…………Resultado de imagem para pONTE X PALMEIRAS CAMPO ENCHARCADO

 

Na alegria e na tristeza…
Na saúde e na doença…
Com sol e com chuva… 

Com jogo bonito e com jogo feio…

……

O Palmeiras foi à Campinas enfrentar a Ponte Preta, pela oitava rodada da fase de classificação do Paulistão. Meio de olho no derby, Roger Machado não relacionou Felipe Melo – com dois cartões -, Vítor Luís também ficou fora. Borja, o artilheiro do campeonato, com dores no joelho, não foi relacionado.

Mas de nada teria adiantado escalar o time de outro jeito… Chovera o domingo todo e o gramado estava impraticável. Encharcado, cheio de poças d’água, o campo possibilitava a prática de um monte de esportes – polo aquático, natação, canoagem… – menos futebol. Não tinha como tocar a bola, não tinha como criar as jogadas, as grandes chances de gol, não tinha como o Palmeiras aproveitar a habilidade de alguns de seus jogadores. As poças d’água – onde as bolas paravam inúmeras vezes – ‘driblavam’ mais, desarmavam mais. Aos times sobravam as bolas longas e as que eram levantadas na área. E nem podia ser diferente. Embora a Ponte esteja acostumada a jogar ali, o campo era ruim pra ela também, não só para o Palmeiras.

..……………………….Resultado de imagem para Palmeiras joga no Moisés Lucarelli encharcado

O jogo foi ruinzinho de assistir, imagino que, com o campo pesado, com a bola parando tantas vezes nas poças d’água, deva ter sido ruinzinho de jogar também. No primeiro tempo, o lado esquerdo do campo, por onde o Palmeiras atacava, estava encharcado, não tinha jeito de fazer a bola correr. Ainda bem que as notícias diziam que funcionários da Ponte tinham furado o gramado antes do jogo para que a drenagem funcionasse melhor…

…………………………Resultado de imagem para Palmeiras joga no Moisés Lucarelli encharcado

Chances de gol mesmo, daquelas que a gente até levanta do sofá, não teve nenhuma, mas o Palmeiras deu umas ameaçadas lá na área da Macaca que, por sua vez, deu um chute com mais perigo e Jaílson defendeu; Tchê Tchê chutou de longe e a bola passou perto.

Na segunda etapa, Vítor Luís voltou em lugar de Michel Bastos, que tomara cartão amarelo. As poças d’água continuavam desarmando os jogadores. Um problema para o Palmeiras, que tem um time mais técnico. Aos 14′, foi a vez de Guerra desarmar o jogador da Ponte com um carrinho, e partir pra área, chutar pro gol, mas o goleiro fez uma grande defesa e espalmou, William, pegou rebote, cabeceou para Guerra, ali pertinho do goleiro… ele chutou, mas ela bateu na trave e saiu.

O Palmeiras começava a pressionar mais… o campo parecia ficar menos encharcado  em algumas partes e Roger chamou Keno pro aquecimento.

A Ponte Preta, com Orinho, e em chute de longe, mandou uma na trave… Dudu quasecolocou o Palmeiras em vantagem.  Dominou com a maior categoria dentro da área, deu um corte no marcador e bateu no canto, mas a bola foi na rede pelo lado de fora.

Jogada com Willian, Lucas, Lima, Dudu e quase que o Palmeiras chega…

Apesar do campo ruim, é preciso dizer que Marcos Rocha foi muito bem (anda jogando muito nosso lateral), Lucas Lima e Dudu parecem ir se entrosando mais a cada jogo. E em lançamento de Lucas Lima, Dudu, outra vez, quase abriu o placar…

Laterais, escanteios, desarmes e atacantes na área… o Palmeiras era mais perigoso nessa segunda etapa, mas o futebol estava mesmo comprometido pelo gramado. Roger sacou Lucas Lima e colocou Bruno Henrique.  Dudu desarmou o ponte pretano, levou a bola até a área e chutou, mas o goleiro conseguiu defender…

O jogo chegou aos 45, o juiz deu mais 4, e a partida terminou mesmo 0 x 0.

Alguns torcedores – daqueles que acham que o time tem que ganhar todas, que acham – erradamente – que os times de 93, 94 não perdiam e nem empatavam, que a gloriosa Academia não perdia e nem empatava, ficaram desapontados, reclamaram.

