Faz tempo que eu digo – e provo – que não se pode confiar no que a imprensa esportiva nos vende… É insana a prática, tão habitual, de fazer mentiras virarem verdades, pelo método da repetição exaustiva, do convencimento sem argumentos verdadeiros…

“O time X é o mais poderoso do Brasil, um dos mais ricos do mundo” (lembra disso?) e aí o time X fica sem pagar impostos por 5 anos, atrasa salários, perde jogadores por não ter dinheiro para segurá-los, para terminar de pagá-los, não paga o estádio e, pasme, tem até o fornecimento de luz cortado (publiquei isso aqui na época)…

“O time Y tem a quarta torcida do estado, a sua torcida está encolhendo, dizem as pesquisas”… mas o time Y não precisa fazer promoção de ingressos a 2 reais, está sempre de casa lotada, tem a camisa mais valiosa do país, o melhor programa de Sócio Torcedor, tem o canal do Youtube com mais inscrições no país e um dos que mais tem inscrições no mundo, está sempre entre os melhores índices de audiência (mesmo tendo menos jogos na grade da TV), tem melhor público e renda, vende mais camisas…

É um festival de enganação que sai dos microfones, bocas e computadores da chamada “imprensinha”… Cada hora é uma personagem nova  falando um absurdo qualquer…

Agora, foi a vez de Edmundo… O ídolo e ‘embaixador’ do Palmeiras – ídolo de um clube e de uma torcida que o mantém fazendo sucesso até hoje, que lota até mesmo as lojas onde ele vai dar autógrafos, ou o Palmeiras Tour, quando ele é um dos “guias” (lota com outros “guias também) -, trocou de emissora e parece que deve ter trocado de neurônios também, ou, quem sabe, tenha perdido a coragem de ser verdadeiro…

Edmundo falou que a torcida do Palmeiras (de Vasco e lava-jato também) só vai no estádio quando o momento é bom. E disse que a do Flamengo é diferente, e vai em qualquer situação… AHAM! Senta lá, Edmundo!

Se fosse verdade, nem me importaria, mas não é.

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A torcida do Palmeiras abraça o time em qualquer situação, até mesmo na segundona, onde ela foi resgatá-lo por duas vezes. Não importa se ganhou, se perdeu, se está chovendo, se faz sol… se o ingresso tá caro, se está barato, se é de manhã o jogo, ou às 22h00, no meio da semana… ela está sempre lá. E pensar que eu fui ao estádio, para o “decisivo” primeiro jogo da temporada 2015, alguns dias depois de perder o meu pai… “hora boa” essa, né?

Edmundo falando uma mentira desse tamanho na TV… Pela sua voz, tive a impressão que ele não está nada convicto do que fala… e, caso seja isso mesmo, por qual motivo ele agiria assim? Será que é desinformação (custo a acreditar), ou será pelo manjado “ter que fazer lobby para determinados dois times”, que impera nas pautas das emissoras e programas esportivos e parece ser meio imposto para o pessoal da imprensa esportiva que fala ao torcedor?

Edmundo não pode sustentar o que fala, nem que ele queira…

O time “f@dão”, que, segundo Edmundo, lota estádio,  e cuja torcida “vai em qualquer situação”, “tá sempre com o time”,  é apenas o 6º em público no Brasileirão, com média de público de 19.759 pagantes, e ocupação de 54% dos estádios? (Ou a torcida não tem o tamanho que dizem ter, ou ela não comparece, não é mesmo?) E o Palmeiras, da torcida que “só vai na boa”, é o líder de público e renda. Como assim, Edmundo??

