“Quem não sabia que quando eles começassem a patinar no campeonato a juizada iria entrar em ação para ajudar ?  Essa bola estava sendo cantada faz tempo.” – Confucio

Lembra do Jô, aquele mesmo, que elogiou o jogador do SPFW por ter tido fair play num clássico contra o ‘Lava-jato’, e depois pegou carona nisso para se promover? Sim, esse mesmo, o ‘poço de honestidade’, “rei do fair play”, “defensor do jogo limpo”, o ditador de regras sobre comportamento dos jogadores. O mesmo que, arrotando virtudes e, transpirando uma moralidade que não possui, criticou jogadores do Palmeiras por induzirem o árbitro ao erro? O que pediu honestidade aos jogadores do Palmeiras e de outros times?

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Então… esse jogador ‘corretíssimo’, “poço de honestidade”, “arauto da moralização no futebol”, que quer mudança no esporte, mudança que, segundo ele, tem que vir do comportamento dos jogadores… esse indivíduo, que diz que “tem que prevalecer a honestidade”, porque “árbitros irão errar menos quando jogadores forem mais honestos“, que  diz que jogadores servem de exemplo para as crianças… que só falta dar palestra sobre o assunto… esse mesmo sujeito, que pegou carona – para se promover – na atitude honesta de Rodrigo Caio  (se tinha alguém, que poderia falar em honestidade era o Rodrigo Caio) não é capaz de ter a honestidade que cobra dos outros quando é a vez dele ser honesto… Que coisa, não?

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O poço de “honestidade” cava pênaltis, ou seja, induz o árbitro ao erro… faz gol impedido… e nada da tal honestidade da qual tanto fala…  Para o Jô, ao que parece, jogo limpo é uma beleza, mas só para jogadores e times adversários.

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E, na rodada desse domingo, o Jô teve mais uma oportunidade de provar que “a honestidade deve prevalecer”,  que “é errado induzir o árbitro ao erro”… teve mais uma oportunidade de mostrar que “o futebol precisa de mudanças, e que elas precisam vir através do comportamento dos jogadores”… teve uma grande oportunidade de ser um bom exemplo para as crianças…

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E o que ele fez? Mostrou o seu lado B para o Brasil todo, mostrou que ele a tal da Dona Honestidade nem se conhecem, que fair-play  bom é só o dos adversários, que jogo limpo só é legal quando ele se favorece com isso, e que ter culhão pra dizer a verdade é coisa de homens e não para moleques… Na hora de ter que admitir que faz o que critica nos outros, ele, hipócrita até não querer mais,  põe Deus e os filhos no meio, mas continua faltando com a verdade, com a tal honestidade…

Fez um gol com o braço, e o juiz validou. Um gol com o braço do jogador e com a mãozinha do juiz…

E o jogador jura que “não sabe se foi com o braço”, diz que “não sentiu”… Mente mais, Jô, porque tá pouco.

Eu só condeno o Jô pela hipocrisia, por tentar parecer mais ético e mais honesto do que os demais, mesmo sendo muuuito menos. Os jogadores sempre tentam fazer os gols do jeito que dá e  cabe à arbitragem assinalar as infrações, ela está lá pra isso, e o árbitro conta com a ajuda de vários auxiliares.  Mas acontece que os árbitros raramente marcam contra o time do Jô (isso é de praxe), e ele sabe muito bem disso (o auxiliar de linha de fundo, podemos ver na imagem, está ali, pertinho, olhando o lance. Mas, quando pressionado pelos vascaínos, disse que não viu nada. Então… Muito difícil acreditar que ele não tenha visto, e por que, vendo, ele diria que não viu? (Será que vai ter punição do STJD para o jogador? E onde estão as punições para o auxiliar “ceguinho” e para o árbitro? Quando interessa aos piratas dos bastidores, a punição sai no mesmo dia. As arbitragens andam servindo a outros interesses).