Mas o resultado, nessas condições tão adversas, não foi ruim. O Palmeiras nadou bastante… e continuou invicto. Aliás, é o único time dentre todos os times da série A no país que não perdeu nenhuma partida; de 24 pontos disputados, ganhou 20.  Tá tranquilo, tá invicto, Jaílsão está há 29 partidas sem perder, e alcançou a marca de Veloso (ainda bem que negão não serve pra goleiro, né Edílson?). E nessa fase de classificação, além das vitórias nos clássicos, se possível, a única coisa que nos interessa mesmo é classificar…

E, para os nutellinhas, mimizentos,  do “Ainnnn, mas o Palmeiras não ganhou… que time ruim!”, não tem dificuldade alguma… é só dar uma olhada na tabela…

PAL – 20 Pontos – 0 Derrota
San – 14 Pontos – 2 Derrotas
Cor – 13 Pontos – 3 Derrotas 
Sao- 10 Pontos – 3 Derrotas

Tem mais 15 times na disputa, quem não estiver contente, é só escolher outro…

” A vida pode ser, de fato, escuridão se não houver vontade, mas a vontade é cega se não houver sabedoria, a sabedoria é vã se não houver trabalho e o trabalho é vazio se não houver amor.” – Khalil Gibran

Houve um tempo em que até um “Carlinhos Bala” se recusava a jogar no Palmeiras… um pai de um “Cristiano Ronaldo boliviano” qualquer, não queria que o filho – que ninguém sabe onde anda e o que faz – jogasse no Verdão… Houve um tempo em que não tínhamos bala na agulha e a maioria dos jogadores que contratávamos era de regular pra ruim… o time foi rebaixado, o clube faliu, não tinha receitas,  estava desmoralizado…

Então, veio  Paulo Nobre… Sonhando grande, mas com pés no chão, cheio de ideias, de objetivos – que ele traçou e seguiu com muita inteligência e determinação e, segundo dizem alguns, com uma boa dose de teimosia -, trazendo profissionalismo, transparência… com postura de presidente, discurso de presidente, com mentalidade nova e, sobretudo, com sabedoria, bastante coragem e muito amor ao Palmeiras…

Sofreu, penou… a coisa era pior do que parecia… e ele ajudou do jeito que podia e do jeito que o Palmeiras precisava naquele momento. Mas ele sabia que tinha que reforçar os alicerces primeiro. E, enquanto fazia o que ele – um muito bem sucedido homem de negócios – sabia ser necessário, enquanto colocava as finanças em ordem, criava novas receitas, mantinha os salários em dia, mesmo sem patrocínio (ele se recusava a aceitar qualquer valor que não fosse o que o Palmeiras merecia, e só apareciam empresas oferecendo merrecas), recebeu muitas pedradas… e quanta gente repetia: “Ainn, o Palmeiras não é banco para se preocupar em estar no azul”“Ainn, o Cu rintia compra mesmo sem ter dinheiro; o Flamengo tem uma dívida imensa e não deixa de contratar”… O tempo acabaria mostrando quem tinha razão…

O presidente errou também, claro – nenhum outro teria 100% de acertos -, lhe faltou flexibilidade muitas vezes, , foi cabeça dura em outras, faltou também alguma delicadeza (não só se desfez do meu ídolo, e ídolo de milhões de torcedores, como o fez de maneira injusta e meio cruel), talvez, no trato com algumas pessoas,  tenha lhe faltado alguma perspicácia também, mas, dentro do que traçara ao Palmeiras, dentro dos seus propósitos (ele me falou a respeito deles) de fazer o que fosse melhor ao clube, mesmo que o seu coração torcedor lhe doesse; dentro do objetivo  de reestruturar o Palmeiras para que, ganhar títulos, fosse uma condição natural e não um milagre esporádico, ele foi perfeito.

Mudou tudo lá dentro, cuidou de cada detalhe, não esqueceu nem mesmo de fazer com que os jogadores passassem a se apresentar nos programas esportivos devidamente trajados de Palmeiras. Blindou o time, dando segurança e tranquilidade para o Depto de Futebol trabalhar; emprestou milhões ao Palmeiras, sem nos cobrar as famigeradas taxas que costumam ser cobradas pelos bancos, e num momento em que os bancos nos esfolariam vivos se fizéssemos empréstimos (que levaríamos uma vida para pagar); comprou alguns jogadores com o seu próprio dinheiro e, quando foram vendidos, deixou o lucro ao Palmeiras; reclamou, publicamente, das tramoias do apito, saindo em defesa do Verdão;  nos deu um Centro de Excelência, maravilhoso, moderno, de presente… e mais do que tudo, comprou e venceu a “briga” com a WTorre, que pensava em se apropriar de nossas cadeiras no Allianz. Paulo Nobre literalmente ressuscitou o Palmeiras, o colocou de pé. Foi buscá-lo no fundo do poço e o colocou lá no alto. Nenhum outro fez tanto, e nenhum outro pegou o Palmeiras no estado em que PN o encontrou.

Hoje, tudo quanto é jogador fica louquinho para jogar no Palmeiras… hoje, os jogadores escolhem o Palmeiras… nós contratamos quem queremos, pagamos salários em dia, brigamos com o, monetariamente poderoso, mercado chinês… e ganhamos. Hoje tudo é alegria, é esperança, é acreditar em títulos com os quais antes nem podíamos sonhar.