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O pior público do Palmeiras, cuja torcida “só vai na hora boa”, foi diante do Grêmio, num dia de muito frio e chuva em SP… e no Pacaembu, que é descoberto…

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E olha a diferença para o pior público do time que tem “a torcida que está sempre lá”…

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Sentiu o drama, Edmundo? O pior público do Palmeiras no campeonato é praticamente a média de público do time que tem a torcida “que vai em qualquer situação, que tá presente com o time”… O Palmeiras não coloca só 2.500 pessoas no estádio nem em amistoso…

Ah, mas talvez você tenha se referido ao campeonato carioca…

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Não, no campeonato carioca também não é. O Vasco, da torcida que também “só vai na hora boa”, teve a melhor média de público.

Então, quem sabe, tenha sido na Copa  do Brasil… Era dessa competição que você falava, Edmundo?

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23º???  Até a Tombense levou mais gente ao estádio… Explica isso, Edmundo! A torcida não está com o time em qualquer situação?

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Dá bem para vermos que a torcida “está sempre com o time”, que “vai em qualquer situação”, não é mesmo?

Bem… quem sabe se considerarmos o público no Brasil, em todos os campeonatos…

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Nem assim, né Edmundo? A briga pela primeira posição está sempre entre Palmeiras e os “lava-jato”.  No momento, depois da partida no Itaquerão, os “lava-jato” passaram na frente, mas, assim que o Palmeiras jogar em casa novamente (mesmo com a punição recebida – que deveria ser do Flamengo) ele passará a ocupar o primeiro lugar. A briga é só entre os dois, que vão se revezando durante a competição.

É Edmundo, parece que, lamentavelmente, você foi contaminado pelo sistema… o corrompido sistema que se utiliza do esquema de vender mentiras como se fossem verdades… Mas vou te contar uma coisa, Edmundo… 5 mil pessoas num aeroporto não é público de campeonato, e tampouco significa que uma torcida “vai ao estádio em qualquer situação”, que “está sempre com o time”… mesmo porque não acontecem jogos em aeroportos, sabia? A torcida do Palmeiras enche aeroportos sempre, para recepcioná-lo onde quer que ele vá, sem ser preciso que a imprensa venda determinada partida como uma “final de campeonato” como fez na semana passada.

Ah, quase me esqueço, vou te contar mais uma coisa também… para, que tá feio.

Hoje, é aniversário de um ídolo muito, muito amado por mim e por milhões de palestrinos.

Hoje, o mais fantástico camisa 7 que eu vi jogar (não creio que tenha havido outro melhor) faz 42 anos.

E só hoje, eu resolvi publicar o texto que escrevi pra ele há alguns anos atrás.

Parabéns, Edmundo!!! Que Deus o abençoe em todos os dias da sua vida!

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Ele era quase um menino quando chegou ao Palmeiras…

Irreverente, brincalhão, cheio de vida, de sonhos e de uma garra imensa, desmedida.

Dono de um futebol maravilhoso, cheio de dribles e fintas inexplicáveis, que ia colecionando como quem joga slots , ele enlouquecia os torcedores, de alegria e paixão, e os adversários, de raiva e despeito. Enquanto o observava dando autógrafos lá no CT (eu também esperava por um), percebi que ele era também uma pessoa doce, muito simpática, e que gostava de brincar com os companheiros e com os torcedores.

Em campo, a sua impulsividade não tinha limites, o que lhe valeu um sem número de encrencas, dentro e fora de campo… e o amor incondicional de uma legião de fãs.

Ganhou também um apelido, que lhe caiu como uma luva! Era indomável, difícil de ser marcado, ou parado, pelos desesperados zagueiros adversários, ele era tão genial e talentoso, que ficava impossível chamá-lo só pelo nome, daí o apelido…

Era cruel e implacável com os adversários, e o apelido lhe cabia cada vez melhor! Não se importava se tinha pela frente o craque do time grande, ou o jogador mediano do time pequeno. Ele ia pra cima e mostrava o seu estoque inesgotável de futebol arte, e não deixava nada barato. A sua fome de bola, raça e vontade de vencer eram sempre as mesmas e ele era o espetáculo em campo.