E pra acentuar a vergonha de posar de honestão e não ser nada disso,  vieram as declarações pós jogo do Jô…

“Só Deus pode julgar”… Oi??

“Se o juiz deu o gol, não foi de mão”. Maoeeee! Nessa, ele se afundou… Sendo assim, usando a mesma régua torta do Jô… se no derby o juiz tinha expulsado o Gabriel, então não foi outro que fez a falta. Não é mesmo?

“Se eu tocar o braço na bola, vou dizer para o juiz que toquei, porque tenho que dar exemplo para os meus filhos”

Para o mundo, que eu quero descer! É esse o sujeito que clama por  honestidade e jogo limpo?  Foi por causa das declarações desse sujeito contra adversários que esses mesmos adversários foram tão questionados a respeito de caráter?

Que vergonha esse Jô… tão crescidinho e ainda não aprendeu a ser grande, a ser homem.

Pelo visto, apareceu a segunda “alma viva mais honesta deste mundo”. Ela só perde para aquela outra, “a mais honesta de todas” que, por “coincidência”, é da família ‘lava-jato’ também.

Duas coisas, que aconteceram no derby, estão servindo de pauta pra todo mundo, desde quarta-feira, e também são o motivo de escândalo dos nossos “honestíssimos” rivais, “reis do fair-play”, “que nunca recebem benefício algum das arbitragens” e que, quando recebem, “comunicam o erro imediatamente ao árbitro”: a cotovelada que Vítor Hugo desferiu no jogador do Corinthians (segundo dizem, em revide a algo que Pablo lhe fizera antes – as imagens já começam a aparecer por aí, logo saberemos se isso é verdade ou não) e a expulsão equivocada do Gabriel.

Eu achei horroroso o que Vítor Hugo fez , seja por revide ou não. Não pode. Não estamos acostumados a ver o Vítor Hugo fazendo esse tipo de coisa e isso nos envergonhou, nos chocou. Não tinha nada que agredir e, se foi mesmo revide, não tinha nada que revidar. Agressões não são do feitio de Vítor Hugo, tanto, que ele se arrependeu, pediu desculpas depois – são poucos os que se desculpam – mas, com desculpas ou sem elas, ele deveria ter sido expulso,  e nenhum de nós poderia reclamar da sua expulsão.

Agressões são inadmissíveis, seja o Mito a fazê-lo ou qualquer outro jogador… são os “melhores recursos” de jogadores desleais, que só sabem ser desleais, que não se garantem dentro das quatro linhas, ou então dos que são desequilibrados e nunca conseguem raciocinar em campo, e em nenhuma dessas coisas o VH se encaixa; além de ser um grande zagueiro ele é gente boa pra caramba. Não faz mais isso, Mito! Que vergonha!

Eu sei que todo e qualquer torcedor fica furioso quando seu time é prejudicado pela arbitragem e quando um jogador do seu time é agredido, ainda mais se a agressão ficou impune; não há desculpas para esse tipo de coisa, a arbitragem está lá pra ver… e para punir. No entanto, vermos os ‘lava-jato’  fazerem um escândalo tão grande, se sentirem tão indignados com um árbitro que lhe deu uma garfada e com uma jogada desleal sofrida é o suprassumo da cara de pau, não é mesmo?

Logo eles, useiros e vezeiros em agredir adversários sem receber punição (né Fagner, Cássio, Vilson, Elias, Sheik, Gil, Liedson, Chicão…?) , ou sem receber a punição devida; useiros e vezeiros em benefícios e pontos oriundos do apito (vide Brasileirão 2015)… Logo eles, os “honestíssimos”, que costumam molhar só um lado do campo, que conseguiram “golear” o São Bento de Sorocaba por 1 x 0 graças a um pênalti que Jô simulou ter sofrido…

