Revelação do Brasileiro 2011.

Keno – Marcos da Silva França, ex-Santa Cruz, 27 anos, atacante, conquistou o Campeonato Baiano da Segunda Divisão com Botafogo da BA;  pelo Santa Cruz foi campeão da Copa Chico Science 2016, Copa do Nordeste 2016, campeão pernambucano 2016. Fez parte da seleção do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, quando foi eleito a Revelação da Copa.

Raphael Veiga – Raphael Cavalcante Veiga, ex-Coritiba, 21 anos, meia, atua como profissional há apenas um ano.

Hyoran – Hyoran Cauê Dalmoro, ex-Chapecoense, 23 anos, meia, conquistou o Campeonato Catarinense-2016 e a Copa Sul-americana 2016.

O Palmeiras está pronto para a nova temporada. Tem mais do que um time excelente, tem um elenco excelente. Nosso time reserva é seguramente melhor do que qualquer outro time aqui no Brasil.

Se vamos ganhar os títulos que 2017 coloca em disputa, não podemos saber, essas coisas se resolvem em campo, mas, temos certeza, vamos brigar por eles… e com totais condições de conquistá-los.

PODE COMEÇAR, 2017! AGORA SIM ESTAMOS PRONTOS!