A bola morria de amores por ele, assim como a sua torcida. E vieram os títulos, um atrás do outro, memoráveis, inesquecíveis, que deixaram adversários de quatro, e a apaixonada e enlouquecida torcida, sem voz, com o rosto banhado em lágrimas, por uma alegria que há muito ela não sentia. Ele era fantástico! Costumava dar um drible na linha de fundo, num espaço minúsculo, que nem a gente entendia como ele fazia. Ele era a alma do time! A sua performance em campo, as suas conquistas, as entrevistas de respostas francas e diretas, a sua impulsividade, geraram o despeito de alguns, que tentaram fechar os olhos à sua incontestável genialidade (ele era genial, mesmo), e focaram as sua lentes, canetas e microfones, nos poucos (se comparados a tudo de bom que fazia) tropeços que o ídolo dava. E tentaram, sem sucesso, usar o seu apelido de forma pejorativa…

E quanto mais tentavam pintá-lo como um mau caráter, mais ele esbanjava talento em campo, e mais forte se tornava a sua relação de afeto e cumplicidade com a torcida. Nunca se tinha visto um amor assim. Eram loucos um pelo outro e pareciam inseparáveis…

Mas um dia, ele resolveu deixá-la; resolveu deixar a sua casa e desfazer aquele casamento de tanto amor, loucuras, e cumplicidade; resolveu desfazer aquele elo que antes parecia indestrutível, e foi “voar” em outras paragens. Ela, quase morreu de tristeza… Ele, continuou fazendo tudo que quis de seu talento, mas o coração ficou vazio… Faltava o seu antigo amor; faltava “ela”…

E ela, por sua vez, encontrou outros e novos amores, mas morria de saudade dele…

Então, um dia, naquelas coisas que só o destino explica, eles se reencontraram! Não da maneira que gostariam, mas em lados opostos. Ele era agora um adversário e ela sabia que deveria ignorá-lo e, se possível, desprezá-lo. Afinal, ele a tinha abandonado mesmo.

Mas o que se deu foi o contrário… e foi lindo! Mesmo vestindo uma outra camisa, assim que ele entrou em campo, “ela” derramou e gritou o seu amor por ele a plenos pulmões, ela chorou pela emoção incontida, e ele não resistiu. Se emocionou e se encantou como da primeira vez.

E voltou! Voltou para o clube de onde nunca deveria ter saído, voltou para os braços que nunca deveria ter deixado. E que felicidade isso causou! Depois de tantos anos separados, ele ainda era capaz de fazê-la delirar de paixão. Ela, feliz da vida, podia outra vez lhe dar todo o amor que sentia; e ele retribuía o amor imenso que “ela” lhe dava, com talento, garra, dedicação e muita superação. Tinham sido feitos um para o outro, mesmo.

Mas o tempo, e um técnico maluco, quiseram que eles se separassem de novo… Nem ele e nem ela queriam, mas não tiveram escolha. E eles sabiam que não mais se encontrariam da maneira que tanto os fizera felizes… O tempo, inexorável, os separava em definitivo… Eles ficaram tristes, não fizeram promessas, mas sabiam que se amariam pra sempre. E que o amor ficaria guardado no coração…

E HOJE, A SUA TORCIDA, QUE VAI TE AMAR PRA SEMPRE, TE AGRADECE, EDMUNDO! OBRIGADA, POR TUDO DE BOM QUE VOCÊ NOS DEU! OBRIGADA POR TODOS OS TÍTULOS, TODOS OS GOLS, TODOS OS DRIBLES, OS PASSES, TODAS AS PROVOCAÇÕES AOS ADVERSÁRIOS, TODAS AS ENTREVISTAS… OBRIGADA POR TODAS AS BOTINADAS QUE VOCÊ LEVOU DEFENDENDO AS CORES DO PALMEIRAS! NUNCA NOS ESQUECEREMOS! VOCÊ FOI O MAIS MARAVILHOSO CAMISA 7 QUE VIMOS JOGAR!

