“Ousadia tem genialidade, poder e magia” – Johann Goethe
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Semifinal da Libertadores… jogo contra o Boca, na Argentina… Parada dura… ainda mais depois de termos ido jogar lá, na Fase de Grupos, e, atacando o jogo inteiro, enfiado 2 x 0 nos hermanos (um placar que, em Libertadores, só o Independiente tinha conseguido fazer em La Bombonera, em 1967).

Confesso que não gostei quando vi a escalação do nosso time sem um meia. E já imaginei que Felipão não estava muito focado em atacar e, muito provavelmente, jogaria  pelo empate – sair de lá com um empate não seria nada ruim, mas jogar pelo empate nem sempre dá certo.

No entanto, a princípio, era uma boa tática se defender, não tomar gol, não deixar o Boca se impor em seus domínios… e na maior parte do tempo, o Palmeiras foi impecável em seus propósitos. No entanto, ainda que o adversário não fosse um time tão qualificado, ele ainda era o Boca, copeiro, e jogava em sua casa.  Por isso mesmo, porque ele não era tão qualificado, não era um time difícil de ser batido, e porque ele é “macaco velho” em Libertadores, não podíamos passar o jogo inteiro só na retranca e no chutão, não é? E passamos. E saímos de lá com uma derrota amarga, doída, saímos de lá com 0 x 2. Penso que tínhamos que ter sido mais ousados, ter atacado, oferecido perigo ao Boca, tínhamos que ter tido em campo alguém pra criar as jogadas – e os nossos meias todos no banco…

Um ataque com Dudu, Borja e Willian deveria ser motivo de preocupação para o adversário, mas, com os jogadores do Boca fazendo de tudo para impedir que os palmeirenses conseguissem trocar dois passes, impedindo – com muitas faltas também – com marcação cerrada que nossos atacantes pudessem fazer o que sabiam – Dudu, e não só ele, tinha sempre vários jogadores à sua volta -, era evidente que teríamos dificuldade, e ficou evidente também, pelos muitos chutões que o Palmeiras deu, que faltou alguém ali para auxiliar os atacantes, para achar espaços,  faltou Felipão ter reajustado a forma do time jogar.

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Mas é justo que se diga que o Palmeiras estava bem, que conseguiu controlar o jogo quase todo, conseguiu controlar os nervos (os argentinos catimbavam como nunca) e conseguiu impedir, por mais de 80 minutos, que o Boca levasse perigo ao nosso gol – na zaga, Gustavo Gomez foi muito bem. O Palmeiras, apesar de não criar quase nada,  de pecar pela falta de ousadia, não deixou mesmo que o Boca jogasse durante todo o primeiro tempo e em boa parte do segundo. Jogando sério e fazendo o velho “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”, desarmava/destruía as tentativas argentinas – Felipe Melo fez uma grande partida, comandou as ações no meio de campo, por outro lado, Moisés estava numa noite bem ruim e só Felipão não percebia. Era nítida a falta de um meia no time, a falta de Lucas Lima… Só que Felipão, quando fez a primeira substituição, no segundo tempo, ao invés de colocar o Lucas Lima (o futebol do Palmeiras gritava por ele),  trocou Borja por Deyverson… que mal pegou na bola.

E quando parecia que íamos conseguir sair de lá com um empate… a coisa desandou. Aos 38′ do segundo tempo, logo depois de Weverton ter feito uma defesa milagrosa e mandado a bola pra fora, Benedetto, que tinha entrado no jogo aos 31′, aproveitou a cobrança de escanteio e a falha na nossa marcação e abriu o placar.