Ainnn, mas o Palmeiras não é banco… Não é mesmo. É um clube muito bem administrado, com finanças muito bem cuidadas, que passou a ter novas e boas fontes de receita, que passou a ter dinheiro, credibilidade, sossego (ele tinha fechado todas as brechas por onde a rataiada fazia a festa). E foi por causa disso que o futebol do Palmeiras ressurgiu, a força do nosso time voltou, os bons jogadores, os títulos e o orgulho da torcida também voltaram.

Paulo Nobre, que nos deixou um maravilhoso legado, terminou o seu mandato em 2016, indicou o seu vice-presidente, Maurício Galiotte,  à sucessão, o ajudou a se eleger,  e Maurício, que tomou posse em 15 Dezembro, de 2016, comandará o clube no biênio 2017/2018.

A temporada 2017 está começando, já fizemos uma partida pelo Paulistão e obtivemos a nossa primeira vitória… O comandante é Eduardo Baptista, nosso time – se é que o Mattos (a melhor contratação de Paulo Nobre) não vai trazer mais ninguém – agora está montado. A contratação de Borja, há dois dias, parece ter fechado a conta. Para essa temporada, oito novos e muito bons jogadores se juntaram ao time campeão brasileiro de 2016:

Borja – Miguel Ángel Borja Hernández, colombiano, ex-Atlético Nacional-COL, 24 anos, atacante, campeão da Copa Sul-americana/2015, Super Liga da Colômbia/2015, Copa Libertadores da América/2016, Copa Colômbia/2016, eleito pelo El País como melhor jogador da América do Sul no ano passado.

Guerra – Alejandro Abraham Guerra Morales, venezuelano, ex-Atlético Nacional-COL, 31 anos, meia, campeão venezuelano 2003–04, 2005–06, 2006–07, 20080-09 e 2009–10, campeão da Copa Venezuela/2009,  Copa da Colômbia/2016, Copa Libertadores da América/2016; foi eleito o melhor jogador da competição e o terceiro melhor jogador da América do Sul(o segundo foi Gabriel Jesus).

Felipe Melo – Felipe Melo de Carvalhoex-Internazionale de Milão, 33 anos, joga como volante e zagueiro,  com títulos conquistados pelo Flamengo, Cruzeiro, Galatassaray (Turquia), Campeão da Copa das Confederações-2009 com a Seleção Brasileira, titular na Copa do Mundo 2010, eleito o melhor meio-campista do campeonato italiano de futebol de 2008-09.

Michel Bastos – Michel Fernandes Bastos, ex-São Paulo, 33 anos, atua como meia, ponta ou lateral-esquerdo, conquistou a Copa da França 2011/12 e Super Copa da França/2012, defendeu a seleção brasileira em 2009, foi titular na Copa do Mundo 2010, recebeu o Troféu de Prata no campeonato brasileiro 2005, como  lateral-esquerdo, foi o melhor volante da “Ligue1” (FRA)-2008/09, foi o melhor jogador do São Paulo no Campeonato Paulista de 2015.

Willian Bigode – Willian Gomes de Siqueiraex-Cruzeiro, 30 anos, atacante, foi Campeão Brasileiro 2011 e da Libertadores 2012, pelo Corinthians, Campeão Brasileiro 2013 e 2014 e Campeão Mineiro 2014 pelo Cruzeiro, recebeu o Troféu Mesa Redonda como Revelação do Brasileiro 2011.

Keno – Marcos da Silva França, ex-Santa Cruz, 27 anos, atacante, conquistou o Campeonato Baiano da Segunda Divisão com Botafogo da BA;  pelo Santa Cruz foi campeão da Copa Chico Science 2016, Copa do Nordeste 2016, campeão pernambucano 2016. Fez parte da seleção do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, quando foi eleito a Revelação da Copa.

Raphael Veiga – Raphael Cavalcante Veiga, ex-Coritiba, 21 anos, meia, atua como profissional há apenas um ano.

Hyoran – Hyoran Cauê Dalmoro, ex-Chapecoense, 23 anos, meia, conquistou o Campeonato Catarinense-2016 e a Copa Sul-americana 2016.

O Palmeiras está pronto para a nova temporada. Tem mais do que um time excelente, tem um elenco excelente. Nosso time reserva é seguramente melhor do que qualquer outro time aqui no Brasil.

Se vamos ganhar os títulos que 2017 coloca em disputa, não podemos saber, essas coisas se resolvem em campo, mas, temos certeza, vamos brigar por eles… e com totais condições de conquistá-los.

PODE COMEÇAR, 2017! AGORA SIM ESTAMOS PRONTOS!