QUE DEUS LHE DEVOLVA EM DOBRO TODA A ALEGRIA QUE VOCÊ NOS FEZ SENTIR!

A sua imagem, o seu nome e apelido estão gravados em nossos corações… pra sempre!

♪♫ “AU, AU, AU, EDMUNDO É ANIMAL!!! ♫♪

O amor não se limita a relações entre pessoas. É uma celebração da vida. (Paulo Coelho)
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Já fazia uma semana que eu não conseguia dormir direito. Aquelas chamadas “borboletas no estômago” não paravam de voar… meu coração ficava apertado a cada vez que eu me lembrava da segunda partida da final do Paulistão. Tentava me manter tranquila, mas era impossível. Por pouco eu não tinha ficado sem ingresso para a decisão. Depois de não ter conseguido comprá-los lá no Palestra, graças a Oberdan Cattani eles estavam no meu criado mudo, junto com a imagem da Madre Paulina.
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De sexta para sábado foi difícil dormir, foi difícil não pensar, não imaginar aquele grito de campeão saindo da nossa garganta. Eu mentalizava aquele momento, imaginava, o tempo todo, a cena do Palmeiras campeão, e chorava o tempo todo também. A emoção estava à flor da pele. Era uma coisa tão estranha… Embora estivéssemos há 16 anos sem conquistar um título, embora eu morresse de medo, eu tinha certeza que seríamos campeões. E o único lugar do mundo em que eu queria estar era no Morumbi, para a segunda final…
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E tinha aquela imagem… Desde a semana que antecedeu a primeira partida, uma imagem não saía da minha cabeça. Não era uma coisa que eu imaginava, não, era quase como se fosse uma visão… me acompanhando por duas semanas. Evair correndo pra galera, de braços abertos e comemorando diante de mim. Evair de joelhos no gramado… Era tão nítida, tão real! Achei que fosse um sinal, sei lá… Ainda me dá, um nó na garganta a cada vez que penso nisso. Mas quando jogamos a primeira partida e perdemos, me pareceu que a tal imagem fosse só birutice minha mesmo. Acabei até me esquecendo um pouco dela… mas nunca deixei de senti-la
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E o dia chegou! Era 12 de Junho, Dia dos Namorados… Tava certinho. Afinal, nosso caso de amor, nosso “namoro” sempre foi com o Palmeiras. Daquele tipo de amor que dura por toda uma vida e além dela.  Eu mal conseguia esperar pelo momento de estar no Morumbi. Não via a hora de estar na arquibancada. Tinha certeza que ganharíamos, mas ficava tentando imaginar o que aconteceria. Achava que o Palmeiras, mordido com a derrota no primeiro jogo, mordido com a idiotice de Viola, iria atropelar os gambás. Mas, às vezes, pensava que gostaria de dormir e acordar depois que tudo tivesse sido resolvido. Que angústia! Nem conseguia comer… Mas nada que eu imaginasse poderia ser melhor do que aquilo tudo que eu vivi no Morumbi…
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Faltavam quase duas horas para começar a partida quando chegamos no estádio. E ele estava cheio. E foi enchendo cada vez mais. Ficou lotado! Que coisa linda a massa verde em meio às bandeiras! A torcida palestrina cantava como nunca, sorria como nunca, se abraçava e desejava sorte como sempre. Mas a tensão era grande, o nervosismo era quase palpável. Como expressar aqui o que eu senti quando o Palmeiras entrou em campo? Que festa linda! E quanta emoção, meu Deus.