Moisés  marcava Benedetto, e não foi na jogada, não subiu, não disputou a bola com ele. Felipe Melo, que marcava um outro jogador, antevendo que a bola passaria, até tentou ir cabecear com o atacante adversário, mas já não dava, o “Maledetto”, com todo o espaço do mundo, subiu sozinho, na cara do Weverton e mandou pro gol. Mérito do argentino, mas também muita desatenção do Palmeiras…

………………..Resultado de imagem para Boca Juniors 2 x 0 Palmeiras

Em desvantagem no placar, Felipão tirou Bruno Henrique e colocou Thiago Santos (não entendi a substituição. Ele queria segurar o 0 x 1?)… e o Lucas Lima, que já deveria ter entrado jogando desde o primeiro minuto (na fase de grupos ele tinha “deitado” lá na Argentina), continuava no banco… Ah, Felipão…

E para nosso infortúnio, a bruxa estava mesmo solta… Aos 42′, o maledetto do Benedetto (que estava há um ano sem marcar) recebeu um passe, deu um drible no Luan (que deveria ter parado ele na botinada se fosse preciso) e, com um chute colocado, de fora da área, daqueles que o cara só acerta em ano bissexto, com Lua cheia e o Sol em Leão, fez o segundo do Boca. E o Felipão, só então, aos 48′, resolveu sacar Moisés, que deveria ter sido substituído ainda no primeiro tempo, e colocar Lucas Lima no jogo. Mas aí adiantaria em quê?

Até os 83′ de jogo estava tudo tão certo com/para o Palmeiras… e, de repente, em quatro minutos, caiu a casa de uma vez… 83 minutos de uma defesa impecável… Mas o que vale mesmo é bola na rede. E eles, infelizmente, colocaram duas na nossa e não colocamos nenhuma na deles. Pagamos pela falta de ousadia (do nosso técnico) de não irmos para cima de um adversário que poderia sim ter sido batido. Quem não “agride” o adversário, quem não o ataca, acaba sendo sendo atacado por ele.

Ficamos bem chateados, ficamos frustrados com o preocupante resultado… mas esse jogo já acabou, essa página já virou… e a sensação de derrota também.  Semana que vem tem mais noventa minutos, tem o “segundo tempo” dessa semifinal que estamos perdendo por 2 x 0. As possibilidades estão todas abertas ainda…

É difícil? Sim, é.  Mas não é impossível. Sabemos muito bem que os argentinos são catimbeiros, e imagina no próximo jogo? Já vão vir caindo e simulando faltas e agressões ainda no avião. Mas o Palmeiras tem  time para reverter isso, tem técnico… e tem uma torcida maravilhosa.

Teríamos que não ser torcedores para não acreditarmos em nosso time… teríamos que não ser palmeirenses para não termos a certeza absoluta de que o jogo só termina quando o juiz apita, para não conhecermos, não trazermos marcadas no coração e na alma as muitas situações, quase impossíveis de serem mudadas, que o Palmeiras já reverteu em sua história…

Teríamos que esquecer as apendicites, sequestros,  as expulsões mandrakes, o gol de Valdivia na noite de frio e chuva de Barueri… o gol de Betinho em Curitiba… o gol de Fabiano, as viradas de jogo nos minutos finais, o gol de Mina no apito final, as cobranças de pênaltis que nos impediram de respirar por minutos… os 4 x 0 nos gambás, na final de 93, depois da derrota na primeira partida… o golaço inacreditável de Cleiton Xavier nas redes do Colo Colo… as defesas sensacionais de nossos goleiros, que a gente mesmo achava impossíveis de serem feitas… os 5 X 1 diante do Grêmio… o chute pra fora de Zapatta… Marcos defendendo o pênalti do farsante… aquele gol de Galeano… a mudança de nome do clube para defender seu patrimônio e o campeonato por conquistar… a derrota amarga diante do Juventus(ITA) que nos serviu de impulso para a conquista do primeiro Mundial de clubes…  os gols de Euller nos instantes finais do jogo contra o Vasco…

Teríamos que esquecer a épica Copa do Brasil 2015, ainda tão recente,  e todos os percalços que tivemos nesse torneio, todos os “xiii, agora ferrou” que superamos… teríamos que esquecer o campeonato decidido nos pés (nas mãos também) de nosso goleiro, campeonato conquistado  com um gol de Fernando Prass… e com a voz e a força da Que Canta e Vibra…

Para não acreditarmos, teríamos que esquecer que somos Palmeiras… e isso é impossível… é mais fácil esquecermos de respirar, é mais fácil nosso coração esquecer de bater…

Agora é em nossa casa. Faltam 90 minutos. Que venham os “maledettos”…  A força de vinte milhões de palmeirenses estará com o Palmeiras em campo.