Pois eles estão com amnésia agora e, desde quarta-feira, juram que são um poço de virtudes e fair-play e nunca viram nada parecido com a cotovelada – indesculpável – do Vítor Hugo e com o erro do árbitro – e a imprensinha faz o mesmo… Que fiquem aborrecidos, eu entendo, eles têm razão, e não poderia ser diferente, ninguém gosta de ser prejudicado, mas que ‘metam o louco’ se fazendo de ‘Madre Teresa dos gramados’, de ‘vítima do apito’, pedindo punição pra todo mundo, não dá, né? E logo quem… Nem em novela mexicana isso seria verossímil. É como ver o Fernandinho Beira-Mar escandalizado com o tráfico de drogas…

Não me importo e nem acho errado que o tribunal use as imagens da agressão e puna o Vítor Hugo (ele fez por merecer), mas desde que o tribunal faça o mesmo com os demais que dão cotoveladas, os que agridem seus adversários (cujos nomes e delitos são ignorados por um monte de gente), desde que as regras se apliquem a todos, igualmente. 

No entanto, observando as reações de muitos, percebo que dimensionam de maneira diferente as agressões, dependendo de quem foi o jogador agressor e quem foi o agredido, dependendo da camisa que esse agressor veste e a que veste o agredido…

Por que não fizeram o mesmo estardalhaço, que fazem agora, quando aconteceu essa cotovelada aqui?

Não me lembro de tribunal algum querer pegar imagens para punir o Vilson por ele ter rachado a cabeça do Guedes com uma cotovelada (o árbitro nada marcou)… Também não vi a imprensa fazer um escarcéu, pedir a punição dele – como  faz agora agora com VH -, não vi nenhum ‘lava-jato’ se escandalizar com essa agressão do Vilson (nem com qualquer uma das outras agressões que estão nas imagens abaixo)… não vi ‘lava-jato’ nenhum falar que o árbitro os estava beneficiando ao ignorar essa agressão, que ele tinha sido comprado…

E se fosse só essa… ainda ia…

Olha que “anjo da bondade e do fair-play” é o Alfacio… olha a posição que está a perna dele só para conseguir atingir o joelho do jogador do Cruzeiro… Arrebentou o joelho do cara e o juiz não marcou nada.


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Fagner, o moço do “jogo limpo”, que “não costuma agredir ninguém” (o Ederson que o diga), dando uma bela cotovelada no Dudu… e ficando por isso mesmo…

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Renato Augusto… deu soco na cara do adversário e não levou vermelho… ah, esses árbitros que apitam a favor do Palmeiras…

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Mais dois momentos “jogo limpo” do Fagner, que “não agride ninguém”… o jogador do Flamengo (na segunda imagem abaixo) está há meses parado, sem poder jogar,  e Fagner continua batendo em todo mundo, sem medo de ser feliz.

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Esse é o Gil, que, assim como Fagner, tem “imunidade” e quase nunca é expulso… mas, também, como expulsar um jogador tão “fair-play”, né?


E esses não são os únicos exemplos. Existem muitos outros… Wallace pisando na perna de Barcos, Elias dando cotovelada no Mago, Chicão solando Barcos, Liedson dando um chute no peito de Deola, o mesmo Liedson entrando de sola  e rasgando a coxa do Danilo (os dois se agrediram e só o Palmeirense foi expulso)…  Gil dando cotovelada em Henrique, Sheik pisando no pescoço de um adversário e pegando um jogo de gancho, Cassio entrando de pé alto e fazendo pênalti em Gabriel Jesus (e nem falta o juiz marcou)…

Então…  agressão é agressão e ponto. É inadmissível e ponto. Mas pimenta nos olhos dos outros é refresco… não é mesmo?