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O jogo começou e o empate favorecia os gambás. Mas o Palmeiras, que era muuuito melhor, foi mostrando que tinha chegado a hora de ser campeão. O Verdão sobrava na partida. Evair, cerebral,  comandava as ações do time. O volume de jogo do Palmeiras enlouquecia a gente na arquibancada e desnorteava os gambás em campo… Mas faltava o gol…
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Eu mal conseguia esperar por ele.  Evair estava começando uma partida como titular, depois de quase dois meses machucado, e jogava maravilhosamente, como sempre. Edmundo, que infernizava os adversários, já tinha perdido um gol incrível. Eu não conseguia nem raciocinar,  só conseguia sentir meu coração, quando Evair tocou para Zinho, que entrou na área, pela direita e chutou cruzado, mesmo sendo puxado pelo seu marcador. A bola atravessou a área e foi morrer lá no canto direito do goleiro. Eu queria tanto o gol do Palmeiras, mas tanto… e ali estava a bola… no fundo da rede.
Foi a redenção! Foi a certeza, para todos os que estavam no estádio, que o título paulista de 1993 tinha dono! Enquanto metade do Morumbi se calava, a outra metade, mais linda, explodia!! “Obrigada, meu Deus!” era tudo que eu conseguia gritar, e gritava muito, sem parar. E gritei tanto, que perdi completamente a voz naquele lance. Nunca na minha vida eu tinha sentido uma felicidade daquele tamanho. Todos sabíamos que aquele gol era a senha para tudo que viria depois…
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Enquanto o Palmeiras começava a ganhar o título, os gambás começavam a perder a pose, a cabeça. Não conseguiam parar a Máquina Verde e apelavam para as botinadas. Henrique foi expulso ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Palmeiras continuava o massacre. A torcida não parava de cantar, jogava com o time, e era como se todos nós estivéssemos dentro de campo. O Palmeiras se portava como um legítimo campeão, como se jogasse por música. Evair era o maestro. Edmundo, com seus dribles maravilhosos, deixava irados os defensores corintianos. Edilson fazia o mesmo… Neto, gordo, sofria com Antonio Carlos, que não o deixava jogar. Sampaio parava Viola que, antes de entrar em campo, tinha até vomitado nos vestiários, tamanha era a tensão daquela partida…
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A nossa Defesa Que Ninguém Passa se mantinha intransponível! Mas o Palmeiras queria mais. Nós queríamos mais! Ronaldo saiu da área ao ver Edmundo avançar e, ao ser driblado, parou o Animal com falta. Foi expulso! “AU AU AU, EDMUNDO É ANIMAL” cantava a arquibancada!! Eu cantava também,  mesmo sem a voz que tinha perdido no gol de Zinho…
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A raça do time era contagiante! Eu sentia tonturas e tremia muito. E foi tremendo que vi Mazinho pegar uma bola quase no meio de campo e avançar até chegar pertinho do goleiro e tocar rasteiro para o segundo pau. Adivinhem quem vinha lá? “Ele”! Evair, o “Matador”, que povoa os nossos sonhos (e o pesadelo dos adversários) até hoje, mandou pras redes e fez o segundo gol do Palmeiras. Eu gelei quando olhei pro campo, e não consegui parar de chorar ao ver Evair correr pra galera, exatamente onde eu estava. Então, eu pude ver, de verdade, a imagem que me acompanhara por dias e dias. As lágrimas correm pelo meu rosto ainda hoje, ao lembrar daquela cena… “EÔ, EÔ… EVAIR É UM TERROR!”, cantava a metade feliz do Morumbi!!!