É HORA DE LUTAR, VERDÃO, DE LUTAR MUITO!! E VAMOS BUSCAR ESSA P%RRA!!

 

 

O Palmeiras continua 100% no Paulistão… 5 jogos, 5 vitórias, melhor ataque, melhor defesa, melhor saldo de gols. E dessa vez foi contra o Santos.

Final de semana de primeiro grito de carnaval em São Paulo, milhões de pessoas nos blocos, e nem assim o Allianz ficou vazio. Ao contrário, o bloco “Unidos de Allianz Parque” estava entupido de gente… 38 mil pessoas.

Foi uma vitória tranquila do Palmeiras… e teria sido mais tranquila ainda não fosse o árbitro…

No primeiro jogo de Lucas Lima contra o seu ex-time, deu Verdão. Ainda que não tivesse levado perigo ao adversário o tempo todo, como gostamos nós, torcedores, o Palmeiras venceu o Santos com sobras e teve o domínio da partida.

O juiz, Flávio Rodrigues de Souza, mal tinha apitado o início de jogo e o Palmeiras já saía na frente. Com 2′, na segunda cobrança de escanteio palestrina, Antonio Carlos subiu mais que David Braz e, de cabeça, guardou no canto esquerdo de Vanderlei.  Uma bela cobrança de escanteio de Duduzinho (ele já participou de 5 dos 10 gols palmeirenses no ano). E foi bem pertinho de onde eu estava, que delícia de gol. Os jogadores todos se uniram num abraço gigante em volta do emocionado Antonio Carlos, os reservas correram lá na lateral pra comemorar com Roger…  nós nos abraçávamos na bancada…  Nosso “primeiro grito de carnaval” explodia no Allianz Parque.

E não tive como deixar de lembrar do treinamento de finalização em cobranças de escanteios e faltas que Roger Machado tinha dado no treinamento de preparação para o clássico.

Logo depois do gol, Lucas Lima mandou na trave uma cobrança de falta. Foi um lance rápido, a bola bateu no travessão, ficou viva na área,  mas eles conseguiram evitar que os palmeirenses aproveitassem o lance.

Jogo de torcida cantando forte…  de adversário meio perdido, sem força para ameaçar o Palmeiras. E só aos 13′ eles levaram perigo à nossa meta. Depois de uma falha individual – nosso primeiro erro de passe no jogo – , Arthur chutou pela direita e Jaílson fez uma boa defesa mandando pra escanteio. Na cobrança, Sasha subiu livre e cabeceou pro gol… porém, tinha um Jaílson no meio do caminho de Sasha… Jailsão da Massa fez uma defesaça e impediu o gol santista. Ô goleiro enjoado que não sabe o que é perder…

O jogo ficou meio devagar, o Palmeiras diminuiu o ritmo, esperando pelas oportunidades de contra atacar – e não estava errado. O primeiro clássico da temporada, o primeiro clássico de Roger e de alguns  jogadores aqui no Palmeiras… e estávamos ganhando, jogando melhor… O Santos até se animou com isso e rondou a nossa área, mas sem realmente levar perigo, a não ser nos dois lances, já citados, em que Jaílson resolveu.

Os palmeirenses se movimentavam bastante, trocavam de posição… O Verdão ditava o ritmo de jogo.