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A outra coisa a ser falada aqui é a intenção de se punir o Keno pelo erro do juiz, Thiago Duarte Peixoto, na expulsão do Gabriel.  “O Keno induziu o árbitro ao erro ao apontar o Gabriel como o autor da falta”, dizem alguns…

O Keno foi tocado por trás, caiu, foi atingido por mais um jogador ‘lava-jato’, levantou, viu Gabriel à sua frente e achou que tinha sido ele.  Ao árbitro não cabe consultar jogadores para saber quem fez falta e quem não fez, para saber quem ele deve punir… ele está em campo pra isso, pra ver as infrações, identificar os infratores, ele tem auxiliares em campo pra isso também, tem até um quarto-árbitro. A responsabilidade pela aplicação das regras no campo de jogo é do juiz e dos seus auxiliares. Se Thiago Duarte Peixoto, o árbitro, errou, errou por sua própria responsabilidade.

Querer punir o Keno por causa disso é querer inventar uma regra só pra ele. Afinal, se é preciso punir quem ‘leva o juiz no bico’ e o induz a assinalar algo equivocadamente, então o tribunal vai ter que rever algumas situações e punir mais um monte de jogadores, e não só o Keno…

Por exemplo, se um jogador simula ter sofrido uma falta na área e o árbitro marca o pênalti, esse jogador induziu o árbitro ao erro, não é mesmo? E o jogador que faz isso tem que ser punido também, ou é só para o Keno que isso vale?

Parece que a noção de certo e errado do Jô varia de acordo com com quem fez a ação… Se for ele a induzir o árbitro ao erro, é motivo de riso;  se for um adversário a fazê-lo, é errado…

É absurdo um árbitro expulsar um jogador por engano, ainda mais porque identificar os infratores é parte da tarefa dele em campo (ele também errou ao não dar  amarelo para o Gabriel quando ele fez uma falta dura em Dudu).

Mas já aconteceu a mesma coisa em outras oportunidades… Numa delas, um SAN x COR, em 2015, o árbitro expulsou David Braz (SAN) por engano, por achar que ele cometera um pênalti que, na verdade, fora cometido por Zeca.  Uma informação equivocada que lhe fora passada pelo bandeira.

E nenhum jogador do Corinthians avisou ao árbitro que ele cometia um erro, que não era o David, e ninguém cobrou os corintianos por terem ficado calados; ninguém chamou o Corinthians e seus jogadores de “desonestos”, ninguém falou em falta de caráter…. e tribunal nenhum, mesmo depois de tomarem conhecimento do erro do árbitro, anulou o cartão vermelho que David recebeu…

Essa decisão foi tomada dois meses depois da partida entre Santos e Corinthians. No entanto, em relação à expulsão do Gabriel nessa quarta-feira passada, o TJD, no dia seguinte, decidiu que o cartão vermelho do atleta seria anulado – mudou o código ou só mudou a “boa vontade” do tribunal em razão do clube prejudicado ser outro?

O árbitro foi punido, mas o bandeira, que “cantou” o nome de David Braz para o árbitro, mesmo tendo sido a pessoa que induziu o árbitro ao erro, não recebeu punição alguma.

Ah, mas o Keno tem que ser exemplarmente punido…

E depois as pessoas falam em honestidade…

“O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém”  (Shakespeare)

O clima era quase o de uma guerra. Palmeiras e Flamengo, graças às atitudes pouco éticas de Patrícia Amorim, nunca estiveram tão rivais. O time rubro negro, que jurou ter contratado Felipão 99,9%, enquanto esse assinava com o Palmeiras; que ia contratar Valdivia (que nunca quis ir prá lá); que levou Ronaldinho Gaúcho (graças a Deus) quando o Palmeiras estava perto de trazê-lo, agora tinha tentado contratar Kleber. E causou um baita rebuliço no clube e nas estruturas de amor que mantinham a relação Kleber x Torcida. Por esse motivo as duas últimas semanas tinham sido de decepção para muitos e de apreensão para todos.