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Mas o Matador Evair queria mais! Fez a jogada e chutou para marcar o terceiro, mas a bola pegou na trave.  No rebote,  Edilson (que saiu da história e do coração da torcida por conta própria) mandou pras redes! Delírio!! OLÊ, PORCOOO! OLÊ, PORCOOOO!! O Morumbi se tornou verde!! O mundo todo ficou verde!! O sangue que corria frenético em nossas veias era verde!! Muitos torcedores se ajoelhavam, olhando pro céu…  Nunca vi tantos homens e mulheres chorando ao mesmo tempo. E que sabor tinham as nossas lágrimas. De felicidade, palpável, explícita, correndo pelas nossas faces… Era intenso demais. “Boi, boi, boi, boi do Evair, Palmeiras Campeão, vai cair o Morumbi”!!!
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Com a vitória, o Palmeiras levava o jogo para a prorrogação… Meu amigo, imagine o que significava poder sair da fila de 16 anos, em cima do maior rival, e ter que jogar uma prorrogação.  Os nervos estavam à flor da pele. Meu corpo todo formigava… O coração batia tão alto e tão forte que chegava a doer o peito.
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Era chegada a hora! Apenas trinta minutos nos separavam de um sonho…Trinta minutos para acabar com um jejum de  16 anos…Trinta minutos para desbancar o “protegido” rival. Estávamos com o “coração-na-boca”. Vaaai, Palmeiras!!! Não tínhamos nenhuma dúvida. Éramos as crianças correndo até a árvore de Natal para encontrarmos a tão sonhada “bicicleta”. Apenas esperávamos… felizes, confiantes, ansiosos, sorrindo…
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Mas time que tem Edmundo e Evair, não deixa a torcida esperando. O Animal, genial, que já tinha feito uma jogada maravilhosa, (Edilson perdeu o gol quase embaixo das traves), numa outra jogada de craque, partiu pra dentro da área e foi derrubado… PENALIDADE MÁXIMA, DIZIAM OS COMENTARISTAS!!!
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Sabíamos que, com Evair, era só esperar a cobrança e comemorar… Sabíamos que aquele gol seria o gol do título… Sabíamos que, finalmente, sairia de nossas gargantas o grito de “É CAMPEÃO”… EVAIR, O CRAQUE DA CAMISA NÚMERO 9, SERIA O COBRADOR! Ninguém ousou respirar, quando ele correu para a bola e o mundo explodiu num verde-e-branco campeão… GOOOOOOOOOOOOOOOL!!
……………
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Albert Einstein saberia explicar, eu não, mas o mundo parou naquele momento. Naquele exato momento entre a bola tocar as redes e o grito sair de nossas gargantas. E então, voltamos a respirar, nosso coração voltou a bater, o mundo se encheu de cor e calor… Luxemburgo, num ritual que se repetiria inúmeras vezes, desceu para os vestiários, antes mesmo do jogo acabar. Ele já sabia… nós todos já sabíamos…  O Palmeiras era o Campeão!! Nada no mundo poderia ser mais delicioso do que aquele momento.  O juiz ter apitado o final do jogo foi um mero detalhe. A Nação comemorava, ria e chorava ao mesmo tempo, as pessoas se abraçavam, se beijavam, pulavam e gritavam… muitas se mantinham de joelhos agradecendo a Deus… 4 x 0, fora o baile…