Já no final do primeiro tempo, com o Palmeiras voltando a empurrar o Santos para o seu campo de defesa, Felipe Melo desarmou Copete e foi pisado pelo santista… e  Flávio Rodrigues de Souza, o árbitro, deixou barato.  “Ainnn, ele errou o tempo da bola”, diriam alguns…

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Imagina o que diriam essas mesmas pessoas – que recebem ordens para falar mal do Palmeiras -, se fosse o Felipe Melo “errando o tempo da bola” e pisando algum adversário como Copete fez com ele? Levaria vermelho direto.  E mesmo tendo cometido outras faltas, além desse pisão que ficou impune, o santista só levaria um cartão no final da segunda etapa. Lucas Lima, no entanto,  levou um amarelo aos 25 minutos do primeiro tempo.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou aceso. No primeiro minuto, Felipe Melo (que nos primeiros 45 minutos já tinha dado um drible num santista e o deixado procurando a bola e ele até hoje), chutou de fora da área , mas o goleiro segurou. Logo depois, Borja recebeu na área, mas Caju conseguiu chegar a tempo de travar o chute… No minuto seguinte, Thiago Martins, na cara do goleiro, cabeceou pro gol, mas Vanderlei fez uma boa defesa… Blitz do Palmeiras pra cima das sardinhas.

O relógio marcava 4 minutos do segundo tempo, Borja enfiou a bola para Willian, ele avançou tentando entrar na área , passou por dois, mas a bola escapou dele um pouquinho… Não deu nem tempo de a gente ver direito o que aconteceu e ela estava dentro do gol do Santos. Borja, na meia lua, espertíssimo, tão logo viu a bola que ia em sua direção, mandou um canudo de primeira que foi morrer no fundo da rede. Que gol lindo, Borjão! Fiquei feliz demais com o gol dele.

Com a tranquilidade de 2 x 0 no placar, o Palmeiras, que dominava o jogo, esperava o Santos… Nossa defesa estava bem… só se acontecesse algo muito inesperado para tomarmos um gol…

E, então, aos 17′, com o Santos ciscando em nossa área, o inesperado, não tão inesperado assim (as arbitragens sempre afanam o Palmeiras mesmo) aconteceu. Marcos Rocha não conseguiu evitar um escanteio, tocou na bola depois que ela havia saído, e ela voltou pro campo. O árbitro ignorou  a saída de bola e deu continuidade à jogada; os palmeirenses, achando que ele ia marcar o escanteio, se descuidaram – não deveriam – e o Santos descontou.

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Veja só, a bola sai inteirinha pela linha de fundo e o juiz deixa a jogada seguir como se nada tivesse acontecido. Quais as chances de o Palmeiras fazer um gol nessas condições e não aparecer jornalista, árbitro de vídeo,  delegado, marciano, inca venusiano  informando ao quarto-árbitro que teve irregularidade na jogada?  Nenhuma, né?

Uns minutos depois, Tchê Tchê sofre pênalti de David Braz – ele entrou atropelando o palmeirense – e o juiz nada marca. O bandeira também não. A imagem abaixo foi tirada de um gif, mas dá pra ver muito bem. Com a perna direita estendida para o lado ele atinge o pé de apoio de Tchê Tchê, e com o corpo acerta o pé que domina a bola e derruba o palmeirense.

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Difícil acreditarmos que juiz e bandeira não viram a falta… ou que acharam que ela foi normal.

Aos 30′, Roger atendeu a torcida e colocou Keno.  Dudu deu lugar a ele. O baixinho saiu aplaudidíssimo, aos gritos de “Dudu, guerreiro”. Keno também foi aplaudido ao entrar. Minutos depois, Bruno Henrique entrou no lugar de Tchê Tchê.

O Palmeiras seguro na marcação, seguro do meio pra trás, dominava o jogo e garantia o resultado, que só não era maior porque o árbitro não apitava direito. E ele resolveu ignorar mais um pênalti a favor do Palmeiras. Com quase 40 minutos de segundo tempo, BGod recebeu na área, levou um tranco e foi derrubado por Alison. O juiz nada marcou (não tive tempo de procurar essa imagem, mas logo ela estará aqui).