E a grande incógnita era se Kleber entraria em campo. Ele estava concentrado e relacionado, mas no dia anterior à partida, o Flamengo acenara com mais uma proposta. Não sei se é verdade, mas dizem que Tirone foi até o CT levá-la ao jogador. Caso isso tenha mesmo ocorrido, vou continuar acreditando que a nossa diretoria está louca para vender os caros jogadores do elenco. E, cá entre nós, no dia de hoje em que os “arautos da ética e far play” vomitam sandices na imprensa, é lícito que um clube faça uma proposta para um jogador de um outro clube, que será o seu próximo adversário,  e às vésperas da partida?

O Pacaembu estava praticamente lotado! 35 mil torcedores compareceram à “guerra”. O Flamengo estava recheado de desafetos palestrinos (R.Gaúcho, David ex gambá, David zagueiro, T. Neves, Luxa, Felipe, Mortícia Amorim) A Que Canta e Vibra fazia a festa, quando a escalação do Palmeiras começou a ser dada pelo auto-falante. Tinha chegado a hora de sabermos qual teria sido a escolha de Kleber… Todo mundo parou para prestar atenção. Enquanto uns tinham certeza de que ele estaria ali, outros duvidavam. Os nomes eram ditos uma a um… Marcos… Maikon Leite e… KLEBER! Ainda que uma boa parte da torcida esteja desapontada com ele, o Pacaembu comemorou muito! Kleber, finalmente, fizera a sua escolha!

O Palmeiras começou o jogo com bastante atitude. Ronaldinho Gaúcho (que graças a Deus preferiu o Flamengo) não teve vida fácil na partida. Cicinho, o melhor lateral direito do campeonato brasileiro, infernizou o ex-melhor do mundo que estava muito mais preocupado em fazer firulas do que jogar. O rubro-negro carioca muito pouco fazia em campo e vivia apenas de contra ataques. Mas, embora o Palmeiras dominasse a partida e chegasse algumas vezes ao gol do time carioca, não conseguia oportunidades reais de gol, exceção feita à uma bela jogada de Maikon Leite que Luan, quase embaixo de trave, deixou escapar; à uma cobrança de falta de Thiago Heleno que raspou a trave e tocou a rede pelo lado de fora; e ao pênalti sofrido por Kleber, que Leandro Pedro Vuaden, o árbitro, deixou de marcar. Jogo difícil, um clássico do futebol brasileiro, o time com dificuldades para criar, aí o juiz deixa de apontar uma penalidade…

E ele também deixou de dar cartão amarelo para Ronaldinho quando, com a jogada já paralisada, ele esqueceu o fair play e tentou encobrir o pentacampeão Marcos. Mas o Santo, claro, fez uma baita defesa, como a dizer: AQUI NÃO, MEU FILHO! E tivesse tomado esse amarelo, teria sido expulso depois, quando tomou, o que deveria ter sido, seu segundo cartão amarelo.

Eu achei que o Palmeiras respeitou o Flamengo muito mais do que ele mereceu. Pelo futebol apresentado pelo time de Luxemburgo, não era necessário que o Palmeiras rifasse tanto a bola. Tinha que colocar no chão e trabalhar a jogada. O Verdão tinha força, determinação, vontade, estava atento na marcação, nossos jogadores, brilhantemente, desarmavam quase todas as jogadas do Flamengo, mas faltava um cérebro. Faltava alguém para pensar o jogo e armar a equipe. Com Patrik não criávamos nada. E o “cérebro”, aflito, atento, acompanhava o jogo feio, de muita marcação. Eu não vi, me contaram, que o nosso Mago assistia à partida da cabine.