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Evair, louco de alegria, de braços abertos, correndo para a torcida – também enlouquecida de alegria – e se ajoelhando no gramado, é a imagem que ficou impressa em nossos corações… pra sempre (a visão de tantos dias se repetia e, finalmente, de maneira completa) . “É Campeão” era o grito ensurdecedor no Morumbi… “É campeão”  foi o grito que ficou gravado em mim… pra sempre.
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Obrigada, Sérgio, Mazinho, Antonio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, César Sampaio, (Edilson), Daniel, Zinho, Edmundo e Evair, meus heróis amados (menos você, Edilson)! Enquanto eu viver, jamais me esquecerei desse dia, jamais deixarei de me emocionar ao lembrar.
Deus o abençoe Evair, seu “Matador” maravilhoso, que, num 12 de Junho de 1993, dia em que celebramos um amor do tamanho do mundo,  comandou o fantástico time do Verdão e devolveu a vida  a milhões de torcedores palestrinos…
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FELIZ 12 DE JUNHO DE 1993 A TODOS AQUELES QUE TÊM O PALMEIRAS NO CORAÇÃO! 

Estão vendo? O Palmeiras precisando contratar, por causa dos inevitáveis desfalques e as nossa vizinhas, da diretoria “deixa que o juiz eu compro”, estão procurando novos jogadores na Suécia e fazendo até seleção, para escolher os melhores. Que chique, hein?

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PlDn1auRmy4[/youtube]

Isso, sem falar no presidente gambá que  fecha projeto de apoio ao esporte para pessoas com deficiência intelectual”. Pô, mas já apoiam, faz 99 anos. Mas, se quer fazer mais um time deficiente, é só dar a camisa para a torcida… uhauh. O ataque vai ser Ronaldo e Zina. Ronaldo, depois que pegou aquele marmanjão jurando que pensava ser mulher (me engana que eu gosto!), provou que a parte intelectual dele ficou no banco de reservas…

E vejam se não são uns manés, mesmo. A gambazada fica falando dos 14 anos (14 sim, porque este campeonato ainda não acabou), que o Palmeiras não ganha um Brasileiro. ALÔÔÔ! VOCÊS FICARAM 80 ANOS ATÉ CONQUISTAR O PRIMEIRO TÍTULO, ESQUECERAM??  PUTA FILA DO C*@#*LHO!!!

Enquanto isso, lá nas sardinhas… o técnico psicopata (pelo menos é o que parece ser), andou falando por aí que Belluzzo o demitiu, por causa da vaidade. VAIDADE? Ah, vai te catar, Luxburger! Demoraram muito prá te dar um na pé-na-bunda. Você  não manja mais porra nenhuma e não sabe manter os craques em seus times, por pura vaidade. Perde título atrás de título, porque não pode conviver com os holofotes em cima dos jogadores talentosos, quando na verdade, os quer só prá você.. Vou te contar um segredinho… Valdívia vai voltar para o Palmeiras!! CHUUUUUUUUUUPA ESSA MANGA!

Cheio de neguinho esperto por aí. O Presidente da Lusa, Manuel da Lupa, está em dúvida sobre qual estádio utilizar no próximo jogo do seu time: “De momento, o jogo está marcado para Barueri, mas pode ser que vá para o Parque Antarctica”, disse Manuel da Lupa”.

Ó Manuel! O nome do estádio do Palmeiras é Palestra Itália!! E já que você preferiu vender seu jogador na “caderneta de fiados”, vá jogar lá Fazendinha, ô gajo!

Algo me diz que o Manuel vai se juntar ao Passarella, na fila dos que esperam receber…

Por falar em receber, parece que Edmundo está tendo um problema trabalhista com o Palmeiras. Ele alega que alguns direitos de imagem não foram pagos e o caso está no fórum. Torcedores fazendo um escarcéu sem tamanho por causa disso. Que coisa! Chegam a questionar a condição de ídolo do Animal. Não estou nessa, não. Prefiro o Edmundo mesmo com o processo trabalhista, do que ter tido que aguentar o Viola que nunca processou o Palmeiras.

Prá mim, Edmundo É e continuará a ser ídolo. Os problemas trabalhistas dele com o Palmeiras, não me interessam. Quem estiver SEM razão é que terá que arcar com as despesas. Simples.

Notícias como estas, quase nunca aparecem com destaque na mídia, porque são inúmeras e acontecem  praticamente em todos os clubes. Tem um aí, que teve até o ‘pseudo’ estádio penhorado. Mas o Palmeiras é líder, né?Precisam nos atrapalhar.  Então dá-lhe notícias ruins… “A pior sequência de Muricy”, “O pior líder dos últimos tempos”… que falta de vocabulário desses jornalistas, quando o assunto é Palmeiras, não é mesmo? Pior isso, pior aquilo… Veem chances de título para todos os times, mas as menores são para o time que lidera o campeonato. Os experts tão fazendo contas com a caneta atrás da orelha, só pode.

Maurício Ramos já está recuperado, Obina também. Lenny tá quase. O Palmeiras está tãããão preocupado com quem vem atrás…

Bichanacola1