Roger ainda promoveu uma estreia; colocou Scarpa no lugar de Lucas Lima. Aplausos para os dois. Com 4 min de acréscimo, ele encerrou a partida. O Palmeiras, merecidamente, saiu com a vitória.

https://www.youtube.com/watch?v=B6No6Xu3g2M

“Tô mi gostando” do Roger Carvalho. O time está jogando bem, ele parece saber lidar bem com o elenco de tantos bons jogadores.  Bancou o Borja no time e ele fez o gol da vitória, e tá jogando bem e se soltando cada vez mais… voltou o Pitbull para o lugar de onde ele não deveria ter saído… repete a escalação, mas mesmo assim sempre dá um jeito de dar oportunidade para os que estão no banco… O Palmeiras, do meio pra frente tá encardido, tem muita qualidade ali. 

Se do meio pra trás a coisa funcionar, estiver consistente, penso que o Palmeiras vai dar trabalho, muito trabalho. E o bom da coisa é que parece que o Roger está acertando esse do meio pra trás… 

Mas tem um porém… a diretoria tem que abrir os olhos e mantê-los bem abertos,  nas arbitragens. Dia desses meteram a mão na Ferroviária para favorecer um certo time, no clássico no Allianz era palpável a impressão de que o árbitro usava um critério diferente para cada time.  Flávio Rodrigues de Souza fez vistas grossas para muita botinada que deram em Dudu, em Lucas Lima, em Willian, fez vistas grossas para a mão adversária na cara do Keno, para a pisada no Pitbull… para a bola que saiu em escanteio e resultou em gol… para o pênalti cometido por David Braz, para o outro pênalti cometido por Alison…  e poderia ter mudado o resultado da partida.

Já sabemos que a pagadora de propina manda jornalistas meterem o pau no Palmeiras (um  ex-SporTV foi quem cantou essa bola), e como ela parece mandar no futebol e até na CBF, fica a pergunta:  será que esses árbitros, que prejudicam o Verdão, são instruídos para apitarem assim, são paus mandados também?

Abre o olho, Galiotte! E não dá mole não.

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Antes do jogo, imaginando que os nossos adversários transformariam a partida em uma guerra campal (que intuição a minha), eu achava que qualquer pontinho que o Palmeiras pudesse trazer lá do Uruguai seria lucro … e ele trouxe TRÊS!!

Que jogo! Com duas etapas totalmente distintas…

Tive que assistir ao jogo no note, e o link travava, tinha delay de quase dois minutos… um sofrimento para um espírito ávido por ver o Palmeiras em mais uma partida importante.

À princípio, achei bom (mais ou menos bom) irmos com três zagueiros,  não sermos tão ofensivos (o Peñarol, em sua casa, teria que ir pra cima), no entanto, mesmo tendo assistido muito mal à partida, não tive como não perceber que a coisa não ia, o Palmeiras não rendia, não atacava, não tinha posse de bola, tinha problemas com a marcação, Borja estava isolado… que aquilo que o Eduardo parecia ter imaginado não dera certo… e que Willian tinha que estar no time.

Pra piorar, logo aos 12′, o Peñarol abriu o placar com um gol irregular. Mina foi muito visivelmente puxado na área, impedido de disputar a bola. Que raiva. Um jogo difícil, na casa do adversário, o Palmeiras, desfalcado de Dudu, defendendo a primeira colocação no grupo, buscando a classificação, e a arbitragem valida um gol irregular ignorando uma falta tão fácil de ser vista.