Na segunda etapa, o jogo ficou chato, monótono. O Palmeiras perdeu um pouco da posse de bola e o Flamengo até tentou vir prá cima. Ainda bem que Ronaldinho tentava as suas firulas sem sucesso, e também era desarmado com muita facilidade, na maioria das vezes. Do outro lado, A “Daiane dos Santos Gigante” que o Flamengo tem no gol, se pudesse faria um duplo twist carpado até em bola atrasada por seus companheiros. Patético…

Felipão tentou mudar o time. Tirou Patrik, que nada fez, para colocar Tinga que nada faz. E embora Kleber, que foi o Gladiador que esperávamos (marcou, correu, trombou, buscou…), e Maikon Leite parecessem entrosados, Felipão, resolveu tirar o garoto, o melhor atacante em campo e colocar Dinei. Juro que não entendi. Tirasse então o Luan! Já não tinha entendido ele ter levado o Chico e deixado o Pierre e saí do jogo sem entender porque ele não levara W.Paulista.

O jogo, que se arrastava monótono, à exceção das arquibancadas que não paravam de cantar, estava quase para terminar quando, num momento em que a bola estava parada entre um jogador do Palmeiras e outro do Flamengo, porque um atleta carioca estava no chão (por que não colocaram a bola prá fora?) Kleber, saiu com a bola dominada, correu em direção ao gol e chutou. A bola não entrou, mas os jogadores do Flamengo partiram prá cima de Kleber e tivemos momentos de confusão. Os ânimos foram acalmados, parte da torcida gritou o nome de Kleber e o jogo terminou do jeito que começou… num brochante 0 x 0. Confesso que esperava mais dessa partida.

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Mas após o apito final e, durante todo o dia de hoje, não se falou em outra coisa: FAIR PLAY. No fair-play que teria faltado a Kleber, e que a maioria dos flamenguistas e dos “pais” da ética e da boa conduta já nomearam falta de caráter. No Brasil todo mundo acha que fair play é só um time colocar a bola prá fora, de novo, quando o seu adversário já o fez anteriormente, para que um jogador machucado seja atendido. E a ideia de bom caráter anda um tanto quanto equivocada.

Vejamos:

O Código de Ética Esportiva, elaborado pelo Conselho da Europa (1996), ressalta que o fair play está além de um simples comportamento: O fair play significa muito mais do que o simples respeito às regras; cobre as noções de amizade, de respeito pelo outro, e de espírito esportivo, representa um modo de pensar, e não simplesmente um comportamento. O conceito abrange a problemática da luta contra batota, a arte de usar a astúcia dentro do respeito às regras, o doping, a violência (tanto física quanto verbal), a desigualdade de oportunidades, a comercialização excessiva e a corrupção.

Partindo daí, quem é que pode atirar a primeira pedra? Como é que um time que tem o “exemplo de ética” Luxemburgo, no comando, vem falar de ética e caráter? Como é que o clube que envia proposta para jogador de outro clube, na véspera de enfrentá-lo, tem coragem de falar em ética? Luxemburgo, Patrícia Amorim, alguns jogadores do Flamengo, e outros tantos aí, falando em ética, fair play e falta de caráter, é o mesmo que um Idi Amin Dada cobrar democracia de um Hugo Chavez. É o mesmo que o goleiro Bruno, ou o Netinho de Paula querer defender os direitos da Mulher. Podem  falar que a atitude de Kleber não foi bacana, mas é só!

Ronaldinho ter tentado encobrir Marcos e marcar um gol, quando a jogada já tinha sido parada, foi de um fair play admirável, não é mesmo? Ele quis, ou não levar vantagem de maneira idêntica à de Kleber? Felipe sair em qualquer defesa, mesmo as mais fáceis, com a perna levantada pronto a atingir o adversário, é coisa de gente de caráter, é uma atitude totalmente baseada em fair play? Kleber sofrer pênalti (pasmem! Até a Globo concordou!), o juiz não marcar, e o jogador do Flamengo pedir amarelo prá ele é fair play? Poderia escrever um livro aqui…

Mas, o supra sumo de tudo isso, é a cena em que os jogadores do Flamengo partem prá cima de Kleber… FAIR PLAY PARA INGLÊS NENHUM BOTAR DEFEITO!!

Enquanto isso, a hipocrisia, livre leve e solta, dá risada…