Mas o Palmeiras não estava nada bem na partida, não dava mostras que ia em busca do empate, não criava nada, não se acertava na marcação, não conseguia trocar três passes direito…

E então,  aos 39′, tomamos o segundo gol, que o link travado nem me deixou ver, e nem queria ver mesmo – um amigo me  enviara uma reclamação no messenger e, então, concluí que eles tinham marcado o segundo, e cadê coragem pra confirmar?  Que desgraça… Sem a visão ‘full time’ do que acontecia em campo, e numa aflição enorme, com o coração acelerado, eu só podia torcer, e conversar com o meu outro Amigo, o lá de cima…

O primeiro tempo terminou 0 x 2… e então, na volta para a segunda etapa, Eduardo Baptista, com duas substituições certeiras, mudou tudo… e consertou o que não estava dando certo antes. Fez surgir o Alviverde Imponente. O sol palestrino, que, daquele momento em diante, passaria a brilhar no Uruguai, iria aquecer nosso sangue, nosso coração e nossa alma…

O Palmeiras voltou com Tche Tche e Willian nos lugares de Egídio e Vítor Hugo. Tirando um zagueiro e colocando um atacante, EB dava mostras que queria o Palmeiras consertando o estrago do primeiro tempo. Michel Bastos acabaria indo, e indo muito bem, para a lateral esquerda, Tche Tche iria jogar ao lado de Felipe Mello (como joga bem nosso Pitbull) e Willian, certamente  – e era o que eu esperava – ia ser Willian, o bom e iluminado jogador de sempre. Vaaaamos, Palmeiras!

Meu link ainda estava mostrando uma falta para o Peñarol quando fui avisada do gol do Palmeiras… de Willian! Quando vi o lance quase caí dura… que golaço, que categoria do Bigode! Depois do cruzamento de Jean, da tentativa de Borja pelo alto, Willian pegou a bola que sobrava pra ele, dominou, DEU UM CHAPÉU NO ZAGUEIRO e, de voleio, mandou pro fundo das redes. É muita “ousadura”! 1 x 2, e tínhamos só 3 minutos de jogo no segundo tempo… Pra cima deles, Palmeiras, vamos buscar !

Eduardo Baptista reposicionara o time e o futebol começara a fluir… o Alviverde Imponente, que não tinha aparecido no primeiro tempo, chegou para a segunda etapa com tudo. O Peñarol não conseguia acompanhar a subida de produção do Verdão, não tinha como segurar os toques mais rápidos, as chegadas na área, os belos passes trocados entre nossos velozes jogadores… a marcação do Palmeiras voltava a ser eficiente. A intensidade do Verdão determinava o ritmo da segunda metade de jogo. Meu coração já estava de sobreaviso esperando o segundo gol, e quase que o gol saiu pelos pés de Guedes, que perdeu uma chance incrível aos 12′, depois de um cruzamento de Jean.

Mas não demoraria nada… O Palmeiras tinha voltado com tudo mesmo…

Cinco minutinhos depois do gol de Willian, aos 17′, Jean cruzou de longe… a bola, perfeita de Jean, encontrou Mina lá na área, entre dois zagueiros… nosso zagueiro artilheiro, esperto, subiu mais e mandou pro fundo da rede. O Palmeiras empatava a partida! E Mina certamente estaria dançando pra comemorar. Graças a Deus! Eu chorava de alegria e emoção… e tinha que esperar quase dois minutos para ver nosso gol, para ver a dança do Mina… Não tinha importância. Nada tinha mais importância agora… o Palmeiras estava jogando do jeito que a gente gosta, do jeito que ele sabe e pode jogar.

E eu, que antes do jogo me contentava com um empate, agora queria a virada… E acreditava muito nela… o amigo que me mantinha informada também acreditava. Meu coração estava totalmente descontrolado… Eu assistia ao jogo sabendo que aquilo que eu via em campo já tinha acontecido quase dois minutos antes, e sabendo também que, se ninguém me avisara de nada, é porque nada relevante acontecera… mas eu torcia mesmo assim.

Tínhamos tempo de sobra para virar… “Deus, por favor”…

O jogo chegara aos 27’… o celular me avisou que tinha uma mensagem no whatsapp… meu coração deu um salto… será que era gol do Palmeiras? Uma outra mensagem chegava no messenger… era, sim, gol do Palmeiras! Willian!! Meu Deus! Como assim? Já viramos? Fizemos 3 gols em 24 minutos? Sim… Saímos do inferno e entramos no paraíso! Tche Tchezinho tocou para Guerra e ele chutou forte, de fora da área; o goleiro espalmou para o lado, Jean estava lá (que partidaça do Jean!), pegou o rebote, viu Willian LIVRE DE MARCAÇÃO NA ÁREA, e cruzou nos pés do Bigode mais iluminado de todos… ele só teve o trabalho e a competência de mandar pro fundo da rede…  O sol verde brilhava em nosso mundo… os parmeras no estádio, aquecidos pelos gols de Willian e Mina, nem sentiam mais o frio… e faziam a festa…

Calma agora Verdão, paciência, e força… os uruguaios vão até morder, se for preciso, pra tentar empatar… Eu nem conseguia respirar direito esperando o tempo correr, o Palmeiras, quem sabe, marcar outro gol, e o juiz acabar logo o jogo…

O Palmeiras continuou jogando bem e se impondo diante do Peñarol… o jogo se aproximava do final… Fui avisada de que Keno tinha entrado no lugar do Guedes e que Guerra quase tinha feito o quarto gol, mas eu ainda estava vendo o desarme perfeito do Pitbull, que acontecera um pouco antes disso… Guenta aí, Parmera, falta pouco…

Eu já não assistia mais, aflita, esperava só o aviso de que o jogo tinha acabado…

– Falta quanto?

– Um minuto.

Parecia que meu coração estava batendo em vários lugares do corpo…

– Pqp! Fim!

#Amor #Orgulho desse meu Palmeiras, meu Alviverde Imponente, valente, raçudo, talentoso, que venceu o Peñarol, no Uruguai, de maneira espetacular, histórica – o Peñarol, em seus domínios, e ganhando por 2 x 0, nunca tomara uma virada antes…

Queria poder morar na alegria desses gols…

https://www.youtube.com/watch?v=6qS1AO2bZWM

Mas, tão logo o jogo acabou, os jogadores uruguaios, de maneira covarde, muito provavelmente querendo tirar o foco de terem sido derrotados em casa, de virada, e também, muito provavelmente, porque é de praxe arrumarem encrencas com seus adversários, é de praxe a pancadaria… fizeram uma emboscada, deixaram trancados os portões de acesso aos vestiários e partiram pra cima dos jogadores palmeirenses.

Willian foi agredido, Prass foi cercado por vários jogadores uruguaios e também foi agredido, Felipe Melo, de braços levantados, comemorando o resultado da partida, foi puxado pelo pescoço, cercado por vários jogadores e deu um murro, com ousadura (bem dura mesmo) e muita responsabilidade, na cara de um dos jogadores que queriam agredi-lo, a torcida uruguaia jogou bombas em nossa torcida, tentou invadir o seu espaço… não fosse a nossa torcida organizada segurando a bronca na bancada, não fossem os vinte seguranças que o Palmeiras sabiamente tinha levado para o Uruguai, certamente teria acontecido uma tragédia… Eduardo Baptista, na coletiva, de maneira sensacional, espinafrou a imprensa, especialmente Juca Kfouri, pelas inverdades que ele, escondido atrás de uma fonte qualquer, publicara em seu blog… mas isso é coisa para a próxima postagem…

Hoje, só quero lembrar que o Alviverde Imponente, do time “rachado”, “brigado”, “em crise”, se matou em campo, jogou muito, fez jogadas lindas, fez três gols, virou o jogo, enfrentou os covardes uruguaios, ganhou no campo e fora dele… #RachaMaisQueTáPouco